desenvolvimento de horizontes superficiais de … · the studied soils. the study of sand fraction...

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DESENVOLVIMENTO DE HORIZONTES SUPERFICIAIS DE SOLOS PODZÔLICOS RELACIONADOS COM AS FORMAÇÕES CORUMBATA( E PIRAMBÓIA HÉLIO DO PRADO Orientador: Dr. ANTONIO CARLOS MONIZ Dissertação apresentada a Escola Superior de Agricultura 11 Luiz de Queiróz", para a obtenção do tí- tulo de Mestre em Agronomia- área de concentração: Solos e Nutrição de Plantas, PIRACICABA Estado de São Paulo - Brasil Novembro - 1986

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  • DESENVOLVIMENTO DE HORIZONTES SUPERFICIAIS DE SOLOS PODZÔLICOS RELACIONADOS COM AS

    FORMAÇÕES CORUMBATA( E PIRAMBÓIA

    HÉLIO DO PRADO

    Orientador: Dr. ANTONIO CARLOS MONIZ

    Dissertação apresentada a Escola Superior de Agricultura 11Luiz de Queiróz", para a obtenção do título de Mestre em Agronomiaárea de concentração: Solos e Nutrição de Plantas,

    PIRACICABA

    Estado de São Paulo - Brasil

    Novembro - 1986

  • 1 1

    Ao-0 meu-0 pa�-0, �io-0, i�mão-0

    e p�imo-0, o&e�eço

    Ã minha e-0po-0a Cleide,

    dedieo

  • iii

    A G R A O E C I M E N TOS

    - Ao Pesquisador Cientrfico Dr. Antonio Carlos Mbniz, chefe da

    seção de Pedologia do Instituto Agronômico do Estado de são

    Paulo., nossa gratidão pela orientaçãode~sa pesquisa.

    - Ao Prof. Dr. Jose Humberto Barcelos, do Departamento de Geo-

    lpgia Geral e Aplicada do Instituto de Geociências Ciências

    Exatas da Universidade Estadual "Julio de Mesquita",

    de Rio Claro·pela co-orientaçao do presente trabalho.

    campus

    AbS .pesquisadores Dr. Igo Fernando Lepsch.e Dr. Wanderley A~

    tonio Tremocoldi, da Seção de Pedologia do Instituto Agronô-

    mico do Estado de são Paulo, pela pronta colaboração quando

    solicitados.

    - Ao Prof. Dr. Armando Márcio Coimbra, do Departamento de Pa-

    leontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da

    Universidade de são Paulo, pelas ideias, .sugestões e discus--soes.

    Ã Prof~ Dr~ Selma Simões de Castro, do Departamento de Geo-

    grafia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Uni-

    versidade de são Paulo, pelas discussões micromorfolõgicas.

    Ao Prof. Dr. Jose Luiz Ioriatti Demattê, chefe do Departamen

    to de Solos~ Geologia e Fertilizantes da Escola Superior de

    Agricultura "Luiz de Queirõz ll , pelas sugestões e comentários.

  • ~v

    Aos t~cnicos de laborat6rio C~lia Beatriz Gonçalves, Soraya

    Maria de Oliveira, Celiá Panzárin e Angelo"Brás Bresil, pela

    colaboraçio e dedica~~o durante a realizaç~o das· anilises fi

    sicas e químicas nos laboratórios da Seçio de Pedologia.

    Ao auxiliar agropecuário Jose da Silva Pinto Filho, pela co-

    laboraçio e dedicação durante a realizaçiodas análises min~

    ra16gicas da fraçio argila no laborat6rio de mineralogia da

    seçio de pedologia.

    À tecnica de laboratório Maria Celia Zadra Schmidt, pelo au-

    xílio nos trabalhos de laboratório e de processamento

    tístico.

    esta-

    - Ao estudante de geologia Gervãsio Koji Matsumoto, pela cola-

    boração nos~trabalhos de laboratório.

    Ao desenhista Sr. Helio Neme, do Instituto Agron~mico do Es-

    tado de são Paulo, pelo esmero nas confecções dos gráficos.

    Ã Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), pe-

    lo suporte financeiro.

    Ao Departamento de Geologia Geral e Aplicada do Instituto de

    Geologia e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista

    "Júlio de Mesquita", campus de "Rio Claro, pela "céssão dos la.

    borat6rios para execuçio das análises granulometricas.

    Ao Instituto Agron~mico do Estado de são Paulo, atraves da

    Comissão de Orientação do Estudante de Pós-Graduação, pelo

    apoio recebido.

  • v

    À Escola Superior de Agricultura. "Luiz de Queirõ.z", pela opo!.

    tunidade de realizar o Curso de ?ôs-Graduação.

  • IND ICE

    1. INTRODUÇÃO

    2. REVISÃO DE L.ITERATURA .................... .

    3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA ............. .

    4. MATERIAIS E M~TODOS

    4 • 1. Ma t e r i a i s ........................................ .

    4.2. Metodos ...................................... .

    4.2.1. Análise de laboratório ...••.•.

    4.2.1.1. Análises químicas ....

    4.2.1.2. Análise granulometrica

    4.2.1.3. Análise estatística ..

    4.2.1.4. Análise de morfoscopia

    4.2.1.5. Estudo minerais pesa7

    dos ............................... $-

    4.2.1.6. Análise micromorfológi

    c a ....... ........................... ..

    4.2.1.7. Análise mineralógica

    da fração argila ...•.

    4.2.2. Metodo de trabalho de campo •..

    5. RESULTADOS E DISCUS~ÃO (ENCOSTA A) ....... .

    5.1. Encosta A ........................... .

    5.1.1. An·álises químicas ....•.....•...

    5.1.2. Análise granulometrica ••••••••

    vi

    página

    01

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    26

    28

  • S.1.3.Anãlise estatIstica

    5.1.4. Descrição morfológica •.

    5.1,5, Anãlise de morfoscopia

    5.1.6', Estudo dos minerais péS.!

    d·o s ...................... .

    5.1.7. Ferro ................. .

    5.2. Encosta B ............................ ..

    5.2.1. AnãlisesquImicas . . .. . . . . . . . . . ~ 5.2.2~· .Análise granulometrica ...••.••..

    5.2.3. Anãlise ., .

    estat1st1ca ...••••...•.

    5.2.4. Descrição morfológi.ca ..•.• ~~ ..•

    5.2.5. Ànãlise de morfoscopia ..•.•.••

    5.2.6. Estudo dos minerais pesados ..•

    5.2.7. Ferro ......................... .

    5.,2.8. Análise micromorfológica ••••• ~

    5.2.9. Análise mineralógica da fração

    argila ........... 0- •• ° .•••••••••

    5.3. Comparação entre o arenito da Formação

    Pirambôia e o folhelho da FQrmação Co-

    rumbataí ............................... .

    5.3.1. Análise granul~metrica •...••.•

    5.3~2. Análise estatis·tica

    5.3.3. Anilise de morfoscopia ..•••••.

    5.3.4.' Estudo dos minerais pesados •••

    v i j

    página

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    103

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    115

  • Vlll

    P~gina

    6 • CONCLUSÃO 117

    7 • LITERATURA CITADA ........ '. . .............. . 119 8. APE!NDICE ... . ' .............................. .

  • DESENVOLVIMENTO DOS HORIZONTES SUPERFICIAIS DE SOLOS

    PODZOLICOS RELACIONADOS COM AS FORMAÇOES CORUMBATAr

    E PIRAMBOIA

    Candidato: Hélio do Prado

    Orientador: Dr. Antonio Carlos Moniz

    RESUMO

    Duas encostas foram estudadas desde seus topos

    às posições mais baixas do relevo. Nela ocorrem solos classi

    ficados como Podz6lico Vermelho-Amarilo ~ariaçio Laras (PVls)

    nas partes mais elevadas e Podzôlico Vermelho-Amarelo varia-

    -çao Piracicaba (PVp) nas mais baixas. O PVls relaciona-se com o arenito da Formação Pirambóia e o PVp com o folhelho da For

    maçio Corumbataí.

