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DESEMPENHOS FÍSICOS E MECÂNICOS DE CONCRETO LEVE AUTO ADENSÁVEL EMBORRACHADO (CLAAE) Doutoranda: Ma. Andressa Fernanda Angelin Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luísa Andréia Gachet Barbosa Revisão Bibliográfica apresentada na disciplina Seminário de Tese, ministrada pelo Prof. Dr. Ivan Ricarte. Limeira/SP 2015

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DESEMPENHOS FÍSICOS E MECÂNICOS DE CONCRETO LEVE

AUTO ADENSÁVEL EMBORRACHADO (CLAAE)

Doutoranda: Ma. Andressa Fernanda Angelin

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luísa Andréia Gachet Barbosa

Revisão Bibliográfica apresentada na

disciplina Seminário de Tese, ministrada

pelo Prof. Dr. Ivan Ricarte.

Limeira/SP

2015

1. INTRODUÇÃO

A busca por materiais alternativos de menor massa específica, que garantam a

manutenção das propriedades mecânicas, especialmente de amortecimento, associado à

facilidade de manuseio e aplicação em estruturas de concreto armado, representa grande desafio

na formulação e conhecimento do desempenho de concretos estruturais leves auto adensáveis

emborrachados (CLAAE), que tem tecnologia pouco difundida em nível nacional, e surge no

cenário internacional como um material inovador e alternativo ao concreto convencional.

O propósito deste estudo será testar a teoria dos CLAAE, comparando diferentes

porcentagens de substituição da areia pelo pó de borracha e, fixando-se, os valores de consumo

de cimento, relação água/cimento, argila expandida e sílica ativa, com a finalidade de analisar

seus principais parâmetros reológicos e mecânicos em elementos pré-fabricados.

2. BASE TEÓRICA

A mecanização dos processos construtivos como forma de acelerar os processos de

produção e, como consequência, a produtividade de elementos pré-fabricados, tem incentivado

estudos mais aprofundados de estruturas de concreto leve auto adensável emborrachado

(CLAA) como material alternativo ao concreto convencional.

O concreto leve congrega baixa massa específica e altos índices de resistências

mecânicas, podendo ser aplicado para fins estruturais, influenciando diretamente na economia

da infraestrutura (Bogas et al., 2012). Destaca-se ainda que, o uso deste tipo de concreto

ocasiona numa maior produtividade que o convencional, facilitando o transporte das peças

durante a etapa de execução da obra.

Esforços para minimizar o peso do edifício é uma tarefa particularmente urgente em

aglomerações urbanas, onde há falta espacial de solo resistente o suficiente para suportar as

cargas das edificações, pressionando as construtoras a buscar materiais alternativos com

menores massas específicas e que reduzam a transferência de calor e propagação do barulho

(Juradin et al., 2012).

Assim como o concreto leve, o concreto auto adensável (CAA) surgiu como uma

alternativa ao convencional. De acordo com Karahan et al. (2012) e Yung et al. (2013), a

principal atratividade do seu uso é a facilidade de manuseio e aplicação, cuja habilidade de

preencher os espaços existentes nas fôrmas e envolver as armaduras, se dá exclusivamente por

meio da ação da gravidade, sem nenhuma interferência mecânica ou manual.

Ao se trabalhar com concretos mais fluidos, tem-se como consequência redução no

tempo de manuseio e adensamento quando aplicados em elementos pré-fabricados, ocasionando

na maior produtividade e menor custo final na operação de concretagem.

Segundo Kwasny et al. (2012) e Rahman et al. (2012), o princípio mais importante para

manter as características do concreto auto adensável é o uso de superplastificantes, adições

minerais, alto teor de materiais finos e argamassa, resultando em uma maior coesão e fluidez da

pasta, porém, em contrapartida tem-se um concreto que absorve menos energia.

Buscando minimizar este efeito, os concretos emborrachados, apresentam melhor

capacidade ao amortecimento, devido ao aumento significativo da tenacidade e ductilidade

(Gesoglu et al., 2011). Além de melhorar tal propriedade, o uso de borracha em concreto surge

como uma solução alternativa para o descarte de pneus inservíveis, sendo uma opção inovadora

com inúmeros benefícios.

Na composição dos CLAAE, adições minerais, geralmente oriundas de subprodutos

industriais, além de favorecerem a redução do custo final da peça de concreto por substituírem

parcialmente o consumo de cimento, apresentam grande atividade pozolânica, fato que garante

maior coesão entre os componentes deste concreto (Yung et al., 2013). Porém, dada à alta área

superficial destas adições, faz-se necessário o uso de aditivos superplastificantes, a fim de

maximizar a fluidez dos CAA sem comprometer a relação água/cimento (Raj et al., 2011).

Desta forma, fica evidente o mérito que se tem em desenvolver concretos leves auto

adensáveis emborrachados, sendo uma linha de estudo moderna e, ainda, pouco explorada no

campo técnico. Porém, CLAAE, necessitam atender requisitos determinantes para sua aplicação,

como alta fluidez, coesão, resistência à segregação no estado fresco, baixa massa específica,

altas resistência à compressão e ao amortecimento.

3. ESTADO DA ARTE

A Figura 1 apresenta o mapa conceitual dos temas a serem abordados na revisão

bibliográfica do estado da arte dos concretos leves auto adensáveis emborrachados (CLAAE).

Figura 1. Mapa conceitual.

