desenvolvimento de embalagens para empreedimento de confeitaria
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Trabalho de conclusão de cursoTRANSCRIPT
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RICARDO FONTES FERREIRA DE OLIVEIRA
POSICIONAMENTO NO MERCADO E DESENVOLVIMENTO DE
EMBALAGENS PARA EMPREEDIMENTO DE CONFEITARIA
VOLTA REDONDA
Novembro de 2011
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
POSICIONAMENTO NO MERCADO E DESENVOLVIMENTO DE
EMBALAGENS PARA EMPREEDIMENTO DE CONFEITARIA
Trabalho de conclusão de curso
apresentada ao Curso de Design do
UniFOA como requisito à obtenção do
título de bacharel em Designer Gráfico
Aluno:
Ricardo Fontes Ferreira de Oliveira
Orientador:
Prof. Ana Paula Zarur
VOLTA REDONDA
Novembro de 2011
FOLHA DE APROVAÇÃO
Aluno:
Ricardo Fontes Ferreira de Oliveira
Título de monografia:
Posicionamento e embalagens para empreendimento de confeitaria
Orientador:
Ana Paula Zarur
Banca Examinadora:
_____________________________________
Prof.
_____________________________________
Prof.
_____________________________________
Prof.
Dedico este trabalho aos meus pais, avós,
tio, tia e irmão que sempre acreditaram
em mim e me ajudaram no que puderam,
e a esforçada e dedicada coordenadora
Cristiana Fernandes que esteve sempre
presente.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado
capacidade de realizar este trabalho,
como também aos familiares, professores,
a minha orientadora por me conceder a
oportunidade de fazer um grande
trabalho, e a minha cliente por ter
acreditado em mim e ter me dado toda
atenção quando precisava.
RESUMO
O presente projeto foi realizado com objetivo de tornar o empreendimento de
confeitaria assinado pela chef Tânia Brandi, um negócio de valor no mercado
gourmet carioca. Para tal, foi desenvolvida uma estratégia de posicionamento e uma
linha exclusiva de embalagens para os produtos comercializados.
A obtenção dos resultados foi alcançada com o conhecimento da estrutura do
empreendimento, seguida por pesquisas de mercado, e diagnósticos dos dados
levantados. As soluções encontradas se basearam em estratégias de diferenciação
dos concorrentes e idéias que tornassem o negocio vindouro e adequado as
perspectivas e objetivos do empreendimento
Palavras chave – Posicionamento – Mercado – Embalagens – Confeitaria – Marca –
Identidade Visual – Valor – Marketing – Estratégia - Diagnóstico
ABSTRACT
This project was undertaken in order to make the undertaking signed by the
pastry chef Tânia Brandi, a business of Rio gourmet market value. To this end, we
developed a positioning strategy and an exclusive line of packaging for products
sold.
The obtained results were achieved with the knowledge of the structure of the
enterprise, followed by market research, and diagnostics of the data collected. The
solutions are based on strategies of differentiation from competitors and ideas that
make the business come and appropriate perspectives and objectives of the
enterprise
Keywords - Positioning - Market - Packaging - Confectionery - Brand - Branding -
Value - Marketing - Strategy - Diagnosis
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
2 OBJETIVO ........................................................................................................ 16
2.1 Objetivos Específicos .................................................................................. 16
2.1.1 Objetivos Operacionais ......................................................................... 16
3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 17
3.1 REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 19
3.1.1 Produção da embalagem ...................................................................... 19
3.1.2 A embalagem como ferramenta de marketing ...................................... 20
3.1.3 Consumidor e segmentação de mercado ............................................. 21
3.1.4 Posicionamento .................................................................................... 21
3.1.5 Composição da embalagem ................................................................. 22
4 METODOLOGIA ............................................................................................... 24
5 A chef .............................................................................................................. 26
5.1 Produtos ..................................................................................................... 27
5.2 Embalagens ................................................................................................ 29
5.2.1 Embalagem 1 ....................................................................................... 29
5.2.2 Embalagem 2 ....................................................................................... 30
5.2.3 Embalagem 3 ....................................................................................... 31
5.2.4 Embalagem 4 ....................................................................................... 31
5.3 Mercado ...................................................................................................... 32
5.3.1 Concorrentes diretos ............................................................................ 37
5.3.2 Concorrentes indiretos .......................................................................... 44
5.4 Consumidor ................................................................................................. 47
6 ESTUDO DE CAMPO ....................................................................................... 51
6.1 Produtos concorrentes ................................................................................ 51
6.1.1 Carla Daudt .......................................................................................... 51
6.1.2 Luana Davidsohn Cupcakes ................................................................. 52
6.1.3 Vintage Cupcakes ................................................................................ 53
6.1.4 Sweet Carolina Cakes .......................................................................... 54
6.1.5 Love Cupcakes ..................................................................................... 55
6.1.6 Cacau Noir ........................................................................................... 56
6.2 Linguagem visual ........................................................................................ 59
7 DIAGNOSTICO ................................................................................................. 61
7.1 Diagnostico de design ................................................................................. 61
7.2 Diagnostico das funções de marketing ........................................................ 62
7.3 Diagnostico de inovação ............................................................................. 62
7.4 Diagnostico complementar .......................................................................... 63
7.4.1 Materiais ............................................................................................... 63
7.4.2 Processos de impressão ...................................................................... 65
7.4.3 Impressão digital .................................................................................. 68
7.4.4 Acabamentos gráficos .......................................................................... 70
7.4.5 Informações legais ............................................................................... 72
8 SÍNTESE .......................................................................................................... 80
9 GERAÇÃO DE ESTRATÉGIA ........................................................................... 81
9.1 Posicionamento e identidade ...................................................................... 81
9.1.1 Desenho da estratégia .......................................................................... 83
9.1.2 Personalidade da marca ....................................................................... 91
9.1.3 Equação de valor .................................................................................. 91
9.1.4 Execução .............................................................................................. 91
9.1.5 Embalagem ........................................................................................ 103
10 Conclusão ....................................................................................................... 136
11 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 137
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Macarons como objetos de decoração .................................................... 14
Figura 2 - Cupcake................................................................................................... 27
Figura 3 - Financier .................................................................................................. 28
Figura 4 - Macaron ................................................................................................... 28
Figura 5 - Mousse .................................................................................................... 29
Figura 6 – Relação de consumidores de produtos panificados ................................ 32
Figura 7 – Participação da produção própria no setor de alimentos ......................... 34
Figura 8 – Distribuição do setor de panificação no Brasil ......................................... 35
Figura 9 – Logo Carla Daudt .................................................................................... 37
Figura 10 – Página inicial do site Carla Daudt .......................................................... 38
Figura 11 – Logo Luana Davidsohn Cupcakes ......................................................... 39
Figura 12 – Cupcakes na versão para homens ........................................................ 39
Figura 13 – Site Oficina de Cupcakes ...................................................................... 40
Figura 14 – Logo Vintage Cupcakes ........................................................................ 40
Figura 15 – Quiosque da Vintage Cupcakes ............................................................ 41
Figura 16 – Logo Sweet Carolina Cakes .................................................................. 41
Figura 17 – Bolo decorado com cupcakes ............................................................... 42
Figura 18 – Logo Love Cupcakes............................................................................. 43
Figura 19 – Cupcakes temáticos .............................................................................. 43
Figura 20 – Cupcake corporativo ............................................................................. 43
Figura 21 – Logo Cacau Noir ................................................................................... 44
Figura 22 – Bombons da Cacau Noir ....................................................................... 44
Figura 23 – Entrada da loja Cacau Noir ................................................................... 45
Figura 24 – Logo Aquim Gastronomia ...................................................................... 45
Figura 25 – Entrada da boutique Aquim ................................................................... 46
Figura 26 – Logo Garcia e Rodrigues ...................................................................... 46
Figura 27 – Área de padaria do restaurante ............................................................. 47
Figura 28 – Produtos Garcia e Rodrigues ................................................................ 47
Figura 29 – Quadro ilustrativo do perfil do consumidor ............................................ 48
Figura 30 - Serrilha da rotogravura .......................................................................... 67
Figura 31 - Squash................................................................................................... 68
Figura 32 – Detalhe da impressão offset .................................................................. 69
Figura 33 – Símbolo do descarte seletivo ................................................................ 74
Figura 34 – Simbolo “Anti-Litering” ........................................................................... 75
Figura 35 – Imagem ilustrativa do perfil de Danubia................................................. 83
Figura 36 - Imagem ilustrativa do perfil de Julia ....................................................... 84
Figura 37 - Imagem ilustrativa do perfil de Beatrice ................................................. 85
Figura 38 - Imagem ilustrativa do perfil de Alba ....................................................... 86
Figura 39 – Logo escolhida .................................................................................... 103
Figura 40 – Estudo de formas conceituais para embalagem .................................. 104
Figura 41 – Embalagem de cupcake ...................................................................... 105
Figura 42 – Ilustração do berço na embalagem ..................................................... 105
Figura 43 – Ilustração da tela de plástico ............................................................... 106
Figura 44 – Fechamento da embalagem de cupcake ............................................. 106
Figura 45 – Embalagem de cupcake aberta ........................................................... 107
Figura 46 – Embalagem do macaron ..................................................................... 107
Figura 47 – Embalagem de macaron aberta .......................................................... 108
Figura 48 – Embalagens para mousse ................................................................... 108
Figura 49 – Trava da embalagem de mousse ........................................................ 109
Figura 50 – Embalagem de mousse aberta ............................................................ 109
Figura 51 – Embalagem para financier .................................................................. 110
Figura 52 - Trava da embalagem de financier ....................................................... 110
Figura 53 – Fechamento da embalagem por grampo ............................................. 111
Figura 54 – Embalagem aberta de financier ........................................................... 111
Figura 55 – Peças para embalagem de transporte ................................................. 112
Figura 56 – Desenho da caixa de transporte aberta ............................................... 112
Figura 57 – Ilustração de funcionamento do empilhamento ................................... 113
Figura 58 – Peças totais para empilhamento interno ............................................. 114
Figura 59 – Harmonia de cores .............................................................................. 115
Figura 60 – Harmonia análoga de cores ................................................................ 116
Figura 61 – Cobertura de cupcakes ....................................................................... 117
Figura 62 – Fonte para cupcake ............................................................................ 117
Figura 63 - Amêndoas ............................................................................................ 118
Figura 64 - Fonte para financier ............................................................................. 118
Figura 65 - Macaron ............................................................................................... 119
Figura 66 - Fonte para macaron ............................................................................. 119
Figura 67 - Mousse ................................................................................................ 120
Figura 68 - Fonte para mousse .............................................................................. 120
Figura 69 – Alternativas para marcas dos produtos ............................................... 121
Figura 70 – Hierarquização de elementos para embalagem .................................. 122
Figura 71 – Elementos na embalagem de cupcake ................................................ 124
Figura 72 – Embalagem de cupcake montada ....................................................... 124
Figura 73 - Elementos na embalagem de mini -cupcake ........................................ 125
Figura 74 – Embalagem de mini-cupcake montada ............................................... 125
Figura 75 - Elementos na embalagem de mousse ................................................. 126
Figura 76 – Embalagem de mousse montada ........................................................ 126
Figura 77 - Elementos na embalagem de macaron ................................................ 127
Figura 78 – Embalagem de macaron montada....................................................... 127
Figura 79 - Elementos na embalagem de financier ................................................ 128
Figura 80 – Embalagem de financier montada ....................................................... 128
Figura 81 - Elementos na embalagem de transporte .............................................. 129
Figura 82 – Embalagem de transporte montada .................................................... 129
Figura 83 – Manual da marca ................................................................................ 135
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Descrição dos itens a serem levantados no briefing ............................... 24
Tabela 2 – Descrição de itens a ser levantado no estudo de campo ........................ 24
Tabela 3 – Relação de embalagens e produtos ....................................................... 27
Tabela 4 - Descrição específica da embalagem para Mini-Cupcake. ....................... 29
Tabela 5 - Descrição específica da embalagem para Cupcake normal. ................... 30
Tabela 6 - Descrição específica da embalagem para Mousse. ................................ 31
Tabela 7 - Descrição específica da embalagem para Financier ............................... 31
Tabela 8 – Participação do setor de panificação em outras cadeias ........................ 33
Tabela 9 – Faturamento no setor de alimentos brasileiro ......................................... 33
Tabela 10 – Porte das empresas de panificação ...................................................... 35
Tabela 11 – Tendência 1 ......................................................................................... 36
Tabela 12 - Tendência 2 .......................................................................................... 36
Tabela 13 - Tendência 3 .......................................................................................... 36
Tabela 14 - Tendência 4 .......................................................................................... 37
Tabela 15 - Tendência 5 .......................................................................................... 37
Tabela 16- Tabela de cinco níveis............................................................................ 61
Tabela 17 – Tabela de avaliação da forma .............................................................. 61
Tabela 18 - Tabela de avaliação da cor ................................................................... 62
Tabela 19 – Principais características da serigrafia (INSTITUTO DE EMBALAGENS
– ENSINO & PESQUISA, 2009 p. 82) ...................................................................... 66
Tabela 20 – Principais características da rotogravura (INSTITUTO DE
EMBALAGENS – ENSINO & PESQUISA, 2009 p. 83) ............................................. 67
Tabela 21 – Principais características da flexografia (INSTITUTO DE EMBALAGENS
– ENSINO & PESQUISA, 2009 p. 85) ...................................................................... 68
Tabela 22 – Principais características do offset (INSTITUTO DE EMBALAGENS –
ENSINO & PESQUISA, 2009 p. 86) ......................................................................... 70
Tabela 23 - Simbologia técnica brasileira de identificação de materiais ................... 73
Tabela 24 – Regulamentos sobre rotulagem obrigatória .......................................... 75
Tabela 25 - Regulamentos sobre rotulagem obrigatória para especificidades .......... 76
Tabela 26 - Check List das informações no rótulo das embalagens ......................... 77
Tabela 27 – Regulamentos sobre rotulagem nutricional ........................................... 78
Tabela 28 - Produtos dispensados da rotulagem nutricional obrigatoria .................. 78
Tabela 29 – Modelo de tabela nutricional ................................................................. 79
Tabela 30 – Atributo dos produtos da Tânia ............................................................. 81
Tabela 31 – Metodologia do “Branding 101 – O guia básico para gestão de marcas
de produtos” ............................................................................................................. 82
Tabela 32 – Relação de necessidades e nichos de produto .................................... 90
Tabela 33 – Metodologia para criação de nome ....................................................... 92
Tabela 34 – Opções de nome .................................................................................. 93
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Embalagens Carla Daudt ...................................................................... 51
Quadro 2 – Embalagens Luana Davidsohn Cupcakes ............................................. 52
Quadro 3 – Embalagem Vintage Cupcakes ............................................................. 53
Quadro 4 – Embalagens Sweet Carolina Cakes ...................................................... 54
Quadro 5 – Embalagens Love Cupcakes ................................................................. 55
Quadro 6 – Embalagens Cacau Noir ........................................................................ 56
Quadro 7 - Embalagens Cacau Noir ........................................................................ 57
Quadro 8 - Embalagens Cacau Noir ........................................................................ 58
Quadro 9 – Necessidades do consumidor de luxo ................................................... 83
Quadro 10 – Atributos dos produtos da Tânia Brandi ............................................... 83
Quadro 11 – Painel de caracterização ..................................................................... 87
Quadro 12 - Painel de caracterização de Danubia ................................................... 87
Quadro 13 - Painel de caracterização de Julia ......................................................... 88
Quadro 14 - Painel de caracterização de Beatrice ................................................... 88
Quadro 15 - Painel de caracterização de Alba ......................................................... 89
Quadro 16 – Quadro ilustrativo sobre a delicadeza .................................................. 94
Quadro 17 - Quadro ilustrativo sobre a sutileza ....................................................... 95
Quadro 18 - Quadro ilustrativo sobre o encanto ....................................................... 96
Quadro 19 - Quadro ilustrativo sobre a iluminação .................................................. 97
Quadro 20 - Quadro ilustrativo sobre a elegância .................................................... 98
Quadro 21 - Quadro ilustrativo sobre o clássico ....................................................... 99
Quadro 22 - Quadro ilustrativo sobre a felicidade .................................................. 100
Quadro 23 – Quadro ilustrativo de alternativas ...................................................... 123
14
1 INTRODUÇÃO
Residente na cidade do Rio de Janeiro, a chef Tânia Brandi, é especializada
na confecção de doces finos, e compete agora seu espaço no mercado pâtisserie,
padaria francesa especializada em bolos e doces, com o lançamento de novos
produtos. Tais produtos são elaborados artesanalmente em seu ateliê, e fornecidos
com o foco na utilização de insumos de alta qualidade e na garantia de excelente
sabor e aparência
Essa nova linha é composta por cupcakes, financiers, macarons, mousses,
tarteletes, tortas e biscoitos. Os mesmos são confeccionados a partir de cardápios
específicos da chef e são distribuídos de acordo com as necessidades do cliente.