    O objetivo deste trabalho foi verificar a causa

    do exagerado aumento do teor de argila do horizonte A para o

    horizonte B do PVp, tomando-se como hip6tese que o horizonte

    superficial desse solo, localizado na parte inferior da enco~

    ta e que tem mudança textural abrupta, recebeu maiores contri

    buiç~es laterais dos sedimentos grosseiros, derivados do solo

    da Formaçio Piramb6ia e/ou do solo dele derivado (PVls). loca

    lizado na parte superior da encosta. Para isso foram: a) estu

    dadas as propriedades mineralógicas do PVp visando detectar a

  • x

    presença de descontinuidade litológica, em função da possível

    contribuição de material grosseiro proveniente da Formação Pi

    rambóia; b) aplicados parâmetros estatísticos na interpreta-

    ção da análise granulométrica para o estudo da uniformidade

    do material de origem; c) realizadós·exames demorfoscopia dos

    grãos de quartzo para auxiliar na determinação da procedência

    da areia do horizonte A do PVp.

    Em área próxima a ambas encostas, por falta de

    mais dados na literatura, foram coletados amostras das rochas

    arenito e folhelho para se conhecer suas características (gr~

    nulométricas, mineralógicas da fração areia (pesados)

    morfoscopia, e depois comparar com as dos perfis.

    Os minerais pesados da fração areia por

    e de

    serem

    qualitativamente os mesmos, na~ rochas (arenito e folhelho) e

    nos solos estudados, não serviram para indi'car'uma possívelcon

    tribuição de areia no horizonte A do PVp a partir do arenito

    da Formação ~iramb~ia e/ou do solo dele derivado (PVls). Os

    valores de arredondamento médio da areia do arenito da Forma-

    ção Piramb~ia, que são maiores que do folhelho da Formação Co

    rumbataí, assemelham-se aos valores obtidos nos horizontes A

    e B do PVp, sugerindo que esses horizontes tiveram contribui-

    çao do arenito.

  • Os dados referentes a descrição morfologica do

    PVp indicaram mosqueamento no topo do horizonte B, o que suge-

    re ter ocorrido remoção de argila a partir da superfície pelo

    processo de ferrôlise. Esse processo consiste na destruição de

    argila-minerais no horizonte superficial e teve início pela re

    moção do ferro na forma bivalente devido as condições -:reduto-

    ras do meio ambiente.

    Os dados da descrição micromorfolõgica do hori

    zonte B2 do PVp mostraram presença de argillans de iluviação,

    sugerindo translocação de argila do horizonte A para o B.

  • DEVELOPMENT OF SUPERFICIAL PODZOLICS SOILS HORIZONS DERIVED

    FROM CORUMBATAl AND PIRAMB6IA FORMATIONS

    Candidate: Hélio do Prado

    Adviser: Dr. Antonio Carlos Moniz

    SUMMARY

    xii

    Two sequenees of soils, along a moderate

    inclined slope, were studied in Corumbataí eounty., State of

    são Paul?, Brazil. The soils in the upslope were elassified

    as Red Yellow Podzolie distrophie and alie moderate A horizon

    sandy/loam texture (PVls) and in footslope as Red Yellow

    Podzolie alie moderate A horizon sandy/elay texture. The

    former is derivated from Pirambõia Formátion sandstone and

    the latter from Corumbataí Formation shale.

    The main objetive. was to determine the origin

    of the considerable textural change between A and B horizons

    in the PVp soil. The working hypothesQs was that the parent

    material of this soil, on the footslope, was not homogeneous.

    The higher amount of sand it has in A horizon was due in part

    the lateral constribution of soils and/or sandy sediments of

    Pirambõia Formation which occour in the upslope. To carry out

  • xiii

    this study following analysis were performed:

    a) Identification of heavy mineraIs in very fine sand of soil

    profiles to verify the occurance of any lithologic

    descontinuity;

    b) With the same purpose, morfoscopic studies of quartz Ln

    very fine sand;

    c) Applied statistics parameters Ln the interpretation of

    granulometric analysis (mean, standard deviation, swekness

    and kurtosis) of very fine ~and in study of uniformity of

    parent material.

    Some studies on fresh sandstone and sam~les

    were performed due the lack of geologic literauture data. The

    rock samples were collected Ln areas near the studied soils

    and the following analysQs were performed: particle size

    distribution, heavy sand mineralogy and sand fraction

    morphoscopy. These data were compared with similar ones from

    the studied soils.

    The study of sand fraction did not show any

    contribution from Pirambôia sandstone in the A horizon of PVp

    soil. The heavy mineraIs of sand are similar both in Pirambôia

    sandstone and Corumbatai shale. The PVp soil is derived from

    the latter.

    The values of roundness of very fine sand

    parti~les of Pirambôia Formation sandstone are similar to the

    values found in A and B horizons of PVp soil and higher than

  • xíííí

    those found 1n Corumbataí Formation shaIes. This resuIt

    indicated the A horizon as well as the B horizon had receíved

    contribution from the Pirambôia sandstone.

    The data related to the morphologic description

    of the PVp soil presented mottles at the top of B horizon

    suggesting clay remotion of surface by ferrolysis processes.

    This process is basedon destruction of cIay mineraIs from the

    h . .. h . .. h 2+ f surface or1zon start1ng W1t 1ron remot1on 1n t e Fe orm

    due to environmental redution conditons.

    The micromorphological study of B horizon of

    PVp showed illuviation of argillans suggesting some clay

    transIocation from A to B horizon.

  • 1

    1. INTRODUÇAO

    No levantamento pedolôgico a nível de semide-

    talhe da quadrícula de são Carlos (PRADO et alii, 1981) foi

    constatada na região de Corumbataí (SP) a ocorrência de solos

    pertencentes as classes dos Podzôlicos Vermelho-Amarelos que

    possuem mudança textural abrupta entre os horizontes A e B.

    Tal solo correlaciona-se com o Podzôlico Vermelho-Amarelo va-

    riação piracicaba (COMISSÃO DE SOLOS, 1960), e apresenta hor!

    zonte A moderado de textura arenosa sobrejacente ao horioznte

    B textural ãlico de textura argilosa. Foram selecionadas duas

    encostas, onde na parte mais alta do relevo ocorre o Podzóli-

    co Vermelho-Amarelo var~açao Laras (PVls), derivado da Forma-

    ção Pirambóia, e na posição mais baixa o Podzólico Vermelho-

    Amarelo variação Piracicaba (PVp), derivado da Formação Corum

    bataí e que tem mudança textural abrupta.

    O objetivo desse trabalho foi conhecer a ori-

    gem do horizonte A do PVp, tomando-se como hipótese que o re-

  • 2

    ferido horizonte recebeu contribuições das partes mais altas

    do relevo do arenito da Formação Pirambaia e/ou do solo dele

    derivado. Para isso foram feitos estudos:

    a) mineralagicos da fração areia (pesados) visando detectar

    a presença de descontinuidade litolõgica em função da pos-

    sível contribuição de material grosseiro da Formação piram

    baia;

    b) estatísticos na interpretaçao dá anãlise,granulomêtrica p~

    ra o estudo de uniformidade d6'material de origem e.

    c) de morfoscopia dos, graos de quartzo para auxiliar na deter

    minação de sua procedência.

  • ·3

    2. REVISAo DE LITERATURA

    Entre os solos com horizonte B textural iden-

    tificados pela COMISSÃO DE SOLOS (1960) estão o Podzôlico Ver

    melho-Amarelo variação piracicaba (PVp) e o Podzôlico Verme-

    lho-Amarelo variação Laras (PVls). Segundo essa COMISSÃO o ma

    terial de origem do PVp, solo que motivou a investigação do

    caráter abrúptico no presente estudo, e o folhelho da Forma-

    ção Corumbataí e do PVls o.arenito da Formação pirambôia. En-

    tre as características dos solos c~m horizonte ;B textural,

    destaca-se o teor de argila do horizonte A ser inferior ao do

    horizonte B e uma das explicações mais comuns ê a migração de

    argila do horizonte A para o B, ou seja, a ocorrência do pro-

    cesso de "lessivage" ou argiluviação (BUOL et alii:, 1973).

    Estudando solos sob vegetaçao de floresta

    KARPACHEVSKI (1960), observou que a podzolização ê acompanha-

    da pelo processo de intemperismo dos minerais primários e que

    a "lessivage" constitui a fase inicial da podzolização. SYS

  • 4

    (1959) verificou em solos desenvolvidos de granito e xisto,que

    a ausência de filmes de argila está associada ao desaparecime~

    to de argilas micáceas e com aumento em gibbsita, devido a

    trans10caç~0 e f10cu1aç~0 de a1umrnio, sr1ica e ferro.SIMONSON

    (1949) sugeriu como processos atuantes no Podzõ1ico Verme1ho-

    Amarelo a formaç~o de minerais de argila silicatada em grande

    profundidade e sua subsequente destruição e desaparecimento.

