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Desafio a Saúde pelo Clima

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Desafio a Saúde pelo Clima

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Todos os direitos reservados. O compartilhamento ou reprodução total ou parcial desta publicação são autorizados desde

que citada a fonte e sem finalidade comercial.

A política de privacidade e de uso e reprodução de conteúdo do Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) está disponível em:

https://www.hospitaissaudaveis.org/politicadeprivacidade.asp

O PHS, seus membros e organizações parceiras não se responsabilizam pela autenticidade das informações produzidas

ou divulgadas por usuários deste Guia, tampouco pelo eventual uso indevido dessas informações por terceiros. Este

Guia tem por objetivo orientar as organizações de saúde no uso da ferramenta de cálculo de emissões do Programa

Brasileiro do GHG Protocol, padrão mundial para a contabilização e comunicação de inventários de GEE, não

caracterizando aval ou garantia por parte do PHS ou de seus parceiros em relação aos resultados obtidos pelos usuários.

Todas as marcas citadas nesta publicação são propriedade das respectivas organizações.

Elaboração

Projeto Hospitais Saudáveis

Coordenação

Vital Ribeiro - Arquiteto | Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo

Desenvolvimento

Diego Pereira Ramos - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis

Isabel Santos - Gestora de Sustentabilidade e Comunicação | Projeto Hospitais Saudáveis

Victor Kenzo - Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis

Marilia Mills Mattioli – Especialista em Sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis

Ecimara dos Santos Silva – Especialista em sustentabilidade | Projeto Hospitais Saudáveis

Colaboração

George Magalhães - Coordenador do Programa Brasileiro do GHG Protocol | GVces – Fundação Getúlio Vargas

(FGV)

Ingrid Cicca - Gerente de Sustentabilidade | Rede D’Or São Luiz

Jonas Age Saide Schwartzman - Engenheiro Ambiental | Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina

(SPDM)

Neilor Cardoso Guilherme - Engenheiro Ambiental | Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Vitor Silva - Analista de Governança | Hospital 9 de Julho

Ficha Catalográfica

Projeto Hospitais Saudáveis

Guia para Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde / Projeto Hospitais Saudáveis – São

Paulo,2020

61pag: il. (2020)

1. Mudança Climática – Brasil 2. Meio Ambiente e Saúde Pública – Brasil I. Projeto Hospitais Saudáveis. II. Saúde Sem Dano. III.

Desafio a Saúde pelo Clima.

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1 Sumário

2 APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 6

3 ATUALIZAÇÕES ........................................................................................................................................................................ 7

3.1 REFORÇANDO AS ALTERAÇÕES REALIZADAS NOS ANOS ANTERIORES ................................................................................................... 7

4 CONTEXTO DA MUDANÇA DO CLIMA ...................................................................................................................................... 9

5 A MUDANÇA DO CLIMA E O SETOR SAÚDE............................................................................................................................ 10

6 SOBRE O DESAFIO A SAÚDE PELO CLIMA ............................................................................................................................... 12

6.1 PARTICIPANDO DO DESAFIO A SAÚDE PELO CLIMA ...................................................................................................................... 12

7 SOBRE ESTE GUIA................................................................................................................................................................... 14

7.1 QUEM PODE UTILIZAR O GUIA? .............................................................................................................................................. 14

7.2 PARA QUE FOI CRIADO O GUIA? ............................................................................................................................................. 14

7.3 QUAL O CUSTO PARA UTILIZAÇÃO? .......................................................................................................................................... 14

7.4 AO UTILIZAR O GUIA JÁ ESTOU FAZENDO PARTE DO DESAFIO A SAÚDE PELO CLIMA? ........................................................................... 14

7.5 COMO FAÇO PARA UTILIZAR SEMPRE A VERSÃO ATUALIZADA DO GUIA? ........................................................................................... 14

8 COMO REALIZAR O INVENTÁRIO ANUAL ............................................................................................................................... 15

9 INICIANDO O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE UM INVENTÁRIO ........................................................................................... 16

9.1 TIPOS DE EMISSÕES ............................................................................................................................................................. 16

10 NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA DE UM INVENTÁRIO ..................................................................................................................... 17

11 COLETANDO OS DADOS DAS FONTES DE EMISSÕES NA PLANILHA DE APOIO ....................................................................... 20

11.1 INSTRUÇÕES PARA COLETA DOS DADOS .................................................................................................................................... 20

11.2 IDENTIFICANDO AS FONTES DE EMISSÕES GEE ........................................................................................................................... 20

11.3 COLETANDO OS DADOS DE PERFIL ANUAL ................................................................................................................................. 21

11.4 CÁLCULOS CO² E DOS RESÍDUOS INCINERADOS DENTRO DO EAS .................................................................................................... 21

11.5 CÁLCULOS CO² E DOS GASES ANESTÉSICOS ............................................................................................................................... 22

12 ESTRUTURA DAS CATEGORIAS ............................................................................................................................................... 24

13 PREENCHENDO A PLANILHA DO GHG PROTOCOL .................................................................................................................. 24

13.1 QUALIDADE DOS DADOS ....................................................................................................................................................... 26

13.2 PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES DA VERSÃO 2020.1.2 ....................................................................................................................... 26

14 ESCOPO 1 – EMISSÕES DIRETAS ............................................................................................................................................. 28

14.1 COMBUSTÃO ESTACIONÁRIA ................................................................................................................................................. 28

14.1.1 Definição ............................................................................................................................................................... 28

14.1.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 28

14.1.3 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 28

14.2 COMBUSTÃO MÓVEL........................................................................................................................................................... 30

14.2.1 Definição ............................................................................................................................................................... 30

14.2.2 Observação ........................................................................................................................................................... 30

14.2.3 Preparação ............................................................................................................................................................ 30

14.2.4 Observação ........................................................................................................................................................... 30

14.2.5 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 30

14.3 EMISSÕES FUGITIVAS ........................................................................................................................................................... 33

14.3.1 Definição ............................................................................................................................................................... 33

14.3.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 33

14.3.3 Observação ........................................................................................................................................................... 33

14.3.4 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 33

14.3.5 Fugitivas - GEE não Quioto .................................................................................................................................... 34

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14.4 OUTROS GASES ANESTÉSICOS ................................................................................................................................................ 35

14.4.1 Definição ............................................................................................................................................................... 35

14.4.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 35

14.4.3 Observação ........................................................................................................................................................... 35

14.4.4 Cálculo .................................................................................................................................................................. 35

14.4.5 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 36

14.5 RESÍDUOS SÓLIDOS.............................................................................................................................................................. 37

14.5.1 Definição ............................................................................................................................................................... 37

14.5.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 37

14.5.3 Observação ........................................................................................................................................................... 37

14.5.4 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 37

14.5.5 Preparação ............................................................................................................................................................ 38

14.5.6 Observação ........................................................................................................................................................... 38

14.5.7 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 38

14.6 TRATAMENTO DE EFLUENTES ................................................................................................................................................. 39

14.6.1 Definição ............................................................................................................................................................... 39

14.6.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 39

14.6.3 Observação ........................................................................................................................................................... 39

14.6.4 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 39

15 ESCOPO 2 – EMISSÕES INDIRETAS POR CONSUMO DE ENERGIA ........................................................................................... 42

15.1 COMPRA DE ENERGIA ELÉTRICA (LOCALIZAÇÃO) ......................................................................................................................... 42

15.1.1 Definição ............................................................................................................................................................... 42

15.1.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 42

15.1.3 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 42

15.2 COMPRA DE ENERGIA ELÉTRICA (ESCOLHA DE COMPRA) ............................................................................................................... 43

15.2.1 Definição ............................................................................................................................................................... 43

15.2.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 43

15.2.3 Observação ........................................................................................................................................................... 43

15.2.4 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 43

16 ESCOPO 3 – OUTRAS EMISSÕES INDIRETAS ........................................................................................................................... 46

16.1 RESÍDUOS SÓLIDOS NA OPERAÇÃO .......................................................................................................................................... 46

16.1.1 Preparação ............................................................................................................................................................ 46

16.1.2 Observação ........................................................................................................................................................... 46

16.1.3 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 46

16.1.4 Observação ........................................................................................................................................................... 47

16.2 VIAGENS A NEGÓCIOS .......................................................................................................................................................... 50

16.2.1 Definição ............................................................................................................................................................... 50

16.2.2 Observação ........................................................................................................................................................... 50

16.2.3 Preparação ............................................................................................................................................................ 50

16.2.4 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 50

16.3 DESLOCAMENTO CASA-TRABALHO .......................................................................................................................................... 53

16.3.1 Definição ............................................................................................................................................................... 53

16.3.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 53

16.3.3 Preenchimento ...................................................................................................................................................... 53

16.4 OUTRAS CATEGORIAS DE ESCOPO 3 ........................................................................................................................................ 56

16.4.1 Definição ............................................................................................................................................................... 56

16.4.2 Preparação ............................................................................................................................................................ 56

16.4.3 Observação ........................................................................................................................................................... 56

17 ENVIO DOS DADOS ................................................................................................................................................................ 58

18 POLÍTICA DE PRIVACIDADE .................................................................................................................................................... 59

19 CRÉDITO DAS IMAGENS ......................................................................................................................................................... 60

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20 LINKS ÚTEIS ............................................................................................................................................................................ 60

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2 Apresentação

O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) apresenta a edição 2020 do Guia para Inventários de Emissões de Gases de

Efeito Estufa em Organizações de Saúde. Este documento é uma atualização da versão lançada em 2020,

incorporando as modificações apresentadas na ferramenta GHG Protocol versão 2020.1.2.

Apresentamos aqui o resultado do esforço de nossa equipe e da inestimável colaboração de membros e parceiros que

acreditaram nesta iniciativa e que compartilharam conosco, desde sedo, o sentimento de urgência por uma ampla

mobilização de pessoas, organizações civis e governos, necessária ao enfrentamento do desafio da mudança climática.

A ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol é importante indutora das competências necessárias para

inventariar emissões de GEE. Trata-se de metodologia amplamente utilizada em diversos países e organizações. Por

atender aos mais diversos setores, a ferramenta contempla numerosos recursos que, à primeira vista, podem intimidar

usuários menos familiarizados ou limitar sua aplicação em setores em que é menos conhecida. Um dos objetivos deste

Guia é facilitar às organizações de saúde o uso das ferramentas do GHG promovendo um ambiente favorável ao debate

de questões comuns em direção à formação de consensos, compartilhamento de experiências e construção de

conhecimento.

Preparamos uma abordagem simplificada focada no setor saúde e buscamos promover o acesso integral à ferramenta

progressivamente a incorporação da cultura de gestão de gases de efeito estufa do setor. Entendemos que inventariar

emissões de GEE não implica inaugurar novo capítulo na gestão de recursos e processos em hospitais e demais

unidades de saúde. Observamos que, em sua maioria, os dados necessários para compor os cálculos já são

rotineiramente administrados pelas organizações. O consumo de insumos, as relações com fornecedores de produtos e

serviços, bem como os principais processos internos ou externos já são gerenciados com vistas à eficiência e qualidade

da atenção à saúde. Nesse sentido, critérios ambientais e, em especial, emissões de GEE, podem ser aliados da boa

gestão e adicionados às práticas com relativa facilidade.