Restaurantes, eventos específicos como, casamentos e festas empresariais e outras
comemorações como nascimentos e aniversários, são algumas das principais
diretrizes de distribuição.
A beleza e a qualidade desses produtos são os grandes
impulsionadores de sua venda, visto que os próprios, além de saciar os
paladares dos consumidores exigentes, são também expostos em eventos e
celebrações como objetos de decoração e composição dos ambientes.
(Organizadora de eventos)
Para que se mantenha tal qualidade e integridade do produto, é de
fundamental importância a adoção de embalagens, que sejam adequadas ao seu
transporte e que suportem as intempéries do espaço, a fim de proteger-los, e assim,
apresentá-los em perfeitas condições para uso e degustação.
Figura 1 – Macarons como objetos de decoração
15
A composição do visual da embalagem é outro fator importante para o
negócio, pois com ela, a percepção do consumidor sobre o produto é mais intensa.
A mesma além de ser resistente, deve informar, justificar as qualidades e agregar
valor aos produtos, a fim de tornar-los compreensíveis, apreciados e desejados.
O presente trabalho tem por objetivo encontrar soluções de design adequadas
aos produtos da chef Tânia Brandi. O projeto envolve desde o desenvolvimento do
naming e identidade visual da nova marca até as embalagens para exposição e
transporte dos 4 primeiros produtos que serão lançados: o macaron, o financier, o
cupcake (nos tamanhos normal e mini) e o mousse.
16
2 OBJETIVO
Desenvolver embalagens para os produtos da chef Tânia Brandi que esta
entrando no mercado com o lançamento de novos.
2.1 Objetivos Específicos
Desenvolver marca para empresa;
Desenvolver embalagens individuais para Cupcakes, Financier, e Macarons e
transporte para Mousse e Cupcakes.
2.1.1 Objetivos Operacionais
Realizar briefing;
Realizar estudo de campo;
Realizar diagnósticos;
Síntese;
Estabelecer ações estratégicas;
Planejar posicionamento;
Desenvolver marca;
Desenvolver embalagens;
Apresentação.
17
3 JUSTIFICATIVA
A utilização da embalagem para conter, proteger e transportar é essencial
para qualquer individuo que comercializa algum tipo de produto, visto que nenhum
consumidor deseja um receber algo defeituoso ou impróprio para o uso. Como
afirma Giles Calver (2009, p.45)., em suas origens “A função inicial da embalagem
era essencialmente utilitária”. Ate hoje essa função desempenha um papel
importante no desenvolvimento das embalagens, os produtos tornaram-se mais
sofisticados, mas a exigência básica continua ser proteger-los, entretanto é inegável
o papel da embalagem para a venda de um produto, como afirma Mestriner (2007,
p.11):
[...] no Brasil 83% das decisões de compra são tomadas no
ponto de venda e a embalagem é mediadora deste processo. Além disso,
mais de 90% dos produtos vendidos no supermercado não tem apoio de
marketing e comunicação, dependendo, para sua sobrevivência, única e
exclusivamente de sua embalagem.
Como é um componente primordial no custo do produto e seu desempenho
na linha de produção e na logística de distribuição, a embalagem alcançou uma
grande relevância estratégica, no ato de se lançar novos produtos no mercado.
Poderosa ferramenta de marketing a embalagem é empregada de todas as
formas na tarefa de levar o produto aos consumidores, conquistá-los e manter sua
fidelidade. Ela é um diferencial competitivo que incorpora inovação e design e
exerce impacto direto na performance do produto. Margaret Hayaaki (2009, p.27), no
livro Embalagens: design, materiais, processos e maquinas, reforça essa
argumentação afirmando que “a embalagem é a imagem da marca e do produto” e
completa apontando para o fato de que “se ela não for boa, em vez de agregar valor,
vai subtrair”.
O ideal é que a embalagem contribua para uma interação positiva entre um
produto e seu consumidor. Para facilitar essa interação é necessário que seu
processo de desenvolvimento seja promovido por um gestor de embalagens, um
designer capaz de propor e viabilizar ações diferenciadas e de maior complexidade
18
que acabarão por constituir um produto cujo diferencial desequilibre a competição no
ponto-de-venda.
Considerando a extrema importância da embalagem na sociedade
contemporânea de consumo, o presente trabalho visa oferecer aos produtos de alta
gastronomia da chef Tânia Brandi uma linha de embalagens que apresente de forma
sofisticada a imagem do produto servido, pronto para ser degustado. Espera-se
também que estas embalagens facilitem a distribuição dos deliciosos cupcakes e
outros itens de pâtisserie, para que os mesmos sobrevivam ao transporte e
cheguem intactos a mesa dos mais exigentes gourmets.
19
3.1 REVISÃO DE LITERATURA
3.1.1 Produção da embalagem
A embalagem que chega às mãos dos consumidores faz parte de uma
complexa cadeia produtiva que começa nas indústrias de matéria prima,
responsáveis por gerar materiais como o vidro, o papel, as resinas plásticas, dentre
outros.
Os materiais então são enviados para as indústrias que convertem o material
bruto em materiais como frascos, tampas, sacos, rótulos, e outra infinidade de itens
que compõem as embalagens. As indústrias convertedoras fazem a parte central da
produção e abrigam o maior numero de empresas envolvidas nesta cadeia
produtiva.
Após esta fase, o material parte para as indústrias embaladoras - que
compreendem empresas de cosméticos, alimentos, bebidas e outras responsáveis
pelo processo de envase - onde os produtos são armazenados para então ser
enviados para o consumidor. Este espaço entre o envase e o consumidor abriga as
empresas de transporte e logística, atacadistas e varejistas que levam e fornecem o
produto para compra.
No ponto de venda a embalagem representa uma importante ferramenta de
marketing, que envolve os profissionais das áreas de marketing, pesquisa,
promoção e design.
Segundo o especialista em design de embalagens Fabio Mestriner (2002, p.
4) “o mundo da embalagem é o mundo dos produtos, das indústrias e do marketing,
em que o design tem a responsabilidade de transmitir tudo aquilo que o consumidor
não vê[..]”. Mestriner define o design como a atividade de desenhar para indústria,
segundo uma metodologia projetual que leva em consideração “a função que o
produto final ira realizar, as características técnicas da matéria-prima e do sistema
produtivo utilizado em sua confecção, as características e necessidades do mercado
e do destinatário final do produto, ou seja: o consumidor.” (2002, p. 10) Para o autor
tudo isso dever ser levado em consideração no processo do desenho. Pode se
concluir então que o design precisa estar presente em todas as fases de
20
desenvolvimento de uma embalagem e é de grande responsabilidade do
profissional, desenvolver um produto que seja compatível com as expectativas da
indústria e do mercado.
3.1.2 A embalagem como ferramenta de marketing
Quando o objetivo é elaborar um projeto de design de uma embalagem, é
preciso considerar, desde o início, vários aspectos técnicos relacionados com este
tipo de produto: sua função objetiva, as características da matéria-prima, os modos
de produção envolvidos no processo e as necessidades do mercado e do
destinatário final da embalagem, ou seja, do consumidor. (MESTRINER, 2002, p.
10). Mas além das características técnicas é necessário pensar também no aspecto
comunicacional de uma embalagem: ela é um veículo de alto impacto, que deve
identificar e qualificar seu fabricante de maneira imediata, ou seja, trata-se de uma
importante ferramenta de marketing. No livro “Design de embalagem: do marketing à
produção” é possível encontrar uma referência sobre a definição de marketing:
“Marketing é atividade humana que busca apresentar uma
resposta à expectativa de solução dos desejos e necessidades das
pessoas, por meio de uma relação de troca de valores existentes entre duas
partes por um produto ou serviço específico, respaldado na oferta e na
procura (KOTLER. 2000).” (NEGRÃO; CAMARGO, 2008, p. 43).
Pela colocação acima é possível perceber que o marketing trata-se de uma
atividade que busca investigar as necessidades e os desejos do consumidor a fim de
satisfazê-lo com possíveis soluções em uma troca de valores, ou seja, quando um
produto ou serviço alcança o nível de satisfação do consumidor, este se torna um
produto de valor para ele, e para sua obtenção, torna-se igualmente necessário a
obtenção de outro elemento de valor, conduzindo a troca. E para tal realização, as
soluções devem estar apoiadas na oferta e na procura, ou seja, devem estar
amparadas por meios passíveis que proporcionem sua divulgação e a descoberta do
produto.
21
A embalagem é um forte passível para as estratégias de marketing, visto que
elas são compostas por diferentes partes passiveis de exposição para comunicar e
conversar com o consumidor
3.1.3 Consumidor e segmentação de mercado
O consumidor é um individuo de necessidades e desejos, e o conhecimento
sobre essas particularidades nos projetos de embalagem enriquecem muito o
trabalho. Quando um produto é desenvolvido com base nesses estudos a
possibilidade de conseguir a atenção e anseio do consumidor é alta. Como afirma
Mestriner (2002, p. 38):
“Saber quem compra e utiliza o produto é fundamental para
estabelecer um processo de comunicação efetiva por meio da embalagem.
As características desse consumidor, seus hábitos de compra e atitudes em
relação ao produto são um ponto-chave a ser conhecido pelo designer e
pelos profissionais.”
A segmentação de mercado é um processo que objetiva dividir o mercado em
grupos específicos de consumidores com comportamentos, motivações e
necessidades similares.
A importância da segmentação de mercado é causada pelo fato que um
produto não pode satisfazer as necessidades e desejos de todos os consumidores.
Por isso não se pode tratar todos da mesma maneira, nem de maneiras diferentes,
mas identificar grupos que compartilham de gostos e de motivações semelhantes
para poder atendê-los especificamente com soluções adequadas. (NEGRÃO, 2008,
p. 83)
3.1.4 Posicionamento
É igualmente importante para o sucesso dos produtos, estudar o ambiente em
que o mesmo estará concorrendo, e definir o posicionamento do produto, como é
afirmado por Negrão (2008, p. 81).
22
“Devemos ter em mente que o mercado é muito grande e há
muitos concorrentes nesta competição, então, é necessário encontrar nosso
nicho de mercado, para que possamos sobreviver nele.”
O posicionamento é o nicho especifico que o produto estabelece para si no
ambiente competitivo, e está diretamente relacionado com a percepção que o
público-alvo tem deles (NEGRÃO, 2008, p. 98).
Planejar o posicionamento do produto envolve o conhecimento dos
concorrentes, das necessidades e desejos do publico alvo e das informações sobre
características e atributos do próprio produto.
Estar posicionado consiste em estar ocupando uma posição na mente dos
consumidores.
3.1.5 Composição da embalagem
A embalagem de acordo com Negrão (2008, p. 147) é uma atribuição que
exemplifica bem a tênue divisão entre o projeto de produto e o projeto gráfico, pois
quando em uma embalagem é excelente, este dois aspectos complementam-se e
fundem em três diferentes níveis, sendo eles:
Nível primário, onde a embalagem está em contato direto com o
produto, atendendo inteiramente a função de conter-lo, tirando como
exemplo, um frasco de perfume
Nível secundário, onde a embalagem esta envolta da embalagem que
esta em contato direto com o produto, ou seja, em volta da embalagem
de nível primário, nesse nível ela proporciona mais proteção ao produto
e/ou funciona como suporte para promoção, o cartucho que comporta o
frasco de perfume serve como exemplo
Nível terciário, onde a embalagem contém normalmente a de nível
secundário, conferindo-lhe mais proteção aos impactos de transporte e
armazenagem, servindo como exemplo a caixa utilizada para
acomodar diversos cartuchos do perfume.
A combinação desses níveis dá origem a diferentes configurações de
embalagem, que são confeccionadas de acordo com as particularidades que cada
23
produto possui no embalo, e, além disso, com as estratégias de marketing, que
confere a imagem mercadológica que se pretende transmitir.
Não obstante, na fase criativa o designer deve também se orientar pelos
princípios que compõe o desenho da embalagem, como a linguagem da forma, das
cores e dos elementos tipográficos, pois como afirma Negrão (2008, p. 148): “[...]o
projeto de embalagens não é feito apenas de idéias, mas da aplicação criteriosa destes
elementos da linguagem visual”.
24
4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho foi construída com
base nas mesmas utilizadas pelo Designer Fabio Mestriner em seus livros sobre
embalagens.
Inicialmente, é realizado um briefing junto ao cliente, onde serão explorados
campos específicos referentes à empresa.
Tabela 1 – Descrição dos itens a serem levantados no briefing
Produto
Características/ como é feito/ como é envasado
Embalagem
Tipos/ tamanhos/ formato/ materiais
Produção/ desenhos/ impressão
Mercado
Objetivos mercadológicos
Concorrência de mercado
Nomeação/ Descrição dos concorrentes
Características do mercado/ Dimensões
Tendências
Consumidor:
Características/ Pessoal / Profissional
Principais classes consumidoras
A Empresa
Perfil /Histórico/ Tempo de mercado/ Produtos e serviços oferecidos
Após a realização do briefing, o trabalho vai seguir com a realização de uma
pesquisa de campo, com o objetivo de conhecer os produtos dos concorrentes. A
observação acompanhará uma analise detalhada das embalagens onde serão
analisados os seguintes aspectos:
Tabela 2 – Descrição de itens a ser levantado no estudo de campo
Embalagens concorrentes
Tipos/ formato/ materiais
25
Linguagem visual
Cores e imagens predominantes.
Elementos visuais utilizados
Outras características relevantes
Oportunidades e ameaças
Vantagens competitivas
Riscos ao produto
Após a realização do estudo de campo, o projeto prossegue com o
diagnóstico das informações coletadas, onde serão analisados aspectos formais e
visuais das embalagens
Após o diagnóstico de design, continua-se com o diagnóstico das funções de
marketing, nesta etapa, serão analisadas as funções mercadológicas da
embalagem, a fim de verificar que tipo de utilização vem sendo feita e quais ações
estão acontecendo no momento.
Concluída a etapa de marketing, segue-se com o diagnóstico de inovação da
embalagem, nesse item, a analise devera se fundar na observação de
características diferenciadas e benéficas ao consumidor, com intuito de distinguir e
prever as inovações
Para completar, analisam-se os diagnósticos complementares das
embalagens, tal etapa se caracteriza pelo levantamento de aspectos de produção e
fornecedores.
Após a conclusão desta fase, será então realizada uma síntese de tudo que
foi levantado, para que as conclusões sirvam de base para a geração de estratégia.
A estratégia se desenvolverá, explanando objetivos centrados no briefing do cliente
e nesta síntese.
Com a estratégia realizada, segue-se para geração de alternativas onde
serão realizados os estudos e desenhos para possíveis embalagens, e diante das
alternativas desenvolvidas, escolhe-se aquela que melhor atender os objetivos para
o acabamento e finalização.