3.1.Concreto auto adensável (CAA)

Segundo Gopi et al. (2015), o concreto auto adensável (CAA), é aquele que não precisa

de nenhuma vibração mecânica após sua colocação em fôrmas, agindo apenas pelo seu peso

próprio. CAA tem várias vantagens em relação ao concreto convencional, promovendo um

tempo de construção mais rápido, devido ao fácil fluxo em torno de reforços, evitando ruídos de

equipamentos de vibração e podendo ser bombeado através de longas distâncias (Kwasny et al.,

2012; Yung et al., 2013; Guneyisi et al., 2015).

O CAA é projetado para fluir sob seu peso próprio, além de resistir ao fenômeno de

segregação, ou seja, precisa apresentar tensões de escoamento negativas e baixa viscosidade

plástica, por meio do uso de agregados especiais, como a argila expandida, lhe conferindo

elevado espalhamento e retenção de energia cinética, obtendo a fluidez desejada (Gesoglu et al.,

2015).

Tal concreto é constituído por meio de alto teor de adições minerais e químicas, menor

relação água/cimento e menor teor de agregado graúdo. Para aumentar o fluxo do concreto auto

adensável, misturas minerais, tal como cinzas volantes, sílica ativa, escória de alto forno e,

superplastificantes, devem ser usados (Raj et al., 2011; Yung et al., 2013; Gopi et al., 2015).

Bogas et al. (2012) e Gesoglu et al. (2015) observaram que, além do uso de materiais

específicos, é importante monitorar a distribuição das partículas dos agregados a serem

utilizados, pois interferem diretamente nas propriedades reológicas do concreto.

A combinação destes componentes conduz a uma mistura mais densa e coesa, de forma

a se obter uma microestrutura compacta, levando a uma melhoria da interface entre o agregado e

a pasta de cimento (Rahman et al., 2012), resultando em valores elevados das propriedades

mecânicas, além de ganhos térmicos e acústicos (Kwasny et al., 2012; Najim et al., 2012).

Em comparação com o concreto convencional, além das características de capacidade

de auto compactação, alta capacidade de fluxo e taxas de enchimento e, elevada resistência à

segregação, os concretos auto adensáveis apresentam elevada durabilidade, baixo índice de

permeabilidade e elevada resistência à compressão (Gesoglu et al., 2011; Najim et al., 2012).

Embora esta classe de concreto apresente grandes vantagens em relação ao

convencional, Rahman et al. (2012) relataram em seu estudo a desvantagem do CAA em

apresentar uma tendência maior ao encolhimento de rachaduras. Isto ocorre devido ao

proporcionamento da mistura do CAA, onde o teor de argamassa é alto, acarretando em uma

absorção menor de energia. Segundo Ganesan et al. (2013) este efeito pode ser minimizado com

adição de agregados especiais, como resíduos de borracha de pneus inservíveis, que são

caracterizados pela alta absorção de energia às energias de ruptura.

As tecnologias que envolvem o CAA tem ampla aceitação na construção in-situ, bem

como em produtos de concreto pré-moldado (Gopi et al., 2015) e, sua investigação representa

um grande avanço tecnológico que levou a uma melhor qualidade e produtividade do concreto

(Gesoglu et al., 2011; Najim et al., 2012; Guneyisi et al., 2015).

3.2.Concreto leve auto adensável (CLAA)

O concreto leve auto adensável (CLAA), é caracterizado pela alta trabalhabilidade sem

apresentar o fenômeno de segregação e pela alta durabilidade (Lofty et al., 2015). O sucesso

para a produção deste concreto reside na utilização de agregados leves, como a argila

expandida, obtida por meio da sua expansão e vitrificação em fornos rotativos.

O uso de argila expandida como agregado em CLAA, aliado com adições minerais,

principalmente sílica ativa, podem resultar em um concreto altamente viável e durável, como

observado por Bogas et al. (2012), Juradin et al. (2012), Lofty et al. (2015) e Gopi et al. (2015).

A utilização destes agregados tem contribuído para o desenvolvimento sustentável através da

conservação de energia, maximizando a eficiência estrutural e vida útil de elementos pré-

moldados, reduzindo custos com transporte, devido a sua baixa massa específica (Kwasny et al.,

2012).

Porém, como observado por Kwasny et al. (2012) e Bogas et al. (2012), a uma perda de

capacidade de trabalho associado com a alta absorção de água pelos agregados leves, acaba

influenciando diretamente nas propriedades do CLAA, principalmente no estado fresco.

Portanto, deve-se ocorrer a pré-saturação desses agregados, a fim de resolver este problema,

sendo, o mais usual, o método de imersão em água, realizado por um período de 24 horas antes

da produção dos concretos.

Gesoglu et al. (2015) observaram que as formas esféricas das partículas de argila

expandida produzem um “efeito de rolamento”, garantindo maior fluidez ao CAA devido à

redução do atrito interno. Além disso, verificaram que concretos auto adensáveis que

incorporaram agregados com formato arredondado, necessitaram de menos cimento e água para

se obter adequada trabalhabilidade e coesão das suas misturas.

Outra característica importante na formulação dos CLAA é a distribuição

granulométrica de seus agregados. Bogas et al. (2012) e Lofty et al. (2015) salientam em seus

trabalhos o uso de granulometrias graúdas e finas de argila expandida, de maneira que a fluidez

e espalhamento sejam melhorados, por meio do melhor empacotamento dos grãos, preenchendo

os vazios existentes.

