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ERSIDADE NOVA DE LISBOA
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Dissertação de Mestrado
demência, como diag, no tempo de interna
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Orientador: Professor Doutor Carlo
Mestranda: Lu
Lisboa
Outubro 2015
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Dissertação de candidaMestre em Gestão da S
pela Universidade NoEscola Nacional de
Orientador: Professo
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datura ao grau de Saúde, conferido Nova de Lisboa – de Saúde Pública
sor Doutor Carlos Matias Dias
: Lurdes Almeida
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
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RESUMO
Introdução: A demência tem sido associada a um aumento do risco de quedas nos
idosos, e à sua principal consequência, as fraturas ósseas. Contudo, pouca
investigação tem sido efetuada no sentido de estabelecer uma relação entre o
aumento de dias de internamento e a existência de diagnóstico de demência. O
objetivo deste estudo foi saber se as pessoas com idade ≥ a 65 anos com demência
internadas por fratura óssea em Portugal têm tempos de internamento mais
prolongados que as pessoas com idade ≥ a 65 anos sem demência internadas pelo
mesmo motivo.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal. A amostra do
estudo foi constituída a partir dos resumos de alta hospitalar, contidos na Base de
Dados da ACSS. Foram selecionados todos os episódios de internamento de pessoas
com idade ≥ 65 anos, internadas em Portugal por fratura óssea e diagnóstico
secundário de demência, que tiveram alta no período compreendido entre 1 de Janeiro
de 2013 e 31 de Dezembro de 2013, tendo sido identificados 21.269 episódios.
Resultados: As pessoas internadas com fratura óssea e diagnóstico secundário de
demência representaram 10% da amostra. Verificou-se, para o período em estudo,
que a diferença de médias de dias de internamento era superior em 1,53 dias
naqueles com demência (p<0,001). As pessoas do sexo masculino e com mais idade
apresentam um maior tempo de internamento, sendo este valor estatisticamente
significativo.
Conclusão: À medida que a idade avança aumenta o risco de as pessoas sofrerem
fraturas ósseas. O tempo de internamento nestas pessoas é maior na presença de
diagnóstico secundário de demência. É fundamental que os profissionais de saúde
estejam atentos ao impacte que a presença de diagnóstico de demência tem nos
resultados em saúde esperados, assim como na gestão da situação de saúde destas
pessoas.
Palavras-chave: Demência, Fratura Óssea, Tempo de Internamento
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ABSTRACT
Background: Dementia has been associated with an increased risk of falls among the
elderly, and also to bone fractures, which are the main consequence of falls.. However,
limited research has been conducted to understand the impact of dementia as a
secondary diagnosis regarding increased length of stay. The aim of this study was to
assess if, among the population with ages of 65 years and older admitted in hospital for
bone fracture, a secondary diagnosis of dementia is associated with an increased
length of stay.
Methods: We conducted an observational cross-sectional study. The study sample
was drawn from hospital discharge summaries in the ACSS Data Base, with nation-
wide information from Portugal. Episodes of admission due to bone fracture among
people with age 65 years older were selected. 21.269 episodes with discharge date
between January 1st and December 31st 2013 were identified and included in the data
analysis. Duration of hospital stay was compared between patients with and without a
secondary diagnosis of dementia.
Results: people admitted in hospital for bone fracture and a secondary diagnosis of
dementia represented 10% of the sample. For the study period, it was found that the
mean length of stay for people with dementia was 1,53 days longer (p<0,001). Older
patients and males also had a statically significant increased length of stay.
Conclusions: The risk of bone fracture increases with advancing age. The length of
stay among patients with bone fracture is higher in the presence of dementia as a
secondary diagnosis. It is crucial that health professionals are aware of the impact of
dementia in the expected health outcomes, as well in the health management of these
people.
Keywords: Dementia, Bone Fracture, Length of Stay
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Alzheimer’s disease burdens an increasing number of our Nation’s elders and their
families, and it is essential that we confront the challenge it poses to our public health.
President Barack Obama, United States of America, 2011
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ÍNDICE
1. INTRODUÇAO .................................................................................................................... 1
1.1. O ENVELHECIMENTO E A DEMÊNCIA ................................................................ 6
1.2. DEFINIÇÃO DE DEMÊNCIA .................................................................................... 9
1.2.1. Demência do tipo Alzheimer ........................................................................... 13
1.2.2. Demência Vascular .......................................................................................... 14
1.2.3. Demências secundárias a outros estados físicos gerais ........................... 14
1.3. INTERNAMENTO EM PESSOAS COM DEMÊNCIA ......................................... 17
1.4. FRATURAS ÓSSEAS E DEMÊNCIA .................................................................... 20
1.5. PROTELAMENTO DE ALTA .................................................................................. 24
2. FINALIDADE E OBJECTIVOS ....................................................................................... 33
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 35
4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ......................................................................... 41
5. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 51
5.1. LIMITAÇÕES ............................................................................................................. 51
5.2. DISCUSSÃO DE RESULTADOS .......................................................................... 51
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 59
7. RECOMENDAÇÕES........................................................................................................ 63
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 67
9. ANEXOS ............................................................................................................................ 75
Anexo I - Códigos CID 9 – MC para diagnóstico principal de fratura óssea
Anexo II - Códigos CID 9 – MC para diagnóstico secundário de demência
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ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1: PREVALÊNCIA DA DEMÊNCIA EM PORTUGAL (VALORES ESTIMADOS EM 2008) ..... 7
TABELA 2: PROPORÇÃO DE UTENTES COM REGISTO DE DEMÊNCIA ENTRE OS UTENTES
INSCRITOS ATIVOS EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS (%) POR REGIÃO DE SAÚDE
(2011-2013) ........................................................................................................... 8
TABELA 3: CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO HOSPITALAR E RESPETIVOS PADRÕES DE
MORBILIDADE, RELATIVOS A DEMÊNCIAS, EM PORTUGAL CONTINENTAL (2007 A 2011) ............................................................................................................................ 25
TABELA 4: CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO HOSPITALAR E RESPETIVOS PADRÕES DE
MORBILIDADE, RELATIVOS A DEMÊNCIAS COMO DIAGNÓSTICO PRINCIPAL, EM PORTUGAL
CONTINENTAL (2009 – 2013) ................................................................................. 25
TABELA 5: CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO HOSPITALAR E RESPETIVOS PADRÕES DE
MORBILIDADE, RELATIVOS A DEMÊNCIAS COMO DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DO
INTERNAMENTO EM PORTUGAL CONTINENTAL (2009 – 2013) ................................... 26
TABELA 6: OPERACIONALIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS ............................................................ 36
TABELA 7: TESTE DE KOLMOGOROV-SMIRNOV PARA AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA À
NORMALIDADE DA VARIÁVEL DEPENDENTE, DIAS DE INTERNAMENTO, SEGUNDO O
DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DE DEMÊNCIA. .............................................................. 37
TABELA 8: DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA SEGUNDO A REGIÃO DE INTERNAMENTO (N=21.269). ............................................................................................................................ 41
TABELA 9: RESULTADOS DA COMPARAÇÃO DAS MÉDIAS (ANOVA) DOS DIAS DE
INTERNAMENTO EM FUNÇÃO DA REGIÃO .................................................................. 42
TABELA 10: DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA SEGUNDO O DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DE
DEMÊNCIA. ............................................................................................................ 43
TABELA 11: DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA SEGUNDO O GÉNERO E O DIAGNÓSTICO
SECUNDÁRIO DE DEMÊNCIA. ................................................................................... 43
TABELA 12: DISTRIBUIÇÃO SEGUNDO O GÉNERO NAS PESSOAS COM DIAGNÓSTICO
SECUNDÁRIO DE DEMÊNCIA. ................................................................................... 44
TABELA 13: DIAS DE INTERNAMENTO SEGUNDO AS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS
DA AMOSTRA E O DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DE DEMÊNCIA. .................................... 44
TABELA 14: RESULTADOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE OS DIAS DE INTERNAMENTO E O
SEXO ATRAVÉS DO TESTE T DE STUDENT (N=21.269). ............................................. 46
TABELA 15: RESULTADOS DA COMPARAÇÃO DE MÉDIAS (ANOVA) DOS DIAS DE
INTERNAMENTO EM FUNÇÃO DO GRUPO ETÁRIO. ...................................................... 46
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TABELA 16: RESULTADOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE OS DIAS DE INTERNAMENTO E O
DIAGNÓSTICO SECUNDÁRIO DE DEMÊNCIA ATRAVÉS DO TESTE T DE STUDENT
(N=21.269). .......................................................................................................... 48
TABELA 17: MODELO DE REGRESSÃO LINEAR PREDITOR DOS DIAS DE INTERNAMENTO. ..... 49
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LISTA DE SIGLAS
ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde
APA – American Psychiatric Association
ARS – Administração Regional de Saúde
AVD – Actividades de Vida Diárias
CID – Classificação Internacional de Doenças
DGS – Direção Geral de Saúde
DP – Desvio Padrão
DSM - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
EUA – Estados Unidos da América
GDH – Grupos de Diagnósticos Homogéneos
INE – Instituto Nacional de Estatística
LVT – Lisboa e Vale do Tejo
MC – Modificação Clínica
NHS – National Health Service
OMS – Organização Mundial de Saúde
PNC – Perturbação Neurocognitiva
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos os profissionais que me orientaram e acompanharam
neste percurso.
Agradeço ao Sr. Professor Doutor Carlos Dias a compreensão e disponibilidade para
que este trabalho chegasse a bom porto.
A todos os amigos e colegas que me apoiaram em todos os momentos, dando-me
suporte e força para continuar, ouvindo-me e acreditando sempre no meu trabalho e
na minha capacidade de sucesso, sempre com palavras de conforto e de motivação.
À minha família, pela disponibilidade e compreensão pelas ausências, sem o seu
apoio todo este trabalho teria sido bem mais árduo.
A todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente neste percurso, pelo contributo
e disponibilidade demonstradas.
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1. INTRODUÇAO
A despesa em saúde em Portugal tem assumido uma tendência crescente dos custos
associados aos cuidados em saúde, devido ao duplo envelhecimento populacional
(com diminuição da população mais jovem e aumento da população idosa), às
alterações do padrão epidemiológico, ao aumento progressivo da esperança média de
vida e, consequentemente, dos anos de vida sem saúde e do aumento da
dependência funcional (DGS, 2012). A proporção de pessoas com idade ≥ 65 anos em
Portugal era em 2013 de 19,9%, sendo Portugal considerado um dos países mais
envelhecidos da União Europeia (INE, 2015). Como consequência verifica-se um
aumento do número de pessoas com doenças crónicas e em situação de
dependência, havendo uma insuficiente resposta dos serviços da comunidade para
este aumento das necessidades, surgindo uma expressa necessidade de mudança e
readaptação dos modelos de prestação de cuidados e até das políticas de saúde
(DGS, 2004).
O envelhecimento da população e o aumento do número de pessoas com diagnóstico
de demência têm impacte na despesa com os cuidados de saúde, sendo também um
fator de risco para institucionalização. “Com o envelhecimento aumentam os riscos de
fragilidade da saúde física e mental, prevalecem e agravam-se as doenças crónicas,
aumentam os níveis de dependência e a pressão sobre os sistemas de saúde, de
apoio social e nas famílias (nas pessoas com mais de 65 anos, 25% apresentam
algum tipo de dependência e nas maiores de 80 anos, 50% necessitam de apoio mais
continuado por algum tipo de dependência) ” (DGS, 2014).
O envelhecimento populacional é um dos principais fatores que motiva a mudança de
políticas sociais e de saúde na atualidade. Dados do Instituto Nacional de Estatística
(INE) indicavam Portugal como um dos países do mundo com maior percentagem de
idosos (20,3% da população em 2014), apresentando as mulheres uma esperança
média de vida de 80,66 anos e os homens 74 anos (INE, 2014).
Face a isto é necessário haver uma abordagem mais direcionada para o individuo,
para as necessidades de apoio nas actividades de vida diárias (AVD), com respostas
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adequadas à crescente necessidade de cuidados continuados, personalizados, e num
registo de proximidade, apoiando os familiares e estruturas na comunidade para
restringir o tempo de contacto com os hospitais ao estritamente essencial (Escoval et
al, 2010).
Atualmente verifica-se a nível hospitalar um crescente número de situações em que as
camas de internamento ficam ocupadas para lá do tempo previsto com situações não
agudas, de pessoas que aguardam resolução social ou encaminhamento para a rede
de cuidados continuados por situações de dependência, em muitos casos motivadas
por quadros demenciais. Surge então um aumento do consumo de recursos
destinados a dar resposta a situações agudas que estão a ser consumidos de forma
indevida, limitando ainda mais a eficiência dos recursos hospitalares existentes (Lenzi,
2014).
O tempo de internamento é definido no Portal da Codificação dos Grupos de
Diagnósticos Homogéneos (GDH) como “total de dias utilizados por todos os doentes
internados, nos diversos serviços de um estabelecimento de saúde com internamento,
num período, excetuando os dias das altas dos mesmos doentes nesse
estabelecimento de saúde”.
Através da definição de tempo de internamento conclui-se que grande parte dos
custos com os internamentos hospitalares advém da duração do tempo de
internamento. Por forma a acautelar esta situação, deverão ser tomadas medidas a
montante que permitam uma alta em tempo útil, bem como se deve iniciar
antecipadamente o encaminhamento e a referenciação pós alta das pessoas
internadas por fratura óssea e com demência (Carvalho, 2010; Voisin et al, 2010;
McCloskey et al, 2014).
Os quadros demenciais são crónicos, progressivos, de evolução prolongada e até à
data, incuráveis. Acarretam consigo todos os problemas comuns às doenças crónicas,
mas o impacte que têm a nível da saúde e no sector social é bastante maior, devido à
sua elevada prevalência e aos custos elevados que implicam o cuidado a estas
pessoas, sem contar com os custos associados aos cuidados informais. Têm um
grande impacte quer ao nível da pessoa (com perda de capacidades), quer da sua
família (por uma cada vez maior necessidade de apoio e vigilância), e também dos
serviços de saúde (Zuliani et al, 2012; Bail et al, 2015). Desta forma, a prevenção,
tratamento e apoio àqueles que sofrem de demência e suas famílias está-se a tornar
um dos maiores desafios do século XXI.
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Inicialmente proposto um Plano Nacional para as Pessoas Idosas, as intervenções
necessárias a nível nacional para as perturbações demenciais fazem parte do Plano
Nacional para a Saúde Mental, devendo abranger a caracterização das necessidades
em cuidados diretos, a nível domiciliário e às famílias (DGS, 2013).
Os quadros demenciais envolvem uma progressiva deterioração cerebral, das
capacidades funcionais e cognitivas das pessoas, com compromisso ao nível das
relações sociais e de autonomia. À medida que a doença progride, as pessoas vão
perdendo cada vez mais as suas capacidades e vai aumentando o seu nível de
dependência (APA, 2002).
As demências podem-se dividir em dois grandes grupos: neurodegenerativas e
cerebrovasculares, sendo que o maior grupo corresponde a demências de causa
neurodegenerativa, como sejam a doença de Alzheimer, demência com corpos de
Lewy, doença de Parkinson e a demência frontotemporal. Destas, a mais comum é a
doença de Alzheimer, representando entre 50% a 75% de todos os casos (Wimo et al,
EuroCoDe 2008). As outras formas de demência representam um valor inferior a 25%.
Destas, a demência frontotemporal e a demência com corpos de Levy são as mais
comuns, representando cerca de 5% (Wimo et al, EuroCoDe 2008).
Os seus fatores de risco e a sua prevalência variam não só com a idade mas também
consoante o tipo de demência. A doença de Alzheimer raramente surge antes dos 60
anos mas a sua prevalência aumenta de forma progressiva após esta idade, enquanto
a demência frontotemporal tem um inicio mais precoce mas é menos prevalente à
medida que a idade aumenta (APA, 2013).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência da demência aumenta
exponencialmente com o aumento da idade. Vários estudos demonstram que a
incidência da demência duplica a cada 5,9 anos de idade, de 3,1 por 1000
pessoas/ano na faixa etária 60-64 anos para 175 por 1.000 pessoas/ano na faixa
etária ≥ 95 anos (WHO, 2012).
Os dados mundiais em 2010 estimavam que existiam em todo o mundo 35,6 milhões
de pessoas com demência, sendo que este valor irá aumentar para o dobro nos
próximos 20 anos, passando a ser 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050
(WHO, 2012). “O número total de novos casos de demência em cada ano no mundo é
quase 7,7 milhões, o que implica um novo caso a cada quatro segundos” (WHO,
2012).
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Atualmente, 60% das camas hospitalares são ocupadas com pessoas idosas e destas
40% provavelmente têm demência diagnosticada (NHS, 2014). As pessoas internadas
nos hospitais com demência apresentam piores resultados em saúde, maiores tempos
de internamento, maiores taxas de mortalidade e de institucionalização (NHS, 2009).
A questão das quedas nos idosos tem vindo a ter cada vez maior expressão ao nível
das preocupações em saúde dos idosos, começando a ser considerado um problema
de saúde pública devido à sua elevada incidência e complicações a longo prazo, com
perda de autonomia, diminuição da qualidade de vida e um incremento nos custos
assistenciais, sendo a sua principal consequência as fraturas ósseas (Carvalho, 2000;
Pereira, 2008; Muir et al, 2012).
As quedas são uma das principais causas de morbilidade e mortalidade nos idosos, de
causa multifatorial e com possibilidade de serem prevenidas. São mais frequentes nas
mulheres, numa relação de 2:1, e nas pessoas com mais de 70 anos. As principais
causas médicas que predispõem a quedas são problemas músculo-esqueléticos,
alterações na visão, doenças neurológicas, alterações do equilíbrio, hipertensão
arterial e demência (WHO, 2012). As quedas são uma das principais causas de morte
nos idosos sobretudo devido às suas complicações, sendo a mais frequente a fratura
óssea da anca (WHO, 2012).
A escolha deste tema surge da necessidade de conhecer um pouco mais do impacte
que a presença ou ausência de demência tem nos internamentos hospitalares, uma
vez que é uma situação ainda pouco evidenciada e para a qual ainda poucos
prestadores de cuidados de saúde estão despertos. Segundo a OMS apenas oito
países em todo o mundo têm um plano de atuação para as demências estes planos
são necessários pois permitem delinear soluções e abordagens que impulsionem o
diagnóstico precoce, sensibilizem a opinião pública sobre a doença, proporcionem um
melhor atendimento e mais apoio aos cuidadores (Alzheimer Portugal, 2009)
É importante identificar alguns dos fatores que influenciam o tempo de internamento,
uma vez que este é um dos indicadores para a avaliação do desempenho dos
hospitais em Portugal. (Voisin et al, 2010; Vetrano et al, 2014).
