desenvolvimento de mudas prÉ-brotadas (mpb) de cana … · marcelino, lucas mingoranse; relva,...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Engenharia Agronômica
Lucas Marciano Relva
Lucas Mingoranse Marcelino
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-AÇÚCAR EM DIFERENTES
VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS
LINS–SP
2019
LUCAS MARCIANO RELVA
LUCAS MINGORANSE MARCELINO
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-
AÇÚCAR EM DIFERENTES VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, do curso de Engenharia Agronômica sob a orientação Prof. Dr. Carlos Suguitani e orientação técnica do Prof. Me. Thiago Flávio de Souza.
LINS-SP
2019
Marcelino, Lucas Mingoranse; Relva, Lucas Marciano
Desenvolvimento de mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar em diferentes volumes de tubetes e substrato / Lucas Mingoranse Marcelino; Lucas Marciano Relva – – Lins, 2019.
43p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Engenharia Agronômica, 2019.
Orientadores: Carlos Suguitani; Thiago Flavio de Souza 1. Cana-de-açúcar. 2. Mudas pré-brotadas. 3. Tubetes. 4. Substrato
I Título. CDU 631
M263d
LUCAS MARCIANO RELVA
LUCAS MINGORANSE MARCELINO
DESENVOLVIMENTO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS (MPB) DE CANA-DE-
AÇÚCAR EM DIFERENTES VOLUMES DE TUBETES E SUBSTRATOS
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.
Aprovada em:___/____/_____
Banca Examinadora:
Dr. Carlos Suguitani
Titulação: ___________________________________________________________
___________________________________________________________________
Assinatura: _________________________________________
Nome (Banca 1)
Titulação: ___________________________________________________________
___________________________________________________________________
Assinatura: _________________________________________
Nome (Banca 2)
Titulação: ___________________________________________________________
___________________________________________________________________
Assinatura: _________________________________________
Lins – SP
2019
A todos que direta e indiretamente nos apoiaram e sustentaram
nosso animo para que conseguíssemos concluir com êxito mais
uma etapa de nossas vidas. Aos professores do curso de
Engenharia Agronômica e demais funcionários do
UNISALESIANO LINS.
DEDICAMOS.
AGRADECIMENTOS
A Deus e seu único filho, Jesus Cristo.
Aos familiares. Aos nossos professores que nos prepararam para cada etapa que
passaríamos durante o curso. Ao nosso orientador e coordenador do curso por
perseverar e confiar em nossa capacidade.
Com afago, nosso obrigado.
RESUMO
A cana-de-açúcar é cultivada em diferentes regiões do mundo, sendo que no Brasil
desde a sua introdução tem se expandido e ganhando importância econômica.
Existem quatro sistemas de plantio, cana inteira, picada, mini toletes e Mudas Pré-
Brotadas (MPB). A utilização do MPB tem aumentado no setor sucroenergético em
função da sanidade, pois a proposta dessa técnica é produzir mudas livre de pragas
e doenças. Mudas bem desenvolvidas também é outra característica desejada e ainda
há muitas dúvidas em relação ao melhor substrato e tamanho de tubete a se utilizar.
Em função disso esse trabalho buscou verificar o desenvolvimento (altura, diâmetro,
massa seca e fresca da parte aérea e raízes) das mudas com uso de dois substratos
(torta de filtro com bagaço de cana e o Carolina II) e dois volumes de tubetes (136 e
180ml). O experimento foi conduzido na área da Usina Cafealcool, município de
Cafelândia, seguindo os padrões comerciais de produção de MPB, sendo
delineamento utilizado o de blocos casualizados. Observou-se que as diferenças no
desenvolvimento estavam mais relacionadas ao tipo de substrato, sendo o Carolina II
o que apresentou os melhores resultados. Os valores encontrados em relação ao
volume do tubete não foram diferentes estatisticamente para altura e diâmetro de
plantas nas diferentes medições, existindo diferenças somente na massa fresca e
fresca da parte aérea e fresca das raízes.
PALAVRAS-CHAVE: Cana-de-açúcar. Mudas Pré-Brotadas. Tubete. Substrato.
ABSTRACT
Sugarcane is grown in different regions of the world, and in Brazil since its introduction, it has expanded and gained economic importance. There are four systems of planting, whole cane, chopped, mini toletes and pre-budded seedlings (MPB). The use of MPB has increased in the sugar-energy sector due to the sanity, since the proposal of this technique is to produce seedlings free of pests and diseases. Well-developed seedlings are also another desired characteristic and there are still many doubts regarding the best substrate and size of tube to be used. This work aimed to verify the development (height, diameter, fresh and dry mass of shoots and roots) of the seedlings using two substrates (filter cake with sugarcane bagasse and Carolina II) and two volumes of 136 and 180ml). The experiment was conducted in the area of the Cafealcool Plant, in the municipality of Cafelândia, following the commercial standards of MPB production, and a randomized block design was used. It was observed that differences in development were more related to substrate type, and Carolina II presented the best results. The values found in relation to the volume of the tube were not statistically different for height and diameter of plants in the different measurements, existing differences only in the fresh and fresh mass of the aerial part and fresh of the roots. KEYWORDS: Sugarcane. Pre-sprouted seedlings. Tubete.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Colheita das canas para extração de mini rebolos ..................................... 24
Figura 2: Corte dos minis rebolos com a guilhotina elétrica ...................................... 25
Figura 3: Possíveis danos no mini rebolo .................................................................. 25
Figura 4: Imersão com fungicida authorit .................................................................. 26
Figura 5: Mistura de torta de filtro com bagaço branco ............................................. 26
Figura 6: Etiqueta de identificação de tratamentos ................................................... 27
Figura 7: Estufa de pré-germinação .......................................................................... 27
Figura 8: Medição da altura ....................................................................................... 28
Figura 9: Avaliação do diâmetro do caule ................................................................. 29
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Fases da produção de MPB ..................................................................... 17
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Diâmetro de colo (mm). ............................................................................. 31
Tabela 2: Análise do diâmetro das plantas separando o efeito do substrato e do
volume de tubete nas avaliações. ............................................................................. 31
Tabela 3: Altura da planta (cm). ................................................................................ 32
Tabela 4. Análise dos tratamentos separando o efeito do substrato e do volume de
tubete nas alturas das mudas. .................................................................................. 32
Tabela 5: Massa fresca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos. ...... 33
Tabela 6: Massa seca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos. ........ 33
Tabela 7: Massa fresca das raízes nos diferentes tratamentos. ............................... 34
Tabela 8: Massa seca das raízes nos diferentes tratamentos................................... 34
Tabela 9: Pesagem das Massas (Frescas e Secas), raízes...................................... 34
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
C4: Metabolismo da cana, considerada altamente eficiente na conversão de
energia radiante em energia química;
CO2: Monóxido de Carbono;
DAP: Dias após plantio;
MPB: Mudas pré-brotadas.