Tais benefícios ressaltam a importância de desenvolver projetos com o uso de CLAA,

pois, além de apresentarem as principais características do concreto auto adensável, como

fluidez e trabalhabilidade, possuem excelente resistência à segregação, manutenção das

propriedades mecânicas e durabilidade no estado endurecido.

3.3.Concreto auto adensável emborrachado (CAAE)

Uma solução alternativa para o descarte de pneus inservíveis é sua incorporação em

misturas de concreto, pois é uma opção inovadora com benefícios ambientais, econômicos e de

desempenho, desde que realizadas na granulometria e porcentagens adequadas (Raj et al.,

2011).

A presença deste agregado reduz algumas propriedades mecânicas do concreto, por isso

porcentagens acima 30% de substituições não são recomendadas (Khalil et al., 2015). Segundo

Karahan et al. (2012) e Yung et al. (2013), isto ocorre devido à fraca ligação entre a partícula de

borracha e o cimento Portland e, também, pela granulometria grosseira da borracha, deixando o

concreto mais frágil.

Além dos limites de substituições dos agregados convencionais pelo resíduo de

borracha, outro aspecto salientado por Najim et al. (2012) e Yung et al. (2013) na formulação

de CAAE é a distribuição granulométrica de seus agregados. Assim como observado nos CLAA

com argila expandida, a partir do uso de granulometrias graúdas e finas, há um melhor

empacotamento dos grãos, preenchendo os vazios existentes, aumentando a durabilidade do

concreto.

Após a adição de partículas de borracha, resultados apresentados por Gesoglu et al.

(2011) indicaram uma diminuição notável nas propriedades de rigidez e de resistência dos

concretos. Apesar da redução significativa dessas propriedades, os compósitos atenderam aos

requisitos normativos, além de apresentarem aumento significativo da tenacidade e ductilidade,

bem como uma melhor capacidade de amortecimento.

Em contrapartida, a utilização deste agregado agrava significativamente a penetração de

íons cloreto através de concreto, porém, Gesoglu et al. (2011) concluíram que, a partir de

adições minerais, esse efeito pode ser diminuído, pois os vazios existentes nos concretos auto

adensáveis emborrachados são preenchidos.

Karahan et al. (2012) observaram que o CAAE exige uma maior quantidade de

superplastificante em suas misturas quando comparado ao concreto auto adensável

convencional, pois as partículas de borracha apresentam superfície rugosa, o que acaba por

aumento a coesão, mas diminuindo drasticamente a trabalhabilidade.

Valores de coeficiente de amortecimento de vibrações e frequência, dados pelo módulo

dinâmico, são de grande importância em aplicações estruturais. Aperfeiçoa-lo significa melhorar

a confiabilidade em termos de riscos naturais, carga acidental ou hidrostática e fragmentações.

Najim et al. (2012), observaram em seu estudo que o CAAE oferece melhorias mensuráveis pré

microfissuras de tensão, reduzindo taxas de encolhimento de craqueamento, sendo capazes de

absorver mais energia que os CAA convencionais, fato também observado por Rahman et al.

(2012) e Ganesan et al. (2013).

Estudos recentes (Ganesan et al., 2013), a fim de compensar os baixos valores em

algumas propriedades mecânicas do CAAE, realizaram um pré-tratamento das partículas de

borracha por meio de soluções de polímeros sintéticos hidrossolúveis, o qual se mostrou

eficiente, pois os resultados mecânicos foram otimizados, como alertado por Karahan et al.

(2012) e Yung et al. (2013).

De acordo com os resultados apresentados por Khalil et al. (2015), foi determinado que

a adição do agregado de borracha em CAA aumenta a resistência ao impacto, sendo esse

aumento proporcional à quantidade adicionada de borracha. CAAE, como reportado por Najim

et al. (2012), Rahman et al. (2012) e Ganesan et al. (2013), absorvem mais energia, isolando

melhor as ondas sonoras.

Portanto, o CAAE pode ser aplicado em elementos pré-moldados que requerem alta

ductilidade, aliando alta fluidez e manutenção dos esforços mecânicos, características que não

são mantidas em concretos auto adensáveis utilizando agregados convencionais.

3.4.Adições minerais em CLAAE

Gesoglu et al. (2011), Juradin et al. (2012), Gopi et al. (2015) e Guneyisi et al. (2015),

concluíram em seus estudos experimentais, que adições minerais promovem um aumento

significativo na durabilidade das estruturas de concreto por modificarem a microestrutura da

pasta de cimento hidratada, alterando a estrutura dos poros e tamanho dos grãos, promovendo a

redução na porosidade capilar do concreto.

As adições minerais normalmente são resíduos provenientes de subprodutos industriais,

que na maioria das vezes são descartados em grandes quantidades e em locais impróprios. A

sílica ativa, cinza volante e escória de alto forno estão entre as mais utilizadas (Juradin et al.,

2012; Yung et al., 2013). Por substituírem um material de elevado custo como o cimento

Portland, proporcionam vantagens econômicas e ambientais, porém, deve-se reforçar que a

eficiência de uma adição mineral é dependente de vários fatores, como, quantidade utilizada,

composição química, mineralógica e granulométrica.

Nos concretos auto adensáveis, tais adições tem a função de promover coesão,

preenchimento de vazios e dar estabilidade a mistura, contribuindo, também, com a formação de

compostos resistentes no estado endurecido, como observado por Guneyisi et al. (2015).