Assim, assume-se que qualquer estudo epidemiológico efetuado neste contexto irá
permitir a implementação de estratégias de planeamento e de intervenção baseada na
evidência, permitindo uma melhor eficiência na gestão dos recursos em saúde.
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O presente trabalho tem como objetivo principal averiguar se a demência como
diagnóstico secundário nos doentes internados por fratura óssea tem impacte no
tempo de internamento, verificando ainda, se existe relação direta daquele impacte
com o género e com a idade dos doentes. Este trabalho foi realizado no âmbito do IX
Curso de Mestrado de Gestão em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública,
Universidade Nova de Lisboa.
Com os resultados obtidos neste estudo pretende-se dar um contributo na
determinação do impacte que a demência tem, de forma indirecta, na prestação de
cuidados de saúde aos mais idosos, com repercussões a nível dos cuidados, no
regresso à comunidade após um evento traumático, bem como as suas
consequências ao nível dos gastos em saúde.
O trabalho encontra-se dividido em cinco capítulos. No Primeiro capítulo encontra-se
uma revisão da literatura referente à investigação que existe sobre o envelhecimento,
a demência, as quedas nos idosos e o seu impacte no protelamento das altas, e
alguns dados epidemiológicos.
O Segundo capítulo é referente aos materiais e métodos utilizados, onde são
apresentadas as questões metodológicas, bem como os objetivos e desenho do
estudo. São também apresentados os critérios de inclusão para seleção da amostra,
as fontes de informação selecionadas e a operacionalização das variáveis. Estão
ainda descritas algumas limitações e viéses do estudo.
Do Terceiro capítulo consta a apresentação dos resultados obtidos, referentes ao
período em estudo. Faz-se uma caracterização da amostra, evidenciando ainda uma
distribuição por áreas geográficas do território português, bem como o impacte que
cada uma das variáveis tem condicionando o tempo de internamento das pessoas com
fratura óssea e demência.
No Quarto capítulo abre-se espaço à discussão dos resultados, estabelecendo-se uma
comparação com os dados encontrados previamente na pesquisa efetuada, sendo
também apresentadas justificações para os dados mais significativos que foram
encontrados na análise dos dados. Faz-se ainda referência ao impacte que estes
achados têm ao nível dos serviços e políticas de saúde, fazendo referência a medidas
tomadas noutros países com bons resultados em ganhos em saúde.
O Quinto capítulo fala de algumas conclusões deste trabalho, lançando pistas para o
desenvolvimento de investigações futuras sobre esta temática.
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No final, constam as referências bibliográficas presentes no trabalho, de acordo com a
Norma Portuguesa de apresentação de trabalhos escritos (NP 405-1), bem como uma
lista de anexos, devidamente referenciados ao longo do trabalho.
1.1. O ENVELHECIMENTO E A DEMÊNCIA
O envelhecimento populacional é uma realidade do presente século, à qual os
cuidados de saúde terão de dar resposta, A população idosa tem vindo a aumentar
nos últimos anos de forma exponencial. Com maior acesso aos serviços de saúde e
melhor vigilância da saúde e controlo de fatores de risco cardiovasculares, como
sejam hipertensão arterial, dislipidémia e diabetes Mellitus, a mortalidade diminuiu e
aumentou a esperança média de vida, acarretando consigo o aumento da prevalência
de doenças crónicas e dos quadros demenciais. Desta forma, a demência deve ser
encarada como um problema de saúde pública ao qual devemos dar especial atenção,
“pois para além de ser uma doença comum na velhice, é uma das maiores causas de
incapacidade e mortalidade” (Guerra, 2012, p.5).
A prevalência da demência tem vindo a crescer em todo o mundo, acarretando com
isso aumento na despesa em saúde com as pessoas idosas. O estudo de Sampson et
al (2009, cit por Singh et al, 2013) diz-nos que a prevalência de demência nos
hospitais de cuidados agudos era de 48% nos homens e de 75% nas mulheres nos
anos 90. “Os pacientes com demência têm piores resultados em saúde, maiores
tempos de internamento, maiores taxas de readmissão e de institucionalização” (Singh
et al, 2013, p.1101).
Dados de 2012 do National Institute of Health (EUA) afirmam que mais de 5 milhões
de americanos têm doença de Alzheimer, e é expectável que este número aumente
até aos 13 milhões em 2050. Em 2009, a doença de Alzheimer era a 6ª causa de
morte nos EUA. Existem cerca de 800.000 pessoas com demência no Reino Unido, e
espera-se que sejam mais de um milhão nos próximos 10 anos (Souza et al, 2014).
Esta tendência verifica-se também em Portugal.
Segundo o relatório do Parlamento Europeu (2010) estima-se que 9,9 milhões de
cidadãos europeus sofram de algum tipo de demência, e prevê-se que em 2050
“estejam diagnosticadas com demência cerca de 14,5 milhões de pessoas,
representando 3,3% da população, sendo 10,1% pessoas com mais de 65 anos”
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(Alzheimer’s Disease International, 2010; Mura et al, 2010 cit por Guerra, 2012, p.5).
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
(Rodrigues et al, 2014) que procurou estimar a prevalência de casos de demência
diagnosticada ao nível dos Cuidados de Saúde Primários até Fevereiro de 2006,
concluiu que a idade média dos doentes com demência foi de 76,8 anos, sendo as
demências mais frequentes a doença de Alzheimer e a demência vascular, sendo
prevalente no grupo etário com 75 anos ou mais de idade e nas mulheres (fato que os
autores atribuem a uma maior esperança média de vida nas mulheres). “Observa-se
um elevado peso das demências de causa vascular quando comparado com os
restantes países europeus, o que se julga associado à elevada prevalência de
hipertensão arterial na população portuguesa” (Rodrigues et al, 2014, p.10).
Dados do Alzheimer’s Disease International de 2010, divulgados pela Associação
Alzheimer Portugal apontam para a existência de 153.000 pessoas com demência em
Portugal, das quais 90 000 (cerca de 1%) com doença de Alzheimer, sendo esta forma
de demência a mais prevalente. O mesmo projeto apresentava também uma
estimativa de pessoas em Portugal com demência divididas por grupo etário (tabela 1).
Tabela 1: Prevalência da demência em Portugal (valores estimados em 2008)
Grupo etário Homens com
demência Mulheres com
demência Total
60 - 64 5,97 3,004 3,601
65 - 69 4,495 4,146 8,641
70 - 74 6,793 10,241 17,034
75 - 79 12,262 18,518 30,780
80 - 84 16,583 29,983 46,566
85 - 89 11,667 29,720 41,387
90 - 94 5,249 17,800 23,048
95+ 9,02 4,719 5,621
Total 62,260 120,266 182,526
Fonte: http://www.alzheimer-europe.org/Alzheimer-Europe/Our-work/Completed-projects/2006-2008-EuroCoDe
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Segundo dados da DGS (2014) referentes à saúde mental, o número de pessoas
inscritas nos Cuidados de Saúde Primários com diagnóstico de demência tem vindo a
aumentar nos últimos anos, sendo que a maior proporção se encontra no Alentejo e a
menor no Algarve (tabela 2).
Tabela 2: Proporção de utentes com registo de demência entre os utentes inscritos ativos em Cuidados de Saúde Primários (%) por Região de Saúde (2011-2013)
2011 2012 2013
Norte 0,44 0,55 0,68
Centro 0,51 0,60 0,71
Lisboa e Vale do Tejo 0,31 0,47 0,55
Alentejo 0,56 0,70 0,90
Algarve 0,19 0,28 0,42
Fonte: ACSS/DGS 2014 in Saúde Mental em Números (2014)
O estudo epidemiológico realizado por Santana et al (2015) estimou a prevalência da
demência em Portugal, em 2013, de cerca 5,91% da população com idade ≥ 60 anos,
o que corresponde a 160287 pessoas, sendo que o maior número de doentes se
encontrava nos grupos etários com mais idade (Santana et al, 2015).
A prevalência da demência é variável de acordo com o subtipo e a faixa etária,
aumentando progressivamente com a idade, sendo os valores estimados de cerca de
1% - 2% aos 65 anos e 30% aos 85 anos de idade (APA, 2013). O artigo de Mathillas
et al (2011) faz referência a estudos recentes que indicam que a prevalência da
demência varia entre 22,4% e 37,8% na faixa etária 85-89 anos, entre 31,5% e 37,8%
nos 90-94 anos e entre 38,1% e 47,9% nos com mais de 95 anos.
Com o avançar da doença, as pessoas ficam gradualmente mais dependentes nas
AVD, apresentam episódios de confusão e desorientação, quer no espaço quer na
pessoa, bem como alterações na comunicação, passando a depender de um cuidador
(Chen et al, 2013). Além disso, as demências têm grande impacte económico que
resulta de gastos com medicamentos, consultas da especialidade e exames, ajudas
técnicas, e ainda os encargos com os chamados custos indiretos, relacionados com os
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cuidados prestados e uma vigilância permanente, que englobam a diminuição da
actividade profissional ou mesmo abandono dos cuidadores informais (Kua et al,
2014).
Dados do EuroCoDe apresentavam uma estimativa de prevalência da doença de
Alzheimer em 2008 de 7,22% na Europa a 27, cujos custos rondavam os 160 mil
milhões de euros (71,7 mil milhões em custos diretos e o restante em cuidados
informais (Alzheimer’s Disease International, 2010).
O estudo de realizado por Wimo et al para o EuroCoDe (2008) calculou que os custos
por pessoa com demência na Europa seriam de cerca de 22 mil euros por ano, dos
quais cerca de 10 mil em custos diretos e 12 mil em cuidados informais. O mesmo
autor refere que os custos sociais com a demência são oito vezes superiores no norte
da Europa quando comparados com a Europa de Leste.
No mesmo estudo encontramos referência aos valores calculados para Portugal. Os
custos com a demência rondam os 2.467,7 milhões de euros (sendo que destes
apenas 343,9 milhões representam custos diretos). Os custos por pessoa com
demência são cerca de 18 mil euros (2.498 euros em custos diretos e 154.24 em
cuidados informais) (Wimo et al, EuroCoDe 2008).
A demência é algo comum nos idosos internados em hospitais, grandemente
associada a eventos adversos como o delirium, tempos de internamento mais
prolongados, quedas, aumento da mortalidade e diminuição da capacidade funcional,
tanto no internamento como no pós-alta (Travers et al, 2014). Mais de um terço das
pessoas internadas em unidades de agudos tem diminuição da sua função cognitiva,
na sua maioria com demência ou delirium, pois “ser admitido num hospital geral pode
ter um efeito de deterioração numa pessoa com demência, como resultado de estar
num ambiente não familiar e em rutura com as rotinas diárias, bem como tem efeito
directo na sua saúde física” (Souza et al, 2014, p.490).
1.2. DEFINIÇÃO DE DEMÊNCIA
A demência é uma síndrome de etiologia multifactorial, em que ficam afetadas as
funções cognitivas, a memória, a linguagem, a atenção e o pensamento, sendo que o
diagnóstico definitivo de demência responde a uma série de critérios e em que os
défices cognitivos comprometem o funcionamento ocupacional ou social e
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representam um declínio em relação a um nível anterior superior de funcionamento
(APA, 2002).
Atualmente a demência é designada por Perturbação Neurocognitiva (PNC), major ou
ligeira, com seus subtipos (APA, 2013). Contudo, e por forma a facilitar a leitura e
compreensão deste trabalho, PNC será substituída por demência.
Como característica principal das demências existe “um declínio cognitivo adquirido
num ou mais domínios cognitivos com base, simultaneamente: 1) numa preocupação
sobre a cognição por parte do indivíduo, de um informador conhecedor ou do clínico; e
2) num desempenho inferior ao esperado numa avaliação objetiva ou que tem vindo a
piorar ao longo do tempo” (APA, 2013, p. 724).
Segundo a DSM IV (APA, 2002), a demência caracteriza-se pelo desenvolvimento de
défices cognitivos múltiplos que incluem diminuição da memória e pelo menos uma
das seguintes perturbações cognitivas:
• Afasia (dificuldade em nomear pessoas e objetos);
• Apraxia (diminuição da capacidade para executar actividades motoras apesar
de as capacidades motoras, a função sensorial e a compreensão da tarefa
requerida estarem intactas);
• Agnosia (deterioração da capacidade para reconhecer ou identificar objetos
apesar de manter a função sensorial intacta);
• Perturbação na capacidade de execução (envolve a capacidade de
pensamento abstrato e de planear, iniciar, sequenciar, monitorizar e parar um
comportamento complexo).
A DSM V (APA, 2013) define os critérios de diagnóstico de acordo com os domínios
cognitivos afetados:
• Atenção complexa – atenção sustentada, atenção dividida, atenção seletiva,
velocidade de processamento;
• Função executiva – planeamento, tomada de decisões, memória de trabalho,
resposta às reações/correções dos erros, controlo dos hábitos/inibição,
flexibilidade mental;
• Aprendizagem e memória – memória imediata, memória recente (incluindo
evocação espontânea, evocação com pista e memória de reconhecimento),
memória de muito longo prazo (semântica, autobiográfica), aprendizagem
implícita;
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• Linguagem - linguagem expressiva (incluindo nomeação, encontrar palavras,
fluência, gramática e sintaxe) e linguagem receptiva;
• Perceptivomotor – aptidões incluídas na percepção visual, visioconstrutiva,
perceptivomotor, praxia e gnosia;
• Cognição social – reconhecimento de emoções, teoria da mente.
Alguns sintomas de quadros demenciais poderão ser controlados com medicação e
deteção precoce, mas na maioria o quadro demencial é um quadro irreversível, que se
torna crónico e de evolução progressiva (APA, 2002). As etiologias mais frequentes de
demência são as doenças degenerativas (como a doença de Alzheimer, demência
com corpos de Lewy, doença de Parkinson, doença de Pick e doença de Huntington) e
as não degenerativas (nas quais se englobam os quadros demenciais causados por
depressão, secundários a infeções e/ou medicação, causadas por tumores e a
demência vascular, sendo esta a mais expressiva) (Alzheimer’s Disease International,
2010).
Deve-se diferenciar a demência do declínio normal no funcionamento cognitivo que
ocorre com o envelhecimento. Na demência os défices de memória e os outros défices
cognitivos são superiores aos do processo normal de envelhecimento e terão de
causar deficiências no funcionamento social ou ocupacional (APA, 2002).
Dados da prevalência para as demências indicam que são cerca de 1%-2% aos 65
anos podendo chegar aos 30% aos 85 anos de idade (APA, 2013)
A progressão da doença e o nível de incapacidade que ela provoca depende não só
das alterações a nível cognitivo mas também do suporte social que a pessoa tem
disponível. Como consequência de todas as alterações que ocorrem, as pessoas com
demência são mais suscetíveis aos riscos do meio envolvente, aumentando a
probabilidade de ocorrerem acidentes ou doenças infeciosas (APA, 2002). As
demências de causa neurodegenerativa como a doença de Alzheimer ou a demência
frontotemporal são marcadas por início insidioso e uma progressão gradual (APA,
2013).
As pessoas com défices cognitivos podem apresentar quadros em tudo semelhantes
mas com manifestações diferentes. O discurso pode ser repetitivo, vazio ou lacónico.
Apresentam alguma dificuldade em utilizar e reconhecer objetos do quotidiano como
talheres ou escovas do cabelo ou dos dentes, limitando a sua autonomia nas AVD,
bem como dificuldade em reconhecer pessoas familiares ou mesmo a sua imagem
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refletida no espelho. São frequentes também quadros de desorientação no espaço e
no tempo (APA, 2002).
As pessoas com demência têm declínio funcional ao nível das AVD, necessitando de
supervisão e por vezes mesmo de ser substituídas por outros. No caso de manterem
ainda alguma autonomia, necessitam de um maior esforço ou demoram mais tempo a
realizar as tarefas que anteriormente (APA, 2013).
A maior parte dos quadros demenciais são acompanhados por alterações do
comportamento (agitação, agressão verbal e física, agitação, inquietação) associadas
a alterações da percepção (como alucinações), ansiedade, alterações do pensamento
(como ideias delirantes), insónia e limitações cognitivas e funcionais que podem ter
como consequência acidentes e quedas. Algumas pessoas, principalmente aquelas
com lesões a nível do lobo frontal, podem apresentar quadros de desinibição
manifestados por algum descuido na higiene, excessiva familiaridade ou indiferença
pelas regras sociais convencionais (APA, 2002).
Os estudos e investigação desenvolvidos até hoje já apontam várias hipóteses para a
etiologia e fatores de risco de demência. A demência está muito associada à idade,
não que a demência seja consequência do envelhecimento mas porque é mais
prevalente com o aumento da idade. Há um fator genético associado ao risco de
demência, mas apenas se encontra estudado para a doença de Alzheimer. Muitos
estudos revelam que não há diferenças significativas entre o género e a prevalência
da demência, contudo as mulheres (por terem uma maior esperança média de vida)
apresentam maiores taxas de incidência. Existem ainda alguns estudos que
demonstram que a demência está associada a níveis educacionais mais baixos, a
fumadores e a consumos excessivos de álcool (Guerra, 2012; APA, 2013).
Apesar de fundamental a avaliação do estado mental, o diagnóstico deferencial é feito
com recurso à neuroimagiologia. A tomografia computorizada ou a ressonância
magnética podem revelar alterações a nível dos lobos cerebrais, como atrofias, lesões
focais (enfartes corticais, tumores, hematomas subdurais), hidrocéfalo ou lesão
cerebral isquémica (APA, 2002).
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1.2.1. Demência do tipo Alzheimer
A doença de Alzheimer é a demência mais prevalente, e apresenta-se com um início
gradual e envolve um declínio cognitivo continuado. Para o diagnóstico ser feito têm
de ser excluídas as outras etiologias de demência. A doença de Alzheimer pode ser
classificada como tendo um início precoce (antes dos 65 anos) ou início tardio (após
os 65 anos). Há uma forte componente genética associada à doença de Alzheimer,
estando identificada a ligação da doença aos cromossomas 1, 14 e 21, principalmente
naquelas pessoas em que a doença de Alzheimer teve um início precoce (APA, 2002).
Apresenta-se sobretudo por défice na memória e aprendizagem e nas funções
executivas (APA, 2013).
“Na maioria dos casos, a atrofia cerebral está presente na doença de Alzheimer, com
alargamento dos sulcos corticais e maior aumento dos ventrículos cerebrais do que
seria esperado em função do processo de envelhecimento normal. O exame
microscópico revela geralmente alterações histopatológicas, incluindo placas senis,
entrançados neurofibrilares, degenerescência granulovascular, perda neural, gliose
astrocitaria e angiopatia amiloide” (APA, 2002, p. 155).