GLOSSÁRIO
Cantosi: Termo utilizado para os viveiros cultivados em um canto das áreas (cerca de
20% do espaço) as quais serão reformadas e que se encontram distantes da área de
fornecimento de cana-muda. Assim, passa-se a ter muda próximo ao local do plantio
comercial. As mudas são plantadas com entrelinhas de 1,50m.
Folha +1: De acordo a CASAGRANDE(1991), a partir da enumeração de Kuijiper, a
Folha +1 consiste na primeira folha de cima para baixo do talo com barbelas.
Meiosi: O método consiste em intercalar culturas de interesse econômico e/ou
agronômico com o canavial para reduzir custos de implantação, melhorar o sistema
de logística e promover a melhora do local de cultivo (condições químicas, físicas,
biota e microbiota do solo).
Mini rebolo: São mudas pré-brotadas produzidas através do corte da cana.
Rebolo: Pedaço de cana com dois ou mais brotos, usado no plantio.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 13
2.1 Cultura da Cana de Açúcar ............................................................................ 13
2.1.1 Plantio ............................................................................................................. 14
2.1.2 Mudas Pré-Brotadas ....................................................................................... 16
2.2 Substratos ...................................................................................................... 18
2.3 Tubetes ........................................................................................................... 19
2.4 Pragas e doenças da cana-de-açúcar ............................................................ 19
2.4.1 Broca e Bicudo da Cana-de-Açúcar ............................................................... 20
2.5 Doenças ......................................................................................................... 20
2.6 Tratamentos De Mudas .................................................................................. 21
3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 23
3.1 Conhecimento da Área Experimental............................................................. 23
3.2 Tratamento e Delineamento Experimental ..................................................... 23
3.3 Avaliações ...................................................................................................... 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 31
5 CONCLUSÕES .............................................................................................. 36
6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 37
12
1 INTRODUÇÃO
A cana-de-açúcar é uma Poacea cultivada ao longo da história por várias
regiões do planeta. Desde sua introdução no país, a cultura vem se expandindo em
área e ganhando cada vez mais importância econômica. Em 2003, o lançamento dos
carros flex fuel fez com que o mercado sucroenergético acelerasse e o país produzisse
cerca de 520 milhões de toneladas, no ano de 2007, visando atender a demanda de
álcool hidratado (NOVACANA, 2008). De acordo com o IBGE (2019), a produção
atingida no ano de 2018 foi de 674.178.718 milhões de toneladas solidificando
aumento de área plantada.
SANTOS; BORÉM (2016) citam que existem quatro sistemas de plantio, cana
inteira, picada, mini toletes e mudas pré-brotadas (MPB). O sistema de plantio de
mudas pré-brotadas é uma técnica que foi criada pelo IAC – Instituto Agronômico –
visando a sanidade do material inserido ao gerar um novo canavial, uma vez que o
material propagativo deve ser idôneo e livre de pragas e doenças, as quais geram
perdas significativa.
Na produção de mudas existem muitos aspectos que influenciam a qualidade
e vigor, podendo-se citar os tubetes em que as mudas serão plantadas e o substrato
utilizado, isso pode acarretar vantagens ou desvantagens ao produtor, visto que tal
elemento reflete diretamente no custo de produção e desenvolvimento das mudas.
A escolha de um recipiente que não seja adequado à necessidade da muda
pode ser economicamente viável, contudo, pode levar a problemas como assimetria
entre raiz e parte aérea da planta, desidratação e deformação radicular, demandando
futuramente taxas elevadas de replantio. Por ser uma técnica ainda recente existem
poucas informações quanto ao volume ideal do tubete para produção de mudas e
necessita de aprimoramentos, dessa forma o presente estudo visa avaliar o
desenvolvimento do MPB em diferentes volumes de tubetes e substratos.
13
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Cultura da Cana-de-Açúcar
Com relatos do uso da cana-de-açúcar antes de Cristo, no decorrer do tempo
e descobrimento de novas terras e formas de cultivo, tornou-se uma cultura de
importância mundial agregando no desenvolvimento e evolução do ser humano,
demandando mão de obra na área tecnológica e geração de produtos e subprodutos.
A cultura da cana-de-açúcar tem como centros origem o sudeste da Ásia e índia
ocidental, a partir dessa região a cana foi disseminada para outras partes do mundo.
No século XI e XII o açúcar chegou à Europa propagando seu uso e comercio. A cana
chegou à América na segunda viagem de Cristóvão de Colombo (BASTOS, 1987;
CRUSCIOL, 2016).
No Brasil, em 1522, Martin Afonso de Sousa trouxe da Ilha da Madeira para a
Capitania de São Vicente cana do primeiro plantio em terras brasileira, dando início
aos primeiros engenhos de São Jorge, Capitania de São Vicente, e de Nossa Senhora
da ajuda, Capitania de Pernambuco (BASTOS, 1987).
De grande importância para o desenvolvimento do Estado de São Paulo,
antecedente à época da mineração, o cultivo expandiu ao ponto de atingir potencial
para exportar açúcar a Java, sendo uma das principais fontes de renda do país, assim,
tirando o foco principal da extração de Pau Brasil (CASTRO; KLUGE, 2001).
De hábito ereto e ciclo perene, o seu desenvolvimento é delimitado em função
da deficiência hídrica ou temperaturas baixas. A formação dos perfilhos é em forma
de touceira e planta, obtendo grande capacidade fotossintética (EMBRAPA, 2012).
Pertencente à família das Poaceae, a cana-de-açúcar obteve sucesso no Brasil
devido ao seu potencial produtivo e adaptação climática a diferentes regiões do país.
De acordo a UMEBARA (2010), demonstram melhor desenvolvimento submetido à
radiação solar e estação chuvosa com sucessão de período seco e menor onda de
raios solares.
