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Desenho Urbano: uma análise conceitual em áreas habitacionais sustentáveis Valéria Poltronieri (1); Anicoli Romanini (2) e Marcele Salles Martins (3) (1) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected] (2) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected] (3) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected] Resumo: Desde a década de cinquenta o desenho urbano se resume nas questões positivas quanto a qualidade de vida dentro de um ambiente edificado. Atualmente encontra-se muitas questões burocráticas e governamentais que dificultam um bom desempenho de desenho urbano nas áreas habitacionais, com isto o objetivo deste estudo é mostrar os distintos conceitos deste tema e suas adequações. Desenho refere-se a estética exterior e a organização interior de um determinado espaço. A palavra urbano denota a localidade da moradia onde as pessoas decidem se estabelecer. Juntamente com esta metodologia, usou-se uma matriz conceitual aplicada a exemplo de um projeto habitacional nacionalmente premiado. A qual permite o aprofundamento deste tema e o entendimento de conceitos em forma de matriz, associados ao ambiente habitacional. Para o aprofundamento deste tema o presente trabalho apresenta a metodologia e os conceitos do desenho urbano em forma de matriz, associados ao ambiente habitacional. Esta matriz foi aplicada baseando-se na análise de projetos conceituais, tendo com isso uma visão sistemática dos conceitos do desenho urbano. Palavras-chave: Desenho Urbano; Habitação sustentável; Matriz Conceitual. Abstract: Since the fifties urban design is summarized in positive issues as the quality of life within a built environment. It is currently a lot of bureaucratic and governmental issues that hinder good performance of urban design in residential areas, with the aim of this study is to show the different concepts of this topic and their adequacies. Drawing refers aesthetic exterior and interior organization of a given space, the word denotes the location of urban housing where people decide to settle. Along with this methodology, we used a conceptual matrix applied to an example of a housing project awarded nationally. Which allows deepening the understanding of this topic and concepts in matrix form, associated with the living environment. To deepen this subject, this paper presents the methodology and concepts of urban design as a matrix, associated with the living environment. This matrix was applied based on the analysis of conceptual designs, taking with it a systematic overview of the concepts of urban design. Keywords: Urban Design; Sustainable housing; Conceptual Matrix.

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Desenho Urbano: uma análise conceitual em áreas habitacionais sustentáveis

Valéria Poltronieri (1); Anicoli Romanini (2) e Marcele Salles Martins (3)

(1) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected]

(2) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected]

(3) Núcleo de Estudo e Pesquisa em Edificações Sustentáveis - NEPES, IMED, Brasil. E-mail: [email protected]

Resumo: Desde a década de cinquenta o desenho urbano se resume nas questões positivas quanto a

qualidade de vida dentro de um ambiente edificado. Atualmente encontra-se muitas questões

burocráticas e governamentais que dificultam um bom desempenho de desenho urbano nas áreas

habitacionais, com isto o objetivo deste estudo é mostrar os distintos conceitos deste tema e suas

adequações. Desenho refere-se a estética exterior e a organização interior de um determinado

espaço. A palavra urbano denota a localidade da moradia onde as pessoas decidem se estabelecer.

Juntamente com esta metodologia, usou-se uma matriz conceitual aplicada a exemplo de um projeto

habitacional nacionalmente premiado. A qual permite o aprofundamento deste tema e o entendimento

de conceitos em forma de matriz, associados ao ambiente habitacional. Para o aprofundamento deste

tema o presente trabalho apresenta a metodologia e os conceitos do desenho urbano em forma de

matriz, associados ao ambiente habitacional. Esta matriz foi aplicada baseando-se na análise de

projetos conceituais, tendo com isso uma visão sistemática dos conceitos do desenho urbano.

Palavras-chave: Desenho Urbano; Habitação sustentável; Matriz Conceitual.

Abstract: Since the fifties urban design is summarized in positive issues as the quality of life within a

built environment. It is currently a lot of bureaucratic and governmental issues that hinder good

performance of urban design in residential areas, with the aim of this study is to show the different

concepts of this topic and their adequacies. Drawing refers aesthetic exterior and interior

organization of a given space, the word denotes the location of urban housing where people decide to

settle. Along with this methodology, we used a conceptual matrix applied to an example of a housing

project awarded nationally. Which allows deepening the understanding of this topic and concepts in

matrix form, associated with the living environment. To deepen this subject, this paper presents the

methodology and concepts of urban design as a matrix, associated with the living environment. This

matrix was applied based on the analysis of conceptual designs, taking with it a systematic overview

of the concepts of urban design.

Keywords: Urban Design; Sustainable housing; Conceptual Matrix.

