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Demonstrações Financeiras
B2W - Companhia Global do Varejo 31 de dezembro de 2009 e de 2008 com Parecer dos Auditores Independentes
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2009 e 2008 Índice
Parecer dos auditores independentes ................................................................................ 1 Demonstrações financeiras auditadas Balanços patrimoniais ........................................................................................................ 3 Demonstrações dos resultados ......................................................................................... 4 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ........................................................ 5 Demonstrações dos fluxos de caixa ................................................................................. 6 Demonstrações dos valores adicionados ........................................................................... 7 Notas explicativas às demonstrações financeiras .............................................................. 8
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Centro Empresarial Botafogo Praia de Botafogo, 300 13º Andar - Botafogo 22250-040-040 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil Tel: (5521) 2109-1400 Fax: (5521) 2109-1600 www.ey.com.br Parecer dos auditores independentes
Aos Conselheiros e Diretores da B2W - Companhia Global do Varejo 1. Examinamos os balanços patrimoniais da B2W - Companhia Global do Varejo e os
balanços patrimoniais consolidados da B2W - Companhia Global do Varejo e empresas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2009, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis
no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e empresas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e empresas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da B2W - Companhia Global do Varejo e a posição patrimonial e financeira da B2W - Companhia Global do Varejo e empresas controladas em 31 de dezembro de 2009, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, os seus fluxos de caixa e o valor adicionado nas operações referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
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4. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008, cujos valores são apresentados para fins comparativos, foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer, sem ressalvas, datado de 6 de março de 2009. Estas demonstrações financeiras foram reapresentadas em decorrência do ajuste identificado e descrito na Nota 2, para a qual os outros auditores independentes emitiram novo parecer de auditoria, sem ressalvas, datado de 5 de março de 2010 para fazer referencia a referida Nota Explicativa.
Rio de Janeiro, 8 de março de 2010 ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ Fernando Alberto S. de Magalhães Contador CRC - 1SP 133.169/O-0 - S - RJ
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOSEM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por lote de mil ações expresso em reais)
Notaexplicativa 2009 2008 2009 2008
Reapresentado Reapresentado
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS 4.790.273 4.212.192 5.106.506 4.477.516
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (1.243.566) (1.297.356) (1.313.632) (1.360.605)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.546.707 2.914.836 3.792.874 3.116.911
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E SERVIÇOS PRESTADOS (2.586.204) (2.067.998) (2.728.941) (2.201.439)
LUCRO BRUTO 960.503 846.838 1.063.933 915.472
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAISVendas (459.003) (413.172) (502.536) (440.361)Depreciações e amortizações (63.817) (84.805) (65.495) (87.202)Gerais e administrativas (56.765) (53.068) (68.278) (64.101)Resultado de equivalência patrimonial 9 6.667 3.888 - - Honorários dos administradores (3.810) (3.581) (4.460) (3.811)Outras despesas operacionais, líquidas 21 (63.071) (47.076) (63.062) (47.105)
(639.799) (597.814) (703.831) (642.580)
LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 320.704 249.024 360.102 272.892
RESULTADO FINANCEIROReceitas financeiras 166.261 171.752 170.788 188.927Despesas financeiras (419.771) (329.187) (456.528) (364.148)
(253.510) (157.435) (285.740) (175.221)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA 67.194 91.589 74.362 97.671 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALCorrente 8 d (10.361) (38.456) (17.482) (45.324)Diferido 8 d (9.224) 8.635 (9.271) 9.421
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 47.609 61.768 47.609 61.768
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITAL SOCIAL NO FIM DO EXERCÍCIO, EXCLUINDO AÇÕES EM TESOURARIA - R$ 432,05 560,46 432,05 560,46
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
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B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais)
Notaexplicativa 2009 2008 2009 2008
Reapresentado ReapresentadoAtividades operacionais:
Lucro líquido do exercício 47.609 61.768 47.609 61.768
Ajustes ao lucro líquido:Ajuste a valor presente 3 o (16.281) 26.119 (16.281) 26.119 Depreciações e amortizações 63.817 84.805 65.495 87.202Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 9.224 (8.635) 9.271 (9.421)Juros, variações monetárias e cambiais 252.004 205.235 275.188 235.990Equivalência patrimonial 9 (6.667) (3.888) - - Outros 15.952 8.807 22.410 10.173 Lucro líquido ajustado 365.658 374.211 403.692 411.831
(Acréscimo) decréscimo em ativos:Contas a receber de clientes (14.606) (8.714) 12.628 (101.560) Estoques (158.535) (24.373) (144.168) (47.780) Impostos a recuperar correntes e diferidos, líquido (30.562) (12.261) (28.724) (17.576) Despesas antecipadas (3.334) (35.828) (4.794) (35.828) Depósitos judiciais (5.913) (3.437) (6.114) (3.456) Demais contas a receber (circulante e não circulante) (18.234) (73.292) (14.456) (68.076)
(231.184) (157.905) (185.628) (274.276) Acréscimo (decréscimo) em passivos:Fornecedores 24.717 4.611 29.345 5.131 Salários, encargos e contribuições sociais (17) (5.524) (497) (6.287) Tributos a recolher (circulante e não circulante) (19.247) 1.652 (12.890) 3.355 Dívidas com pessoas ligadas 2.183 (5.493) 2.183 (5.493) Outras obrigações (circulante e não circulante) 2.043 (68.187) (12.077) (52.336)
9.679 (72.941) 6.064 (55.630)
Geração de caixa nas atividades operacionais 144.153 143.365 224.128 81.925
Atividades de investimento:Investimentos em controladas e controlada em conjunto (1.000) (4.415) - - Ativo permanente (133.537) (185.157) (143.234) (189.495) Caixa usado nas atividades de investimento (134.537) (189.572) (143.234) (189.495)
Atividades de financiamento:Empréstimos e financiamentos Adições 560.949 1.540.908 560.949 1.968.451 Pagamentos (636.380) (1.317.628) (730.960) (1.676.248) Debêntures (51.082) 364.400 (51.082) 364.400 Títulos e valores mobiliários 196.962 (629.436) 193.066 (627.787) Desconto de recebíveis (30.934) 163.055 (9.314) 163.055 Aumento de capital em dinheiro 19 a - 6.799 - 6.799 Recompra de ações de emissão da Companhia 19 b (818) (122.206) (818) (122.206) Dividendos (18.012) (14.774) (18.012) (14.774) Caixa gerado (usado) nas atividades de financiamento 20.685 (8.882) (56.171) 61.690
Acréscimo (redução) líquido em disponibilidades 30.301 (55.089) 24.723 (45.880) Caixa e bancos no início do exercício 26.673 81.762 37.324 83.204 Caixa e bancos no fim do exercício 56.974 26.673 62.047 37.324
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
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B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais)
2009 2008 2009 2008Reapresentado Reapresentado
RECEITAS 4.082.330 3.608.132 4.523.334 3.872.214 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 4.083.941 3.611.020 4.531.403 3.876.943 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (1.611) (2.888) (8.069) (4.729)
MERCADORIAS ADQUIRIDAS DE TERCEIROS (3.525.763) (3.091.102) (3.888.315) (3.253.882) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (3.020.978) (2.627.921) (3.286.125) (2.767.428) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (504.785) (463.181) (602.190) (486.454)
RETENÇÕES (63.817) (84.805) (65.495) (87.202) Depreciação e amortização (63.817) (84.805) (65.495) (87.202)
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 492.750 432.225 569.524 531.130
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 172.928 175.640 170.788 188.927 Resultado de equivalência patrimonial 6.667 3.888 - - Receitas financeiras 166.261 171.752 170.788 188.927
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 665.678 607.865 740.312 720.057
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 665.678 607.865 740.312 720.057
Empregados 62.358 56.561 73.168 61.631 Salários, encargos e benefícios 58.548 52.980 68.708 57.820 Honorários dos administradores 3.810 3.581 4.460 3.811
Tributos 115.083 145.486 141.413 217.113 Federais 30.303 15.405 42.965 75.538 Estaduais 84.126 129.466 96.508 140.942 Municipais 654 615 1.940 633
Remuneração de capitais de terceiros 440.628 344.050 478.122 379.545 Juros 419.771 329.187 456.528 364.148 Aluguéis 20.827 14.636 21.532 15.172 Outras 30 227 62 225
Remuneração de capitais próprios 47.609 61.768 47.609 61.768 Dividendos 11.308 18.012 11.308 18.012 Lucro retidos 36.301 43.756 36.301 43.756
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Descrição Controladora Consolidado
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B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto quando mencionado de outra forma) 1. Contexto operacional
A B2W - Companhia Global do Varejo (“B2W” ou “Companhia”), com sede no município e Estado do Rio de Janeiro, é uma Sociedade Anônima de capital aberto, resultante da fusão entre a Americanas.com S.A. - Comércio Eletrônico (Americanas.com) e a Submarino S.A. (fusão aprovada em 13 de dezembro de 2006 pelos seus acionistas). A Companhia e suas controladas têm como objeto social a comercialização varejista e atacadista de bens e produtos em geral por diversos meios de comercialização, em especial a Internet; aluguel de filmes e correlatos; intermediação e distribuição de ingressos, passagens e tíquetes para atrações públicas, parques e eventos em geral; importação de produtos para revenda; prestação de serviços de promoção, desenvolvimento mercadológico e oferecimento de produtos de crédito; e diversos outros produtos e serviços dedicados ao consumidor em geral. A B2W possui em seu portfólio as marcas Americanas.com, Shoptime, Submarino, Submarino Finance, B2W Viagens, Ingresso.com e Blockbuster on-line, que oferecem centenas de milhares de produtos e serviços em diversas categorias por intermédio dos canais de distribuição internet, catálogos, TV e quiosques. A B2W também oferece serviços de comércio eletrônico terceirizado para algumas das empresas líderes na área de bens de consumo (business to business to consumer - B2B2C).
2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras
a) Demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras individuais (controladora) e consolidadas foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os pronunciamentos, orientações e interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, alterada pela Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007, pela Medida Provisória nº 449, de 03 de dezembro de 2008, posteriormente convertida pela Lei nº 11.941, de 27 de maior de 2009. A autorização para conclusão da preparação destas demonstrações financeiras pela Administração ocorreu em 05 de março de 2010.
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto quando mencionado de outra forma)
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2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras --Continuação
a) Demonstrações financeiras--Continuação
Reapresentação das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2008 --Continuação
A Companhia utiliza swaps tradicionais com o propósito de anular o risco cambial de suas captações de recursos em moedas estrangeiras, transformando o custo destas dívidas para moeda e taxa de juros locais. A contraparte destes swaps tradicionais usualmente é a instituição financeira provedora dos empréstimos em moeda estrangeira (dólares americanos ou ienes), geralmente consoante a Resolução nº 2770 do Conselho Monetário Nacional. Estas operações de swaps estão perfeitamente casadas em termos de valor, prazos e taxas de juros, sendo a intenção da Companhia liquidar tais contratos sempre simultaneamente com os respectivos empréstimos objeto de hedge. Estas operações de swap e os respectivos empréstimos objeto de hedge qualificam-se para a aplicação da contabilidade de hedge (‘hedge accounting’), conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 14 - Instrumentos Financeiros e foram designadas desta maneira quando da aplicação inicial das novas práticas contábeis adotadas no Brasil (Lei nº 11.638/07 e CPCs) na preparação de suas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2008, publicadas em 18 de março de 2009, no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Valor Econômico de edição nacional, com parecer de auditoria sem ressalva. Na contabilidade de hedge, as variações no valor justo dos derivativos utilizados como instrumentos de hedge são reconhecidas no resultado de acordo com o reconhecimento dos itens objetos de hedge. Desta forma, os impactos contábeis das operações de hedge equivalem aos seus impactos econômicos. No entanto, uma revisão adicional dos procedimentos adotados no âmbito da nova sistemática de padrões contábeis em vigor no Brasil demonstrou que, quando da aplicação inicial da contabilidade de hedge, a Companhia, corroborada por seus então auditores independentes, que, como conseqüência, emitiram parecer sem ressalva, reconheceu impactos contábeis entendidos agora como desalinhados com a sua intenção ao contratar tais operações e que não corresponderam adequadamente aos seus respectivos impactos econômicos, à luz das análises técnicas contábeis desenvolvidas sobre a matéria, de cunho particularmente complexo. Cabe ressaltar que os impactos contábeis mencionados anteriormente se anulariam completamente ao final do prazo contratado e não representam ou representariam entradas ou desembolsos adicionais de caixa, tendo criado descasamento apenas temporário no resultado da Companhia.
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto valores por ação)
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2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras --Continuação
a) Demonstrações financeiras--Continuação
Reapresentação das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2008 --Continuação De forma a refletir corretamente a essência econômica das operações contratadas à luz dos padrões contábeis de hedge accounting, a Companhia ajustou, após a sua publicação, as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2008. A prática da contabilidade de hedge é detalhada nas notas explicativas 2 b, 3 e 20.
Conforme descrito na tabela a seguir, os ajustes, basicamente, resultaram no aumento dos saldos de empréstimos e financiamentos nos passivos circulante e não circulante, correspondido por um aumento nas despesas financeiras nas demonstrações de resultado individuais e consolidadas. Adicionalmente, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos registrados no ativo circulante foram ajustados para refletir os efeitos tributários sobre as correções mencionadas anteriormente, correspondidos por uma redução das despesas com imposto de renda e contribuição social nas demonstrações de resultado. Como consequência, o patrimônio líquido foi reduzido pelo montante de R$15.675 nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, respectivamente.
Os saldos das contas afetadas pela reapresentação em 31 de dezembro de 2008 estão demonstrados a seguir:
Controladora Consolidado Publicado Ajustado Publicado Ajustado
Ativo Imposto de renda e contribuição social
diferidos - circulante
60.073 68.148 60.597 68.672
Passivo Empréstimos e financiamentos Circulante 583.311 592.311 799.878 808.878 Não circulante 258.024 272.774 258.024 272.774
Patrimônio líquido 223.266 207.591 223.266 207.591
Resultado Despesas financeiras 305.437 329.187 340.398 364.148 Imposto de renda e contribuição social
diferido
560 8.635 1.346 9.421 Lucro líquido do exercício 77.443 61.768 77.443 61.768 Lucro ação - por lote de mil ações (R$) 702,68 560,46 702,68 560,46
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto valores por ação)
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2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras --Continuação
a) Demonstrações financeiras--Continuação
Reapresentação das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2008 --Continuação Adicionalmente, as demonstrações das mutações do patrimônio liquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado, bem como a Nota 8 (Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos), a Nota 13 (Empréstimos e Financiamentos), a Nota 20 (Patrimônio Líquido - Destinação do Lucro Líquido) e a Nota 21 (Instrumentos Financeiros) estão sendo reapresentadas para demonstrar os saldos contábeis e divulgações ajustadas após as correções mencionadas no parágrafo e tabela anterior. No período abrangido pelas demonstrações financeiras reapresentadas, a Companhia não possui contratos a termo, opções, swaptions, swaps com opção de arrependimento, opções flexíveis, derivativos embutidos em outros produtos, operações estruturadas com derivativos e os chamados “derivativos exóticos”. A Companhia e suas controladas não operam com instrumentos financeiros derivativos com propósitos de especulação.
b) Alterações nas práticas contábeis brasileiras
Com o advento da Lei nº 11.638/07, que atualizou a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS), novas normas e pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo expedidos em consonância com os padrões internacionais de contabilidade pelo CPC.
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto valores por ação)
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2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras --Continuação
b) Alterações nas práticas contábeis brasileiras--Continuação
Até a data de preparação destas demonstrações financeiras, 40 novos pronunciamentos técnicos haviam sido emitidos pelo CPC e aprovados por Deliberações da CVM, para aplicação mandatória a partir de 2010. Os pronunciamentos que poderão ter impacto nas demonstrações financeiras da Companhia, considerando-se suas operações, são:
CPC 16 - Estoques CPC 18 - Investimento em Controlada e Coligada CPC 20 - Custos de Empréstimos CPC 19 - Investimento em Empreeendimento Conjunto CPC 21 - Demonstração Intermediária CPC 22 - Informação por Segmento CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro CPC 24 - Evento Subsequente CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis CPC 27 - Ativo Imobilizado CPC 30 - Receitas CPC 32 - Tributos sobre o Lucro CPC 36 - Demonstrações Consolidadas CPC 37 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação CPC 43 - Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40 OCPC 03 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação ICPC 08 - Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 ICPC 12 - Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares
A Administração da Companhia está analisando os impactos das alterações introduzidas por esses novos pronunciamentos que irão vigorar a partir de 1º de janeiro de 2010. A Companhia irá mensurar os efeitos que serão eventualmente produzidos em suas demonstrações financeiras de 2009, para fins de comparação com as demonstrações financeiras do exercício a findar-se em 31 de dezembro de 2010, caso esses novos pronunciamentos já estivessem em vigor desde o início do exercício findo em 31 de dezembro de 2009.
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto valores por ação)
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2. Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras --Continuação
c) Reclassificações
A Companhia visa melhorar continuamente a apresentação das demonstrações financeiras mantendo ao mesmo tempo conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos. Neste contexto, efetuou reclassificação contábil de valores a receber de fornecedores, classificados anteriormente como contas a receber, para uma conta redutora do saldo de fornecedores em 2008 no montante de R$102.450 com o objetivo de melhor comparabilidade. Essas reclassificações não alteraram o capital circulante líquido.
3. Principais práticas contábeis a) Estimativas contábeis
Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas e julgamentos para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Sendo assim, nestas demonstrações financeiras são incluídas várias estimativas referentes às vidas úteis do ativo imobilizado, ao retorno dos benefícios a serem auferidos com os ativos intangíveis e diferidos, as provisões para vendas em contas a receber de clientes e estoques, as taxas e prazos aplicados na determinação do ajuste a valor presente de certos ativos e passivos, à expectativa de realização de imposto de renda e de contribuição social diferidos, às provisões necessárias para passivos contingentes, a mensuração do valor do benefício concedido através do plano de opção de compras de ações, do valor justo dos instrumentos financeiros, à determinação de provisão para imposto de renda e as estimativas para divulgação do quadro de analise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos conforme Instrução CVM nº 475/08, as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa e julgamento possível por parte da Administração da Companhia e de suas controladas, podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais, quando realizados.
b) Apuração do resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência, destacando-se o seguinte: (i) As receitas de vendas de mercadorias e serviços, que incluem o frete
cobrado de clientes, são reconhecidas quando da transferência da propriedade e dos riscos a terceiros pelos seus valores brutos e deduzidas de devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas.