26
5 A CHEF
Tânia Brandi é uma chef especializada na confecção de doces pâtisserie, um
“produto estrangeiro”, que prega muito pela apresentação e pelo requinte dos
sabores.
Atualmente, toda produção e preparo dos doces para fornecimento ocorrem
em seu atelier, localizado no Rio de Janeiro, de modo inteiramente artesanal. Os
produtos fornecidos hoje em dia são: Cupcakes, financiers, macarons, mousses,
tarteletes, tortas e biscoitos, elaborados segundo um cardápio estabelecido pela
própria
Seus principais clientes são restaurantes, cafeterias, festas e eventos. Os
meios de fornecimento dos produtos comportam caixas de transporte para grandes
quantidades para restaurantes e cafeterias, e embalagens individuais para festas e
eventos. As embalagens utilizadas atualmente são adquiridas junto a empresas
especializadas, que produzem em grande numero para o mercado.
A chef conta que sua inserção nesse mercado de doces foi motivada pela
procura e aceitação dos parentes e atuais clientes que começaram a provar de suas
receitas:
“Comecei a fazer doces para as festas familiares e sempre
recebi incentivos para iniciar o meu negócio. Então, comecei a atender uns
clientes de forma artesanal e como tenho tido boa aceitação, resolvi me
profissionalizar.”
Tânia objetiva a ampliação de sua rede de distribuição, como também o
reconhecimento e prestigio de seu negócio assumindo uma identidade nova no
mercado, com o desenvolvimento de uma marca e de uma família de embalagens
exclusivas para seus produtos.
No entanto para este projeto o desenvolvimento de embalagens só caberá a
quatro produtos, tendo em vista o prazo do projeto. Sendo eles: Cupcake, Financier,
Macaron e Mousse, distribuindo-se da seguinte maneira:
27
Tabela 3 – Relação de embalagens e produtos
Embalagens
Produtos
Mini
Cupcake Cupcake
normal Mousse Fiancier Macaron
Individuais x x x
Quatro ou mais x x
Transporte x x x
A embalagem de transporte em particular vai possuir três diferentes suportes
internos para fixar os produtos específicos: Mini Cupcake, Cupcake Normal e
Mousse.
5.1 Produtos
Os cupcakes são bolos com dimensões reduzidas, em torno de 2,5 cm a 8 cm
de altura, com formas arredondas, fabricados individualmente, assados em
forminhas e decorados com coberturas cremosas.
Figura 2 - Cupcake
28
Os financiers são pequenos bolos com formas retangulares, com
aproximadamente 2,5 cm de altura, são assados em forminhas, e tem como principal
característica a utilização de amêndoas como ingrediente.
Figura 3 - Financier
Os macarons são pequenos “biscoitos” com formas arredondas com altura em
torno de 2 cm, assados em superfícies planas, e confeccionados em duas “bandas
assadas” com um recheio cremoso ao meio
Figura 4 - Macaron
Os mousses são iguarias de consistência cremosa, feitos de gelatinas ou
claras de ovos batidas, em combinação com outros ingredientes e servido frio.
29
Figura 5 - Mousse
5.2 Embalagens
5.2.1 Embalagem 1
Tabela 4 - Descrição específica da embalagem para Mini-Cupcake.
Descrição
Embalagem utilizada para conter 1 Mini-Cupcake
Dimensões
6x6x6 cm
Materiais
Base e berço em papel color plus 180 gramas na cor "pequim". Tampa em PVC cristal transparente.
30
5.2.2 Embalagem 2
Tabela 5 - Descrição específica da embalagem para Cupcake normal.
Descrição
Embalagem utilizada para conter 1 Cupcake normal
Dimensões
11x11x7 cm
Materiais
Estrutura e berço em papel cartão e tela em PVC
31
5.2.3 Embalagem 3
Tabela 6 - Descrição específica da embalagem para Mousse.
Descrição
Embalagem utilizada para conter o mousse
Dimensões
Diâmetro: 8 cm Altura: 7 cm Capacidade: 180ml
Materiais
Acrílico
5.2.4 Embalagem 4
Tabela 7 - Descrição específica da embalagem para Financier
Descrição
Embalagem utilizada para conter 100 a 200g de financier
Dimensões
15x22 cm
Materiais
Celofane
32
5.3 Mercado
Configurados como padaria de bolos e doces, a pâtisserie, ainda pouco
conhecida no Brasil, se enquadra no grande setor de Panificação e Confeitaria do
país, por abrigar em sua culinária, produtos de configuração similar, como tortas,
mousses, etc, porém com receitas diferentes.
Em 2008, o SEBRAE em convênio com a Associação Brasileira da Indústria
de Panificação e Confeitaria (ABIP), realizou um estudo exploratório no setor de
panificação, com a finalidade de auxiliar e informar os empresários do setor e as
entidades e organizações que a eles se relacionam.
Foi constatado que 76% dos brasileiros consomem pão no café da manhã e
que 98% da população são consumidoras de produtos panificados, ou seja, a
variedade de alimentos panificados na mesa do consumidor não se limita apenas ao
pão, a panificação é responsável pela fabricação de diferentes tipos de alimentos
como biscoitos, tortas, bolos, pudins, croissants, roscas, etc.
Figura 6 – Relação de consumidores de produtos panificados
De acordo com a pesquisa, a inclusão de produtos elaborados com outras
matérias primas como milho e mandioca, por exemplo, sobe 33,61kg de pães ao
ano, constatando a importância das panificadoras em atender demandas.
A panificação está entre os seis maiores segmentos industrial do país
segundo a pesquisa, e é constituído em sua maioria por micro e pequena empresas
98%
2%
Consomem Não consomem
Consumidores de produtos panificados
33
com um faturamento anual de R$ 44,98 bilhões. A busca por novos desafios e
tecnologias são os objetivos que as empresas do setor vislumbram, a fim de se
afirmar como setores de relevância no mercado.
Em 2008, o volume de compras do setor apresentou um valor aproximado de
R$ 20 bilhões, gerando um faturamento a cerca de R$ 43,9 bilhões, sendo que 48%
dos produtos vendidos foram de fabricação própria das panificadoras.
Tabela 8 – Participação do setor de panificação em outras cadeias
Participação do setor de Panificação em outras cadeias
Departamento Volume de
compras/ano Volume venda prevista/ano
Participação venda/dept.
Mercearia 2,72 bilhões 3,95 bilhões 9%
Bebidas 3,14 bilhões 4,39 bilhões 10%
Frios 1,55 bilhões 2,63 bilhões 6%
Congelados 0,65 bilhões 1,31 bilhões 3%
Laticínios 1,50 bilhões 3,07 bilhões 7%
Cigarros 2,81 bilhões 3,07 bilhões 7%
Bomboniére 0,88 bilhões 1,31 bilhões 3%
Sorvete 0,68 bilhões 0,87 bilhões 2%
Produção própria 5,66 bilhões 21,11 bilhões 48%
Leite 1,75 bilhões 2,19 bilhões 5%
Total 20,64 bilhões 43,9 bilhões 100%
No setor de alimentos brasileiro as indústrias panificadoras só perdem para os
supermercados e hipermercados que tem 62,5% de participação, ainda que muitos
deles incorporem os panificados em seu leque de produtos
Tabela 9 – Faturamento no setor de alimentos brasileiro
Faturamento no setor de alimentos brasileiro
Segmento Faturamento / ano %
Supermercados e Hipermercados 136,3 bilhões/ano 62,5%
34
Mercearia, Armazém, Empório, Conveniência, etc*
24,4 bilhões/ano 11,2%
Loja Depto, bazares (com venda de prod. alim.)*
12,3 bilhões/ano 5,6%
Canal de Venda Panificação** 43,9 bilhões/ano 20,7%
Receita Total Mercado Alimentos 216,9 bilhões/ano 100%
Dos canais de venda de produtos panificados, a Produção Própria
correspondem ao faturamento de 21,11 bilhões, chegando à conclusão de que tal
departamento contribui com 12,66% de participação no faturamento anual no setor
de alimentos.
Figura 7 – Participação da produção própria no setor de alimentos
O setor de panificação abriga 63,2 mil empresas em todo o país, sendo 60 mil
aproximadamente de micro e pequenas empresas, com atuação de 127 mil
empresários. Os empregos gerados pelo setor chegam a 700 mil com 245 (35%)
destinados a produção. O sudeste é a região que abriga o maior número de
empresas e do faturamento total, 45% vêm da fabricação própria, segundo
levantamentos.
12,66%
87,34%
Produção Própria
Outros segmentos alimentares
35
Tabela 10 – Porte das empresas de panificação
Porte das empresas de panificação
Número de funcionário %
Até 7 funcionários 9,9%
De 8 a 12 funcionários 20,7%
De 13 a 16 funcionários 32,4%
De 17 a 23 funcionários 24,3%
De 24 a 34 funcionários 9%
Acima de 34 funcionários 3%
Figura 8 – Distribuição do setor de panificação no Brasil
O trabalho de pesquisa do SEBRAE e da ABIP estabeleceram também
tendências no setor, que foram definidas com base em dados do IBGE e pesquisas
realizadas pela revista exame em 2008, que investigou o perfil dos novos
consumidores brasileiros e seus novos estilos de vida, impactados pela vida
moderna, totalizando cinco tendências:
43%
24%
22%
7%4%
Região Sudeste
a Região Nordeste
Região Sul
Região Centro-Oeste
Região Norte
36
Tabela 11 – Tendência 1
Mulheres ganham mais espaço no mercado
As mulheres ganharam mais espaço no mercado, e no ano de 2020 existirão 64, 611 milhões de mulheres, segundo dados do IBGE. - Mais mulheres no controle da família - Aumento de mulheres no mercado de trabalho - Mulheres com posse de novos imóveis
Oportunidades e tendências
Produtos diet, light, orgânicos, pães naturais e confeitaria fina.
Produtos fáceis de levar na bolsa e com embalagens atraentes.
Tabela 12 - Tendência 2
Aumento de casais jovens sem filhos
Estabeleceram novos arranjos sociais e familiares. - Casais jovens que adiam a chegada de filhos; - Pessoas de meia idade que já criaram seus filhos; - Parceiros homossexuais - Mais participação no comercio eletrônico - Mais utilização do credito - Pré-destinação para refeições prontas
Oportunidades e tendências
Produtos que propiciem cuidados a dois em embalagem dupla
Duas porções individuais
Tabela 13 - Tendência 3
Crescimento do número de pessoas morando sozinhas
Aumentaram o numero de pessoas morando sozinha, com uma perspectiva de 12 milhões de pessoas em 2016 - Busca por conforto, tecnologia e praticidade - Aumento de conexões na internet - Obtenção maior de aparelhos portáteis - Utilização de suplementos alimentares
Oportunidades e tendências
Produtos de apelos e embalagens tecnológicas
Delivery
37
Tabela 14 - Tendência 4
Mais consumidores de meia idade
Aumentaram o numero de pessoas de meia idade (50 anos), com uma perspectiva de 18 milhões de pessoas para 2020 - Busca por hábitos saudáveis - Espírito jovem - Independentes e bem sucedidos
Oportunidades e tendências
Produtos mais sofisticados, de alta qualidade, ingredientes naturais aliados a alta tecnologia.
Produtos anti-idade, com apelo saudável
Delivery
Tabela 15 - Tendência 5
Vida mais longa e melhor
Aumentaram o numero de pessoas de acima de 60 anos, com uma perspectiva de 30 milhões de pessoas para 2020, 64 milhões em 2050 e destes, 160 mil terão mais de 100 anos.
Oportunidades e tendências
Produtos orgânicos, com ingredientes naturais, linhas diet e light.
Delivery
5.3.1 Concorrentes diretos
5.3.1.1 Carla Daudt
Figura 9 – Logo Carla Daudt
38
A partir de experiências vividas pela nutricionista Carla Daudt na França, a
“Carla Daudt Patisserie” se lançou no Rio de Janeiro. Hoje em dia com muitas
saídas para festas de casamentos, os produtos oferecidos vão de Macarons,
docinhos e à Petits Fours, mas seu principal diferencial é a confecção de macarons
utilizando sabores brasileiros.
O site em especial, possui um layout diferenciado, em que o usuário para
conhecer a empresa, precisa “abrir uma porta”, que elucida a idéia de uma boutique
virtual, ilustrando sofisticação e modernidade.
Figura 10 – Página inicial do site Carla Daudt
39
5.3.1.2 Luana Davidsohn Cupcakes
Figura 11 – Logo Luana Davidsohn Cupcakes
Luana Davidsohn cupcakes é uma confeitaria especializada na confecção de
cupcakes localizada em São Paulo e conduzida por Luana Davidsohn e suas duas
filhas. Umas de suas relevantes buscas por diferenciação foi atender os homens
criando doces mais sóbrios, pois eles se sentiam incomodados em comprar doces
tão “coloridos e delicados”.
Figura 12 – Cupcakes na versão para homens
Seu endereço virtual além de ser o ponto de venda dos produtos, é um
espaço constantemente atualizado, onde os consumidores podem conferir o que
40
esta acontecendo, comentar e tirar dúvidas. Mas além do blog, a empresa também
possui a “Oficina Luana Davidsohn cupcakes”, um iniciativa voltado para festas
infantis, que faz das crianças, confeiteiras por um dia. A busca pela adequação dos
produtos e a diversidade de serviços criados, mostra a vontade de servir e a
preocupação com os clientes.
Figura 13 – Site Oficina de Cupcakes
5.3.1.3 Vintage Cupcakes
Figura 14 – Logo Vintage Cupcakes
Vintage Cupcakes é uma empresa criada em 2010 voltada para produção de
cupcakes com a presença física em diversas cidades do Brasil, sendo no total 6
capitais, que a faz destacar das demais que servem o mesmo produto.
41
Figura 15 – Quiosque da Vintage Cupcakes
No site da empresa é possível ler um texto referente à história da empresa: “O
tempo corre. E, sem perceber, você atrás dele. A obrigação da pressa consome o
dia a dia. É preciso que o tempo ganhe tempo. Se fosse possível pará-lo só um
pouquinho. Sair dessa rotina por um instante que desse. Entrar em um outro mundo,
quem sabe. Agora, você pode. O que você precisa está nas suas mãos. Mas só não
pode deixar pra depois. O tempo passa. E sem querer já foi.” Tal texto coloca em
evidencia a importância do tempo no dia da confeiteira. Em paralelo com o ano de
criação da empresa, e grande participação no Brasil, traz em mente sua vontade de
atender o mercado nacional com eficiência e agilidade
5.3.1.4 Sweet Carolina Cakes
Figura 16 – Logo Sweet Carolina Cakes
Sweet Carolina surgiu em 2008, com foco no fornecimento de bolos artísticos,
mini bolos e cupcakes. Localizada em São Paulo e ministrada, pelas por Paola
Puchetti, uma profissional atuou em mercados financeiros, mas decidiu dedicar-se
na arte de confeitar. Com experiência em cursos no EUA a confeiteira une sua raiz
42
italiana e a vivência americana e brasileira, para trazer tradição, sabor e beleza ao
confeccionar seus produtos.
Figura 17 – Bolo decorado com cupcakes
5.3.1.5 Love Cupcakes
43
Figura 18 – Logo Love Cupcakes
Love Cupcakes é uma confeitaria especializada na confecção de cupcakes.
Sua fundadora Renata Sereguetti formada em gastronomia teve ricas experiências
em confeitarias no mercado brasileiro, e foi em 2007 que deu inicio ao seu
empreendimento. A julgar pelo site da confeitaria, muitos dos cupcakes são
temáticos, mensageiros e corporativos. A busca por doces de melhor padrão de
qualidade e apresentação são seus maiores objetivos.