    GAMBLE et a1ii (1966) estudando as relações de

    origem e morfogenitica dos horizontes superficiais arenosos de

    Podzõlicos Vermelho-Amarelos (Ultissõis) da Carolina do Norte,

    encontrou uniformidade no valor midio da fraç~o areia dos hor~

    zontes A e B. Esses autores atribuiram ao horizonte A2 origem

    pedogenetica e não por descontinuidade litolõgica.

    Como explicações alternativas para o' fen~meno

    de acrescimo de argila em profundidade, tem-se:

    a) degradaç~o dos finos do horizonte superficial do material

    adensado por dissecaç~o e formado pela ação da agua que se

    movimenta lateralmente ao longo da encosta (MONIZ e BUOL,

    1982).

    b) destruiç~o dos argilo-minerais no horizonte A provocado por

    condições de alternincia de fases de oxidação e reduç~o.Ne~

    sa última fase o ferro na forma bivalente ê solubilizado e

    substitui parte das bases trocáveis. Na fase subsequente de

    oxidaç~o o ferro bivalente passa para a forma trivalente,

  • 5

    produzindo hidrogênio que o substitui no complexo sortivo

    saturando-o. O hidrogênio no complexo sortivo por sér insti

    ve1 i substitu!do pelo alumInio que i1iberado por destrui-

    - -çao da rede cristalina da argila. Assim as argilas sao des-truida pelo processo de ferr~lise (BaINKMAN, .1969/70).

    c) redução do ferro como agente cimentante em superfície, dis-

    persão e e1uviação de argila (LEPSCH et a1ii, 1977).

    d) remoção dos finos ao longo da encosta (PENCK, 1953).

    e) enriquecimento de bases e sI1ica na solução do solo (CARVA-

    LHO et a1ii, 1983).

    f) destruição de argila no epipedon pelo processo de intempe-

    rismo, erosao superficial seletiva e sedimentação de mate-

    ria1 superficial de textura grosseira. (EUA, 1986),

    g) co1uviamento de material grosseiro coincidente com o hori-

    zonte A,(QUEIR~Z NETO, 1977).

    A descontinuidade litolSgica pode ser determi

    nada pela análise - . mecan~ca (MARSHALL and HASEMAN, 1942; GAM-ELE, 1966), atraves do estudo da distribuição dos separados

    dó solo no perfil, considerando-se especialmente dados da fra

    ção areia (valor media, grau:de seleção, assimetria e curto-

    se). Esses parâmetros podem ser determinados graficamente ou

    matematicamente (KRUMBEIN and PETTIJOHN, 1938).

  • 6

    BREWER (1968) citou a reduzida iluviação de

    argila no Podzôlico Vermelho-Amarelo e justificou o ~ncremen-

    to de argila no horizonte B ã prôpria heterogeneidade do mate

    rial de origem, ou mesmo ao intemperismo diferenciado entre

    os horizonte A e B.

    A gênese da transição abrupta entre os hori-

    zontes A e B do Bruno Não-Calcico foi explicada por RESENDE

    (1983), pela contribuição do processo de "lessivage" com dis-

    solução dos finos, remoça0 lateral de argila por um processo

    seletivo quanto ao tamanho de partículas e pelo processo de

    ferrôlise (BRINKMANN, 1979).

    A importância do estudo mineralógico dafra'-

    -çao areia (pesados) tem sido destacada por muitos autores por

    ser útil no estudo de uniformidade de material de or~gem. CA-

    MARGO e VAGELER (1937), salientaram a importância da mineralo

    gia e PETTIJOHN (1941) propôs uma sequência de minerais resis

    tentes ao processo de intemperismo, classificando como ma~s

    resistentes turmalina, zirconita, monazita e granada, como m~

    nos resistentes biotita, apatita, ilmenita, magnetita, estau-

    ro1ita, cianita e epidoto. MARSHALL (1941) e MARSHALL e HASE-

    MAN (1945) possivelmente foram os primeiros a considerar a

    zirconita como mineral índice partindo da suposição de que m~

    nera~s resistentes permanecem constantes no desenvolvimento

    do solo.

  • 7

    A relação zircão/turmalina da fração areia e

    considerada como mineral-índice para avaliar uniformidade de

    material de origem e vários autores utilizaram essa relação

    (DEMATTl!, 1978), (GALHEGO, 1977), (LÔBO, 1971), (BAHIA, 1973).

    WU e SOARES (1974) identificaram a estaurolita;como sendo o

    mineral predominante no arenito da Formação Pirambôia.

    DECHEN (1979) estudando o Podzôlico Vermelho-

    Amarelo variação Piracicaba, verificou que a fração areia e

    constituída predominantemente de quartzo, seguido de

    feldspato em menor quantidade.

    Os dados relativos a granulometria dos

    mica e

    sedi-

    mentos, em geral, nao apresentam distribuição normal e um es-

    tudo detalhado desses materiais deve incluir alem da granulo-

    metria dados quantitativos sobre composição mineralôgica. De-

    vido ã grande quantidade de dados obtidos no estudo detalhado

    dos sedimentos, a estatística deve ser usada para estudar as

    suas variaçoes, numa anilise em conjunto, organizando e ~inte

    tizando dados. No estudo sedimentolôgico as seguintes medidas

    estatísticas são as mais usadas: diâmetro médio, mediana e

    percentil (medidas de posição), desvio padrão, quartis (medi-

    das de dispersão), curtose e assimetria. A media indica a or-

    dem de magnitude dos tamanhos da partícula, o desvio padrão

    empregado como medida de dispersão relaciona-se com o grau de

    seleção, os coeficientes de assimetria e curtose indicam a

  • 8

    forma de distribuição sendo que esta ultima retrata a agudez

    dos picos de distribuição de frequência e a assimetria o afas

    tamento do diâmetro medio ou mediana.

    virios autores d~scorreram sobre estatística

    em sedimentologia, entre eles KRUMBEIN (1936) que empregou a

    escala de WENTWORTH ap6s transformar o tamanho do separato do

    solo em milimetro para a escala 0. Em trabalho posterior

    (1938) esse autor mostrou que a conversão logarítmica para a

    escala 0 gera curva de frequência normal.

    Outro parâmetro de importância no estudo sedi-

    mento16gico relaciona-se com o grau de arredondamento por pe~

    mitir explicar hist6rias de depósitos sedimentares. Estudo

    inicial comparativo entre arredondamento de grânulos minerais

    e seu transporte foi feito por Sorby em 1879 (KRUMBEIN e

    PETTIJOHN, 1938), que classificou grânulos de areia em c~nco

    classes de arredondamento. RUSSEL e TAYLOR (1937) desenvolve-

    ram tabelas de comparação de arredóndamento de cinco graus e

    as distinções entre as,classes são caracterizados por certos

    valores numericos de graus de arredondamento de WADEL (1932),

    e PETTIJOHN (1957) introduziu cinco classes de arredondamen-

    to: grânulo angular (0,00-0,15); subangu1ar (0,15-0,25); su-

    barredondado (0,25-0,40); arredondado (0,40-0,60) e bem arre-

    dondado (0,60-1,00).

  • 9

    3. LOCALIZAÇ~O DA ÃREA ESTUDADA

    A área estudada situa-se no município de Corum-

    bataí (SP), pr6ximo a borda com o Planalto Ocidental e está to

    talmente inserida na ~epressio Perifirica. Localiza-se aproxi-

    madamente às seguintes coordenadas geográficas: 22 0 16' S e

    470

    37' W de Greenwich. (Figura 1).

    22° 16'S

    Figura 1. Localização da area estudada no Estado de sio Paulo

  • 10

    4. MATERIAIS E MtTODOS

    4.1. Materiais

    Foram estudadas duas encostas (A e B),nas quais

    foram descritas e coletadas amostras de solo de quatro perfis

    na encosta A (Pl, P2, P3 e P4) e três perfis na encosta B (P5,

    P6 e P7). Os perfis estão localizados ao sul de Corumbataí,

    conforme esti assinalado na·figura.2.0s:três .petfis queoc~

    pam as posições mais elevadas na encosta A (PVls) tem como

    substrato o arenito da Formação Pirambôia, enquanto que o per-

    fil da parte mais baixa do relevo (PVp) esti sobre o' folhelho

    da Formação Corumbataí. Na encosta B os dois perfis das partes

    mais altas (PVls) e o terceiro (PVp) relacionam-se respectiva-

    mente com os mesmos arenitos e folhelhos.(Figura 3).