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3. Principais práticas contábeis--Continuação
b) Apuração do resultado--Continuação Os pedidos de venda aprovados pelas administradoras de cartões de crédito, cujos produtos ainda não foram faturados nem entregues aos clientes, e as vendas de vales-presentes que se encontram em poder dos clientes e que serão utilizados futuramente, são registrados como “Outras obrigações” classificadas no passivo circulante;
(ii) Os custos de mercadorias vendidas e dos serviços prestados incluem o
custo de aquisição de mercadorias e custos com serviços, deduzido das bonificações em produtos recebidas dos fornecedores;
(iii) As despesas com publicidade são reconhecidas quando da sua efetiva
veiculação deduzidas da participação dos fornecedores; (iv) As despesas com fretes relacionados à entrega de mercadorias ao
consumidor são classificadas como despesas com vendas.
c) Moeda estrangeira
Em função da definição da moeda funcional como sendo o Real, os ativos e passivos indexados em moeda estrangeira foram convertidos para reais, pela taxa de câmbio da data de fechamento dos balanços e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas nos resultados dos exercícios na rubrica e variação cambial.
d) Instrumentos financeiros
(i) Classificação e mensuração: Os ativos e passivos financeiros mantidos pela Companhia e suas controladas são classificados sob as seguintes categorias: (1) ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo através do patrimônio líquido; e (2) passivos financeiros mantidos até o vencimento e mensurados ao valor justo. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros foram adquiridos ou contratados. A Administração da Companhia e de suas controladas classificam seus ativos e passivos financeiros no momento inicial da contratação.
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3. Principais práticas contábeis--Continuação d) Instrumentos financeiros--Continuação
(ii) Ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado e do patrimônio líquido:
Nessa categoria estão incluídos as aplicações financeiras da Companhia e de suas controladas (os quais são classificadas como disponível a venda e estão registradas no ativo circulante), bem como os instrumentos financeiros derivativos e respectivas dívidas objeto de proteção (“hedge”) quando atendidas as condições de “hedge accounting”. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo são registrados nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras” no caso dos instrumentos financeiros derivativos e as respectivas dívidas de proteção e, no caso das aplicações financeiras, na rubrica “ajuste de avaliação patrimonial”, classificada no patrimônio líquido até sua efetiva realização, quando a variação é refletida no resultado e o efeito registrado no patrimônio Líquido revertido.
(iii) Passivos financeiros mantidos até o vencimento: No caso da Companhia e de suas controladas, compreendem, basicamente determinados empréstimos e financiamentos bancários de moeda nacional (não “protegidos” por instrumentos financeiros) e debêntures. São mensurados ao custo amortizado considerando o método da taxa efetiva de juros, sendo registrados ao resultado dos exercícios de acordo com o período de competência sobre as rubricas de “Receitas Financeiras” ou “Despesas Financeiras”.
(iv) Instrumentos financeiros derivativos:
São reconhecidos pelo valor de custo de aquisição na data em que são contratados e são, subseqüentemente, remensurados ao seu valor justo de mercado, com as variações registradas contra o resultado do exercício (resultado financeiro). Tendo em vista a Companhia e suas controladas fazerem uso de derivativos com o objetivo de proteção (“hedge”), é adotada a prática contábil de contabilização de instrumentos de proteção (“hedge accounting”).
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3. Principais práticas contábeis--Continuação e) Contas a receber
As contas a receber de clientes, representadas basicamente por vendas parceladas com cartões de crédito, estão registradas, líquidas de descontos por antecipações. As vendas efetuadas por meio de operações corporativas, projetos de fidelidade e acordos comerciais, estão registradas na rubrica “Outras contas a receber”. As transações registradas nas contas a receber foram ajustadas a valor presente, conforme melhor explicado na Nota 3o. A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em montante considerado suficiente para cobrir prováveis perdas na realização desses créditos considerando o histórico de perdas monitorado pela Administração.
f) Estoques Os estoques estão demonstrados ao custo médio de aquisição, ajustados pelo efeito do ajuste a valor presente calculado sobre fornecedores (compras a prazo), que não excedem o valor de sua realização. A provisão para perdas nos estoques é constituída com base em estimativas, considerando-se dados históricos monitorados pela Administração.
g) Investimentos Os investimentos em empresas controladas e controlada em conjunto são avaliados pelo método da equivalência patrimonial, sendo as práticas contábeis utilizadas pelas controladas bem como a data-base para aplicação do método da equivalência patrimonial são uniformes em relação às utilizadas pela Controladora.
h) Imobilizado Os ativos imobilizados são registrados ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na Nota 10. A amortização das benfeitorias em imóveis alugados tais como centros de distribuição é calculada com base nos respectivos prazos dos contratos de locação.
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3. Principais práticas contábeis--Continuação h) Imobilizado--Continuação
A Companhia e suas controladas estão analisando os impactos da revisão do prazo de vida útil econômica dos bens corpóreos e incorpóreos. A referida revisão será concluída durante o exercício social de 2010 e eventuais mudanças na estimativa da vida útil econômica dos ativos, decorrentes dessa avaliação, se relevantes, serão tratadas como mudança de estimativas contábeis a serem reconhecidas de forma prospectiva a partir de 01 de janeiro de 2010, conforme dispensa prevista no parágrafo 7 do ICPC 10.
i) Intangível Os ágios apurados nas aquisições de investimentos, inclusive de incorporação, decorrentes de expectativa de rentabilidade futura, foram amortizados até 31 de dezembro de 2008 utilizando os prazos de 5 a 10 anos, conforme proporção dos resultados futuros esperados nas investidas. Os valores de ágios por expectativa de rentabilidade futura não são mais amortizados a partir de 1º de janeiro de 2009 e têm o seu valor recuperável testado anualmente ou sempre que julgado necessário. Durante o exercício de 2008 e de 2009, a Companhia avaliou, para determinar eventual necessidade de impairment, estes ágios apurados em aquisições de investimentos e incorporações, decorrentes da expectativa de rentabilidade futura, com base em projeções de resultados futuros e concluiu que não existe nenhum ajuste para perda a ser registrado. Os gastos relacionados com o desenvolvimento de web sites (principal canal de vendas da Companhia), tais como desenvolvimento de aplicativos operacionais e infra-estrutura tecnológica (compra e desenvolvimento interno de softwares e instalação de aplicativos nos sites), bem como o desenvolvimento gráfico, são registrados como intangível, conforme previsto no Pronunciamento CPC 04 - Ativo Intangível, aprovado pela Deliberação CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, sendo amortizados de forma linear considerando-se o prazo estipulado de sua utilização e benefícios a serem auferidos (Nota 11). Os gastos incorridos com aquisição de softwares para uso interno tais como sistemas ERP e sistemas modulares, são capitalizados conforme previsto no Pronunciamento CPC 04 e amortizados de forma linear considerando-se o prazo estimado de sua utilização e benefícios a serem auferidos (Nota 11).
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3. Principais práticas contábeis--Continuação j) Diferido
Em conexão com a Lei nº 11.941/09, a Companhia optou em manter até sua realização no grupo Diferido os saldos relacionados com despesas pré operacionais que apresentam evidência de recuperabilidade (Nota 12) durante o prazo dos benefícios auferidos.
k) Passivos circulante e exigível a longo prazo (não circulante) As provisões são reconhecidas no balanço quando a Companhia e suas controladas possuem uma obrigação legal como resultado de um evento passado e quando um recurso econômico seja provável de ser requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.
l) Imposto de renda e contribuição social Constituídos com base nos lucros tributáveis, pelas alíquotas vigentes conforme legislação específica. O imposto de renda e a contribuição social diferidos registrados no ativo e no passivo não circulantes decorrem de prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social e de despesas e receitas apropriadas ao resultado, entretanto, indedutíveis ou não tributadas temporariamente (Nota 8). Os impostos ativos diferidos decorrentes de prejuízo fiscal, de base negativa da contribuição social e de diferenças temporárias e os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis advindas da Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09, foram constituídos em conformidade com as Normas e Procedimentos de Contabilidade 25 (NPC 25) - Contabilização do Imposto de Renda e da Contribuição Social, emitidas pelo IBRACON em maio de 1998, e com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, e levam em consideração o histórico de rentabilidade e a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros fundamentada em estudo técnico de viabilidade, aprovado, anualmente, pelo Conselho de Administração.
m) Outros ativos e passivos de curto prazo As demais contas estão demonstradas por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias ou cambiais incorridos até a data dos balanços.
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3. Principais práticas contábeis--Continuação n) Recuperabilidade de ativos
A Companhia e suas controladas analisaram o valor contábil líquido dos ativos imobilizado, intangível e diferido com o objetivo de identificar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar a deteriorização, obsolescência ou perda de seu valor recuperável. Com base nas análises efetuadas, não foram identificadas evidências que requereriam ajustes para perda por redução de seu valor de recuperação.
o) Ajuste a valor presente de ativos e passivos
As operações de compras e vendas a prazo, prefixadas, e demais ativos e passivos, quando aplicáveis e relevantes, foram trazidas ao seu valor presente considerando os prazos das referidas transações. Para as contas a receber de clientes, utilizou-se a taxa média de desconto de 11,76% a.a. (de 9,27% a.a. a 17,79% a.a.) em 2009 e 14,25% a.a. em 2008 e, para fornecedores a taxa de captação de 12,60% a.a. (de 10,59% a.a. a 15,97% a.a.) em 2009 e 13,33 % a.a. (de 11,94% a 15,96% a.a.) em 2008. A constituição do ajuste a valor presente de compras a prazo é registrada nas rubricas “Fornecedores” e “Estoques” (Nota 6) e sua reversão tem como contrapartida a rubrica “Despesas financeiras” e “Custos das mercadorias vendidas”, respectivamente, pela fruição de prazo, no caso de Fornecedores, e pela realização dos estoques em relação aos valores neles registrados. O ajuste a valor presente das vendas a prazo tem como contrapartida a rubrica “Contas a receber de clientes” (Nota 5) e sua realização é registrada na rubrica “Receitas financeiras”, pela fruição do prazo.
p) Lucro líquido por ação
Calculado com base no número de ações em circulação nas datas dos balanços, que compreende o número de ações do capital social integralizado, excluídas as ações em tesouraria.
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3. Principais práticas contábeis--Continuação q) Plano de opção de compra de ações
O valor justo dos respectivos instrumentos financeiros é calculado na data da outorga do programa de opção de compra de ações, com base em modelos de precificação usualmente adotados pelo mercado. Estes modelos são calculados utilizando-se quando aplicável, premissas tais como valor de mercado da ação, preço de exercício da opção, volatilidade do preço das ações da Companhia, taxa de juros livre de risco, prazo de vigência do contrato (“vesting period”) e dividend yield. Os custos de remuneração atrelados a estes programas são registrados em despesas operacionais pelo método linear durante o período de prestação de serviços pelo seu beneficiário sendo a contraparte uma reserva de capital no patrimônio líquido.
r) Demonstrações dos fluxos de caixa e demonstrações do valor adicionado
As demonstrações dos fluxos de caixa foram preparadas e estão apresentadas de acordo com a Deliberação CVM nº 547, de 13 de agosto de 2008 que aprovou o pronunciamento contábil CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa. As demonstrações do valor adicionado foram preparadas e estão apresentadas de acordo com a Deliberação CVM nº 557, de 12 de novembro de 2008 que aprovou o pronunciamento contábil CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado.
s) Critérios de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão apresentadas em conformidade com os princípios de consolidação emanados da legislação societária brasileira e pela CVM no 247/96, e abrangem as demonstrações financeiras da controladora, das empresas controladas e controlada em conjunto, consolidada proporcionalmente, indicadas na Nota 9. As práticas contábeis foram consistentemente aplicadas em todas as empresas consolidadas de acordo com as práticas contábeis descritas nesta Nota 3. No processo de consolidação, foram feitas as seguintes eliminações:
Dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; Das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas
controladas; Dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados,
quando aplicável, decorrentes de transações entre as empresas do grupo. Inexistem diferenças no lucro líquido do exercício e no patrimônio líquido entre controladora e consolidado.
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4. Títulos e valores mobiliários
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Certificados de Depósito Bancário - CDB’s 238.537 336.293
241.229 338.732
Debêntures 301.473 364.713 306.603 365.837 540.010 701.006 547.832 704.569
Os títulos e valores mobiliários estão sob a custódia de instituições financeiras de primeira linha. Os Créditos de Depósito Bancário - CDB, com liquidez imediata, são remunerados à taxa de 100,0% a 110,0% do CDI. As Debêntures estão registradas ao seu valor justo, remuneradas a taxa de até 99,5% a 105,7% do CDI, podendo ser negociadas a qualquer momento (“disponível a venda”).
5. Contas a receber de clientes
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008
Cartões de crédito 1.386.332 1.388.599 1.432.659 1.434.142 Desconto de recebíveis (1.189.433) (1.104.112) (1.211.053) (1.104.112) Demais contas a receber 128.251 111.379 265.834 276.980 325.150 395.866 487.440 607.010
Ajuste a valor presente (40.692) (82.286) (40.692) (82.286)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (9.252) (7.641) (19.520) (11.451)
275.206 305.939 427.228 513.273 As operações com cartões de crédito são registradas líquidas das comissões pagas às administradoras de cartões de créditos, podendo ser parceladas em até doze meses, e são administradas por terceiros. A Companhia efetua a operação de desconto de recebíveis de cartões de crédito junto a bancos ou junto às próprias administradoras de cartões de crédito, como forma de a Companhia se prover de capital de giro. Nessa operação, a Companhia entrega os recebíveis como garantia das captações de recursos, mantendo o risco da operação. As demais contas a receber contemplam, principalmente, vendas efetuadas por meio de operações corporativas, programas de afinidades e acordos comerciais.
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6. Estoques Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Mercadorias para revenda 473.447 320.471 495.333 356.724 Suprimentos e embalagens 13.396 7.836 13.396 7.836 486.843 328.307 508.729 364.560 Ajuste a valor presente (5.322) (10.503) (5.322) (10.503) Provisão para perdas (13.010) (9.410) (13.010) (9.410)
468.511 308.394 490.397 344.647
7. Impostos a recuperar Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 referem-se substancialmente a imposto de renda retido na fonte - IRRF, bem como Pis e Cofins a recuperar.
8. Imposto de renda e contribuição social a) Natureza dos valores
De acordo com a NPC 25 e Instrução CVM 371 a Companhia e suas controladas, fundamentadas em estudos técnicos anuais de viabilidade, aprovados pela Administração, que demonstram a capacidade de geração de lucros tributáveis futuros, mantém os créditos fiscais de imposto de renda e de contribuição social decorrentes de prejuízos fiscais, bases negativas de contribuição social e diferenças temporárias, que somente serão dedutíveis ou tributáveis quando atenderem à legislação fiscal e os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis advindas da Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09.
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8. Imposto de renda e contribuição social--Continuação b) Composição dos créditos fiscais
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Reapresentado Reapresentado
Parcela de curto prazo Prejuízos fiscais 6.532 11.397 8.354 11.782 Bases negativas de contribuição social 2.352 4.103 3.007 4.242 Diferenças temporárias
Efeitos Lei nº 11.638 10.414 31.744 10.414 31.744 Outros 17.598 20.904 17.598 20.904 Total 28.012 52.648 28.012 52.648
36.896 68.148 39.373 68.672 Parcela do longo prazo Prejuízos fiscais 17.478 12.446 17.478 13.971 Bases negativas de contribuição social 6.292 4.480 6.292 5.030
Diferenças temporárias Efeitos Lei nº 11.638 7.498 5.814 7.498 5.814 Outros 13.516 1.452 13.516 1.452
Total 21.014 7.266 21.014 7.266 44.784 24.192 44.784 26.267 Total de créditos fiscais 81.680 92.340 84.157 94.939
c) Expectativa de realização
Demonstramos a seguir a estimativa de realização do ativo fiscal diferido, com base nos lucros tributáveis futuros e na realização das diferenças temporárias, apurados em cada exercício fiscal:
Controladora Consolidado 2009 2009
2010 36.896 39.373 2011 17.857 17.857 2012 19.704 19.704 2013 7.223 7.223 Total 81.680 84.157
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8. Imposto de renda e contribuição social--Continuação d) Conciliação entre alíquotas nominais e efetivas
Segue a conciliação entre alíquotas nominais e efetivas para o exercício findo em 31 de dezembro:
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Reapresentado Reapresentado
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
67.194
91.589
74.362
97.671
Alíquota nominal 34% 34% 34% 34% Imposto de renda e contribuição social (22.846) (31.140) (25.283) (33.208) Ajustes (adições e exclusões)
Equivalência patrimonial 2.267 1.322 - - Outros 994 (3) (1.470) (2.695)
Imposto de renda e contribuição social à alíquota efetiva (19.585) (29.821) (26.753) (35.903)
9. Investimentos
Diretos Varejo Participações Turismo Financeira Trading
Ingresso.com S.A.
8M Participações Ltda.
Submarino Viagens e
Turismo Ltda.
Submarino Finance
Promotora de Crédito Ltda.
ST Importações Ltda. Total
Milhares de ações/cotas Ordinárias 4.573 1 2.665 4.010 1.050 - Preferenciais 22 - - - - - Participação - % 100 100 84,27 50 100 -
Definição da Companhia Controlada Controlada Controlada Controlada
em conjunto Controlada Patrimônio líquido em 31/12/2009
13.131
2.116
7.573
8.262
4.210 -
Capital social em 31/12/2009
6.998
2.661
3.922
24.010
4.050 -
Lucro líquido do exercício findo em 31/12/2009
3.939
100
464
1.952
1.261 -
Total investimentos em 31/12/2009
13.131
2.116
6.382
4.131
4.210
29.970 Total equivalência patrimonial em
31/12/2009
3.939
100
391
976
1.261
6.667 Total investimentos em 31/12/2008 9.197 2.007 5.995 2.155 2.949 22.303 Total equivalência patrimonial em
31/12/2008
2.126
225
2.935
(2.517)
1.119
3.888
Além da participação direta na Submarino Viagens e Turismo Ltda., a Companhia possui 15,73% de participação indireta nessa investida, por intermédio da 8M Participações Ltda.