O Desafio a Saúde pelo Clima propõe o engajamento do setor saúde no combate à mudança do clima por meio de uma

matriz que combina a defesa de políticas públicas (Liderança), o fortalecimento da capacidade de resposta às

demandas crescentes e situações desfavoráveis (Resiliência) e o engajamento do setor saúde no esforço global por

uma economia de baixo carbono (Mitigação). Inventariar emissões de GEE beneficia essas três frentes de ação, como

exemplo para a sociedade e por permitir identificar vulnerabilidades e gerenciar os esforços na redução de emissões,

tornando-se assim uma empresa com contribuição positiva para o cenário de mudanças climáticas.

O engajamento do setor saúde no debate sobre clima é movimento natural e necessário, que aproxima a assistência à

saúde ao enfrentamento da principal ameaça à saúde pública no século XXI. Reverter o aumento na carga de doenças

por causas ambientais se apresenta como oportunidade singular para preservar os avanços em saúde e qualidade de

vida conquistados nas últimas décadas e como forma de contornar a escalada de custos na assistência, particularmente

frente aos desafios de financiamento do setor.

Uma versão preliminar deste Guia foi apresentada e discutida por especialistas durante o VIII Seminário Hospitais

Saudáveis, em setembro de 2015 em São Paulo. A edição lançada em 2016 incorporou contribuições dos primeiros

usuários e, entre as alterações, destacamos a redução de três para dois níveis de abrangência, agora limitados a Básico

e Avançado. Com esta alteração, buscamos estimular o benchmarking e acelerar a disseminação dos inventários no

setor saúde. Nesta edição do Guia, destacamos a inclusão das alterações promovidas pelo Programa Brasileiro GHG

Protocol na ferramenta, em sua versão 2020.1.2. Dentre essas alterações está a inclusão das informações da antiga

ferramenta para emissões por transporte, que passam a ser incorporadas a uma única planilha e o detalhamento do

cálculo de emissões para deslocamento casa-trabalho.

Desejamos uma boa leitura e que este Guia seja um estímulo para continuidade dos trabalhos de todos que já participam,

e que mais organizações de saúde comecem a inventariar e gerenciar a redução de suas emissões unindo-se à

campanha global Desafio a Saúde pelo Clima.

Projeto Hospitais Saudáveis, Maio 2020.

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3 Atualizações

As atualizações estão organizadas por tópicos de acordo com o item modificado por ano, reforçamos que

todas as atualizações que foram realizadas nos anos anteriores devem ser seguidas para o inventário atual.

Veja as principais atualizações:

Modificações realizadas no ano de 2020

Modificações na planilha de Apoio-versão 2020

Navegação na planilha

✓ Criado o menu de navegação na parte superior da planilha para

facilitar a navegação e preenchimento das abas

Aba “Cálculo de emissões de

CO²e dos gases anestésicos”

✓ Ajustes nas fórmulas de cálculo de CO² e dos gases

anestésicos: Sevoflurane, Desflurane e Isoflurane.

Aba “Dados de Perfil anual

✓ Atualização das instruções para coleta prévia das informações

do perfil anual;

✓ Inclusão da tabela com fórmula para cálculo dos “números de

leitos ocupados”;

✓ Inclusão da tabela com a lista de seleção dos vínculos

empregatícios para facilitar o agrupamento dos números de

funcionárias por carga horária;

Tabela 1-Modificações realizadas no ano de 2020

Os Gases Anestésicos que não contemplam a Ferramenta GHG Protocol (Sevoflurane, Desflurane e Isoflurane)

entram como uma categoria opcional para o conteúdo básico e faz parte do conteúdo avançado. Apesar de

ser uma emissão fugitiva, o reporte dessa fonte é realizado na aba “Processos Industriais”, sendo que os

gases não contemplam a aba de “Emissões Fugitivas”.

As emissões fugitivas que não fazem parte do Protocolo de Quioto passam a ser calculadas, e a forma de

imputar os dados na planilha está especificada no item “Fugitivas – não Quioto”.

O consumo de Energia Elétrica por escolha de compra é uma opção de reporte para as unidades que

compram energia certificada, podendo reportar sua escolha por uma energia limpa. A forma de imputar os

dados na planilha está especificada no item “Compra de Energia (escolha de compra)”.

3.1 Reforçando as alterações realizadas nos anos anteriores No ano de 2019, com criação de extrator de dados, foram acrescentadas atualizações para o formato e ordem de preenchimento da Ferramenta_GHG_Protocol, fiquem atentos, pois nosso sistema só reconhecerá os dados preenchidos conforme indicados neste guia. Não será mais necessário a renomeação da planilha para envio pelo sistema, logo após o upload da planilha o próprio sistema realiza a nomeação automática da seguinte forma: “CNPJ da Instituição “_” ANO a que se refere os dados”_”clima”. EX: 12345678000196_2019_clima. Veja na tabela abaixo as principais atualizações realizadas nos anos anteriores e que devem ser seguidas

também no preenchimento da Ferramenta_GHG_Protocol_versão2020.1.2

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Modificações realizadas no ano de 2019

Modificações no preenchimento da Ferramenta_GHG_Protocol

Aba “Combustão estacionária”

Na “Tabela 1. Fontes Estacionárias de Combustão” as informações devem

ser preenchidas conforme a ORDEM INDICADA.

✓ Linha 46 Coluna D – Acetileno

✓ Linha 47 Coluna D – Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

✓ Linha 48 Coluna D – Gás Natural Seco

✓ Linha 49 Coluna D – Gás Natural Úmido

✓ Linha 50 Coluna D – Lubrificantes

✓ Linha 51 Coluna D – Óleo Diesel (Comercial)

✓ Linha 52 Coluna D – Lenha para Queima Direta

Aba “Combustão móvel”

Na “Tabela 2. Cálculo de emissões por tipo de combustível no ano” as

informações devem ser preenchidas conforme a ORDEM INDICADA.

✓ Linha 207 Coluna D – Gasolina Automotiva (comercial)

✓ Linha 208 Coluna D – Óleo Diesel (comercial)

✓ Linha 209 Coluna D – Etanol

✓ Linha 210 Coluna D – Gás Natural Veicular (GNV)

Na Tabela 6. Cálculo de emissões de gases de efeito estufa por

transporte aéreo no ano” as informações devem ser preenchidas conforme

a ORDEM INDICADA

✓ Linha 678 Coluna D – Gasolina de Aviação

✓ Linha 679 Coluna D – Querosene de Aviação

Aba “Emissões fugitivas”

Na “Tabela 1. Emissões de GEE por equipamentos de RAC e extintores”

[Conteúdo Básico] Óxido nitroso (N2O)

✓ Linha 62, Coluna C - selecione a opção “Óxido nitroso (N2O)”

✓ Linha 62, Coluna G - Insira os dados de compra de Óxido nitroso

(N2O) (kg/ano)

[Conteúdo Avançado]: Gás refrigerante e Extintores:

✓ Linha 63 Coluna C - Selecione a opção “Dióxido de Carbono (CO2)”

✓ Linha 63 Coluna G - Insira os dados de recarga de CO2 dos extintores

✓ Linhas de 64 a 71 Coluna C - Selecione o tipo de gás refrigerante

✓ Linhas de 64 a 71 Coluna G - Insira o consumo do gás refrigerante

Modificações no Nível de Abrangência do Inventário

Nível Básico

✓ Poderão realizar o inventário no Nível de Abrangência “Conteúdo

Básico” somente os membros que estiverem elaborando o

inventário pela primeira vez.

Nível Avançado ✓ As instituições que já participam do Desafio à Saúde pelo Clima deverão aderir ao Nível de Abrangência “Conteúdo Avançado”, a partir do segundo ano de inventário, não podendo realizar o conteúdo básico.

Tabela 2-Modificações realizadas nos anos anteriores

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4 Contexto da Mudança do Clima A mudança do clima é a maior ameaça à saúde pública do século 21

Comissão The Lancet

Esta afirmação foi feita em 2009 e, desde então, a crise climática tem se agravado. Enquanto a ciência

demonstra a gravidade dos cenários futuros, já começamos a sentir seus efeitos de forma cada vez mais

evidente.

Se as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) não forem sensivelmente reduzidas, a mudança do clima

imporá danos significativos e, possivelmente, irreversíveis em questão de poucas décadas, comprometendo

áreas tão diversas como abastecimento de água, produção de alimentos, qualidade do ar, desertificação e

perda de biodiversidade, conflitos e movimentos migratórios, desastres naturais e, certamente, fortes crises

econômicas, implicando no empobrecimento de grandes contingentes, em especial as populações atualmente

já vulneráveis.

A principal causa da mudança no clima é nossa dependência, a nível planetário, dos combustíveis fósseis.

Reverter este processo exige que a sociedade se mova em direção a uma economia baseada em fontes de

energias limpas e renováveis. A transição para uma economia de baixo carbono é uma urgência para o planeta

e para a saúde pública.

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5 A Mudança do Clima e o Setor Saúde

O setor da saúde pode ter um papel central para ajudar as sociedades a se adaptar aos efeitos da mudança

climática e aos riscos que está representa para a saúde humana.

Saúde Sem Dano, 2016

A mudança do clima afetará diretamente a capacidade dos sistemas de saúde de desenvolver suas atividades,

não apenas devido aos desastres naturais, progressivamente mais intensos e frequentes, como

principalmente pelo acesso limitado a recursos essenciais como água ou energia combinado às crises

sistêmicas de ordem econômica e social.

Este alerta tem sido repetido por centenas de cientistas e pelos principais órgãos internacionais, como a

Organização Mundial da Saúde, o Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, na sigla em

inglês) e a Comissão para Mudança Climática e Saúde da The Lancet que estudam os efeitos deletérios da

mudança do clima sobre a saúde pública.

Torna-se imperativo, portanto, que as organizações de saúde participem ativamente do combate às causas

do problema, não apenas dos esforços de adaptação, como são geralmente chamadas as ações em resposta

aos efeitos da mudança climática. Cabe às organizações de saúde assumir posição de liderança também nas

medidas de mitigação, contribuindo com seu esforço e exemplo para a redução de emissões de Gases de

Efeito Estufa (GEE) e o combate ao aquecimento global.

A mudança do clima implica aumento da demanda e maior pressão sobre os custos da assistência cobrando

dos sistemas de saúde capacidade de resposta sem precedentes. O resultado deste desafio dependerá da

habilidade das organizações de saúde em ampliar sua eficiência no uso dos recursos humanos, materiais,

naturais e financeiros disponíveis, mantendo ou ampliando suas operações, mesmo que em condições

adversas, e evitando contribuir para o agravamento da crise. A esta habilidade podemos chamar resiliência.

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11

Trata-se de produzir mais e melhor assistência, mais efetiva, consumindo menos recursos naturais, emitindo

menos Gases de Efeito Estufa e não ultrapassando os limites do meio ambiente. O setor Saúde deve

reconhecer a importância e a relevância de seu papel de liderança, engajando outros seus atores e servindo

de exemplo para a sociedade.

Para cumprir este objetivo ambicioso, o PHS, a organização internacional Saúde Sem Dano e a Rede Global

Hospitais Verdes e Saudáveis, se pautam pelo compartilhamento de valores, conhecimento e experiências. A

interação entre as mais de 20 mil organizações de saúde que atualmente compõem essa rede faz com que

acreditemos no sucesso do Desafio Saúde pelo Clima e que as ações de liderança, resiliência e mitigação

possam ser disseminadas por todo o mundo a partir do setor saúde.

Saúde sem Dano

O Saúde sem Dano é uma coalizão internacional de hospitais e sistemas de saúde,

profissionais da saúde, grupos da comunidade, sindicatos e organizações ambientalistas

que se propõem transformar mundialmente o setor saúde, sem comprometer a segurança

ou o cuidado do paciente, para que seja ecologicamente sustentável e deixe de ser uma

fonte de dano para as pessoas e o meio ambiente.