    O PVp selecionado apresenta gradiente textural

    muito elevado, com teores de argila no horizonte AlI e B2l" de ~ r. • ~

    5,8% e 28,8%, respectivamente (Perfil P4) e 9,5% e 27,3% (per-

    fil P7), respecti~amente.

    Como existem poucos trabalhos sobre o arenito

  • 11

    da Formaçao Pirambóia e sobre o folhelho da Formação Corumba-

    taí, foram coletadas em área circunvizinha a ambas encostas se

    lecionadas, amostras desses materiais para caracterizá-los sob

    o ponto de vista granulometrico, mineralógico da fração areia

    (pesados) e de morfoscopia dos grãos de quartzo, com o objeti-

    vo de se conhecer suas amplitudes de variações e compará-las

    com as dos perfis de solos das encostas A e B.

    o relevo da área estudada e ondulado, com decli

    ves que variam de 8 a 16%, mantidos nas cotas de 600 a 640m.

    -Em geral os topos das encostas sao quase planos, com declive

    inferior a 3% e tim pequena expressão de área. No final das en

    costas ocorre planície aluvional de pequena expressão geográf~

    ca.

    Segundo o mapa geológico do Estado de são Paulo

    (IPT, 1981) ocorrem na área estudada duas unidades 1itoestrati

    gráficas: Grupo Passa Dois representada pela Formação Corumba-

    taí e Grupo são Bento representado pela Formação Pirambóia. As

    rochas pertencentes à Formação Corumbataí são constituídas por

    depósitos possivelmente marinhos incluindo argilitos, folhe-

    lhos e siltitos cinza arroxeados ou avermelhados. A rocha da

    Formação Pirambóia e constituida de depósitos fluviais incluin

    do os arenitos.

    Na encosta A, os perfis Pl, P2 e P3 (PVls) . es-

    tao relacionados com o arenito da Formação Pirambóia e o P4

    (PVp) com o folhelho da Formaçio Corumbatar. Na encos~a B os

  • 12

    perfis P5 e P6 (PVls) relacionam-se com o arenito e o P7 (PVp)

    com o folhelho (Figura 3 ).

    Na regiao estudada são praticamente inexistentes

    locais com vegetação original e nos poucos locais onde persis-

    tem, o cerrado constitui a vegetação primária remanescente.

  • 13

    Figura 2. Localizaç~o das encostas A e B nas Folhas Topogrifi

    cas de Corumbataí e Rio Claro, SP.

    Escala 1:50.000.

  • E

    w

    O <

    O

    O

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    11.. O

    a:

    11.

    EN

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    P3

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    4>-

  • 15

    A classificação climática de toda a area estuda 1f _ _

    da pelo sistema de Koppen e do tipo CWa ou seja, clima mesoter

    mico de inverno seco. Pelo calculo do balanço hídrico, efetua-

    do pelo metodo de Thorthwaite & Mather (para l25mm) de reten-

    ção de água no solo~ a deficiincia hídrica anual ~e ,de 49mm,

    concentrada a partir de abril ate o final de setembro. O perí~

    do de máxima precipitação pluvial compreende os meses de outu-

    bro a março, com excedente maximo de 356mm (Figura 4 ). A Tabe

    la 1 apres~nta dados mensais de precipitação pluvial e tempe-

    ratura do município de Rio Claro (SP).

    Tabela 1.

    Mes

    Janeiro

    Fevereiro

    Março

    Abril

    Maio

    Precipitação pluvial mensal registrada no município

    de Rio Claro (SP) no período de 1941-1970, e tempe-

    ratura estimada atraves de regressão (PINTO et alii

    1972)

    Precipitação Temperatura

    mm °e

    226 23,0

    205 23,0

    149 22,5

    44 20,8

    44 18,2

    (cont.)

  • 16

    Tabela 1- (cont.)

    Mes Precipitação Temperatura

    mm °e

    Junho 29 16,8

    Julho 20 16,6

    Agosto 25 18,0

    Setembro 53 19,8

    Outubro 126 21,0

    Novembro 132 22,0

    Dezembro 199 22,5

    Ano 1252 20,4

    Fonte: Seção de Climatologia Agrícola do Instituto Agronômico.

  • Figura ~.

    200

    1001--+-....

    RIO CL ARO - SP I I I I I I

    P,n:,p'loc.ôo - 12~2 mm (\'01'01 pol - 944 mm

    Eattócn'. - 3~Gmm Dd;c;;nc;o - 49mm

    17

    Balanço hIdrico pelo mitodo Thornthwaite & Mather

    (1955) para a 10ca1ida~e de Rio Claro (SP), armaze-

    namento de 125mm de água no solo. Fonte:

    Climatologia do Instituto Agronômico de

    (SP) •

    Seção de

    Campinas

  • 18

    4.2. Metodos

    As amostras foram secas ao ar, destorroadas e

    passadas em peneiras de 2mm de abertura e a fração menor que

    esse valor constitui a terra fina seca ao ar (TFSA).

    4.2.1. Métodos de Laboratório

    4.2.1.1. Análise química

    Foram feitas as seguintes determinações:

    - pH em agua e em solução de cloreto de potássio IN: determina

    ção potenciometrica após três horas de repouso; relação

    líquido 1:2,5.

    solo-

    - Carbono orgânico (C): oxidação da matéria organica com solu-

    ça0 IN de dicromato de potássio em meio ácido e titulação do

    excesso de dicromato com solução de sulfato amoniacal 0,05N e

    uso da difenilamina como indicador (VETTORI, 1969).

    - Bases trocáveis: extraçao por agitação de 5g de T.F.S.A.

    com 50ml de NH 40Ac lij.pH 7,0. O cálcio e o magnésio foram de-

    terminados no extrato por espectrofotometria de absorção atômi

    ca, utilizando-se solução de óxido de lantânio a 0,2% para eli

    minar a interferência do alumínio e fosforo (SLAVIN, 1968). O

    potássio foi determinado por fotometria de chama (CATANI e PAI

    VA NETO, 1949).

  • 19

    - Acidez titulável (H+ + A1 3+): extraçao por agitação de 5g de

    T.F.S.A. com 100ml de acetato de cálcio IN pH 7,0 e titulação

    com NaOH O,lN, usando ~enolftaleina como indicador.

    - Alumínio trocável 3+ - -(AI ): extraçao por agitaçao de 5g de T.

    F.S.A. com 100 ml de cloreto de potássio IN e titulação com NaOH

    O,lN usando fenolftaleina como indicador.

    - Ferro livre: extraçao com citrato-bicarbonato-ditionito(CBD)

    segundo JACKSON (1969).

    - Ferro oxalato: extraçao com solução ácida de oxalato de amo-

    nio e determinação por absorção' at~mica (SCHWERTMA,N, 1964).

    - Ferro total: digestão com H2S0 4 d=1,47 e determinação color!

    métrica em alíquotas do filtrado usando 1,10 O-fenantrolina.

    (RAIJ e VALADARES, 1974).

    - Potássio total: o potássio total da fração argila «0,002mm)

    foi extraído por digestão a quente com ácido sulfúrico l8N.Uti

    lizou-se 19 de argila e na determinação do teor de potássio

    utilizou-se o fotômetro de chama. A porcentagem de ilita (mi-

    ca) presente na amostra foi determinada baseando-se em JACKSON

    (1956), isto -e, assumindo-se que 1% de K20 corresponde a 10% de ilita.

  • 20

    4.2.1.2. Análise Granulomêtrica

    A composição granulomêtrica foi determinada pe-

    lo metodo da pipeta, utilizando-se o hexametafosfato e hidrõxi

    do de sódio, segundo GROHMANN & RAIJ (1973). A escala textural

    empregada e a de ATTERBERG (Tabela 2).

    Tabela 2.

    2,0

    0,2

    0,02

    <

    mm

    Escala granulõmetrica segundo Atterberg

    0,2

    0,02

    0,002

    0,002

    Classificação

    areia grossa

    areia fina

    silte

    argila

    Como na classificação de Atterberg ê pequeno o

    número de subdivisões das classes de partículas unitárias, ut~

    lizou-se tambem aquela preconizada por Wentworth (. que adota

    maior número de sub frações, especialmente da fração areia, on

    de foram utilizadas as seguintes peneiras: 2,00; 1,410; 1;00;

    0,707; 0,500; 0,354; 0,250; 0,177; 0,125; .0,088 e 0,062mm. A

    fração argila foi determinada pelo metodo da pipeta, enquanto

    que a fração silte por diferença. Utilizou-se o processo Gon-

    vencional de pipetagem para as partículas menores que O,062mm,

    e peneiramento para as partículas maiores que essa dimensão.