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9. Investimentos--Continuação
A Companhia possui participação acionária de 50% na Submarino Finance Promotora de Crédito Ltda., empresa com administração compartilhada. Dessa forma, as demonstrações financeiras foram preparadas considerando-se este investimento de forma proporcional (participação de 50%). A seguir, apresentamos sumário do balanço patrimonial e demonstração do resultado da Submarino Finance Promotora de Crédito Ltda., ponderados pela participação da B2W nessa controlada em conjunto (50% de participação acionária), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009: Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2009 Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Circulante
Disponibilidades 2.697 Contas a pagar 1.246 Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.478 Salários e encargos sociais a pagar 230 Outros 580 Tributos e contribuições 293 5.755 1.769
Não circulante Imobilizado 40 Patrimônio líquido Intangível 105 Capital social 12.005 145 Prejuízos acumulados (7.874) 4.131
Total 5.900 Total 5.900 Demonstração do resultado
Receitas operacionais, líquidas 3.169 Despesas administrativas e vendas (1.802) Imposto de renda e contribuição social - corrente (391) Lucro líquido no exercício 976
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10. Imobilizado
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Taxa
anual de depreciação
Custo
Depreciação acumulada
Líquido
Líquido
Custo Depreciação acumulada
Líquido
Líquido
Instalações 10% 16.090 (4.448) 11.642 10.466 16.315 (4.491) 11.824 10.665
Máquinas e equipamentos 10% 66.670 (12.859) 53.811
33.371 66.851 (12.925) 53.926 33.491 Benfeitorias em imóveis de
terceiros 25% 12.294 (6.668) 5.626 6.711 12.348 (6.668) 5.680 6.731 Equipamentos de
informática 20% 27.091 (26.590) 501 5.560 28.846 (27.433) 1.413 6.030
Móveis e utensílios 10% 15.332 (4.972) 10.360 11.865 15.976 (5.096) 10.880 12.107 Terrenos 5.754 - 5.754 5.754 5.754 - 5.754 5.754 Bens para locação 33% - - - - 3.620 (591) 3.029 - Outros 458 (141) 317 1.589 470 (150) 320 1.885
143.689 (55.678) 88.011 75.316 150.180 (57.354) 92.826 76.663
A taxa anual de depreciação de benfeitorias em imóveis de terceiros (centros de distribuição - CDs) considera o período de vigência dos contratos de locação dos imóveis. Teste de redução ao valor recuperável de ativos “impairment” De acordo com o CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, aprovado pela Deliberação CVM nº 527, de 1º de novembro de 2007, os itens do ativo imobilizado que apresentam sinais de que seus custos registrados são superiores aos seus valores de recuperação são revisados detalhadamente para determinar a necessidade de provisão para redução do saldo contábil a seu valor de realização. A Administração não identificou mudanças de circunstâncias ou sinais de obsolescência tecnológica, bem como evidências de que seus ativos corpóreos utilizados em suas operações não são recuperáveis perante seu desempenho operacional e financeiro, e concluiu que, em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, não existia necessidade de registrar qualquer provisão para perda em seus ativos imobilizados.
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11. Intangível
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008
Taxa anual de
depreciação
Custo Amortização acumulada
Líquido Líquido
Custo Amortização acumulada Líquido
Líquido Ágios registrados TV Sky Shop S.A. (i) 135.305 (53.866) 81.439 81.439 135.305 (53.866) 81.439 81.439 Ingresso.com S.A. 20% 2.743 (1.607) 1.136 1.136 6.164 (3.613) 2.551 2.551 8 M Participações Ltda. 20% - - - - 2.079 (1.281) 798 798 138.048 (55.473) 82.575 82.575 143.548 (58.760) 84.788 84.788 Desenvolvimento de
web sites e sistemas 20% 282.962 (38.549) 244.413 156.187 283.154 (38.549) 244.605 156.983 Direito de uso de
software 20% 74.931 (48.524) 26.407 39.640 86.715 (50.970) 35.745 43.787 Licença de uso de
marca Blockbuster on-line (ii) 21.060 (2.211) 18.849 19.933 21.060 (2.211) 18.849 19.932
Outros 939 - 939 892 945 - 945 898
517.940 (144.757) 373.183 299.227 535.422 (150.490) 384.932 306.388
a) Ágios
O ágio referente ao investimento na TV Sky Shop S.A. foi constituído quando da aquisição da Shoptime S.A. (Shoptime) e da TV Sky Shop S.A. (TV Sky) pela Americanas.com. Em 31 de agosto de 2005, a Americanas.com adquiriu o equivalente a 98,85% do capital da Shoptime, detentora de 56% do capital da TV Sky, e 44% do capital da TV Sky. No primeiro trimestre de 2006, a Americanas.com adquiriu 1,15% faltante da Shoptime, totalizando 100% do capital desta. Em 1º. de agosto de 2006, a Shoptime foi incorporada por sua controlada TV Sky e, dessa forma, o ágio registrado na Americanas.com em referência ao investimento na Shoptime foi somado ao ágio referente ao investimento na TV Sky, montando ao valor total de R$135.305. Com a fusão da Americanas.com e Submarino S.A. em 13 de dezembro de 2006, foi formada a B2W, sucedendo todos os direitos e obrigações de Americanas.com e, conseqüentemente, a parcela do ágio referente à TV Sky. Os saldos de ágios apurados nas aquisições das outras participações societárias (Nota 9) estão suportados por estudos técnicos com sustentação na expectativa de rentabilidade futura das empresas e foram amortizados até 31 de dezembro de 2008 utilizando os prazos de 5 a 10 anos, conforme proporção dos resultados futuros esperados nestas investidas. A partir de 1º. de janeiro de 2009 a amortização destes ágios está sujeita somente a avaliação de impairment conforme preconizado pela CPC 01 não sendo mais aplicável as suas respectivas amortizações.
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11. Intangível--Continuação
a) Ágios--Continuação Durante os exercícios de 2008 e 2009 à Companhia avaliou, para impairment, estes ágios apurados em aquisições de investimentos e incorporações, decorrentes da expectativa de rentabilidade futura, com base em projeções de resultados futuros e concluiu que não existe nenhum ajuste para perda a ser registrado.
b) Desenvolvimento de web sites e sistemas/Direitos de Uso de Software Representam, principalmente, gastos com plataforma e-commerce (desenvolvimento de infra-estrutura tecnológica, conteúdo, aplicativos e lay-out gráfico dos sites), desenvolvimento de sistemas próprios e gastos com implantação de sistema ERP Oracle.
c) Licenças de uso - marca Blockbuster (on-line) Representam, essencialmente, a marca Blockbuster no segmento on-line, adquirida pela Companhia por R$21.000 em dezembro de 2007, da BWU - Comércio e Entretenimento S.A, empresa controlada da Lojas Americanas S.A. (LASA). O valor da aquisição está suportado por laudo de avaliação econômico preparados por peritos independentes. Comentários adicionais (i) 10% a.a. até 31 de março de 2007 (20% a.a. a partir de 1º de abril de 2007
até 31 de dezembro de 2008). (ii) Amortização, essencialmente, de 5,26% a.a., referente ao direito de uso da
marca Blockbuster no segmento on-line.
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12. Diferido
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Taxa
anual de depreciação
Custo
Amortização acumulada
Líquido
Líquido
Custo Amortização acumulada
Líquido
Líquido
Despesas pré-operacionais 20% 84.700 (24.281) 60.419 77.350 85.324 (24.306) 61.018 77.986
Conforme facultado pela Lei nº 11.941/08, a Companhia e controladas mantiveram para amortização pelo prazo dos benefícios auferidos (máximo de 5 anos) e considerando sua efetiva recuperabilidade (sujeito a teste de impairment) os gastos registrados no Ativo Diferido, referentes a despesas pré-operacionais. Outros gastos que não se caracterizavam como pré-operacionais ou com reestruturação (saldos de 31 de dezembro de 2007) foram analisados e quando aplicável, reclassificados para o Imobilizado e Intangível. Aqueles que não atenderam a estas características foram registrados como despesas do exercício quando incorridos em 2008.
13. Empréstimos e financiamentos
Controladora Consolidado Encargos 2009 2008 2009 2008
Reapresentado Reapresentado Moeda nacional Capital de giro 115% CDI 319.395 119.884 394.128 239.183 BNDES (a) TJLP + 4,75% a.a. 172.059 4.250 172.059 4.250 491.454 124.134 566.187 243.433 Moeda estrangeira (c)
Capital de giro (b) US$ + 4,0% a 7,2% e JPY
+ 0,8% a 2,4%a.a.
403.070
916.387 473.248
1.011.123 Saldo a receber nas operações de swap (b)
105,8% a 147,9% CDI
(1.852)
(175.436) (1.325)
(172.904)
Total 892.672 865.085 1.038.110 1.081.652 Parcela de longo prazo (710.181) (272.774) (710.181) (272.774) Parcela de curto prazo 182.491 592.311 327.929 808.878
(a) Financiamentos do BNDES relacionados ao programa FINEM (investimentos em tecnologia da informação, implantação de
centro de distribuição, aquisição de máquinas e equipamentos e investimentos em projeto social), PEC (Capital de Giro), BNDES Automático e “Cidadão conectado - Computador para todos”.
(b) As operações em moedas estrangeiras encontram-se protegidas contra oscilações de câmbio, por intermédio de instrumentos
financeiros derivativos de swap (veja Nota 20). A Administração está registrando estas transações utilizando o método contábil do hedge accounting.
(c) Captação consoante a Resolução no 2.770 do Banco Central do Brasil (BACEN).
(d) Nos contratos firmados com as referidas instituições financeiras não existem cláusulas restritivas de dívida (debt covenants).
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13. Empréstimos e financiamentos--Continuação
Os empréstimos e financiamentos de longo prazo têm vencimentos nos seguintes exercícios:
Controladora Consolidado 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2009 31/12/2008
2010 - 178.711 - 178.711 2011 180.438 37.341 180.438 37.341 2012 275.297 37.634 275.297 37.634 2013 221.439 19.088 221.439 19.088 2014 19.804 - 19.804 - 2015 13.203 - 13.203 - 710.181 272.774 710.181 272.774
14. Debêntures
Na reunião do Conselho de Administração realizada nos dias 02 de julho de 2008 ratificada em 18 de julho de 2008, foi deliberada a primeira emissão e distribuição pública de debêntures, conforme demonstrado abaixo:
Data da emissão Quantidade
emitida
Quantidade colocada no
mercado Valor unitário Valor da emissão
Encargos financeiros
anuais
10/07/2008 36.440 36.440 10 R$ 364.400 CDI + 2%
Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia apresenta saldo de R$1.604 referente ao gastos de emissão de debêntures, o qual está registrado retificando o saldo de debêntures no passivo de curto (R$448) e de longo prazo (R$1.156), conforme previsão na CPC 08 - Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários, aprovados pela Deliberação CVM nº 556, de 12 de novembro de 2008, e vendo sendo realizado pelo regime de competência, conforme prazo de vencimento das debêntures.
As debêntures emitidas possuem as seguintes características:
Conversibilidade: As debêntures são simples, ou seja, não conversíveis em
ações.
Tipo e forma: As debêntures são nominativas e escriturais, sem emissão de cautelas ou certificados.
Prazo e data de vencimento: As debêntures tem prazo de vencimento de 5 anos
a contar da data de emissão, com vencimento final em 10 de julho de 2013.
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14.Debêntures--Continuação
Amortização: As debêntures serão amortizadas anualmente em 3 parcelas consecutivas a partir do 3º ano, a contar da data de emissão, nas seguintes datas: 10 de julho de 2011, 10 de julho de 2012 e 10 de julho de 2013.
Remuneração: As debêntures renderão juros remuneratórios, correspondentes à variação acumulada das taxas médias diárias dos DI - Depósitos Interfinanceiros de um dia, “extra grupo”, expressas na forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, acrescida de um spread de 2% ao ano, calculados de forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos, incidente sobre o valor nominal unitário de R$ 10.
Periodicidade de pagamento da remuneração: Os valores relativos à remuneração serão pagos semestralmente, sempre no dia 10 dos meses de janeiro e julho de cada ano, sendo o primeiro pagamento devido em 10 de janeiro 2009.
Distribuição e colocação: As debêntures foram objeto de distribuição pública, sob regime de garantia firme de subscrição, com intermediação de instituição financeira integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários.
Índices financeiros: Os índices financeiros calculados com base nas demonstrações financeiras trimestrais consolidadas da Companhia, a partir do 3º trimestre de 2008, devem ser menor ou igual a (i) Dívida Líquida Consolidada/ EBITDA Adaptado menor ou igual a 2,90x; e, (ii) EBITDA Adaptado/Resultado Financeiro Líquido Consolidado maior ou igual a 1,5x.
Na mensuração desses índices, entende-se por (i) “Dívida Líquida Consolidada”, o somatório de todas as dívidas financeiras consolidadas da Companhia junto a pessoas físicas e/ou jurídicas, incluindo empréstimos e financiamentos com terceiros, títulos de renda fixa, conversíveis ou não em ações, no mercado de capitais local e/ou internacional, bem como o diferencial a pagar com operações com derivativos menos o somatório das disponibilidades (caixa e títulos e aplicações financeiras) e o diferencial a receber por operações com derivativos; (ii) “EBITDA Adaptado”, o somatório (a) do lucro operacional consolidado da Companhia antes de deduzidos os impostos, tributos, contribuições e participações; (b) da depreciação e amortizações ocorridas no mesmo período; (c) das despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras do mesmo período; e (d) da equivalência patrimonial; sendo todos apurados no período de 12 meses e, sem considerar os eventuais efeitos do cálculo do ajuste a valor presente - AVP (artigo 184 da Lei das Sociedades por Ações, conforme alterada pela Lei nº 10.303, de 31 de dezembro de 2001 e pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007); e, (iii) “Resultado Financeiro Líquido Consolidado”, as receitas financeiras, menos as despesas financeiras da Companhia.
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14.Debêntures--Continuação
Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia vem atendendo as cláusulas restritivas (índices financeiros) estabelecidas na escritura pública das debêntures.
Limites e índices financeiros: no caso de descumprimento das cláusulas
contratuais, o Agente Fiduciário deverá convocar uma Assembléia Geral de Debenturistas para deliberar sobre a declaração de vencimento antecipado das debêntures. Após a realização de Assembléia, o Agente Fiduciário deverá declarar antecipadamente vencidas todas as obrigações decorrentes de debêntures, a menos que debenturistas que representem pelo menos 75% das debêntures em circulação optem por não declarar o vencimento antecipado.
Garantia: As debêntures são da espécie com garantia flutuante, com privilégio geral sobre os ativos da Companhia.
15. Tributos a recolher (circulante)
Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 2.571
20.762 3.138
21.881
Impostos retidos na fonte - 5.245 52 5.245 Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 6.798
2.920 11.707
3.066 Imposto sobre Serviço - ISS - 23 795 219 Outros 892 558 3.317 1.487 10.261 29.508 19.009 31.898
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16. Outras obrigações (circulante e não circulante) a) Circulante
Referem-se, principalmente, a obrigações com fornecedores de bens de imobilizado e intangível, contratação de serviços de publicidade, marketing, fretes, aluguel e condomínio.
b) Não circulante
Compõem-se, essencialmente, por tributos a recolher parcelados, ou de exigibilidade suspensa. A Companhia obteve liminar para suspender a exigibilidade do pagamento do ICMS sobre a base de cálculo das contribuições ao PIS e a COFINS. Dessa forma, a Companhia passou a monitorar a sua aplicabilidade, benefício e, quando necessário, excluir o ICMS da base das referidas contribuições em virtude do deferimento de liminar. Os montantes quando não recolhidos estão provisionados e atualizados monetariamente pela taxa SELIC, até o transito em julgado da ação judicial.
17. Partes relacionadas a) Obrigações não circulantes
Em 31 de dezembro de 2009, o saldo a pagar, na controladora e no consolidado, à controladora LASA, no montante de R$ 4.110 (R$ 2.090 em 2008), respectivamente, é decorrente, basicamente, de saldo de conta corrente sem a incidência de encargos financeiros.
b) Acordo de cooperação comercial e outras avenças A Companhia possui Acordo de Cooperação Comercial e outras Avenças com a controladora LASA, visando à coordenação de esforços em várias áreas de atividade, em benefício mútuo, quais sejam: (i) venda de mercadorias adquiridas da LASA pela Companhia, (ii) forma de competição, (iii) instalação de quiosques da Companhia nas instalações comerciais da LASA, (iv) utilização de pessoal, (v) uso de marca e utilização de publicidade em conjunto.
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17. Partes relacionadas--Continuação b) Acordo de cooperação comercial e outras avenças--Continuação
Esse acordo prevê que as mercadorias adquiridas para revenda e provenientes da LASA serão adquiridas pelo preço de custo do produto pago pela LASA ao fornecedor e entregue em seus Centros de Distribuição, acrescido dos tributos e outros encargos diretamente incidentes sobre a compra e venda, e de um percentual de 2% sobre o preço de custo do produto, até que a Companhia atinja o volume acumulado de compras da LASA de R$10.000 por ano. Após atingir esse volume, ocorrerá um acréscimo para 3% sobre o preço de custo do produto, permanecendo inalteradas as demais condições. No exercício de 2009, não houve aquisição significativa de mercadorias junto à controladora LASA.
c) Licenciamento do uso da marca Americanas.com e marcas similares A Companhia firmou contrato de licença para uso de marca com a LASA, pelo qual é concedida a licença de uso da marca Americanas.com e marcas similares, em caráter exclusivo, para as atividades compreendidas no seu objeto social. Conforme estabelecido no referido contrato, o licenciamento da marca será gratuito enquanto a LASA detiver participação societária relevante na Companhia.
d) Transações com partes relacionadas
Os saldos com partes relacionadas, classificados em “Outros créditos a receber”, no Ativo não circulante, compostos abaixo, são referentes à contas-correntes operacionais entre as empresas do grupo, sem incidência de juros. Saldos de ativo 2009 2008 Controladas diretas Ingresso.com S.A. 376 1.026 Submarino Viagens e Turismo Ltda. 4.139 4.405 B2W Rental 6.296 912 Outros 323 - 11.134 6.343 Controlada em conjunto Submarino Finance Promotora de Crédito Ltda. 917 997 Total 12.051 7.340
Veja notas explicativas 19h e 24 referentes a Plano de Opção de Compras de Ações e remuneração a conselheiros, diretores e principais executivos.