No estudo apresentado por Rahman et al. (2012), CAAE foram produzidos sem o uso

de qualquer adição mineral, ou seja, houve uma tendência deste concreto em perder mais

rapidamente a sua trabalhabilidade pela falta de coesão da mistura.

A utilização de cinzas volantes como um ligante é vantajosa para reduzir a necessidade

de grandes quantidades de cimento, cuja produção é um dos principais contribuintes para gases

poluentes, tais como o CO2. Najim et al. (2012), Ganesan et al. (2013) e Gopi et al. (2015)

também observaram que, o uso deste ligante, aumenta a coesão, reduz o fenômeno de

segregação e aumenta fluidez em CAA, isso ocorre devido ao formato esférico dessas

partículas.

Karahan et al. (2012), Yung et al. (2013) e Khalil et al. (2015) utilizaram escória de alto

forno em seus estudos com concretos auto adensáveis emborrachados, que apresentaram

melhora significativa no estado fresco, porém, no estado endurecido apresentaram pequenas

alterações nas resistências mecânicas, em contrapartida, aos benefícios obtidos nas propriedades

de durabilidade.

Recentes estudos (Lofty et al., 2015; Guneyisi et al., 2015) tem adicionado sílica ativa

nas misturas de concreto auto adensável e, observou-se que, devido ao seu tamanho

micrométrico, fornecem um elevadíssimo aumento da coesão e fluidez deste tipo de concreto,

principalmente quando utilizados agregados especiais, como a argila expandida.

Quando comparado às adições de cinza volante e escória de alto forno, CAA com

adições de sílica ativa apresentam uma melhora notável nas resistências mecânicas. No estudo

apresentado por Guneyisi et al. (2015), onde misturas de cimento Portland, cinzas volantes e

sílica ativa foram realizadas, observou-se uma redução na permeabilidade aos íons cloretos e a

gás, assim como na sorvidade e absorção de água, fazendo com que a durabilidade dos CLAA

fosse aumentada.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo dos últimos cinco anos, muitas pesquisas em torno das propriedades dos

CLAA e CAAE vem sendo desenvolvidas, como mostra a Tabela 1. Sabe-se que,

primeiramente, se faz necessário obter as principais características reológicas dos concretos auto

adensáveis, ou seja, fluidez e coesão, que são garantidas pelo uso de superplastificantes e

adições minerais, respectivamente; e, com o uso de argila expandida e resíduo de borracha,

algumas propriedades são defasadas, como a resistência à compressão, porém, outras como

conforto acústico, baixa densidade e ductilidade são extremamente melhoradas.

Frente ao exposto, torna-se importante a pesquisa em torno dos CLAAE, pois se trata de

um conceito inovador tanto no campo prático quanto teórico. Portanto, torna-se necessário

buscar uma compreensão mais fundamental de suas propriedades no estado fresco, nas respostas

mecânicas e, especialmente, quanto à durabilidade, a fim de esclarecer os efeitos dos agregados

que o compõem quando utilizados conjuntamente.

Tabela 1. Síntese dos artigos selecionados vs. temas e abordagens.

Autor Objetivos/Problema Materiais/Métodos Resultados/Discussões Conclusões/Contribuições

Bogas et al.,

2012

Elaborar traços de CLAA com

duas granulometrias distintas

de argila expandida de forma

que ocorra à manutenção das

propriedades mecânicas.

Fixaram-se as porcentagens de cimento e cinzas, variando as

quantidades de finos e SP para as diferentes misturas.

Realizaram-se testes de espalhamento, fluidez, resistência à

compressão, densidade e módulo de elasticidade.

- Os concretos com argila expandida miúda apresentaram maior fluidez e coesão devido ao menor atrito

entre as partículas;

- Traços com agregado graúdo leve tendem a ocorrer segregação devido a sua menor densidade;

- Todos os traços estudados apresentaram resistências mecânicas satisfatórias e, ainda, observaram-se

maiores valores de módulo de elasticidade nos traços com argila expandida de menor diâmetro, pois

apresentam maior rigidez.

- Em CLAA é necessário haver uma manutenção

adequada entre finos/teores de argamassa/tipos de

agregados;

- O teor de argamassa deve ser de no mínimo 70%, de

forma a garantir homogeneidade à mistura;

- Para garantir melhor fluidez, os traços de CLAA devem

combinar agregados leves miúdos e graúdos.

Kwasny et

al., 2012

Avaliar a influência de tempos

de absorção de água e tipos

distintos de SPs para CLAA

com dois tipos de agregados

leves (cinza sinterizada e

argila expandida).

Utilizaram-se três SPs distintos nesta pesquisa, sendo que a

diferença entre eles é a quantidade de sólidos presentes. Para

os concretos fabricados com cinza sinterizada, optou-se por

utilizar a proporção de 29% cinza e 71% areia fina - analisando

os três tipos de SPs. Já para os concretos fabricados com argila

expandida, optou-se por utilizar a proporção de 29% argila e

71% areia fina - analisando o SP com 30% de sólidos. Para a

cinza sinterizada, utilizaram-se tempos de umedecimento de 30

min e 24h e, para a argila, de 30 min e 24h, assim como no

estado seco.