A prevalência da doença de Alzheimer aumenta com a idade, sendo de cerca 0,6%
nos homens e 0,8% nas mulheres aos 65 anos de idade, e 11% nos homens e 14%
nas mulheres após os 85 anos de idade. Aos 90 anos, os valores sobem para 21%
nos homens e 25% nas mulheres, e aos 95 anos a prevalência é de 36% nos homens
e 41% nas mulheres (APA, 2002). Dados dos EUA indicam que “cerca de 7% dos
indivíduos a quem é atribuído o diagnóstico de doença de Alzheimer têm idades entre
os 65 e os 74 anos, 53% dos indivíduos têm idades entre os 75 e os 84 anos e 40%
tem 85 anos ou mais. A percentagem de demências atribuíveis à doença de Alzheimer
varia entre cerca de 60% e mais 90% dependendo do contexto e dos critérios de
diagnóstico” (APA, 2013, p.732).
A doença de Alzheimer tem uma evolução lenta e gradual, que vai de uma fase inicial
com perda de memória e mais tarde pelo aparecimento de afasia, apraxia, agnosia e
ainda dificuldades visio-espaciais manifestadas por dificuldade em deambular em
ambientes não familiares, podendo ainda as pessoas desenvolver complicações
motoras. Através da aplicação de um instrumento de avaliação como o Mini-Mental
State Exam pode-se observar uma perda de 3-4 pontos por ano. “A duração média da
doença desde o início dos sintomas até a morte é de 8-10 anos” (APA, 2002, p. 156).
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1.2.2. Demência Vascular
Para o diagnóstico de demência vascular “deverá existir evidência de doença
cerebrovascular (isto é, sinais e sintomas neurológicos focais ou evidência
laboratorial), etiologicamente relacionada com a demência. Os sinais e sintomas
neurológicos focais incluem plantar em extensão, paralisia pseudobulbar,
anormalidades da marcha, exagero dos reflexos tendinosos profundos ou fraqueza de
uma extremidade” (APA, 2002 p. 158). Os exames de imagem revelam múltiplas
lesões vasculares do córtex cerebral e das estruturas subcorticais, podendo aparecer
lesões de enfartes antigos ou mais recentes. Dependendo da lesão, extensão e
localização assim se manifestam os sintomas característicos deste tipo de demência
assim como a sua evolução (APA, 2013).
O início da demência vascular é mais precoce que o da doença de Alzheimer e mais
frequente nos homens. A sua evolução clínica é variável e progride tipicamente “em
degrau” e é flutuante “caraterizada por alterações rápidas no funcionamento em vez de
uma progressão lenta. Algumas funções cognitivas podem ser precocemente afetadas,
enquanto outras permanecem relativamente poupadas” (APA, 2002, p. 160). A seguir
à doença de Alzheimer é a segunda causa mais frequente de demência, sendo as
estimativas de prevalência nos EUA “variam de 0,2% no grupo etário dos 65-70 anos
até 16% em indivíduos com 80 anos ou mais” (APA, 2013, p.744).
Divide-se essencialmente em dois grupos: cortical (cujas manifestações clinicas vão
desde a afasia, apraxia, agnosia, confusão, alterações na função executiva e visio-
espaciais e alterações de memória, dependendo do local afetado) e subcortical (onde
há quebra da ligação nos circuitos corticais e manifesta-se sobretudo por alterações
motoras, ataxia, quedas frequentes, alterações do humor e da memória) (APA, 2002).
Manifesta-se sobretudo por alterações do humor como abulia, humor deprimido,
labilidade emocional e lentificação psicomotora, ou até mesmo disfunção executiva
(APA; 2013).
1.2.3. Demências secundárias a outros estados físicos gerais
Estes tipos de demência estão associados a uma evidência física, detetável a partir da
história, exame físico ou resultados laboratoriais, que justifiquem o quadro demencial.
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São exemplos a infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, lesão cerebral
traumática, hidrocéfalo de pressão normal, doença de Parkinson, doença de
Huntington, doença de Pick, doença de Creutzfeldt-Jakob, hipotiroidismo, tumor
cerebral ou deficiência de vitamina B12. Será necessário estabelecer uma relação
temporal entre o início ou exacerbação do estado físico geral e dos défices cognitivos
(APA, 2013). Para além das descritas, as mais comuns são devidas a
neurodegenerencência relacionada com os corpos de Lewy e à degeneração focal nos
lobos frontal e temporal (APA, 2013).
Demência secundária à doença de Parkinson
A doença de Parkinson, também conhecida como uma doença do movimento, é
caracterizada por tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. O quadro
demencial surge em aproximadamente 20% - 60% das pessoas com doença de
Parkinson, sendo mais prevalente nos mais idosos ou em casos em que a doença está
mais avançada (APA, 2002).
Caracteriza-se sobretudo por tremor em repouso, lentificação e/ou rigidez motora e
cognitiva, alterações nas funções executivas e na memória (APA, 2002).
Frequentemente estas pessoas agravam o seu estado por quadros depressivos
apresentando apatia, humor deprimido, perturbações no padrão do sono com
excessiva sonolência diurna (APA; 2013).
Os dados sobre a prevalência da doença de Parkinson nos EUA mostram que é mais
frequente nos homens que nas mulheres e que aumenta progressivamente com a
idade “apresentando valores de 0,5% no grupo etário dos 65-69 anos, até 3% em
indivíduos com 85 anos ou mais” (APA, 2013, p.762).
Demência secundária à doença de Pick
A doença de Pick é uma doença degenerativa que afeta principalmente os lobos
frontal e temporal. Tal como nos outros quadros demenciais em que o lobo frontal está
afetado, caracteriza-se por alterações na personalidade, com compromisso das
emoções e repercussão nos comportamentos sociais (desinibição e anormalidades na
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linguagem). As alterações da memória e das funções executivas surgem mais tarde
(APA, 2002).
Surge sobretudo em pessoas na faixa etária entre os 50 e os 60 anos. “A doença de
Pick é uma das etiologias patologicamente distintas entre o grupo heterogéneo de
processos demenciais que estão associados com atrofia cerebral frontotemporal”
(APA, 2002, p. 165).
Demência com corpos de Levy
A demência com corpos de Levy é um tipo de demência com características comuns
quer à doença de Alzheimer quer à doença de Parkinson, na qual surge um depósito
de proteína nas células nervosas. Como consequência, os impulsos nervosos não
progredirem de forma regular, havendo interrupções (Alzheimer’s Disease
International, 2010, cit. por Clive Evers).
É uma doença que evolui de forma progressiva, com um princípio insidioso e rápido
declínio funcional, sendo que as principais manifestações clínicas apresentam-se de
forma variável e encontram-se ao nível de alterações do movimento em conjunto com
alterações da memória, desorientação espacial e dificuldade na comunicação.
Ocorrem flutuações da função cognitiva em curtos espaços de tempo (minutos ou
horas), alucinações visuais persistentes, parkinsonismo, quedas de repetição e
alterações do padrão de sono (APA, 2013).
Os poucos dados que existem sobre a prevalência da demência com corpos de Lewy
indicam que podem variar entre “0,1% e 5% para a população idosa geral, e entre
1,7% e 30,5% para a totalidade dos casos de demência […]. A proporção sexo
masculino-sexo feminino é de aproximadamente 1,5:1” (APA, 2013, p. 740).
Neste tipo de demência, o declínio cognitivo surge pelo menos um ano antes do início
dos sintomas motores. Estes sintomas causam posteriormente problemas na AVD,
como a higiene, mobilização e alimentação (APA, 2013).
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Demência Frontotemporal
A demência frontotemporal é assim classificada porque são sobretudo os lobos frontal
e temporais os mais afetados, sendo que a sintomatologia reflete as alterações
correspondentes a esta áreas cerebrais: comportamento, respostas emocionais e
alterações da linguagem, bem como alterações a nível motor (APA, 2013)
A variante mais comum é a demência frontotemporal comportamental, com maior
compromisso da região frontal, caracterizada sobretudo por progressivas alterações
comportamentais e da personalidade, que podem incluir comportamento social e
alimentar anormal, bem como comportamentos ritualizados. A demência
frontotemporal pode ainda apresentar-se com sintomatologia mais predominante a
nível da linguagem (com afasia de expressão) ou a nível da semântica (dificuldade em
compreender palavras, nomear e reconhecer objetos) (APA, 2013).
A demência frontotemporal afeta as relações familiares e laborais devido às alterações
do comportamento e da linguagem, podendo existir conflitos familiares, problemas
legais e problemas nos locais de trabalho por comportamentos disruptivos. Estas
alterações muitas vezes levam à necessidade de colocar a pessoa numa casa de
repouso ou instituição (APA; 2013).
Este tipo de demência tem um início precoce pois só “cerca de 20%-25% dos casos de
PNC frontotemporal ocorre em indivíduos com mais de 65 anos” (APA, 2013, p.736).
1.3. INTERNAMENTO EM PESSOAS COM DEMÊNCIA
Como referido anteriormente, com o avançar da idade aumenta a prevalência de
quadros demenciais. Aumentam também a prevalência de doenças crónicas
associadas a diversas comorbilidades, estas também associadas a fatores de risco
para a existência de demência. O estudo de Costa Dias et al (2013) que procurou
classificar o perfil clínico dos doentes com doença de Alzheimer no Brasil concluiu que
as comorbilidades mais frequentes são hipertensão arterial (62,9%), depressão
(20,3%), diabetes Mellitus (16,7%), osteoporose (9,2%), hiperplasia prostática (9,2%),
epilepsia (7,4%), doença pulmonar obstrutiva crónica/asma (7,4%), hipotiroidismo
(7,4%) e insuficiência renal crónica (5,5%).
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Vários estudos revelam a associação entre taxas de hospitalização e a existência de
quadros demenciais (Voisin et al, 2010; Zuliani et al, 2012; Singh et al, 2013). Voisin et
al (2012) realizaram um estudo cujo objetivo foi determinar os fatores preditivos para a
hospitalização de doentes com doença de Alzheimer em França, realizando um follow
up durante 2 anos a 686 indivíduos com doença de Alzheimer. “Durante o curso da
doença, muitos doentes necessitam de ser hospitalizados seja por causas diretas da
doença de Alzheimer ou por doenças associadas ou por eventos de vida. Diversos
estudos confirmam que a frequência e a duração dos internamentos são maiores nas
pessoas com doença de Alzheimer” (Voisin et al, 2010, p.288). Neste estudo
observou-se que a incidência anual de hospitalizações foi de 26,13%, sendo que as
principais razões de admissão hospitalar foram as fraturas ósseas e quedas sem
fratura óssea (20,9%), seguidas pelos problemas cardiovasculares (14,5%) e
alterações de comportamento (11%). As outras razões que motivaram o internamento
foram cirurgias (9,2%), alterações neurológicas (6,7%), doenças infeciosas (3,9%),
cancro (3,5%) e sobrecarga do cuidador (2,8%) (Voisin et al, 2010).
Um estudo realizado em Itália procurou saber qual o principal diagnóstico e as
comorbilidades nos idosos internados com demência, com idade igual ou superior a 60
anos. O principal diagnóstico foi a elevada prevalência de doenças cerebrovasculares,
pneumonia, e fratura óssea da anca. Menos evidente, embolia pulmonar, insuficiência
renal, septicémia e infeções urinárias. Quando comparados com os outros doentes
idosos, aqueles com demência tinham maior risco de readmissões hospitalares e de
mortalidade (Zuliani et al, 2012). Dados recolhidos deste estudo mostram-nos que nos
doentes com demência, o diagnóstico primário mais frequente foi doença
cerebrovascular que não acidente isquémico transitório (6,4%) seguido de insuficiência
cardíaca (5,7%), pneumonia com complicações (4,0%), acidente cerebrovascular
isquémico transitório (3,1%) e doença cerebrovascular com complicações (2,8%).
Dentro das comorbilidades nos doentes com demência, os principais grupos foram
aterosclerose (32,9%) seguido de hipertensão arterial e complicações associadas
(27,3%), doença coronária (19,5%), doenças uretrais e da bexiga (13,8%) (Zuliani et
al, 2012).
Relativamente às principais causas de morte em pessoas com demência, um estudo
de coorte realizado na Pennsylvania (EUA) e referido no artigo de Kua et al (2014),
verificou que estavam relacionadas com doenças cardiovasculares (47,5%),
pneumonia (12,3%), doença oncológica (12,3%), acidente vascular cerebral (9,3%) e
septicémia (5,1%). Os mesmos autores citam um estudo realizado na Coreia que
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procurou as causas de morte em pessoas com doença de Alzheimer e verificou que as
principais causas eram acidente vascular cerebral (10,4%), doença oncológica (9,1%),
diabetes Mellitus (6,3%), doenças cardiovasculares (6,1%) e pneumonia (4,7%).
À medida que a demência se vai instalando, o grau de dependência vai aumentando,
havendo perda de autonomia física, psíquica e/ou intelectual, acabando as pessoas
por necessitarem de supervisão nas AVD por terceiros, e em grande parte dos casos
de serem auxiliados ou substituídos nas suas tarefas (Monteiro, 2014). Associado a
isto, há uma grande sobrecarga por parte das famílias cuidadoras, acabando estas por
delegar este cuidado às instituições, passando estas a ser o domicílio das pessoas
com demência (Chen et al, 2013; Vetrano et al, 2014).
O estudo de Kirsebom et al (2014) procurou saber qual o principal motivo de
encaminhamento de idosos dos lares da Suécia para os Serviços de Urgência, e
concluiu que as causas mais frequentes foram as quedas e as fraturas ósseas (25%),
sintomas respiratórios (11%) e sintomas gastrointestinais (10%). As infeções também
são uma das principais causas de internamento em idosos (Kirsebom et al, 2014).
Como descrito previamente, as alterações na marcha e no equilíbrio, associadas a
alterações do próprio campo visual, potenciam o risco de queda para pessoas com
demência e consequentes fraturas ósseas. Costa Dias et al (2013) refere que a
prevalência das quedas é mais frequente nos idosos devido à degeneração do seu
sistema neurovascular, e nas pessoas com demência isto torna-se mais evidente
porque as alterações neurodegenerativas são mais evidentes pelo processo de
doença.
As lesões que ocorrem ao nível do centro do equilíbrio no sistema nervoso central
levam a alguns problemas relacionados com a postura e com os reflexos autonómicos.
Tudo isto são fatores de risco identificados para a ocorrência de quedas, apresentando
atualmente uma elevada taxa de incidência, acarretando complicações e elevados
custos assistenciais (Carvalho, 2000).
Dados recentes dos EUA indicam que cerca de 30% de pessoas idosas (com idade ≥
a 65 anos) caem por ano, e destas as pessoas com doença de Alzheimer têm
elevadas taxas de incidência de queda: cerca de 60% a 80%, o que corresponde ao
dobro das pessoas sem qualquer tipo de demência (Ryan et al, 2011), sendo a
demência apontada como um dos fatores de risco para quedas nos idosos.
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Além disso, “as pessoas com demência têm maior probabilidade de ter diabetes
Mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, doença coronária e fibrilação
auricular no ano que antecedeu o diagnóstico de demência. Fatores de risco como
diabetes Mellitus e hipertensão arterial podem prejudicar a auto regulação
cerebrovascular, levando a um aumento de prevalência de hipotensão ortostástica,
sincope vasovagal ou hipersensibilidade do seio carotídeo. Assim, uma disfunção do
sistema central autonómico contribui para a ocorrência de quedas em pessoas idosas
com demência” (Friedman et al, 2010 e Bukata et al, 2011 cit por Wang et al, 2014,
p.4).
1.4. FRATURAS ÓSSEAS E DEMÊNCIA
As fraturas ósseas são traumatizantes para as pessoas e acarretam uma significativa
sobrecarga a nível social. O estudo transversal realizado no Reino Unido, demonstrou
que os custos diretos para os serviços de saúde rondaram os 1,8 mil milhões de libras
em 2000, e que a “média de tempo de internamento nos hospitais do National Health
Service (NHS) foi de 22 dias, com uma variação entre os 12,9 e os 33,5 dias”
(Neuberg et al, 2015, p.2).
O avanço da idade acarreta alterações quer a nível físico quer a nível cognitivo que
aumentam o risco de queda, sendo que os idosos com mais de 80 anos e as mulheres
têm maior probabilidade de sofrerem quedas com maiores complicações de saúde
(Friedman et al, 2010).
Estima-se que nos EUA ocorram anualmente 350 mil fraturas ósseas do fémur, sendo
as quedas a principal causa de lesões não mortais na população idosa. “A fratura da
anca é a principal causa de incapacidade entre a população idosa, e está associada
com maior número de mortes e de custos médicos quando comparadas com fraturas
devido à osteoporose” (Johnello et al, 1992 cit por Zhao et al, 2012, p.1).
Apesar de haver alguns dados que sustentam que o número de casos de fratura óssea
da anca esteja a diminuir, “… o rápido crescimento da população idosa torna possível
que o número total de fratura da anca em todo o mundo possa aumentar de 1,7
milhões em 1990 para 6,3 milhões em 2050” (Marks 2009 cit por Friedman et al, 2010,
p. 52).
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As quedas, quando não resultam em morte, são uma das principais causas de
incapacidade, e normalmente resultam em perda de autonomia e em muitos casos até
a institucionalização (Carvalho, 2000; Bloch et al, 2013). De acordo com o National
Center for Injury Prevention and Control (EUA) as quedas são a principal causa de
lesões não mortais em pessoas com idade superior a 64 anos (cerca de 62,9% em
2011), sendo que na sua maioria ocorrem no domicilio (82%) (Gelbard et al, 2014).
O estudo de Gelbard et al (2014) sobre as quedas nos idosos, realizado com 400
pessoas, comparou os tempos de internamento entre aqueles que sofriam quedas em
altura com aqueles que sofriam pequenas quedas. Verificou que a média de idades
era de 78,3 ± 8,8 anos, 50% eram do sexo masculino e 72,5% tinha pelo menos uma
comorbilidade associada. Os que sofriam quedas em altura tinham um aumento
significativo de dias de internamento em Unidades de Cuidados Intensivos (2,6 ± 5,6
vs 4,6 ± 6,7 dias) (Gelbard et al, 2014).
Uma pesquisa efetuada pelo mesmo autor mostrou que as pessoas idosas têm piores
resultados após um ferimento traumático, sobretudo relacionado com as suas
comorbilidades: taxas de mortalidade mais elevadas, maiores taxas de hospitalização
e maior duração do tempo de internamento (sendo a média nos EUA em 2004 de 7
dias) (Gelbard et al, 2014).