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18. Provisão para contingências e depósitos judiciais A Companhia e suas controladas são partes em ações judiciais e processos administrativos perante tribunais e órgãos governamentais envolvendo questões fiscais e trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. A Administração apresenta processo de monitoramento de suas ações judiciais e administrativas conduzido por Departamento Jurídico próprio e por assessores jurídicos externos. Quando requerido, são efetuados depósitos judiciais (R$12.069 e R$12.289 em 31 de dezembro de 2009, R$6.156 e R$6.175 em 31 de dezembro de 2008, respectivamente na controladora e no consolidado). Esses valores, em sua maioria, não estão vinculados às provisões para contingências. A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos externos, análise das demandas judiciais pendentes e, quanto às ações trabalhistas, com base nas experiências anteriores referentes às quantias reivindicadas, constituiu provisão em montante suficiente para cobrir as perdas potenciais com as ações em curso. A seguir, demonstramos os saldos das provisões para contingências: Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008 Fiscais 2.623 - 2.623 - Trabalhistas 1.879 1.687 1.879 1.687 Cíveis 9.015 2.583 9.015 2.583 13.517 4.270 13.517 4.270 Os valores provisionados segundo a opinião dos assessores jurídicos (“prováveis perdas”) referem-se as causas fiscais, cíveis e trabalhistas, as quais a Companhia e suas controladas são parte. Representam basicamente ações impetradas por consumidores relacionados as suas atividades comerciais e pleitos de horas extras, diferencial de férias e décimo terceiro e outros benefícios. A Companhia e suas controladas possuem outras contingências cíveis, trabalhistas e fiscais, cuja natureza em sua maioria reflete o descrito no parágrafo acima, no montante aproximado de R$30.934 em 31 de dezembro de 2009 (R$27.584 em 2008), controladora e consolidado. Com base na posição de seus assessores jurídicos externos que consideram as perdas como possíveis, nenhuma provisão para essas contingências foi constituída.
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19. Patrimônio líquido
a) Capital Social O capital social totalmente integralizado está dividido em 113.535.372 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Segue composição acionária em 31 de dezembro de 2009: Ações ordinárias Acionistas no exterior 28.183.546 Acionistas no País 85.351.826
A Companhia está autorizada a aumentar seu capital social até o limite de 200.000.000 ações ordinárias, independentemente de reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração, que fixará as condições de emissão, estabelecendo se o aumento se dará por subscrição pública ou particular, o preço e as condições de integralização. Em Reunião do Conselho de Administração realizada em 23 de setembro 2008, foi aprovado o aumento de capital da Companhia em R$6.799, com a conseqüente emissão de 141.403 ações ordinárias, em razão do exercício de opções outorgados no âmbito do Programa de Opção de Compra de Ações da Companhia (letra h desta nota explicativa).
b) Ações em tesouraria Em 08 de maio de 2008, o Conselho de Administração da Companhia, nos termos da Instrução CVM nos 10/80 e 268/97, aprovou o programa de recompra de ações de emissão da própria Companhia, utilizando reservas patrimoniais, com o objetivo de mantê-las em tesouraria ou cancelamento, podendo efetuar posterior alienação, durante os próximos 365 dias, até o limite de 4.971.895 ações ordinárias, que correspondem a 10% das ações em circulação no mercado. Inexistiram alienações de ações em tesouraria durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 e de 2008.
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19. Patrimônio líquido--Continuação
b) Ações em tesouraria--Continuação Movimentação das ações em tesouraria:
Quantidade de
ações Valor
Custo médio ponderado de
aquisição
Em 01 de janeiro de 2008 1.353.200 99.677 73,66 Aquisição de ações 1.971.904 122.206 61,88
Em 31 de dezembro de 2008 3.325.104 221.883 66,73 Aquisição de ações 15.919 818 52,04 Em 31 de dezembro de 2009 3.341.023 222.701 66,66 Os custos mínimos e máximos de aquisição por ação foram de R$46,39 e R$74,20 respectivamente. O valor de mercado da ação da Companhia na última cotação anterior ao encerramento do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi de R$47,80 (R$23,80 em 31 de dezembro de 2008).
c) Reserva de capital Essa reserva foi constituída em decorrência do processo de reestruturação societária em 2007, em contrapartida ao acervo líquido incorporado.
d) Reserva legal A reserva legal é constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido de cada exercício social, em conformidade com o artigo 193 da Lei no 6.404/76.
e) Reserva para expansão A reserva para investimentos futuros é constituída com base em orçamento de capital a ser submetido à aprovação dos acionistas na próxima Assembléia Geral Ordinária dos Acionistas e destina-se a planos de investimentos futuros da Companhia. Os lucros remanescentes do exercício terão a destinação que for aprovada pela Assembléia Geral Ordinária, de acordo com a proposta submetida pelo Conselho de Administração.
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19. Patrimônio líquido--Continuação
f) Destinação do lucro do exercício A Administração da Companhia está propondo à Assembléia Geral de Acionistas destinar o montante do lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, conforme a seguir:
R$
R$ por lote de mil ações, excluindo
ações em tesouraria
Lucro líquido do exercício 2009 47.609 Constituição da reserva legal (5%) (2.380) 45.229 Dividendos destinados (25%) (11.308) 102,61
nstituição da reserva para expansão 33.921 A destinação do lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2008, foi como segue:
R$
R$ por lote de mil ações,
excluindo ações em tesouraria
Lucro líquido do exercício Originalmente apresentado 77.443 Ajuste identificados em 2009 relacionados a 2008 (15.675) Lucro líquido do exercício 2008 ajustado 61.768 Compensação de prejuízos acumulados (1.605) 60.163 Constituição da reserva legal (Ajustada) (5%) (3.008) 57.155 Dividendos destinados (31,51%) (18.012) 163,43
estinação para Reserva para Expansão (Ajustada) 39.143 O Estatuto Social da Companhia prevê o pagamento de dividendos obrigatórios anuais mínimos de 25%, calculados sobre o lucro líquido do exercício na forma da legislação em vigor.
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19. Patrimônio líquido--Continuação
g) Ajustes de exercícios anteriores
Conforme preconizado pela CPC 13 - Adoção inicial da Lei nº 11.638/07, a Companhia optou por não ajustar retroativamente as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2007 para fins comparativos às do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 (estas ajustadas pelos efeitos dos ajustes contábeis advindos da nova Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09). Todos os novos procedimentos aplicáveis e adotados em 2008 pela Companhia que trariam impacto retroativo aos saldos ativos e passivos existentes em 2007 foram ajustados retroativamente ao saldo de abertura em 01 de janeiro de 2008 e não conforme preconizado pela NPC 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros. A contrapartida dos ajustes de prática contábil na Controladora e nas controladas (efeitos por equivalência patrimonial) foi efetuada na rubrica de lucros ou prejuízos acumulados (ajustes de exercício anterior). O detalhamento dos ajustes retroativos a 01 de janeiro de 2008 que foram registrados diretamente no patrimônio líquido como ajustes de exercício anterior estão individualizados abaixo: Pagamento baseado em ações (1.781) Ajuste a valor presente de ativos e passivos (58.533) Baixa de ativos diferidos não reclassificáveis (9.270) Efeitos fiscais sobre os ajustes contábeis da Lei nº 11.638/07 e
Lei nº11.941/09 23.659
Efeito líquido (45.925) Fora os ajustes decorrentes da CPC 13 listados nesta, em decorrência do descrito na Nota 2 a, foram processados ajustes identificados em 2009 aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008 (estes estão sendo reapresentados).
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19. Patrimônio líquido--Continuação
h) Plano de opção de compra de ações A B2W aprovou, na AGE de 13 de dezembro de 2006, Plano de Opção de Compra de Ações (“Plano”), na forma do § 3º do art. 168 da Lei no 6.404/76, destinado aos Administradores e empregados de alto nível da Companhia e de suas controladas. A AGE de 31 de março de 2007 que deliberou sobre a incorporação da B2W na TV Sky Shop S.A. ratificou a manutenção do Plano aprovado em dezembro de 2006, como mencionado. As opções são limitadas a 3% do total do capital social. O Plano é administrado pelo Conselho de Administração ou por um Comitê por ele designado. O programa de opção de compra de ações foi aprovado com volume global de 1.099.868 ações ordinárias, com prazo limite de exercício de seis anos a contar da data da assinatura do contrato de opção assinado entre a Companhia e o beneficiário. O preço de exercício foi fixado em R$45,46 (valor histórico) por opção, correspondente ao valor médio ponderado de fechamento das ações da Submarino S.A. (empresa fusionada com a Americanas.com) nos últimos 22 pregões da BOVESPA anteriores a 23 de novembro de 2006 (data de assinatura do protocolo de fusão), sendo o efeito refletido no capital social da Companhia, pelo respectivo preço. O preço de exercício das opções ainda não exercidas será acrescido de correção monetária com base na variação do IGP-M e de juros de 6% ao ano, deduzidos dos dividendos e juros sobre capital próprio por ação pagos pela Companhia a partir da data da aprovação do “Plano”. As ações exercidas poderão ser livremente alienadas por seus beneficiários quando estas tiverem sido totalmente integralizadas e forem observadas condições definidas no Plano, tal como cessão de relação de trabalho. A Companhia possui preferência na opção de recompra das ações uma vez cessada a relação de trabalho.
O valor justo do “Plano” foi estimado com base no modelo de valorização de opções Black & Scholes, tendo sido consideradas as seguintes premissas: Taxa livre de risco 9,79% Duração do programa em anos 6 Volatilidade anualizada esperada 45,3% Dividend yield 1,44% Valor justo da opção na data de outorga (por ação) 19,43 Valor de mercado na data da outorga (por ação) 58,37
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19. Patrimônio líquido--Continuação
h) Plano de opção de compra de ações--Continuação
Conforme descrito acima, o “Plano“ previa um volume global de 1.099.868 ações ordinárias, com prazo limite de exercício de seis anos a contar da data da assinatura do contrato de opção assinado entre a Companhia e o beneficiário. Foram canceladas em face de desligamentos e saídas de executivos 549.934 opções que não foram precificadas para fins do custo de remuneração provenientes do “Plano”. Da data de aprovação do Programa de Opção de Compra de ações até 31 de dezembro de 2009 foram exercidas:
Período do exercício de
opção
Quantidade
de ações Montante total em
Reais
Custo médio
Valor médio de mercado na data do exercício das
opções
2007 69.952 3.180 45,46 78,10 2008 141.403 6.799 48,08 56,97
Os custos de remuneração provenientes do “Plano“ para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foram de R$ 1.783 (R$1.727 em 31 de dezembro de 2008) tendo como contrapartida o registro no patrimônio líquido em reserva de capital - reserva de opções outorgadas reconhecidas. O custo de remuneração corresponde ao valor justo do “Plano”, calculado na data da outorga, registrado durante o período de prestação de serviços que se inicia na data da outorga até a data em que o beneficiário adquire o direito ao exercício da opção. Os custos de remuneração do “Plano” a serem reconhecidos pelo prazo remanescente (período de prestação de serviços a ocorrer) com base nas premissas utilizadas totalizam aproximadamente R$3.952. Com base na composição acionária do capital social em 31 de dezembro de 2009, o percentual máximo de diluição de participação a que eventualmente serão submetidos os atuais acionistas em caso de exercício de todas as opções outorgadas é inferior a 1%.
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19. Patrimônio líquido--Continuação
i) Estatuto social O Estatuto Social da Companhia está em consonância com às Regras do Novo Mercado, que é um segmento diferenciado da BOVESPA com padrões mais rígidos de governança corporativa e divulgação de informações, ao qual os acionistas e membros da Administração da Companhia escolheram aderir. As principais características das empresas listadas no Novo Mercado são:
Realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio de mecanismos que favoreçam a dispersão do capital;
Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações representando 25% do capital;
Extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores no caso de venda da Companhia;
Conselho de Administração com cinco membros no mínimo, com participação obrigatória de Conselheiros Independentes e mandato unificado de um ano;
Obrigatoriedade de realização de oferta de compra de todas as ações em circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação do Novo Mercado (tag along);
Informação das negociações envolvendo ativos e derivativos de emissão da Companhia por parte de acionistas controladores ou administradores da empresa;
Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado para resolução de conflitos societários.
A Companhia, seus acionistas e os administradores ficam obrigados a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada com ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas no Estatuto Social, nas disposições da Lei n.º 6.404/76, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão Valores Mobiliários, nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de valores mobiliários em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado, do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado e, especialmente, no Termo de Voto e Assunção de Obrigações (“Termo de Voto”) celebrado em 13 de dezembro de 2006 e arquivado na sede da Companhia, a qual deve ser conduzida junto à Câmara de Arbitragem do Mercado instituída pela BOVESPA, em conformidade com o Regulamento da referida Câmara, podendo as partes, nos termos do Capítulo 12 do mesmo Regulamento, escolher de comum acordo outra câmara ou centro de arbitragem para resolver seus litígios.
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19. Patrimônio líquido--Continuação
i) Estatuto social--Continuação Além dessas características especiais do Regulamento do Novo Mercado, o Estatuto Social da Companhia contempla ainda características especiais que impedem o registro de ações nas seguintes situações:
Para os adquirentes do poder de controle, enquanto não subscreverem o Termo de Anuência ao Regulamento do Novo Mercado e o Termo de Anuência ao Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado;
Para o nome de acionista que se tornar titular de 5% ou mais das ações
representativas do capital social da Companhia enquanto este não assinar o Termo de Anuência ao Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado, dispensada tal assinatura quando essa titularidade decorrer de participação do acionista em processo de distribuição pública ou negociação em bolsa de valores.
A Companhia não possui Conselho Fiscal instalado.
20. Instrumentos financeiros
a) Considerações gerais No curso normal de seus negócios, a Companhia e suas controladas estão expostas a riscos de mercado relacionados à flutuação das taxas de juros e variações cambiais, bem como risco de crédito em suas vendas a prazo. A Companhia e suas controladas utilizam instrumentos de proteção para minimizar sua exposição a esses riscos, com base em seu monitoramento sob gestão de seus diretores supervisionada pelo Conselho de Administração. Essa gestão determina quais são as estratégias a serem adotadas e a Administração contrata instrumentos de proteção adequados a cada circunstância e riscos inerentes. A Companhia e suas controladas não possuem contratos a termo, opções, swaptions, swaps com opção de arrependimento, opções flexíveis, derivativos embutidos em outros produtos, operações estruturadas com derivativos e “derivativos exóticos”. A Companhia e suas controladas não operam com instrumentos financeiros derivativos com propósitos de especulação, reafirmando assim o seu compromisso com a política conservadora de gestão de caixa, seja em relação ao seu passivo financeiro, seja para com a sua posição de disponibilidades.
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20. Instrumentos financeiros
b) Valor justo dos instrumentos financeiros
Os valores de mercado (“valor justo”) estimados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 pela Administração foram determinados utilizando as informações de mercado disponíveis e metodologia usual de apreçamento: avaliação do valor nominal até a data do vencimento e descontado a valor presente às taxas de mercado futuro, publicados nos boletins da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F. Estas estimativas do valor justo apresentadas não são necessariamente indicativos de valores que a Companhia e suas controladas poderiam realizar no mercado. A utilização de diferentes hipóteses ou metodologias de avaliação pode divergir dos montantes estimados de valor justo ora apresentados tendo em vista a necessidade de parcela considerável de julgamento na interpretação das informações de mercado. Os valores dos principais instrumentos financeiros que refletem possível diferença entre o valor contábil e o valor justo em 31 de dezembro são como se segue: Em 31 de dezembro de 2009:
Base do Registro
Contábil - CPC 14
Controladora Consolidado
Custo
amortizado Valor Justo
Custo amortizado
Valor Justo
Ativo Títulos e valores mobiliários Valor justo (i) 538.117 540.010 545.939 547.832 Passivo Debêntures Custo amortizado 381.079 369.675 381.079 369.675 Empréstimos e financiamentos Moeda nacional Custo amortizado 491.454 475.699 566.187 550.432
Moeda estrangeira Contabilidade de
hedge (ii) 389.758 403.070 459.936 473.248 Swaps tradicionais Valor justo 11.461 (1.852) 11.988 (1.325)
(i) AAP: Ajuste de Avaliação Patrimonial (ii) “Hedge Accounting”(registro contábil da dívida e swaps efetuado pelo valor justo no Resultado)
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20. Instrumentos financeiros
b) Valor justo dos instrumentos financeiros--Continuação
Em 31 de dezembro de 2008:
Base do Registro
Contábil - CPC 14
Controladora Consolidado
Custo
amortizado Valor justo
Custo amortizado
Valor justo
Ativo Títulos e valores mobiliários Valor justo (i) 702.311 701.006 705.867 704.569 Passivo Debêntures Custo amortizado 388.793 366.876 388.793 366.876 Empréstimos e financiamentos Moeda nacional Custo amortizado 124.134 120.792 243.433 236.879
Moeda estrangeira Contabilidade de
hedge (ii) 889.702 916.387 984.438 1.011.123
Swaps tradicionais Valor justo (148.751) (175.436) (146.219) (172.904)
(i) AAP: Ajuste de Avaliação Patrimonial (ii) “Hedge Accounting”(registro contábil da dívida e swaps efetuado pelo valor justo no Resultado)
c) Risco de crédito
O risco de crédito é minimizado pelo fato de aproximadamente 75% das vendas da Companhia e suas controladas serem realizadas por meio de cartões de crédito administrados por terceiros. A Companhia e suas controladas mantêm provisão para créditos de liquidação duvidosa em montante considerado pela Administração como suficiente para cobrir possíveis perdas.
d) Risco de taxa de juros
A Companhia e suas controladas utilizam de recursos gerados pelas atividades operacionais para gerir as suas operações bem como para garantir seus investimentos e crescimento. Para complementar sua necessidade de caixa para crescimento, a Companhia e suas controladas obtém empréstimos e financiamentos junto as principais instituições financeiras do País, substancialmente indexados a variação do CDI. O risco inerente surge da possibilidade de existirem flutuações relevantes no CDI (vide quadro de análise de sensibilidade abaixo). A política de aplicações financeiras indexadas em CDI mitiga parcialmente este efeito.