O Saúde Sem Dano promove programas para o setor saúde que visam a redução dos

impactos ao ambiente e à saúde pública. Para saber mais sobre o Saúde sem Dano, acesse:

https://saudesemdano.org/

Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis

A Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis (HVS) é uma comunidade de

organizações de saúde dedicadas a reduzir sua pegada ecológica e promover a saúde

pública e ambiental. Trata-se de uma iniciativa da organização internacional Saúde

Sem Dano, representada no Brasil pelo Projeto Hospitais Saudáveis. A rede HVS

instituiu e coordena a campanha mundial “Desafio a Saúde pelo Clima”, além de manter uma agenda

ambiental para o setor saúde composta de 10 temas e uma comunidade virtual de profissionais de saúde a

HVS Connect. Para saber mais sobre a Rede Global, acesse:

https://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp

Projeto Hospitais Saudáveis

O Projeto Hospitais Saudáveis é o ponto focal no Brasil das organizações internacionais

Saúde Sem Dano e Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis. O PHS é uma associação

civil, sem fins econômicos, criada por profissionais de saúde e ambientalistas com a

missão de transformar o setor saúde em um exemplo para toda a sociedade em aspectos

de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em

geral. Atualmente (junho de 2018) o PHS congrega 786 membros individuais, 170 membros institucionais,

entre hospitais e outras unidades de saúde, além de 11 Sistemas de Saúde que administram cerca de 300

hospitais e outras 900 unidades não hospitalares. Para saber mais sobre o PHS, acesse:

www.hospitaissaudaveis.org

Conheça as instituições que contribuíram com a elaboração deste Guia

Entenda melhor quem são e os objetivos da atuação das instituições, que contribuíram com a

elaboração deste Guia e para todo o engajamento necessário entre as partes que fizeram parte da

equipe:

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12

6 Sobre o Desafio a Saúde pelo Clima

O “Desafio a Saúde pelo Clima” tem como objetivo conclamar as organizações

de saúde ao redor do mundo a tomar medidas concretas contra a mudança do

clima e em defesa da saúde pública ambiental. Organizações de saúde podem

e devem manifestar-se frente à mudança do clima, assumindo compromissos de

redução de suas emissões de GEE. O Desafio a Saúde pelo Clima oferece às organizações participantes

ferramentas para medir e relatar suas emissões GEE, bem como guias de apoio, seminários técnicos e

prêmios em reconhecimento aos avanços alcançados.

Esta campanha se fundamenta em três pilares que definem os compromissos das organizações participantes:

Mitigação – Reduzir a própria pegada de carbono do setor saúde;

Resiliência – Preparar para os impactos do clima extremo e alterações na carga de doenças;

Liderança – Educar equipes de saúde e público em geral e promover políticas de proteção à saúde pública

face à mudança do clima.

Para saber mais sobre o Desafio a Saúde pelo Clima, acesse: https://www.hospitaissaudaveis.org/

6.1 Participando do Desafio a Saúde pelo Clima

O processo de redução de emissões de GEE torna-se mais efetivo na medida em que se é capaz de obter

dados qualificados sobre as fontes e as quantidades emitidas. De fato, gerenciar emissões implica medi-las

por meio de metodologia padronizada e minimamente acurada, o que também contribui para que se

identifiquem prioridades e oportunidades de redução, bem como permite que se avaliem os impactos das

medidas tomadas e a evolução dos resultados totais e setoriais ao longo do tempo. A figura abaixo resume

as etapas básicas desse processo.

Figura 1-Etapas do Desafio a Saúde pelo Clima.

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13

Dicas para ter mais segurança na definição de metas e estratégias de redução de emissões:

✓ A avaliação do comportamento das emissões de uma organização ao longo de dois ou mais anos permitirá

melhor planejamento das estratégias e definição da meta de redução.

✓ É possível realizar inventários de emissões de GEE de anos passados retroativamente, desde que se tenham

registros que permitam recuperar as informações dos períodos correspondentes. Muitas vezes esses dados

estão disponíveis nas áreas de controle financeiro, engenharia, compras ou gestão de materiais.

✓ Esses dados serão ainda mais úteis ao processo de decisão se puderem ser associados aos dados de capacidade

instalada e produção de cada período.

a. Adesão ao Desafio a Saúde pelo Clima: para participar formalmente desta iniciativa global é necessário

acessar o site do PHS, www.hospitaissaudaveis.org e seguir os passos indicados.

b. Inventário de emissões de GEE: faça o download da ferramenta do GHG e utilize as instruções deste

Guia a partir do capítulo “Iniciando o processo de elaboração de um inventário”.

c. Estabelecimento de metas de redução de emissões de GEE: após o conhecimento das quantidades

emitidas por cada setor em sua organização, será possível melhor avaliar seu potencial de redução e

estabelecer metas voluntárias.

d. Gestão continuada de emissões de GEE: o monitoramento de emissões de GEE deve ser continuamente

aprimorado por meio da sistematização dos dados coletados e sua consolidação em períodos determinados,

tendo sempre como referência um ano base.

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7 Sobre este Guia

Este Guia para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Organizações de Saúde foi

desenvolvido pela equipe do Projeto Hospitais Saudáveis e colaboradores de organizações membros, com

objetivo de auxiliar na elaboração de inventários e dar apoio para o uso da Ferramenta Intersetorial (planilha

de cálculo), desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG Protocol.

Ao disponibilizar este Guia, o PHS busca estimular as organizações de saúde a medir e gerenciar suas

emissões de GEE, auto avaliando seu desempenho e relatando seus resultados de forma a estimular a

evolução constante dos inventários divulgados, gerando um processo virtuoso de avanço no gerenciamento

das emissões de GEE dessas organizações.

7.1 Quem pode utilizar o Guia?

Organizações de saúde no Brasil interessadas em gerenciar suas emissões de GEE. O uso do Guia não

implica necessariamente na adesão ao Desafio a Saúde pelo Clima ou no envio de dados sobre emissões

para o PHS, embora estas sejam ações desejáveis.

7.2 Para que foi criado o Guia?

Este Guia tem como objetivo auxiliar as organizações de saúde brasileiras no desenvolvimento de suas

capacidades para medir e gerenciar emissões de GEE e auxiliar no uso da Ferramenta Intersetorial do

Programa Brasileiro do GHG Protocol (planilha de cálculo de emissões).

7.3 Qual o custo para utilização?

A utilização do Guia, bem como a participação no Desafio a Saúde pelo Clima, é gratuita.

7.4 Ao utilizar o Guia já estou fazendo parte do Desafio a Saúde pelo Clima?

Não. O Guia é uma ferramenta para auxiliar no cálculo de emissões de GEE. Este cálculo é parte do processo

de adesão ao Desafio a Saúde pelo Clima, que implica em medir e estabelecer metas voluntárias de redução

de GEE. Para aderir ao Desafio, consulte a site do PHS ou clique aqui.

7.5 Como faço para utilizar sempre a versão atualizada do Guia?

O Guia terá edições anuais, concomitantes às edições das Ferramentas do Programa Brasileiro do GHG

Protocol. Ao longo do ano poderá haver revisões da edição atual para eventuais correções ou

complementações. Para verificar a existência de versões atualizadas deste material, acesse o site do PHS:

https://www.hospitaissaudaveis.org/

Envie suas críticas ou sugestões sobre este Guia para [email protected] .

Saiba mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol:

O Programa tem como objetivo estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação de

inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de acordo com a realidade brasileira,

proporcionando aos participantes o acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional.

A metodologia é divulgada por meio da planilha do GHG Protocol, que é uma “ferramenta utilizada para

entender, quantificar e gerenciar emissões de GEE” originalmente desenvolvida nos Estados Unidos pelo

World Resources Institute (WRI).

Para saber mais sobre o Programa Brasileiro GHG Protocol, acesse: https://ghgprotocolbrasil.com.br/

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8 Como realizar o inventário anual

As informações enviadas anualmente sempre se referem ao ano anterior ao ano vigente. Em 2020 os dados

enviados devem ser referentes ao ano de 2019, caso a instituição tenha os dados referente aos anos

anteriores a 2019 eles também podem ser enviados de forma retroativa.

O envio dos dados anual deve ser realizado no período de Março a Agosto do ano vigente.

Para fornecer os dados de Emissões de GEE é necessário completar três etapas:

O download da ferramenta de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol visa auxiliar os gestores no

processo de elaboração do inventário de GEE, é gratuito. Trata-se de uma planilha Excel, sendo a versão

mais atual a “Ferramenta_GHG_Protocol_v2020.1.2”.

Para conhecer e mensurar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de sua organização, recomendamos

acessar a leitura das “Informações gerais para elaboração do inventário de emissões de GEE”,

disponível na página de gestão de informações após a realização do login na plataforma do Desafio.

Nas próximas páginas apresentamos o passo a passo para o preenchimento das planilhas e

posteriormente o passo a passo para o envio dos dados anual.

Figura 2-Etapas para elaboração do inventário de emissões GEE

ETAPA 3

Envio da Ferramenta de Cálculo

GHG Protocol pelo site e

preenchimento dos formulários

de perfil anual e Dados de ações

de Liderança e Resiliência

disponível no site do Desafio à

Saúde pelo Clima.

ETAPA 2

Download e preenchimento da Ferramenta de Cálculo GHG Protocol.

Fazer Download da

Ferramenta do GHG

ETAPA 1

Levantamento das fontes de emissões utilizando a Planilha de Apoio que auxilia na coleta dos dados para o Preenchimento da Ferramenta de Cálculo GHG Protocol.

Fazer Download da planilha

de Apoio

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9 Iniciando o Processo de Elaboração de um Inventário

9.1 Tipos de Emissões

Os Gases de Efeito Estufa (GEE) são emitidos por diferentes fontes de emissão. Fontes de emissão são

combustíveis e/ou gases que quando queimados ou consumidos emitem GEE. Essas fontes podem ser

agrupadas de acordo com a forma como os gases a ela associados são emitidos, sendo esses grupos

definidos por categorias.

O inventário de Emissões é dividido em Escopos, que são classificadas conforme responsabilidade e controle

das emissões pela instituição relatora, e dentro de cada escopo se agrupam as diversas categorias.

Essa diferenciação ocorre com a finalidade de evitar a dupla contabilização da mesma emissão por

organizações diferentes.

Escopo 1

Emissões diretas de GEE

Escopo 2

Emissões indiretas de GEE

Escopo 3

Outras emissões indiretas de GEE

Emissões de responsabilidade

e controle direto da

organização. (Controle

Operacional)

Emissões da geração de

eletricidade ou energia térmica

adquiridas pela organização e

utilizadas nas suas atividades.

Todas as demais emissões indiretas

que são consequência das atividades

da organização, mas ocorrem em

fontes que não são de propriedade ou

controladas pela mesma.

Exemplo: emissões da queima

de combustível em fontes fixas

como: óleo Diesel usado em

geradores ou fontes móveis e a

gasolina utilizada nos

automóveis.

Exemplo: energia elétrica

comprada da concessionária

conforme fatura.

Exemplo: serviços de transportes

terceirizados, tratamento externo de

resíduos, viagens de negócios.

Tabela 3-Escopos das Emissões de GEE.

.

