desenvolvimento de parÂmetros para a educaÇÃo bÁsica do estado de pernambuco: parÂmetros...
TRANSCRIPT
DESENVOLVIMENTO DE PARÂMETROS PARA A EDUCAÇÃOBÁSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO:
PARÂMETROS CURRICULARES DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA
PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS E ESPECIFICIDADES DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR EM EJA
Zélia Granja Porto Adriana Fornari
Cartografia dos PARÂMETROS CURRICULARES DA EJA
Fundamentos e Princípios• Cartografia – interrogar os atores sociais sobre expectativas
dos parâmetros curriculares e educação de jovens, adultos e idosos
Definir PARÂMETROS CURRICULARES DA EJA
?
• explicitar de forma clara e objetiva as expectativas de aprendizagem que se definem para os estudantes, no processo de formação escolar.
• organizar o currículo, identificando as expectativas de aprendizagem que se têm para os estudantes, em cada ciclo ou ano da educação básica.
Parâmetros
• (i) as aprendizagens que, por sua importância, todos os pernambucanos em idade escolar devem desenvolver em cada disciplina da educação básica;
• (ii) o desempenho do estudante desejável ao fim de cada etapa da escolarização; e
• (iii) os níveis de proficiência correspondentes a esses desempenhos.
PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS, ESPECIFICIDADES DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS, ADULTOS E IDOSOS
Educação como direito humano
• A Constituição Brasileira e, depois, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional reconheceram que todos os brasileiros, de qualquer idade, são titulares do direito a educação.
Direito a educação básicaEJA no contexto da educação básica
• O estudante deve ter acesso aos conhecimentos que todo o indivíduo que frequenta a escola na idade convencional está recebendo.
• Conhecer o mundo em que vive para poder agir sobre ele com consciência crítica e efetividade, sobretudo em nosso tempo, não pode dispensar a escolaridade plena.
• Conteúdos importantes de aritmética e Matemática vão muito além das quatro operações. A Geografia, a História do Brasil e do mundo são conhecimentos significativos para um posicionamento ante a sociedade e o mundo de que participamos.
Direito a educação básicaEJA no contexto da educação básica
• Expressar-se na Língua Portuguesa com precisão e sem medo de cometer erros na fala ou na escrita para atuar em situações que envolvem relações pessoais ou corporativas.
• Acesso a conhecimentos importantes próprios das ciências naturais e exatas que explicam as coisas materiais, a fórmula de um remédio, a composição de uma bebida e o som de uma corda de viola.
• Ser cidadão do Brasil e do mundo é poder se aproximar de outros povos e de outras culturas.
Os sujeitos educandos na EJA
Quem são? Que querem? Que fazer com eles?
Como aprendem?
Com este enfoque, tudo muda, vira ao contrário.O aluno apropria-se da leitura e da escrita.O professor precisa conhecer o sujeito que se alfabetiza e que não é, exclusivamente, alfabetizado por ele, nem somente na escola.Um sujeito que tem formas e metodologias próprias para aprender.O que fazer com esta experiência?Reconhecê-la, prestigiá-la, recuperá-la e fazer também, pelo confronto, a passagem da experiência para estratégias escolares do uso da leitura e da escrita.A cada nova informação, ele elabora novas idéias, derruba ou confronta as regras anteriores.
(Maria Adozinda Costa)
Mas que coisa é o homem,que há sob o nome:uma geografia?um ser metafísico?uma fábula sem signo que a desmonte?Como pode um homemsentir-se a si mesmo,quando o mundo some?
Carlos Drumond de AndradeEspeculações em torno da palavra homem
O QUE VAMOS FAZER? O QUE MUDA NA ESCOLA? E NO CURRICULO DE EJA?
• Diferentes Culturas – era industrial – cultura analógica – Cultura da era industrial – apertava parafuso
• Concepções de espaço plano mudanças
• Cultura digital• Aprender a aprender• Novas concepções de
espaço – não é mais plano – mudança do espaço cartesiano
• Formação do cidadão para a sociedade em rede: • Física – Social -
Virtual
Escola e a sociedade de conhecimento
Formar mulheres e homens jovens, adultos, idosos em uma série de conhecimentos, habilidades e valores cuja finalidade fundamental consiste em resolver os
problemas que a vida nesta sociedade irá colocar-lhes.
Seja no âmbito • social• Interpessoal• Profissional
• O que se pretende desenvolver na pessoa abrange o conhecimento e a atuação na complexidade.
• Compreender, analisar, interpretar, intervir na realidade
Relevância social e significativa
Potencial que o currículo possui de tornar as pessoas
capazes de compreender o papel que devem ter na mudança de seus contextos imediatos e
da sociedade em geral, bem como de ajudá-las a adquirir os conhecimentos e as habilidades
necessárias para que isso aconteça.
Processos que implicam o diálogo com os saberes disciplinares assim como com outros saberes socialmente produzidos.
Integração entre os saberes e as práticas socialmente e culturalmente construídos e os conhecimentos escolares. (Moreira, 2007)
Princípio da relevância social
• Conhecimentos e experiências que contribuam para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos que analisem como as coisas passaram a ser o que são e como fazer para que elas sejam diferentes do que hoje são (Avalos, 1992; Santos e Moreira, 1995).