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20. Instrumentos financeiros--Continuação
e) Risco de taxa de câmbio
Esses riscos são provenientes das oscilações das taxas de câmbio sobre a carteira de empréstimos em moeda estrangeira. A Companhia e suas controladas utilizam-se de derivativos tais como swaps tradicionais com o propósito de anular perdas cambiais decorrentes de desvalorizações acentuadas da moeda Real (R$) perante estas captações de recursos em moedas estrangeiras. Em 31 de dezembro de 2009, a posição destes instrumentos financeiros derivativos era a seguinte: Swaps tradicionais (registrados na conta de empréstimos e financiamentos): A contraparte destes swaps tradicionais é a instituição financeira provedora dos empréstimos em moeda estrangeira (dólares americanos ou ienes), geralmente consoante a Resolução nº 2770 do Banco Central do Brasil (BACEN). Estas operações de swap referenciados em CDI visam anular o risco cambial, transformando o custo da dívida (vide condições na nota explicativa de empréstimos e financiamentos - nota explicativa-13) para moeda e taxa de juros locais, variando de 105,8% a 147,9% do CDI (CDI - EXTRAGRUPO que equivale a Taxa Média das Captações no Mercado Interfinanceiro, divulgada diariamente pela Central de Liquidação e Custódia de Títulos Privados - CETIP). Estes contratos montam em 2009 um valor de referência de R$390.066 na controladora (R$460.684 no consolidado). Em 2008, R$689.542 na controladora (R$778.750 no consolidado). Estas operações estão casadas em termos de valor, prazos e taxas de juros. A Companhia tem a intenção de liquidar tais contratos sempre simultaneamente com os respectivos empréstimos, itens objeto de hedge. Neste tipo de operação não existem cláusulas contratuais de chamada de margem. Controladora Consolidado 2009 2008 2009 2008
Objeto do hedge (dívida) Custo amortizado 389.758 889.702 459.936 984.438
Ajustado pelo valor justo dos riscos cobertos 403.070 916.387 473.248 1.011.123
(13.312) (26.685) (13.312) (26.685) Swaps
Posição ativa (Dólar ou Iene + Pré) Custo amortizado (389.758) (889.702) (459.936) (984.438) Valor justo (395.243) (892.637) (465.421) (987.373)
5.485 2.935 5.485 2.935 Posição passiva (% CDI) Custo amortizado 401.219 740.951 471.925 838.219
Valor justo 393.392 717.201 464.098 814.469 7.827 23.750 7.827 23.750
13.312 26.685 13.312 26.685
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20. Instrumentos financeiros--Continuação
e) Risco de taxa de câmbio--Continuação
Ganhos e perdas realizados e não realizados, sobre esses contratos durante o exercício de 2009 foram registrados no resultado financeiro líquido, e o saldo a receber ou a pagar no valor justo de R$1.852 está registrado na rubrica “empréstimos e financiamentos” (R$1.325 no consolidado) em 31 de dezembro de 2009. Em 31 de dezembro de 2008 na controladora R$175.436 (R$172.904 no consolidado). As faixas de vencimentos dos contratos de swap em 31 de dezembro de 2009 encontram-se a seguir:
Vencimento Controladora Consolidado
Montante total Saldo Montante total Saldo
2010 22.330 (134) 92.508 393 2011 68.150 10.326 68.150 10.326 2012 195.281 (10.559) 195.281 (10.559) 2013 109.482 (1.485) 109.482 (1.485) Total 395.243 (1.852) 465.421 (1.325)
Considerando que a exposição da Companhia e suas controladas ao risco de oscilações nas taxas de câmbio é mitigada pelas operações de swap tradicionais, contratados para proteção cambial, e, portanto, simultaneamente com os respectivos empréstimos em moeda estrangeira, a recente desvalorização do Real em decorrência da atual condição de mercado não produziu ou produzirá efeitos nas demonstrações financeiras da Companhia (vide quadro de análise de sensibilidade abaixo). O resultado com essas operações gerou perda no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 no montante de R$216.952 (ganho de R$225.928 em 31 de dezembro de 2008) na controladora e R$253.424 (ganho de R$233.995 em 31 de dezembro de 2008) no consolidado, registrado contabilmente no resultado financeiro. A variação cambial sobre os empréstimos indexados em moeda estrangeira (sob proteção destes derivativos) contabilizada a crédito na despesa financeira no exercício foi de R$169.757 (R$325.455 contabilizado a débito na despesa financeira em 31 de dezembro de 2008) na controladora e R$196.697 (R$340.425 contabilizado a débito na despesa financeira em 31 de dezembro de 2008) no consolidado.
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20. Instrumentos financeiros--Continuação
f) Análise de sensibilidade das operações de swaps
As operações de swap registradas pela Companhia e suas controladas, foram contratadas simultaneamente às operações de empréstimo em moeda estrangeira, contemplando prazos, taxas e valores equivalentes, trocando exposição cambial dos empréstimos pela exposição ao CDI. Em 31 de dezembro de 2009, a dívida bruta da Companhia (controladora), em Dólares Norte-Americanos, era de R$403.070 e R$473.248 no consolidado. A expectativa de mercado, conforme dados retirados no Banco Central do Brasil (Relatório Focus), com data base em 05 de março de 2010, indicavam uma taxa de câmbio para o final do exercício de 2010 (cenário provável) de 1,8100 R$/US$, ante uma taxa de 1,7412 R$/US$ verificada em 31 de dezembro de 2009. Os cenários I e II foram estimados com uma deterioração de 25% e 50% respectivamente, acima da expectativa provável (julgado pela Administração), conforme demonstrado no quadro abaixo:
Visão controladora:
Operação Risco Cenário provável
Cenário I - Deterioração
de 20%
Cenário II - Deterioração
de 50% Dólar
Taxa de câmbio em 31/12/2009 1,742 1,7412 1,7412 Taxa de câmbio estimada para 31/12/2010 (Variação US$) 1,8100 2,2625 2,7150 Empréstimo em moeda estrangeira 15.926 120.676 225.425 Swaps (Ponta ativa em moeda estrangeira) (15.926) (120.676) (225.425) Efeito liquido Nulo Nulo Nulo
Visão consolidado:
Operação Risco Cenário provável
Cenário I - Deterioração
de 20%
Cenário II - Deterioração
de 50% Dólar
Taxa de câmbio em 31/12/2009 1,742 1,7412 1,7412 Taxa de câmbio estimada para 31/12/2010 (Variação US$) 1,8100 2,2625 2,7150 Empréstimo em moeda estrangeira 18.699 141.686 264.673 Swaps (Ponta ativa em moeda estrangeira) (18.699) (141.686) (264.673) Efeito liquido Nulo Nulo Nulo
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20. Instrumentos financeiros--Continuação
g) Análise de sensibilidade a variação da taxa do CDI A Companhia e suas controladas mantêm a totalidade da sua dívida e das suas disponibilidades indexadas à variação do CDI (considerando a troca das dívidas em moeda estrangeira por variação do CDI com os swaps tradicionais). Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia (controladora) apresentava uma dívida líquida de R$676.767, representada pelo valor dos empréstimos, financiamentos e debêntures, líquido de caixa e títulos/valores mobiliários (no consolidado a dívida líquida era de R$809.310). A expectativa de mercado, conforme dados retirados no Banco Central do Brasil (Relatório Focus), com data base em 05 de março de 2010 indicavam uma taxa mediana efetiva do CDI estimada em 9,92%, cenário provável para o ano de 2010, ante a taxa efetiva de 9,87% verificada no ano de 2009. Adicionalmente, a Administração, efetuou testes de sensibilidade para cenários adversos, deterioração da taxa do CDI em 25% ou 50% superiores ao cenário provável (julgado pela Administração), conforme demonstrado no quadro abaixo: Visão controladora:
Operação Cenário provável
Cenário I - Deterioração
de 20%
Cenário II - Deterioração
de 50% Taxa efetiva anual do CDI em 2009 9,87% 9,87% 9,87% Dívida liquida 676.767 676.767 676.767 Taxa anual estimada do CDI em 2010 9,92% 12,40% 14,88% Efeito anual na dívida liquida
Redução - - - Aumento 338 17.122 33.906
Visão consolidado:
Operação Cenário provável
Cenário I - Deterioração
de 20%
Cenário II - Deterioração
de 50% Taxa efetiva anual do CDI em 2009 9,87% 9,87% 9,87% Dívida liquida 809.310 809.310 809.310 Taxa anual estimada do CDI em 2010 9,92% 12,40% 14,88% Efeito anual na dívida liquida
Redução - - - Aumento 405 20.476 40.546
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21. Outras despesas operacionais, líquidas Referem-se, essencialmente, à baixas de ativos diferidos, bem como gastos de reestruturação em conexão com o processo de integração das operações da Americanas.com e Submarino.
22. Cobertura de seguros A Companhia e suas controladas possuem cobertura de seguros para os bens do estoque e do ativo imobilizado, bem como para roubos e furtos de numerário. Em 31 de dezembro de 2009, tais coberturas são assim demonstradas:
Bens segurados Riscos cobertos Montante
da cobertura - R$ Estoques e imobilizado Incêndios e riscos diversos 535.200 Lucro cessante 79.000 Responsabilidade civil 5.000 Roubos 1.325
23. Contratos de locação
A Companhia mantém um Instrumento Particular de Contrato de Locação de Imóvel Comercial e Outras Avenças com a Hulusa Comercial e Imóveis Ltda (empresa não relacionada). Através deste instrumento, a controlada B2W, na qualidade de locatária, e a Hulusa, na qualidade de locadora, executaram um estudo de implantação de um novo centro de distribuição - CD a ser utilizado pela B2W no imóvel de propriedade da Hulusa. Este novo CD vem sendo usado pela controlada a partir de agosto de 2008 mantendo ainda os CDs de Pirambóia e Osasco os quais se esperam que no futuro sejam consolidados para este novo CD pertencente a Hulusa. O aluguel é atualizado mensalmente com base na média aritmética dos índices IGP-M e IPC (em 31 de dezembro de 2009 o valor do aluguel mensal era de R$ 830). O prazo da locação é de 10 anos (120 meses), contados da data de celebração do referido instrumento de locação. Para garantia deste novo CD, a Companhia efetuou pagamentos no montante total de R$10.000 que estão sendo compensados com os aluguéis vindouros, na razão de 50% do aluguel mensal. Lojas Americanas S.A. é fiadora, devedora solidária, e principal pagadora das obrigações da Companhia sob o referido contrato.
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação Referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 (Em milhares de reais, exceto valores por ação)
51
23. Contratos de locação--Continuação
A Companhia incorreu no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 em despesas de aluguéis e outras relacionadas aos CDs o montante de R$20.827 (R$14.402 em 31 de dezembro de 2008). Em atendimento ao CPC 06 - Operações de arrendamento mercantil, aprovado pela Deliberação CVM nº 554, de 12 de novembro de 2008, a Companhia analisou os referidos contratos e concluiu que estes se enquadram na classificação de arrendamento mercantil operacional. Os compromissos futuros oriundos destes contratos de locação dos CDs em uso, a valores de 31 de dezembro de 2009 são assim distribuídos:
2010 2011 2012 2013 2014 em diante
Aluguéis 18.043 18.672 19.792 20.980 22.239
24. Remuneração dos empregados e administradores De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com o Estatuto Social da Companhia, é de responsabilidade dos acionistas, em Assembléia Geral, fixar o montante global da remuneração anual dos Administradores. Cabe ao Conselho de Administração efetuar a distribuição da verba entre os Administradores. Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 25 de abril de 2009, foi fixado o limite de remuneração global mensal dos Administradores (Conselho de Administração e Diretoria) da Companhia. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a remuneração total (salários e participação nos lucros) dos conselheiros, diretores e principais executivos da Companhia foi de R$10.089 e R$11.913, respectivamente (R$11.169 e R$13.040 no consolidado), remunerações estas dentro dos limites aprovados em correspondentes Assembléias de Acionistas. A Companhia e suas controladas não concedem benefícios pós-empregos, benefícios de rescisão de contrato de trabalho ou outros benefícios de longo prazo para a Administração e seus empregados (exceto pelo plano de opção de compra de ações descrito na nota explicativa 19 letra g).
Relatório da Administração 2009
No cumprimento das disposições legais e de acordo com a legislação societária
Brasileira vigente, a B2W – Companhia Global do Varejo apresenta, a seguir, o
Relatório da Administração com os resultados financeiros e operacionais do
exercício findo em 31 de dezembro de 2009.
A B2W - Companhia Global do Varejo, empresa líder em comércio eletrônico no
Brasil, foi constituída em dezembro de 2006 como resultado da fusão entre
Americanas.com e Submarino. Estão contidas neste relatório as informações
referentes às marcas geridas pela Companhia: Americanas.com, Submarino,
Shoptime e Blockbuster Online, além das empresas controladas pela B2W:
Ingresso.com, B2W Viagens, e Submarino Finance, esta última uma joint-
venture com a Cetelem, financeira do grupo BNP Paribas.
As ações da Companhia estão listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros
(BM&FBOVESPA), e são registradas no Novo Mercado, o mais alto nível de
Governança Corporativa do Brasil, sob o código de negociação BTOW3.
Lojas Americanas S/A é a acionista controladora da B2W, com aproximadamente
57% das ações da Companhia. As ações em negociação em mercado (free-float)
correspondem a aproximadamente 43% do capital total da Companhia. O gráfico a
seguir resume a estrutura societária da B2W:
43%57%
50% 100% 100%
1. Visão Geral da Companhia
A B2W é a empresa líder do comércio eletrônico no Brasil, e atua através de sua
estrutura multicanal de internet, televendas, televisão, catálogos e quiosques.
A B2W é detentora das marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e
Blockbuster Online, marca que teve a sua licença de uso adquirida em 2007 pela
Companhia para operação na internet no Brasil. A Companhia conta também com
três subsidiárias: B2W Viagens, Ingresso.com e Submarino Finance.
Americanas.com
A Americanas.com (www.americanas.com.br), completou no ano de 2009, 10 anos
de existência e para comemorar, na semana do seu aniversário, os clientes foram
presenteados com grandes ofertas.
O site oferece 37 categorias de produtos via internet, televendas e por meio de
mais de 460 quiosques instalados na Lojas Americanas com acesso ao site,
oferecendo aos clientes mais de 500 mil itens nas categorias eletrônicos, CDs &
DVDs, informática, eletrodomésticos, telefones & celulares, livros, games,
brinquedos, papelaria, vinhos entre outras. Com o objetivo de oferecer aos nossos
clientes uma maior variedade de produtos, em 2009 disponibilizamos 4 novas
categorias no site: petshop, perfumaria & cosméticos, suplementos & vitaminas, e
sinalização & segurança. A Americanas.com opera ainda serviços de viagens,
através da Americanas Viagens (viagens.americanas.com.br), e serviços digitais,
tais como revelação de fotos, lista de casamento, recarga de celulares, entre
outros.
A Americanas.com também disponibiliza sua expertise de logística e plataforma
tecnológica a grandes grupos empresariais do país e do exterior, operacionalizando
a distribuição de produtos em massa por conta e ordem dos seus clientes.
Submarino
O Submarino (www.submarino.com.br), que comemorou em 2009 o seu décimo
aniversário, é líder em inovações tecnológicas, tendo implementado o sistema de
CRM (Customer Relationship Management), ferramenta que personaliza as páginas
de acordo com o perfil do cliente.
O Submarino oferece 29 categorias de produtos através de seus canais de vendas:
internet, televendas e catálogos, com forte ênfase na venda de livros, CDs, DVDs,
eletrônicos, informática, games e serviços online. Em 2009, o Submarino mostrou
mais uma vez pioneirismo, ao introduzir em seu site a categoria de Obras de Artes,
oferecendo aos clientes produtos antes não disponíveis na internet. O Submarino
opera também com os serviços de viagens, através do Submarino Viagens
(www.submarinoviagens.com.br), e oferece ainda serviços de B2B (business-to-
business), possibilitando a operacionalização de comércio eletrônico de grandes
grupos empresariais.
Bimestralmente, os clientes do Submarino recebem catálogos impressos, com
tiragem de centenas de milhares de exemplares, que apresentam produtos e
ofertas especiais. O site possui um programa de fidelidade altamente atrativo, em
parceria com a Submarino Finance.
Seguindo sua trajetória de inovação, o Submarino implementou em janeiro de 2010
mais uma grande novidade, o serviço de “Compra com 1-Click”. Trata-se de uma
ação pioneira da marca no Brasil, que tem como objetivo facilitar e agilizar o
processo de compra online, melhorando a experiência do consumidor. Com a
“Compra com 1-Click”, é possível cadastrar um endereço de entrega e um cartão de
crédito preferencial e o Submarino saberá para onde enviar e como cobrar os
pedidos. Assim, o cliente ativa o serviço uma só vez e pode usá-lo sempre que for
fazer compras no Site, de forma muito rápida e prática.
Shoptime
O Shoptime (www.shoptime.com.br), que em 2010 completa 15 anos, foi o
primeiro canal brasileiro de home shopping (vendas pela TV) e opera via internet,
televendas e catálogo. O canal de TV alcança mais de 20 milhões de lares
brasileiros, sendo mais de 5 milhões via TV por assinatura (canais SKY 19, Net 31,
Neo TV) e mais de 18 milhões via antenas parabólicas (Vertical 5B), com uma
transmissão interativa que chega a 11 horas de programação ao vivo, 7 dias por
semana. Em 2007, o canal de televisão passou a transmitir a programação 24
horas por dia, possibilitando aos clientes rapidez e interatividade em suas compras.