    Foram empregados intervalos de 1/20 nas classes de peneiramen-

    to e 10 nai classes dimensionadas por pivetagens, que sao os

  • 2 1

    intervalos da escala textural de Wentworth (1922) (Tabela 3).

    Tabela 3. Escala granulometrica segundo Wentworth

    Tamanho Classificação

    mm 0

    4 - 2 -2 -1 grânulo

    2 1 -1 -, O areia muito grossa

    1 0,5 . O - .1 areia grossa

    0,5 0,25 1 - 2 areia media 0,25 0,125 2 - 3 areia fina

    0,125 0,062 3 4 areia muito fina

    0,062 - 0,.030 4 - 5 silte grosso

    0,030 - 0,0156 5 - 6 silte medio

    0,0156 - 0,0078 6 - 7 silte fino

    0,0078 0,0039 7 - 8 silte muito fino

    < 0,0039 < 8 argila

    De cada amostra de solo foram separados lOg de

    TFSA para ser utilizados na análise granulometrica pelo metodo

    da pipeta. Essas amostras foram colocadas em frascos ae·Erlen-

    meyer com agua destilada e posteriormente acondicionados em agi

    tador rotativo com al~a rotação e agitadas por 15 minutos. Em

    seguida, a argila e o silte foram eliminados atraves da penei-

    ra de malha 0,053mm, sob jato de água.

  • 22

    . Esse procedimento foi repetido até que todo o

    sobrenadante fosse esgotado, restand6 apenas a fr~ç~o total a

    qual foi submetida a trata~entos para a eliminação da matéria

    organica e óxidos de ferro livre.

    Para a obtenção da fração areia do folhelho,~ti

    lizou-se 100g de folhelho, deixando esse material em contato

    com ácido clorídrico IN diluído em água na proporção 1:1. A ca

    da três dias foi feita agitação mecânica com bastão de vidro

    para facilitar a desagregação do folhelho. Obtida a 'fraç~o de

    tamanho areia, esta foi misturada com água destilada em becker

    de 50ml e colocado no ultrassom por aproximadamente cinco min~

    tos. Em seguida esse material foi peneirado em peneira de ma-

    lha O,053mm e levado a lupa de aumento para verificar se -nao

    mais apresentava agregados, até constituir-se de apenas arela

    quartzosa.

    4.2.1.3. Análise estatística

    Foram utilizados os parâmetros estatísticos de

    FOLK & WARD (1957, in SUGUIO, 1973) para descrever os sedimen-

    tos em termos de suas propriedades ligadas a distribuição gra-

    nulomêtrica, indicando ° diâmetro médio, ° desvio padrão, grau de assimetria e a curtose.

  • 23

    4.2.1.4. Análise de morfoscopia

    Na análise de morfoscopia dos graos de quartzo

    utilizou-se a ticnica de comparaçio visual, conforme descriçio

    in SUGUIO (1973). Foram feitas contagens de 100 grios da areia

    muito fina (fração de 0,125 ~ 0,062mm), utilizando-se a lupa

    estereoscópica.

    4.2.1.5. Estudo dos minerais pesados-~·-

    Nos sedimentos a separaçao dos minerais pesados

    foi feita com auxílio de bromofõrmio, segundo a ticnica descri .. ta por KRUMBEIN PETTIJOHN (1938). Os minerais foram montados

    em liminas de vidro usando-se como meio ~e montagem o balsamo

    do Canadá e em seguida foram feitas identificações e contagens

    de 100 grãos de minerais transparentes da fração' areia muito

    fina (0,125 a 0,062mm), correndo-se sistematicamente a 1imina

    sobre a platina do microscópio petrogrãfico com o auxílio do

    "charriot".

    4.2.1.6. Análise micromorfo1ógica

    Inicialmente as amostras secas ao ar foram ~m-

    pregnadas a vácuo, utilizando-se como meio resina poliester,

    na qual foi adicionada estireno para redução da v.iscosidade e

  • 24

    peróxido de metil-etil-cetona como agente catalizador. As anos

    tras colocadas em dessecadores adaptados para impregnação fo-

    ram mantidas sob vácuo por periodo de tempo necessário i reno-

    çao do ar. Em seguida foram deixadas a temperatura ambiente

    por vários dias para endurecimento do material. Prócedeu-se o

    corte, polimento por via ~mida cOm po de carborundum emontagen

    em lâminas de vidro com bálsamo do Canadá. o polimento final

    foi feito com o referido pó, sucessivamente mais fina ate a ob

    ~

    tençao de secçoes delgadas com cerca de 30 micra de espessura.

    4.2.1.7. Análise mineralógica da fraçio argila

    Realizada com difraçio de raios X em amostras

    previamente tratadas para eliminação da matiria orgânica e ôxi

    dos de ferro, saturadas com magnisio, glicolaçio e temperat~

    ras variadas após a saturação com potássio.

  • 25

    4.2.2. M~todo de trabalho de campo

    6 trabalho de campo consistiu no percurso pela

    região do município de Corumbatai (SP) visando selecionar as

    encostas para posterior descrição dos perfis de solos. Esse

    trabalho foi facilitado pois durante o levantamento pedo16gi-

    co semidetalhado da quadrícula de são Carlos (PRADO et alii,

    1981) verificou-se a ocorrência de solos derivados do folhe-

    lho da Formação Corumbataí que possuem o caráter abruptico,ou

    seja, apresentam brusca mudança textural com exagerado aumen-

    to de argila (equivalente ao dobro ou mais), num pequeno In-

    tervalo vertical na zona limítrofe do horizonte A para o B

    (até 7,5cm).

    Os perfis de soloi foram examinados e amostra

    dos em trincheiras e a descrição morfologica obedeceu as no~

    mas estabelecidas no Manual para Descrição de Solo no Campo.

    (INSTITUTO AGRONÔMICO, 1969).

  • 26

    5. RESULTADOS E DISCUSSAO

    5.1. Encosta A

    5.1.1. Análises químicas

    a) pH em agua

    Observando os dados de pH em água, nota-se que

    os perfis Pl, P2 e P3 no horizonte A apresentam valores com

    menor amplitude de variação (4,9 a 5,4) do que" o perfil P4

    (5,5 a 5,8) (Tabelas 4 a 7). Em todos os perfis há aumento da

    acidez ã medida que aumenta a profundidade e os valores de pH

    em cloreto de potássio são inferiores aos valores de pH em

    água, portanto o àpH ~ negativo. Segundo MEKARU e UEHARA(1972)

    e RAIJ e PEECH (1972), pH negativo indica predominânciade car

    ga liquida negativa no solo.

  • 27

    b) Carbono

    Os valores de carbono sao ma1S elevados no ho-

    rizonte A do que em profundidade em todos os perfis estudados,

    em razao da maior adição de materia orgânica pela decomposi-

    ção das raízes. (Tabelas 4 a 7).

    c) Soma e saturaçao em bases

    Os valores de soma de bases (S) nos horiozntes

    superficiãis variam de 0,5 a 3,6 meq/IOOg diminuindo em pro-

    fundidade nos perfis Pl e P4 e aumentando no P2 e P3.

    Os valores de saturaçao em bases -sao mais ele-r

    vados no horizonte A dos perfis Pl ao P4 (22 a 55%) diminuin-

    do significativamente em profundidade (1 a 15%). Os valores

    mais elevados de saturação em bases que ocorrem nos horizon-

    tes superficiais provavelmente são devidos a adubação e/ou ao

    eféito da reciclagem de bases. (Tabelas 4 a 7).

    d) Capacidade de troca de cations e saturaçao em alumínio

    Os perfis P2 e P3, ao contrario do Pl e. P4,

    apresentam capacidade de troca de cations com valores superi~

    res a 24 e.mg/lOOg de argila após correção do carbono, porta~

    to são solos com argila de atividade alta. Todosos perfis des ,

    sa encosta possuem o carater alico visto que a saturaçao em

    alumínio supera 50%. (Tabelas 4 a 7).