Escopo Categoria

Escopo 1

Combustão estacionária

Combustão móvel

Emissões fugitivas

Processos Industriais

Resíduos Sólidos

Tratamento de Efluentes

Escopo 2 En. elétrica (localização)

En. Elétrica (escolha por compra)

Escopo 3

Resíduos sólidos da operação

Viagens a negócios

Deslocamento casa-trabalho

Tabela 4-Escopos das Emissões de GEE e Exemplos de Categorias

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10 Níveis de Abrangência de um Inventário

A abrangência de um inventário de GEE pode se estender por todas as categorias e escopos, buscando dados

mais detalhados e muitas vezes mais complexos. Nesse sentido, este Guia estabelece um conjunto de fontes

prioritárias para compor um inventário de GEE de uma organização de saúde segundo critérios de relevância.

Esse conjunto de fontes é chamado [Conteúdo Básico].

Isso não significa que fontes que não aparecem na relação do [Conteúdo Básico] não devam ser incluídas

nos inventários. Os esforços para ampliar a cobertura são sempre positivos.

Visando estimular a produção de inventários progressivamente mais completos e representativos, bem como

subsidiar a permanente discussão sobre abrangência e relevância entre as fontes de emissões,

estabelecemos outro nível, designado [Conteúdo Avançado], conforme a Tabela 2.

Tabela 5 - Níveis de Abrangência do Inventário.

Carbono biogênico: Para cada categoria de emissão, em cada nível de abrangência, espera-se que seja

informada a respectiva missão de carbono biogênico. Esse dado é calculado automaticamente pela

ferramenta a partir das informações prestadas e identificado nas tabelas de emissões totais como CO2 –

biogênico.

Níveis de Abrangência

Escopo Categoria Conteúdo

Básico Conteúdo Avançado

Escopo 1

Combustão

estacionária Óleo diesel, GLP, gás natural, acetileno, lenha, lubrificantes.

Combustão móvel Opcional Gasolina automotiva, óleo diesel, etanol, GNV, gasolina de aviação,

querosene de aviação

Emissões fugitivas (N2O) [Conteúdo Básico +], gás refrigerante, recarga de extintores de incêndio

Processo Industrial Opcional Outros Gases Anestésicos

Tratamento de

efluentes

CH4 emitido pelo tratamento (fossa séptica, digestor anaeróbio, lodo ativado, reator

anaeróbio, entre outros tipos de tratamento)

Outras categorias Opcional

Escopo 2

En. elétrica

(localização) Energia Elétrica Importada da Rede de distribuição

En. elétrica (escolha de

compra) Opcional

Fonte de geração da eletricidade que a organização inventariante escolheu

adquirir e consumir. (Energia Certificada, Mercado Livre)

Outras categorias Opcional

Escopo 3

Resíduos sólidos da

operação Tratamento de Resíduos Sólidos

Tratamento de

Efluentes

CH4 emitido pelo tratamento (fossa séptica, digestor anaeróbio, lodo ativado, reator

anaeróbio, entre outros tipos de tratamento)

Viagens a negócios Opcional

Deslocamento casa-

trabalho

Opcional

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Uma proporção significativa das emissões de CO2 tem origem na queima de biomassa. Sua queima resulta

em emissões consideradas neutras em termos de impacto climático, pois o CO2 é gerado através de um ciclo

biológico e não um ciclo geológico, como no caso do CO2 de origem fóssil.

Nos termos do Protocolo de Quioto, o uso de biomassa e de seus subprodutos como combustíveis alternativos

é considerado uma importante contribuição para a redução nas emissões de GEE.

Biocombustíveis: O consumo de biocombustíveis não é neutro em emissões de GEE, pois também gera gás

metano e óxido nitroso (N2O).

A classificação entre [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] busca ainda facilitar o reconhecimento

das fontes prioritárias para as atividades de assistência à saúde, destacando dentre a variedade de opções

oferecidas pela planilha, aquelas que melhor representam as emissões típicas do setor.

A definição dos níveis de abrangência [Conteúdo Básico] e [Conteúdo Avançado] também tem como

objetivo melhorar a comparabilidade entre os resultados obtidos por diversas organizações, o que possibilitará

estabelecer um benchmarking básico e consistente para o setor. As organizações que aderirem ao Desafio a

Saúde pelo Clima poderão fazer parte desse benchmarking a partir do atendimento integral do [Conteúdo

Básico].

Os inventários que não contemplarem todos os campos do [Conteúdo Básico] serão recebidos como

inventários em desenvolvimento, sendo estimulados a complementar o preenchimento.

O [Conteúdo Avançado] inclui no Escopo 1, além do [Conteúdo Básico], a categoria “Combustão móvel”,

os gases refrigerantes, e recarga de extintores de incêndio na categoria “Emissões fugitivas”, outros gases

anestésicos na categoria “processos industriais”, a categoria “resíduos sólidos” e a categoria “Efluentes”.

No Escopo 2 inclui, além do [Conteúdo Básico], a categoria “Energia Elétrica (Escolha por Compra) se

aplicável.

No Escopo 3 inclui além do [Conteúdo Básico], a categoria “Tratamento de Efluentes”.

Para as instituições de saúde que realizaram o inventário de emissões como [Conteúdo Básico], recomenda-

se a inclusão de mais categorias buscando a abrangência do [Conteúdo Avançado]. Com isso, é possível

obter maior conhecimento das emissões da instituição e desencadear ações de mitigação.

A partir de 2020, as instituições participantes do Desafio a Saúde pelo Clima terão que realizar o inventário

com o conteúdo avançado, não podendo realizar o conteúdo básico a partir do segundo ano de adesão.

Este Guia visa auxiliar os gestores, indicando os pontos que requerem mais atenção durante o preenchimento

da ferramenta de cálculo GHG Protocol e destacando as informações prioritárias a serem apresentadas por

uma unidade de saúde.

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Identificando as fontes de emissões de

GEE

Essa etapa tem como objetivo relacionar todos os dados que deverão

ser levantados para preenchimento das fontes de emissões de GEE,

bem como, preparar os dados preliminares para o preenchimento da

“Ferramenta de Cálculo do GHG Protocol (Etapa 2)”

ETAPA 1

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20

11 Coletando os dados das fontes de emissões na Planilha de Apoio A Planilha de Apoio para coleta de dados de Desafio tem como objetivo relacionar todos os dados que deverão ser

levantados para preenchimento das fontes de emissões de gases do efeito estufa bem como, preparar os dados

preliminares para o preenchimento da “Ferramenta de Cálculo do GHG Protocol” onde, posteriormente, será

realizado o cálculo do Inventario de Emissões de GEE. O arquivo do excel (Planilha) está dividido está dividida em 5

abas que serão apresentadas a seguir:

11.1 Instruções para coleta dos dados

Na aba “Instruções” contém orientações gerais e campos para a inserção dos dados de identificação da instituição.

11.2 Identificando as fontes de emissões GEE

Na aba “Fontes de emissões GEE” estão apresentados os Escopos 1, 2 e 3, divididos por suas categorias e respectivas

fontes. Essa aba serve para relacionar todas as fontes de emissões e os dados de consumo que deverão ser obtidos

para a realização do Inventário de Emissões de GEE, o preenchimento dos dados de cada fonte pode ser realizado de

forma anual quanto mensal.

Figura 4-Aba "Fontes de Emissões GEE" da Planilha de Apoio

Figura 3-Aba "Instruções" da Planilha de Apoio

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11.3 Coletando os dados de Perfil Anual

Na aba “Dados de Perfil Anual” (segue imagem abaixo), são relacionados os tópicos com todas as

informações que deverão ser levantadas previamente.

Ressaltamos que os Dados de Perfil anual coletados na planilha de apoio devem ser informado no

formulário disponível na plataforma do Desafio no site.

11.4 Cálculos CO² e dos resíduos incinerados dentro do EAS

Esta aba “Cálculos CO² e por incineração” é destinada apenas para os Estabelecimento de Assistência à

Saúde (EAS) que possuam seu próprio incinerador.

Para o cálculo, basta incluir na célula em azul claro a quantidade de resíduo que foi incinerado durante o

ano inventariado, utilizando a unidade tonelada por ano (ton/ano).

Os resultados serão apresentados, automaticamente na linha do TOTAL, não células indicadas pela cor

verde.

Figura 6-Aba "Resíduos Incinerados" da Planilha de Apoio

Para o preenchimento da quantidade de resíduos destinados a Incineração fora do Estabelecimento de

Saúde por empresas terceirizadas, favor verificar em: “Preenchimento da Ferramenta de Cálculo” (Escopo

3 – Outras Emissões Diretas – resíduos Sólidos da Operação – Incineração).

Figura 5-Aba "Dados de Perfil Anual" da Planilha de Apoio

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11.5 Cálculos CO² e dos Gases Anestésicos

Esta aba destina-se ao cálculo de toneladas de CO² e dos Gases anestésicos não contemplados pela

ferramenta de cálculo do GHG Protocol. Nesta aba é possível calcular o total de CO²e (Ton.) emitida pelos

anestésicos Sevoflurane, Isoflurano e Desflurane para poder inseri-los na ferramenta posteriormente.

Na aba “Cálculos CO² e dos Gases Anestésicos” basta selecionar o volume do frasco utilizado pela

instituição e preencher a quantidade de frascos consumidos durante o ano inventariados, na linha e coluna

respectiva de cada anestésico. Apenas as células em azul claro devem ser preenchidas. resultados serão

apresentados, automaticamente na coluna “CO²e (Ton.).

Figura 7 Aba "Gases Anestésicos" da Planilha de Apoio

Caso o gás utilizado na instituição não conste entre as opções relacionadas na Planilha de Apoio, este

não faz parte dos “Gases Anestésicos” considerados para inserção no inventário de emissões.

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Preenchendo o inventário de Gases de

efeito Estufa (GEE)

Nessa etapa está descrito o passo a passo para o preenchimento da

“Ferramenta de Cálculo GHG Protocol”.

ETAPA 2

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24

12 Estrutura das Categorias

Para auxiliar o preenchimento da planilha, esse Guia apresenta, de forma padronizada, as seguintes

informações de apoio para cada categoria de emissão:

• Definição: dos principais conceitos (quando necessário);

• Preparação: indicação das informações a serem coletadas previamente;

• Preenchimento: localização na ferramenta do GHG Protocol para inserção das informações coletadas.

13 Preenchendo a Planilha do GHG Protocol

Para iniciar o processo, é necessário fazer o download gratuito da Ferramenta Intersetorial do Programa

Brasileiro do GHG Protocol, disponível em http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-de-calculo. Trata-

se de uma planilha Excel, sendo a versão mais atual a “Ferramenta_GHG_Protocol_v2020.1.2”.

É importante notar que a ferramenta foi planejada para atender às atividades dos mais variados setores

produtivos, o que resulta em grande quantidade de campos menos relevantes, ou mesmo, não aplicáveis às

organizações de saúde.

É recomendável que a planilha de cálculo seja adquirida no site do Programa Brasileiro GHG Protocol, pois

no processo de download é solicitado o e-mail do responsável, por onde serão enviadas as atualizações

que podem acontecer na planilha.

Figura 8-Aba "Introdução da Ferramenta de Cálculo GHG Protocol

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O inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) será o produto do preenchimento da planilha do Programa

Brasileiro do GHG Protocol.

Essa ferramenta é dividida em abas, posicionadas na parte inferior da planilha e identificadas pelo nome e

por uma legenda de cores. No cabeçalho de cada aba é possível utilizar o “Menu de navegação” para ir

diretamente à aba selecionada. Os campos para preenchimento estão claramente identificados pela cor

“laranja claro”.