- As cinzas absorvem mais água que as argilas, pois apresentam mais poros superficiais, perdendo a

trabalhabilidade mais rápido;

- CLAA com argila apresentaram densidade menor que dos concretos com cinza;

- CLAA com cinza apresentaram resistência mecânica maiores que as com argila nos primeiros dias devido

à diferença de textura destes materiais, influenciando na aderência da pasta de cimento;

- Foi observado que a ruptura dos concretos com cinza ocorria na pasta, enquanto com argila ocorria no

agregado;

- O SP com mais teor de sólidos foi o que necessitou de menos quantidade para todas as misturas,

apresentando melhor trabalhabilidade.

- O tempo de saturação da cinza volante sinterizada

influência no tipo e quantidade de SP, enquanto com a

argila expandida esse efeito não é observado;

- CLAA com cinza possui menos trabalhabilidade que os

CLAA com argila;

- SP com mais teor de sólidos apresentou melhores

resultados no estado fresco.

Juradin et

al., 2012

Testar a influência de

diferentes adições minerais na

trabalhabilidade e

propriedades mecânicas do

CLAA.

Foram testados três tipos de adições minerais (cinza volante,

sílica ativa e filler). Para as misturas com filler, necessitou-se

de maior consumo de cimento no seu proporcionamento.

Realizaram-se os testes de espalhamento, fluidez, resistência à

compressão e módulo de elasticidade dinâmico.

- Observou-se que as adições minerais tornam os CLAA mais coesos, porém diminuem a fluidez,

principalmente quando usado o filler;

- A cinza volante atinge o pico de suas ligações após um longo período de cura, ou seja, apresentam baixo

módulo de elasticidade dinâmico – ao contrário das misturas com filler (maior consumo de cimento);

- Os traços com sílica ativa, apresentaram melhores resultados de módulo dinâmico que os demais traços,

pois suas reações acontecem mais rapidamente que as demais adições.

- A pasta em CLAA deve ser projetada cuidadosamente,

pois são responsáveis pela resistência mecânica e coesão;

- Recomenda-se o uso da sílica ativa como adição

mineral em CLAA, ou misturas de 2/3 de sílica ativa e

1/3 de filler.

Gopi et al.,

2015

Utilizar argila expandida

conjuntamente com cinzas

volantes a fim de entender

qual a melhor porcentagem de

tais materiais na cura interna

dos concretos.

Substituiu-se 5% do agregado graúdo convencional pelo leve e

de 10 a 50% do agregado miúdo pela cinza volante sinterizada.

Foram utilizadas as curas úmida e ambiente para posterior

comparação. Realizaram-se testes de espalhamento, fluidez,

resistência à compressão, tração e compressão diametral.

- Os concretos com incremento de cinza volante sinterizada apresentaram acréscimo de resistência

mecânica, principalmente os submetidos à cura úmida;

- Observou-se que a cinza volante sinterizada deixa o concreto mais coeso, consequentemente aumentando

as ligações existentes na argamassa do CLAA.

- Os traços com 40% de cinza volante sinterizada

apresentaram maiores valores de resistência mecânica;

- Recomenda-se umedecer os agregados leves antes da

mistura para garantir melhor espalhamento;

- Os concretos submetidos à cura úmida apresentaram

melhores performances mecânicas.

Lofty et al.,

2015

Produzir CLAA com xisto

expandido a partir do uso de

dois tipos de adições minerais,

caracterizando suas principais

propriedades no estado fresco

e endurecido.

Porcentagens de cinza volante (12,5%) e sílica ativa (7,5%)

foram fixadas para todos os traços e, variaram-se três fatores:

a) relação água/cimento, b) porcentagem de SP e, c) consumo

de cimento. Realizaram-se testes de espalhamento, fluidez,

resistência mecânica e densidade.

- Foi observado que a relação água/cimento influencia diretamente a trabalhabilidade dos CLAA, sendo

que quanto maior esse fator, maior a possibilidade de segregação dos agregados leves;

- Além de apresentarem maiores valores de resistência mecânica, os traços com consumo de cimento mais

elevados, promoveram maior coesão nas misturas, pois estabilizaram os agregados leves, tornando as

misturas mais homogêneas;

- Nos traços onde houve uma combinação de uso de agregados leves miúdos e graúdos, notou-se que houve

um melhor empacotamento da mistura, garantindo densidade necessária para classificá-los como concretos

leves;

- Em CLAA, contendo combinações de duas adições

minerais, é seguro trabalhar em faixas de:

a) relação água/cimento: entre 0,3 e 0,4

b) consumo de cimento: entre 410 e 550 kg/m3

c) SP: entre 0,3 e 1,2%

Gesoglu et

al., 2015

Produzir um CLAA com

adições de cinzas volantes

sinterizadas, avaliando os

principais parâmetros

reológicos.

Utilizou-se 20% de cinza em substituição ao cimento, com

consumo de cimento de 550 kg/m3. Substituíram-se os

agregados miúdos e graúdos pelas cinzas sinterizadas.

Realizaram-se no estado fresco os testes de espalhamento,

fluidez e densidade.

- Observou-se diminuição na densidade dos concretos contendo agregado leve, isso ocorre devido à

estrutura porosa presente nas cinzas volantes sinterizadas;

- Nota-se que quanto mais material leve foi adicionado às misturas, menos SP era necessário, isto ocorre

devido à forma esférica desses agregados (principalmente dos graúdos), ajudando na fluidez do CAA;

- CLAA apresentam tensões de escoamento negativas e baixa viscosidade plástica, isso ocorre devido à

morfologia dos agregados que tornam as misturas mais fluidas sem apresentar o fenômeno de segregação.