Flexibilidade na organização da educação escolar de jovens e adultos
• A Flexibilidade que se pensa para a organização escolar se funda, pois, na pretensão de levar em conta a diversidade do tempo e do modo de aprendizagem das pessoas jovens e adultas, das culturas e das situações em que estão inseridas as unidades escolares.
• Diálogo com as culturas.
• Integrar conhecimentos e práticas sociais e culturais.
• Reordenar o tempo escolar e os recursos pedagógicos para a construção de atividades que qualifiquem o processo de construção e apropriação dos conhecimentos.
• Identificar necessidades de aprendizagens e oferta de novas oportunidades de ensino e de aprendizagem, no intuito de reforçar e consolidar aprendizagens e ampliar competências essenciais, o que vai conduzir a novos conhecimentos.
Co existencia de novas formas de ensinar e de aprender de jovens e adultos
• Educação como processo permanente• Multiplicidade de ofertas – Múltiplas formações• Personalização de soluções educacionais de acordo
com necessidades e interesses• Flexibilização nas estruturas, espaços e tempos• Diversidade de articulações
– entre áreas, grupos, pessoas e espaços• Flexibilização nos horários • Atuação de equipes “hibridas” no ensino – ação docente
em colaboração• Desenvolvimento de várias inteligências
TRIPÉ• Estudante jovem, adulto, idoso -
pluralidade dos sujeitos que fazem parte da EJA (Arroyo, 2001)
• Professor – Formação continuada
• Conhecimento e saberes da prática social e cultura – Articulação de sabres e conhecimentos
EJA pluralidade e diversidade cultural dos seus sujeitos
• Conhecimentos, atitudes, linguagens, códigos e valores que, muitas vezes, são desconhecidos ou vistos de forma desvalorizada pela cultura escolar e pelos currículos tradicionalmente oferecidos.
• Parâmetros e Expectativas de Aprendizagens para EJA
Perspectiva de Formação Humana
Concepções e propostas de EJA comprometidas com a formação humana passam, necessariamente, por entender
quem são esses sujeitos e que processos pedagógicos deverão ser desenvolvidos
para dar conta de suas necessidades e desejos (Arroyo, 2001).
Interculturalidade e currículo de educação de jovens e adultos
CurriculoCurriculo - Perspectiva ampla e resultante de - Perspectiva ampla e resultante de uma construção social e cultural, englobando uma construção social e cultural, englobando
todos os elementos que configuram a educação todos os elementos que configuram a educação escolar, ou seja, valores e objetivos orientadores escolar, ou seja, valores e objetivos orientadores das ações educativas, atividades de ensino e de das ações educativas, atividades de ensino e de aprendizagens, materiais e métodos de trabalho aprendizagens, materiais e métodos de trabalho
escolar, sistemas de poder e relações inter-escolar, sistemas de poder e relações inter-pessoais estabelecidas, organização e utilização pessoais estabelecidas, organização e utilização dos espaços e tempos escolares, avaliação de dos espaços e tempos escolares, avaliação de conhecimentos, saberes e formas de expressão conhecimentos, saberes e formas de expressão
selecionadas, etc. (CARLINDA LEITE, 2002)selecionadas, etc. (CARLINDA LEITE, 2002)
• Conjunto de processos de seleção, organização, construção e reconstrução cultural, ou seja, como tudo que existe enquanto plano e prescrição e tudo que ocorre num dado contexto e numa situação real de educação escolar.
• Envolve as relações que se estabelece entre os diferentes atores, experiências e saberes, nos valores e crenças dos protagonistas da ação, nos papéis atribuídos aos diferentes sujeitos e nos que eles são assumidos nas diversas dinâmicas, bem como na sua dimensão e reconstrução social
Currículo
• Porção da cultura a ser escolarizada (VEIGA NETO)
• Os sujeitos da educação são antes de tudo sujeitos de interpretação; seus objetos de saber são os discursos orais, os discursos e textos escritos, os materiais culturais em geral tal como a ciência como um discurso com vontade de verdade, em síntese, o “mundo da vida”(CARVALHO, 2005)
Currículo
• Construto cultural, histórica e socialmente determinado, o currículo tem sido instrumento utilizado por diferentes sociedades para desenvolver os processos de conservação, transformação e renovação dos conhecimentos historicamente acumulados assim como para socializar crianças e pessoas jovens e adultas segundo valores tidos como desejáveis (MOREIRA, 1997)
Currículo – porção da cultura
• Se entendermos o currículo, como propõe Williams (1984), como escolhas que se fazem em vasto leque de possibilidades, ou seja, como uma seleção da cultura, podemos concebê-lo, também, como conjunto de práticas que produzem significados (Moreira, 2007)
Avaliação como direito à aprendizagem
formativa, inclusiva, processual
• Avaliação compromisso com aprendizagens significativas
• Envolver atores sociais – professores, alunos, pais nos processos de aprendizagens e seus resultados
Se as coisas são inatingíveis... ora!Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não foraA presença distante das estrelas!
Das utopias – Mário Quintana