  • 28

    DEMATTE (1970) estudando solos classificados co

    mo Podz~lico Vermelho-Amarelo variaç~o Piracic~ba (COMISSÃO DE

    SOLOS, 1960) e que corresponde aos perfil P4 e P7 do

    trabalho, verificou que esse solo pode ter diferentes

    de saturaç~o em bases.

    presente

    valores

    5.1.2. Análise granulometrica

    A distribuiç~o granulometrica do perfil PI apon

    ta teores praticamente nulos das areias grossa e muito grossa

    ao longo do perfil, diminuiç~o em profundidade das areias me-

    dia e fina e aumento da are1a múito fina nessa mesma direção.

    As areias fina e muito fina perfazem valores compreendidos en-

    tre 82 a 97%, da fração areia total ao longo do perfil. O teor

    de argila aumenta gradualmente em profundidade assumindo valor

    de 8,2% no horizonte AlI e 20% no horizonte B2l (Tabela 8).

    Os dados granulometricos do perfil P2 mostram

    que com excessio dos horizontes AlI e -.A12. onde "dominam as

    areias media e muito fina (66% da areia total), nos demais ho-

    rizontes há predominância das areias fina e muito fina, cuja so

    ma atinge valores que variam de 74 a 79% da arela total.Os teo

    res de argila s~o 1,6 e 25,2% nos horizontes AlI e B2l, respe~

    tivamente (Tabela 9).

  • 29

    A análise granulometrica do perfil P3 apresenta

    valores de areia que aumentam, e diminuem em profundidade, e

    em quase todos os horizontes predominam a~ areias fina e muito

    fina (53 a 76% da areia total). Os valores de argila s~ode 6,7

    e 30,9% nos horizontes AlI e B2l, respectivamente (Tabela 10).

    Os dados granulometricos do perfil P4 indicam

    que a areia total varia de 68 a 78% no horizonte A, 46a 56% no

    horizonte B2 e 20 a 33% no horizonte C. Em relaç~o a areia to-

    tal, as areias fina e muito fina contribuem com valores que va

    riam de 74 a 79%, no horizonte A, 73 a 76% no horizonte

    70 a 73% no horizonte C. (Tabela 11).

    B2 e

    Os dados dos perfis Pl, P2, P3 e P4 indicam que

    há grande var~açao na composição granulometrica em profundida-

    de, principalmente nos perfis P2, P3 e P4 que apresentam o ca-

    ráter abrúptico.

    5.1.3. Análise estatística

    Os perfis desta encosta (Pl ao P4) apresentam,

    respectivamente, valores de diâmetro medio da fração areia no

    horizonte AI de 0,15, 0,13, 0,16 e 0,15mm, no .horizonte B2l de

    0,14, 0,15, 0,17 e 0,16mm e no horizonte Cl de 0,13,0,15,0,22

    e 0,17mm. O desvio padrão apresenta do Pl ao P4 nos horizontes

    A, B e C os valores respectivamente, de 0,724, 0,882, 0,981 e

  • 30

    0,835, 0,728, 0,958, 0,943 e 1,033, e 0,708, 0,896, 1,166 e

    1,127. De acordo com tralhahos de TRASK (KRUMBEIN e PETTIJOHN,

    1938) sobre seleção de sedimentos os valores do desvio padrão

    no horizonte AI sio: moderadam~nte selecionados (Pl ao P4). No

    horizonte B2 moderadamente selecionados (Pl e P2), pob~~~ente

    selecionados (P3) e moderadamente selecionados (P4). No hori-

    zonte Cl tem-se sedimentos moderadamente selecionados (Pl P2)

    e pobremente selecionados (P3 e P4). O grau de assimetria e ne

    gativo em todos os quatro perfis da encosta A, significando

    que a cauda da distribuição da fração areia se concentra no la

    do das areias mais grosseiras. A curtose apresenta no horizon-

    te AI valor classificado como mesocúrtica (Pl), muito platicú~

    tica (P2), platicúrtica (P3) e mesocúrtica (p4). No horizonte

    B2l os valores enquadram-se como mesocúrtica (Pl) e platicúrti

    ca (P2, P3 e P4) e no horizonte Cl como mesocúrtica (Pl e P2),

    muito platicúrtica CP3) e platicúrtica (P4) .(Tabelas 12 a 15).

    A figura 5 apresenta a distribuição dos teores de argila e dos

    valores de diâmetro médio da fração areia ao longo do perfil

    (Pl ao P4). Observa-se nessa figura que, especialmente no PVp

    (Perfil 4), há acentuado acréscimo de argila em profundidade,

    e que o·valor da mediana da fraçio areia (diâmetro medio) e

    uniforme entre os horizontes A e B, diminuindo no horizonte C.

  • 40

    ] lO

    ~ o õ "0 % ;: g ~

    160

    200

    240

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    .6

    pH

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    2+

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    13

    +

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    13

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    20

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    g

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    *

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    A

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    5,5

    4

    ,5

    -1,0

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    ,3

    0,8

    0

    ,8

    1,1

    5

    0,3

    2

    ,9

    2,8

    6

    ,0

    48

    10

    5-1

    0

    A12

    5

    ,1

    4,2

    -0

    ,8

    1,4

    0

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    0

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    1

    ,3

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    ' 1

    , 1

    5,1

    22

    54

    10

    -25

    A

    3 5

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    4,2

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    ,2

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    1

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    2,8

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    ,7

    4,9

    14

    57

    25

    -45

    B

    1 5

    ,1

    4,2

    -0

    ,9

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    0

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    0,1

    0

    ,25

    1

    , 7

    2,2

    0

    ,8

    4,7

    17

    49

    45

    -60

    B

    21

    5,1

    4

    ,1

    -1,0

    0

    ,5

    0,2

    0

    ,1

    0,2

    1

    2,1

    2

    ,5

    0,5

    5

    ,1

    9 81

    60

    -70

    B

    22

    5,1

    4

    ,1

    -1,0

    0

    ,4

    0,2

    0

    ,1

    0,1

    6

    2,0

    1

    ,4

    0,5

    3

    ,9

    13

    80

    70

    -90

    B

    23

    5,2

    4

    ,0

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    0

    ,3

    0,2

    0

    ,1

    0,1

    4 '

    2,1

    1

    ,3

    0,4

    3

    ,8

    11

    84

    90

    -11

    5

    B24

    5

    ,1

    4,1

    -1

    ,0

    0,2

    0

    ,1

    0,1

    0

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    2

    ,1

    1,4

    0

    ,4

    3,8

    11

    84

    11

    5-1

    30

    C

    1 4

    ,4

    4,0

    -1

    ,4

    0,2

    0

    ,1

    0,1

    0

    ,06

    2

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    0,8

    0

    ,3

    3,7

    8

    90

    13

    0-1

    45

    C

    2 4

    ,3

    4,0

    -0

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    0,1

    0

    ,1

    0,1

    0

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    0

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    6

    93

    14

    5-1

    60

    C

    3 4

    ,8

    3,9

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    ,8

    0,1

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    ,0

    0,1

    0

    ,08

    4

    ,4

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    ,2

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    4

    96

    16

    0-1

    80

    C

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    ,6

    0,4

    0

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    6

    93

    18

    0-2

    00

    C

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    0

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    10

    90

    20

    0-2

    20

    C

    6 5

    ,0

    3,9

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    ,1

    0,0

    0

    ,1

    0,2

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    ,15

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    0,3

    0

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    8

    92

    22

    0-2

    50

    C

    7 4

    , 7

    3,9

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    O

    , 1

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    92

    v'

    N

  • Tab

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    5

    . C

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    pH

    C

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    +

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    3+

    +

    -

    pH

    C

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    18

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    A

    21

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    ,1

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    ,9

    28

    -49

    A

    22

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    1 4

    ,2

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    0

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    ,1

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    ,9

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    ,1

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    1

    ,0

    67

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    B

    21

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    5

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    2

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    80

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    B

    22

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    0

    ,4

    0,0

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    3

    ,0

    90

    -10

    4

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    4

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    3.9

    -0

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    ,05

    "

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    2

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    10

    4-1

    30

    B

    24

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    0

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    70

    B

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    90

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    10

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    12

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  • Tab

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    9,0

    8

    ,0

    26

    ,9

    17

    ,4

    6,8

    3,6

    3

    ,6

    2,1

    12

    ,0

    200-

    220

    C5

    0,0

    0

    ,1

    10

    ,4

    6,0

    2

    5,0

    21

    ,9

    8,6

    4

    ,1

    5,6

    4

    ,1

    14,2

    22

    0-2

    50

    C6

    0

    ,0

    0,1

    1

    0,8

    5

    ,5

    30

    ,7

    18

    ,0

    7,2

    3,1

    7,

    2 4

    ,1

    13 ,3

    w

    co

  • Tab

    ela

    lI

    . D

    istr

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    d

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    ila

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    fin

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    o

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    1

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    2a3

    3a4

    4a5

    5a6

    6a7

    7a8

  • 40

    Relação areia fina/areia grossa

    A relação areia fina/areia grossa tem sido fre-

    quentemente utiiizada para se detectar indícios de descontinui

    dade lito15gica (BARSHAD t 1964). Os valores dessa relação va-

    riam de 2,5 a 4,2 no PVp (perfil P4), sugerindo a ocorrencia

    de estratos coluvionais que foram sucessivamente depositados

    entre os horizontes AIl e A12, A12 e A3, A3 e 821 e 823 e 824.