- Há uma queda da massa específica com o uso de

agregados leves de cinza volante sinterizadas;

- CLAA apresentam tensões de escoamento negativas e

baixa viscosidade plástica, sendo um concreto mais

fluido que o CAA convencional.

Guneyisi et

al., 2015

Investigar a influência de

diferentes aglomerantes nas

misturas de CLAA nas

principais propriedades físicas

e mecânicas.

As cinzas sinterizadas substituíram 50% da areia fina para

todas as misturas. O concreto de referência continha somente

cimento, enquanto outros traços realizaram uma mistura de: a)

cimento + cinza; b) cimento + sílica; e, c) cimento+ cinza +

sílica. Realizaram os ensaios de resistência à compressão e

velocidade de pulso de ultrassom, penetração de íons cloreto,

permeabilidade ao gás, absorção de água por imersão total e

por absorção capilar.

- A mistura de cimento+cinza apresentou baixa resistência à compressão, porém na mistura

cimento+cinza+sílica houve um aumento significativo desta propriedade;

- A mistura de cimento+sílica foi a que se mostrou mais eficiente em termos de resistência mecânica e altos

picos de pulso de ultrassom;

- Concretos com incorporações de adições minerais apresentam menores permeabilidades aos íons cloretos

e a gás, sendo a mistura cimento+cinza+sílica a mais baixa – isto ocorre devido ao refinamento dos poros

destes CLAA, influenciando a qualidade da zona de transição.

- O uso de sílica ativa melhora as propriedades

mecânicas do CLAA;

- Misturas de cimento+cinza+sílica apresentaram

redução nas permeabilidades aos íons cloretos e a gás,

assim como na sorvidade e absorção de água.

Gesoglu et

al., 2011

Compreender a influência da

adição de cinzas volantes nos

ensaios de durabilidade de

CAA com resíduos de

O agregado miúdo foi substituído pela borracha nas

porcentagens de 5, 15 e 25% e, o cimento foi substituído pela

cinza nas faixas de 0, 20, 40 e 60%. Fixou-se a relação

água/cimento: 0,35 e consumo de cimento: 550 kg/m3.

- Houve um progressivo aumento na penetração de íons de cloreto com o aumento do teor de borracha,

especialmente para os traços sem cinzas volantes, ou seja, quanto menor a quantidade de poros, menor será

o índice de permeabilidade;

- Os índices de sorvidade e absorção de água aumentaram acentuadamente com o aumento do teor de

A partir do uso da cinza volante nas misturas de CAA

com borracha, observou-se que os parâmetros analisados

melhoram consideravelmente, principalmente em termos

de redução da porosidade e aumento da coesão dos

borracha. Realizaram-se os ensaios de permeabilidade de íons cloreto e

sorvidade/absorção de água.

borracha e, incorporando cinzas volantes nos traços, forneceu redução deste coeficiente; ou seja, observa-

se uma relação entre a permeabilidade de íons cloreto e sorvidade/absorção de água.

traços.

Raj et al.,

2011

Estudar traços de CAA com

diferentes teores de borracha,

caracterizando-os física e

mecanicamente.

O agregado miúdo foi substituído pela borracha nas

porcentagens de 0, 5, 10, 15 e 20%. Realizaram-se testes de

espalhamento, fluidez, resistência à compressão, tração,

módulo de elasticidade, índice de fragilidade e densidade.

- Nos concretos contendo borracha, houve a necessidade do aumento do uso do SP, devido à estrutura

física do material, além de diminuir as resistências à compressão e tração a partir de 15% de substituição;

- CAA com borracha apresenta-se mais leve que o concreto convencional – a partir de 15% de substituição

pode-se considerar CLAA;

- A adição de borracha em concreto reduz os valores de fragilidade e melhora a ductilidade do concreto.

Isto ocorre devido à maior capacidade de absorção de energia de borracha, o que leva a deformações

plásticas no momento da fratura.

- O uso de borracha diminui a densidade do CAA;

- A partir do uso de 15% de resíduo de borracha em

substituição ao convencional, as propriedades mecânicas

ficam comprometidas;

- Tem-se a fragilidade de ruptura menor em concretos

com agregado de borracha devido a sua característica de

absorver energia.

Karahan et

al., 2012

Estudar as principais

propriedades no estado fresco

e endurecido de CAA

modificado com pó de

borracha, por meio da

avaliação da durabilidade dos

concretos confeccionados.

Substituiu-se em 0, 10, 20 e 30% a areia fina pelo pó de

borracha e, fixou-se: a) relação água/cimento: 0,32, b)

consumo de cimento: 375 kg/m3, c) consumo de escória: 125

kg/m3 e, d) 50% de agregado graúdo. Realizaram-se testes de

espalhamento, fluidez, compressão, flexão, porosidade,

absorção de água e permeabilidade de cloretos.

- Devido à superfície rugosa da borracha, há uma melhora no efeito de coesão das misturas de concreto,

evitando assim o fenômeno de segregação;

- Os valores obtidos no teste de habilidade passante mostram que para porcentagens de utilização de

borracha acima de 20%, compromete a classificação dos concretos como auto adensáveis;

- Houve um aumento nos valores de porosidade e absorção de água nos CAA com maior porcentagem de

borracha devido à tendência de agregados de borracha em prenderem ar em suas superfícies ásperas por

causa da sua natureza não polar e/ou hidrofóbica.