O catálogo é distribuído sete vezes ao ano, em todo o Brasil, com tiragem de 400
mil exemplares.
Atualmente, o Shoptime oferece 21 categorias de produtos a mais de 3,5 milhões
de clientes. A ênfase do sortimento do Shoptime está nos artigos de utilidade
doméstica em geral, cama, mesa & banho, e informática.
Em 2009, o Shoptime lançou mais de 60 itens de marcas exclusivas, além das
linhas Colors, que oferece os mais famosos produtos Fun Kitchen em diferentes
cores; Life Zone, que oferece produtos relacionados à forma e beleza e; Casa &
Conforto Kids. Estes lançamentos somam-se às já consagradas linhas exclusivas de
eletroportáteis Fun Kitchen, de utensílios domésticos La Cuisine e de itens de cama,
mesa & banho, Casa & Conforto.
Além disso, opera também o serviço de viagens, através do Shoptime Viagens
(viagens.shoptime.com.br).
B2W Viagens
A B2W Viagens atua por meio das marcas Americanas Viagens, Submarino Viagens
e Shoptime Viagens, e oferece serviços como pacotes turísticos, passagens aéreas,
reservas online de hotéis, cruzeiros, seguros de viagens e aluguel de veículos, no
Brasil e no exterior. A Empresa chega aos clientes via internet, televendas,
televisão e quiosques, e vem trabalhando para incrementar seu sortimento.
O objetivo da B2W Viagens é construir uma plataforma que possibilite aos clientes
de cada uma das marcas, planejar e comprar suas viagens de forma rápida e
agradável, consolidando uma posição de liderança no mercado de viagens online do
Brasil por meio de inovação, qualidade no atendimento, conteúdo diferenciado e
preços competitivos.
Ingresso.com
A Ingresso.com oferece tecnologia e serviços de compra de ingressos via internet
para: cinemas, teatros, shows, jogos de futebol, parques e eventos culturais. Com
mais de 1,7 milhão de clientes cadastrados, a Ingresso.com é a maior vendedora
online de ingressos de cinema no Brasil, atendendo a mais de 1.600 salas em todo
o país. A empresa oferece o serviço de reserva de assentos pela internet, onde o
cliente pode escolher, com toda a comodidade, o lugar de seu interesse em salas
de cinema e teatro. Além do site próprio (www.ingresso.com), que em 2009
ganhou uma versão exclusiva para dispositivos móveis, a Ingresso.com está
presente também nos sites da Americanas.com, Submarino e Shoptime.
Outra frente de atuação é a comercialização de seu software de bilheteria no Brasil
e no exterior. Atualmente, a Ingresso.com é responsável pela informatização de
diversas salas de cinema, teatro, arenas esportivas e casas de shows.
Além disso, a Ingresso.com iniciou em 2009 a expansão internacional na América
Latina pelo México, através da venda de ingressos de cinema na Cidade do México
em parceria com a Cinemark. Esta iniciativa permitirá a B2W explorar e entender
novos mercados com um baixo custo de entrada e operação.
Submarino Finance
Fruto da joint venture com a Cetelem, a Submarino Finance oferece o cartão de
crédito Submarino, que permite o financiamento em até 24 parcelas para compra
de produtos no site do Submarino, além de um exclusivo programa de
recompensas e promoções especiais, como descontos em produtos e pontuação no
Programa de Fidelidade Léguas Submarinas.
Para a B2W, o cartão próprio representa uma oportunidade de alavancar vendas,
especialmente de itens de valor elevado, reduzir custos com taxas de administração
de cartão de crédito e com desconto de recebíveis, e participar no resultado do
negócio de financiamento ao consumo. Terminamos o ano com mais de 515 mil
cartões emitidos, e participação acima de 25% nas vendas do site Submarino.
Em 2009, a Submarino Finance passou a emitir cartões Submarino com a bandeira
Mastercard, estimulando a utilização do cartão em outros estabelecimentos além do
site Submarino.
Blockbuster Online
A B2W adquiriu o direito de uso da marca Blockbuster na internet no Brasil e
passou a oferecer em 2008 o serviço de locação online de DVDs e Blu-ray Discs
através de seu site www.blockbuster.com.br. A Blockbuster Online é uma locadora
que permite aos clientes escolherem seus filmes pela internet, montarem uma lista
de desejos, receberem e devolverem seus filmes na comodidade de sua casa.
Oferece planos de assinatura que possibilitam que os clientes sempre tenham
filmes em casa, sem data para devolução e sem multa.
Atualmente a Blockbuster Online possui o maior acervo em quantidade de títulos do
Brasil, com mais de 15 mil filmes, e atua em 144 cidades espalhadas pelos Estados
de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, com entrega
aos domingos e no mesmo dia para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Possui ainda o maior acervo de Blu-ray Discs para locação da América Latina, com
cerca de 2 mil títulos.
2. Mensagem da Administração
A B2W - Companhia Global do Varejo, por meio de suas marcas e operações,
registrou, sob o ponto de vista operacional consolidado, um crescimento de 14% na
receita bruta em 2009, totalizando R$5,1 bilhões. Este resultado foi impulsionado
pelo contínuo crescimento de nossa base de clientes ativos, e também pelo
desenvolvimento expressivo das nossas unidades de negócios. Apresentamos um
crescimento de 20% em nosso EBITDA, que alcançou R$489 milhões e uma
margem próxima aos 13% da receita líquida, como conseqüência de ganhos de
escala e da maturação do processo de obtenção de sinergias. O lucro líquido do
exercício totalizou R$48 milhões.
Para 2010 nossa maior meta continua sendo a otimização de todas as nossas
operações, de modo a fazer frente ao novo cenário econômico que se apresenta
repleto de oportunidades para alcançarmos novos e superiores patamares de
resultados, sempre na busca da satisfação de nossos clientes e de melhor atendê-
los.
Gostaríamos de agradecer a dedicação dos nossos associados e também o apoio e a
confiança de todos os nossos clientes, fornecedores e acionistas.
A ADMINISTRAÇÃO
3. Cenário Econômico
Segundo dados do IBGE, em 2009, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo) registrou taxa acumulada de 4,31%, inferior aos
5,90% registrados em 2008. Já o IGP-M (Índice Geral de Preço ao Mercado),
medido pela FGV, apresentou no acumulado de 2009, deflação de 1,71%, contra
inflação de 9,81% no acumulado do ano anterior. No ano, houve uma
desvalorização do dólar em relação ao real de 25,5%. A taxa básica de juros da
economia (SELIC) fechou o ano de 2009 em 8,75% ao ano, menor patamar desde
1999, quando começou a ser utilizada como meta de política monetária, e abaixo
dos 13,75% ao ano registrados ao final de 2008.
O Brasil foi um dos primeiros países a mostrar sinais de recuperação da crise
financeira mundial. O comércio varejista, no ano, apresentou um crescimento de
5,9% em volume de vendas (IBGE).
B2W reitera sua confiança no desenvolvimento econômico do país e nas
oportunidades de crescimento do segmento de varejo. A Companhia manterá o foco
na expansão de seus negócios e sortimento de produtos e serviços, impulsionada
principalmente pela expectativa de crescimento do número de adeptos ao comércio
eletrônico e do aumento da penetração do varejo online sobre o varejo total no
Brasil.
4. Estratégia e Investimento
A estratégia da B2W é consolidar sua posição competitiva no mercado de varejo
brasileiro. A seguir, apresentamos os principais elementos desta estratégia:
• Crescimento de vendas e geração de caixa operacional através da melhoria
contínua na nossa operação;
• Captura de sinergias operacionais e vantagens competitivas provenientes da
integração dos canais Americanas.com, Submarino e Shoptime;
• Aumento do volume de negócios de nossas subsidiárias Ingresso.com, B2W
Viagens e Submarino Finance;
• Desenvolvimento e expansão da marca Blockbuster na internet;
• Constante atualização tecnológica e inovação para todas as nossas unidades de
negócios;
• Busca de maiores patamares de eficiência operacional e de logística;
• Capacitação de nossos associados de forma a suportar os desafios que se
apresentam na trajetória de crescimento da Companhia;
• Aumento de nossa base de clientes ativos;
• Incremento da freqüência de compras de nossos clientes.
Investimentos
Adotamos um plano de investimentos que tem por principal objetivo viabilizar o
crescimento de nossas operações. As principais áreas de concentração dos
investimentos são em nosso novo centro de distribuição e a atualização tecnológica
de nossos sistemas, além de infra-estrutura de backoffice para o atendimento a
clientes, televendas e canal de televisão. Em 2009, investimos um total de
aproximadamente R$133,5 milhões na melhoria de nossas operações.
Os investimentos em tecnologia têm como objetivos a unificação dos sistemas de
backoffice, da camada de venda, de todos os sistemas acessórios, como por
exemplo, meios de pagamento e sistemas de informações gerenciais. Desta forma,
a Companhia consegue se beneficiar de ganhos de produtividade e se prepara para
suportar o crescimento futuro de suas operações. Vale destacar outros importantes
ganhos, tais como aumento na velocidade de navegação dos sites na internet, à
medida que os mesmos ficam em uma única plataforma, agilidade em ações
comerciais e grandes avanços nos sistemas de informações gerenciais.
Já os investimentos em operação e logística, televisão, atendimento e televendas,
visam a melhoria da qualidade e eficiência das nossas operações, com o objetivo de
proporcionar uma experiência de compra ainda melhor para os nossos clientes.
Gente
A expansão das operações da B2W tem reflexos diretos no desenvolvimento
profissional de seus associados. A Companhia conta com programas de treinamento
e capacitação das pessoas visando os desafios de crescimento. As oportunidades de
carreira estão atreladas a um sistema de meritocracia e ao comprometimento de
seus associados com a visão de longo prazo da Companhia. Ao final do exercício de
2009, a Companhia contava com 1.565 Associados na Controladora.
Treinamento e Desenvolvimento
Consolidamos em 2009 o cronograma de treinamentos definido no ano anterior, e
aumentamos ainda mais o nosso número de homem/hora de treinamento,
atingindo a marca de 17.000 Associados/hora capacitados.
Realizamos as primeiras turmas de treinamento e-learning (cursos à distância pelo
computador) na nossa Universidade Corporativa, o CDA - Centro de
Desenvolvimento Americanas, e em março de 2010 está prevista a inauguração de
um pólo de treinamento em nosso novo Centro de Distribuição em São Paulo.
Iniciamos também um programa de gestão de competências, no qual, através de
treinamentos técnicos e avaliações de competências, nossos Associados são
credenciados no próprio cargo e/ou preparados para novos desafios na Companhia.
A ênfase na capacitação dos nossos Associados e no desenvolvimento interno vão
ao encontro do estabelecimento de metas cada vez mais desafiadoras.
12.000
17.000
2008 2009
Evolução Associados/hora de treinamento
Recrutamento de Talentos
B2W tem como política a formação de talentos dentro de casa, a partir da
contratação de Associados pelos programas de estágio, trainee e para cargos
operacionais de suas unidades de negócio. Desta forma, enfatiza-se o recrutamento
de jovens universitários das melhores universidades do país, que recebem
treinamentos específicos voltados para os desafios do segmento de varejo e
imersão na cultura organizacional da Companhia.
• Programa de Estágio
O Programa de Estágio tem como objetivo recrutar estudantes universitários
com o espírito empreendedor. Assim, é possível selecionar jovens com perfil
compatível ao de uma equipe orientada por resultados. Durante o Programa, os
estagiários são apresentados à rotina de trabalho de diversas áreas da Sede,
Centros de Distribuição e outras unidades de negócio. Nesse período, também
são desenvolvidos módulos de treinamento mensais nos quais o estagiário tem
a oportunidade de incorporar a visão, missão e valores corporativos, as
principais características da Cia. e seus respectivos departamentos, assim como
as ferramentas técnicas necessárias ao trabalho de sua área de atuação. O
programa, que tem abrangência nacional, apresenta alto nível de procura e
ótimo índice de aproveitamento dos jovens profissionais.
• Programa de Trainees
O Programa de Trainee, que tem duração de dezoito meses, tem como objetivo
a seleção de jovens recém-formados, com perfil que os permita ocuparem
funções de destaque na Companhia. Ao longo deste programa, os trainees
passam por treinamentos específicos, e são apresentados a todas as áreas da
Companhia por meio de seus principais executivos. Em seguida, já alocados em
suas áreas, esses jovens têm a chance de desenvolver projetos desafiadores
logo no início de suas carreiras.
5. Panorama do Resultado
Considerações Gerais
A comparação das informações apresentadas refere-se ao resultado consolidado da
B2W nos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, exceto
quando indicado o contrário. As informações contábeis que servem de base para os
comentários abaixo estão apresentadas de acordo com práticas contábeis adotadas
no Brasil, baseada na Lei das Sociedades por Ações, nas regras e regulamentos da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo regulamento de listagem do Novo
Mercado da BM&FBOVESPA e nos padrões e regras de contabilidade estabelecidas
pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (“GAAP Brasileiro”). As
análises a seguir referem-se sempre aos resultados consolidados da B2W
(Americanas.com, Submarino, Shoptime, Blockbuster Online, Ingresso.com,
Submarino Finance e B2W Viagens), exceto onde indicado o contrário.
Nota de Reapresentação das Demonstrações Financeiras
B2W - COMPANHIA GLOBAL DE VAREJO em cumprimento ao disposto na Instrução
CVM nº 358/2002, vem a público informar que, de forma a refletir mais
adequadamente a essência econômica de operações de hedge por ela contratadas,
à luz dos padrões contábeis previstos nas normas vigentes, o Conselho de
Administração da Companhia aprovou a realização de ajuste às demonstrações
financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 (“demonstrações
financeiras”) e às informações trimestrais do exercício de 2009, com os respectivos
comparativos de 2008, as quais foram nesta data reapresentadas na Comissão de
Valores Mobiliários, estando disponíveis no Sistema IPE.
A Companhia esclarece, por oportuno, que utiliza swaps tradicionais com o
propósito de anular o risco cambial de suas captações de recursos em moedas
estrangeiras, transformando o custo destas dívidas para moeda e taxa de juros
locais. Estas operações de swap e os respectivos empréstimos objeto de hedge
qualificam-se para a aplicação da contabilidade de hedge (‘hedge accounting’),
conforme previsto no Pronunciamento Técnico CPC 14 (Instrumentos Financeiros) e
foram designadas desta maneira quando da aplicação inicial da Lei 11.638/07 na
preparação das demonstrações financeiras, com parecer de auditoria sem
ressalvas.
No entanto, uma revisão adicional dos procedimentos adotados no âmbito da nova
sistemática de padrões contábeis em vigor no Brasil demonstrou que, quando da
aplicação inicial da contabilidade de hedge, a Companhia, corroborada por seus
auditores independentes à época, que, como conseqüência, emitiram parecer sem
ressalva, reconheceu impactos contábeis entendidos agora como desalinhados com
a sua intenção ao contratar tais operações e que não corresponderam
adequadamente aos seus respectivos impactos econômicos, à luz das análises
técnicas contábeis desenvolvidas sobre a matéria, de cunho particularmente
complexo, notadamente no contexto da reformulação dos padrões contábeis
brasileiros, em decorrência da lei nº 11.638/07.
É importante destacar, no entanto, que essas operações de hedge e de swap não
têm qualquer tipo de propósito especulativo, nem representam ou representaram
exposição para a Companhia além do aqui descrito, caracterizando-se como
exemplo do chamado hedge perfeito. Cabe ressaltar, ainda, que os impactos
contábeis mencionados anteriormente se anulariam completamente ao final do
prazo contratado e não representam ou representariam entradas ou desembolsos
adicionais de caixa, tendo criado descasamento apenas temporário no resultado da
Companhia.
Acham-se disponíveis na página da CVM (www.cvm.gov.br) e da Companhia
(www.b2winc.com) não apenas as demonstrações financeiras completas e as
informações trimestrais, já refletindo o citado ajuste, objeto da Nota Explicativa no.
2(a), onde o assunto é mais amplamente explicado, bem como o parecer dos
auditores independentes, sem ressalva, e do Comitê de Auditoria, como também a
apresentação feita aos investidores com os números mais relevantes do exercício
de 2009.
Adicionalmente, as demonstrações das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos
de caixa e do valor adicionado foram também reapresentadas para demonstrar os
saldos contábeis ajustados após as correções mencionadas nos parágrafos
anteriores.
No período abrangido pelas demonstrações financeiras ora reapresentadas, A
COMPANHIA NÃO POSSUI CONTRATOS A TERMO, OPÇÕES, SWAPTIONS, SWAPS
COM OPÇÃO DE ARREPENDIMENTO, OPÇÕES FLEXÍVEIS, DERIVATIVOS
EMBUTIDOS EM OUTROS PRODUTOS, OPERAÇÕES ESTRUTURADAS COM
DERIVATIVOS E OS CHAMADOS “DERIVATIVOS EXÓTICOS”. A COMPANHIA E SUAS
CONTROLADAS NÃO OPERAM COM INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
COM PROPÓSITOS DE ESPECULAÇÃO.
Receita Bruta
A Receita Bruta consolidada, já considerado o Ajuste a Valor Presente (AVP) das
vendas a prazo, atingiu o patamar de R$1.505,6 milhões no 4º trimestre de 2009,
um crescimento de 16% frente ao mesmo período de 2008, quando as vendas
somaram R$1.295,6 milhões. No acumulado de 2009, a Companhia totalizou
R$5.106,5 milhões de Receita Bruta contra R$4.477,5 milhões no mesmo período
do ano anterior, um crescimento de 14%.
Para 2010, a expectativa é que o patamar de crescimento de venda da B2W seja
superior ao apresentado em 2009. Vale ressaltar que a estratégia da Companhia é
aumentar a participação no varejo total.
O sólido crescimento de vendas obtido ao longo dos últimos anos demonstram o
compromisso da Companhia no atingimento dos objetivos estratégicos, e reforçam
cada vez mais o nosso entusiasmo para alcançarmos patamares ainda mais
elevados de desempenho, gerando maior valor aos nossos clientes e acionistas.