1. INTRODUÇÃO

O termo desenho urbano, desde sua concepção, tem como base a qualidade de vida dos habitantes de determinada área, onde as pessoas possam aproveitar e desfrutar ao máximo o local onde estão inseridas. Neste sentido Carmona, Heath, Tiesdell (2003, p. 01) afirmam que “ ‘urbano’ é um termo que possui um amplo significado, onde se inclui não somente as cidades, mas as vilas e bairros, enquanto “desenho”, ao invés de ser uma mera interpretação estética, é muito mais a efetiva solução e/ou o processo de produção e organização dos espaços.”

Percebe-se assim que tanto o termo desenho como o urbano, tem um significado importante e essencial no meio habitacional. Enquanto desenho refere-se esteticamente a beleza exterior e a organização interior de um determinado espaço, a palavra urbano denota a localidade da moradia onde as pessoas decidem se estabelecer.

Para o aprofundamento deste tema o presente trabalho apresenta a metodologia e os conceitos do desenho urbano em forma de matriz, associados ao ambiente habitacional. Esta matriz foi aplicada baseando-se na análise de projetos conceituais, tendo com isso uma visão sistemática dos conceitos do desenho urbano. A análise inicial teve como ponto de partida o conceito de vários autores, mas principalmente de Bentley, Alcock, Murrain, Mc Glynn e Smith a partir do livro Responsive Environments: A manual for designers (1997).

Para a concepção da matriz conceitual foi aplicado um exemplo de projeto premiado no Brasil, mas em condições condizentes com o contexto da metodologia aplicada. Para isto foi selecionado um empreendimento altamente qualificado: Alphaville Brasília – Residencial 1 (2012). Colaborando assim com a metodologia de análise e aprimorando o estudo, estas intervenções servem como respostas aos problemas e necessidades no ambiente construído.

2. O DESENHO URBANO E SEUS CONCEITOS

O processo do desenho urbano, com seus conceitos e regras, deve abranger as características intrínsecas do lugar enquanto território, respeitando sua complexidade e particularidade, mantendo seu espetáculo de pessoas indo e vindo (TIBBALD, 2001, p. 116).

A importância do desenho urbano no que diz respeito a visão técnica e artística de composição dos espaços, vem crescendo a cada dia com a constante globalização dos centros urbanos. As propostas projetuais de restruturação desses espaços devem ser vista como uma organização física com objetivos preestabelecidos, previamente planejados.

Através do contexto bibliográfico dos autores Bentley, Alcock, Murrain, McGlynn e Smith (1997), percebe-se a organização de variados conceitos que visam um ambiente democrático e rico em oportunidades, os quais são identificados como peças-chave na produção destes espaços. Tais conceitos resumem-se em: permeabilidade, acessibilidade, legibilidade, variedade e flexibilidade e identidade e propriedade.

É essencial que estes conceitos estejam presentes desde os processos de planejamento e gestão urbana. Neste sentido, os conceitos orientadores para a análise do desenho urbano foram:

Permeabilidade: é responsável pela vitalidade do ambiente construído e é representada pela capacidade que um espaço urbano tem de oferecer as pessoas escolhas de caminhos através dele e para outros pontos da cidade. A permeabilidade deve estar presente tanto fisicamente quanto visualmente e depende da forma que o espaço é organizado.

Acessibilidade: pode ser qualificada conforme aos itens que se tem acesso e a quem é consentido esta acessibilidade. É considerada como a facilidade de chegar a lugares, comércios e serviços, pessoas, atividades, informações, bem como a quantidade e disparidade dos elementos a se alcançar.

Legibilidade: determina a facilidade de visão, quanto a organização e reconhecimento de uma cidade, a qual esteja coerente com seus moradores. Uma cidade legível é aquela que é facilmente notada e identificada, também por suas regiões se necessário.

Variedade e flexibilidade (diversidade): tem por objetivo mostrar as diversas opções de experimentação, tornando atrativo e qualificável os espaços a serem ocupados. A diversidade de usos é a chave por gerar uma variedade de vistas, sons, cheiros e outras experiências sensoriais associadas, além de facilitar o encontro das pessoas.

Identidade e propriedade: este sentimento ocorre quando as pessoas se sentem à vontade em um espaço, sentem-se como se aquele lugar fosse propriedade delas. Isto ocorre quando há uma fácil delimitação espacial denominados público, semi-públicos e privados.