    (Tabela 16).

    A distribuição dos valores da relação arela fi-

    na/areia grossa (AF/AG) e apresentada na figura Esses da-

    dos referem-se aos perfis da encosta A, que foi a encosta sele

    cionada para esse estudo. Todos os perfis apresentam variações

    dessa relação ao longo do perfil, especialmente os perfis Pl

    (PVls) e o P4 (PVp). Para o perfil PI foi verificado naprofu~

    didade de 160cm o valor - . maXlmo da relação AF/AG. Esse valor. provavelmente, ê devido as diferentes estratificações próprias

    do arenito da Formação Pirambõia. Para o perfil P!'+ identifi-

    cou-se na profundidade de 200cm o maior valor da relaç~o AF/AG.

  • Tab

    ela

    1

    2.

    Parâ

    metr

    os

    esta

    tísti

    co

    s

    da

    fração

    are

    ia

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    o

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    P

    1.

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    fun

    did

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    ('1

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    A

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    2,7

    66

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    ,14

    7

    0,7

    24

    -0

    ,15

    8

    0,9

    67

    5-1

    0

    A12

    2

    ,85

    5

    0,.

    13

    8

    0,6

    92

    -0

    ,14

    9

    0,8

    91

    10

    -25

    A

    3 2

    ,90

    9

    0,1

    33

    0

    ,68

    8

    -0,1

    92

    1

    ,06

    6

    25

    -45

    B

    1 2

    ,89

    1

    0,1

    34

    0

    ,70

    2

    -0,1

    87

    0

    ,87

    8

    45

    -60

    B

    21

    2,8

    86

    0

    ,13

    5

    0,7

    28

    -0

    ,23

    4

    1,

    03

    1

    60

    -70

    B

    22

    2,8

    72

    0

    ,13

    6

    0,7

    21

    -0

    ,21

    2

    0,8

    58

    70

    -90

    B

    23

    2

    ,90

    7

    0,1

    33

    0

    ,73

    4

    -0,1

    25

    1

    ,00

    2

    90

    -11

    5

    B24

    2

    ,91

    4

    0,1

    32

    0

    ,71

    7

    -0,2

    12

    0

    ,86

    5

    11

    5-1

    30

    C

    1 2

    ,95

    1

    0,1

    29

    0

    ,70

    8

    -0,2

    20

    1

    ,03

    1

    13

    0-1

    45

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    2 3

    ,02

    2

    0,1

    23

    0

    ,67

    4

    -0,2

    56

    0

    ,97

    3

    14

    5-1

    60

    C

    3 3

    ,16

    2

    0,1

    11

    0

    ,59

    3

    -0,1

    93

    1

    ,09

    2

    16

    0-1

    80

    C

    4 3

    ,22

    0

    0,1

    07

    0

    ,54

    2

    -0,1

    92

    1

    ,07

    3

    18

    0-2

    00

    C

    5 3

    ,22

    4

    0,1

    07

    0

    ,53

    4

    -0,1

    75

    1

    ,11

    2

    20

    0-2

    20

    C

    6 3

    ,20

    4

    0,1

    08

    0

    ,51

    9

    -0,1

    4.6

    1

    , ° 39

    22

    0-2

    50

    C

    7 3

    ,21

    4

    0,1

    07

    0

    ,49

    4

    -0,1

    10

    1

    ,02

    7

    .;>-

  • Tab

    ela

    1

    3.

    Parâ

    metr

    os

    esta

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    co

    s

    da

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    P

    2

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    fun

    did

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    e

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    o

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    io

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    m)

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    A

    lI

    2,9

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    ,12

    5

    7-1

    8

    A12

    2

    ,96

    0

    0,1

    28

    18

    -28

    A

    21

    2,7

    70

    0

    ,14

    6

    28

    -49

    A

    22

    2,7

    73

    0

    ,14

    6

    49

    -67

    B

    23

    2,7

    50

    0

    ,14

    8

    67

    -80

    B

    21

    2,7

    82

    0

    ,14

    5

    80

    -90

    B

    22

    2,7

    94

    0

    ,14

    4

    90

    -10

    4

    B23

    2

    ,76

    3

    0,1

    47

    10

    4-1

    30

    B

    24

    2,8

    24

    0

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    1

    13

    0-1

    70

    B

    3 2

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    9

    0,1

    36

    17

    0-1

    90

    C

    1 2

    ,77

    2

    0,1

    46

    19

    0-2

    10

    C

    2 2

    ,79

    2

    0,.

    14

    4

    21

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    C

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    1

    0,1

    43

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    io

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    rão

    0,8

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    65

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    0,9

    38

    0,9

    58

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    24

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    ia

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    75

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    72

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    9-

    -0,3

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    -0,2

    01

    cu

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    se

    0,5

    68

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    65

    0,7

    26

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    38

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    39

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    16

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    N

  • Tab

    ela

    1

    4.

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    metr

    os

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    co

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    fração

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    3

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    23

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    22

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    B

    21

    63

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    11

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    1

    14

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    6

    diâ

    metr

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    io

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    (mm

    )

    2,5

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    ,16

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    29

    0

    ,17

    3

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    89

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    ,16

    6

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    71

    0

    ,16

    8

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    0

    ,16

    5

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    32

    0

    ,17

    2

    2,3

    92

    0

    ,19

    0

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    83

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    ,22

    0

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    0

    ,21

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    73

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    W

  • Tab

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    1

    5.

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    3 2

    ,63

    0

    0,1

    61

    30

    -40

    B

    21

    2,6

    04

    0

    ,16

    4

    40

    -55

    B

    22

    2,6

    41

    0

    ,16

    0

    55

    -80

    B

    23

    2,6

    48

    0

    ,15

    9

    80

    -10

    2

    B24

    2

    ,67

    0

    0,1

    57

    10

    2-1

    35

    B

    25

    2,7

    14

    0

    ,15

    2

    13

    5-1

    60

    B

    31

    2,6

    93

    0

    ,15

    4

    16

    0-1

    80

    B

    32

    2,7

    82

    0

    ,14

    5

    18

    0-2

    00

    C

    1 2

    ,54

    0

    0,1

    71

    20

    0-2

    20

    C

    2 2

    ,63

    9

    0,1

    60

    22

    0-2

    50

    C

    3 2

    ,44

    8

    0,1

    83

    desv

    io

    pad

    rão

    0,8

    35

    1,0

    17

    0,9

    59

    1,0

    33

    0,9

    86

    1,0

    17

    0,9

    98

    1,0

    15

    0,9

    70

    0,9

    57

    1,1

    27

    1,0

    71

    1,1

    17

    assim

    etr

    ia

    -0,3

    14

    -0,3

    24

    -0,3

    75

    -0,3

    13

    -0,3

    40

    -0,3

    63

    -0,3

    66

    -0,4

    04

    -0,3

    71

    -0,3

    77

    -0,3

    77

    -0,3

    73

    -0,3

    98

    cu

    rto

    se

    1,0

    85

    0,8

    82

    0,8

    95

    0,8

    60

    0,8

    74

    0,9

    01

    0,9

    04

    0,9

    23

    0,8

    37

    0,9

    97

    0,8

    56

    0,8

    60

    0,$

    81

    ,p..

    .J..'"

  • Tab

    ela

    1

    6.