As quedas são um dos maiores problemas de saúde na população idosa, pois “30%
das pessoas com 65 ou mais anos a viver na comunidade caem pelo menos uma vez
por ano e esta taxa aumenta com a idade” (Tinetti et al, 1994 cit por Pereira et al,
2008, p. 51) e “cerca de 4% das quedas resulta em fratura e cerca de 11% resulta
noutras lesões graves como traumatismo craniano, lesões dos tecidos moles e
lacerações graves” (Rubesntein et al, 1994, cit por Pereira et al, 2008, p. 51).
Um estudo realizado na Tailândia procurou identificar qual a taxa de internamento, de
mortalidade, causas e consequências das quedas na população idosa, comprovando
que com o aumento da idade aumentam as admissões nos Serviços de Urgência por
quedas, assim como há um aumento da taxa de mortalidade por este motivo. As
principais causas que motivaram as quedas foram o escorregar e o tropeçar. A média
de dias de internamento foi de 8,1 dias naqueles em que a queda resultou em fratura
óssea e 6,4 dias naqueles sem fratura óssea (Limpawattana et al, 2012).
Um outro trabalho realizado no Japão diz-nos que a média de dias de internamento na
pessoa com idade ≥ a 65 anos é de 53,4 dias no Japão, 6,6 dias nos EUA e 14,3 dias
no Reino Unido, embora o valor no Japão seja bastante variável (entre 22 a 55 dias)
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(Motohashia et al, 2013). Este estudo concluiu que um dos fatores associados à
diminuição do tempo de internamento diz respeito à precoce intervenção cirúrgica.
Um estudo realizado no Rio de Janeiro (Brasil) em 1999 referente aos anos de 1994 e
1995, identificou um total de 1870 pessoas internadas nesse período por fratura do
colo do fémur, em que a média de idades foi 61 anos e a média de dias de
internamento de 10,6 dias, para os que não foram submetidos a tratamento cirúrgico, e
16,2 dias para os que foram submetidos a cirurgia, variando os tempos de
internamento entre 5,3 e 34,7 dias (Carvalho et al, 2002). O mesmo autor, no seu
estudo, aponta como um dos principais fatores de risco para quedas, seguidas ou não
de fratura óssea, seja a demência.
Dados sobre a morbilidade hospitalar de 2013, indicam que a demora média de
internamento para o grande grupo da Classificação Internacional de Doenças, 9ª
Revisão, Modificação Clínica (CID-9-MC) - Doenças do Sistema Osteoarticular e do
Tecido Conjuntivo é de 4,58 dias (4,95 dias para os homens e 4,33 dias para as
mulheres), sendo a média de 7,06 dias para o grupo etário ≥ 65 anos (7,32 para os
homens e 6,9 para as mulheres) (Nogueira, P; Mendanha, T; Rosa, M; 2014).
Quando analisamos a produção hospitalar por patologia específica, no caso fratura do
fémur, verifica-se uma demora média de dias de internamento = 14,19 dias, para um
n=13.724 (Nogueira. P; Mendanha, T; Rosa, M; 2014).
Mariano et al (2013) estudaram a relação entre comorbilidades psiquiátricas, entre
elas a demência, e a duração do tempo de internamento por fraturas ósseas dos
membros inferiores, verificando que 2,9% destes tinham demência, e destes, 63%
eram transferidos para cuidados continuados de longa duração após a alta hospitalar,
sendo que os doentes com demência apresentavam internamentos mais prolongados.
Existem vários fatores de risco associados às fraturas ósseas da anca, como a idade,
o peso, doenças cérebro e cardiovasculares, tabagismo e demência. A meta-análise
realizada por Bloch et al (2013) mostrou que os fatores de risco mais associados a
quedas são os fatores intrínsecos, aqueles que estão diretamente relacionados com a
pessoa. Contudo, os autores colocam a ressalva de este achado estar relacionado
com o fato de os fatores intrínsecos serem mais fáceis de serem submetidos a uma
avaliação objetiva que os fatores extrínsecos.
O estudo de coorte realizado em homens idosos com fratura óssea da anca por Reys
et al (2014), confirmou que os diagnósticos prévios de doença pulmonar obstrutiva
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crónica, demência, insuficiência renal e doença hepática são de fato fatores de risco
para fratura óssea da anca na população idosa masculina. O mesmo estudo corrobora
dados encontrados previamente por Pouwels et al (2009) e Zhao et al (2012) que
indicam que a existência de doença cerebrovascular e demência aumentam o risco de
fratura óssea. Zhao et al (2012) referem ainda que diferentes estudos indicam que
tanto as pessoas com fratura óssea da anca e doença de Alzheimer apresentam baixo
peso, baixos níveis de vitamina D, baixa absorção a nível gastro intestinal de cálcio e
níveis elevados de hormona paratiroideia.
Diversos estudos referem que o risco de queda é superior naqueles que têm
demência, chegando mesmo a ser duas a três vezes superior, embora este risco difira
dependendo do tipo de demência (Allan, 2009 cit por Namioka et al, 2015). Uma falha
frequentemente encontrada nestes estudos reporta-se à falta de diagnóstico definitivo
de demência (Wang et al, 2014). Contudo, a incidência de quedas em pessoas com
demência com corpos de Lewy é três vezes superior àqueles com doença de
Alzheimer (Namioka et al, 2015).
A demência e as fraturas ósseas são problemas que têm vindo a aumentar dentro da
população idosa, estando associadas a taxas elevadas de mortalidade e morbilidade.
A incidência de fraturas ósseas é superior em pessoas com demência do que
naquelas sem demência, havendo diversos fatores que explicam este facto. A relação
entre demência e fraturas ósseas é complexa (Carvalho, 2000; Friedman et al, 2010;
Zuliani et al, 2012; Wang et al, 2014).
O trabalho de Friedman et al (2010) diz-nos que tanto a demência como as fraturas
óssea da anca são mais prevalentes na idade avançada (especialmente naquelas com
mais de 75 anos) e nas mulheres, visto que estas têm maior esperança média de vida,
maior prevalência de défice de vitamina D, osteoporose e doença de Alzheimer.
O mesmo estudo indica que “as pessoas com demência têm um risco 8 vezes maior
de queda e de sofrerem múltiplas quedas, quando comparados com os que não têm
demência. A incidência anual de quedas varia entre 67% e 85%, contudo não é claro
se a progressão do estado demencial está associada a maior risco de queda”
(Friedman et al, 2010, p.55).
Segundo Friedman et al (2010), uma pessoa com demência tem uma probabilidade
três vezes superior de sofrer uma fratura óssea da anca, do que uma pessoa sem
qualquer tipo de alteração cognitiva. Este facto é devido a:
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• Fatores de risco que advêm da idade, mas estes são comuns a ambos;
• A presença de demência aumenta a incidência de fratura óssea da anca devido
a fatores de risco intermediários, como as quedas e défice de vitamina D;
• O tratamento da demência tem efeitos secundários que aumentam o risco de
fratura óssea da anca.
Outra razão que pode justificar a incidência de fraturas ósseas nas pessoas com
demência pode ser a osteoporose. “Pessoas com demência têm défice de vitamina D
e baixa densidade óssea, sendo mais prováveis de ter osteoporose” (Friedman et al,
2010 e Bukata et al, 2011 cit por Wang et al, 2014, p.6).
Vários estudos provaram a associação entre demência e o risco de queda, muitos
deles relacionados com as alterações que ocorrem a nível cerebral e com a actividade
dopaminérgica, verificando-se várias alterações quer a nível motor quer a nível
sensorial e da percepção (Carvalho, 2000). A meta-análise realizada por Seitz et al
(2011) mostrou existir uma taxa de prevalência de demência de cerca 19% em idosos
com fratura óssea da anca. No mesmo estudo, encontramos a referência a um
trabalho realizado no Canadá por Juby (2004) em que pessoas com demência
institucionalizadas em lares, têm uma probabilidade de 92,5% de sofrerem uma fratura
óssea osteoporótica por baixa densidade óssea (Seitz et al, 2011).
O estudo de Low et al (2015) mostrou que as fraturas da anca e outros tipo de fraturas
ósseas são mais frequentes nas pessoas com doença de Parkinson,
independentemente da idade e sexo, numa razão de 1,5 a 2,6 vezes.
A meta-análise realizada por Muir et al (2012) concluiu que a presença do diagnóstico
de demência, quer no contexto comunitário quer em contexto de residências de
idosos, confere um alto risco para quedas.
1.5. PROTELAMENTO DE ALTA
É sabido hoje e faz parte dos objetivos contratualizados entre a Administração Central
do Sistema de Saúde (ACSS) e os nossos hospitais que uma forma de melhorar o
desempenho hospitalar e conter os gastos é através da redução do número de dias
de internamento.
Os dados de 2013 sobre a caracterização da produção hospitalar relativos à demência
entre os anos de 2007 e 2011 mostram que o número de doentes saídos com este
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diagnóstico aumentou de 758 para 902 e o total de dias de internamento passou de
16.261 para 17.685, com um pico no ano de 2009.
Tabela 3: Caracterização da produção hospitalar e respetivos padrões de morbilidade, relativos a Demências, em Portugal Continental (2007 a 2011)
Demências
2007 2008 2009 2010 2011
Utentes Saídos 758 1.091 1.008 944 902
Dias Internamento 16.261 19.902 19.328 16.829 17.685
Demora Média 21,45 18,24 19,17 17,83 19,61
Óbitos 23 30 26 23 19
Adaptado de: DGS - Saúde Mental em Números (2013)
Contudo, quando olhamos para os dados mais recentes da ACSS, com os dados de
2009 em diante, verifica-se que o número de doentes saídos com diagnóstico de
demência tem vindo a diminuir, diminuindo de igual forma os dias de internamento
(14,4 dias em 2013).
Os valores da demora média dão-nos um indicador de eficiência, normalmente
associado ao consumo de recursos e ao impacte nos custos associados à prestação
de cuidados (ACSS).
Tabela 4: Caracterização da produção hospitalar e respetivos padrões de morbilidade, relativos a Demências como diagnóstico principal, em Portugal Continental (2009 – 2013)
Demências
2009 2010 2011 2012 2013
Utentes Saídos 1.008 944 902 912 838
Dias Internamento 19.328 16.829 17.685 16.939 14.361
Demora Média 19,17 17,83 19,61 18,57 17,14
Óbitos 26 23 19 18 21
Adaptado de: DGS - Saúde Mental em Números (2014)
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Quando se olham para os dados nacionais dos doentes saídos com diagnóstico
secundário de demência, estes têm vindo a aumentar de forma gradual todos os anos,
passando de 12.650 utentes em 2009 para 16.607 utentes em 2013.
Tabela 5: Caracterização da produção hospitalar e respetivos padrões de morbilidade, relativos a Demências como diagnóstico secundário do internamento em Portugal Continental (2009 – 2013)
Demências
2009 2010 2011 2012 2013
Utentes Saídos 12.650 14.281 14.522 15.493 16.607
Óbitos 2.092 2.526 2.519 2.863 2.826
Fonte: DGS- Saúde Mental em Números (2014)
A utilização de camas hospitalares, por mais do que o tempo necessário, por doentes
que não necessitem de tratamento em fase aguda de doença diminui o número de
camas disponíveis, diminuindo a capacidade de resposta para doentes a necessitar de
cuidados em fase aguda, serviços de urgência sem capacidade de escoar os doentes
a necessitar de internamento, aumento do tempo de espera para procedimentos
eletivos ou mesmo cancelamento de cirurgias (McCloskey et al, 2014).
As pessoas idosas têm maiores comorbilidades e necessidades de saúde mais
complexas, motivo pelo qual muitas vezes as suas altas são proteladas. Muitas vezes
“a hospitalização prolongada pode aumentar o risco de infeções ou outras
complicações iatrogénicas, piorando a qualidade de vida dos idosos e implicando
consumo de recursos humanos e económicos” (Lenzi et al, 2014, p.2).
Segundo dados estatísticos da Austrália, as pessoas com mais de 65 anos internadas
ocupam cerca de 48% das camas hospitalares, e independentemente da idade,
apresentam maiores complicações durante os internamentos associados às suas
comorbilidades, entre elas a demência, apresentando um incremento nos custos por
internamento de cerca mais de 2710 dólares (Bail et al, 2015).
Dados do EuroCoDe de 2010 indicam que as pessoas com mais de 65 anos e com
demência ocupavam um quarto das camas hospitalares (Singh et al, 2013).
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A alta hospitalar de qualquer pessoa é indicada quando não existem mais os sintomas
clínicos da doença que motivaram o seu internamento, e nesta medida pode-se
considerar que a alta foi protelada naqueles doentes considerados clinicamente bem
para ter alta mas incapazes de sair por não estarem finalizados os procedimentos para
a continuidade de cuidados em ambulatório (Bryan et al, cit por Lenzi et al, 2014). No
mesmo estudo encontramos a referência de que “o protelamento das altas pode ser
visto como um indicador de ineficiência do uso das camas hospitalares. Os fatores
associados são atribuídos a questões da população, quer demográficas, médicas,
familiares ou características de dependência, bem como a questões organizacionais e
administrativas” (Lenzi et al, 2014, p.2).
Um estudo realizado em New Brunswick (Canadá) demonstrou que 33% das camas
hospitalares eram ocupadas com doentes que já não precisavam de cuidados em fase
aguda de doença, destes 63% tinham o diagnóstico de demência e 86% aguardavam
vaga na comunidade (o equivalente aos Cuidados Continuados em Portugal), sendo a
média de tempo de espera de 379,6 dias. “A utilização de camas hospitalares por
doentes com alta protelada contribui na diminuição da capacidade de resposta aos
cuidados agudos, serviços de urgência sobrelotados, aumento dos tempos para
procedimentos cirúrgicos eletivos, cancelamento de cirurgias e ineficiente circulação
dos doentes pelo sistema de saúde. De acordo com o Canadian Institute for Health
Information, os doentes com alta protelada somam cerca de 14% dos dias de
internamento, com 5200 camas hospitalares ocupadas nos hospitais canadianos por
dia. A média de tempo de internamento nestes doentes é de 26 dias, que inclui o
tempo de tratamento da doença aguda bem como o tempo de protelamento da alta”
(McCloskey et al, 2014, p.88).
Este estudo mostrou que os motivos de internamento mais comuns foram relacionados
com doenças médicas genéricas, como infeções, diarreia, mal-estar geral, seguido de
quedas e demência. “Do total da amostra 45,3% tinham diagnóstico de demência
antes do internamento e 18,4% foram diagnosticados durante a hospitalização. Das
doenças crónicas, hipertensão arterial foi a mais comum (55,3%), seguida de doença
cardíaca isquémica (41%), diabetes Mellitus (25,7%), doença pulmonar obstrutiva
crónica (20,7%) e acidente vascular cerebral (26,2%)” (McCloskey et al, 2014, p.89). A
maioria da amostra (86%) reunia critérios e estavam à espera de vaga em lar, 3,9%
esperavam por unidades de cuidados especiais e 3,4% esperavam por apoio
domiciliário.
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Um estudo realizado no norte de Itália procurou analisar a prevalência e os
determinantes das altas proteladas nos hospitais. Verificaram que as pessoas com
altas proteladas partilhavam algumas características, como a idade (na sua maioria
idosos), com internamentos frequentes, a necessitarem de cuidados com supervisão
continuada, demência, tumores, fraturas do fémur ou ombro, associadas a várias
comorbilidades. Na sua maioria, a principal causa de protelamento da alta deveu-se à
espera de vaga em unidades de longa duração ou de reabilitação (23,7% e 28,4%,
respetivamente). Os restantes, 16,7% por causas relacionadas com os familiares e
14,5% esperavam ser admitidos noutros serviços de cariz reabilitativo. Um em cada
quatro pacientes com alta protelada vivia sozinho e cerca de 57,6% eram
completamente autónomos nas AVD (Lenzi et al, 2014). Os autores concluíram com
este estudo que o protelamento de alta sobretudo nos idosos era devido a “múltiplas
comorbilidades ou problemas específicos como disfunção cognitiva ou problemas do
foro ortopédico que requerem reabilitação, serviços domiciliários ou algum tipo de
instituição que não está disponível aquando das condições da alta clinica” (Lenzi et al,
2014, p.6).
Vetrano et al (2014) referem como fatores para o aumento do número de dias de
internamento a idade avançada, o tipo de admissão (especialmente se for por acidente
vascular cerebral, síndrome confusional ou queda), incontinência, úlcera de pressão e
perda de independência nas AVD. Contudo, o seu estudo mostrou uma redução no
número de dias de internamento em doentes com diagnóstico de doença
cerebrovascular ou demência admitidos de forma eletiva para internamento. Os
autores explicam estes dados com o aumento da taxa de mortalidade verificada neste
tipo de doentes (no caso da demência, 7% versus 3%) (Vetrano et al, 2014).
Nos diversos estudos consultados verifica-se que os doentes com demência, quando
comparados com os que não têm demência, mesmo quando admitidos por razões
diferentes, poderão ter tempos de internamento mais prolongados, influenciado por
comorbilidades existentes, normalmente doenças crónicas.
A demência está pouco identificada a nível dos internamentos hospitalares, e entre
42% a 50% das pessoas com mais de 70 anos internadas têm défices cognitivos
(Singh et al, 2013). Melhorar a taxa de diagnóstico precoce da demência é essencial
nos cuidados a estas pessoas, sobretudo naqueles com fratura óssea da anca, uma
vez que a demência está cada vez mais identificada como diagnóstico nestas pessoas
(Singh et al, 2013).
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O estudo de coorte retrospectivo realizado por Bail et al (2015) comparou os custos
adicionais associados aos internamentos de pessoas com demência, sabendo que
estas apresentam taxas superiores de complicações adquiridas no hospital mas
sensíveis a cuidados de enfermagem, como as infeções do trato urinário, pneumonias,
ulceras de pressão e delirium. Os resultados do estudo indicam que “as pessoas com
demência têm mais do dobro de taxas de complicações que as pessoas sem
demência e, consequentemente, uma quantidade desproporcionalmente grande de
custos adicionais” (Bail et al, 2015, p.4).
Como referido, as pessoas com demência têm mais comorbilidades e por isso
apresentam um potencial de risco maior para ocorrerem complicações quando são
submetidas a uma cirurgia. O de Hu et al. realizado em 2012 na Tailândia comparou
os principais problemas pré e pós operatórios de pessoas, com e sem demência
submetidas a uma grande cirurgia. Como comorbilidades pré-operatórias, as pessoas
com demência tinham maior probabilidade de terem hipertensão arterial, doença
cerebrovascular, doença pulmonar obstrutiva crónica, enfarte do miocárdio, diabetes
Mellitus, insuficiência cardíaca, doença vascular periférica, insuficiência renal aguda e
necessidade de serem submetidas a cirurgia de emergência. Quando comparados
com o grupo de controlo, as pessoas com demência tinham maior prevalência a 30
dias no pós-operatório de: doença cerebrovascular, pneumonia, septicemia,
insuficiência renal aguda e infeção do trato urinário. A média de tempo de
internamento nas pessoas com demência foi de 21,2 ± 28,2 dias e no grupo de
controlo 14,7 ± 18,5 dias (Hu et al, 2012).