Figura 9-Menu de navegação das abas da Ferramenta de Cálculo GHG Protocol

Cada aba da planilha possui orientações específicas, para as quais recomendamos a leitura atenta.

As abas não coloridas “Disclaimer” e “Atualizações” apresentam, respectivamente, o Termo de isenção

de responsabilidade e a lista com as modificações realizadas em relação à versão anterior.

Na aba cinza - “Introdução”, preencha o nome e endereço de sua organização, o nome e telefone do

responsável, a data do preenchimento e selecione o ano inventariado.

As abas em azul referem-se às emissões diretas advindas de fontes da organização inventariante ou

controlada por ela (Escopo 1).

As abas em laranja referem-se às emissões indiretas provenientes da aquisição de energia elétrica e térmica

que é consumida pela organização (Escopo 2).

As abas em amarelo referem-se às outras emissões indiretas, não relatadas no Escopo 2. São emissões

que ocorrem em fontes que não pertencem ou não são controladas pela organização (Escopo 3).

Ao final de cada categoria desses escopos, apresenta-se o total de emissões de GEE calculado

automaticamente com base nos dados inseridos, incluindo o CO2 - biogênico.

Figura 10 - Tela com o total de emissões calculado por categoria.

As abas em cinza ao final apresentam informações gerais, com destaque para a aba Resumo onde você

encontrará os totais de GEE emitidos em cada escopo e categoria. É nesta aba que você vai conhecer o

resultado do seu trabalho.

O restante das abas em cinza são informações de apoio, como: Fatores de Emissão, Fatores Variáveis e

Fatores de Conversão que podem ser observados nas respectivas abas.

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Vale mencionar que o preenchimento da planilha é extenso e pode ser realizado em etapas, não

necessariamente na sequência das categorias apresentadas no Guia.

13.1 Qualidade dos dados

Orientamos que seja mantido a mesma fonte de coleta de dados, por exemplo, o consumo de óleo diesel

pode ser fornecido tanto pela área de “Manutenção” quanto por “Contas a pagar”. Nesse caso, busque

manter o critério, ou, caso mude de um ano para o outro, justifique e ajuste a série histórica de dados para

o novo padrão.

Recomenda-se que utilize, sempre que possível, o valor das faturas de compra e armazene em uma pasta,

visando garantir a qualidade dos dados de maneira que eles possam ser sempre auditáveis.

Caso sua instituição seja composta por várias unidades assistenciais, cada uma deve utilizar uma planilha

própria e independente. Uma unidade pode ser um hospital, uma unidade básica de saúde ou um centro de

diagnóstico, desde que caracterizem claramente unidades ou filiais distintas, tenham CNPJ diferentes e/ou

se localizem em diferentes endereços. Se sua organização está realizando inventários em diversas unidades

poderá, se desejar, consolidar posteriormente os dados obtidos em cada unidade em um relatório geral

integrado, no entanto, é importante utilizar desde o início planilhas distintas para cada unidade, para

evidenciar o perfil das emissões de GEE de cada uma delas.

É importante observar que após a inserção de cada dado, a planilha realizará todos os cálculos das

emissões de GEE automaticamente, atualizando o resultado imediatamente após cada nova entrada.

Esse recurso pode ser útil por dar uma rápida ideia do impacto de determinado item no total de emissões

calculadas até aquele momento. Esta funcionalidade também serve para simular os efeitos de determinadas

medidas que se cogita empregar na redução das emissões, por exemplo, a substituição de fontes de energia

ou a redução do consumo de certos insumos.

13.2 Principais atualizações da versão 2020.1.2

A principais atualizações que ocorreram na planilha de cálculo “Ferramenta do Programa GHG Protocol

versão 2020.1.2 foram ajuste na fórmula de cálculo feito por meio da utilização da "Tabela 5. Emissões

fugitivas de hexafluoreto de enxofre (SF₆) e trifluoreto de nitrogênio (NF₃)" e ajustes nos fatores de emissão

contidos na "Tabela 18. Fatores de emissão para transporte de carga em navio". Esta atualização impacta

os cálculos para combustão móvel, transporte e distribuição upstream e downstream, somente em relação

à transporte hidroviário.

Para cada ano inventariado deve ser preenchida uma nova planilha, com os dados coletados para cálculo

do ano anterior, a partir de março de cada ano esses dados devem ser inseridos na ferramenta de cálculo

do GHG Protocol atualizada. Recomenda-se fortemente que a estrutura e os fatores da planilha NÃO sejam

alterados. Devem-se preencher apenas os locais indicados.

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Preenchendo as emissões do

ESCOPO 1 Emissões Diretas

Emissões de responsabilidade e controle direto da

organização. (Controle Operacional)

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14 Escopo 1 – Emissões Diretas

As abas em azul representam as emissões do Escopo 1 – Emissões diretas – ou seja, as emissões de

responsabilidade e controle diretos da organização como, por exemplo, emissões da queima de

combustível em fontes fixas ou em fontes móveis, como, por exemplo, veículos automotores.

• As abas “Emissões agrícolas” e “Mudança no uso do solo” não precisam ser preenchidas, por não

se aplicarem diretamente às atividades das organizações de saúde.

• A aba Resíduos sólidos, referente aos resíduos tratados na própria unidade, é de preenchimento

opcional e requer detalhamento técnico que deverá levar em consideração as características da

instituição e da tecnologia empregada.

14.1 Combustão Estacionária

Definição

Fontes de combustão estacionárias Escopo 1: incluem todas as fontes de emissões de GEE fixas de

controle operacional próprio, ou seja, emissões do consumo de combustível em equipamentos fixos como

geradores de energia, da queima de combustível para cozinhar etc.

Preparação

[Conteúdo Básico]: Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:

➢ Óleo diesel (litros);

➢ GLP (toneladas);

➢ Gás natural (m3);

➢ Lenha (toneladas);

➢ Lubrificantes;

➢ Acetileno.

Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):

➢ Geração de energia (p.ex. gerador);

➢ Produção de vapor (p.ex. caldeira);

➢ Cocção de alimentos (p.ex. cozinha);

➢ Aquecimento de água (p.ex. boiler).

Preenchimento

Na aba Combustão Estacionária:

1) No campo “Selecione o setor” (“linha 32, coluna "D-E-F"), selecione a opção “Comercial ou

Institucional”;

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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2) Na “Tabela 1. Fontes Estacionárias de Combustão” (linha 41, coluna “B”), insira os dados de

consumo de combustíveis indicados em Preparação desse item:

Selecionar o combustível na coluna D “Combustível utilizado”.

Cada linha deve conter apenas um tipo de combustível, na ORDEM INDICADA:

➢ Linha 46 Coluna D – Acetileno

➢ Linha 47 Coluna D – Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

➢ Linha 48 Coluna D – Gás Natural Seco

➢ Linha 49 Coluna D – Gás Natural Úmido

➢ Linha 50 Coluna D – Lubrificantes

➢ Linha 51 Coluna D – Óleo Diesel (Comercial)

➢ Linha 52 Coluna D – Lenha para Queima Direta

No caso de sua instituição não possuir alguma fonte de emissão citada acima, mantenha a ordem indicada

de preenchimento, e complete a quantidade consumida (coluna E) com o número 0 (zero) para as fontes de

emissão que não possui no seu inventário. Preencha os consumos apenas dos combustíveis utilizados em

sua instituição.

Assim como o exemplo citado na Figura 5 - Tela da aba “Combustão estacionária” para preenchimento (os

valores apresentados nesta figura são fictícios).

Caso a ordem de preenchimento não seja respeitada o Sistema não reconhecerá seus dados.

Figura 11-Tela da aba “Combustão estacionária” para preenchimento do setor

Figura 12-Tela da aba "Combustão estacionária" para preenchimento

ORDEM INDICADA para o preenchimento

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30

14.2 Combustão Móvel

Definição

Fontes de combustão móveis Escopo 1: incluem fontes de emissões de GEE especificados, veículos

próprios, ou seja, aeronaves próprias, veículos automotivos próprios, utilizados no transporte de

documentos, funcionários e em outras atividades.

Observação

• Categoria não necessária para completar o [Conteúdo Básico].

• Devem ser informados somente dados da frota própria da unidade e no caso de frota de terceiros para

os serviços de ambulância, caso sejam abastecidos pela unidade. Nos casos dos demais serviços

terceirizados que utilizam transporte, esses devem ser relatados em Transporte & Distribuição

(Upstream), quando houver relação com a aquisição de bens e serviços, e em Transporte & Distribuição

(Downstream), quando não houver essa relação. Ambos no Escopo 3.

Para calcular as emissões decorrentes de viagens a negócios, em aeronaves/veículos de terceiros, utilize a

aba Viagens a Negócios no Escopo 3.

Preparação

[Conteúdo Avançado] Levante os dados de consumo dos seguintes combustíveis:

• Gasolina automotiva (litros);

• Óleo Diesel (litros);

• Etanol (litros);

• GNV (m3);

• Gasolina de aviação (litros);

• Querosene de aviação (litros).

Para os seguintes usos (conforme aplicabilidade na unidade):

• Automóveis;

• Motocicletas;

• Caminhões;

• Aeronaves.

Observação

Em transporte Rodoviário, além da opção por tipo de combustível, há opções de consumo de combustível

por tipo e ano da frota (litros) – e por distância percorrida por tipo e ano frota (km) – menos precisa. Somente

a “Tabela 2. Cálculo de emissões por tipo de combustível no ano de 2019”, deve ser preenchida. No caso

do Transporte aéreo temos apenas 1 opção, “Tabela 6. Cálculo de emissões de gases de efeito estufa por

transporte aéreo no ano de 2019”, que deve ser preenchida quando a instituição possuir esta fonte de

emissão.

Preenchimento

Na aba Combustão Móvel:

1) Em “Transporte rodoviário”, há 3 opções de preenchimento, somente uma delas deve ser preenchida,

“Tabela 2. Cálculo de emissões por tipo de combustível no ano de 2019”,

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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31

Preencha as informações na ordem indicada conforme demostrado na imagem abaixo. Caso a ordem de

preenchimento não seja respeitada o sistema não reconhecerá seus dados

Os itens devem ser preenchidos em cada linha, selecionado a partir da lista da coluna “D” e informando os

respectivos dados mensais OU anuais.

Cada linha deve conter apenas um tipo de combustível, na ORDEM INDICADA:

➢ Linha 207 Coluna D – Gasolina Automotiva (comercial)

➢ Linha 208 Coluna D – Óleo Diesel (comercial)

➢ Linha 209 Coluna D – Etanol

➢ Linha 210 Coluna D – Gás Natural Veicular (GNV)

Caso sua instituição não possua alguma fonte de emissão citada acima, mantenha a ordem correta de

preenchimento, e complete a quantidade consumida (colunas F a Q, mensais ou coluna R anual) com o

número 0 (zero) para as fontes de emissão que não contemplam o Inventário. Preenchendo os consumos

apenas dos combustíveis utilizados em sua instituição.

Assim como o exemplo citado na Figura 13 - Tela da aba “Combustão Móvel” transporte rodoviário, para

preenchimento (os valores apresentados nesta figura são fictícios).

➢ Tabela 2. Cálculo de emissões por tipo de combustível no ano (linha 202),

Caso a sua instituição não possua a quantidade de combustível consumida, estime as emissões com

base na distância percorrida pela frota, preenchendo as informações solicitadas na tabela 3.

➢ Tabela 3. Cálculo de emissões por distância percorrida no ano ((linha 365),

• Escolha primeiro o Tipo da frota de veículos e depois o Ano da frota.