Eficaz em conversão de energia radiante em energia química, o metabolismo
C4 que se faz presente na cana-de-açúcar, torna a planta mais efetiva na bioconversão
de energia, podendo ser afetado por fatores ambientais como luz, água, concentração
de CO2, temperatura e nutrientes. O mecanismo possibilita fixar o CO2 gerando
14
menores perdas de água, utilizando-a de maneira mais eficiente. Dessa forma, mostra
viabilidade de expansão da cultura para outras regiões (MAGRO et al. 2011).
A evolução da produtividade de cana-de-açúcar (por hectare), nos últimos
anos no Brasil, chama atenção para o fato de que, no ano de 2006, a região sudeste
destacava-se com 80.000 kg/ha. Neste período, a região sul produzia 70.000 kg/ha.
A safra de 2011 reduziu a produtividade chegando a cerca de 60.000 kg/ha, em todas
as regiões. Já no ano de 2018, demonstrou estabilidade de produção entre 60.000 e
70.000 kg/ha para todas as regiões, exceto à região nordeste, a qual se encontra com
cerca de 50.000 kg/ha. No estado de São Paulo, em 2005, a área colhida de cana-de-
açúcar era de 3 milhões de hectares. Com o aumento do consumo de produtos
provenientes da cana e o surgimento de novas usinas esse valor foi elevado a 4.8
milhões de hectares no ano de 2017/18. (CONAB, 2018)
2.1.1 Plantio
Os portugueses adotaram o plantio de cana-de-açúcar em larga escala no Brasil
por dominarem métodos de cultivo. O clima, solo e alta lucratividade do açúcar foram
os aspectos responsáveis para que se tornasse uma monocultura de interesse
comercial. Neste período, a maneira de trabalho era totalmente manual e o comércio
de escravos africanos gerava lucro ao governo português (CAVALCANTI, 2018).
O plantio da cana inteira é o método pioneiro de propagação da cultura. A qual
se tornou uma das principais culturas cultivadas, necessitando de grandes
quantidades de mão de obra e de cana. Sendo utilizada em plantio manual e picado
em rebolos de aproximadamente 50 cm, após introduzidas no sulco. Outro método é
cana picada, constituída de 3 a 5 gemas, o corte é efetuado por meio de máquinas,
ou manualmente em viveiros. O terceiro método são minis toletes são gemas únicas
de 5 cm que permitem um melhor controle fitossanitário. Seu sucesso está ligado a
boas condições edafoclimáticas por não haver grande quantidade de reserva nutritiva
(SANTOS; BORÉM, 2016).
O plantio manual carece de uma sucessão de etapas que se tornaram inviáveis
devido à escassez de mão de obra. O corte manual de mudas possibilita melhor
seleção do material, entretanto, baixo rendimento de área. O carregamento para
caminhões canavieiros era auxiliado por maquinário denominado motocana,
coletando aglomerados e dispondo, de forma a não ocasionar danos mecânicos, às
15
mudas. Os caminhões transportavam de 10 a 15 toneladas e trafegavam em baixa
velocidade para não acarretar compactação. Empregavam-se colaboradores
dispersos nas linhas e na carroceria do caminhão, realizando a distribuição nas linhas
de plantio. Outro processo que demanda mão de obra é a retampa, a qual era
realizada manualmente, após a cobrição da muda, feita com implemento (TEIXEIRA,
2016).
Com o aumento da operação mecanizada e a proibição das queimadas, os
produtores adaptaram-se à nova realidade. Atualmente, podem ser citados os
espaçamentos: alternados, duplo alternados e simples, devido possibilitarem um
manejo na palha da cana, nos tratos da soqueira, plantas daninhas e maior
aproveitamento na área plantada, aperfeiçoando a colheita mecanizada (UDOP,
2016).
No plantio mecanizado, as colhedoras de muda são responsáveis pela colheita
e corte, eliminando a mão de obra utilizada no processo manual. Adaptadas para não
causar danos mecânicos às gemas. O rendimento e operação variam conforme o
maquinário, disponível ou acessível, podendo ser feito em etapas separadas com
esparramadeira ou com a plantadora, a qual realiza as operações simultaneamente
(PESSAN; SCARTOZZONI, 2012).
Dificuldades de adaptação, exposição de mudas no sulco, danos às mudas, o
excesso ou falta de material propagativo e falhas no plantio, resultaram em inovação
em técnicas de multiplicação, agregando economia operacional e melhor
aproveitamento de área, empregando menor número de funcionários, possibilitando a
realização do plantio em épocas mais secas (TEIXEIRA, 2016).
Um dos sistemas de plantio de viveiros que visa a formação de um canavial
sadio através do uso de MPB é a cantosi. Esse método possui distribuição espacial
diferente ao introduzir as mudas em campo, onde uma parte é escolhida para
implantação de MPBs. Esse sistema permite o uso de 1 hectare de cantosi, para
formação de 4 hectares, possibilitando a introdução de adubos verdes como
amendoim e soja no restante da área (CHERUBIN 2017).
A cantosi pode ser instalada em áreas de reforma distribuído em uma área com
20% de MPB e 80% de leguminosas. Produzindo mudas sadias para o próximo ano e
reduzindo custo com aquisição de MPB para área comercial total (INFORMATIVO
PRODUTOR, 2016).
16
A meiosi (método Inter rotacional ocorrendo simultaneamente) não era vista
pelo setor sucroalcooleiro como medida viável a ser instalada. Com o surgimento e
sucesso em questão de sanidade, vigor e identidade genética das mudas pré-brotadas
lançada pelo IAC, a técnica voltou a ser explorada (COPLANA, 2017).
No plantio, o caminhão passa por meio das linhas depositando as canas para
distribuição em sulcos. O espaçamento utilizado para meiose difere do plantio
comercial, havendo distanciamento maior nas entrelinhas, possibilitando a realização
do plantio de adubo verde (XAVIER, 2014).
Para implantação do sistema de meiosi é necessário rigoroso
acompanhamento técnico, todavia, possui benefícios como: maior vigor e sanidade
das plantas, menor consumo de gemas e redução de maquinários (DOLLEVEDO,
2016).
A revista RPANEWS (2017) publicou o relato do produtor Ricardo Bellodi
Bueno, de Jaboticabal, descrevendo a instalação de 100 MPBs de 17 variedades.
Totalizando a instalação de 1700 unidades provenientes de MPBs, cada muda no
ponto de colheita gera de 10 a 12 perfilhos, totalizando cerca de 170 mil novas plantas,
com isso, viabilizou a implantação de um canavial sadio sem necessidade de
aquisição de novas mudas.