“Não há diferenças significativas nas outras complicações, como hemorragia pós
operatória, enfarte agudo do miocárdio, infeção da ferida operatória ou embolia
pulmonar, quando comparados os grupos. O grupo com demência também teve uma
elevada permanência de tempo nos Cuidados Intensivos e maiores despesas médicas
quando comparado com o grupo de controlo” (Hu et al, 2012, p.2053).
É expectável que a duração dos tempos de internamento aumente com o aumento das
doenças crónicas, envelhecimento da população e consequente aumento da
prevalência de doenças geriátricas (Zuliani et al, 2012) Um estudo realizado na Coreia
do Sul comparou o tempo de internamento para as doenças neurológicas geriátricas
no período entre 2003 e 2007, sendo que definiram tempo de internamento como “a
soma do total de dias de internamento hospitalar por ano” (Kim et al, 2011, p.149).
Foram identificadas 19 doenças neurológicas geriátricas classificadas em quatro
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grupos: demência, doença hemorrágica cerebral, acidente vascular cerebral isquémico
e doença de Parkinson. A duração do tempo de internamento em 2003 devido a
doenças geriátricas era de 40,8 dias e em 2007 de 71,2 dias, sendo que nas mulheres
a média passou de 44,4 dias para 79,4 dias e nos homens de 46 dias para 60,5 dias
(em ambos superior em 2007). A duração média de tempo de internamento naqueles
com idade ≥ a 65 anos em 2007 foi de 78,8 dias, valor bastante superior a faixa etária
40-60 anos, com uma média de 52,1 dias. Em 2007, para o grupo da demência, a
média de tempo de internamento foi de 118,2 dias, seguido pelo grupo da doença de
Parkinson (62,1 dias), doenças hemorrágicas cerebrais (57,3 dias) e acidente vascular
cerebral isquémico (51,7 dias) (Kim et al, 2011).
“Os achados deste estudo mostram que o tempo de internamento devido a doenças
geriátricas aumentou todos os anos desde 2003 a 2007. Estes resultados sugerem
que o número de pessoas com doenças geriátricas e o recurso a serviços médicos
aumentou devido ao aumento de pessoas idosas” (Kim et al, 2011, p.153). Os autores
referem ainda que o acréscimo do número de pessoas identificadas com demência
tem sido contínuo ao longo dos anos, provavelmente devido a um maior interesse na
problemática da demência a nível mundial.
De um estudo realizado no Reino Unido (Dementia Strategy 2013-2016) verificou-se
que existem com alguma frequência falhas na comunicação entre os hospitais e os
cuidadores das pessoas com demência à data da alta, havendo atrasos na articulação
com os apoios domiciliários, por exemplo. Para além destas, outras falhas foram
identificadas:
• Os profissionais são insuficientes para prestar cuidados de qualidade de
acordo com as necessidades específicas destas pessoas;
• Há uma necessidade adicional de orientação e envolvimento dos familiares na
prestação de cuidados e no suporte pós-alta;
• Existe um problema com as altas, transferências e readmissões de pessoas
com demência;
• A maior parte dos hospitais não é capaz de identificar quem são os seus
doentes que têm demência;
• A maior parte das enfermarias não estão adaptadas para receber pessoas com
demência (pouca sinalização e diversos perigos que podem levar a quedas);
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• Em média, as pessoas com demência ficam cerca de mais uma semana
internadas em serviços de agudos que outras pessoas sem demência
internadas pelo mesmo motivo, sendo que este tempo aumenta para duas
semanas no caso de o motivo ser queda (NHS, 2009).
Daí surgiram algumas orientações face à demência, cujos objetivos centram-se num
melhor conhecimento sobre a demência e diminuição do estigma, melhorar o
diagnóstico dos quadros demenciais e desenvolver um vasto leque de serviços
vocacionados para pessoas com demência e seus cuidadores. No mesmo guia vem a
indicação da necessidade de melhorar os conhecimentos dos profissionais de saúde
face à demência, melhorando a qualidade dos cuidados nos serviços hospitalares,
identificando equipas especializadas e/ou criando elementos de ligação da área da
Saúde Mental com os outros serviços (NHS, 2009).
As pessoas com demência e os seus familiares devem ser incentivados a promoverem
uma entreajuda entre pares, para o diagnóstico precoce e para uma melhor
referenciação para os profissionais de saúde, procurando um tratamento o mais
precoce possível e apoio profissional consoante as necessidades.
Para isto, muito contribui o suporte familiar e financeiro das famílias. Pessoas com
demência internadas com acidente vascular cerebral, fratura óssea da anca,
descompensação da sua doença crónica e amputação de um dos membros têm
maiores probabilidades de terem alta diretamente para um lar ou cuidados
continuados e não para casa, sobretudo se forem do sexo masculino, separados ou
viúvos e com reformas baixas (Chen et al, 2013).
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2. FINALIDADE E OBJECTIVOS
A escolha deste tema surge da necessidade de conhecer um pouco mais sobre o
impacte que a presença de demências tem nos internamentos hospitalares, neste
caso, na duração do tempo de internamento.
Com este estudo procurou-se determinar se as pessoas com idade ≥ a 65 anos com
demência internadas por fratura óssea têm tempos de internamento mais prolongados
que as pessoas com idade ≥ a 65 anos sem demência internadas pelo mesmo motivo.
Para se conhecer o estado da arte, foi efetuada revisão da literatura recorrendo à
consulta de bases de dados como a Pubmed, selecionando-se os artigos científicos
publicados nos últimos 5 anos utilizando como termos chave para a pesquisa
“dementia in hospitals”, “length of stay”, “hospital lenght of stay”, “demetia length of
stay”, “fracture and dementia”, “geriatric fractures”, “fracture and length of stay in
hospitals”, tendo sido selecionados os mais relevantes. Foi também consultada
informação de alguns livros e recolhidos dados epidemiológicos disponibilizados pela
OMS e pela DGS.
Realizou-se então um estudo observacional transversal, com os seguintes objetivos
específicos:
• Calcular a média de dias de internamento nas pessoas idosas internadas por
fratura óssea, com e sem demência;
• Comparar o tempo médio de internamento nas pessoas idosas internadas por
fratura óssea, com e sem demência, entre homens e mulheres;
• Comparar o tempo médio de internamento nas pessoas idosas internadas por
fratura óssea, com e sem demência, segundo a sua faixa etária;
• Verificar se a idade e o sexo influenciam de forma significativa o tempo de
internamento nas pessoas idosas internadas por fratura óssea, com e sem
demência.
Como hipóteses para este estudo foram consideradas as seguintes:
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H1 - A média de dias de internamento é maior na pessoa com idade ≥ a 65 anos
internada por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência;
H2 – A média de dias de internamento na pessoa com idade ≥ a 65 anos internada
por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência está associada ao
género;
H3 -. A média de dias de internamento na pessoa com idade ≥ a 65 anos internada
por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência está associada à
idade.
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3. MATERIAL E MÉTODOS
Ao longo deste capítulo estão descritos os procedimentos escolhidos para dar
resposta às questões de investigação, em função dos objetivos delineados,
nomeadamente a constituição da amostra, as características dos instrumentos de
colheita de dados e as técnicas utilizadas no tratamento estatístico dos dados.
Para a realização do estudo solicitou-se a permissão à Escola Nacional de Saúde
Pública para a utilização da Base de Dados das altas hospitalares, criada e gerida pela
ACSS, após se ter informado a Escola Nacional de Saúde Pública dos objetivos deste
trabalho. Os dados foram posteriormente disponibilizados ao orientador deste trabalho.
A base de dados consiste na codificação segundo a CID-9-MC dos episódios de
internamento e de ambulatório dos hospitais, permitindo uma análise da produção
hospitalar e a sua complexidade clínica (medida pelo índice de casemix). Com estes
dados pode-se ainda calcular o financiamento dos hospitais, bem como serem
utilizados em estudos epidemiológicos e de investigação (ACSS, 2015).
Para tal, é necessário registar dados administrativos (número de doente, data de
nascimento, distrito/concelho/freguesia de residência, número de episódio, datas de
entrada e de saída, Serviço, destino após alta, etc.) e dados clínicos (causas externas,
diagnóstico principal e diagnósticos secundários, procedimentos e morfologias
codificadas pela CID-9-MC) (ACSS, 2015).
Os dados utilizados neste estudo foram então retirados dos Resumos de Alta
Hospitalar, contidos na Base de Dados da ACSS, última versão, com uso do
agrupador APR31, relativos aos episódios de internamento, com data de alta
compreendida entre 1 de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2013, contendo
características como sexo e idade, código de fratura óssea como diagnóstico principal,
código de demência como diagnóstico secundário, número de dias de internamento.
Importa referir que, e de acordo com o que vem descrito no Portal da Codificação dos
GDH, o diagnóstico principal “designa-se e define-se como aquele que, depois do
estudo do doente, é considerado responsável pela admissão do doente no hospital,
para tratamento”. Não tem necessariamente a ver com o motivo de internamento mas
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é um conceito relacionado com o agrupamento num determinado GDH, que leva à
inclusão de cada episódio de internamento numa determinada Grande Categoria
Diagnóstica.
O diagnóstico secundário corresponde a “qualquer diagnóstico atribuído a um doente
num determinado episódio de cuidados para além do diagnóstico principal” (Portal da
Codificação dos GDH). Representam problemas associados ao diagnóstico principal e
que podem implicar o aumento no consumo de recursos.
Os termos “doentes”, “utentes”, “pessoas”, “episódios” e “casos” são utilizados neste
estudo como sinónimos de “episódios de internamento”.
Considerou-se como variáveis independentes a idade, o sexo e o diagnóstico, e como
variável dependente o tempo de internamento.
Tabela 6: Operacionalização das variáveis
Variáveis Tipo Valores
Género Nominal Masculino/Feminino
Idade Quantitativa, numérica contínua, agrupada em
classes
[65-69]; [70-74]; [75-79]; [80-84]; [85-89]; [90-94]; [95-99]; ≥ 100
Diagnóstico de Demência
Qualitativa, nominal dicotómica Sim/Não
Dias de Internamento
Quantitativa, numérica contínua ≥ 1
Com base na CID-9 – MC selecionaram-se os códigos correspondentes a todas as
designações de fraturas ósseas (incluindo as fraturas patológicas e fraturas de stress)
bem como os códigos correspondentes a demência, classificados quer como doenças
mentais quer como doenças do sistema nervoso. Nos casos das demências
secundárias a outros estados físicos gerais selecionaram-se apenas os códigos da
CID-9 – MC referentes à doença de Parkinson e doença de Pick (anexos I e II).
Excluíram-se os episódios identificados como “sexo indefinido”. As classes etárias
foram agrupadas em intervalos de 5 anos.
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A contagem do tempo de internamento (variável dependente) estava disponível na
base de dados, tendo sido considerados apenas os episódios em que as pessoas
tiveram alta hospitalar.
A amostra estudada neste estudo foi constituída por pessoas do sexo masculino e
feminino, com idade igual ou superior a 65 anos internadas em Portugal e que tiveram
alta no período de tempo compreendido entre 1 de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro
de 2013, com o diagnóstico principal de fratura óssea (códigos CID 9 – MC em anexo
I), sendo identificados um total de 21.269 pessoas. Destas, 2117 tinham como
diagnóstico secundário demência (códigos CID 9 – MC anexo II)
Recorreu-se ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão
20, para organização e análise estatística dos dados.
Inicialmente realizou-se a análise estatística descritiva dos dados, nomeadamente,
estimativa das frequências absolutas e relativas, cálculo de medidas de tendência
central (média) e medidas de dispersão (desvio padrão (DP), valor mínimo e valor
máximo) dos valores das variáveis em estudo.
Para avaliar a distribuição da variável dependente, número de dias de internamento, e
a possibilidade de utilizar testes paramétricos, recorreu-se ao teste de Kolmogorov-
Smirnov, uma vez que o tamanho da amostra é superior a 30 (Tabela 7).
Tabela 7: Teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliação da aderência à normalidade da variável dependente, dias de internamento, segundo o diagnóstico secundário de demência.
Diagnóstico Secundário de Demência Estatística P (<0,001)
Sim 0,193 0,000
Não 0,222 0,000
Pela análise da Tabela 7, constatou-se que a distribuição dos valores daquela variável
não segue uma distribuição normal (KS=0,193; p<0,001). Contudo, tendo em conta o
tamanho considerável da amostra (n=21.269), e com base no pressuposto do
Teorema do Limite Central, que afirma que à medida que o tamanho da amostra
aumenta, a distribuição amostral da sua média aproxima-se cada vez mais de uma
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distribuição normal permitindo a utilização de testes paramétricos (Marôco, 2014),
recorreu-se ao teste t de Student para duas amostras independentes e Análise de
Variância (ANOVA) para analisar a relação entre as variáveis em estudo.
O teste t de Student para duas amostras independentes é um teste paramétrico
utilizado para testar se existem diferenças estatisticamente significativas entre as
médias de duas populações. Para isso, é necessário que a variável dependente seja
quantitativa e a independente qualitativa. A ANOVA é um teste paramétrico para
comparação de médias de duas ou mais populações aleatórias e independentes
recorrendo à análise de variância. Para isso é necessário que a variável dependente
seja quantitativa e a independente qualitativa. Os pressupostos dos dois testes são
idênticos, nomeadamente, a aleatoriedade das amostras e a distribuição normal e
variâncias homogéneas da variável dependente (Marôco, 2014).
Após a análise inferencial univariada concluiu-se que as variáveis sexo, idade e
diagnóstico secundário demência estavam relacionadas significativamente com o
número de dias de internamento. Como tal, recorreu-se à análise multivariada, através
da construção de um modelo de regressão linear para determinar preditores
independentes dos dias de internamento dos doentes com diagnóstico de fratura
óssea, incluindo no modelo as variáveis anteriormente referidas.
Os modelos de regressão permitem modelar relações entre as variáveis e predizer o
valor de uma variável dependente a partir de um conjunto de variáveis independentes
(ou preditoras). No caso da regressão linear, a relação entre a variável dependente e
as variáveis independentes é uma reta (Marôco, 2014). Para certificar a validade do
modelo é necessário que assuma os seguintes pressupostos (Marôco, 2014):
• Os erros devem ser independentes, de média nula e variância constante;
• Os erros devem ter distribuição normal;
• Os erros são independentes, variáveis explicativas não são correlacionadas
(ausência de multicolineariedade entre as variáveis explicativas) (
No presente estudo, os pressupostos de aplicação do modelo de regressão linear não
foram totalmente cumpridos, pelo que os resultados do modelo devem ser aplicados
com precaução.
Quanto ao pressuposto da independência, este foi validado com recurso à estatística
de Durbin-Watson (d=1,897) como descrito em Marôco (2014). Como este valor se
encontra no intervalo dado por [dU; 4-dU[, admite-se que não existe autocorrelação
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entre os resíduos. Podemos, pois, admitir que os erros são independentes, ou seja,
que se verifica o pressuposto da independência.
Quanto ao pressuposto da distribuição normal, verificou-se através do teste de
Kolmogorov-Smirnov dos resíduos não estandardizados, que não se pode assumir a
condição de normalidade (KS=0,204; p<0,001). Utilizou-se o VIF para diagnosticar a
multicolinearidade, não se tendo observado uma elevada colinearidade entre as
variáveis independentes (VIF’s pequenos e tolerâncias muito acima de 0,1).
Em todas as análises considerou-se uma probabilidade de erro tipo I (α) de 0.05.
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4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
A amostra é constituída por 21.269 casos com idade igual ou superior a 65 anos
internadas em Portugal com alta hospitalar no período de tempo compreendido entre 1
de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2013, com o diagnóstico principal de fratura
óssea.
A amostra apresenta uma idade média de 80,05 anos (DP=7,92), sendo a maioria do
sexo feminino (n=15.389; 72,4%).
Da análise da Tabela 8, referente à distribuição dos casos por região de internamento,
verifica-se que a maioria dos internamentos registaram-se na região de Lisboa e Vale
do Tejo (LVT) (n=7.162; 33,8%), seguida da região Norte (n=7.028; 33,2%) e Centro
(n=4.710; 22,2%).
Tabela 8: Distribuição da amostra segundo a região de internamento (n=21.269).
Região n %
Norte 7.028 33,2
Centro 4.710 22,2
LVT 7.162 33,8
Alentejo 1.227 5,8
Algarve 1.039 4,9
Açores 4 0,0
Madeira 1 0,0
Total 21.171 100,0
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Ao analisarmos a Tabela 9, que compara as regiões umas com as outras, verifica-se
que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dias de internamento
consoante a região (F17,894; p<0,001).
Tabela 9: Resultados da comparação das médias (ANOVA) dos dias de internamento em função da Região
Região n �� DP F P (0,001)
Dias de Internamento
Norte
Centro
LVT
Alentejo
Algarve
Total
7.028
4.710
7.162
1.227
1.039
21.166
11,46
12,12
12,67
12,23
15,50
12,26
11,33
11,73
20,83
10,55
12,24
15,32
17,894 0,000
Para se determinar em que regiões existem diferenças estatisticamente significativas
na média de dias de internamento, procedeu-se à comparação múltipla de médias
recorrendo-se ao teste post hoc de Scheffé. Os resultados apresentados (Gráfico 1)
mostram que apenas há diferenças estatisticamente significativas entre as regiões do
Norte e LVT.
Gráfico 1 – Representação gráfica do teste pos-hoc de Sheffé relativamente ao tempo médio de dias de internamento consoante o grupo etário
* p<0.05 Teste Pos-hoc Scheffé
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No que respeita a episódios de internamento por fratura óssea como diagnóstico
principal e com diagnóstico secundário de demência, verificou-se que apenas 10% da
amostra (n=2.117) corresponde a esta condição (Tabela 10).
Tabela 10: Distribuição da amostra segundo o diagnóstico secundário de demência.
Demência n %
Sim 2.117 10,0
Não 19.152 90,0
Total 21.269 100,0
Quando analisamos a distribuição da amostra segundo o género e diagnóstico
secundário de demência verificou-se que os homens internados com fratura óssea
eram cerca de 27,6% do total da amostra, e 2,5% tinham diagnostico secundário de
demência. Relativamente às mulheres, representavam 72,4% da amostra e 7,4%
tinham diagnóstico secundário de demência (Tabela 11).
Tabela 11: Distribuição da amostra segundo o género e o diagnóstico secundário de demência.