Figura 19 – Cupcakes temáticos
Figura 20 – Cupcake corporativo
44
5.3.2 Concorrentes indiretos
5.3.2.1 Cacau Noir
Figura 21 – Logo Cacau Noir
Cacau Noir é uma loja especializada em chocolates gourmet, com a matéria
prima vinda da Bélgica, Sua fabricação se baseia na confecção de chocolates, puros
e com alto teor cacau. De acordo com site, a intenção da combinação é de
proporcionar uma sensação suave e marcante ao consumidor.
Figura 22 – Bombons da Cacau Noir
Além de possuir o instigante conceito de chocolate puro, a loja proporciona ao
consumidor opção de degustação e conhecimento dos produtos em seu espaço,
mostrando que a loja investe no prazer em experimentar um bombom.
45
Figura 23 – Entrada da loja Cacau Noir
5.3.2.2 Aquim Gastronomia
Figura 24 – Logo Aquim Gastronomia
Aquim Gastronomia é uma boutique especializada na elaboração de pratos e
doces gourmet dirigida por uma família, de origem italiana-portuguesa, que possui
um grande apreço pela decoração e elaboração de seus ambientes.
46
Figura 25 – Entrada da boutique Aquim
O sabor e a beleza dos pratos e doces produzidos são integrados num
cenário de encanto e descoberta, a fim de proporcionar ao consumidor, um
momento de admiração e experiência.
5.3.2.3 Garcia e Rodrigues
Figura 26 – Logo Garcia e Rodrigues
Garcia Rodrigues é um restaurante localizado nas cidades, Rio de Janeiro e
São Paulo, onde oferece um cardápio eclético, indo de doces, pratos e bebidas,
todos com oferecidos com muita elegância e sofisticação. Além de restaurante a
empresa atende eventos, festas e ainda possui serviço de entrega.
47
Figura 27 – Área de padaria do restaurante
O restaurante oferece mais do que variedades em sabor, sua preocupação
com os serviços e produtos, vai do além investimento em gastronomia, a
preocupação com a imagem esta em tudo, desde as embalagens, a composição dos
ambientes externo e interno do estabelecimento, criando um forte vínculo da
imagem com o publico.
Figura 28 – Produtos Garcia e Rodrigues
5.4 Consumidor
Os consumidores dos doces pâtisseries compreendem um grupo já existente
no mercado, o grupo de consumidores de luxo em que o alto nível salarial e a
vivência com produtos de alto custo são as características mais visíveis. Para os
48
produtos da chef Tânia o publico compreende as mulheres com idades entre 25 e 65
anos, moradoras em bairros nobres do Rio de Janeiro
Figura 29 – Quadro ilustrativo do perfil do consumidor
De acordo com D’Angelo (2006), o consumidor de luxo brasileiro é um
individuo que compra pela qualidade, aparência e hedonismo dos produtos.
A busca pela “qualidade intrínseca e tangível dos produtos”, como possuir “a
melhor matéria prima”, “o melhor acabamento”, “um design diferenciado”, foi o
desejo mais expressivo e decisivo dos consumidores na hora de optar por um
produto, a exemplo das opiniões dos consumidores:
“Eu procuro objetos de qualidade intriseca. Eu consumo pouco,
eu consumo focado. Eu consumo uma coisa que tem uma durabilidade,
49
uma qualidade intriseca muito grande. (Consumidor)”. (D’ANGELO, 2006, p.
95)
“É nítida a diferença que faz no corpo você comprar uma calca,
uma camisa de marca. Ela veste melhor, dura muito mais, te da um toque
muito mais especial. Eu prefiro gastar bem numa camisa e ficar um mês,
dois meses sem comprar, do que comprar três camisas e por um preço
baixo e uma qualidade menor, que depois não vai satisfazer. (Gerente de
marketing, homem)” (D’ANGELO, 2006, p. 95)
“Eu realmente acho assim: são produtos caros? São. Mas eles
fazem a diferença. A partir do momento que eu experimentei eu não
consegui mais voltar a usar (produtos comuns). (Consumidora)”
(D’ANGELO, 2006, p. 96)
A submissão a moda foi outra característica levantada, e que atinge
negativamente a percepção dos consumidores, pois eles enxergam essa pratica,
como uma inibição da essência do produto e da independência pessoal deles sobre
o assunto.
D’Angelo (2006, p. 96) discuti que: “Dizer-se independente do consenso da
moda é uma forma de afirmação pessoal, comprar um produto pela qualidade
intrínseca é também, comprar pelo gosto pessoal, livre de pressões”, como mostra a
opinião de uma consumidora:
“Não uso as cores da moda, uso as que eu gosto,
independente se as pessoas vão gostar em mim ou não. Eu acabo
comprando o que eu acho que é a minha cara. (Consultora)” (D’ANGELO,
2006, p. 97)
Na hora da compra, vale-se da qualidade do produto e do quanto aquilo vai
ser prazeroso e confortável de usar, sendo inteiramente pessoal a avaliação e a
interpretação dos atributos, como diz uma consumidora:
“Eu uso o que eu realmente eu acho que fica bom. Eu não vou
usar nada para dizer “eu estou usando porque agora é hit” eu me visto do
jeito que eu ache que fique bom. (Consumidora)” (D’ANGELO, 2006, p. 97)
50
Ainda que os consumidores não se submetam a tirania da moda como
preceitos para suas compra, os estilos que as marcas constroem com o tempo são
diferentemente julgados por eles. Tal comportamento é orientado pela busca do
perfil, do estilo que mais lhe agradam, que mais combinam com suas
personalidades. D’Angelo (2006, p. 97) argumenta este aspecto:
“Não seguir a moda e valorizar aspectos tangíveis dos produtos
não representa uma rejeição completa a importância da imagem das grifes
de luxo. E nem poderia ser assim: todo e qualquer produto tenta construir
uma identidade, visando a diferenciar-se dos concorrentes para atrair a
atenção e preferências dos consumidores” [...] “A imagem da grife é
decisiva para o consumidor, não por questões relacionadas a status e sim
porque funciona como veiculo de expressão individual, que permite a
construção de uma personalidade através de seus produtos”
O despertar da fantasia, emoção e sentidos do consumidor caracterizam a
qualidade hedonista do produto, que esta em tornar a experiência de contato e uso
destes, uma atividade de prazer contínuo. No luxo o sinônimo de prazer é qualidade
de vida, usufruto, satisfação, e bem estar. O consumidor de luxo brasileiro é
individuo que busca viver com qualidade, e se prazer é qualidade de vida, o
consumidor busca prazer. (D’ANGELO, 2006, p. 106). Sobre isso, os consumidores
discutem:
“Ter luxo é uma que tem que ser prazerosa o tempo inteiro,
não tem que ser penosa. Tudo tem que ter muito prazer. Eu incentivaria
qualquer pessoa a comprar coisa boa se ela tivesse condição de ter. Tudo
tem que te dar muito prazer na vida, o teu trabalho tem que te dar prazer,
tudo que você faz, os seus amigos, as coisas que você compra, o que você
consome tem que ser prazeroso (Consumidora)” (D’ANGELO. 2006, p. 106)
“Consumo dá prazer. Eu acho uma maravilha a pessoa poder
ter uma jóia..E roupa também. Imagina, você é convidado pra um jantar,
você abre o guarda-roupa e tem aquela especial para usar.(Consumidora)”
(D’ANGELO. 2006, p. 106)
51
6 ESTUDO DE CAMPO
6.1 Produtos concorrentes
6.1.1 Carla Daudt
Quadro 1 – Embalagens Carla Daudt
1 – Sacola utilizada para transporte, confeccionada em papel cartão, e aparada com
alças de cordel.
2 – Embalagem utilizada para conter 15 macarons, confeccionada em papel cartão e
PVC, com a adição de um adesivo para identificação
3 – Embalagem utilizada para conter 3 macarons, confeccionada em PVC, e fechada
com a amarração de duas fitas de cetim.
52
6.1.2 Luana Davidsohn Cupcakes
Quadro 2 – Embalagens Luana Davidsohn Cupcakes
1 – Embalagem utilizada para conter 3 cupcakes, na versão corporativa composta
pela base (3 berços internos para acomodação do produto e estrutura externa) de
papel cartão e por uma tampa de PVC, fixada com a amarração de uma fita de
cetim, e um cartão de identificação da empresa prestigiada.
2 – Embalagem utilizada para conter 1 cupcake, composta pela base (1 berço
interno para acomodação do produto e estrutura externa) de papel cartão e por uma
tampa de PVC, e um cartão de identificação da empresa prestigiada, podendo ser
utilizada na versão corporativa.
3 – Embalagem utilizada para conter 4 cupcakes, na versão corporativa composta
pela base ( 1 berço interno para acomodação do produto e estrutura externa) de
53
papel cartão e por uma tampa de PVC, fixada com a amarração de uma fita de
cetim, e um cartão de identificação da empresa prestigiada.
4 – Embalagem utilizada para conter 10 cupcakes, na versão temática, composta
pela base (10 berços internos para acomodação do produto e estrutura externa) de
papel cartão e por uma tampa de PVC,
6.1.3 Vintage Cupcakes
Quadro 3 – Embalagem Vintage Cupcakes
1 – Embalagem utilizada para conter 2 cupcakes confeccionada em papel cartão e
aparada com um estrutura de 2 berços e alça.
54
6.1.4 Sweet Carolina Cakes
Quadro 4 – Embalagens Sweet Carolina Cakes
1- Embalagem utilizada para conter 6 cupcakes composta pela base (6 berços
internos para acomodação do produto e estrutura externa) de papel cartão e por
uma tampa de PVC, fixada com a amarração de uma 2 fitas de cetim, e identificada
por um adesivo da empresa
2- Embalagem utilizada para conter 1 cupcake, composta pela base (1 berço
interno para acomodação do produto e estrutura externa) de papel cartão e por uma
tampa de PVC, fixada com a amarração de uma 2 fitas de cetim, e identificada por
um adesivo da empresa
3- Embalagem utilizada para conter 2 cupcakes, composta pela base (2
berços internos para acomodação do produto e estrutura externa) de papel cartão e
por uma tampa de PVC, fixada com a amarração de uma duas fitas de cetim, e
identificada por um adesivo da empresa
55
4- Embalagem utilizada para conter 1 lembrança, confeccionada em
Polipropileno e amarrada por uma fita de cetim
6.1.5 Love Cupcakes
Quadro 5 – Embalagens Love Cupcakes
1 – Embalagem utilizada para transporte de 42 cupcakes, composta pela base
(42 berços interno para acomodação do produto e estrutura externa) de papelão
2 – Embalagem utilizada para conter 1 cupcake, na versão corporativa,
confeccionada em PVC, e fechada com a amarração de uma fita de cetim decorada.
3 – Embalagem utilizada para conter 6 cupcakes, composta pela base (6
berços interno para acomodação do produto e estrutura externa) de papel cartão e
por uma tampa de PVC, fixada com a amarração de uma fita de cetim.
56
6.1.6 Cacau Noir
Quadro 6 – Embalagens Cacau Noir
1 – Embalagem luxo preto e Embalagem luxo branca, utilizada para acomodar
49, 25, e 4 bombons, respectivamente ao tamanho, confeccionada em papel cartão,
e decorada por fitas de cetim, podendo ser usada na versão corporativa, onde é
estampada a marca da empresa
2 - Caixa para acomodar 6 bombons, nas versões preto e branca,
confeccionada em papel cartão, e decorada por uma fita de cetim envolta, podendo
ser usada na versão corporativa, onde é estampada a marca da empresa
3 – Caixa para acomodar 4 bombons, nas versões preto e branca,
confeccionada em papel cartão, e decorada por uma fita de cetim envolta, podendo
ser usada na versão corporativa, onde é estampada a marca da empresa
57
Quadro 7 - Embalagens Cacau Noir
4 – Caixa para conter 2 bombons, nas versões preto e braça, confeccionada
em papel cartão, e decorada por duas fitas de cetim envolta, podendo ser usada na
versão corporativa, onde é estampada a marca da empresa
5 – Embalagem utilizada para conter “iscas de laranja”, confeccionada em
Polietileno de alta densidade, e um adesivo de identificação da empresa,
compreendendo 100g no total.
6 – Embalagem utilizada para conter 1 chocolate, confeccionada em papel
cartão e decorada por uma fita de cetim.
7 – Embalagem para barras de chocolate, confeccionada em papel cartão e
identificada por um adesivo da empresa, compreendendo 80g.
58
8 – Embalagem utilizada para conter damascos, confeccionada em PVC,
envolta por um rotulo de papel cartão com a identificação da empresa,
compreendendo 130g no total
Quadro 8 - Embalagens Cacau Noir
9 – Embalagem utilizada para conter “mediants”, confeccionada em PVC,
envolta por um rotulo de papel cartão com a identificação da empresa,
compreendendo 80g no total
10 - Embalagem utilizada para conter “crocantões”, confeccionada em PVC,
com a base de papel cartão e fixada com uma fita envolta de cetim decorada,
compreendendo 150g no total
11 – Caixa utilizada para conter 12, 24 bombons respectivamente ao
tamanho, confeccionada em papel color plus, envolta por duas fitas de cetim.
12 – Caixa utilizada para conter 9 “cerejas” confeccionada em PVC, com a
base de papel cartão e fixada com uma fita envolta de cetim decorada,
compreendendo 150g no total.
59
6.2 Linguagem visual
O estudo da linguagem visual visa identificar características que se repetem
nas embalagens, a fim de identificar padrões visuais que norteiem a categoria e
torne mais fácil a identificação dos produtos. Abaixo se encontra as características
identificadas como linguagem visual da categoria:
- Formatos retos e regulares;
- Tampas e base separados;
- Material transparente para visualização do produto;
60
-Fechamento das embalagens com fitas;
- Cores neutras ou tons pastel;
- Estruturas de papel;
- Base interna para fixar os produtos.
61
7 DIAGNOSTICO
7.1 Diagnostico de design
Para o diagnóstico do design, foram estabelecidos diferentes critérios de
avaliação. Tais critérios foram desenvolvidos com base em palavras-chaves que se
associavam ao produto oferecido pela empresa, sendo estes:
Delicias – Açúcar – Gostoso – Saboroso – Doce – Criança – Bonitinho –
Delicado – Suaves – Cremoso – Mimoso – Chic – Bonitos
Foram determinadas duas configurações para avaliação, devido a baixa
complexidade das embalagens sendo elas: a forma e a cor
A tabela abaixo estabelece a pontuação de cada configuração avaliada:
Tabela 16- Tabela de cinco níveis
Tabela de cinco níveis
Não atende 0
Atende parcialmente 1
Atende o básico 2
Atende completamente 3
Supera as especificações do critério estabelecido 5
Para avaliação da forma foram associados três conceitos baseados na
avaliação das palavras chave, ficando definido que as embalagens deveriam ter
formas suaves, orgânicas e equilibradas
Tabela 17 – Tabela de avaliação da forma
Forma
Carla Daudt 0
Luana Davidsohn Cupcakes 0
Vintage Cupcakes 0
Sweet Carolina Cakes 0
Love Cupcakes 0
Cacau Noir 0
62
Para avaliação da cor foram igualmente associados três conceitos baseados
na avaliação das palavras chave, ficando definido que as embalagens deveriam ter
cores claras, serenas e harmônicas
Tabela 18 - Tabela de avaliação da cor
Cor
Carla Daudt 2
Luana Davidsohn Cupcakes 1
Vintage Cupcakes 1
Sweet Carolina Cakes 2
Love Cupcakes 1
Cacau Noir 1
7.2 Diagnostico das funções de marketing
A empresa Luana Davidsohn Cupcakes utiliza o serviço de oficina para festas,
orientado para públicos infantis, onde é possível ter contato com as receitas e fazer
os cupcakes.
A empresa Love Cupcakes utiliza a opção de personalização dos doces com
as marcas das empresas contratantes.
A empresa Cacau Noir utiliza a opção de personalização dos doces com as
marcas das empresas contratantes.