A partir destes conceitos ao desenho urbano, organizou-se uma estrutura para o desenvolvimento e aplicação de uma Matriz Conceitual, através da qual é possível analisar cada um dos conceitos individualmente, como hierarquia dos espaços, atividades e vias, bairros e quadras, entre outros. Para a verificação da abrangência de cada conceito foi dado um símbolo. O item que não é abrangente o símbolo associado é vazio e a abrangência total é dada pelo símbolo preenchido por inteiro, finalizado pelo total de cada conceito conforme a soma dos símbolos em questão. Contudo observa-se que a matriz tornar-se visível em forma de tabela, o qual demonstra o estágio de atendimento e a presença dos conceitos.

A concepção da matriz foi o pontapé inicial na preparação bibliográfica, visando a análise de projetos urbanísticos e arquitetônicos. Os conceitos presentes podem demonstrar a qualificação dos espaços para o ambiente urbano, podendo os arquitetos introduzir ou não estes conceitos em seus projetos. Por conseguinte, esta compreensão auxilia o aprimoramento das intervenções no ambiente construído, podendo resolucionar os possíveis e futuros problemas e denotando as potencialidades de maneira mais hábil e eficiente.

2.1. Estudo de caso: Empreendimento Master Plan Alphaville

Para a validação da matriz conceitual aplicou-se ao projeto Master Plan Alphaville, mais especificamente ao Residencial I. Este caso foi selecionado por ser um exemplo importante no campo da arquitetura e urbanismo, centrado na habitabilidade sustentável.

O Alphaville é a consolidação do novo vetor de expansão do Distrito Federal e o maior núcleo urbano sustentável e autossuficiente da região. O Master Plan do empreendimento foi desenvolvido para oferecer comodidade aos futuros moradores. O projeto contará com empreendimentos comerciais, corporativos, hoteleiros, escolas, entre outros.

Uma das importantes etapas deste projeto serão as obras do Alpha Mall, um empreendimento comercial destinado a serviços e comércio, com uma área construída de 2.000 m², o qual contará com 15 lojas e 9 salas comerciais.

FIGURA 01 – Perspectiva Ilustrada Empreendimento Master Plan Alphaville

Fonte: Alphaville (2014).

O lançamento do Residencial I – projeto analisado neste estudo de caso, é o marco inicial de um novo polo de desenvolvimento altamente qualificado.

Este empreendimento será a primeira etapa de ocupação planejada de toda uma região. A primeira fase ocupará uma área de 861.121 m², reunirá lotes residenciais de alto padrão, parque, área de comércio e serviços e estrutura de lazer própria. Localizado em uma área apontada como vetor de expansão de Brasília – a 24km da ponte JK, com acesso pela rodovia DF-140 – o projeto estabelece um modelo de ocupação com forte viés ambiental. Somente nesta primeira fase, serão 183.417 m² de áreas verdes, o que proporcionará 55 m² de verde por habitante. O Residencial I terá, ainda, um parque linear, com trilha para caminhadas e corridas, além de uma estação de alongamento. Urbanizar uma área natural, preservando atrativos paisagísticos com o mínimo de intervenção ambiental, é um desafio construtivo enfrentado com sucesso em Alphaville Residencial I. Nada fica de fora do rigoroso processo de planejamento do empreendimento, que começa muito antes das obras de urbanização, com estudos das características da área. A preocupação com a sustentabilidade e a preservação orienta as obras de todo empreendimento Alphaville (ALPHAVILLE, 2014).

FIGURA 02 – Planta Conceitual Alphaville I

Fonte: Alphaville (2014).

Aplicando a matriz conceitual ao projeto (Tabela 01) verificou-se que o projeto buscou estabelecer uma relação harmoniosa entre as áreas verdes e de preservação com as áreas de implantação do uso residencial, priorizando também a relação habitação e trabalho. Os núcleos residências são implantados de forma a assegurar a identidade local dos futuros moradores, mas a articulação dos espaços e das atividades públicas/privadas ficaram garantidas com a proximidade da implantação dos equipamentos urbanos comunitários e dos locais para prática de esportes e lazer, além dos parques.

Com a implantação de um parque linear, com opções de trilhas para caminhadas e corridas o projeto apresenta características que valorizam os pedestres e a acessibilidade (Figura 03).

FIGURA 03 – Ciclovia proposta no projeto.

Fonte: Alphaville (2014).

Esporte e lazer recebem atenção especial em Alphaville. A estrutura voltada aos momentos de descontração é pensada para se ajustar ao clima, às características da área e, principalmente, aos costumes e à cultura da região. Alphaville Residencial I vai ter um clube com mais de 26.000 m² – equivalente a quase três campos de futebol – integrado ao belo cenário natural (ALPHAVILLE, 2014).

TABELA 01 – Matriz Conceitual Alphaville I

Fonte: Autores (2014).