Com Demência Total
n (% no total) n (% no total)
Sexo Masculino 534 (2,5) 5.880 (27,6)
Feminino 1.583 (7,4) 15.389 (72,4)
Total 2.117 (9,9) 21.269 (100,0)
Quando analisamos os dados das pessoas internadas com diagnóstico principal de
fratura óssea e diagnóstico secundário de demência segundo o género (n=2.117),
verificamos que a sua maioria são mulheres (74,78%) (Tabela 12).
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Tabela 12: Distribuição segundo o género nas pessoas com diagnóstico secundário de demência.
Sexo n (%)
Com Demência Masculino 534 (25,22)
Feminino 1.583 (74,78)
Na Tabela 13, a variável Dias de Internamento é analisada segundo as características
sociodemográficas da amostra e o diagnóstico secundário de demência.
Tabela 13: Dias de internamento segundo as características sociodemográficas da amostra e o diagnóstico secundário de demência.
Com demência Sem Demência
�� (DP) �� (DP)
Sexo Masculino 13,44 (12,37) 12,54 (18,89)
Feminino 13,68 (15,10) 11,92 (13,81)
Grupo Etário
65-69 10,43 (9,67) 9,97 (12,45)
70-74 12,37 (11,10) 10,63 (13,36)
75-79 12,26 (10,23) 12,18 (23,75)
80-84 13,77 (14,42) 12,87 (12,48)
85-89 15,47 (19,47) 13,43 (12,91)
90-94 12,87 (9,31) 12,88 (12,39)
95-99 13,69 (9,47) 12,00 (10,34)
≥100 11,00 (4,08) 9,62 (7,36)
Região
Norte 13,62 (12,19) 11,22 (11,20)
Centro 12,06 (10,39) 12,13 (11,80)
LVT 13,87 (16,95) 12,50 (21,34)
Alentejo 11,65 (10,61) 12,31 (10,54)
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Algarve 18,20 (17,13) 15,21 (11,55)
Açores - 6,75 (4,86)
Madeira - 19,00 (-)
Pode-se constatar que a média de dias de internamento nos homens com demência é
de 13,44 com DP=12,37 e sem demência de 12,54 dias (DP=18,89), não sendo esta
diferença estatisticamente significativa (t=-1,075; p>0,05. Relativamente às mulheres,
observa-se que a média de dias de internamento nas mulheres com demência é de
13,68 dias (DP=15,10) e sem demência desce para 11,92 dias (DP=13,81), sendo esta
diferença estatisticamente significativa (t=-4,775; p<0,001).
Relativamente ao grupo etário em ambos os grupos (com e sem demência) parece
existir um aumento do número de dias de internamento até aos 90 anos e,
posteriormente, observa-se uma tendência para internamentos menos prolongados.
Constata-se que os idosos com demência com idades entre os 65-69 anos têm a
média de dias de internamento menor, sendo de 10,43 dias (DP=9,67), entre os 85-89
anos a média é de 15,47 dias (DP=19,47) e os idosos com idade superior a 100 anos
apresentam uma média de 11,00 dias (DP=4,08).
Quanto à região de saúde onde se registaram os internamentos, verifica-se ser no
Algarve que se observa uma média de dias de internamento superior nos idosos com
demência, com uma média de 18,20 dias (DP=17,13), enquanto no Alentejo se verifica
uma média de 11,65 dias de internamento (DP=10,61), situando-se assim no extremo
oposto. Quanto aos idosos sem diagnóstico secundário de demência verifica-se que o
Algarve se mantém como região com maior média de dias de internamento, com 15,21
dias (DP=11,55), enquanto neste caso é nos Açores que se verifica uma média inferior
de dias de internamento, com uma média de 6,75 dias de internamento (DP=4,86).
Por forma a examinar como se relacionam as variáveis em estudo, foi feita uma
análise de estatística inferencial univariada e multivariada, procurando verificar se a
idade e o sexo teriam influência no tempo de internamento.
Analisando a Tabela 14, alusiva à aplicação do teste t de Student para comparação
das diferenças de médias de dias de internamento entre homens e mulheres, verificou-
se existirem diferenças estatisticamente significativas (t=1,972; p<0,05). Mais
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concretamente, verifica-se que os homens têm uma média de dias de internamento
superior (��=12,62; s=18,40) ao das mulheres (��=12,10; s=13,96).
Tabela 14: Resultados da análise da relação entre os dias de internamento e o sexo através do teste t de Student (n=21.269).
Sexo �� s t p (<0,05)
Dias de Internamento
Masculino
Feminino
12,62
12,10
18,40
13,96 1,972 0,049
Para se verificar a influência da idade no número de dias de internamento (Tabela 15),
esta variável foi dividida nos oito grupos previamente descritos.
Tabela 15: Resultados da comparação de médias (ANOVA) dos dias de internamento em função do grupo etário.
Grupo Etário n �� s F P (0,001)
Dias de Internamento
65-69
70-74
75-79*
80-84*
85-89*
90-94*
95-99
≥100
2631
3077
3930
4959
4163
1991
451
67
9,98
10,72
12,19
12,99
13,71
12,88
12,14
9,70
12,38
13,25
22,86
12,75
14,10
12,01
10,27
7,19
20,588 0,000
Ao analisar-se a Tabela 15, que apresenta os resultados do teste ANOVA One-way,
constata-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dias de
internamento consoante a idade dos indivíduos (F=20,588; p<0,001), entre pelo menos
dois grupos etários. Os testes de robustez, Welch e Brown-Forsythe corroboram o
facto de existir diferença estatisticamente significativa para os dias de internamento
consoante a idade (p<0,001).
Para determinar entre que grupos etários existem diferenças estatisticamente
significativas na média de dias de internamento, recorreu-se ao teste de Scheffé. Os
resultados representados através do Gráfico 2 evidenciaram diferenças significativas
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que se estabelecem da seguinte forma: os dois grupos etários mais baixos (65-69 e
70-74) possuem uma média de dias mais baixa do que os quatro grupos etários que
se lhes seguem (entre os 75 e os 90 anos). Ou seja, entre os dois grupos etários mais
jovens e os dois grupos etários mais idosos (95-99 e ≥100) não existem diferenças
estatisticamente significativas no número médio de dias de internamento por fratura
óssea, apesar de a média de dias de internamento do grupo entre os 95-99 ser
superior aos outros três (cerca de 2 dias).
Entre os quatro grupos etários intermédios (75-79, 80-84, 85-89 e 90-94), apenas se
verifica diferença estatisticamente significativa ente o grupo dos 75-79 anos – o que
possui a menor média entre estes, de 12,2 dias – e o grupo dos 85-89 anos – o que
possui a maior média, de 13,7dias de internamento.
Gráfico 2 – Representação gráfica do teste pos-hoc de Sheffé relativamente ao tempo médio de dias de internamento consoante o grupo etário
* p<0.05 Teste Pos-hoc Scheffé
Observando a Tabela 16, relativa à aplicação do teste t de Student para comparação
das diferenças de médias de dias de internamento entre indivíduos com diagnóstico
secundário de demência ou não, verifica-se que existem diferenças estatisticamente
significativas (t=-4,366; p<0,001). Da leitura das médias constata-se que os indivíduos
com fratura óssea e diagnóstico secundário de demência têm internamentos mais
prolongados (��=13,62 dias; s=15,40) do que aqueles com fratura óssea mas sem
diagnóstico secundário de demência (��=12,09 dias; s=14,46).
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Tabela 16: Resultados da análise da relação entre os dias de internamento e o diagnóstico secundário de demência através do teste t de Student (n=21.269).
Diagnóstico Secundário de Demência
�� S t p (0,001)
Dias de Internamento
Sim
Não
13,62
12,09
15,40
14,46 -
4,366 0,000
Após a análise univariada dos dados conclui-se que as variáveis sexo, idade e
diagnóstico secundário de demência têm relação com a variável “dias de
internamento”. Por forma a perceber se as variáveis sexo, idade e diagnóstico
secundário de demência são preditivas do tempo de internamento, recorreu-se a um
modelo de regressão linear.
Através da regressão linear múltipla foi possível identificar que as variáveis sexo (β=-
0,819; t=-3,474; p<0,005), idade (β=0,132; t=0,068; p<0,001) e diagnóstico secundário
de demência (β=1,152; t=3,272; p<0,005) são preditoras com expressão estatística
significativa dos dias de internamento. O modelo final ajustado é então:
“Dias de internamento= 2,149 - (0,819*Sexo Feminino) + (0,132*Idade) +
(1,152*Diagnóstico Secundário de Demência)”.
Isto significa que, em média, o número de dias de internamento é de menos 0,819 dias
nas mulheres comparativamente aos homens, para a mesma idade e diagnóstico
secundário de demência. Em média, o número de dias de internamento aumenta
0,132 dias por cada ano de idade e aumenta 1,152 dias na presença de diagnóstico
secundário de demência.
Pela análise dos valores absolutos dos coeficientes beta (β), conclui-se que a idade
apresenta maior contribuição relativa do que o sexo ou o diagnóstico secundário de
demência.
Este modelo é significativo, embora explique apenas uma pequena parte da
variabilidade dos dias de internamento (F=40,492; p<0,001; Ra2=0,006).
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Tabela 17: Modelo de regressão linear preditor dos dias de internamento.
Modelo Coeficientes Beta (β) t p (0,001)
Constante 2,149 2,012 0,044
Sexo -0,819 -3,474 0,001
Idade 0,132 9,848 0,000
Diagnóstico Secundário de Demência 1,152 3,272 0,001
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5. DISCUSSÃO
5.1. LIMITAÇÕES
A fonte de dados utilizada (que contém a informação dos resumos de alta do Serviço
Nacional de Saúde) inclui dados administrativos (número de doente, data de
nascimento, distrito/concelho/freguesia de residência, número de episódio, datas de
entrada e de saída, Serviço, destino após alta, etc.) e dados clínicos (causas externas,
diagnóstico principal e diagnósticos secundários, procedimentos e morfologias
codificadas pela CID-9-MC).
Os resumos de alta apresentam diversas vantagens, contudo há aspetos que podem
interferir na qualidade dos dados, como: insuficiente informação nos resumos de alta,
erro humano, erros intencionais, natureza retrospetiva de codificação, complicações e
comorbilidades associadas ao internamento, diferentes formas de codificação entre
hospitais e codificadores (Amaro, 2012).
O diagnóstico de demência é algo complexo pois fica dependente do exame clínico e
validação por exames de diagnóstico. É ainda algo pouco sensível a alguns
profissionais de saúde e que apesar da sua elevada morbilidade, não é causa direta
de morte o que aumenta a sua baixa identificação como patologia. Admite-se assim
como limitação do estudo a baixa codificação de demência como diagnóstico
secundário.
Devido à enorme quantidade de dados disponibilizados nos resumos de alta hospitalar
constantes da base de dados da ACSS, foram consideradas apenas as variáveis sexo
e idade como possíveis de influenciar os resultados do desenho do estudo.
5.2. DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Na amostra deste estudo verificou-se que 10% das pessoas internadas por fratura
óssea tinham como diagnóstico secundário demência. Estes valores são superiores
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aos da amostra do estudo de Mariano et al. (2013), no qual e média de idade era de
67 ± 22 anos e as mulheres representavam 64% da amostra.
Mariano et al. (2013) procuraram, entre outras hipóteses, estudar a relação entre as
comorbilidades psiquiátricas (depressão, ansiedade, demência e esquizofrenia) e a
duração do tempo de internamento de pessoas internadas com fraturas ósseas dos
membros inferiores entre os anos de 1990 e 2005 nos EUA (n=10.669.449 pessoas).
Do total da população avaliada, verificaram que 2,9% tinham demência.
Contudo, o valor achado neste estudo é inferior aos dos estudos de Voisin et al.
(2010), de Kirsebom et al. (2014) e de Wang et al (2014) com 20,9%, 25% e 15,25%
de pessoas internadas por fratura óssea e demência, respetivamente.
Voisin et al (2012) realizaram um estudo para determinar os fatores preditivos para a
hospitalização de pessoas com doença de Alzheimer em França, realizando um follow
up durante 2 anos a 686 indivíduos com doença de Alzheimer. Neste estudo observou-
se que a principal razão de admissão hospitalar foram as fraturas ósseas e quedas
sem fratura óssea, representando 20,9% da amostra.
O estudo de Kirsebom et al (2014) foi realizado na Suécia e procurou saber qual o
principal motivo de encaminhamento de idosos dos lares para os Serviços de Urgência
e concluiu que as causas mais frequentes foram as quedas e as fraturas ósseas,
representando 25% da amostra, e destes, 38% necessitaram de ficar internados.
O estudo de base populacional de Wang et al (2014) realizado em Taiwan com dados
retirados na base de dados do seguro nacional de saúde, referentes a um período de
três anos, onde foram incluídas pessoas com idade ≥ 60 anos com diagnóstico de
demência, internadas em hospitais a receber tratamento ou a receber pela primeira
vez tratamento em ambulatório. Durante este período de tempo, 264 pessoas com
diagnóstico de demência tiveram uma fratura óssea, (15,25%) enquanto naqueles sem
demência e que sofreram fratura óssea, o valor foi de 12,61%.
Contudo, o valor de 10% das pessoas internadas por fratura óssea tinham como
diagnóstico secundário demência encontrado neste estudo aproxima-se muito dos
19,2% (p<0,05) encontrados na meta-análise de Seitz et al. (2011). Esta meta-análise
procurou saber qual a prevalência da demência nas pessoas internadas com fratura
óssea da anca, admitidas quer a partir de cuidados continuados de longa duração quer
a partir do domicílio. O autor refere ainda que a prevalência de fratura óssea da anca
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em pessoas com demência em hospitais de cuidados agudos é de 15,2% (p<0,05)
(Seitz et al., 2011).
Os resultados mostram que a duração do internamento por fratura óssea, na presença
de diagnóstico secundário de demência nas pessoas internadas com idade ≥ a 65
anos é maior do que nas pessoas internadas pela mesma causa mas sem diagnóstico
secundário de demência, passando de uma duração média de 12,09 dias para 13,62
dias, um aumento que corresponde a cerca 11,23%. Verifica-se assim um aumento do
tempo de internamento nas pessoas com demência, neste caso internadas por fratura
óssea, o que corrobora os resultados de estudos anteriores (King et al, 2006; Hu et al,
2012; Mariano et al, 2013; Kim et al, 2012).
O estudo de King et al. (2006) realizado na Austrália em pessoas com idade ≥ a 65
anos procurou determinar os factores que contribuem para o aumento do tempo de
internamento nas pessoas com demência. Os seus resultados revelam que a média de
dias de internamento nas pessoas com demência foi de 20,6 ± 15,38 dias, comparado
com 9,6 ± 6,45 dias naqueles sem demência (p=0,02) (King et al, 2006). Os autores
põem como ressalva que os diagnósticos de demência podem não estar certos porque
o transtorno cognitivo ligeiro pode estar codificado como demência, bem como o
diagnóstico de demência pode não estar identificado como diagnóstico principal.
O estudo coorte retrospetivo de Hu et al. (2012) realizado na Tailândia comparou
18.923 pessoas com diagnóstico prévio de demência com 75.692 pessoas sem
demência (grupo de controlo), todas com idade ≥ a 60 anos, submetidas a uma grande
cirurgia no período de 2004 a 2007. Como critério para grande cirurgia o autor definiu
como cirurgias em que fosse necessária anestesia geral ou epidural, com tempo de
hospitalização superior a um dia. A média de tempo de internamento nas pessoas com
demência foi de 21,2 ± 28,2 dias e no grupo de controlo 14,7 ± 18,5 dias, com
p<0,0001 (Hu et al, 2012).
O valor do aumento do tempo de duração do internamento observado neste estudo é
inferior ao referido por Mariano et al (2013), em que para as pessoas internadas com
fraturas ósseas dos membros inferiores e com diagnóstico de demência, a duração do
tempo de internamento era de 7,9 ± 7,1 dias, enquanto nas pessoas sem demência
internadas pelo mesmo motivo era de 7,3 ± 8,3 dias. Contudo, o limite temporal em
estudo é diferente (realizado entre 1990 e 2007), tendo englobado apenas as fraturas
ósseas dos membros inferiores.
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Kim et al. (2012) comparou o tempo de internamento de pessoas internadas por
doenças neurológicas geriátricas em seis grupos hospitalares, na Coreia do Sul, no
período entre 2003 e 2007, considerando como tempo de internamento a soma do
total de dias de hospitalização por ano. No grupo de 19 doenças estudadas,
encontrava-se entre outras, a demência. Verificou que para o grupo de pessoas com
idade ≥ 65 anos e com demência, a duração média de tempo de internamento
aumentou, passando de 107,6 dias em 2003 para 118,2 dias em 2007 (a média da
amostra era de 40,8 dias em 2003 e de 71,2 dias em 2007), sendo de todas a doença
com maior duração de tempo de internamento (Kim et al., 2012).
Do estudo verifica-se que o número de mulheres internadas com fratura óssea como
diagnóstico principal e demência como diagnóstico secundário é superior ao dos
homens (n=1.583), representando 74,78% dos episódios. Estes valores são em tudo
semelhantes aos encontrados por Mariano et al., (2013), em que as mulheres com
fratura dos membros inferiores e com demência correspondiam a 79% dos casos. No
estudo de Wang et al., (2014) essa diferença é menor uma vez que as mulheres
representavam 52,34% da amostra enquanto os homens 47,66%.
Contudo, a amostra no estudo de Hu et al., (2012) tinha 52,7% de casos do sexo
masculino e 47,3% do sexo feminino.
Através da análise descritiva e do modelo de regressão linear utilizados neste estudo
foi possível concluir que tanto o sexo, como a idade dos doentes, influenciam o tempo
de internamento.
Na faixa etária mais jovem (65-69 anos) verificou-se o menor tempo de internamento,
e este tempo aumenta numa razão de 0,132 dias por cada ano de idade, atingindo o
seu valor mais elevado no grupo etário 85-89.
Para além do limite temporal, a diferença nos motivos principais dos internamentos
dos estudos apontados podem explicar esta diferença nos resultados.
O aumento dos dias de internamento em pessoas com idade ≥ 65 anos é corroborado
pelo estudo longitudinal de base populacional realizado num hospital ortopédico na
Austrália por Williams et al. (2013). Neste estudo, os autores procuraram saber se
tinha havido alteração na duração do tempo de internamento nas pessoas com idade ≥
a 65 anos com o diagnóstico de fratura do colo do fémur ou fratura pertrocantérica, no
período compreendido entre Janeiro de 2002 e Dezembro de 2011. Os autores
concluíram que a média de idades da amostra era de 83,5 ± 7,1 anos e na sua maioria
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do sexo feminino (73,7%), dados muito semelhantes ao deste estudo, em que a
amostra é constituída maioritariamente por mulheres (72,4%) e apresenta uma média
de idade de 80,05 anos.