• Para cada veículo ou grupo de veículos, informe apenas as distâncias mensais OU a distância

anual. NÃO preencha as duas opções simultaneamente.

• Dê preferência ao relato mês a mês. Na ausência de dados mensais sobre a distâncias percorridas,

informe o total anual.

Figura 13-Tela da Tabela 2 em “Transporte rodoviário” da aba "Combustão móvel"

Figura 14-Continuação Tela da Tabela 2 em “Transporte rodoviário” da aba "Combustão móvel

ORDEM INDICADA para o preenchimento

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32

Preencha as informações na ordem indicada conforme demostrado na imagem abaixo. Caso a ordem de

preenchimento não seja respeitada o sistema não reconhecerá seus dados

2) Em “Transporte aéreo” (linha 673, coluna “B”), os combustíveis aplicáveis à frota da organização,

selecionados a partir da lista da coluna “D”, devem ser preenchidos em cada linha da Tabela 6.

Selecionar o combustível na coluna D “Tipo de combustível”.

Cada linha deve conter apenas um tipo de combustível, na ORDEM INDICADA:

➢ Linha 678 Coluna D – Gasolina de Aviação

➢ Linha 679 Coluna D – Querosene de Aviação

Caso sua instituição não possua alguma fonte de emissão citada acima, mantenha a ordem correta de

preenchimento, e complete a quantidade consumida (coluna E) com o número 0 (zero) para as fontes de

emissão que não contemplam o Inventário. Preenchendo os consumos apenas dos combustíveis utilizados

em sua instituição.

Assim como o exemplo citado na Figura 8 - Tela da aba “Combustão móvel” Transporte aéreo, para

preenchimento (os valores apresentados nesta figura são fictícios).

Caso a

ordem de preenchimento não seja respeitada o Sistema não reconhecerá seus dados.

Figura 15-Tela de "Transporte aéreo" da aba "Combustão móvel"

ORDEM INDICADA para o preenchimento

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33

14.3 Emissões Fugitivas

Definição

Emissões fugitivas incluem todas as emissões não intencionais (ex. por recargas) de gases utilizados para

refrigeração, nos extintores de incêndio e óxido nitroso (N2O) proveniente dos gases anestésicos.

Preparação

[Conteúdo Básico]: Levante os dados de compra de:

➢ Óxido nitroso (N2O) (kg)

➢ O óxido nitroso é utilizado na composição de gases anestésicos;

➢ Para a obtenção desse dado, recomendamos adotar a compra total desse gás no ano

inventariado.

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de compra de:

➢ Recarga de Gás refrigerante utilizado nos sistemas de refrigeração e ar condicionado (kg).

➢ Recarga de Extintores de Incêndio de CO2

Observação

É obrigatório o preenchimento da Tabela 1 - Abordagem por Estágio do Ciclo de Vida por tipo de combustível,

por ser mais precisa.

Existem outros gases que são utilizados em instituições de saúde e precisam ser conhecidos, assim como

a sua relevância para as emissões totais. Alguns exemplos que estão sendo estudados por hospitais são:

SF6 na cabine primária, CF4 e C2F6 em equipamentos de imagem, entre outros.

Preenchimento

Na aba Emissões Fugitivas:

1) Em “Emissões de Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado (RAC) e Extintores de

Incêndio”, na “Tabela 1. Emissões de GEE por equipamentos de RAC e extintores - balanço de

materiais por estágio do ciclo de vida” (linha 57, coluna “B”):

➢ [Conteúdo Básico] Óxido nitroso (N2O):

➢ Selecione a opção “Óxido nitroso (N2O)” na Linha 62, Coluna “C”;

➢ Insira os dados de compra de Óxido nitroso (N2O) (kg/ano) na linha 62, coluna “G”.

➢ [Conteúdo Avançado]: Gás refrigerante e Extintores:

➢ Selecione a opção “Dióxido de Carbono (CO2)” na Linha 63 Coluna C;

➢ Insira os dados de recarga de CO2 dos extintores na Linha 63, Coluna G.

➢ Selecione o tipo de gás (exemplo “HFC-134a") nas Linhas 64 a 71, Coluna “C”;

➢ Insira os dados de recarga de Gás refrigerante (exemplo HFC-134a) em kg/ano nas Linhas 64 a

71 Coluna “G”.

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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34

Caso sua instituição não possua alguma fonte de emissão citada acima, mantenha a ordem correta de

preenchimento, e complete a quantidade consumida (coluna E) com o número 0 (zero) para as fontes de

emissão que não contemplam o Inventário. Preenchendo os consumos apenas dos combustíveis utilizados

em sua instituição.

Assim como o exemplo citado na Figura 9 - Tela da aba “Emissões fugitivas”, para preenchimento (os valores

apresentados nesta figura são fictícios).

Preencha as informações na ordem indicada conforme demostrado na imagem abaixo. Caso a ordem de

preenchimento não seja respeitada o sistema não reconhecerá seus dados

Observação: Caso o gás utilizado na organização não conste entre as opções relacionadas, este não faz

parte do Protocolo de Quioto e poderá ser calculado na aba “Fugitivas - GEE não Quioto”

Fugitivas - GEE não Quioto

Caso haja recarga de ar condicionado ou outras emissões fugitivas que não façam parte do protocolo de

Quioto (exemplo: R22) calcular na aba “Fugitivas – GEE não Quioto”.

O preenchimento é semelhante às emissões fugitivas descritas no tópico anterior.

Sugerimos a Opção 1 - Abordagem por Estágio do Ciclo de Vida.

Em “Emissões de Equipamentos de Refrigeração e Ar Condicionado (RAC) e Extintores de Incêndio”,

na “Tabela 1. Emissões de GEE por equipamentos de RAC e extintores - balanço de materiais por

estágio do ciclo de vida” (linha 47, coluna “B”):

➢ Selecione o gás, coluna “C” (nesta coluna às opções de todos os gases não Quioto);

➢ Insira os dados de recarga, coluna “G”.

Fatores de

emissão

Fugitivas –

GEE não

Quioto

Resumo Fatores

Variáveis

Fatores de

conversão Aeroportos

Figura 16-Imagem de tela da “Opção 1. Abordagem por estágio do ciclo de vida” na aba Emissões fugitivas

ORDEM INDICADA para o preenchimento

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35

14.4 Outros Gases Anestésicos

Definição

Outros Gases Anestésicos incluem todas as emissões não intencionais (ex. por vazamentos) de gases

utilizados proveniente dos gases anestésicos não contemplados pela Ferramenta de Cálculo GHG Protocol.

Preparação

[Conteúdo Básico]: Opcional

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de consumo de:

➢ Gases anestésicos:

➢ Sevoflurane;

➢ Isoflurane;

➢ Desflurane.

Observação

O reporte desta fonte de emissão é realizado na aba “Processos Industriais” e seu cálculo é feito na

Planilha de Apoio disponível na página do Desafio à Saúde Pelo Clima no site.

Cálculo de CO² e outros gases anestésicos

1) Na Planilha de Apoio de Dados Preliminares e na aba” Cálculo CO²e Gases Anestésicos”, encontra-se

a calculadora de toneladas de CO²e desses gases anestésicos.

➢ [Conteúdo Básico] Opcional

➢ [Conteúdo Avançado]:

➢ Basta selecionar o volume do frasco em ml (Coluna B) e preencher o número de frascos

consumido durante o ano inventariado (Coluna C), na linha respectiva de cada Gás anestésico;

➢ O resultado em tCO2e sairá automaticamente na coluna “D” na linha respectiva de cada Gás

Anestésico

Caso o gás utilizado na organização não conste entre as opções relacionadas na Planilha de Apoio, este não

faz parte de Outros Gases Anestésicos.

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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Figura 17-Tela da “Aba de Cálculo de CO² e dos Gases Anestésicos" da Planilha de Apoio

Preenchimento

Na aba Processos Industriais da ferramenta de Cálculo GHG Protocol:

1) Em “Emissões de Processos Industriais”, na “Tabela 1. Relato de Emissões de Processos

Industriais” (coluna “F” Emissões (t GEE)):

➢ [Conteúdo Básico] Opcional

➢ [Conteúdo Avançado]:

➢ Após calcular as emissões de tCO2e na Planilha de Apoio;

➢ Insira o resultado em CO2 e (Ton.) na coluna “F” e linha respectiva de seu Gás Anestésico.

Figura 18-Imagem de tela da “Tabela 1. Relato de emissões de Processos Industriais” na aba Processos Industriais

ORDEM INDICADA para o preenchimento

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37

14.5 Resíduos sólidos

Definição

Resíduos Sólidos Escopo 1 incluem emissões de GEE provenientes do tratamento de Resíduos Sólidos

de controle operacional da instituição (compostagem e Incineração de controle operacional da instituição).

Preparação

Compostagem anaeróbica:

Levante os dados de:

➢ Quantidade de resíduos destinados a compostagem;

➢ Se houve recuperação de CH4, ou não;

➢ Caso tenha recuperação, qual o destino do biogás recuperado;

Observação

Estão sendo levantados dados mínimos para o cálculo de emissões de GEE provenientes de tratamento de

Resíduos Sólidos, por meio dos passos 1, 2, e 3. Porém, caso a instituição queira detalhar, é necessário

buscar os dados específicos de fatores de emissão CH4 e N2O dos resíduos tratados.

Preenchimento

Na aba Resíduos sólidos, selecione “Compostagem anaeróbica”:

1) No Passo 1. “Quantidade de resíduo destinado a compostagem” preencher a quantidade total de

toneladas de resíduos destinados a compostagem anaeróbica, de controle operacional da empresa, na

linha 135, coluna F.

2) No passo 2 “Outros elementos”, se não possuir o fator de emissão de CH4 e N2O específico do resíduo

tratado, deixar em branco

3) No passo 3 “Recuperação de CH4”, preencher a quantidade de CH4 recuperada na linha 146, coluna F,

se houver. Em seguida selecionar qual o destino do biogás recuperado, na linha 149, coluna D

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

Figura 19-Tela dos passos 1 a 3 Compostagem, da aba "Resíduos Sólidos"

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Preparação

Incineração:

Levante os dados de:

➢ Quantidade de resíduos destinados a incineração;

Observação

Estão sendo levantados dados mínimos para o cálculo de emissões de GEE provenientes de Resíduos

Incinerados. Caso a instituição queira detalhar, é necessário buscar os dados específicos de fatores de

emissão de seus resíduos incinerados.

Preenchimento

Na aba Resíduos sólidos, selecione “Incineração”:

”: preencha na linha 170, colunas “D-F”, as emissões de CO2, CH4 e N2O, em toneladas.

Figura 13 - Tela da opção "Incineração" na aba “Resíduos sólidos”.

➢ Essas informações podem ser calculadas por meio da metodologia do Intergovernmental Panel

on Climate Change (IPCC) (2006), em conjunto com os responsáveis da instituição pelo serviço

de incineração;

➢ Caso não seja possível realizar essa estimativa, utilize a “Planilha de Apoio” na Aba “Cálculo

CO²e por incineração” que está disponível na plataforma do Desafio a Saúde pelo Clima no site

do Hospitais Saudáveis.

Figura 20-Tela da opção "Incineração" na aba “Resíduos sólidos

Figura 21-Aba "Cálculos de emissões de CO² e por Resíduos Incinerados" da Planilha de Apoio

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14.6 Tratamento de Efluentes

Definição

Efluentes Escopo 1 incluem emissões de GEE provenientes do tratamento de efluentes líquidos de controle

operacional da instituição.