- CAA com altas porcentagens de borracha apresentam

menores capacidade de espalhamento e fluidez;

- O pó de borracha acaba diminuindo a resistência

mecânica dos concretos e aumentando a porosidade,

absorção de água e permeabilidade de cloretos;

- Recomenda-se utilizar, no máximo, 20% de borracha

em substituição ao agregado convencional e, ainda, fazer

um pré-tratamento do mesmo.

Najim et al.,

2012

Avaliar a influência de

diferentes granulometrias de

resíduo de borracha em CAA.

As combinações de substituição das granulometrias de

resíduos de borracha foram de 5, 10 e 15% - como agregado

miúdo, graúdo e misto. Realizaram-se testes de espalhamento,

fluidez, compressão, flexão e módulo de elasticidade.

- Quanto à resistência à compressão e à tração, os CAA com borracha apresentaram queda neste ensaio.

Isto se deve ao fato do aumento da porosidade e baixa interação entre agregado e matriz de cimento;

- Os concretos que combinaram dois tipos de granulometrias apresentaram melhores resultados de

resistência (melhor empacotamento);

- A borracha oferece melhorias mensuráveis em pré-microfissuras de tensão e reduz o encolhimento de

craqueamento, ou seja, são capazes de absorver mais energia.

- Recomenda-se combinar duas granulometrias de

borracha na produção de CAA;

- CAA com borracha apresentam melhorias

consideráveis nà resistência à flexão, que é importante

no melhoramento da absorção de energia e

comportamento dúctil.

Rahman et

al., 2012

Entender as principais

propriedades mecânicas e

dinâmicas de CAA

modificado com resíduo de

borracha sem adição mineral.

Realizaram-se testes de espalhamento, fluidez, compressão,

flexão, razão de Poisson e módulo de elasticidade.

- Devido à superfície rugosa da borracha, há uma melhora no efeito de coesão das misturas de concreto,

evitando assim o fenômeno de segregação, porém tendem a perder mais rapidamente a trabalhabilidade;

- Observou-se uma queda na resistência à compressão nos CAA com borracha, porém, verificou-se ainda

que, o SP interfere nos resultados nas primeiras idades;

- Os valores de Poisson para os CAA com borracha foram ligeiramente maiores que os de referência.

- A borracha representa uma queda em relação à

resistência à compressão e módulo de elasticidade, sendo

que o SP interfere nos resultados nas primeiras idades;

- Em termos de razão de Poisson, CAA com borracha

tenderam a exibir valores marginalmente mais elevados,

indicando mais flexibilidade da mistura.

Ganesan et

al., 2013

Estudar CAA com diferentes

porcentagens de substituição

do agregado miúdo pela

borracha triturada tratada e

fibras de aço.

As porcentagens de substituições foram a) areia pela borracha:

15 e 20% e, b) areia pelas fibras de aço: 0,5 e 0,75%. Realizou-

se um pré-tratamento da borracha com polímeros sintéticos

hidrossolúveis para evitar a perda excessiva de resistência das

peças de concreto. Realizaram-se testes de espalhamento,

fluidez, resistência à fadiga e tração.

- Houve uma melhora significativa com o uso da borracha e fibra de aço quanto às resistências estatísticas,

pois ocorre uma melhor capacidade de transporte de carga de tração com o uso desses materiais;

- Observou-se que para os traços com 15% de borracha e 0,75% de fibra aço houve um ganho de

resistência a fadiga, porém reduzindo sua sensibilidade quando alterados os níveis de estresse.

- O pré-tratamento da borracha mostrou-se eficaz para

respostas mecânicas;

- CAA com adições de borracha e fibras de aço resistem

melhor a compressões de tração e fadiga.

Yung et al.,

2013

Avaliar as propriedades

mecânicas e de durabilidade

de CAA com diferentes

granulometrias de pó de

borracha.

Foram realizadas combinações de substituição de: 0, 5, 10, 15

e 20% (agregado miúdo) – usando uma combinação de cada

granulometria e posteriormente as duas em conjunto.

Realizaram-se os ensaios de compressão, ultrassom,

encolhimento, resistividade elétrica e ataque de sulfatos.

- O resultado de resistência à compressão com adição de 5% de 0,6 mm de pó de borracha, apresentou

acréscimo aos 91 dias, devido à formação de hidratos;

- Os pulsos de ultrassom para os CAA com borracha foram menores que o controle devido a maior

quantidade de vazios, ou seja, o pulso eletrônico perde velocidade;

- A borracha em pó, cujo módulo de elasticidade é menor que o convencional, tem menor capacidade de

deformação, portanto, a sua contração foi maior do que o concreto convencional;

- Quanto à resistência elétrica, houve um aumento à medida que mais pó de borracha foi adicionado, isto

porque se trata de um material anticorrosivo e de boa durabilidade;

- As propriedades anti-corrosão de sulfato de concreto com pó de borracha, que passaram pela 0,6 mm, a

um nível de adição de 5%, foram os melhores.

- CAA com 5% de pó de borracha com 0,6 mm mostrou-

se o mais eficiente quanto à resistência à compressão;

- Os pulsos de ultrassom para os CAA com borracha

foram menores que o controle devido a maior quantidade

de vazios;

- Os índices de encolhimento e resistência elétrica dos

concretos com borracha são maiores que aqueles com

agregado convencional.

Khalil et al.,

2015

Estudar as propriedades

mecânicas, principalmente

quanto ao impacto, de CAA

com diferentes porcentagens

de borracha.