Mediante autores consultados, com a mecanização das operações e a
incidência de doenças que atacam a cultura, surgiu a necessidade de se pesquisar
novas tecnologias para o cultivo, visando a qualidade e maior produtividade.
2.1.2 Mudas Pré-Brotadas
As mudas pré-brotadas foram desenvolvidas devido a problemas com
disseminação de pragas e doenças que causam a baixa produtividade e falhas, as
quais, frequentemente, demandam o aumento no uso de colmos, no momento do
plantio. Novas tecnologias estão em estudo para que haja melhor aproveitamento dos
colmos, que, eventualmente não brotam. Fator ocasionado por aumento na densidade
de plantio ou problemas fitossanitários (IAC, 2012).
Com o passar dos anos e o avanço tecnológico, houve o desenvolvimento de
novas formas de cultivo da cana-de-açúcar. As MPB permitem o uso de menor volume
de mudas por talhão e aumento do trabalho mecânico para o plantio, todavia, garante
17
mudas sadias associadas à melhoria da sanidade e taxa de multiplicação (GÍRIO et
al., 2015).
ZERA; SCHIAVETTO; AZANIA (2016) descrevem que as tecnologias de MPB
utilizam variedades, conforme o microclima e tipo de solo, entretanto, o intuito de
formar viveiros para promoção de um cultivo com o padrão fitossanitário em vigor, é
apenas uma das vantagens proposta para MPB, dentro de uma unidade industrial.
NETO (2018); MAIA (2017) proferem que o sistema de MPB disponibiliza 80%
do material que seria destinado ao plantio, para o processo industrial. A necessidade
de material propagativo para 1 hectare utilizando MPB é 1,5 toneladas, em
contrapartida, no plantio convencional é necessário, em média, 13 toneladas para
efetuar o plantio da mesma medida.
De acordo com o IAC (2012), deve-se ter cautela ao realizar a adubação de
mudas em viveiros, visto que, o manejo errado de dosagens e escolha do produto a
ser aplicado, pode acarretar a morte da muda, pois, encontra-se em local controlado
e geralmente de pouco espaço. Recomendando-se adubos de liberação lenta.
Conforme SANTOS; BORÉM (2016) os materiais propagativos devem ser
oriundos de viveiros com sanidade confiável. Assim sendo, ao desempenhar os
processos para produção de MPB, do corte e preparo dos minis rebolos, até a fase de
aclimatação, conta-se com um período de 60 dias, após este período as mudas estão
aptas ao plantio no campo, conforme o quadro abaixo.
Quadro 1 - Fases da produção de MPB
(continua)
Etapas Detalhamento
Etapa 1
Realização do corte e preparo dos mini rebolos, utilizando plantas com
existência de 6 a 10 meses, visando o rendimento devido ao maior
número de gemas. O corte é feito por um instrumento denominado
guilhotina de lâmina dupla, devidamente sanitizado, efetuando um corte
de medida 3cm. Esse processo permite a seleção das melhores gemas
e exclusão das que apresentam sintomas da broca da cana-de-açúcar.
Etapa 2
Efetua-se o tratamento por imersão das gemas durante 3 minutos, em
calda fungicida, permitindo, também, outros tratamentos para ampliar o
vigor inicial, sanidade e promotor de enraizamento.
Etapa 3
Os minis rebolos são acomodados em caixas plásticas e cobertos com
substrato. A irrigação deve ser suficiente para suprir a necessidade
hídrica do processo de pré-brotação, a durabilidade do processo varia
em função da idade da cana utilizada e adjacências.
18
(conclusão)
Etapas Detalhamento
Etapa 4
Ocorre a individualização dos mini rebolos, onde são dispostos em
tubetes com fertilizante e substrato, em suporte adequado, permitindo o
maior desenvolvimento da planta e descarte das que não brotaram.
Etapa 5
As mudas individualizadas são deslocadas em ambiente de aclimatação,
o turno de irrigação é delimitado de acordo a evolução da planta. Nessa
fase é imprescindível a manutenção da umidade pois o efeito de altas
temperaturas pode acarretar a má formação, limitando a muda a campo.
Após um período é realizado poda foliar para estimular o
desenvolvimento radicular e diminuir a perda de água.
Fonte: Desenvolvido pelos autores com base em IAC (2012) e SANTOS; BORÉM (2016).
O uso de MPB vem crescendo por apresentar vantagens como a diminuição
de colmos por talhão, gerando uma uniformidade entre plantas e não promovendo a
competição por água, luz, nutriente e permitindo maior sanidade e vigor do canavial.
2.2 Substratos
O substrato, componente que oferece suporte às MPBS, onde as plantas
fixarão suas raízes, exibe sua importância ao desempenhar funções diretas na
manutenção radicular, estabilidade, suprimentos básicos (água, oxigênio e nutrientes)
e ao transportar o dióxido de carbono entre as raízes da planta (REVISTA CULTIVAR,
2014).
Nesse sentido, coloca-se em evidência o Carolina 0.7, à base de Turfa de
Sphagnum, comercializado pela empresa Carolina Soil, sendo escolhido devido à alta
capacidade de retenção de água, concomitante à alta porosidade. É interessante
ressaltar que este substrato por conter o Sphagnum em sua base, juntamente a
fertilizantes com liberação imediata, apresenta um resultado rápido e eficiente de
fertirrigação, dificultando o súbito aparecimento de deficiências nutricionais
(GROWPLANT, 2019).
A torta de filtro é um resíduo de suma importância à indústria sucroalcooleira,
oriundo da filtração do caldo extraído das moendas no filtro rotativo. Sua concentração
é constituída de aproximadamente 1,2 a 1,8% de fósforo e 70% de umidade,
garantindo, assim, a brotação da cana, plantadas em temporadas de inverno
(ROSETTO; SANTIAGO, 2010).
Produzida na ordem de 2,5 a 3,5% de cana moída a torta de filtro apresenta
elevada umidade, teor de matéria orgânica, fósforo, cálcio, magnésio e nitrogênio,
19
sendo possível melhorar ainda mais sua concentração adicionando-se gesso, cinza
de caldeiras ou palhadas, dessa forma, aumentam-se os nutrientes, todavia, sua
umidade é diminuída.