Preparação

Levante os dados de:

➢ Quantidade de tratamentos aplicados sequencialmente;

➢ Quantidade de efluente líquido gerado;

➢ Quantidade de componente orgânico degradável do efluente em DBO (Demanda Bioquímica de

Oxigênio) ou DQO (Demanda Química de Oxigênio);

➢ Tipo de tratamento aplicado ao efluente.

Observação

Estão sendo levantados dados mínimos para o cálculo de emissões de GEE provenientes de tratamento de

efluentes, por meio dos passos 1, 2, 3 e 4, sendo que este último sem o detalhamento da quantidade de

nitrogênio no efluente. Porém, caso a instituição queira detalhar, é necessário buscar os dados com empresa

especializada.

Preenchimento

Na aba Efluentes, selecione “Efluentes líquidos”:

4) No passo 1 “Tratamentos sequenciais aplicados aos efluentes”, selecionar a célula na linha 34, coluna

“E”, indicando se existem dois tratamentos anaeróbicos sequenciais ao efluente gerado.

5) No passo 2 “Dados da geração de efluentes líquidos”, preencher a célula na linha 39, coluna “D” com o

valor referente a 80% da quantidade anual de efluente líquido gerado.

6) No passo 3 “Dados da composição orgânica do efluente”, preencher as células na linha 46, colunas “D”

e “E” com a quantidade de componente orgânico degradável do efluente e com o tipo, sendo DBO

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Deslocamen

to casa-

trabalho

Efluentes En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

Figura 22-Tela dos passos 1 e 2 da aba "Efluentes"

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40

(Demanda Bioquímica de Oxigênio) ou DQO (Demanda Química de Oxigênio), que podem ser

verificadas por meio de uma análise de um laboratório especializado.

Este passo pode ser finalizado sem o detalhamento da quantidade de nitrogênio no efluente, porém, para

uma melhor precisão no cálculo, é necessário conseguir estes dados por meio de análise do efluente

gerado.

7) No passo 4 “Tipo de tratamento aplicado ao efluente”, selecionar a célula na linha 58, coluna “D-E” com

o tipo de tratamento aplicado ao efluente.

8) No passo 5 “Recuperação de CH4”, preencher a célula na linha 64, coluna “E” com a quantidade de

metano (CH4) recuperada no tratamento, caso ocorra a recuperação. A recuperação pode ser por meio

de um queimador (“flare”) ou utilizado para geração de energia (eletricidade, calor etc.). Este tipo de

recuperação deve ser selecionado na linha 67, coluna “D-E”.

Os passos de 6 a 9 só podem ser preenchidos caso existam dois tratamentos anaeróbicos sequenciais

aplicados ao efluente gerado. Caso contrário, não deve ser preenchido.

Figura 23-Tela dos passos 3 e 4 da aba "Efluentes"

Figura 24-Tela do passo 5 na aba "Efluentes"

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Preenchendo as emissões do

Escopo 2 Emissões Indiretas por Consumo de

Energia

Emissões da geração de eletricidade ou energia

térmica adquiridas pela organização

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15 Escopo 2 – Emissões Indiretas por Consumo de Energia

As abas em laranja referem-se às emissões do Escopo 2 – Emissões indiretas – que são as emissões

decorrentes da eletricidade comprada da concessionária de distribuição de energia ou energia

térmica adquirida, como vapor. A aba “Compra de Energia Térmica” também não precisa ser preenchida

devido a sua baixa representatividade no setor.

15.1 Compra de Energia Elétrica (localização)

Definição

Energia elétrica (localização) inclui as emissões de GEE provenientes da aquisição de energia elétrica e

térmica que é consumida pela instituição. Neste escopo, as emissões ocorrem fisicamente no local onde a

energia é produzida, sendo estas fora do limite da instituição.

Preparação

[Conteúdo Básico] Levante os dados de consumo de eletricidade:

➢ Energia elétrica comprada (kWh) mensal ou anual, para a unidade inventariante (essa informação

consta na fatura de energia elétrica). Na planilha, o reporte precisará ser feito em MWh.

(ATENTAR-SE PARA A UNIDADE DE MEDIDA, QUE DEVE SER REPORTADA EM MWh)

Preenchimento

[Conteúdo Básico] Na aba Energia elétrica (localização):

1) Preencher em Sistema Interligado Nacional (SIN) a energia elétrica comprada (em MWh) mensal

(Tabela 1, linha 41, coluna “D” até “O”) OU anual (Tabela 1, linha 41, coluna “P”).

➢ Preencher com dados somente da unidade inventariante, e não com dados de outras unidades de

um membro grupo;

➢ Somente as organizações da região amazônica devem inserir dados em Sistema Isolado do

Amazonas (linha 101, coluna “B”). Compra de Energia (escolha de compra)

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

Figura 25-Tela da opção "Sistema Interligado Nacional (SIN)" na aba En. elétrica (localização)

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15.2 Compra de Energia Elétrica (escolha de compra)

Definição

Energia elétrica (escolha de compra) Fonte de geração de energia que a organização inventariante

escolheu adquirir e consumir. (energia certificada, mercado livre de energia).

Preparação

[Conteúdo Básico] Levante os dados de consumo de eletricidade:

➢ Energia elétrica comprada (kWh) mensal ou anual, para a unidade inventariante (essa informação

consta no contrato de compra). Na planilha, o reporte precisará ser feito em MWh.

Observação

• Categoria não necessária para completar o [Conteúdo Básico].

Caso a instituição utilize o mercado livre de energia certificada, é necessário completar o [Conteúdo

Avançado].

*O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação de energia elétrica em que o consumidor pode

escolher as condições comerciais, conforme conveniência. Isso inclui: gerador, valores, quantidade

contratada (a partir de um mínimo de 500kW por CNPJ), período de suprimento, condições de pagamento

etc.

Preenchimento

Na aba “Energia elétrica (escolha de compra)”:

1) Preencher tabela em Abordagem baseada em escolha de compra (tabela 1 Coluna B, linha 38)

2) Escolher o tipo de fonte de geração de energia (Coluna “D”).

3) Escolher o tipo de combustível, caso haja (Coluna “E”)

4) Indicar se possui o fator de emissão para essa fonte ou não (Coluna “F”)

5) Relatar a compra de energia mensal em MWh (Colunas “H” a “S”) OU relatar compra anual em MWh

(Coluna “T)

6) Preencher fatores de emissão caso possua (Colunas “U” a “X”)

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

Figura 26-Tela da opção Energia elétrica (escolha por compra).1 Figura 27-Tela da opção Energia elétrica (escolha por compra).2

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Preencher com dados somente da unidade inventariante, e não com dados de outras unidades de um membro

grupo;

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Preenchendo as emissões do

Escopo 3 Outras Emissões Indiretas

Todas as demais emissões indiretas que são

consequência das atividades executadas, mas

ocorrem em fontes que não são de propriedade ou

controladas pela organização.

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16 Escopo 3 – Outras Emissões Indiretas

As abas em amarelo tratam das emissões do Escopo 3 – Outras emissões indiretas – que se referem à

todas as outras fontes de emissão atribuíveis à atividade da organização, como serviços de transportes

por empresas terceirizadas/contratadas, tratamento externo de resíduos ou viagens de negócios.

16.1 Resíduos sólidos na operação

Preparação

[Conteúdo Básico] Levante os dados de geração de resíduos sólidos gerados na operação, porém de

controle operacional de terceiros:

➢ Toneladas de resíduos sólidos destinados para aterros;

➢ Toneladas de resíduos sólidos destinados para compostagem;

➢ Composição dos resíduos (conforme Passo 3 dessa seção), caso não seja possível essa estimativa,

adotar o padrão indicado.

Observação

Os resíduos sólidos enviados a reciclagem não devem ser considerados.

Preenchimento

Na aba Resíduos sólidos da operação:

1) Em “Resíduos aterrados”, no “Passo 1. Dados do local de disposição final dos resíduos “: preencha

o “Estado (UF)” (linha 54, coluna “D-F”) e o “Município” da unidade (linha 55, coluna “D-F”). Os dados de

precipitação anual [mm/ano] e temperatura anual média [°C] serão preenchidos automaticamente.

2) No “Passo 2. Dados de atividade da organização inventariante”: insira a quantidade de resíduos

sólidos enviados para aterro no ano (em toneladas) (linha 67, coluna “E”).

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

Figura 28-Tela dos Passos 1 e 2 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação

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3) No “Passo 3. Dados da composição do resíduo”: insira a estimativa (%) para cada categoria de resíduo

gerado em sua unidade nas células da coluna “E”, linhas 80 a 87.

Caso não possua essa estimativa, utilize o padrão de acordo com a realidade da unidade de saúde em

relação ao padrão de reciclagem, conforme tabela abaixo. Por exemplo, caso o hospital faça a reciclagem

de secos e orgânicos, utilizar a primeira coluna de percentuais.

A tabela abaixo foi desenvolvida com base na combinação de referências da literatura com dados empíricos

fornecidos por membros do PHS. Os valores adotados para cada categoria de unidade hospitalar visam

gerar resultados que reflitam diferentes situações. Destacamos que os valores adotados foram adaptados

para melhor adequação à ferramenta do GHG, de forma que sua aplicação deve ser exclusiva a este

contexto, pois não refletem com precisão a real gravimetria dos resíduos de serviços de saúde, e sim,

apresentam valores que emulam o potencial de emissões desses resíduos.

Ainda que esta solução tenha limitações e não apresente a precisão de uma análise gravimétrica realizada

com resíduos da própria unidade, entendemos que atende à proposta de proporcionar uma avaliação inicial

acessível.

A - Hospital com

coleta seletiva

(secos e orgânicos)

B - Hospital com

coleta seletiva

(secos)

C - Hospital com

coleta seletiva

(orgânicos)

D - Hospital sem

coleta seletiva

Composição do resíduo Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%) Percentual (%)

A – Papéis / papelão 9,0% 9,0% 13,0% 12,0%

B – Resíduos têxteis 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%

C – Resíduos alimentares 23,0% 29,0% 22,0% 27,0%

D – Madeira 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%

E – Resíduos de jardim e

parque 4,0% 3,0% 3,0% 3,0%

F – Fraldas 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%

G – Borracha e couro 1,0% 1,0% 1,0% 1,0%

Outros materiais inertes 58,0% 53,0% 56,0% 52,0%

Figura 29-Composição dos resíduos sólidos para o setor saúde

Observação

➢ Devem ser excluídos da estimativa os resíduos enviados para reciclagem;

➢ Resíduos enviados para compostagem ou incineração devem ser preenchidos nos respectivos

campos, descritos adiante nessa seção;

➢ Resíduos enviados para autoclavagem ou outros tratamentos térmicos sem queima devem

ser considerados nessa estimativa;

➢ Resíduos plásticos, como embalagens de produtos de limpeza, remédios e cosméticos e luvas

nitrílicas devem ser preenchidos na categoria “Outros Inertes”;

➢ Luvas de látex devem ser preenchidas na categoria “G - Borracha e couro”;

➢ Fraldas e absorventes devem ser preenchidos na categoria “F – Fraldas”.

4) No “Passo 4. Qualidade da disposição de resíduos [MCF¹]”, na linha 103, coluna “E”, informe a

classificação do aterro para onde os resíduos de sua unidade são enviados.

➢ Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de

abastecimento e saneamento público que atenda seu município;

➢ Caso não seja possível atestar a classificação do aterro, selecione a opção “A”.