Este facto deve-se maioritariamente a comorbilidades associadas ao aumento da
idade, que se traduzem em complicações durante o período de internamento
aumentando assim a duração do mesmo. Diversos autores chegaram a conclusões
idênticas (Hu et al., 2012; Kua et al., 2014; Bail et al., 2015), apontando diversos
fatores que podem estar na origem dessa variabilidade, como a presença de doenças
cérebro e cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão arterial (Hu et al, 2012;
Zuliani et al, 2012; Kua et al, 2014; McCloskey et al, 2014; Wang et al, 2014), doença
coronária (Zuliani et al, 2012), doenças do trato urinário (Zuliani et al, 2012; Bail et al,
2015), pneumonia (Kua et al, 2014; Bail et al, 2015), doença pulmonar obstrutiva
crónica (Hu et al, 2012; McCloskey et al, 2014) doença oncológica (Kua et al, 2014),
diabetes Mellitus (Hu et al, 2012; Kua et al, 2014; McCloskey et al, 2014; Wang et al,
2014), úlceras de pressão (Bail et al, 2015).
Apesar das várias comorbilidades associadas ao envelhecimento e presentes nas
pessoas com demência, o estudo de Wang et al (2014) demonstrou o que já vários
estudos tinham comprovado, que existe uma relação entre demência e quedas, uma
vez que existem alterações dopaminérgicas que afetam as funções motoras,
associadas a um défice de vitamina D, ela própria um indicador de maior fragilidade
óssea para a ocorrência de fraturas ósseas.
No estudo de Wang et al (2014), após ter sido feito o ajustamento ao sexo, idade e
presença de comorbilidades, os autores concluíram que a probabilidade de ocorrência
de fratura óssea é superior 1,34 vezes nas pessoas com demência. Ainda assim, os
resultados demostraram que “há uma associação significativa entre demência e o risco
de fratura da anca, especialmente naqueles com doença de Alzheimer, sendo este
risco maior para os que têm osteoporose. Contudo, não encontramos associação
significativa entre demência e risco para fratura de pulso ou fratura da coluna
vertebral, mesmo naqueles com osteoporose” (Wang et al, 2014, p.4).
Pelo estudo efetuado, é evidente que a presença de demência é um fator que pode
levar ao aumento dos dias de internamento, fato verificado em trabalhos anteriores
(Singh et al, 2013; Bail et al, 2015). O estudo de Bail et al (2015) procurou comparar
os custos associados aos internamentos das pessoas com e sem demência, sabendo
que estas apresentam taxas superiores de complicações adquiridas no hospital. A
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amostra era constituída por pessoas com idade ≥ 50 anos internadas entre 2006 e
2007 em New South Wales (Austrália). No seu estudo, Bail et al (2015) verificaram que
a média de dias de internamento nas pessoas com diagnóstico de demência foi de
10,9 dias, valor 3,5 dias superior aos que não tinham demência devido a
complicações.
A influência das comorbilidades associadas à demência com efeito no aumento da
duração do internamento pode ser modificada se forem organizadas enfermarias
vocacionadas para estas pessoas, com modelos de atuação geriátricos, diminuindo
assim os fatores de risco para eventos adversos e com equipas multidisciplinares
vocacionadas e experientes nesta área (Bail et al, 2015). Desta forma, diminuem-se
não só os tempos de internamento mas também os custos a eles associados.
Singh et al (2013) defende ainda a existência de um médico Psiquiatra que funcione
como elemento de ligação nas enfermarias de ortopedia, por forma a identificar
precocemente alterações decorrentes do quadro demencial e intervir de forma
adequada, estando comprovada a efectividade na redução do tempo de internamento,
reinternamentos (em cerca de 65%) e consequente diminuição dos custos (Singh et al,
2013). Segundo estes autores “melhorar a taxa de diagnóstico precoce é fundamental
para um tratamento eficaz atempado” (Singh et al, 2013). Este modelo de intervenção
deverá ser alargado quer aos Cuidados de Saúde Primários quer à gestão da doença
crónica, disponibilizando uma melhor resposta às necessidades da pessoa com
demência e sua família (Singh et al, 2013).
A comparação destes resultados com os de outros estudos pode estar condicionada
por neles se terem considerado outras variáveis para além do sexo e da idade, bem
como haver outras características dos doentes e também diferentes práticas clinicas
entre os países.
Este estudo não tinha como objetivo identificar fatores relacionados com a duração do
tempo de internamento em pessoas com idade ≥ a 65 anos, mas sim verificar se a
existência de demência ou não como diagnóstico secundário tinha relação com o
tempo de internamento. Para melhor comparar os resultados encontrados com os
estudos existentes será necessário desenvolver uma investigação adicional que
permita validar e aprofundar os valores apresentados.
Por fim, ficam algumas questões por responder, uma vez que a observação de um
aumento médio de 1,152 dias em cada episódio de internamento não tem grande
expressão ao nível da eficiência hospitalar.
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Será que existe uma boa articulação entre os internamentos de ortopedia e a rede de
cuidados no exterior (cuidados continuados)? Haverá boa resposta dos centros de
fisioterapia e apoio domiciliário no exterior que permitam às famílias levarem o seu
familiar ainda mais dependente nas AVD para o lar? Poderá ainda suceder que
passado o tempo necessário de vigilância pós operatória, mantendo o doente
necessidades de internamento (sobretudo a nível de resposta social) este é transferido
para outro serviço, acabando por não ser codificada a fratura óssea como diagnóstico
principal. Se bem que um GDH cirúrgico apresente um maior peso relativo, ao fim de
um considerável tempo de internamento, digamos que num serviço de Medicina ou
num serviço de Cuidados Intensivos, o diagnóstico principal poderá não ser mais o de
fratura óssea.
Todas estas questões sugerem a necessidade de investigação adicional nestas
vertentes.
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6. CONCLUSÕES
O presente trabalho teve como principal objetivo verificar se a demência como
diagnóstico secundário nos doentes internados por fratura óssea tem impacte no
tempo de internamento. Procurou-se também apurar se existia relação direta desse
impacte com o género e com a idade dos doentes.
Como hipóteses de investigação foram consideradas as seguintes:
H1 - A média de dias de internamento é maior na pessoa com idade ≥ a 65
anos internada por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência;
H2 – A média de dias de internamento na pessoa com idade ≥ a 65 anos
internada por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência está associada
ao género;
H3 - A média de dias de internamento na pessoa com idade ≥ a 65 anos
internada por fratura óssea e com diagnóstico secundário de demência está associada
à idade.
Foi feita uma análise dos episódios de internamento de doentes com idade ≥ 65 anos
com o diagnóstico principal de fratura óssea e diagnóstico secundário de demência,
com data de alta compreendida entre 1 de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de
2013. Para tal, recorreu-se à Base de Dados das altas hospitalares, criada e gerida
pela ACSS.
Foram utilizados os episódios de internamento com códigos da CID-9-MC de fratura
óssea como diagnóstico principal e código de demência como diagnóstico secundário.
Analisaram-se os dados em função adas variáveis género, idade e dias de
internamento.
Para a organização e análise estatística dos dados recorreu-se ao programa SPSS.
Realizou-se uma análise descritiva dos dados e uma análise multivariada, através da
construção de um modelo de regressão linear para verificar a correlação entre as
variáveis, com um nível de significância de pelo menos 5%.
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Verificou-se no presente estudo que a média de dias de internamento nas pessoas
internadas com diagnóstico principal de fratura óssea e diagnóstico secundário de
demência têm internamento mais prolongados em 1,53 dias que aquelas internadas
com o mesmo diagnóstico principal mas sem diagnóstico secundário de demência. Da
aplicação do teste t de Student para comparação dos valores destas médias verificou-
se que há diferenças estatisticamente significativas (t=-4,366; p<0,001), confirmando-
se assim a Hipótese 1 deste estudo.
Realizou-se também uma análise dos dias de internamento segundo o género.
Concluiu-se que a média de dias de internamento nas pessoas internadas por fratura
óssea como diagnóstico principal é superior naquelas com diagnóstico secundário de
demência. Contudo, apena há diferença estatisticamente significativa nas mulheres e
não nos homens. Desta forma, pode-se afirmar que a média de dias de internamento
está associada ao género feminino, assumindo-se como verdadeira a Hipótese 2 deste
estudo.
Em relação à Hipótese 3, que afirmava que a média de dias de internamento na
pessoa com idade ≥ a 65 anos internada por fratura óssea e com diagnóstico
secundário de demência está associada à idade, verificou-se haver um aumento do
número de dias de internamento até aos 90 anos. Nos grupos etários seguintes
observa-se uma tendência para internamentos menos prolongados. Observou-se
ainda que as pessoas na faixa etária mais jovem (65-69 anos) têm média de dias de
internamento menor (10,43 dias), enquanto a média de dias de internamento atinge o
seu pico na faixa etária dos 85-89 anos (15,47 dias). Assim, a Hipótese 2 só se
confirma até aos 90 anos de idade e não para toda a população idosa.
De acordo com os resultados obtidos, realizou-se uma análise univariada e concluiu-
se que as variáveis sexo, idade e diagnóstico secundário de demência têm relação
com a variável dias de internamento.
Através do modelo de regressão linear, confirmou-se que as variáveis sexo, idade e
diagnóstico secundário de demência são preditoras com validade estatisticamente
significativa dos dias de internamento. Pode-se assim afirmar que o número de dias de
internamento é de menos 0,819 dias nas mulheres comparativamente aos homens,
para a mesma idade e diagnóstico secundário de demência, e, em média, aumenta
0,132 dias por cada ano de idade e aumenta 1,152 dias na presença de diagnóstico
secundário de demência.
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Com os resultados obtidos, foi possível aumentar o conhecimento face ao impacte que
a demência tem nos tempos de internamento dos idosos internados por fratura óssea.
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7. RECOMENDAÇÕES
O envelhecimento da população traz consigo o aumento da prevalência de doenças
crónicas, entre elas a demência, que cada vez mais tem uma maior expressão,
tornando-se uma problemática não só do ponto de vista da saúde mas também social,
pois a sobrecarga associada aos cuidados às pessoas com demência é cada vez mais
elevada, existindo ainda poucas estruturas que deem resposta adequada às
necessidades e a todos aqueles que precisam.
Pela revisão da literatura verificou-se que ocorrem alterações degenerativas próprias
do processo de envelhecimento, daí que os idosos apresentem uma maior prevalência
de quedas, tendo como principal consequência fraturas ósseas. As fraturas ósseas em
idosos são algo que traz complicações a longo prazo, não só porque os procedimentos
cirúrgicos são algo complexos e com riscos associados (havendo mesmo uma elevada
taxa de mortalidade) mas também do ponto de vista da reabilitação e da alta hospitalar
as coisas não são lineares. Os idosos demoram mais tempo a recuperar a mobilidade
fruto da degeneração óssea própria do envelhecimento, bem como por força de outras
comorbilidades já têm consigo algum grau de dependência nalgumas AVD, ficando
ainda mais dependentes após um evento de cariz ortopédico. Se a isto
acrescentarmos um quadro demencial, em que as funções cognitivas bem como as
motoras estão afetadas, todo o processo de recuperação fica dificultado.
A demência é uma doença avassaladora quer para o doente quer para a família e/ou
cuidadores, causando elevados graus de incapacidade e de dependência à medida
que a doença progride. Existe um grande desconhecimento face à demência, seu
curso e consequências, surgindo algum estigma a ela associado, dificuldades no
diagnóstico e pouco apoio aos familiares, quer a nível social, emocional e económico
(WHO, 2012).
Face a estes dados, é importante existirem cuidados redobrados a estas pessoas,
diminuindo a ocorrência de quedas, que passa por um diagnóstico precoce do quadro
demencial e ensinos à pessoa e família dos potenciais riscos. Os profissionais de
saúde deveriam incluir no seu exame observacional uma avaliação do estado
cognitivo, mental e comportamental dos pacientes idosos, pois uma deteção precoce
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de alguma alteração pode diminuir o risco de fratura óssea, bem como o diagnóstico e
controlo da osteoporose. Segundo Seitz et al. (2011), é necessário implementar
estratégias para prevenir as fraturas ósseas da anca e melhorar os resultados pós
operatórios nas pessoas idosas com demência e fratura óssea da anca.
Todas estas informações são importantes para se desenvolverem intervenções a
montante que permitam diminuir a ocorrência de quedas e consequentes fraturas
ósseas em pessoas com demência, bem como acautelar um correto e precoce
encaminhamento no pós alta. Devem-se pois identificar quais os aspetos específicos
dos diferentes tipos de demência que estão associados à ocorrência de quedas e
fraturas ósseas, promovendo assim uma maior especificidade nas intervenções de
prevenção.
Associado ao internamento das pessoas idosas verificou-se em vários estudos que é
uma problemática presente o protelamento de alta destes doentes, seja associado a
comorbilidades pré-existentes seja pela resposta escassa das famílias e comunidade
para o encaminhamento pós-alta, acarretando com isso consumo de recursos. Assim,
o aumento de dias de internamento nestas pessoas quando já não necessitam mais
de cuidados hospitalares é um dos indicadores de ineficiência.
Assistiu-se nas últimas décadas a uma alteração das estruturas e dinâmicas
familiares, deixando de familiares alargadas passando a ser nucleares, sem grande
espaço para os idosos, passando estes a ser integrados em lares ou residências
quando passam para uma situação de dependência (Monteiro, 2914). Segundo a
mesma autora, ainda em muitas situações as unidades hospitalares representam a
única resposta para estas situações, havendo “permanências excessivas nas unidades
hospitalares, causando um impacte negativo não só ao nível da eficiência e
capacidade de resposta a situações agudas, como em termos económicos, e para os
próprios utilizadores, uma vez que permaneciam expostos a focos de infeção e outros
eventos adversos à sua recuperação” (Monteiro, 2014).
Um relatório recente realizado no Reino Unido comparou a sobrecarga económica de
demência quando comparada com outras doenças crónicas. Os custos sociais com a
demência são semelhantes aos das doenças oncológicas, contudo, os fundos gastos
em investigação alocados às doenças oncológicas são cerca de 30 vezes superiores
aos designados à investigação da demência (WHO, 2012).
Com a realização deste trabalho conseguiu-se fazer uma análise dos episódios de
internamento de doentes com idade ≥ 65 anos com o diagnóstico principal de fratura
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óssea e diagnóstico secundário de demência, com data de alta compreendida entre 1
de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2013, dando resposta aos objetivos
propostos.
Dada a inexistência de estudos semelhantes desenvolvidos em Portugal, que
comparem se a existência de demência como diagnóstico secundário influencia o
tempo de internamento, e sendo as fraturas ósseas um grande problema nos idosos,
com consumos de recursos consideráveis e limitações na qualidade de vida das
pessoas, foi este o problema selecionado.
Os resultados encontrados devem ser interpretados tendo em conta uma série de
limitações inerentes aos dados extraídos da base de dados e à análise dos mesmos.
Poderão existir mais episódios de internamento de pessoas internadas com fratura
óssea e com demência associada, em que esta não esteja classificada como
diagnóstico secundário ou não esteja classificada sequer. Contudo, este tipo de
limitação não deve ser um impedimento à comparação deste trabalho com outros
estudos, uma vez que os estes erros de codificação existem com frequência e são
transversais a todos os estudos que utilizem este tipo de bases de dados.
Apesar das limitações, foi possível identificar que fatores como o sexo e a idade, para
além da demência, têm influência sobre a duração do tempo de internamento dos
idosos internados por fratura óssea.
Ainda assim, qualquer resultado obtido com dados relacionados com a prevalência da
demência deve ser considerado com precaução. Como nos diz Mathillas et al (2011),
não se sabe exatamente quais os fatores que influenciam os números, se a
prevalência se mantém constante mesmo que a população idosa aumente, ou se o
aumento da esperança média de vida e maior incidência de fatores de risco aumenta a
prevalência da demência.
Com este trabalho procurou-se conhecer o impacte da demência nos tempos de
internamento dos idosos internados por fratura óssea. Ao concluir este trabalho
reconheço que há ainda muito conhecimento a aprofundar sobre esta temática com
vista a promover uma melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, devendo este
trabalho ser considerado como um princípio e não uma conclusão.
Apesar do exposto, crê-se que o trabalho aqui desenvolvido é relevante, uma vez que
se desconhecem estudos recentes para a população portuguesa sobre esta temática.