Sequencialmente, evidencia-se o bagaço branco, o qual é o resultado do
processo de moagem do colmo extraído para o alcance do caldo que passa por etapas
até a obtenção do açúcar. Sua utilização varia desde fins energéticos a não
energéticos, tornando-se, cada vez mais, matéria-prima para outros processos como
a produção de etanol (BUCKERIDGE et al., 2008).
2.3 Tubetes
O tipo de recipiente pode apresentar vantagens e desvantagens. Entretanto, a
designação do recipiente padrão é delimitada por custo.
A escolha do recipiente ideal serve como suporte para funções biológicas,
evitando danos mecânicos no transporte e minimizando a desidratação, optar pelo
recipiente errado pode apresentar desvantagens como: a deformação radicular
causada por insuficiência de espaço e desequilíbrio no desenvolvimento da raiz com
a parte aérea, afetando o desenvolvimento da muda a campo (JUNIOR et al., 2011).
Azevedo et al. (2013) descrevem que o tamanho maior do recipiente garante
melhor desenvolvimento e aumento na estadia da muda no viveiro. Contrapartida
necessita de volume maior de substrato. As radicelas e pelos absorventes sofrem
aumento na utilização de volume menor, melhorando a capacidade de absorção de
nutrientes.
De acordo com DUARTE (2016), o tamanho do tubete, usado para produção
de muda, atua diretamente no custo de produção, pois, quanto maior o volume maior
será a quantidade de insumos e ocupação de espaço no viveiro. ANTONIAZZI et. al.,
(2013) aponta que o uso de tubetes de menor volume geram aumento na taxa de
replantio, não havendo adaptação positiva após plantio a campo.
2.3 Pragas e doenças da cana-de-açúcar
As principais pragas e doenças que podem acarretar prejuízos tanto na
produção do MPB ou na produtividade do canavial com seu uso no plantio são: broca
da cana, bicudo da cana-de-açúcar, carvão, escaldadura das folhas e raquitismo.
20
2.4.1 Broca e Bicudo da Cana-de-Açúcar
A broca da cana, Diatraea Saccharalis, acarreta prejuízo após a eclosão da
lagarta, atacando partes moles do colmo, abrindo galerias longitudinalmente,
facilitando a entrada de patógenos. Diretamente, causa danos como a perda de peso,
morte das gemas, secamento dos ponteiros e brotações laterais. Quando adulto é
identificada como uma mariposa (MACHADO, 2016).
O bicudo da cana-de-açúcar, Sphenophorus levis, perfura o colmo e se aloja
na base das plantas construindo galerias no rizoma, danificando seus tecidos,
causando a morte da planta e falhas no plantio.
O inseto adulto tem hábito noturno e pouca agilidade, entretanto, se disseminou
para todo o país por meio do transporte de mudas contaminadas. No estado de São
Paulo, acarretou perdas de 20 a 30 toneladas/ha/ano (PÉREZ et al., 2009).
2.4.2 Doenças
O carvão é causado pelo fungo Ustilago Scitaminea e infecta a planta
instalando-se nas gemas de brotos novos, deixando-a com colmos curtos, finos e com
um apêndice de coloração preta na gema apical da planta. Os esporos são
disseminados por água, vento ou implementos. No solo, em condições favoráveis, se
houver períodos de seca, pode acumulá-los deixando-os viáveis. Para o controle,
geralmente, utilizam-se variedades resistentes e mudas com tratamento térmico
(SANGUINO, 2018).
Conhecida como escaldadura das folhas, a bactéria Xanthomonas albilineans
atinge o xilema da planta causando queima total das folhas e, em estágios crônicos,
faz apresentar estrias brancas e longas. Em variedades suscetíveis, causam má
formação de tolete provocando uma perda de 100% do canavial. Sua disseminação
ocorre pelo corte. Seu controle é através da descontaminação de facões, colhedoras
e uso de variedades resistentes (CANAOESTE, 2013).
A podridão vermelha, causada pelo fungo Colletotrichum falcatum, se instala
na planta, aproveitando a galeria feita por meio do ataque da broca, causando
degradação dos colmos, proporcionando perdas de 50% a 70% ao ocasionar a
inversão da sacarose. Sua identificação é feita por corte do colmo de forma
21
longitudinal. Sua propagação ocorre por agentes naturais, como chuvas e ventos,
devido à esporulação em acérvulos do fungo, o qual necessita da ação da água para
liberar os seus conídios da mucilagem que os prende, e carregá-los até a região das
gemas no colmo, onde se dá a penetração. O vento é o agente disseminador para
longas distâncias (SANGUINO, 2018).
A bactéria Leifsonia xyli subsp. xyl causa o raquitismo da soqueira. Atinge o
xilema da planta, obstruindo e dificultando o transporte de água e nutrientes, deixando
com aspecto visual de colmos finos e desenvolvimento irregular, a maneira de
identificar a doença é por meio de sorologia. A referida doença propaga-se por
máquinas, facões e uso de mudas contaminadas.
Ainda não há resistência genética, sendo assim, a melhor forma de controle é
a desinfecção de material propagativo e o tratamento térmico, o qual consiste em
inserir a cana em um recipiente com água aquecida a 52°C por 30 minutos ou 50,5°C
por 120 minutos. Para ter um controle eficaz são necessárias medidas de prevenção
(GAGLIARDI, 2008).
A terminologia de manejo requer o uso de todas as técnicas de controle dentro
de um programa, visando restringir pragas abaixo do nível de dano econômico, com
o uso de técnicas de condução com fundamentos que, por meio do uso de controle
químico e biológico, são reguladores de ambiente naturais. O controle eficiente das
doenças em mudas de cana-de-açúcar é feito por meio de tratamento térmico e o uso
de variedades resistentes (PANIZZI, 2006).
2.4.3 Tratamentos de Mudas
Tratamentos convencionais em MPBs visam sanidade, usando o tratamento
térmico, tratando-se da mistura de tempo, considerado cerca de 30 minutos e
temperatura cerca de 52°C. De acordo com AFONSO (2017), o principal objetivo é a
eliminação das doenças de importância econômica. FARIA (2016) relatou a ação do
tratamento na destruição das proteínas e enzimas das bactérias e ambos exaltam a
economia desse processo pelas unidades produtoras.