A empresa Aquim Gastronomia comercializa um chocolate diferenciado com o
design assinado por Oscar Niemayer
A empresa Garcia e Rodrigues oferece um especo reservado para festas e
eventos, que podem ser ambientados a gosto do cliente
7.3 Diagnostico de inovação
A empresa Vintage Cupcakes, inova no segmento com embalgens em
formatos diferentes das demais empresas que comercializam cupcakes, além de
possuir muitos quiosques.
63
7.4 Diagnostico complementar
7.4.1 Materiais
Para confecção de embalagens é muito importante conhecer o material que
se esta utilizando, pois suas propriedades e composição influem diretamente na
configuração final da embalagem
7.4.1.1 Papel
O Papel é um material fibroso, produzido essencialmente por celulose e
aditivos que tem a finalidade de melhorar as propriedades físicas e visuais. A
formação plana dos mesmos é obtida por meio de prensas ou secagem, que vão
promover diversos tipos de papel.
A Bracelpa - Associação Brasileira de Celulose e Papel identificou os papéis
mais comuns na indústria de embalagem e listou para consulta em seu endereço
virtual, sendo eles:
Papelão Ondulado - é utilizado na fabricação de chapas e caixas, e é
formado por um ou mais ou mais papeis ondulados (miolo), normalmente reciclados,
e fixados a um ou mais papeis planos (capa) por meio de adesivos aplicados no topo
das ondas.
De acordo com o numero de miolos e capas, o papelão possui diferentes tipos
de classificações, sendo elas:
Face simples – um elemento ondulado colado a um elemento plano;
Parede simples – um elemento ondulado colado em ambos os lados a
elementos planos;
Parede dupla – três elementos planos colocados a dois elementos ondulados
intercalados;
Parede tripla – quatro elementos planos colocados a três elementos
ondulados intercalados.
Papel Kraft – é utilizado na fabricação de sacos e sacolas, e confere uma
resistência mecânica excelente.
64
Papeis para embalagens leves – são característicos por serem mais
delicados, sendo eles:
Estiva e Maculatura – é utilizado em embrulhos que não requerem
apresentação, tubetes e conicais.
Papel de seda é utilizado em embrulhos de objetos artísticos, intercalação,
enfeites, proteção de frutas, etc.
Papel glassine, é utilizado em embalagens de alimentos, como proteção de
frutas nas árvores e papel auto-adesivo.
Papel greaseproof é utilizado, em embalagem para produtos gordurosos.
Papel Cartão – é utilizado na confecção de embalagens para chocolates,
cosméticos, medicamentos, fast foods, bebidas, sabão em pól, cigarros, calcados,
etc. Possui mais de uma camada e diferentes classificações, sendo elas:
Papelcartão duplex - É formado por duas camadas com cores ou composição
diferentes com a superfície branca e verso escuro.
Papelcartão triplex - É formado por três camadas com superfície e verso
brancos e miolo escuro. Com a parte externa (frente), revestida por uma tinta a base
de látex (coating), que confere brilho e lisura especial, podendo ser aplicado no
verso
Papelcartão sólido – É formado apenas por camadas brancas com a frente
revestida por coating, podendo ter o verso revestido
7.4.1.2 Plástico
O plástico é um material composto por polímeros, podendo ser termoplástico,
que mantém sua composição química inalterada com as mudanças de temperatura,
podendo ser moldado mais de uma vez; ou pode ser termofixo que ao contrario do
termoplástico, não pode ser moldado novamente depois de sua transformação
inicial, com possibilidades de alteração irreversível da composição química.
No mercado a classificação prática dos plásticos esta dividida em rígidos e
flexíveis. Os rígidos constituem as embalagens estruturadas como potes de
maionese, de manteiga, garrafas; já os flexíveis constituem embalagens que se
utilizam de filmes, como sacolas de supermercado, sacos de bala de guardanapo.
65
Na indústria de embalagens, estão determinadas seis categorias de plásticos,
sendo a sétima destinada a outros tipos, sendo elas:
Polipropileno (PP) é um plástico que conserva os aromas, resiste a mudanças
de temperatura, é brilhante, rígido e inquebrável.
Poliestireno (PS) é um plástico impermeável, rígido, leve e transparente.
Cloretos de polivinila (PVC) é um plástico impermeável, rígido, e resistente a
temperatura
Polietileno de baixa densidade (PEBD) é um plástico flexível, leve,
transparente e impermeável.
Polietileno de alta densidade (PEAD) é um plástico resistente a baixas
temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química
Tereftalato de polietileno (PET) é um plástico transparente, inquebrável,
impermeável e leve.
7.4.2 Processos de impressão
Algumas embalagens antes de chegarem às mãos dos consumidores,
precisam também ser impressas, e para que essa etapa seja bem sucedida é
necessário ter o conhecimento dos limites e possibilidades dos processos de
impressão envolvidas, e assim escolher aquela que melhor atender, sem surpresas
e possíveis prejuízos.
7.4.2.1 Serigrafia
A serigrafia caracteriza-se pela impressão permeografica. A imagem a ser
impressa decorre de uma emoldurada tela de tecido, plástico ou metal, que é
permeável à tinta nas áreas de grafismo e impermeável nas áreas de
contragrafismo.
A impressão das imagens é direta, e a transferência da tinta para o substrato
é auxiliada por uma lâmina de borracha.
A serigrafia distingue-se também de outras impressões por ter o recurso de
imprimir camadas mais espessas de tinta ou vernizes, proporcionando um
66
acabamento diferenciado, próprio do processo, possibilitando a impressão, por
exemplo: de “raspadinhas” películas metálicas anti-falsificação e braile.
Tabela 19 – Principais características da serigrafia (INSTITUTO DE EMBALAGENS – ENSINO &
PESQUISA, 2009 p. 82)
Principais características da serigrafia
Matriz plana cilíndrica com gravação passante (permeografica).
Impressão direta na superfície do material a ser impresso
Tinta semilíquida e,normalmente de secagem rápida por evaporação e/ou polimerização
Matrizes com médias e altas tiragens
Praticamente não tem limites quanto a substratos para impressão (papel, plástico diversos, metais diversos, madeira)
Campo de aplicação: estamparias em geral, embalagens plásticas rígidas (ex: frascos plásticos de desodorante). Rótulos autoadesivos, rótulos heat shrink de pizza, placas de circuito integrado, RFID (etiquetas de radiofreqüência) entre outras aplicações.
7.4.2.2 Rotogravura
A rotogravura caracteriza-se pela impressão com lâminas flexíveis de cobre.
A imagem a ser impressa é obtida por sistemas eletromecânicos ou a laser que
gravam a imagem na lâmina por “encaves”, formando alvéolos de diferentes
profundidades.
Para imprimir utiliza-se um número determinado de cilindros rotativos, que
são responsáveis pelo número de cores e possíveis acabamentos. As lâminas então
são adaptadas aos cilindros, que imersos num tinteiro com tintas de secagem
rápida, imprimem a imagem no substrato com o auxílio de um segundo cilindro de
contrapressão. A serrilha nas extremidades do grafismo é típica da impressão, por
conta dos milhares de alvéolos gravados
A tonalidade das imagens é obtida de acordo com a profundidade dos
alvéolos
67
Figura 30 - Serrilha da rotogravura
Tabela 20 – Principais características da rotogravura (INSTITUTO DE EMBALAGENS – ENSINO &
PESQUISA, 2009 p. 83)
Principais características da rotogravura
Forma cilíndrica metálica com gravação em baixo relevo (encavografica)
Impressão direta no substrato
Tinta liquida de secagem rápida por evaporação dos solventes
Matriz durável para altas tiragens (cerca de 10 milhões de cópias)
Imprime qualquer tipo de papel desde que seja flexível (papel, alumínio e filmes plásticos em geral)
Campo de aplicação: embalagens laminadas em geral e editorial (no Brasil, a revista Veja e outras da Editora Abril)
7.4.2.3 Flexografia
A flexografia caracteriza-se pela impressão relevografica por intermédio de um clichê
de borracha ou de fotopolimero.
A imagem a ser impressa têm o suporte de quatro cilindros rotativos, sendo o
primeiro responsável por capturar a tinta e transferi-la para o segundo cilindro que
com menos volume de tinta transfere para um o outro, vestido pela fôrma com a
imagem, que a imprime no substrato com o auxilio de um quarto cilindro de
contrapressão. As tintas são liquidas e secam rapidamente pela evaporação dos
solventes. Quando impressa, pela ação de pressão do cilindro gera-se o
68
escoamento para extremidades do grafismo, ação essa chamada de squash, típico
da impressão
A tonalidade das imagens é obtida de acordo com a dimensão dos pontos
relevográficos.
Figura 31 - Squash
Tabela 21 – Principais características da flexografia (INSTITUTO DE EMBALAGENS – ENSINO &
PESQUISA, 2009 p. 85)
Principais características da flexografia
Forma flexível de borracha com gravação em alto relevo
Tinta liquida de secagem rápida por evaporação
Tinta liquida de secagem rápida por evaporação dos solventes dos solventes
O clichê de fotopolimero pode durar cerca de 1 milhão de cópias boas ou mais
Imprime sobre qualquer tipo de substrato flexível e também papelão ondulado (papel, alumínio e plásticos em geral)
Campo de aplicação: embalagens laminadas em geral sacolas de supermercados, rótulos autoadesivos, embalagens de papelão ondulado
7.4.3 Impressão digital
O processo de impressão digital caracteriza-se pela inutilização de fôrmas
para impressão. A imagem é gerada a partir de um arquivo digital e transferida
diretamente para uma impressora, que pode ser a laser, jato de tinta ou offset digital.
69
A tecnologia difere das demais também, por não existir quantidade mínima
para impressão, sendo possível imprimir uma única unidade.
A flexibilidade de ajuste da maquina e a preparação dos arquivos para
impressão, favorecem custos baixos e dão vantagens para impressão de pequenos
volumes.
7.4.3.1 Impressão offset
A impressão offset caracteriza-se pela impressão planografica que consiste
na repulsão de água e gordura.
As imagens são colocadas em chapas que são umedecidas em água e depois
em tinta. As áreas gravadas atraem a tinta gordurosa e repelem a água.
As tintas são formadas por óleos vegetais e não secam rapidamente como em
outros processos, a secagem acontece por oxipolimerização e pela penetração no
substrato poroso, no entanto quando o mesmo tem uma lisura maior, o processo de
secagem é por ultravioleta com tintas especiais para isso, em que a secagem é
rápida. A impressão acontece de forma indireta, em que substrato recebe a imagem
por intermédio de uma borracha, entintada pela chapa gravada. A tonalidade é
obtida a partir do tamanho dos pontos de impressão.
Figura 32 – Detalhe da impressão offset
70
Tabela 22 – Principais características do offset (INSTITUTO DE EMBALAGENS – ENSINO &
PESQUISA, 2009 p. 86)
Principais características da offset
Forma (chapa fina) plana e normalmente de alumínio anodizado
Tinta pastosa para a impressão de papéis e UV para materiais plásticos e alumino
A chapa dura entre 250 a 500 mil cópias
Imprime sobre papeis, cartões, plásticos flexíveis e alumínio em bobinas
Campo de aplicação: catálogos, jornais, revistas, metalgrafia e impressos em geral relacionados com suportes porosos (absorventes)
7.4.4 Acabamentos gráficos
7.4.4.1 Corte e vinco
O corte e vinco caracterizam-se pelo acabamento com a utilização de uma
faca com laminas, que aplicadas com pressão sobre um substrato cortam, vincam e
serrilham o desenho simultaneamente para destaque e dobra
Para geração dos desenhos são utilizados programas gráficos que serão
suportes para gerar a faca de corte. A partir do desenho são gerados cortes feitos a
laser numa base de madeira para as laminas poderem se fixar e são três os tipos de
lâminas: lâmina de corte, lâmina de vinco e lâmina mista.
7.4.4.2 Laminação e plastificação
A laminação e a plastificação caracterizam-se pelo acabamento com a
utilização de filmes plásticos. Na plastificação a película é aplicada sobre pressão e
calor ao substrato, podendo estar pré-adesivada ou não.
A finalidade deste acabamento é proporcionar melhorias na apresentação:
com recursos de brilho e fosco; e de proteção contra atrito e barreira contra a
umidade.
A laminação consiste na união de dois ou mais substratos com o uso de
adesivo, diferentemente da plastificação, esse sempre haverá presença do adesivo
que é aplicado durante o processo, na plastificação, o calor e a pressão já são
suficientes para promover a fixação do filme.
71
Outro diferencial é a composição do adesivo da laminação que pode ser com
solvente, à base de água ou sem solvente, proveniente de determinações
ambientais, que sugere a retirada do solvente.
De acordo com o livro Embalagens: Design, Materiais, Processos e Máquinas
(2009, p. 89) devem ser levados dois aspectos fundamentais, na utilização desses
recursos, sendo: a avaliação da reciclagem da estrutura a ser utilizada, pois tal item
pode ser um problema que inviabiliza a entrada do produto em certos mercados por
criar um passivo ambiental em seu descarte; o segundo abriga um impacto nos
processos produtivos, pois a utilização das películas plásticas nos produtos por
muitas vezes, requerem um adesivo especial.
7.4.4.3 Vernizes
Os vernizes são acabamentos utilizados com finalidades de proteção e
decoração, porém com aplicabilidades distintas da plastificação e da laminação. Os
vernizes podem ser aplicados sobre cem por cento da área da folha impressa ou em
áreas específicas.
A quantidade aplicada é um dos grandes fatores de impacto do verniz, e está
diretamente ligado aos processos de aplicação
7.4.4.4 Hot stamping
Hot stamping é um acabamento que utiliza películas metálicas ou
pigmentadas com finalidades decorativas. O processo de impressão consiste na
gravação da imagem em alto relevo em matrizes de metal e na transferência da
imagem para o substrato a quente.
São vários os efeitos e cores, indo de cores sólidas a metálicas e
holográficas.
7.4.4.5 Relevo
O relevo é um acabamento que utiliza dois clichês: em baixo relevo, e contra-
molde. O processo de obtenção do efeito consiste na pressão do clichê gravado e
do contra-molde, sobre o substrato.
Os materiais do substrato devem ser levados em conta na aplicação, pois a
pressão exercida pelos clichês pode causar o rompimento das estruturas.
72
7.4.5 Informações legais
7.4.5.1 Simbologia de reciclagem
O ciclo de vida da embalagem é um importante aspecto a ser observado
atualmente, visto que ao longo dos anos o desenvolvimento de produtos provocou
um considerável aumento do lixo no planeta.
O descarte correto e a utilização de materiais que não agridam o meio
ambiente são atitudes que contribuem para geração de um ciclo sustentável da
embalagem.
O que é uma embalagem sustentável?
Contempla proporção ideal de embalagem x produto, otimizando o seu peso específico
Proporciona o melhor uso e distribuição do produto acondicionado, visando maximizar o sucesso de seu uso e minimizar a geração de resíduo e desperdício
Prevê destinação final adequada, oferecendo o reaproveitamento de seu material
Não tem efeitos indesejáveis no meio ambiente que possam reduzir a qualidade de vida para gerações futuras
A embalagem tem a função primordial de proteção dos
produtos demandados por todos nós. Esta proteção deve viabilizar a
adequada distribuição dos mesmos, o prolongamento da sua vida útil e
conseqüentemente a redução de perdas, o atendimento dos requisitos
legais, bem como de segurança do consumidor. As embalagens que estão
hoje no mercado já atendem aos quesitos de sustentabilidade como
otimização de seu peso específico, possibilidade de reciclagem ou
reaproveitamento de seu material
De acordo com a ABRE (Associação brasileira de embalagens) não existe no
Brasil legislação que defina a aplicação da simbologia de reciclagem, mas com base
73
nas normas NBR ISO 14.021:2004 e NBR 13.230:2008, ambas publicadas pela
ABNT, a associação realizou um trabalho para orientar o mercado nesta questão.