634982
1.570
2.364
3.394
4.478
5.107
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
CAGR 42%
1.296
1.506
4T08 4T09
16%
4.478
5.107
2008 2009
14%
Receita Líquida
A Receita Líquida consolidada do 4º trimestre de 2009 alcançou R$1.144,9 milhões,
um crescimento de 31% contra os R$877,3 milhões obtidos no mesmo período de
2008. Em 2009, a Receita Líquida cresceu 22%, atingindo R$3.792,9 milhões frente
aos R$3.116,9 milhões obtidos no ano anterior.
Esclarecimento sobre Substituição Tributária
Entrou em vigor no segundo trimestre de 2009 a substituição tributária, novo
regime fiscal de ICMS no Estado de São Paulo, para os segmentos de
eletrodomésticos, eletrônicos, eletroportáteis, brinquedos, informática,
impressoras, produtos de papelaria, utensílios domésticos e telefones, dentre
outros. Estes produtos representam parte substancial das vendas totais da B2W,
que são 100% expedidas por São Paulo e, portanto, sujeitas integralmente ao
regime vigente no Estado.
A substituição tributária introduz uma importante alteração na forma de cobrança
do ICMS uma vez que implica no recolhimento antecipado do imposto no momento
da compra da mercadoria, tendo como base o preço de retenção (markup)
determinado pelo Fisco. De acordo com o novo regime, o ICMS passa a ser
contabilizado na linha de CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) e não mais nas
deduções de vendas, fato este que, por sua vez, implica em um aumento da
Receita Líquida. Em virtude de tal aumento, a Margem Bruta, Margem EBITDA e
Margem Líquida em função da Receita Líquida terão seus percentuais reduzidos
sem, no entanto, haver redução no seu valor nominal.
No 4º trimestre de 2009, a substituição tributária foi responsável pela maior parte
da diferença entre a taxa de crescimento da Receita Bruta e da Receita Líquida em
3.117
3.793
2008 2009
8771.145
4T08 4T09
31%
22%
relação ao ano anterior. Para melhor comparabilidade, as margens usualmente
calculadas sobre a Receita Líquida devem ser calculadas sobre a Receita Bruta,
conforme sugerido no quadro a seguir:
Dessa maneira é possível expurgar o efeito da substituição tributária sobre as
margens para comparar a evolução ano contra ano. Nos quadros acima, é possível
observar, por exemplo, que a Margem Bruta calculada sobre a Receita Líquida teria
sofrido no 4º trimestre de 2009 uma redução de 1,3 ponto percentual, passando de
28,8% para 27,5%. Esta linha, quando calculada sobre a Receita Bruta apresenta
uma melhora de 1,4 ponto percentual no mesmo período, passando de 19,5% para
20,9%.
Considerando que a substituição tributária para segmentos de grande participação
no mix de vendas da Companhia entrou em vigor em maio e junho de 2009, seu
R$ MM % RL R$ MM % RL % ∆ p.p.Receita Bruta (RB) 1.505,6 131,5% 1.295,6 147,7% 16% -16,2 p.p.
Receita Líquida (RL) 1.144,9 100,0% 877,3 100,0% 31% -
Lucro Bruto 315,3 27,5% 252,5 28,8% 25% -1,3 p.p.
EBITDA 174,0 15,2% 117,1 13,3% 49% 1,9 p.p.
R$ MM % RB R$ MM % RL % ∆ p.p.Receita Bruta (RB) 1.505,6 100,0% 1.295,6 100,0% 16% -
Receita Líquida (RL) 1.144,9 76,0% 877,3 67,7% 31% 8,3 p.p.
Lucro Bruto 315,3 20,9% 252,5 19,5% 25% 1,4 p.p.
EBITDA 174,0 11,6% 117,1 9,0% 49% 2,6 p.p.
SOBRE RECEITA LÍQUIDA
SOBRE RECEITA BRUTA
4T09
4T09
Variação
Variação
4T08Reapresentação
4T08Reapresentação
R$ MM % RL R$ MM % RL % ∆ p.p.Receita Bruta (RB) 5.106,5 134,6% 4.477,5 143,7% 14% -9,1 p.p.
Receita Líquida (RL) 3.792,9 100,0% 3.116,9 100,0% 22% -
Lucro Bruto 1.063,9 28,1% 915,5 29,4% 16% -1,3 p.p.
EBITDA 488,7 12,9% 407,2 13,1% 20% -0,2 p.p.
R$ MM % RB R$ MM % RB % ∆ p.p.Receita Bruta (RB) 5.106,5 100,0% 4.477,5 100,0% 14% -
Receita Líquida (RL) 3.792,9 74,3% 3.116,9 69,6% 22% 4,7 p.p.
Lucro Bruto 1.063,9 20,8% 915,5 20,4% 16% 0,4 p.p.
EBITDA 488,7 9,6% 407,2 9,1% 20% 0,5 p.p.
2009 2008Reapresentação
SOBRE RECEITA LÍQUIDA
SOBRE RECEITA BRUTA
2009 2008Reapresentação
Variação
Variação
impacto total já pode ser observado nos resultados do terceiro e quarto trimestres
de 2009.
Lucro Bruto
O lucro bruto consolidado do 4º trimestre de 2009 foi de R$315,3 milhões (ou
27,5% da Receita Líquida), um aumento de 25% quando comparado aos R$252,5
milhões (ou 28,8% da Receita Líquida) do mesmo período do ano anterior. No
acumulado de 2009, o lucro bruto consolidado alcançou R$1.063,9 milhões (ou
28,1% da Receita Líquida), representando um crescimento de 16% frente aos
R$915,5 milhões (ou 29,4% da Receita Líquida).
Conforme mencionado anteriormente, para expurgar o efeito da substituição
tributária, podemos analisar o Lucro Bruto sobre a Receita Bruta. Desta forma,
observamos que houve uma melhora de 1,4 ponto percentual na Margem Bruta,
passando de 19,5% no 4º trimestre de 2008 para 20,9% no 4º trimestre de 2009.
No ano, a evolução da Margem Bruta foi de 0,4 ponto percentual, passando de
20,4% em 2008 para 20,8% em 2009.
Despesas com Vendas e Gerais Administrativas
As despesas com vendas, gerais e administrativas consolidadas atingiram R$141,3
milhões no 4º trimestre de 2009, um crescimento de 4% sobre o 4º trimestre de
2008, e abaixo do crescimento de 16% da Receita Bruta. Em 2009, tais despesas
somaram R$575,3 milhões, representando um crescimento de 13% em relação ao
ano anterior, também abaixo do crescimento de 14% da Receita Bruta do ano.
915
1.064
2008 2009
252 315
4T08 4T09
25% 16%
Analisando as despesas operacionais sobre Receita Bruta, tivemos uma melhora de
0,1 ponto percentual, passando de 11,4% da Receita Bruta em 2008 para 11,3%
em 2009.
EBITDA
O EBITDA consolidado totalizou R$ 174,0 milhões (ou 15,2% da Receita Líquida) no
4º trimestre de 2009, representando 49% de crescimento em relação aos R$ 117,1
milhões (ou 13,3% da Receita Líquida) obtidos no 4º trimestre de 2008. No
acumulado de 2009, o EBITDA foi de R$488,7 milhões (ou 12,9% da Receita
Líquida), 20% maior que o EBITDA de 2008, que foi de R$407,2 milhões (ou 13,1%
da Receita Líquida).
Analisando o EBITDA do 4º trimestre de 2009 sobre a Receita Bruta, para excluir os
efeitos da Substituição Tributária, chegamos a 11,6% de Margem EBITDA, 2,6
pontos percentuais os 9,0% obtidos no 4º trimestre de 2008. No ano, a variação
positiva da Margem EBITDA foi de 0,5 ponto percentual, de 9,1% da Receita Bruta
de 2008 para 9,6% em 2009.
508 575
2008 2009
13% 4%
135 141
4T08 4T09
407 489
2008 2009
117
174
4T08 4T09
20%
49%
Um ponto importante de observar é que o EBITDA tem crescido em um patamar
superior ao crescimento registrado pela Receita Bruta. No período de 2003 a 2009,
a taxa composta de crescimento anual (CAGR), foi de 56%, comparada a 42% na
Receita Bruta.
Vendas por Meio de Pagamento
A abertura das vendas por meios de pagamentos na Controladora, no acumulado
de 2009 e 2008, pode ser verificada na tabela abaixo:
Capital de Giro
Apesar da flexibilização do parcelamento oferecido aos consumidores a partir de
meados de março de 2009, a B2W, ratificando seu compromisso de maximização
de valor aos acionistas, continua evoluindo na gestão das variáveis de capital de
giro. Assim, excluindo os efeitos da Substituição Tributária, foi alcançada uma
evolução de 1 dia no Capital de Giro Líquido da Controladora no 4º trimestre de
3470
118
207
335
407
489
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
2009 2008 Var.(%)75% 79% -4p.p15% 18% -3p.p10% 3% +7p.p
À Vista
Vendas por Meios de PagamentosMeios de Pagamentos
Cartão de Crédito
Cartão de Marca Própria
CAGR 56%
2009, em comparação ao 4º trimestre de 2008, chegando assim ao melhor
patamar desta variável na história da Companhia.
(Capital de Giro Líquido = Dias de Estoque + Dias de Contas a Receber – Dias de Fornecedores)
Além disso, oportunidades de melhorias em processos internos e de relacionamento
com fornecedores vêm sendo implementadas, e estamos certos que novos
patamares podem ser atingidos. Os gráficos abaixo demonstram a evolução do
capital de giro líquido, em dias, detalhado por variável.
A cobertura de estoques atingiu um patamar de 65 dias no 4º trimestre de 2009,
o que representa um aumento de 11 dias quando comparado com o mesmo período
do ano anterior.
(Dias de Estoques = Estoques ao final do trimestre ÷ CMV dos últimos 12 meses x 360)
O prazo de pagamento de fornecedores do 4º trimestre de 2009, excluindo
efeitos de Substituição Tributária, apresentou uma melhora de 1 dia em relação ao
4º trimestre de 2008, alcançando 97 dias.
.
(Dias de Fornecedores = Fornecedores ao final do trimestre ÷ CMV dos últimos 12 meses x 360) Obs.: Para 3T09 e 4T09 foram excluídos os efeitos de Substituição Tributária
697278
82
70
4T093T092T091T094T08
97 94
81
70
96
4T093T092T091T094T08
65
61 59
54 54
4T093T092T091T094T08
-1 dia
+11 dias
+1 dia
MELHOR
MELHOR
O prazo de contas a receber de cartões de crédito bruto, sem efeito dos
descontos de recebíveis, alcançou o patamar de 101 dias no 4º trimestre de 2009,
o que representa uma significativa melhora de 11 dias em relação ao 4º trimestre
de 2008. Este resultado é reflexo de ações como monitoramento constante da
concorrência, otimização da ferramenta de parcelamento e melhorias em processos
de venda, aliadas a uma redução do tíquete médio.
(Dias de Contas a Receber = Contas a Receber de Cartões de Crédito Bruto ÷ Receita Bruta dos últimos 12 meses x 360)
Resultado Financeiro
No 4º trimestre de 2009, o resultado financeiro líquido consolidado foi negativo em
R$ 93,1 milhões (8,1% da Receita Líquida) contra R$58,2 milhões no 4º trimestre
de 2008 (6,6% da Receita Líquida). Em 2009, o resultado financeiro líquido
consolidado foi negativo em R$ 285,7 milhões (7,5% da Receita Líquida) contra R$
175,2 milhões de despesa financeira em 2008 (5,6% da Receita Líquida).
Observando as modificações introduzidas pela Lei 11.638/07, o resultado financeiro
é impactado pela reversão do Ajuste a Valor Presente (AVP) efetuado nas linhas de
Receita Bruta, deduções sobre vendas e custo das mercadorias vendidas. O impacto
de cada um dos ajustes citados pode ser observado na tabela a seguir:
Abertura do Resultado Financeiro4T09 4T08
Reapresentação
Receita Financeira BR GAAP 5.660 43.025 (37.366) -87%
Reversão AVP Vendas e Deduções - ano corrente 21.611 32.164 (10.553) -33%Reversão AVP Vendas e Deduções - ano anterior 3.451 (3.746) 7.197 -192%
Receita Financeira Lei 11.638 30.721 71.444 (40.722) -57%
Despesa Financeira BR GAAP (103.565) (91.069) (12.496) 14%
Reversão AVP Fornecedores (20.293) (38.603) 18.310 -47%
Despesa Financeira Lei 11.638 (123.858) (129.672) 5.814 -4%
Resultado Financeiro Líquido (93.137) (58.228) (34.909) 60%
Variações
101
105
100 98
112
4T093T092T091T094T08
-11 dias
MELHOR
A Companhia continua com uma política conservadora de aplicação do caixa,
manifestada pela utilização de instrumentos de hedge, em moedas estrangeiras,
para fazer frente a eventuais flutuações do câmbio, seja em relação ao passivo
financeiro, seja para sua posição de caixa total. Estes instrumentos anulam o risco
cambial, transformando o custo da dívida para moeda e taxa de juros locais (em
percentual do CDI*). No mesmo sentido, é importante ressaltar que o caixa da
Companhia está aplicado nas maiores instituições financeiras do Brasil.
* CDI - Certificado de depósito interbancário: taxa média das captações no mercado interbancário.
Lucro Líquido e Resultado por Ação
O Lucro Líquido no 4º trimestre de 2009 totalizou R$14,1 milhões (1,2% da Receita
Líquida), com crescimento de 386% sobre os R$ 2,9 milhões (0,3% da Receita
Líquida) registrados no mesmo período de 2008. No acumulado de 2009, o lucro
líquido foi de R$47,6 milhões (1,3% da Receita Líquida), versus os R$61,8 milhões
(2,0% da Receita Líquida) obtidos no ano anterior.
O Lucro Líquido por ação no 4º trimestre de 2009, excluindo as ações em
tesouraria, foi de R$0,1284. No ano, o lucro líquido por ação foi de R$ 0,4320.
Segue abaixo demonstrativo de conciliação do Lucro Líquido, partindo do EBITDA:
Abertura do Resultado Financeiro2009 2008
Reapresentação
Receita Financeira BR GAAP 40.505 57.393 (16.888) -29%
Reversão AVP Vendas e Deduções - ano corrente 66.889 73.998 (7.110) -10%Reversão AVP Vendas e Deduções - ano anterior 63.395 57.533 5.862 10%
Receita Financeira Lei 11.638 170.788 188.924 (18.136) -10%
Despesa Financeira BR GAAP (379.740) (281.083) (98.658) 35%
Reversão AVP Fornecedores (76.788) (83.063) 6.274 -8%
Despesa Financeira Lei 11.638 (456.529) (364.145) (92.383) 25%
Resultado Financeiro Líquido (285.740) (175.221) (110.519) 63%
Variações
Conciliação do EBITDA ao Lucro Líquido 4T09 4T08Reapresentação
R$ %EBITDA 173.991 117.054 56.937 49%
Depreciação / Amortização (não ágio) (16.903) (14.503) (2.400) 17%
Resultado Financeiro Líquido (93.137) (58.228) (34.909) 60%
Resultado não-operacional, Amortização de Ágio e Outros* (38.530) (38.272) (258) 1%
IR e CS (11.276) (3.141) (8.135) 259%
Lucro Líquido 14.145 2.910 11.235 386%
Lucro Líquido por ação 0,1284 0,0264 0,10 386%
Ações em Circulação 110.194 110.194
Variações
Endividamento da Controladora
A B2W adotou e tem praticado uma rígida política de preservação de caixa, que tem
como objetivos maiores o alongamento da dívida e a preservação de caixa.
Verificamos pelos dados abaixo que o trabalho disciplinado nessa frente resultou no
alcance, antecipado, das metas inicialmente estabelecidas.
Vale ressaltar que os recursos em caixa ao final do 4º trimestre de 2009, no valor
de R$597,0 milhões, continuam superiores ao endividamento bruto de curto prazo
da Companhia, que totaliza R$200,3 milhões. Observa-se também que o
endividamento de curto prazo sofreu uma redução de R$ 417,9 milhões em relação
a 31 de dezembro de 2008, e representa hoje apenas 15,7% do total do
endividamento.
Em contrapartida, o endividamento de longo prazo aumentou R$437,7 milhões no
mesmo período, melhorando o prazo médio de vencimento da dívida, que passou
de 638 dias para 853 dias (de 21 para 28 meses), um aumento de 33,7%.
Conciliação do EBITDA ao Lucro Líquido 2009 2008Reapresentação
R$ %EBITDA 488.659 407.199 81.460 20%
Depreciação / Amortização (não ágio) (65.495) (61.578) (3.917) 6%
Resultado Financeiro Líquido (285.740) (175.221) (110.519) 63%
Resultado não-operacional, Amortização de Ágio e Outros* (63.063) (72.729) 9.665 -13%
IR e CS (26.752) (35.903) 9.151 -25%
Lucro Líquido 47.609 61.768 (14.159) -23%
Lucro Líquido por ação 0,4320 0,5605 (0,13) -23%
Ações em Circulação 110.194 110.194
* classificado contabilmente como “Outras receitas (despesas) Operacionais", pela Lei 11.638/07
Variações
As contas a receber de clientes são compostas por recebíveis de cartão de crédito,
líquidos do valor descontado, que possuem liquidez imediata. A composição das
contas a receber da B2W está demonstrada na tabela a seguir:
Equivalência Patrimonial
A equivalência patrimonial contempla, basicamente, as subsidiárias Ingresso.com,
B2W Viagens e Submarino Finance. Em 2009, o resultado de equivalência
patrimonial registrou um resultado líquido positivo de R$6,7 milhões. Os resultados
das subsidiárias vêm superando nossas expectativas, o que nos deixa muito
otimistas com relação às perspectivas de crescimento das mesmas.