    Dis

    trib

    uiç

    ão

    d

    as

    partí

    cu

    las

    un

    itária

    s

    das

    am

    ost

    ras

    de

    so

    lo

    do

    s

    P4

    (e

    scala

    se

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    o

    Att

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    ),

    e te

    or

    de

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    ila n

    atu

    ral

    Perfil

    P

    rofu

    nd

    i H

    ori

    -A

    rgil

    a

    Arg

    ila

    Sil

    te

    Are

    ia

    Are

    ia

    dad

    e

    zo

    nte

    N

    atu

    ral

    Fin

    a

    GrC

    'ssa

    cm

    %

    PI

    0-5

    A

    lI

    6 5

    1 72

    2

    1

    5-1

    0

    A12

    1

    1

    7 4

    68

    17

    1

    0-2

    5

    A3

    12

    .9

    1

    75

    12

    2

    5-4

    5

    B1

    14

    1

    2

    O

    72

    14

    4

    5-6

    0

    B21

    1

    7

    16

    1

    69

    13

    6

    0-7

    0

    B22

    1

    7

    16

    1

    69

    13

    7

    0-9

    0

    B23

    1

    6

    16

    2

    68

    1

    4

    90

    -11

    5

    B24

    16

    16

    2

    66

    16

    P2

    0

    -7

    AlI

    4

    2 1

    71

    24

    7

    -18

    A

    12

    3 2

    2 70

    2

    5

    18

    -28

    A

    2l

    2 2

    2 74

    2

    2

    28

    -49

    A

    22

    2 1

    1 71

    2

    6

    49

    -67

    A

    23

    2 1

    1 71

    2

    6

    67

    -80

    B

    2l

    16

    1

    6

    4 6

    0

    20

    8

    0-9

    0

    B22

    2

    1

    20

    2

    59

    8 9

    0-1

    04

    B

    23

    21

    21

    2 5

    6

    21

    perfis

    P

    l a

    Are

    ialA

    reia

    Fin

    a

    Gro

    ssa

    3,4

    4

    ,0

    6,3

    5

    , 1

    5 , 1

    5

    ,3

    4,9

    4

    ,1

    5 ,

    1 2

    ,8

    3,4

    2

    ,7

    2,7

    3

    ,0

    7,4

    2

    ,7

    .s:--

    1I1

  • Tab

    ela

    1

    6.

    Continuaç~o.

    Perfil

    P3

    P4

    Pro

    fun

    di

    dad

    e

    em

    0-5

    5

    -13

    1

    3-2

    3

    23

    -40

    4

    0-6

    3

    63

    -90

    9

    0-1

    13

    0-5

    5

    -10

    1

    0-3

    0

    30

    -40

    4

    0-5

    5

    55

    -80

    8

    0-1

    02

    Ho

    ri-

    zo

    nte

    AIL

    A

    12

    A

    2l

    A2

    2

    B2

    1

    B2

    2

    B2

    3

    A1

    l A

    12

    A

    3 B

    21

    B

    22

    B

    23

    B

    24

    Arg

    ila

    6 1

    0

    5 3 2

    4

    27

    2

    3 6 7 7

    31

    35

    4

    0

    36

    Arg

    ila

    Natu

    ral

    3 6 4 3 2

    2

    25

    1

    8 2 4 6

    26

    3

    2

    38

    3

    2

    Sil

    te

    %

    1 O

    2 3 2 2 3 3 5 5 7 3 4 °

    Are

    ia

    Fin

    a

    72

    71

    71

    74

    58

    5

    7

    55

    65

    71

    69

    39

    47

    4

    2

    51

    Are

    ia

    Gro

    ssa

    .21

    1

    9

    22

    2

    0

    16

    1

    4

    19

    26

    1

    7

    19

    2

    3

    15

    1

    4

    13

    Areia

    /Areia

    Fin

    a

    Gro

    ssa

    3,4

    3

    , 7

    3,2

    3

    ,7

    4,8

    4

    ,1

    2,9

    2,5

    4

    ,2

    3,6

    2

    ,9

    3,1

    3

    ,0

    3,9

    .p.. '"

  • 47

    5.1.4. Descrição Morfológica

    No apendice encontram-se as descriç;es morfo16-

    g~cas detalhadas dos perfis.

    No topo da encosta A o perfil PI apresenta hori

    zonte A moderado de 25cm de espessura, coloração bruna acinzen

    tada no subhorizonte AlI (7,SYR 4/2) e bruna nos subhorizontes

    Al2 e A3 (7,5YR 4/3, 4/4), respectivamente, "classe

    areia ou areia franca, estrutura variando de granular

    textural

    pequena

    fraca a subangular media fracamente desenvolvida e consistên-

    cia friâvel ou firme/friâvel, ligeiramente plâstica e ligeira-

    mente pegajosa. A transiç~o entre os horizontes A e B e clara

    e plana. O horizonte B possui cor "laranja amarelada nos subho-

    rizontes BI, B21 e B22 (lOYR 6/3, 6/4 e 6/5) e bruna amarelada

    clara no B23 e B24 (lOYR 7/6 e 6/6), respectivamente. Sua clas

    se textural e are~a franca ou franco arenosa, a estrutura sub-

    angular media fraca e a consistência friâvel ou firme/friâvel

    (úmida), ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa (molha-

    da).

    No perfil P2, localizado na pos~çao de me~a en-

    costa, o horizonte A bastante espesso (67cm) apresenta colora-

    ção bruno amarelada acinzentada no sub horizonte AlI (IOYR

    4/2), bruna no A12 (7,5YR 4/4) e bruno amarelado acinzentado

    ou bruno no A2I, A22 e A23 (7,5 ou lOYR 5/2 e 7,5YR 6/3), res-

    pectivamente. A transição entre os horizontes A e B e abrupta

    e ondulada. O hor\zonte B2 possui coloração brunada, bruno ela

  • 48

    ra ou bruno amarelada (7,5YR 5/4, 5/5), com mosqueamento pouco

    pequeno distinto bruno laranja amarelado ou bruno claro (7,5YR

    5/7 ou IOYR 5/5, 5/7 e 6/3).

    o perfil P3, localizado na posição de terço in-~ . ~er~or, morfologicamente se assemelha ao P2, porem tem estrut~

    ra e consistência seca e úmida mais desenvolvida no horizonte

    B2. Na parte inferior do relevo, o perfil P4 apre-

    senta horizonte A moderado de 30cm de espessura, cor úmida bru

    na acinzentada no AlI (7,5YR 4/2) e bruna no Al2 e Al3 (7,5YR

    4/3 e 5/3) respectivamente, estrutura granular pequena fraca e

    consistência friável (úmida), não plástica e não pegajosa (mo-

    lhada). A transição entre· os horizontes A e B ê abrupta e pla-

    na. O horizonte B apresenta classe textural franco argilosa ou

    argila arenosa, estrutura subangular media moderadamente desen

    volvida, consistência firme (úmida), ligeiramente plástica ou

    plástica e ligeiramente pegajosa. A cor e laranja amarelada no

    B21 (IOYR 6/4), bruna no B22 e B24 (7,5YR 5/3 e 5/4) respecti-

    vamente, laranja no B24 (7,5YR 6/4) e bruno clarono B25.(7,5YR

    5/7). Todos esses horizontes apresen~am mosqueamento pouco pe-

    queno distinto bruno amarelado claro (lOYR 6/6). A cerosidade

    ~omum a moderada reveste os agregados estruturais do horizonte

    B2.

  • 49

    ~

    5.1.5. Análise de morfoscopia

    o graude, arredondamento dos graos de quartzo da

    fração are~a, que tem sido utilizado para decifrar eventos de-

    posicionais, constitui-se como bom indício de maturidade do se

    dimento e somenté areias retrabaIhadas a vários ciclos sucessi

    vos e que apresentam graos moderadamente ou bem arredondados.

    A ~nálise de morfoscopia da fração areia muito

    fina (0,125 - 0,062mm) revelou que no perfil P4 ha semelhança

    no grau de arredondamento entre os horizontes A e B, os quais

    diferem do horizonte C, que apresenta areia menos arredondada.

    Os valores dé ariédondamento m~dio encontrados no horizonte AI

    dos perfis da encosta A (Pl ao p4) sao, respectivamente, 0,67,

    0,61, 0,73 e 0,60, no horizonte B2 0,65, 0,69, 0,66 e 0,58 e

    no horizonte C 0,50, 0,50, 0,62 e 0,46 (Tabela 17).

  • 50

    Tabela 17. Valores de arredondamento medio dos horizontes A, B

    e C dos perfis Pl a P4 (encosta A)

    Horizonte

    AI

    A12

    B2

    C

    Pl

    0,67

    0,55

    0,65

    0,50

    P2

    0,61

    0,61

    0,69