A simbologia de reciclagem de plásticos estabelece seis diferentes materiais
plásticos diferentes e uma sétima opção quando a misturas dos mesmos. O setor de
papel utiliza o símbolo ´Mobus lup´ para identificar seus materiais. Já o metal, o
alumínio e o vidro são setores que utilizam símbolos que não foram estabelecidos
em norma, o que não estabelece padrões para utilização, mas mesmo com essa
implicação, tornaram referência no mercado.
Os símbolos têm o objetivo de identificar os materiais das embalagens, e
possibilitar o destino pós-uso das mesmas para um programa de reciclagem.
Tabela 23 - Simbologia técnica brasileira de identificação de materiais
Simbologia Técnica Brasileira de Identificação de Materiais
Alumínio
Aço
Vidro
Papel
Reciclável
Diante disto a ABRE estabeleceu orientações para a utilização destes
símbolos:
“Simbologia de Identificação de Materiais para Reciclagem
deve ser incluída nas embalagens passíveis de serem recicladas no Brasil.
Estas devem ser aplicadas somente como símbolos ou levando como texto
apenas a denominação do material – exemplo: aço, alumínio, vidro, e como
74
previsto na norma de materiais plásticos, obrigatoriamente os textos PET,
PVC, PP, etc.”
E em conjunto com a identificação do material, a utilização do símbolo de
Descarte Seletivo, sem nenhum texto ou no máximo com orientações para o
descarte seletivo como: ´Descarte Seletivo´, ´Descarte para Reciclagem´ ou
´Recicle´.”com intuito de orientar o consumidor.
Figura 33 – Símbolo do descarte seletivo
A identificação não obriga a comprovação efetiva de reciclagem, mas é
importante que a empresa produtora, verifique os sistemas e tecnologias disponíveis
no espaço onde a embalagem é distribuída para a ação não seja falha já que não
alcança o objetivo.
As embalagens flexíveis e cartonadas são embalagens adotam diferentes
materiais, e para suas identificações tomou a estratégia de utilizar o símbolo do
material que é predominante como no caso das flexíveis que tem o plástico em
maior quantidade, ou pela utilização daquele que inicia o processo de reciclagem,
como é o caso das embalagens cartonadas que usam o papel.
Para as embalagens que não possuírem possibilidades de reciclagem, foi
determinada a utilização somente do símbolo “Anti-Litering”, sem nenhuma
identificação do material.
75
Figura 34 – Simbolo “Anti-Litering”
7.4.5.2 Rotulagem de alimentos
A empresa Food Design, uma empresa de consultoria especializada em
alimentos e bebidas, copilou para ABRE, uma serie de legislações que fomentam o
uso correto das informações na rotulação de embalagens.
Abaixo segue uma tabela com regulamentos que tratam do uso informações
que os rótulos devem possuir.
Tabela 24 – Regulamentos sobre rotulagem obrigatória
Código de Defesa do Consumidor
Lei n° 8.078 de 11 de setembro de 1990
ANVISA
Lei n° 8.078 de 11 de setembro de 1990
Resolução - RDC nº 259 de 20 de setembro de 2002
Decreto Lei nº 986 de 1969
Portaria SMS-G n° 1210 de 02 de agosto de 2006
INMETRO
Portaria INMETRO n º 157 de 19 de agosto de 2002
A tabela seguinte apresenta regulamentos adicionais para produtos que
apresentam formulas ou aditivos característicos.
76
Tabela 25 - Regulamentos sobre rotulagem obrigatória para especificidades
Regulamentos adicionais dependendo do tipo de produto ou de formulação
Se o produto tiver aroma
Informe Técnico nº 26 de 14 de junho de 2007
Resolução RDC nº 2 de 15 de janeiro de 2007
Se for produto de origem animal
Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005
Portaria nº 371 de 04 de setembro de 1997
Se for produto de carne de aves e seus miúdos crus, resfriados ou congelados
Resolução - RDC nº 13 de 2 de janeiro de 2001
Se o produto contém corante tartrazina
Resolução - RDC nº 340 de 13 de dezembro de 2002
Se for água mineral e potável de mesa
Portaria nº 470 de 24 de novembro de 1999
Se o produto contém ou é produzido a partir de OGM (Organismos geneticamente modificados)
Instrução Normativa Interministerial nº 1 de 1º de abril de 2004
Se contiver glúten
Lei nº 10.674 de 16 de maio de 2003
Lei n° 8.543 de 23 de dezembro de 1992
Resolução RDC nº 40 de 08 de fevereiro de 2002
Se o produto contém aspartame
Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998
Se alegar propriedades funcionais
Resolução RDC nº 2 de 07 de janeiro de 2002
Resolução nº 18 de 30 de abril de 1999
Resolução nº 19 de 30 de abril de 1999
Se for produto de origem vegetal
Portaria Nº 381 de 28 de maio de 2009
Decreto Nº 6268 de 22 de novembro de 2007
77
As legislações acima têm por finalidade orientar o fabricante sobre a
rotulagem correta dos produtos, afim de não induzir o consumidor ao erro, com a
falta de informações e inadequações da mesma.
A tabela seguinte, desenvolvida pela ABRE faz um Check List das
informações que deveram conter a embalagem, de acordo com as legislações sobre
rotulagem, com a recomendação de se orientar nas legislações originais e vigentes
Tabela 26 - Check List das informações no rótulo das embalagens
Informações Obrigatórias no Rótulo das Embalagens
Denominação de Venda do Produto e Marca
Identificação da Origem (país – fabricante/ produtor/ importador/ distribuidor
Identificação do Lote
Prazo de Validade
Quantidade Nominal / Indicação Quantitativa do Conteúdo Líquido (de acordo com a portaria do Inmetro nº 157 de 19/08/2002
Instruções sobre o Produto
Instruções de Uso e Preparo do Produto, quando necessário
Contato do Serviço de Atendimento ao Consumidor
CNPJ do fabricante/produtor/importador/distribuidor
Cuidados de conservação
Simbologia indicativa de reciclabilidade do material e de descarte seletivo
Lista de ingredientes
Declaração dos Aditivos Alimentares na Lista de ingredientes
Declaração do Valor Calórico, Nutrientes e Componentes
Declaração de Quantidade e/ou Tipo de Gordura
Declaração de Conteúdo de Açúcar e Polióis
Informação Nutricional Complementar
Registro do Ministério da Agricultura
Demais especificidades de acordo com cada produto
78
7.4.5.3 Rotulagem nutricional
De acordo com o Manual de “Rotulagem Nutricional Obrigatória”,
desenvolvido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a rotulagem
nutricional se aplica a todos os alimentos e bebidas produzidos, comercializados e
embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor.
A tabela seguinte apresenta as medidas e orientações para uma rotulagem
nutricional correta:
Tabela 27 – Regulamentos sobre rotulagem nutricional
Regulamentos adicionais que tratam de rotulagem nutricional
Resolução RDC nº 163 de 17 de agosto de 2006
Resolução RE nº 2313 de 26 de julho de 2006
Resolução - RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003
Resolução - RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003
Resolução GMC/ MERCOSUL nº 26/03
Portaria n º 33 de 13 de janeiro de 1998
Portaria n º 27 de 13 de janeiro de 1998
A tabela seguinte apresenta os produtos dispensados da rotulagem
obrigatória.
Tabela 28 - Produtos dispensados da rotulagem nutricional obrigatoria
Produtos dispensados da rotulagem nutricional obrigatoria
As águas minerais e demais águas destinadas ao consumo humano
As bebidas alcoólicas
Os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia
As especiarias, como pimenta do reino, cominho, noz moscada, canela e outro
Os vinagres
O sal (cloreto de sódio)
Café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes
79
Os alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, prontos para o consumo, como por
exemplo, sanduíches embalados, sobremesas do tipo flan ou mousses
ou saladas de frutas e outras semelhante
Os produtos fracionados nos pontos de venda a varejo, comercializados como pré-medidos. Alimentos fatiados como queijos, presuntos, salames, mortadelas, entre outros
As frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados ou congelados
Produtos que possuem embalagens com menos de 100 cm2 (esta dispensa não se aplica aos alimentos para fins especiais ou que apresentem declarações de propriedades nutricionais)
Abaixo, apresenta-se um modelo vertical de tabela nutricional com as
informações obrigatórias, segundo a legislação:
Tabela 29 – Modelo de tabela nutricional
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção de...... g ou mL (medida caseira)
Quantidade por porção %VD(*)
Valor Energético kcal e kJ %
Carboidratos g %
Proteínas g %
Gorduras Totais g %
Gorduras Saturadas g %
Gorduras Trans g -
Fibra Alimentar g %
Sódio mg %
Outros minerais (1) mg ou mcg
Vitaminas (1) mg ou mcg
(*) % Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. (1) Quando declarados.
80
8 SÍNTESE
Com base nas pesquisas foi possível enxergar que todos os produtos, com
exceção da Cacau Noir, Vintage Cupcakes e Carla Daudt, utilizam embalagens e
adereços similares, porém com cores diferentes. Tais embalagens também não
abrigavam nenhum grafismo e eram poucos os indícios da identidade da marca.
As empresas Cacau Noir, Vintage Cupcakes e Carla Daudt foram as
empresas que possuíram embalagens mais desenvolvidas e com a identidades mais
aparentes, porém sem explorar significamente os recursos que o design e a
embalagem proporcionam
De modo geral, os fabricantes fazem pouca utilização da embalagem e devem
mais a atenção a apresentação dos produtos, valorizando a beleza dos mesmos.
O processo de fabricação das embalagens é outro ponto importante que
impõe limites e deve ser avaliado com cautela, pois os processos de impressão,
acabamentos e composição dos materiais, em fases específicas do desenvolvimento
se relacionam e precisam estar em concordância, para não haver incompatibilidades
e danos no decorrer do projeto.
Seguir a regulamentação é também outro ponto relevante, visto que no Brasil
já circulam normas que detêm a utilização incorreta das embalagens, obrigando as
empresas apresentarem informações de identificação e posições legais com o meio
ambiente.
Concluindo em contraponto com o empreendimento da Tânia Brandi. Conclui-
se que o negócio dela apresenta similaridades com as empresas concorrentes como
Luana Davidson Cupcakes, Sweet Carolina Cakes e Love Cupcakes, no que se diz a
respeito de embalagens e a apresentação dos produtos. Mas o posicionamento da
empresa é fraco por não possuir uma identidade e não utilizar meios de
comunicação como as outras, evidenciando uma falta de estratégia para com os
produtos e por fim apesar de utilizar as embalagens como algumas de suas
concorrentes, a identificação dos produtos não segue as normas regidas pela
regulamentação brasileira
81
9 GERAÇÃO DE ESTRATÉGIA
A estratégia inicial será a geração de um posicionamento para empresa,
seguido por uma identidade visual que ao será o norte para compor as embalagens
propostas
O projeto em sua totalidade adotara uma distinção das embalagens
concorrentes, e abrigara um visual de destaque, tornando a embalagem mais
percebida e como elemento de agregação de valor ao produto, baseado em
atributos já mencionados, do produto:
Tabela 30 – Atributo dos produtos da Tânia
Bom sabor Beleza Qualidade
Os materiais para confecção vão ser definidos em conceitos básicos de: bom
acondicionamento, estrutura firme para não amassar os produtos, já que os mesmos
são frágeis, bom acabamento e por ultimo e não menos importante, um ciclo de vida
sustentável, visando a relação com o meio ambiente.
Para com isso foi escolhido o papel cartão sólido e o plástico PET para
embalagens unitárias e de pequenas quantidades e o papelão de face dupla para o
transporte de grandes quantidades, entendendo que há a possibilidade de
acabamentos e adereços se for útil a comunicação.
Atualmente o sistema de envase dos produtos é inteiramente manual e viável,
por isso se manterá o mesmo procedimento. O fechamento das embalagens será
confeccionado com a atenção para soluções que sejam seguras, praticas e fáceis de
executar.
9.1 Posicionamento e identidade
Para a geração do posicionamento será utilizada a metodologia do “Branding
101 – O guia básico para gestão de marcas de produtos” que servirão para construir
as embalagens
82
A metodologia é baseada em quatro etapas, constituída por duas fases com
duas etapas cada. Sendo elas:
Tabela 31 – Metodologia do “Branding 101 – O guia básico para gestão de marcas de produtos”
Desenho da estratégia.
Quem?
O que?
Execução. Preferir
Encontrar
A primeira fase é responsável pelo “desenho de estratégia”, esta fase abriga
duas etapas: “Quem?” e “O que?” que dizem a respeito do publico alvo e do
posicionamento respectivamente que a marca vai suceder. A etapa do “Quem?”
estabelece três passos para definição do publico alvo, sendo elas: segmentação,
definição do publico alvo e caracterização.
Concluída a etapa anterior, segue-se para a etapa do “O que?” que é
responsável por definir uma “proposta vencedora” com base nas necessidades dos
consumidores e da concorrência de mercado. Para construção dessa proposta são
estabelecidas três etapas, sendo elas: Promessa central, Personalidade da marca e
equação de valor.
A segunda fase é responsável pela execução da proposta estabelecida nas
etapas anteriores, esta fase abriga duas etapas: “Preferir” e “Encontrar”. Esta fase
caracteriza-se pela parte de experiência com o consumidor. Sendo a etapa preferir o
primeiro passo para tal. A etapa é construída por três passos sendo eles: idéia de
comunicação, elementos da marca, ações de comunicação, que serão responsáveis
por comunicar a proposta desenvolvida. A etapa “encontrar”, quarta e ultima se diz a
respeito da oferta e distribuição dos produtos
83
9.1.1 Desenho da estratégia
De acordo com a pesquisa realizada sobre os consumidores de luxo, foram
definas três necessidades principais, sendo elas:
Quadro 9 – Necessidades do consumidor de luxo
Qualidade Personalidade Prazer
E baseados nos principais atributos que a chef Tânia nomeou para seus
produtos:
Quadro 10 – Atributos dos produtos da Tânia Brandi
Bom sabor Beleza Qualidade
Foi definido que a qualidade seria o conceito básico para o empreendimento.
Sendo definido assim que a marca atenderá um público que busca qualidade.
Para caracterização do público foi estabelecida uma investigação mais
específica a fim de caracterizá-los como personagens e entender como são seus
estilos de vida e anseios e desejos.
Esta etapa foi desenvolvida junto às redes sociais com a investigação de
diferentes perfis e ao final com a denominação de quatro personalidades, criadas
com base em perfis que se assemelhavam. Sendo eles:
1# Danúbia 35 anos – A familiar
Figura 35 – Imagem ilustrativa do perfil de Danubia
84
Danúbia é uma mulher casada, sem filhos, mas com muitos sobrinhos que
adora encher com mimos. Ela tira o final de semana para sair com seu marido, e as
vezes levar os sobrinhos para passear. Gosta de ir ao shopping, olhar as vitrines, ir
ao parques com as crianças, e adora de ver todos satisfeitos. É uma mulher muito
concentrada e organizadora, que quer tudo sob controle. Ela trabalha fora, na
gerência de um restaurante nas ruas de Leblon. Seus dias são muito corridos, ela se
preocupa muito com seu desempenho e gosta sentir que cumpriu seu papel ao final
do dia. Seu estilo é mais conservador, ela freqüenta festas com a família em datas
comemorativas como dia das mães, dia dos pais, quando pode estar perto de seus
entes queridos. Seu hobbie mais comuns é cozinhar, ela se diverte preparando
comidas especiais para o marido e para as visitas em sua casa. Denúbia mora num
condômino fechado na Barra da Tijuca, longe dos barulhos de ônibus e carros e vai
para o trabalho de carro próprio
2# - Julia 25 anos – a sentimental e sonhadora
Figura 36 - Imagem ilustrativa do perfil de Julia
Julia é uma mulher que mora com os pais, dedicada em tudo que faz, é muito
sentimental, gosta de sair com os colegas de trabalho no final de semana, ir a
lugares populares. Gosta de lugares onde há diversão e sossego, e ama seu
trabalho como psicóloga. Ela prefere se distrair com coisas simples, como passar
tranqüilidade os amigos e parentes. Ela valoriza a privacidade e tem poucos amigos
a quem dá extremo valor. Apesar disso é uma mulher livre de preconceitos, de
mente aberta. Sonhadora e idealista, gosta de ver filmes que falam sobre superação,
amizade, lições de vida. É muito vaidosa e freqüenta semanalmente à manicure e o
cabeleireiro. Julia trabalha numa clinica onde é atenciosa e ordeira. É muito
85
preocupada em ter sucesso no trabalho, e foca em suas conquistas, mas sempre
costuma agir pela emoção, pelo coração.