Sistemas de plantio mecanizado de grande porte, possuem processos
automatizados que realizam pulverizações de tratamento pré-plantio, atendendo a um
conceito de tecnologia de aplicação, o qual visa economia, com o mínimo de
22
contaminação ambiental, tornando-se uma forma eficiente no controle fitossanitário
(FERREIRA et al., 2008)
Para tratamento das gemas, utiliza-se em sua grande maioria, o sistema de
imersão em fungicida a base de Pyraclostrobin com 0,1% em solução. Promotor de
enraizamento, dentre outros tratamentos, podem ser utilizados para aprimorar a
sanidade e vigor de MPB (IAC, 2012).
O uso de plantas resistentes é uma estratégia adotada por diversos produtores,
visando o menor custo operacional com a aplicação e por mostrar-se promissora no
controle de doenças. Entretanto, algumas variedades e doenças requerem outros
métodos de controle, recorrendo ao uso de fungicidas. Todavia, é importante ressaltar
que o uso indiscriminado pode ocasionar danos ecológicos e financeiros (PALHA et
al., 2015).
Dentro do contexto do controle alternativo, o produtor encontra-se amparado
por diversos métodos que são eficientes e economicamente viáveis, porém, um
método isolado costuma não atender às necessidades de controle, tornando
indispensável a criação de um programa de controle e prevenção, acompanhado de
análises. Com o avanço do aprimoramento genético, na agricultura, o produtor pode
contar com mudas resistentes, entretanto, necessita de tratos culturais adequados
para que essa resistência seja preservada (EMBRAPA, 2014).
23
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Área Experimental
O experimento foi conduzido nas dependências da Usina Cafealcool
Agroindustrial, localizado nas coordenadas geográficas latitude 21º 39’ 40” S e
longitude 49º 26’ 07” Oeste, altitude 445 m, no município de Cafelândia, estado de
São Paulo, no período de 06 de março de 2019 a 10 de abril de 2019.
A muda foi coletada na Fazenda Colombo que está arrendada a Cafealcool
Agroindustrial e está localizada nas coordenadas 21° 70’ 36’’ S e longitude 49° 51’ 26’’
O, no município de Cafelândia, na região oeste do estado de São Paulo.
As canas que deram origem aos minis rebolos utilizados no experimento vieram
de um viveiro com dez meses de idade, no momento da coleta, que é considerada
ideal, pois, tem rendimento e vigor na brotação.
3.2 Tratamentos e Delineamento Experimental
O delineamento experimental foi de blocos ao acaso no esquema fatorial, tendo
dois substratos e dois volumes de tubetes diferentes. Cada tratamento tem 4
repetições, totalizando 16 parcelas, levando-se em consideração que cada parcela foi
composta por 15 minis rebolos nos tubetes de menor volume e de 15 nos maiores.
O substrato utilizado no experimento foi o Carolina 0,7 a base de Turfa de
Sphagnum da empresa Carolina Soil (de pH 5,6, com capacidade de retenção de água
51%, CTC 1200 mmolc/dm³ e composição físicas: sphagnum 70% palha de arroz
torrefada 20% e 10% perlita).
O bagaço é obtido ao final do processo de moagem da cana, enquanto a torta
de filtro é o rejeito da filtragem do caldo da cana.
Os tratamentos testados foram:
• T1 – Substrato torta de filtro misturado com bagaço de cana e bandejas
com células de 136 ml em cada célula;
• T2 - Substrato torta de filtro misturado com bagaço de cana e bandejas com
células de 180 ml em cada célula;
• T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula;
24
• T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula.
Todos os tratamentos tiveram adição de 60 g de sulfato de amônio, 40 g de
cloreto de potássio, 150 g de Yoorin, 135 g de Osmocote Plus e 135 g de Osmocote
M Pril que é a recomendação padrão para a produção de MPB, segundo a IAC(2012).
E foram utilizados tubetes de volumes diferentes: Bandeja Nutriplan de 136 ml e tubete
JKS de 180 ml.
A variedade utilizada no experimento foi a RB966928, a qual foi testada e
liberada sob a responsabilidade da Universidade Federal do Paraná. Em acordo a
RIDESA (2010), A variedade RB966928 é a segunda mais cultivada nos estados
brasileiros de acordo com o Censo Varietal Brasil, safra 2017/2018.
A RB966928 possui características como: maturação precoce, alta
produtividade, colheita entre os meses de abril e maio, alto perfilhamento em cana
planta e cana soca, bom fechamento entre linhas, velocidade rápida de crescimento,
porte médio, florescimento raro, despalha fácil, media restrição em exigência de
ambiente, médio teor de sacarose, médio teor de fibra, tolerante a carvão, ferrugem
marrom, escaldadura e mosaico (RIDESA, 2010).
Para extração de 300 minis rebolos coletou-se 50 canas inteiras, na Fazenda
Colombo, por meio do método de “quebra quebra”, sem o uso do facão para que não
haja disseminação de doenças (figura 1), e foram levadas para a sede da Usina
Cafealcool Agroindustrial, no município de Cafelândia, na região Oeste do estado de
São Paulo.
Figura 1: Colheita das canas utilizando a técnica de “quebra quebra” para extração de minis rebolos.
Fonte: Autores (2019).
25
Os minis rebolos, foram extraídos com dimensão de 40mm de comprimento,
sobrando 20mm de cada lado do nó, utilizando uma ferramenta denominada guilhotina
elétrica (Figura 2), de uso exclusivo para produção de MPB e desinfetada com água
quaternária, sendo descartado os que apresentavam broca e danos na gema (Figura
3).
Figura 2: Corte dos minis rebolos com a guilhotina elétrica.
Fonte: Autores (2019).
Na Figura 3 é possível perceber quatro tipos de danos, os quais são:
A. Mini rebolo com presença de broca (Diatraea saccharalis); B. Mini rebolo saudável; C. Mini rebolo com dano na gema; D. Mini rebolo com dano na gema.
Figura 3: Possíveis danos no mini rebolo.
Fonte: Autores (2019).
26
Após o corte dos minis rebolos foi realizado tratamento de imersão com
fungicida Authority, na proporção 1%, e enraizador Enraizimax, na proporção de 0,5%,
por um período de 10 minutos. Visando a prevenção do raquitismo e escaldadura das
folhas (Figura 4).
Figura 4: Imersão com fungicida Authority.
Fonte: Autores (2019).
O meio de propagação utilizado foi o de mini rebolos, como também, dois
volumes de tubetes, dois tipos de substratos: Carolina 0,7 e torta de filtro com bagaço
branco na proporção de 1:1 (Figura 5). Ambos os substratos receberam adição de
sulfato de amônio, cloreto de potássio, Yoorim, Osmocote Plus e Osmocote M Pril.