Endividamento (R$ mil) 31/12/2009 30/9/2009Reapresentação
30/6/2009Reapresentação
31/3/2009Reapresentação
31/12/2008Reapresentação
Empréstimos e financiamentos de curto prazo 200.326 255.685 427.163 631.731 618.196 Empréstimos e financiamentos de longo prazo 1.073.425 862.923 768.746 639.680 635.682
Endividamento Bruto (1) 1.273.751 1.118.608 1.195.909 1.271.411 1.253.879
Disponibilidades 596.984 289.009 420.889 654.280 727.679
156.207 312.381 293.457 94.629 202.201
Disponibilidades Totais (2) 753.191 601.390 714.346 748.909 929.880
Caixa (Dívida) Líquido (2) - (1) (520.560) (517.218) (481.563) (522.502) (323.998)
Dívida Líquida / EBITDA LTM 1,2 1,3 1,2 1,4 0,9
Prazo Médio de Vencimento da Dívida 853 790 626 578 638
Controladora
Contas a receber de Cartão de Crédito Líquido de Antecipação e AVP
Conciliação Contas a Receber 31/12/2009 30/9/2009 30/6/2009 31/3/2009 31/12/2008
Cartões de crédito Bruto 1.386.332 1.362.352 1.278.932 1.224.968 1.388.599
Desconto de recebíveis (1.189.433) (1.015.780) (929.687) (1.061.538) (1.104.112)
Ajuste a valor presente (40.692) (34.191) (55.788) (68.801) (82.286)
156.207 312.381 293.457 94.629 202.201
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (9.252) (8.833) (8.357) (7.975) (7.641)
Outras contas a receber 128.251 120.148 101.332 140.260 111.379
Contas a Receber Líquido 275.206 423.696 386.432 226.914 305.939
Contas a receber de Cartão de Crédito Líquido de Antecipação e AVP
Demonstrativo de Resultados do Trimestre:
B2W - Companhia Global do Varejo
Demonstrativo de Resultados
(em milhares de reais, exceto lucro por ação) 4T09 4T08 Reapresentação
Delta 4T09 4T08 Reapresentação
Delta
Receita bruta de vendas 1.432.672 1.243.672 18% 1.539.107 1.356.785 16%
AVP venda (33.528) (61.221) (33.528) (61.221)
Impostos, devoluções e descontos (349.308) (407.702) -13% (373.737) (437.277) -14%
AVP deduções da receita bruta 13.025 18.991 13.025 18.991
Receita líquida 1.062.861 793.740 34% 1.144.866 877.278 31%
Custo da Mercadoria Vendida (807.491) (586.611) 38% (852.404) (644.145) 33%
AVP estoques 22.872 19.336 22.872 19.336
Lucro bruto 278.241 226.465 23% 315.334 252.469 25%
Margem bruta (% RL) 26,2% 28,5% -2,3 p.p. 27,5% 28,8% -1,3 p.p.
Despesas Operacionais (174.582) (167.009) 5% (196.775) (181.783) 8%
Com vendas (109.140) (110.948) -2% (126.538) (122.367) 3%
Gerais e administrativas (10.428) (9.762) 7% (14.359) (12.616) 13%
Despesa com plano de opção de ações (SOP) (446) (432) (446) (432)
Depreciação e amortização (16.039) (14.001) 15% (16.903) (14.503) 17%
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (31.744) (24.933) 21% (25.343) (24.932) 21%
Outros Ajustes Nova Lei (6.785) (6.934) (13.186) (6.934)
Resultado operacional 103.659 59.455 74% 118.559 70.686 68%
Margem operacional (% RL) 9,8% 7,5% 2,3 p.p. 10,4% 8,1% 2,3 p.p.
Resultado Financeiro Líquido (83.642) (50.300) 66% (93.137) (58.228) 60%
Receitas financeiras 7.851 26.872 -40% 5.660 43.025 -57%
AVP reversão Vendas e Deduções ano corrente 21.611 32.164 21.611 32.164
AVP reversão Vendas e Deduções ano anterior 3.451 (3.746) 3.451 (3.746)
Despesas Financeiras (96.262) (66.987) 10% (103.565) (91.069) -4%
AVP reversão fornecedores ano corrente + anterior (20.293) (38.603) (20.293) (38.603)
Equivalência Patrimonial 2.070 1.098 89% - -
Amortização Ágio - (6.406) - - (6.406) -
Imposto de renda e contribuição social (7.974) (14.688) 747% (11.308) (16.892) 259%
Efeitos fiscais 32 13.751 32 13.751
Lucro líquido do exercício 14.145 2.910 386% 14.145 2.910 386%
Margem Liquida (% RL) 1,3% 0,4% 0,9 p.p. 1,2% 0,3% 0,9 p.p.
EBITDA 158.228 105.323 50% 173.992 117.057 49%
Margem EBITDA (% RL) 14,9% 13,3% 1,6 p.p. 15,2% 13,3% 1,9 p.p.
Quant. total de ações (mil) 113.535 113.535 113.535 113.535
Quant. ações em tesouraria (mil) 3.341 3.341 3.341 3.341
Ações em Circulação (mil) 110.194 110.194 110.194 110.194
Lucro por Ação (R$) 0,1284 0,0264 386% 0,1284 0,0264 386%
ControladoraExercícios findos em 31 de dezembro
ConsolidadoExercícios findos em 31 de dezembro
Demonstrativo de Resultados do Ano:
B2W - Companhia Global do Varejo
Demonstrativo de Resultados
(em milhares de reais, exceto lucro por ação) 2009 2008Reapresentação
Delta 2009 2008 Reapresentação
Delta
Receita bruta de vendas 4.934.120 4.410.676 14% 5.250.353 4.676.000 14%
AVP venda (143.847) (198.484) (143.847) (198.484)
Impostos, devoluções e descontos (1.286.928) (1.358.487) -4% (1.356.994) (1.421.736) -3%
AVP deduções da receita bruta 43.362 61.131 43.362 61.131
Receita líquida 3.546.707 2.914.836 22% 3.792.874 3.116.911 22%
Custo da Mercadoria Vendida (2.662.660) (2.130.713) 25% (2.805.397) (2.264.154) 24%
AVP estoques 76.456 62.715 76.456 62.715
Lucro bruto 960.503 846.838 13% 1.063.933 915.472 16%
Margem bruta (% RL) 27,1% 29,1% -2,0 p.p. 28,1% 29,4% -1,3 p.p.
Despesas Operacionais (646.466) (576.078) 12% (703.831) (616.956) 14%
Com vendas (459.003) (413.172) 11% (502.536) (440.361) 14%
Gerais e administrativas (58.792) (54.922) 7% (70.955) (66.185) 7%
Despesa com plano de opção de ações (SOP) (1.783) (1.727) (1.783) (1.727)
Depreciação e amortização (63.817) (59.181) 8% (65.495) (61.578) 6%
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (49.885) (35.393) 34% (49.877) (35.422) 34%
Outros Ajustes Nova Lei (13.186) (11.683) (13.186) (11.683)
Resultado operacional 314.037 270.761 16% 360.102 298.516 21%
Margem operacional (% RL) 8,9% 9,3% -0,4 p.p. 9,5% 9,6% -0,1 p.p.
Resultado Financeiro Líquido (253.511) (157.435) 61% (285.740) (175.221) 63%
Receitas financeiras 35.976 40.218 -3% 40.505 57.393 -10%
AVP reversão Vendas e Deduções ano corrente 66.889 74.001 66.889 73.998
AVP reversão Vendas e Deduções ano anterior 63.395 57.533 63.395 57.533
Despesas Financeiras (342.982) (246.125) 28% (379.740) (281.083) 25%
AVP reversão fornecedores ano corrente + anterior (76.788) (83.063) (76.788) (83.063)
Equivalência Patrimonial 6.667 3.888 71% - -
Amortização Ágio - (25.624) - - (25.624) -
Imposto de renda e contribuição social (14.656) (43.276) -34% (21.823) (49.359) -25%
Efeitos fiscais (4.929) 13.455 (4.929) 13.455
Lucro líquido do exercício 47.609 61.768 -23% 47.609 61.768 -23%
Margem Liquida (% RL) 1,3% 2,1% -0,8 p.p. 1,3% 2,0% -0,7 p.p.
EBITDA 440.925 377.017 17% 488.659 407.199 20%
Margem EBITDA (% RL) 12,4% 12,9% -0,5 p.p. 12,9% 13,1% -0,2 p.p.
Quant. total de ações (mil) 113.535 113.535 113.535 113.535
Quant. ações em tesouraria (mil) 3.341 3.341 3.341 3.341
Ações em Circulação (mil) 110.194 110.194 110.194 110.194
Lucro por Ação (R$) 0,4320 0,5605 -23% 0,4320 0,5605 -23%
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ConsolidadoExercícios findos em 31 de dezembro
6. Governança Corporativa e Mercado de Capitais
A B2W é constituída sob as regras estabelecidas pelo Novo Mercado da
BM&FBOVESPA, o mais alto nível de Governança Corporativa do país. Assim, a
Companhia está comprometida com rígidas exigências de transparência, acesso a
informações e tratamento igualitário aos acionistas. Estas incluem, entre outras,
uma base acionária composta exclusivamente por ações ordinárias e a eleição de
membros independentes para o Conselho de Administração. A B2W conta com um
Conselho de Administração formado por nove membros, sendo cinco indicados pelo
acionista controlador, Lojas Americanas, e quatro membros independentes. A
Companhia oferece aos acionistas o tag along integral (100%) de suas ações. Isso
garante que todos os acionistas de B2W tenham tratamento igualitário no caso de
troca de controle da Companhia, sendo assegurado o direito de vender suas ações
nas mesmas condições negociadas pelos controladores.
Lojas Americanas e B2W assinaram um Termo de Voto e de Assunção de
Obrigações que rege os assuntos de Governança Corporativa e os itens relativos à
participação acionária. Por um período de quatro anos, iniciado em 13 de dezembro
de 2006 (data da fusão entre Americanas.com e Submarino), Lojas Americanas
está impedida de adquirir ações adicionais da B2W que superem a quantidade de
10% do free-float sem a aprovação prévia da maioria dos membros independentes
do Conselho de Administração. Desde dezembro de 2008 não há nenhum
impedimento relacionado à vendas das ações de B2W por parte de Lojas
Americanas.
Os processos de abertura de capital e de adesão ao Novo Mercado foram deferidos
pela CVM e BOVESPA nos dias 25 e 26 de julho de 2007, respectivamente. As ações
da B2W estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e começaram a
ser negociadas sob o código BTOW3 (ordinárias) em 08 de agosto de 2007.
Segue abaixo breve descrição dos principais eventos corporativos ocorridos ao
longo de 2009:
Em 25 de abril de 2009 foi realizada Assembléia Geral Ordinária (AGO) com
objetivo de aprovar as demonstrações financeiras da Companhia referentes ao
exercício social encerrado em 31.12.2008, o orçamento de capital para 2009,
deliberar sobre a destinação do Lucro Líquido do exercício encerrado em
31.12.2008, fixar a remuneração dos administradores e eleger o Conselho de
Administração.
Também em 25 de abril de 2009 foi realizada a Reunião do Conselho de
Administração da Companhia (RCA) na qual foram eleitos os integrantes do quadro
de diretoria da Companhia cujo mandato vigorará até AGO de 2012 e os
conselheiros integrantes do Comitê de Auditoria e de Nomeação, cujos mandatos
vigorarão até AGO de 2011.
O Programa de Recompra de Ações de Própria Emissão, aprovado pelo Conselho de
Administração em 08 de maio de 2008, não foi renovado, sendo encerrado
conforme previsto em 08 de maio de 2009.
No dia 06 de julho de 2009, o Conselho de Administração da Companhia se reuniu
para deliberar e aprovar a celebração do Contrato de Financiamento e
Empreendimentos (Finem) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), no montante de R$154.000.000,00 (cento e cinquenta e quatro
milhões de reais).
Em 31 de dezembro de 2009, foram eleitos, em reunião do Conselho de
Administração, o Sr. Murilo dos Santos Corrêa para o cargo de Diretor de Relações
com Investidores e o Sr. Jorge Alberto de Faria Reis para o cargo de co-Diretor
Operacional.
As atas da AGO e RCA supracitadas, assim como as demais informações financeiras
e corporativas da B2W encontram-se disponíveis para consultas no site de Relação
com Investidores da Companhia, em www.b2winc.com.
Em 31 de dezembro de 2009, o bloco de controle de Lojas Americanas era
composto por 56,62% das ações da Companhia, excluindo as ações em Tesouraria.
Segue composição a seguir:
Acionistas Quantidade de Ações (%)
Lojas Americanas 62.389.539 56,62
Mercado e outros 47.820.729 43,38
Subtotal 110.194.349 100,00
Ações em Tesouraria 3.341.023
Total Geral 113.535.372
Política de Dividendos
O estatuto social da Companhia, em linha com os princípios da legislação vigente,
fixa o valor mínimo para dividendos em 25% do lucro líquido do exercício, ajustado
na forma da legislação em vigor.
Em 2009, a B2W distribuiu um total de R$18,0 milhões a título de Dividendos a
seus acionistas, referente ao exercício de 2008. Para 2010, foi proposta pelo
Conselho de Administração da Companhia a distribuição de Dividendos no valor
total de R$11,3 milhões, calculado com base no Lucro Líquido do exercício de 2009.
Desempenho das Ações
Apresentamos a seguir a evolução das ações da B2W ao longo do ano de 2009.
Neste período as ações da Companhia apresentaram variações de 100,8% versus
82,7% do Ibovespa.
Vale mencionar que as ações da B2W (BTOW3) fazem parte do Ibovespa, o mais
importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações
brasileiro. Além disso, as ações ordinárias e preferenciais da Companhia fazem
parte do ITAG – Índice de Ações com Tag Along diferenciado. Este indicador é
composto por ações de empresas que oferecem as mesmas condições aos
acionistas minoritários, em caso de troca de controle. A Companhia também faz
100,84%
82,66%
-20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
dez-08 jan-09 mar-09 abr-09 mai-09 jun-09 jul-09 ago-09 set-09 out-09 nov-09 dez-09
B2W
IBOV
parte de outros importantes índices tais como IBRX-50, ICON, IVBX-2, MSCI-barra
e IGC.
Aderência à Câmara de Arbitragem
A Companhia, seus acionistas e os administradores ficam obrigados a resolver, por
meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre
eles, relacionada com ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia,
interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas no Estatuto Social,
nas disposições da Lei n.º 6.404/76, nas normas editadas pelo Conselho Monetário
Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão Valores Mobiliários, nas
demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de valores mobiliários em
geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do
Contrato de Participação do Novo Mercado, do Regulamento de Arbitragem da
Câmara de Arbitragem do Mercado e, especialmente, no Termo de Voto e Assunção
de Obrigações (“Termo de Voto”) celebrado em 13 de dezembro de 2006 e
arquivado na sede da Companhia, a qual deve ser conduzida junto à Câmara de
Arbitragem do Mercado instituída pela BM&FBOVESPA, de conformidade com o
Regulamento da referida Câmara, podendo as partes, nos termos do Capítulo 12 do
mesmo Regulamento, escolher de comum acordo outra câmara ou centro de
arbitragem para resolver seus litígios.
Auditores Independentes
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, a Companhia informa que os seus
auditores independentes, ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S, não
prestaram durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 outros serviços
que não os relacionados com auditoria externa.
A política da Companhia na contratação de outros serviços, que não auditoria
externa, de auditores independentes assegura que não haja conflito de interesses,
perda de independência ou objetividade destes auditores independentes.
7. Aspectos Socioambientais
Aspectos Sociais
B2W promove o PPD – Programa de Pessoas Portadoras de Deficiência, que visa a
contratação de portadores de necessidades especiais e a promoção da inclusão
social desses indivíduos, abrindo as portas do mercado de trabalho.
O Projeto Menor Aprendiz é desenvolvido em parceria com o Senac (Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial) ou entidades equivalentes nas cidades onde
B2W tem unidades de negócio. O Programa visa preparar jovens estudantes para o
mercado de trabalho. O contrato tem prazo determinado e, em contrapartida, o
jovem tem o compromisso com matrícula e freqüência obrigatórias no ensino
fundamental.
Meio Ambiente
A Companhia Verde, criada em julho de 2007, tem como objetivos conscientizar os
Associados sobre a importância de se preocupar com o meio ambiente nas ações do
dia-a-dia e desenvolver um programa de projetos socioambientais aplicáveis à
realidade do negócio e das comunidades vizinhas. Durante 2009, B2W buscou
avançar no uso de materiais sustentáveis.
A Companhia possui implementada a coleta seletiva na sede e no centro de
distribuição, visando eliminar desperdícios e dar o melhor destino aos resíduos
gerados. Em paralelo, desenvolve programas de treinamento e comunicação para
incentivar a redução da geração de lixo e do consumo de recursos naturais.
O novo centro de distribuição construído em 2008 no município de Itapevi em São
Paulo também contempla uma série de padrões da arquitetura sustentável, com
projeto de iluminação e de hidráulica em prol do não-desperdício.
Para todas as unidades de negócio, foi aprimorado em 2009 o sistema de
monitoramento de consumo de água e de energia, através de um aplicativo interno
que facilita o controle semanal, sinalizando as anomalias e permitindo que elas
sejam tratadas tão logo apareçam.
A educação ambiental, nesse sentido, é uma importante frente da iniciativa.
Treinamentos realizados em nossa Universidade Corporativa, newsletters enviadas
por e-mail, coluna fixa sobre o assunto em todas as edições do jornal corporativo
interno, pop-ups periódicos nos computadores e materiais de ambientação para
novos Associados sobre o tema são algumas das formas encontradas para a
sensibilização e engajamento de todos.
É a partir desse envolvimento que buscaremos em 2010 resultados ainda melhores.
DECLARAÇÃO
Os Diretores da B2W – Companhia Global do Varejo, que abaixo subscrevem, declaram, nos termos do art. 25 da Instrução CVM 480, de 7 de dezembro de 2009, que
(i) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2009; e
(ii) reviram, discutiram e concordam, sem quaisquer ressalvas, com as opiniões expressas no parecer emitido em 8 de março de 2010 por Ernst & Young Auditores Independentes S.S., auditores independentes da Companhia, com relação às demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2009.
Rio de Janeiro, 8 de março de 2010.
Anna Christina Ramos Saicali
José Timótheo de Barros
Ronney Campos Galiazzi Pastro
Flávio de Almeida Serapião
Murilo dos Santos Corrêa
Jorge Alberto de Faria Reis