3# Beatrice 25 anos – A baladeira de plantão
Figura 37 - Imagem ilustrativa do perfil de Beatrice
Beatrice é uma “moleca” que não sossega. Muito conectada com a internet,
esta sempre trocando e-mails e freqüentando as redes sociais. Fala muito ao
trelefone pois adora conversar com as pessoa. Mora com a mãe e um irmão, com
quem é muito carinhosa, e atenciosa. É também uma menina solteira que gosta de
chamar a atenção: é preocupada com o que veste e costuma se pintar, quando vai
as festas. Sai sempre de carro com suas amigas. Seu pai é presente mas não mora
junto dela. Ela como solteira não busca relacionamentos sérios, mas pensa num
amor perfeito, faz faculdade de comunicação. Vive com liberdade; curte viajar e
fazer compras nas principais grifes da cidade. Freqüenta um ótima academia, adora
ir a praia, e não perde uma balada. É uma menina determinada e busca ser sempre
triunfante. É um pouco mimada e teimosa, gosta das coisas do seu jeito. Tem
opinião formada, mas é muito dependente das amigas. Trabalha como vendedora
em uma grife de luxo em um shopping em São Conrado.
86
4# Alba 45 anos – A estável de bem com a vida
Figura 38 - Imagem ilustrativa do perfil de Alba
Alba é uma mulher de meia idade, feliz com a pessoa que se tornou o que
conquistou. Possui uma filha que mora longe dela. É uma mulher independente e
divorciada. Adora sair para curtir a tranqüilidade dos cafés na cidade, e gosta de se
agradar. Vive com muita estabilidade, paz e equilíbrio. Ela é simpática, fala com
todos, é sorridente, e gosta de músicas clássicas, jazz e uma bossa nova. Adora ver
as pessoas felizes e a folia das festas. Ela é dona de uma clínica de estética e
trabalha com pessoas que buscam estar bonitas e sentir-se bem. Seu local de
trabalho amplo, bonito, arejado e perto de casa. Quando vai ao seu trabalho prefere
ir andando pela orla, ver as pessoas, sentir o vento no rosto, o sol. Anda sempre
muito arrumada, mas possui um estilo básico e minimalista. Lê livros sobre
pensadores e gosta de filmes que falam sobre a vida.
Dando continuidade a caracterização foi utilizado um painel desenvolvido pelo
site lojadeconsultoria.com.br para agregar mais significado e conhecimento sobre os
perfis dos consumidores.
87
Quadro 11 – Painel de caracterização
1# Danubia 35 anos – A familiar
Quadro 12 - Painel de caracterização de Danubia
88
2# - Julia 25 anos – a sentimental e sonhadora
Quadro 13 - Painel de caracterização de Julia
3# Beatrice 25 anos – A baladeira de plantão
Quadro 14 - Painel de caracterização de Beatrice
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4# Alba 45 anos – A estável de bem com a vida
Quadro 15 - Painel de caracterização de Alba
Com os processos do “Quem?” definido, parte-se para a etapa do “O que?”,
responsável pela promessa central, personalidade e equação de valor. A promessa
central esta relacionada com o beneficio central que a marca vira a oferecer para
resolver a necessidade do consumidor. A promessa deve ser objetiva e inspirar o
consumidor, como diz o autor:
“A promessa central esta relacionada ao beneficio principal que
a marca traz para resolver uma necessidade do consumidor. Em ultima
instancia, a promessa central é uma definição bastante objetiva e
inspiradora do que a marca deseja significar nos corações e mentes do seu
público-alvo.” (Branding 101. p. 10)
E para complementar, faz uma colocação importante:
“No fundo é a promessa central que responde à pergunta: "se a
minha marca deixasse de existir, o que os consumidores perderiam?" E a
resposta para essa pergunta também deve ser suficiente excitante para
energizar os funcionários da empresa e os parceiros que trabalham com a
marca” (Branding 101. p. 10)
90
A partir da pesquisa, foi possível estabelecer os principais anseios dos perfis
e indicar possíveis nichos de produtos, baseados em suas necessidades. Sendo
eles:
Tabela 32 – Relação de necessidades e nichos de produto
Consumidor Descrição Perfil do produto
Beatrice - Mulher baladeira; - Busca estar acompanhada; - Busca se divertir
Um produto que fosse um continuum de agitação
Danubia - Mulher ligada na família - Gosta de ver família feliz - Busca ser bem sucedida
Um produto que coroasse o laço familiar
Alba
- Mulher estabilizada - Busca viver ativamente - Busca melhorar a vida das pessoas
Um produto que fosse a expressão de uma vida fascinante
Julia
- Mulher sentimental - Busca viver socegadamente - Busca ver as pessoas renovadas
Um produto que inspirasse a serenidade
Com base nos perfis e tendências de mercado, o perfil que se mostrou mais
suscetível de sucesso foi o perfil de Alba que diz a respeito de consumidores de
meia idade com um espiro jovem, independentes e bem sucedidos, sendo
estabelecido que o benefício central da marca será: “Melhores ingredientes para
uma degustação memorável”
Objetivo foi atender pela qualidade dos ingredientes a necessidade de tornar
a degustação dos doces um momento que fique marcado, pela sensação de bem-
estar, de satisfação e de grande alegria, inspirando-se no espírito jovem de desfrute
e entusiasmo.
91
9.1.2 Personalidade da marca
A personalidade da marca é estabelecida visando o relacionamento com o
consumidor.
Com base na promessa e no segmento de atuação foi definido que a
personalidade da marca teria como características a delicadeza, a sutileza, o
encanto, o “poder de iluminar”, a elegância, o estilo clássico e a felicidade.
9.1.3 Equação de valor
A equação de valor esta relacionada com os produtos da empresa e é uma
importante etapa que tem como objetivo definição do beneficio nos produtos e a
avaliação se o mesmo é realmente relevante e quanto isso vai custar, pensando na
competitividade com as demais empresas que concorrem o mesmo espaço.
Os produtos beneficiados em questão são doces. O beneficio concordado
para os produtos será a preparação com ingredientes de alto insumo a fim de
proporcionar um excelente sabor que leve o consumidor a alegria e satisfação. Com
preços maiores que os concorrentes, visto que a utilização de ingredientes de alta
qualidade custa caro
9.1.4 Execução
A primeira etapa da execução estabelece a criação de uma idéia de
comunicação, para posteriormente colocá-la em pratica a partir de elementos da
marca e de ações de comunicação.
A idéia de comunicação, como o autor diz é a transformação criativa do
beneficio em uma idéia que inspire ações de comunicação consistente. Trata-se de
transpor o beneficio estabelecido para uma linguagem atrativa e criativa para o
consumidor, para que possa chamar sua atenção.
Para geração da idéia serão utilizados elementos da marca, que
compreendem o “identity mix” da marca. O identity mix como o autor define, ajuda a
compor a identidade planejada, e estão envolvidos, o nome, a cor a forma, o
92
logotipo/símbolo, slogan, som, musica, personagens, aroma, textura, que são
estabelecidos de acordo com as propostas da marca.
Com isso primeiro passo dessa geração é a criação de um nome para a
empresa, pois sem um nome, não se pode identificar e construir uma relação.
Para isso foi utilizado o processo de naming, para construção de nomes, do
livro “ Naming – o nome da marca”
9.1.4.1 Naming
Naming é um processo de construção de nome e que envolve aspectos de
lingüística, marketing, design e legislação de marca.
O nome é um importante elemento de expressão na construção da marca,
como diz o Designer Delano Rodrigues (2011, p. 74):
“O nome é um dos principais elementos de identidade e um
dos primeiros a despertar associações para as impressões geradas para
empresa ou produto e percebidas por seus diversos públicos”
Abaixo se encontra a metodologia para criação de nomes estabelecida em
seu livro
Tabela 33 – Metodologia para criação de nome
Briefing
Brainstorm
Seleção
Registro
O brainstorm é uma técnica utilizada para exploração de idéias, é uma fase
onde se expressa tudo aquilo que o objeto em questão significa, com a intenção de
se chegar num ponto em questão. O ponto em questão foi o nome, onde foi gerado
varias palavras que definiam o empreendimento.
Com a geração de palavras foi possível estabelecer possíveis nomes para o
empreendimento, seguido pela seleção daqueles que melhor o nomeavam. A
93
seleção é responsável por estudar as idéias geradas após a fase de brainstorm, um
estudo que abriga a analise da lingüística, da sonoridade e de aspectos legislativo
para registro
Tabela 34 – Opções de nome
Opções de nomes
Doces suspiros - Divina doçura - Sugary´s – Luck Cake Doces Detalhes – Benção do Açucar
E o nome definido para a marca, foi “Doces Suspiros”. O nome reflete a
intenção que os produtos pretendem provocar, como “suspiros” de algo muito bom e
ainda com “sabor” terno, mostrando o quão saboroso é um doce da “Doces
Suspiros”
9.1.4.2 Logotipo
Para geração do logotipo foi estabelecido a definição da personalidade da
marca, baseado no beneficio do produto. A personalidade da marca tem como
características a delicadeza, a sutileza, o encanto, o “poder de iluminar”, a
elegância, o estilo clássico e a felicidade. E o beneficio é a preparação do produtos
com ingredientes de alto insumo a fim de proporcionar um excelente sabor que leve
o consumidor a alegria e satisfação. Abaixo segue a analise da personalidade:
94
Delicada
Quadro 16 – Quadro ilustrativo sobre a delicadeza
Visualmente a delicadeza se apresenta nos detalhes e sua percepção só é
possível com a presença de objetos que os rodeiam ou estão juntos, como as
pétalas da flor que se unem para formá-la num composto maior mas com detalhes
(Petales), ou a borboleta pousada numa folha maior, fazendo-a frágil.
95
Sutil
Quadro 17 - Quadro ilustrativo sobre a sutileza
A sutileza se apresenta nos movimentos naturais, que podem percorrer
direções livres ou destinos já planejados
96
Encantador
Quadro 18 - Quadro ilustrativo sobre o encanto
O encanto carrega um pouco de magia, um pouco do irreal, acontece com
graça e sedução, um momento que envolve o “encantado”. Visualmente o encanto
se apresenta formas sinuosas envolventes e cores claras
97
Iluminado
Quadro 19 - Quadro ilustrativo sobre a iluminação
Visualmente a iluminação apresenta expansão e cores claras, a luz não pára
no meio do caminho, ela propaga-se.
98
Elegância
Quadro 20 - Quadro ilustrativo sobre a elegância
A elegância está no equilíbrio e na harmonia, e suas combinações revelam ao
elegante, brandura e quietude. Visualmente falando, a elegância apresenta equilíbrio
e harmonia.
99
Clássico
Quadro 21 - Quadro ilustrativo sobre o clássico
O clássico é a busca pelo equilíbrio, pela beleza, pela proporção e
caracteriza-se pela perfeição e racionalidade. Visualmente o clássico mostra
regularidade e cores brandas.
100
Feliz
Quadro 22 - Quadro ilustrativo sobre a felicidade
A felicidade caracteriza-se pelo entusiasmo, pelo humor positivo. Visualmente
a felicidade se expressaria em movimentos ascendentes.
E com base nas definições foram definidos atributos que a marca deveria
apresentar, sendo elas:
- Detalhes;
- Movimentos naturais, e/ou ascendentes;
- Formas sinuosas;
- Cores brandas;
- Equilíbrio;
- Harmonia;
- Regularidade;
- Expansão
Com os atributos estabelecidos foram geradas sketches de possíveis idéias
para os logos com a finalização de quatro delas, para avaliação.
101
1 - Esta primeira criação foi desenvolvida pensando no “oferecer”, onde o
produto esta a poucas horas do consumidor. Pode-se perceber também uma
bandeja com design mais fino, a fim de mostrar diferencial e qualidade. A tipografia é
mais clássica e segue a idéia de manuscrito, onde os movimentos são manuais.
2 - Esta segunda criação foi desenvolvida pensando na apresentação.
Apresentar a qualidade dos produtos em outros aspectos, no aspecto de decoração
e acabamento. A tipografia segue a mesma linha de pensamento da primeira opção.
3 – Esta terceira criação foi desenvolvida com o foco maior na palavra
“Suspiros”. Pode-se perceber um rosto com a face orientada para cima, esta pocisão
102
foi escolhida por remeter aos momentos de degustação, em que o suspiro vem
carregada daquele “hummm!”, quando o produto satifaz. A tipografia segue a mesma
linha de pensamento da primeira opção.
4 - Esta quarta criação, - a escolhida - foi desenvolvida pensando na
preparação dos doces, o circulo irregular que circunda o nome e as imagens dos
doces, está associada à farinha de trigo espalhada na superfície de preparo. A
intenção foi de trazer a mente, o momento de preparação, das escolhas dos
ingredientes e no preparo. A tipografia utilizada foi pensada em pinceladas, com
intenção de induzir ao serviço manual e artesanal que é em grande parte a
confecção dos doces
103
Figura 39 – Logo escolhida
Com relação às cores, foi percebido que o rosa e o dourado formaram traziam
conceitos relevantes para o objetivo
O dourado é uma cor associada ao luxo, ao dinheiro e até a felicidade como
diz a autora do livro Psicodinâmica das cores (2006 p.121) . A escolha deveu-se ao
fato da cor apresentar associações ao luxo, já que os produtos se encontram nesse
cenário.
A cor rosa simboliza o encanto, a ternura, e a frivolidade (Bastos, 2006 p.
105).. A opção pela cor foi por ser mais um composto para tornar a marca
“encantada”, e assim dar mais graça e vida a ela.
9.1.5 Embalagem
Para definição das embalagens foram geradas alternativas de estruturas e de
estratégias visuais, baseadas no conceito de comunicação da marca, sendo a
primeira parte responsável pela parte estrutural e a segunda visual
104
9.1.5.1 Geração de alternativas estruturais
Para geração de alternativas estruturais foi levado como requisito: a facilidade
de montagem, com a utilização de poucos itens, visando a bem-estar e o bom
desempenho no processo de armazenamento artesanal dos doces. Os aspectos
formais vão ser orientados em aspectos conceituais da marca, como: leveza,
impulso, ascendência.
São cinco embalagens no total, e entendendo que os produtos que as
embalagens vão conter pertencem a uma mesma família, os desenhos vão se seguir
com a geração de uma idéia principal, que irá se repetir nas demais. Essa escolha
foi determinada visando a identidade e identificação dos produtos da empresa.
Para inicio do desenvolvimento foi feito um estudo de formas para
identificação de linhas e formatos que atendessem aos requisitos estabelecidos.
Figura 40 – Estudo de formas conceituais para embalagem
Segundo Negrão as formas verticais transmitem: Altitude, força, dignidade,
solenidade e segurança; as formas triangulares: Permanência segurança,
estabilidade e altitude, dando como exemplo as pirâmides egípcias; ja as
horizontais: Repouso, tranqüilidade/ comodidade e paz. (2008 p. 163)
105
Após os estudos, o desenvolvimento seguiu-se para os desenhos das
embalagens e testes físicos, levando em conta uma idéia que atendesse toda a
família de forma similar.
As soluções encontradas dividem-se para cupcakes, financier, mousse,
macaron e transporte sendo elas:
Cupcakes
A solução encontrada para o cupcake, serve tanto para o cupcake normal,
quanto para o mini, mudando apenas as dimensões.