Figura 5: Mistura de torta de filtro com bagaço branco.
Fonte: Autores (2019).
Os tratamentos 1 e 2 tiveram, respectivamente, 60% e 70% do volume de suas
células preenchidas com torta de filtro e bagaço branco, onde foram dispostos os mini
27
rebolos, com o lado da gema para cima e mesma direção, logo após, foram abertas
com 3 cm de torta de filtro e bagaço até a borda e irrigado.
Nos tratamentos 3 e 4, respectivamente, tiveram 60% e 70% do volume de suas
células preenchidas com substrato e adubo e repetiu-se o mesmo procedimento de
plantio dos tratamentos anteriores.
Nas bandejas utilizadas foram fixadas etiquetas para identificação com o
número de tratamentos (Figura 6).
Figura 6: Etiqueta de identificação de tratamentos.
Fonte: Autores (2019).
O plantio dos mini rebolos seguiu a metodologia utilizada no IAC (2012), sendo
que as bandejas com os tubetes foram levadas, após o plantio, para uma estufa de
pré-germinação para início do crescimento (Figura 7)
Figura 7: Estufa de pré-germinação.
Fonte: Autores (2019).
A irrigação na estufa de pré-germinação foi realizada manualmente três vezes
ao dia conforme recomendação estipulado na ficha de produção de MPB elaborado
por IAC (2012). O interior da estufa conta com termo higrômetro digital. Micro
aspersores instalados no corredor central, para manutenção da umidade do ambiente,
que não influenciam na irrigação das mudas e luz para controle de temperatura.
28
Após os 14 dias na casa de pré-germinação, as bandejas foram levadas para
uma área coberta com sombrite 50%, onde permaneceram até o fim do experimento.
3.3 Avaliações
Após o período de 14 dias do plantio e com o estágio de germinação finalizado,
realizou-se a obtenção dos dados a campo. As 10 plantas de cada parcela foram
avaliadas, em características como brotação, altura, diâmetro do colmo, massa fresca
e seca, as quais representam a altura da planta em relação ao substrato e tubete,
diâmetro do caule, pesagem da parte aérea e das raízes e, após coletada a pesagem
da massa fresca, realizou-se o processo de secagem, para obtenção da massa seca.
A determinação da altura das plantas foi entre a base até a folha +1, utilizando
régua graduada em centímetro (figura 8), com início aos 14 DAP e realizada a cada
sete dias, os dados foram submetidos a análise estatista pelo método de Scott-Knott
a 10%.
Figura 8: Medição da altura.
Fonte: Autores (2019).
A avaliação do diâmetro do caule foi realizada através da extremidade inferior
da planta, próximo ao substrato, utilizando paquímetro digital com escala em
milímetros (mm), com início 14, após a germinação e realizada a cada 7 dias.
29
Figura 9: Avaliação do diâmetro do caule.
Fonte: Autores (2019).
No momento de pesagem, para obtenção da massa fresca e seca, as mudas
passaram por um processo de lavagem com o uso de balde e mangueira, para
eliminação de substratos e impurezas.
Após a limpeza, utilizou-se estiletes para separação da muda, eliminando o
meio de propagação, para não haver interferência na avaliação foram secos e
identificados.
As pesagens de parte aérea e raízes foram realizadas no laboratório de
microbiologia do Unisalesiano Lins, com o auxílio da balança de precisão.
Passado a fase de obtenção de dados a campo, as raízes e parte aérea das
plantas foram avaliadas, para mensurar matéria fresca e seca, usando forno micro-
ondas.
A metodologia utilizada para o processo é: Pesar um prato de papelão, colocar
amostra a ser avaliada da planta, colocar um copo de água quase cheio, programar o
forno micro-ondas para 5 minutos, em potência máxima, retirar o prato e pesar a
amostragem, aquecer novamente por mais 3 minutos e retirar para nova pesagem,
continuar levando ao forno com intervalos de 1 minuto até que o peso seja constante.
Quando o peso se mantiver constante, a secagem pode ser interrompida dando
início ao cálculo da porcentagem de umidade da amostra, assim sendo: Pesagem da
amostra úmida (PU) = peso do prato + peso da amostra – peso do prato. Peso da
30
amostra seca (PS) = peso do prato + peso da amostra seca – peso do prato. Com
isso, podemos determinar a porcentagem de umidade = (PU-PS) / PU x 100
(EMBRAPA, 2012).
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Diâmetro do colmo
Na tabela 1 estão apresentados o diâmetro dos diferentes tratamentos, entre
os tratamentos, não houve diferença significativa para o volume de tubete. O T3 difere
estatisticamente dos demais, mostrando um valor maior de diâmetro.
Tabela 1: Diâmetro de colo (mm).
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.
T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço
de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -
Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.
Fonte: Autores.
Tabela 2. Análise do diâmetro (mm) das plantas separando o efeito do substrato e do
volume de tubete nas avaliações.
Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP
Substratos
Torta + bagaço 4,63 b 5,37 b 5,96 b 6,44 b
Carolina 5,43 a 6,39 a 6,87 a 7,29 a
Volume do tubete
136 ml 5,12 a 6,04 a 6,64 a 7,20 a
180 ml 4,94 a 5,72 a 6,19 b 6,53 a
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.
T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço
de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -
Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.
Fonte: Autores.
MACAN (2018) em sua pesquisa com MPB utilizou tubete de volume 130 ml e
na avaliação de 38 DAP obteve resultado de diâmetro de 8,0 mm, valor próximo ao
obtido neste experimento de 7,78 mm. Os resultados observados não corroboram com
Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP
T1 4,61 b 5,31 c 6,07 c 6,60 c
T2 4,65 b 5,42 c 5,84 c 6,26 b
T3 5,63 a 6,77 a 7,2 a 7,78 a
T4 5,22 a 6,01 b 6,53 b 6,79 b
32
o apresentado também por Gazola et al. (2017), aos 49 DAP apresenta resultados
inferiores aos apresentados com 35 DAP no presente estudo.
4.2 Altura das Plantas
Em relação à altura não houve diferença significativa para o volume de tubete,
existindo diferença somente em relação ao substrato utilizado (tabela 2). Os
tratamentos T3 e T4 diferiram estatisticamente com maior altura comparando com os
tratamentos T1 e T2 ficando evidente a influência do substrato na altura das mudas.