➢ Na linha 108, coluna “D”, caso não saiba a Concentração do biogás, não será necessário

preencher esse campo.

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5) No Passo 5. Recuperação de CH4, na linha 114, coluna “E”, informe “Sim” ou “Não” para a existência ou

não de recuperação de metano no aterro para onde os resíduos de sua unidade são enviados.

➢ Essa informação pode ser obtida em pesquisa na internet e por meio da concessionária de

abastecimento e saneamento público que atenda seu município;

6) Em “Compostagem anaeróbica”, no “Passo 1. Quantidade de resíduo destinado a compostagem”: insira

a quantidade de resíduos sólidos enviados à compostagem (toneladas) (linha 137, coluna “F”).

➢ Caso não haja compostagem, deixe esse passo em branco;

➢ Os demais passos nessa seção não precisam ser preenchidos, pois será adotado um default

(padrão).

Figura 30-Tela do Passo 4 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação

Figura 31-Tela do Passo 5 da opção "Resíduos aterrados" na aba Resíduos sólidos da operação.

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7) Em “Incineração”: preencha na linha 169, colunas “D-F”, as emissões de CO2, CH4 e N2O, em toneladas.

Figura 33-Tela da opção "Incineração" na aba “Resíduos sólidos da operação

➢ Essas informações podem ser calculadas por meio da metodologia do Intergovernmental Painel

on Climate Change (IPCC) (2006), em conjunto com o prestador de serviço de incineração;

➢ Caso não seja possível realizar essa estimativa, utilize a “Ferramenta auxiliar para cálculo” na

Aba de “emissões por incineração de resíduos” que está disponível na plataforma do Desafio

a Saúde pelo Clima no site do Hospitais Saudáveis.

Figura 32- Imagem de tela da opção "Compostagem anaeróbica" na aba Resíduos sólidos da operação

Figura 34-Aba "Cálculos de emissões de CO² e por Resíduos Incinerados" da Planilha de Apoio

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16.2 Viagens a Negócios

Definição

Viagens a negócios incluem as emissões de transporte de funcionários para atividades relacionadas aos

negócios da organização inventariante, realizado em veículos operados por ou de propriedade de terceiros,

tais como aeronaves, ônibus e automóveis de passageiros e, se houver, trens e embarcações.

O deslocamento de funcionários (casa-trabalho) deve ser contabilizado na Categoria 7, utilizando a aba

específica.

Observação

Podem ser incluídos nesta categoria funcionários de outras entidades relevantes (por exemplo, prestadores

de serviços terceirizados), assim como consultores e outros indivíduos que não são funcionários da

organização inventariante, mas que se deslocam às suas unidades.

Preparação

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de:

• Distância percorrida (km) por funcionários (e/ou prestadores, consultores, entre outros, conforme

definição do escopo) para Viagens a negócios, por transporte em aeronave, trens e metrô, ônibus ou

automóveis.

Para viagens de aeronave é possível utilizar apenas as informações referentes aos aeroportos utilizados. Já

para as viagens de automóvel, é possível utilizar as informações de consumo de combustível, porém é

necessário informar o tipo de veículo, tipo de combustível e o ano da frota.

Preenchimento

Na aba Viagens a negócios:

1) Selecione o tipo de veículo utilizado por meio do botão “+” à esquerda.

2) Para viagens de aeronave:

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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➢ Caso possua o nome da cidade ou sigla do aeroporto da partida e chegada, utilize a Opção 1.

➢ Caso possua informações de quilometragem percorrida entre as cidades, utilize a Opção 2.

3) Para viagens de trens ou metrô, preencha o tipo de transporte (metrô ou trem urbano), número de

passageiros e distância percorrida por trecho (em km).

Figura 35-Tela da opção “Viagens em aeronaves” a partir das informações de aeroportos de origens e destino na aba “Viagens a Negócios”

Figura 36- Tela da opção "Viagens em aeronaves" a partir das informações de quilometragem percorrida na aba "Viagens a Negócios"

Figura 37-Tela da opção "Viagens em trens e ônibus" na aba "Viagens a Negócios"

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4) Para viagens de ônibus, preencha com tipo de transporte (ônibus municipal ou rodoviário), número

de passageiro e distância percorrida por trecho (em km).

Para viagens em automóveis, seguir a mesma orientação de preenchimento da aba “Combustão móvel”

Figura 38-Tela de opção "Viagens em ônibus" na aba "Viagens a Negócios

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16.3 Deslocamento casa-trabalho

Definição

Deslocamento casa-trabalho inclui as emissões advindas do transporte de funcionários até o local de

trabalho e o retorno para casa.

As Viagens a negócios devem ser contabilizadas na Categoria 6, utilizando a aba específica.

Preparação

[Conteúdo Avançado]: Levante os dados de:

➢ Quantidade de funcionários e os meios de transporte utilizados.

➢ Para os funcionários que utilizem transporte público, levantar:

o Tipo de transporte: metrô, trem urbano, ônibus municipal e ônibus de viagem;

o Distância percorrida por trecho em km;

o Dias trabalhados por ano.

➢ Para os funcionários que utilizem transporte particular, levantar:

o Tipo e ano do veículo (caso não possua estas informações, é possível realizar o cálculo,

porém com menor precisão do cálculo);

o Tipo de combustível do veículo;

o Consumo médio de combustível por dia para ida e volta ao trabalho;

o Distância média percorrida para ida e volta ao trabalho (esta informação é necessária

apenas se não possuir o consumo médio de combustível por dia, porém fornece menor

precisão no cálculo);

o Dias trabalhados por mês.

Preenchimento

Na aba Deslocamento casa-trabalho:

1) Selecione o tipo de meio de transporte utilizado por meio do botão “+” à esquerda (Transporte público ou

Veículos particulares).

2) Para deslocamento por Transporte público:

Combustão

móvel

Emissões

fugitivas

Combustão

estacionária En. elétrica

(localização) Resíduos sólidos

Viagens a

negócios

Desl. casa-

trabalho Efluentes

En. Elétrica (escolha de

compra)

Processos

Industriais

Resíduos

sólidos

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➢ Metrô e/ou trem urbano: utilize os dados coletados na Tabela 1 (linha 36);

➢ Ônibus municipal e/ou de viagem: utilize os dados coletados na Tabela 2 (linha 148).

3) Para deslocamento por Veículos particulares:

➢ Utilize os dados coletados na Tabela 4 (linha 354) para cálculo da emissão por deslocamento

casa-trabalho com base no tipo e ano da frota.

Figura 39- Tela de opção "Transporte público" para cálculo de metrô e/ou trem urbano na aba "Deslocamento casa-trabalho"

Figura 40-Tela de opção "Transporte público" para cálculo de ônibus municipal e/ou de viagem na aba "Deslocamento casa-trabalho"

Figura 41-Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base no tipo e ano da frota na aba "Deslocamento casa-trabalho"

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➢ Utilize os dados coletados na Tabela 5 (linha 467) para cálculo da emissão por deslocamento

casa-trabalho com base no tipo de combustível e consumo médio.

➢ Utilize os dados coletados na Tabela 6 (linha 581) para cálculo da emissão por deslocamento

casa-trabalho com base na distância média percorrida.

Figura 42-Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base no tipo de combustível e o consumo médio na aba "Deslocamento casa-trabalho"

Figura 43-Tela da opção "Veículos particulares" para cálculo com base na distância média percorrida na aba "Deslocamento casa-trabalho

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16.4 Outras Categorias de Escopo 3

Definição

Observe as definições e exemplos para cada subcategoria apresentada em: https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-Esc0opo3-definicao-

curta_final.pdf.

Preparação

O preenchimento dessas categorias não é necessário para o [Conteúdo Básico] ou [Conteúdo Avançado].

Observação

As categorias Transporte & Distribuição (Upstream) e Transporte & Distribuição (Downstream)

possuem abas próprias para o preenchimento.

As categorias abaixo, são preenchidas na aba Categorias de Escopo 3. Nesses casos, atentar para os

comentários e exemplos de cada categoria.

• Bens e serviços comprados

• Bens de capital

• Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos Escopos 1 e 2

• Deslocamento de funcionários (casa - trabalho)

• Bens arrendados (a organização como arrendatária)

• Bens arrendados (a organização como arrendadora)

• Processamento de produtos vendidos

• Uso de bens e serviços vendidos

• Franquias

• Investimentos

• Emissões de Escopo 3 não classificáveis nas categorias 1 a 15

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Enviando os dados anual

Para enviar os dados anual é necessário seguir todas as

etapas do passo a passo e preencher todas as informações

solicitadas.

Destacamos que somente as instituições que enviarem

todas os dados participarão dos reconhecimentos

realizados pelo PHS.

ETAPA 3

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17 Envio dos dados Para realizar o envio dos dados de emissões anual você deve realizar todas as etapas descritas no

infográfico demostrado.

Acesse o site do PHS

https://www.hospitaissaudaveis.org

Passo 1

Passo 3 Do lado direito da tela, clique em

Passo 4

Após abrir a página do Desafio, clique em

Na página de gestão de dados, clique no

link

Passo 5

Passo 2

Do lado direito da tela, clique em

Passo 6 Selecione o ano a que se refere os dados

e clique em “Próximo”.

Passo 7

Na página que se abrira, clique em cada

formulário e preencha todas as

informações solicitadas

Preencha as informações do Perfil Anual da sua

instituição e clique em Salvar.

Faça o upload da Planilha GHG Protocol e clique em

Salvar.

Informe as ações de redução das emissões

desenvolvidas pela instituição durante o ano

relatado e clique em Salvar.

Passo a passo para envio dos dados anuais, após a conclusão de seu

inventário de gases de efeito estufa (GEE)

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18 Política de Privacidade

O Projeto Hospitais Saudáveis acredita ser fundamental que seu direito à privacidade na internet seja

respeitado e nós fazemos tudo o que está ao nosso alcance para assegurá-lo. Essa política inclui todas as

páginas que estão hospedadas no endereço www.hospitaissaudaveis.org.br

As informações coletadas em hipótese alguma serão vendidas ou compartilhadas com quaisquer outras

instituições, empresas ou pessoas. Somente pessoal autorizado do Projeto Hospitais Saudáveis tem acesso

a essas informações. Nenhum dado é divulgado, seja em nosso site, seja em nossas publicações, sem que

tal possibilidade seja devidamente explicitada no momento de seu fornecimento.

Os dados coletados são tratados de maneira confidencial. Posteriormente, assim que houver um número

suficiente de inventários, um estudo de benchmarking setorial será elaborado, no qual os dados dos

participantes serão apresentados de maneira anônima, salvo prévia autorização da organização

inventariante.

Para mais informações acesse: https://www.hospitaissaudaveis.org/politicadeprivacidade.asp

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19 Crédito das imagens

Geleiras: https://www.pexels.com/photo/climate-cold-glacier-iceberg-2969/

Painéis solares e torres eólicas: https://www.flickr.com/photos/99206485@N02/12648929455

20 Links úteis

Definições de subcategorias do escopo 3:

https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/arquivos.gvces.com.br/arquivos_ghg/133/GHG_Categorias-

Esc0opo3-definicao-curta_final.pdf

Ferramenta de cálculo de emissões:

http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ferramenta-de-calculo

GHG Protocol Brasil:

http://ghgprotocolbrasil.com.br/

Política de Privacidade – PHS:

http://www.hospitaissaudaveis.org/politicadeprivacidade.asp

Projeto Hospitais Saudáveis:

www.hospitaissaudaveis.org

Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis:

http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp

Saúde sem Dano:

https://saudesemdano.org/

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