Figura 41 – Embalagem de cupcake
A embalagem possui um berço solto para colocação dentro da caixa, afim de
dar apoio ao doce, que quando transportado pode tombar e se danificar.
Figura 42 – Ilustração do berço na embalagem
106
Afim de proporcionar a visualização do doce com segurança, foi desenvolvido
uma tela em plástico transparente, que é encaixado nas abas laterais da
embalagem.
Figura 43 – Ilustração da tela de plástico
O fechamento da embalagem é pelo sistema de encaixe da parte frontal da
embalagem com a tampa.
Figura 44 – Fechamento da embalagem de cupcake
Seu fechamento lateral é alcançando com a dobradura estratégica que
“encolhe os cantos” para dentro da embalagem.
107
Figura 45 – Embalagem de cupcake aberta
A medida da caixa de cupcake normal é de 11 centímetros de largura, 11 de
comprimento e 8 de altura. A medida da caixa de mini cupcake é de 8 centímetros
de largura, 8 de comprimento e 5,5 de altura. O material para a embalagem é o
papel cartão e o plastico PET. O desenho técnico encontra-se em anexo
Macaron
Figura 46 – Embalagem do macaron
108
Figura 47 – Embalagem de macaron aberta
Igualmente a embalagem anterior, a mesma apenas não possui o berço,
pelas configurações diferentes dos produtos. A medida da caixa é de 10 centímetros
de largura, 10 de comprimento e 3 de altura, comportando 4 macarons. O desenho
técnico encontra-se em anexo.
Mousse
O mousse é constituído por duas embalagens: a taça para conter o produto e
o rotulo para envolver a taça e fechá-la
Figura 48 – Embalagens para mousse
O fechamento da embalagem é feito por um sistema de encaixe que trava o
rotulo quando envolta a embalagem primária.
109
Figura 49 – Trava da embalagem de mousse
Figura 50 – Embalagem de mousse aberta
A medida da embalagem é de 8 centímetros de largura, 8 de comprimento e 7
de altura. O material para embalagem é o papel cartão. O desenho técnico encontra-
se em anexo.
Financier
O financier é constituído por duas embalagens: uma de plástico celofane para
conter o produto e outra de papel cartão sólido para envolver a embalagem primaria
e dar suporte para o fechamento por grampos.
110
Figura 51 – Embalagem para financier
A embalagem secundaria quando envolta da embalagem primaria é fixada por
um fechamento de encaixe igual ao do mousse. A altura da embalagem é de 14
centímetros. O material para embalagem é o papel cartão. O desenho técnico
encontra-se em anexo.
Figura 52 - Trava da embalagem de financier
111
Figura 53 – Fechamento da embalagem por grampo
Figura 54 – Embalagem aberta de financier
Transporte
A embalagem de transporte foi destinada a três produtos com tamanhos
diferentes que seriam dispostos no mesmo espaço, ficando para cada,
configurações de empilhamento interno próprias. O funcionamento do empilhamento
é igual para todos, mudando-se apenas os tamanhos das aberturas e peças e a
localização dos encaixes.
Como exemplo do cupcake normal, o total de peças para o empilhamento
interno são oito sendo que para o mesmo existem apenas três modelos que se
repetem para gerar as peças necessárias.
112
Figura 55 – Peças para embalagem de transporte
Figura 56 – Desenho da caixa de transporte aberta
A única peça que se repete para todos os produtos é a peça de apoio as tiras,
que já possui todas as aberturas para encaixe. A caixa de transporte comporta 24
cupcakes normais ou 60 mini cupcakes ou 60 taças de mousse. A medida da caixa é
de 43 centímetros de largura, 33 de comprimento e 17 de altura
113
O sistema de encaixe funciona pelo empilhamento de bases que dão suporte
para os produtos livres das embalagens unitárias. As bases são mantidas em alturas
especificas pelo suporte de tiras que se fixam em duas peças sustenta a
verticalidade do empilhamento e a organização das bases em posições paralelas
Figura 57 – Ilustração de funcionamento do empilhamento
114
Figura 58 – Peças totais para empilhamento interno
9.1.5.2 Geração de alternativas visuais
A geração de alternativas visuais se desenvolveu com base na estratégia de
extensão de linha horizontal, que diz a respeito da aplicação da marca a produtos ou
serviços de uma categoria diferente. Nesta aplicação como diz Strunk (2007 p.41):
[...] é preciso muito cuidado, de forma que as extensões sejam
feitas com produtos que apresentam os mesmos conceitos da marca-mãe,
garantindo uma transferência direta das qualidades que são atribuídas.
Considerado como marca-mãe a marca “Doces Suspiros” o desenvolvimento
das embalagens vai ter como preceito o conceito da marca-mãe onde serão geradas
novas marcas com atribuições devidas para identificação das categorias, como
também composições que reflitam essa estratégia.
Entende-se que são 5 produtos sendo eles: Cupcake normal, Mini-cupcake,
Mousse, Financier e Macaron, no entanto 4 categorias, visto que o mini-cupcake é
uma extensão do normal. Essa configuração não gera a necessidade de uma nova
diferenciação de categoria, por estar dentro de uma categoria, a estratégia para este
caso será a extensão de linha vertical que diz a respeito da aplicação da marca a um
115
novo produto ou serviço da mesma categoria da marca principal, porém com
qualidades e preços inferiores ou superiores a ela.(Strunk, 2007 p. 40)
Para o desenvolvimento das marcas o estudo se iniciou com a geração de
uma paleta de cores para aplicação nas diferentes categorias, seguido pelo estudo
de tipografias das cores selecionadas que representassem visualmente cada
categoria, e com essa fase concluída, a geração abrigou o estudo da diagramação
de elementos de identificação, informação e promoção do produto
A geração da paleta de cores foi orientada pela analise das combinações
harmônicas do circulo cromático tendo a cor rosa - que faz parte da cor institucional -
, como base geração dessas cores. E assim foram selecionadas as cores que dentre
as combinações se associassem ao conceito da marca, pois nem todas as
combinações alcançavam efetivamente esse objetivo.
Figura 59 – Harmonia de cores
Ficando definido em primeira instância apenas o tom amarelo da harmonia
triádica e o “verde claro” da harmonia complementar e suas respectivas harmonias
análogas, sendo que o “grupo rosa” se matém por já se apresentar em harmonia
116
análoga. A harmonia análoga é o tipo de combinação que melhor traduz o conceito
por possuir tênues transições de cores e assim refletir delicadeza.
O amarelo deriva do latim amaryllis. Simboliza a cor da luz
irradiante em todas as direções. É também conectada à prosperidade,
riqueza e à divindade por associação ao dourado. (Bastos, 2006 p. 101).
O verde é uma mistura do amarelo e do azul, contém a
dualidade do impulso ativo e a tendência ao descanso e relaxamento.
Sugere umidade, calma, frescor, esperança, amizade e equilíbrio. Além de
todas as conexões com a Ecologia e a natureza. (Bastos, 2006 p. 101).
Figura 60 – Harmonia análoga de cores
Em analise para os tipos e cores que melhor representassem os produtos foi
sugestionado as características mais evidentes de cada produto.
Cupcake
Para o cupcake tomou-se por base as formas das coberturas (onduladas e
variadas), Em análise foi percebido que, apesar deles apresentarem voltas,
harmoniosas, ou até mesmo uma “gotona”, as linhas formadas por essa construção
são irregulares como no exemplo abaixo:
117
Figura 61 – Cobertura de cupcakes
Para isso foi sugerido fontes que se enquadrassem nesse aspecto. E dentre
elas a que se apresentou melhor foi a Claire Hand Regular pelo fato de se
diferenciar das demais pela estrutura mais vertical e dura, parecendo dar apoio à
irregularidade e instabilidade que a mesma apresenta, como acontece nos
cupcakes, que apresentam recheios que as vezes ultrapassam o tamanho do bolo,
mas mesmo assim se mantém firmes.
Figura 62 – Fonte para cupcake
A opção de cor para o cupcake partiu da idéia de expressão da superfície da
cobertura do cupcake, sendo o salmão a melhor representação por trazer consigo
um significado de doçura aveludada (Bastos, 2006 p. 105)
Financier
Já para o financier a inspiração veio da sofisticação da massa, de seu
requinte. Buscou-se uma fonte que traduzisse o aspecto artesanal e elaborado do
bolo. Para isso foi sugerido fontes que se enquadrassem nesse aspecto:
118
Figura 63 - Amêndoas
Para isso foi sugerido fontes que se enquadrassem nesse aspecto. E dentre
elas a que se apresentou melhor foi a La Belle Aurore pelo fato de se diferenciar das
demais pelo seu desenho manuscrito mais natural, remetendo ao aspecto artesanal.
Figura 64 - Fonte para financier
A opção pela cor partiu do tom da cor da amêndoa, o ingrediente básico do
doce. Sendo dourado o tom mais próximo, já que na paleta de cores não possui o
marrom.
Macaron
As famílias estudadas para a marca do macaron buscavam, de alguma forma,
traduzir o formato “achatado” e redondinho desse doce clássico e tradicional.
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Figura 65 - Macaron
Para isso foi sugerido fontes que se enquadrassem nesse aspecto. E dentre
elas a que se apresentou melhor foi a The Great Escape por abrigar muitos traços
do doce, seja na espessura da tipografia, dando a entender o recheio e ainda nas
letras que possuem cada, extremidades redondas e ovaladas que lembram as
formas dos mesmos.
Figura 66 - Fonte para macaron
Entre a grande variedade de cores disponíveis macarons optou-se pelo verde,
dado ao seu caráter de frescor e sua associação com o conceito de natural, o que
remetia a idéia de um produto elaborado com ingredientes que possuíam estas duas
características.
Mousse
A sutileza do sabor do mousse e sua cremosidade e fluidez resultou na
procura por uma fonte fluída, que possuísse um caráter leve e lembrasse um pouco
os traços desenhados por um bico de confeiteiro.
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Figura 67 - Mousse
Para isso foi sugerido fontes que se enquadrassem nesse aspecto. E dentre
elas a que se apresentou melhor foi a Nothing You Could Do por apresentar traços
de leveza e cremosidade, parecendo que as letras pararam de “subir” pelo atrito da
superfície onde foram despejadas.
Figura 68 - Fonte para mousse
Para a cor do mousse ficou entendido que amarelo, apresentava
características relevantes, por ser uma cor leve.
Com as cores e tipografias definidas, partiu-se para o desenvolvimento das
marcas, com sugestões de composição entre o nome do produto e a marca da
empresa.
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Figura 69 – Alternativas para marcas dos produtos
Em analise, optou-se pela ultima opção, pois a mesma apresenta um
comportamento apropriado com relação aos elementos. Na primeira opção há uma
maior direção para o nome do produto, “excluindo” uma percepção clara da
empresa, já a segunda opção acontece o inverso com a direção para a marca da
empresa, no entanto a ultima, identifica o produto e apresenta o símbolo da empresa
com dimensões perceptivas adequadas de identificação e de comunicação - mais
branda - características que o conceito carrega.
Com a fase das marcas concluída, partiu-se para a aplicação das marcas nas
embalagens e pela geração dos visuais, com a aplicação dos elementos de
identificação, informação e promoção do produto. Sabendo que, os elementos de
identificação e informação compreendem as informações sobre: Marca/nome do
produto, quantidade, descrição nominal do produto, origem, informação nutricional,
informações para contato, ingredientes e informações que dizem a respeito ao uso
da embalagem, e para promoção as informações que dizem a respeito dos
benefícios do produto e informações que elevem o conceito da marca.
Para cada produto analisou-se suas respectivas embalagens com direção
para as possibilidades de aplicação em cada face que contavam, variando em
traseiras, laterais, superiores e inferiores. As escolhas das faces para aplicação dos
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elementos foi orientada pela importância das informações na comunicação com o
publico, que pode ser conferida na imagem abaixo
Figura 70 – Hierarquização de elementos para embalagem
Por se tratar de produtos com mesmo conceito da marca-mãe foi estudado
primeiramente composições que tangissem todas categorias de produtos, de forma
que desse a possibilidade identificá-los como pertencentes de uma mesma família,
mas como também de diferenciação entre as categorias que cada um pertence.
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Quadro 23 – Quadro ilustrativo de alternativas
Dentre as alternativas, a solução que melhor atendeu foi a que apresentou o
fundo com nuances claras - dando a idéia de iluminação do conceito -, seguido pela
representação simbólica dos doces já degustados em seus respectivos recipientes
e/ou formatos e pela apresentação de elementos que fazem parte da composição do
doce, a fim de mostrar o quão é importante os ingredientes e/ou a composição final
de cada doce.
Em especifico para cada produto ficou definido as distribuição dos elementos
da seguinte maneira:
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Cupcake
Figura 71 – Elementos na embalagem de cupcake
Figura 72 – Embalagem de cupcake montada
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Mini-Cupcake
Figura 73 - Elementos na embalagem de mini -cupcake
Figura 74 – Embalagem de mini-cupcake montada
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Mousse
Figura 75 - Elementos na embalagem de mousse
Figura 76 – Embalagem de mousse montada
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Macaron
Figura 77 - Elementos na embalagem de macaron
Figura 78 – Embalagem de macaron montada
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Financier
Figura 79 - Elementos na embalagem de financier
Figura 80 – Embalagem de financier montada
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Transporte
Figura 81 - Elementos na embalagem de transporte
Figura 82 – Embalagem de transporte montada
Esta etapa de criação das embalagens faz parte da fase de “preferir” da etapa
de execução que foi responsável por criar uma idéia de comunicação. Para a
utilização correta dos elementos que compõe essa comunicação foi desenvolvido
um manual da marca com as orientações de uso e aplicações comuns aos itens da
empresa, como é mostrado abaixo:
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Figura 83 – Manual da marca
A segunda fase da etapa de execução é chamada de “encontrar” que é
responsável por divulgar a empresa e os produtos, parte esta que não esta inclusa
na proposta de projeto.
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10 CONCLUSÃO
Por este trabalho é possível concluir que a comercialização de produtos no
mercado abriga muitos aspectos que devem ser levados em conta no momento em
que for lançar produtos no mercado.
Saber identificar as necessidades e orientar para uma solução eficaz é um
trabalho que o designer deve ter em mente junto ao cliente, as industrias e outros
profissionais, empresas, que se relacionam com a situação problema, para que ao
final, o trabalho proporcione uma proposta de valor eficiente.
O posicionamento criado para chef Tânia serviu para valorizar as qualidades
de seus produtos e torná-los perceptíveis a partir de uma nova comunicação visual e
uma linha exclusiva de embalagens.
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11 REFERÊNCIAS
INSTITUTO DE EMBALAGENS – ENSINO & PESQUISA. Embalagens: Design,
Materiais, Processos e Máquinas, São Paulo: Instituto de Embalagens, 2009
CALVER, G. O que é design de embalagens?. Porto Alegre: Bookman, 2009.
MESTRINER, F. Gestão estratégica de embalagem. São Paulo: Pearson Prentice,
2007.
MESTRINER, F. Design de embalagem – Curso Básico. 2. ed. São Paulo:
Pearson Makron Books, 2002.
RONCARELLI, S.; ELLICOTT, C. Design de embalagem: 100 fundamentos de
projeto e aplicação. São Paulo: Blucher, 2010.
STRUNK, G. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso: guia
sobre o marketing das marcas e como representar graficamente seus valores.
3º ed. Rio de Janeiro: Rio Books, 2007.
RODRIGUES, D. Naming: o nome da marca. Rio de Janeiro: 2AB, 2011
D’ANGELO, A. Precisar, não precisa: um olhar sobre o consumo de luxo no
Brasil. São Paulo: Lazuli Editora, 2006.
MUNDO MARKETING: Branding 101. Disponivel em:
http://www.mundodomarketing.com.br/branding101/Branding%20101.pdf