Substituiu-se em 0, 10, 20, 30% e 40% a areia fina pelo pó de

borracha e, realizaram-se testes de espalhamento, fluidez,

compressão, flexão, módulo de elasticidade e resistência ao

impacto.

- Com o aumento do teor de borracha nos CAA, observou-se um decréscimo na trabalhabilidade e fluidez;

- Quanto maior o teor de borracha, mais elevada é a capacidade para resistir a golpes e, assim, há a

tendência mais elevada para absorver energia, principalmente com 30% de pó de borracha na mistura.

- CAA com altas porcentagens de borracha apresentam

menores capacidade de espalhamento e fluidez;

- Substituições de borracha acima de 30% não são

recomendadas;

- Houve um acréscimo de resistência ao impacto em

CAA com pó de borracha.

LEGENDA:

Destaque dos pontos importantes/interessantes de cada artigo

CAA = Concreto auto adensável

CLAA = Concreto leve auto adensável

SP = Superplastificante

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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produced with expanded clay aggregate. Construction and Building Materials, v. 35, p. 1013–

1022, 2012.

GANESAN, N.; BHARATI RAJ, J.; SHASHIKALA, A. P. Flexural fatigue behavior of self-

compacting rubberized concrete. Construction and Building Materials, v. 44, p. 7–14, 2013.

GESOGLU, M. et al. Shear thickening intensity of self-compacting concretes containing

rounded lightweight aggregates. Construction and Building Materials, v. 79, p. 40–47, 2015.

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concretes. Construction and Building Materials, v. 25, n. 8, p. 3319–3326, 2011.

GOPI, R. et al. Light expanded clay aggregate and fly ash aggregate as self-curing agents in

self-compacting concrete. Asian Journal of Civil Engineering, v. 16, n. 7, p. 1025–1035, 2015.

GUNEYISI, E.; GESOGLU, M.; BOOYA, E. Fresh properties of self-compacting cold bonded

fly ash lightweight aggregate concrete with different mineral admixtures. Materials and

Structures, v. 74, p. 17–24, 2015.

JURADIN, S.; BALOEVI, G.; HARAPIN, A. Experimental testing of the effects of fine

particles on the properties of the self-compacting lightweight concrete. Advances in Materials

Science and Engineering, 2012.

KHALIL, E.; ABD-ELMOHSEN, M.; ANWAR, A. M. Impact Resistance of Rubberized Self-

Compacting Concrete. Water Science, v. 29, n. 1, p. 45–53, 2015.

KWASNY, J. et al. Influence of the Type of Coarse Lightweight Aggregate on Properties of

Semi‐Lightweight Self‐Consolidating Concrete. Journal of Materials in Civil Engineering,

December, p. 455, 2012.

LOTFY, A.; HOSSAIN, K. M. A.; LACHEMI, M. Lightweight Self-consolidating Concrete

with Expanded Shale Aggregates: Modelling and Optimization. International Journal of

Concrete Structures and Materials, v. 9, n. 2, p. 185–206, 2015.

NAJIM, K. B.; HALL, M. R. Mechanical and dynamic properties of self-compacting crumb

rubber modified concrete. Construction and Building Materials, v. 27, n. 1, p. 521–530, 2012.

KARAHAN, O. et al. Fresh, Mechanical, Transport and Durability Properties of Self-

Consolidating Rubberized Concrete. ACI Materials Journal, v. 109, 2013.

RAHMAN, M. M.; USMAN, M.; AL-GHALIB, A. A. Fundamental properties of rubber

modified self-compacting concrete (RMSCC). Construction and Building Materials, v. 36, p.

630–637, 2012.

RAJ, B.; GANESAN, N.; SHASHIKALA, A. P. Engineering properties of self-compacting

rubberized concrete. Journal of Reinforced Plastics and Composites, v. 30, n. 23, p. 1923–

1930, 2011.

YUNG, W. H.; YUNG, L. C.; HUA, L. H. A study of the durability properties of waste tire

rubber applied to self-compacting concrete. Construction and Building Materials, v. 41, p.

665–672, 2013.

6. APÊNDICE

Os strings de busca utilizados nesta pesquisa foram: (1) self-compacting concrete with

expanded clay AND (2) rubberized self-compacting concrete OR self-compacting concrete with

rubber. Os critérios de seleção foram: a) artigos internacionais de relevância e, b) artigos

recentes (publicados a partir de 2011). As bases de dados consultadas foram Portal de

Periódicos da CAPES e Web of Science. A Figura 2 ilustra o diagrama PRISMA obtido após a

estratégia de busca descrita anteriormente.

Figura 2. Diagrama PRISMA.

Records identified through

database searching

(n = 34)

Scre

enin

g In

clu

ded

El

igib

ility

Id

enti

fica

tio

n

Additional records identified

through other sources

(n = 27)

Records after duplicates removed

(n = 10)

Records screened

(n = 51)

Records excluded

(n = 24) baixa relevância; não estão em

revistas de impacto; fogem da temática.

Full-text articles assessed

for eligibility

(n = 24)

Full-text articles excluded, with reasons

(n = 4) uso de outros agregados; (n = 2) uso de

ensaios não-normativos; (n = 2) caracterização

apenas do CAA; (1) falta de informações

importantes.

Studies included in

qualitative synthesis

(n = 0)

Studies included in

quantitative synthesis

(meta-analysis)

(n = 15)