A articulação do prédio com seu entorno imediato, ocorre através da inserção no contexto urbano local. A análise apresenta o respeito ao contexto urbano e seu gabarito, através das regras específicas para cabeças de quadra, recuos laterais e frontais que precisam ser cumpridas em todo o empreendimento, garantindo ainda um ambiente organizado e agradável (Quadro 01) (Figuras 04 e 05).

Cabeças de quadra não podem ser ocupadas por construções. São ajardinadas, o que favorece a

estética e o coeficiente de áreas verdes.

O recuo frontal assegura um visual limpo e organizado além de reforçar a sensação de

amplitude.

O recuo lateral é padronizado, para que todas as construções tenham iluminação e ventilação

adequadas.

Como o recuo lateral, é um parâmetro importante para garantir iluminação e ventilação às

construções.

QUADRO 1 – Regras específicas para as quadras residenciais

Fonte: Alphaville (2014).

FIGURAS 04 e 05 – Gabarito de altura das áreas comerciais

Fonte: Alphaville (2014).

O uso misto, conforme apresentado nas figuras acima, está garantido com a implantação do Alpha Mall (Figura 06). Um espaço comercial com 2.800 m2 de área construída, 15 lojas e nove salas comerciais.

FIGURA 06 – Gabarito de altura das áreas comerciais

Fonte: Alphaville (2014).

[...] o empreendimento ganha agora um Alpha Mall, localizado a apenas alguns metros do Residencial 1 e destinado a abrigar serviços e comércio. O prédio do Alpha Mall tem 2.508,53 m² de área construída, sendo 1.148,99m2 de área real privativa e 745,09m2 de área real de uso comum. Possui três pavimentos: no andar térreo, espaço para 15 lojas; no andar superior, 9 salas comerciais para escritórios e consultórios (ALPHAVILLE, 2014).

De maneira geral, percebe-se que as intenções do projeto tiveram como partido principal a relação do espaço projetado com a cidade, onde a proposta foi movida pelo desejo de liberdade, de espaços generosos de convivência e troca, de áreas livres tanto sombreadas quanto ensolaradas, e de espaços que possibilitem sempre o encontro (Figura 07).

FIGURA 07 – Implantação da área

Fonte: Alphaville (2014).

As decisões de projeto influenciaram significativamente nas questões da permeabilidade, acessibilidade e legibilidade, pois a integração entre os espaços públicos e privados da área residencial possibilitam um amplo acesso visual e físico de todos os habitantes locais. Da mesma forma, o desenho orgânico adotado na implantação, funciona como ponto de referência e permite uma variedade de formas que contribuem para a acessibilidade e legibilidade do espaço urbano proposto.

Respeito ao meio ambiente, refinamento técnico, perfeição no acabamento e baixo custo de manutenção são compromissos na execução das obras. São dezenas de fatores observados, com atenção especial voltada para o meio ambiente, rede elétrica, abastecimento de água e saneamento básico. A preocupação com a sustentabilidade e a preservação orienta as obras de todo o núcleo urbano. A Alphaville impõe normas e faz um rigoroso monitoramento no período de obras, para garantir risco zero de danos às matas do entorno e às áreas de preservação dentro dos limites do empreendimento (ALPHAVILLE, 2014).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste estudo puderam-se identificar os diferentes conceitos referentes a desenho urbano, o que auxilia na tomada de decisões quanto a projeção de um espaço. Uma eficiente ferramenta para complementar positivamente nas intervenções do ambiente construído foi aplicada no presente artigo, a matriz conceitual. O uso desta como auxílio pode-se ter uma visão sistemática do processo como um todo, bem como pode-se ter uma análise aprofundada dos elementos do desenho urbano através dela, a metodologia aplicada segundo os autores já citados fundamentou ainda mais esta teoria. Podendo assim, resolucionar problemas e aprimorar as potencialidades nas possíveis intervenções.

Com o apoio do contexto bibliográfico dos autores citados e a implementação da matriz, pode-se concluir que os espaços podem ser potencializados e capacitados, tornando-os harmoniosos e com vitalidade, permitindo aos profissionais o uso destes como complemento de seus conceitos na criação de espaços de qualidade no ambiente urbano. Sendo assim a metodologia aplicada mostra-se eficaz na análise geral aplicada.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

BENTLEY, I., ALCOCK, A., MURRAIN, P., MCGLYNN, S., SMITH, G. Responsive environments: A manual for designers. Oxford, 1997. EMPREENDIMENTOS ALPHAVILLE. Disponível em: <http://www.alphaville.com.br/portal>. Acesso em: 27 Out. 2014. TIBBALDS, F., “Making People-Friendly Towns: Improving the public environment in towns and cities”. New York, U.S.A: Taylor & Francis Group, 2001.