Tabela 3: Altura da planta (cm).
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.
T1 – Torta de filtro misturado com bagaço de cana e com células de 136 ml em cada célula; T2 - Torta
de filtro misturado com de cana e com células de 180 ml em cada célula; T3 - Substrato Carolina com
bandeja de 136 ml em cada célula; T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula;
DAP- Dias após plantio
Fonte: Autores.
Tabela 4. Análise dos tratamentos separando o efeito do substrato e do volume de
tubete nas alturas das mudas(cm).
Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP
Substratos
Torta + bagaço 7,07 b 7,82 b 8,96 b 9,67 b
Carolina 8,38 a 9,57 a 10,81 a 11,45 a
Volume do tubete
136 ml 7,64 a 8,60 a 10,15 a 11,09 a 180 ml 7,81 a 8,79 a 9,63 a 10,04 a
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si.
T1 –Torta de filtro com bagaço de cana e células de 136 ml; T2 - Torta de filtro misturado com bagaço
de cana e células de 180 ml; T3 - Substrato Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 -
Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em cada célula; DAP: Dias após plantio.
Fonte: Autores.
SEGATO; CARVALHO (2018) comentaram quem a análise de crescimento
possibilita a obtenção de dados sobre o crescimento durante o ciclo da cultura
Tratamentos 14 DAP 21 DAP 28 DAP 35 DAP
T1 6,99 a 7,71 b 9,13 b 10,13 b T2 7,14 a 7,93 b 8,79 b 9,20 b T3 8,29 a 9,49 a 11,15 a 12,03 a T4 8,46 a 9,64 a 10,46 a 10,86 a
33
submetida em diferentes condições ambientais permitindo previa sobre seu potencial
produtivo sendo a folha responsável por grande parte da produção de substância
essenciais ao crescimento e desenvolvimento.
PEIXOTO (2004), a área foliar é de grande importância pois retrata a matéria
prima para a fotossíntese, sua determinação é importante para mensurar taxa de
crescimento relativo, taxa assimilatória líquida e índice de área foliar. O maior
desenvolvimento da parte aérea expõe que as condições de cultivo são favoráveis ou
desfavoráveis para o desenvolvimento da planta.
4.3. Massa Fresca e Seca da Parte Aérea
De acordo com os valores de massa fresca apresentados na tabela 5, houve
diferença estatística entre os tratamentos, sendo o que o T3 se destacou dos demais,
demonstrando maior (7,62 g), não havendo influência do volume de tubete.
Tabela 5: Massa fresca(g) da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos.
Substratos 136 ml 180 ml
Torta + bagaço 5,65 Ba 3,60 Bb
Carolina 7,63 Aa 4,84 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si.
Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – diferença entre os substratos. Carolina
foi o melhor. (Letras maiúsculas na coluna). Entre dos substratos torta e carolina –
diferença entre os volumes. O de 136 ml melhor (minúsculas na linha).
Tabela 6: Massa seca da parte aérea das mudas nos diferentes tratamentos.(g)
Substratos 136 ml 180 ml
Torta + bagaço 0,82 Ba 0,58 Ab
Carolina 0,97 Aa 0,65 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si.
Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – diferença entre os substratos só no
136, Carolina foi o melhor. No 180 os dois foram iguais. Entre dos substrato torta e
carolina – diferença entre os volumes.
34
Tabela 7: Massa fresca das raízes nos diferentes tratamentos. (g)
Substratos 136 ml 180 ml
Torta + bagaço 1,81 Aa 1,64 Ab
Carolina 2,13 Aa 0,92 Ab Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si.
Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – não houve diferenças. Entre dos
substrato torta e carolina – houve diferença nos dois substratos. O Carolina foi melhor.
Tabela 8: Massa seca das raízes nos diferentes tratamentos. (g)
Substratos 136 ml 180 ml
Torta + bagaço 0,21 Aa 0,17 Aa
Carolina 0,24 Aa 0,21 Aa Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem
estatisticamente entre si.
Entre dos volumes 136 ml e do 180 ml – não houve diferenças. Entre dos
substratos torta e carolina – não houve diferenças.
PEIXOTO (2004), descreve o crescimento da matéria seca da parte aérea
acompanhado pelo aumento do teor de água nos tecidos da planta, sendo a massa
do material em equilíbrio com o ambiente podendo sofrer variações dependendo da
umidade do ar em local de amostragem.
Com a pesagem da matéria fresca das raízes (g), disposto na tabela 3, entre
os tratamentos, não houve diferença estatística entre os tratamentos. Entretanto o
tratamento que mais se destacou foi o T3, que corrobora com Azevedo et al. (2013)
defendendo que o menor volume de tubete possibilita capacidade de superior de
absorção de nutrientes e desenvolvimento de radicelas.
Tabela 9: Pesagem das Massas (Frescas e Secas), raízes.
Massa fresca das raízes (g) Massa seca das raízes (g)
T1 1,81 a 0,21 a T2 1,84 a 0,17 a T3 2,13 a 0,24 a T4 0,92 b 0,21 a
T1 – Substrato torta de filtro com bagaço de cana e com células de 136 ml em cada célula; T2 -
Substrato torta de filtro com bagaço de cana e com células de 180 ml em cada célula; T3 - Substrato
35
Carolina com bandeja de 136 ml em cada célula; T4 - Substrato Carolina com bandeja de 180 ml em
cada célula;
DAP- Dias após plantio
Fonte: Autores.
Na pesagem da massa seca das raízes (g) que estão representadas na tabela
4, não houve diferença significativa para o tratamento volume de tubete de 136 ml e
180 ml e substrato, apenas o T4 foi inferior no peso da massa fresca das raízes.
Nos tratamentos substrato Carolina com adubação e torta de filtro mais bagaço
branco também não houve diferença significativa. Entretanto o T3 obteve ligeira
superioridade em massa seca comparada aos demais tratamentos.
36
5 CONCLUSÕES
Não houve diferença significativa entre os tratamentos em relação ao volume
do tubete para diâmetro de colo, altura de planta, massa fresca e seca da parte aérea
e massa fresca e seca de raízes.
O substrato Carolina foi superior à Torta de filtro mais bagaço nas avaliações
de massa fresca e seca da parte aérea diferindo estatisticamente da mesma.
Não houve diferenças significativas entre volume do tubete e nem substrato
nas avaliações de massa fresca e seca de raízes.
37
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