Os resultados aqui apresentados devem ser considerados um contributo relevante
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para o conhecimento deste fenómeno e do impacte da demência nos nossos
internamentos, proporcionando assim a adopção de estratégias e medidas adequadas
que representem ganhos em saúde para as populações.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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9. ANEXOS
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Anexo I
Códigos CID 9 – MC para diagnóstico principal de fratura óssea
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Anexo I: Códigos CID 9 – MC para diagnóstico principal de fratura óssea
CÓDIGO DESIGNAÇÃO 7331 Fratura Patológica 73310 Fratura Patológica, Local Não Especificado 73311 Fratura Patológica do Úmero 73312 Fratura Patológica do Radio e do Cubito Distais 73313 Fratura Patológica de Vertebra 73314 Fratura Patológica do Colo do Fémur 73315 Fratura Patológica de parte do Fémur NCOP 73316 Fratura Patológica da Tíbia e do Perónio 73319 Fratura Patológica de Local Especificado NCOP 73393 Fratura de Stress da Tíbia ou do Perónio 73394 Fratura de Stress dos Metatarsianos 73395 Fratura de Stress de Osso Não Classificável em Outra Parte 73396 Fratura de Stress da Cabeça Femoral 73397 Fratura de Stress da Diáfise do Fémur 73398 Fratura de Stress da Bacia 800 Fratura da Abóbada do Crânio 8000 Fratura da Abóbada Craniana Fechada, Sem Menção de Lesão
Intracraniana 80000 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Estado
Consciência Não Especificado 80001 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Sem Perda
Consciência 80002 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Breve
Perda Consciência 80003 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com
Moderada Perda Consciência 80004 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com
Prolongada Perda Consciência 80005 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Sem Voltar
Estado Consciência Pré-Existente 80006 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda
Consciência SOE 80009 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Concussão Não Especificada 8001 Fratura Da Abóbada Craniana, Fechada, Com Lesão Intracraniana 80010 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão,
S/Especificação Estado Consciência 80011 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão,
Sem Perda Consciência 80012 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão,
Com Breve Perda Consciência 80013 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão,
Com Moderada Perda Consciência 80014 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão,
Com Prolongada Perda Consciência
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80015 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão, Sem Voltar Estado Consciência Pré-Existente
80016 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração Cerebral / Contusão, Com Perda Consciência SOE
80019 Fratura Abóbada Crânio, Fechada, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Concussão Não Especificada
8002 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural E Extradural
80020 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Estado Consciência Não Especificado
80021 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Sem Perda de Consciência
80022 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Com Breve Perda Consciência
80023 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Com Moderada Perda Consciência
80024 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Perda Prolongada [>24h] de Consciência
80025 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Perda Prolongada Consciência Sem Recuperação
80026 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Com Perda Consciência, Duração Não Especificada
80029 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural, Extradural, Com Concussão Não Especificada
8003 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP 80030 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Sem
Especificação Estado Consciência 80031 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Sem
Perda Consciência 80032 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Com
Breve Perda Consciência 80033 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Com
Moderada Perda Consciência 80034 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Com
Prolongada Perda Consciência 80035 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Sem
Voltar Estado Consciência Pré-Existente 80036 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, Com
Perda Consciência SOE 80039 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP
ou SOE, Com Concussão Não Especificada 8004 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP ou Não
Especificada 80040 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Especificação Estado Consciência 80041 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Perda Consciência 80042 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Breve Perda Consciência 80043 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Moderada Perda Consciência 80044 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
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Prolongada Perda Consciência 80045 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80046 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Perda Consciência SOE 80049 Fratura Fechada Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP ou
SOE, Com Concussão Não Especificada 8005 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção de Lesão Intracraniana 80050 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Especificação Estado Consciência 80051 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Perda Consciência 80052 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Breve Perda Consciência 80053 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Moderada Perda Consciência 80054 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Prolongada Perda Consciência 80055 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80056 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Perda Consciência SOE 80059 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Concussão Não Especificada 8006 Fratura Exposta Abobada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral 80060 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Sem Especificação Estado Consciência 80061 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Sem Perda Consciência 80062 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Com Breve Perda Consciência 80063 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Com Moderada Perda Consciência 80064 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Com Prolongada Perda Consciência 80065 Fratura Exposta Abóbada Crânio Com Laceração / Contusão Cerebral,
Sem Voltar Consciência Pré-Existente 80066 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Com Perda Consciência, SOE 80069 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral,
Com Concussão Não Especificada 8007 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural e Extradural 80070 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural e Extradural, Sem Especificação Estado Consciência 80071 Fratura Exposta Abóbada, Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural e Extradural, Sem Perda Consciência 80072 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural e Extradural, Com Breve Perda Consciência 80073 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural, Extradural, Com Moderada Perda Consciência. 80074 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
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Subdural, Extradural, Com Prolongada Perda Consciência. 80075 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural, Extradural, Sem Voltar Estado Consciência Pré-Existente 80076 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural, Extradural, Com Perda Consciência SOE 80079 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia,
Subdural, Extradural, Com Concussão Não Especificada 8008 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP 80080 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Sem Especificação Estado Consciência 80081 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Sem Perda Consciência 80082 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Com Breve Perda Consciência 80083 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Com Moderada Perda Consciência 80084 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Com Prolongada Perda Consciência 80085 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Sem Voltar Consciência Pré-Existente 80086 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Com Perda Consciência SOE 80089 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP,
Com Concussão Não Especificada 8009 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP 80090 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Especificação Estado Consciência 80091 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Perda Consciência 80092 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Breve Perda Consciência 80093 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Moderada Perda Consciência 80094 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Prolongada Perda Consciência 80095 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Voltar Estado Consciência Pré-Existente 80096 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Perda Consciência, SOE 80099 Fratura Exposta Abóbada Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP ou
SOE, Com Concussão Não Especificada 801 Fratura da Base do Crânio 8010 Fratura da Base do Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana 80100 Fratura da Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Estado
Consciência Não Especificado 80101 Fratura da Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Sem Perda
De Consciência 80102 Fratura da Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda
Breve [<1h] Consciência 80103 Fratura Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda
Moderada [1-24h] Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
80104 Fratura Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda Prolongada [>24h] Consciência E Recuperação
80105 Fratura Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda Prolongada [>24h] Consciência, Sem Recuperação
80106 Fratura Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Perda Consciência, Duração Não Especificada
80109 Fratura da Base Crânio, Fechada, Sem Lesão Intracraniana, Com Concussão, Não Especificada
8011 Fratura Fechada da Base do Crânio, Com Laceração e Contusão Cerebral 80110 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem
Especificação Estado Consciência 80111 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem
Perda de Consciência 80112 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Perda Breve [<1h] Consciência 80113 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Perda Moderada [1-24h] Consciência 80114 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração /Contusão Cerebral, Com
Perda Prolongada [>24h] Consciência e Recuperação 80115 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Perda Prolongada [>24h] Consciência, Sem Recuperação 80116 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Perda Consciência, Duração Não Especificada 80119 Fratura Fechada Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Concussão, Não Especificada 8012 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural 80120 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Sem Especificação Estado Consciência 80121 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Sem Perda Consciência 80122 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Com Breve Perda Consciência 80123 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Com Moderada Perda Consciência 80124 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Com Prolongada Perda Consciência 80125 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural
e Extradural, Com Perda Prolongada Consciência, Sem Recobro 80126 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural,
Extradural, Com Perda Consciência, SOE 80129 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural,
Extradural, Com Concussão, Não Especificada 8013 Fratura Fechada Da Base Do Crânio, Com Hemorragia Intracraniana
NCOP Ou Não Especificada 80130 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP /
SOE, Sem Especificação Estado Consciência 80131 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP /
SOE, Sem Perda De Consciência 80132 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP /
SOE, Com Perda Breve [<1h] Consciência 80133 Fratura Fechada Base Crânio Com Hemorragia Intracraniana NCOP / SOE,
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
Com Perda Moderada [1-24h] Consciência 80134 Fratura Fechada Base Crânio Com Hemorragia Intracraniana NCOP / SOE,
Com Perda Prolongada [>24h] Consciência E Recuperação 80135 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP /
SOE, Com Perda Prolongada [>24h] Consciência Sem Recuperação 80136 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP / SOE
Com Perda Consciência Duração Não Especificada 80139 Fratura Fechada Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP /
SOE, Com Concussão, Não Especificada 8014 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP 80140 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Especificação Estado Consciência 80141 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Perda Consciência 80142 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Breve Perda Consciência 80143 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Moderada Perda Consciência 80144 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Prolongada Perda Consciência 80145 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80146 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Perda Consciência, SOE 80149 Fratura Fechada Base Crânio, Com Lesão Intracraniana, NCOP, Com
Concussão Não Especificada 8015 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana 80150 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Especificação Estado Consciência 80151 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Perda De Consciência 80152 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Breve Perda Consciência 80153 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Moderada Perda Consciência 80154 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Prolongada Perda Consciência 80155 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80156 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Perda Consciência, SOE 80159 Fratura Exposta Base Crânio, Sem Menção Lesão Intracraniana, Com
Concussão Não Especificada 8016 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração E Contusão Cerebral 80160 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem
Especificação Estado Consciência 80161 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem
Perda Consciência 80162 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Breve Perda Consciência 80163 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com
Moderada Perda Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
80164 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Prolongada Perda Consciência
80165 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80166 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Perda Consciência, SOE
80169 Fratura Exposta Base Crânio, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Concussão Não Especificada
8017 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural.
80170 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Sem Especificação Estado Consciência
80171 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Sem Perda Consciência
80172 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Breve Perda Consciência
80173 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Moderada Perda Consciência
80174 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Prolongada Perda Consciência
80175 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80176 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Perda Consciência, SOE
80179 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Concussão Não Especificada
8018 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP 80180 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem
Especificação Estado Consciência 80181 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem
Perda Consciência 80182 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com
Breve Perda Consciência 80183 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com
Moderada Perda Consciência 80184 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana, NCOP, Com
Prolongada Perda Consciência 80185 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80186 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com
Perda Consciência, SOE 80189 Fratura Exposta Base Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com
Concussão Não Especificada 8019 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP 80190 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem
Especificação Estado Consciência 80191 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem Perda
Consciência 80192 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Breve
Perda Consciência 80193 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com
Moderada Perda Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
80194 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Prolongada Perda Consciência
80195 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80196 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Perda Consciência, SOE
80199 Fratura Exposta Base Crânio, Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Concussão Não Especificada
802 Fratura dos Ossos da Face 8020 Fratura Fechada dos Ossos Nasais 8021 Fratura Aberta dos Ossos Nasais 8022 Fratura Fechada da Mandibula 80220 Fratura Fechada da Mandibula, Sítio Não Especificado 80221 Fratura Fechada da Mandibula, Condiliana 80222 Fratura Fechada da Mandibula, Subcondiliana 80223 Fratura Fechada da Mandibula, Processo Coronoide 80224 Fratura Fechada da Mandibula, Ramo, Não Especificada 80225 Fratura Fechada do Angulo Da Mandibula 80226 Fratura Fechada da Mandibula, Sínfise do Corpo 80227 Fratura Fechada da Mandibula, Bordo Alveolar do Corpo 80228 Fratura Fechada da Mandibula, Corpo, NCOP Ou Não Especificada 80229 Fratura Fechada da Mandibula, Sítios Múltiplos 8023 Fratura Aberta da Mandibula 80230 Fratura Aberta da Mandibula, Local Não Especificado 80231 Fratura Aberta da Mandibula, Condiliana 80232 Fratura Aberta da Mandibula, Subcondiliana 80233 Fratura Aberta da Mandibula, Processo Coronoide 80234 Fratura Aberta da Mandibula, Ramus, SOE 80235 Fratura Aberta do Ângulo da Mandibula 80236 Fratura Aberta da Mandibula, Sínfise do Corpo 80237 Fratura Aberta da Mandibula, Bordo Alveolar do Corpo 80238 Fratura Aberta da Mandibula, Corpo, NCOP Ou Não Especificado 80239 Fratura Aberta da Mandibula, Sítios Múltiplos 8024 Fratura do Malar e Maxilar, Fechada 8025 Fratura do Malar e Maxilar, Aberta 8026 Fratura do Pavimento da Orbita, Fechada 8027 Fratura do Pavimento da Orbita, Aberta 8028 Fratura de Ossos da Face NCOP, Fechada 8029 Fratura de Ossos da Face NCOP, Aberta 803 Fratura do Crânio NCOP ou Não Qualificada 8030 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Fechada, Sem Menção Lesão
Intracraniana 80300 Fratura do Crânio NCOP ou Não Especificado Sem Menção de Lesão
Intracraniana Especifica 80301 Fratura do Crânio NCOP ou Não Especificado Sem Menção De Lesão
Intracraniana Se
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Lurdes Almeida
80302 Fratura Do Crânio NCOP, Fechada Sem Traumatismo Intracraniana Com Perda Consciência Breve
80303 Fratura Crânio NCOP, Fechada, Sem Traumatismo Intracraniana, Perda Consciência Moderada
80304 Fratura Crânio NCOP, Fechada, Sem Traumatismo Intracraniana, Perda Consciência Prolongada
80305 Fratura Crânio NCOP, Fechada, Sem Traumatismo Intracraniana, Perda Consciência Sem Retorno
80306 Fratura do Crânio NCOP ou SOE, Fechadas Sem Menção de Lesão Intracraniana Com Perda
80309 Fratura Crânio NCOP, Fechada, Sem Traumatismo Intracraniano, Com Concussão SOE
8031 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Fechada, Com Laceração e Contusão Cerebral
80310 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem Especificar Estado Consciência
80311 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem Perda Consciência
80312 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Breve Perda Consciência
80313 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Moderada Perda Consciência
80314 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Prolongada Perda Consciência
80315 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80316 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Perda Consciência, SOE
80319 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Laceração / Contusão Cerebral, Com Concussão
8032 Fratura NCOP Ou Não Qualificada Crânio, Fechada, Com Hemorragia Subaracnoidea ,Subdural ou Extradural
80320 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaranoidea / Subdural / Extrad. – Sem Especificação Estado Consciência
80321 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Perda Consciência
80322 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Breve Perda Consciência
80323 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Moderada Perda Consciência
80324 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Prolongada Perda Consciência
80325 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80326 Fratura Fechada Crânio NCOP, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Perda Consciência, SOE
80329 Fratura. Fechada Crânio NCOP Com Hemorragia Subaracnoideia, Subdural e Extradural, Com Concussão
8033 Fratura NCOP Ou Não Qualificada Crânio, Fechada, Com Hemorragia Intracraniana NCOP Ou Não Especificada
80330 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem Especificação Estado Consciência
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Lurdes Almeida
80331 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem Perda Consciência
80332 Fratura Fechada Crânio Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Breve Perda Consciência
80333 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Moderada Perda Consciência
80334 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Prolongada Perda Consciência
80335 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80336 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Perda Consciência, SOE
80339 Fratura Fechada Crânio, Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Concussão
8034 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Fechada, Com Lesão Intracraniana NCOP ou Não Especificada.
80340 Fratura Crânio NCOP ou Não Especificada, Fechada, Com TCE NCOP ou Não Especificada, Consciência Não Especificada
80341 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem Perda Consciência
80342 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Breve Perda Consciência
80343 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Moderada Perda Consciência
80344 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Prolongada Perda Consciência
80345 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80346 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Perda Consciência, SOE
80349 Fratura Fechada Crânio Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Concussão 8035 Fratura NCOP ou Não Qualificada Do Crânio, Aberta, Sem Menção Lesão
Intracraniana 80350 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Aberta, Sem Lesão
Intracraniana, Estado Consciência Não Especificada 80351 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Aberta, Sem Lesão
Intracraniana, Sem Perda Consciência 80352 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Aberta Sem Lesão Intracraniana
Com Perda Breve [<1h] Consciência 80353 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio Aberta Sem Lesão Intracraniana
Com Perda Moderada [1-24h] Consciência 80354 Fratura NCOP Ou Não Qualificada Crânio Aberta Sem Lesão Intracraniana
Com Perda Prolongada [>24h] Consciência E Recuperação 80355 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio Aberta Sem Lesão Intracraniana
Com Perda Prolongada [>24h] Consciência Sem Recuperação 80356 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio Aberta Sem Lesão Intracraniana,
Perda Consciência Duração Não Especificada 80359 Fratura NCOP ou Não Qualificada Crânio, Aberta, Sem Lesão
Intracraniana, Com Concussão, Não Especificada 8036 Fratura NCOP Ou Não Qualificada Do Crânio, Aberta, Com Laceração E
Contusão Cerebral 80360 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Estado
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
Consciência Não Especificada 80361 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Sem
Perda de Consciência 80362 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Perda Breve [<1h] Consciência 80363 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Perda Moderada [1-24h] Consciência 80364 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Perda Prolongada [>24h] Consciência e Recuperação 80365 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Perda Prolongada [>24h] Consciência Sem Recuperação 80366 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Perda Consciência Duração Não Especificada 80369 Fratura Exposta Crânio NCOP / SOE, Com Laceração / Contusão, Com
Concussão, Não Especificada 8037 Fratura NCOP Ou Não Qualifiada Crânio, Aberta, Com Hemorragia
Subaracnoidea, Subdural ou Extradural 80370 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural. –Sem Especificação Estado Consciência 80371 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural. – Sem Perda Consciência 80372 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural – Com Breve Perda Consciência 80373 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural – Com Moderada Perda Consciência 80374 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural – Com Prolongada Perda Consciência 80375 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural – Sem Voltar Consciência Pré-Existente 80376 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural /
Extradural – Com Perda Consciência, SOE 80379 Fratura Exposta Crânio, Com Hemorragia Subarac./Subd./Extrad, Com
Concussão 8038 Fratura NCOP ou Não Qual. Crânio, Aberta, Com Hemorragia Intracraniana
NCOP Ou Não Especificada 80380 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Sem
Especificação Estado Consciência 80381 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Sem
Perda Consciência 80382 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Com
Breve Perda Consciência 80383 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Com
Moderada Perda Consciência 80384 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Com
Prolongada Perda Consciência 80385 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Sem
Voltar Consciência Pré-Existente 80386 Fratura Exposta Crânio, NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Com
Perda Consciência. SOE 80389 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Hemorragia Intracraniana, SOE, Com
Concussão 8039 Fratura NCOP ou Não Qual. Crânio, Aberta, Com Lesão Intracraniana
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
NCOP ou Não Especificada 80390 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Sem Especificação Estado Consciência 80391 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Sem Perda Consciência 80392 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Com Breve Perda Consciência 80393 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Com Moderada Perda Consciência 80394 Fratura. Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Com Prolongada Perda Consciência 80395 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Sem Voltar Consciência Pré-Existente 80396 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Com Perda Consciência, SOE 80399 Fratura Exposta Crânio NCOP, Com Lesão Intracraniana NCOP / SOE,
Com Concussão 804 Fraturas Múltiplas Atingindo o Crânio ou a Face Com Outros Ossos 8040 Fratura Múltiplas Fechadas do Crânio/Face Com Outros Ossos Sem
Menção Lesão Intracraniana 80400 Fratura Múltipla Crânio Ou Face Com Outros Ossos, Fechada, Consciência
Não Especificada 80401 Fraturas Múltiplas Envolvendo Crânio ou Ossos da Face Com Outros
Ossos, Fechadas S 80402 Fraturas Múltiplas Crânio / Face, Fechadas, Sem Lesão Intracraniana,
Perda Consciência Breve 80403 Fraturas Múltiplas Crânio / Face, Fechadas, Sem Lesão Intracraniana,
Perda Consciência Moderada 80404 Fraturas Múltiplas Crânio / Face, Fechadas, Sem Lesão Intracraniana,
Perda Consciência Prolongada 80405 Fratura Múltiplas Crânio / Face, Fechadas, Sem Lesão Intracraniana,
Perda Consciência Prolongada Sem Ret 80406 Fraturas Múltiplas Do Crânio Ou Da Face Com Outros Ossos Fechados
Com Perda De Consciência 80409 Fraturas Múltiplas Crânio / Face, Fechadas, Sem Lesão Intracraniana, Com
Concussão SOE 8041 Fratura Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração /Contusão 80410 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão-Sem Especificação Estado Consciência 80411 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão – Sem Perda Consciência 80412 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão – Com Breve Perda Consciência 80413 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão, Com Moderada Perda Consciência 80414 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão, Com Prolongada Perda Consciência 80415 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão, Sem Voltar Consciência Pré-Existe 80416 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com
Laceração / Contusão, Com Perda Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
80419 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos – Com Laceração / Contusão, Com Concussão
8042 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural
80420 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Perda Consciência
80421 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio/Face Com Outros Ossos - Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Perda Consciência
80422 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio/Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Breve Perda Consciência
80423 Fraturas Múltiplas Fechadas, Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Moderada Perda Consciência
80424 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Prolongada Perda Consciência
80425 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80426 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Perda Consciência
80429 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Concussão
8043 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP
80430 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Sem Especificação Estado Consciência
80431 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Sem Perda Consciência
80432 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Com Breve Perda Consciência
80433 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Com Moderada Perda Consciência
80434 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Com Prolongada Perda Consciência
80435 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80436 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Com Preda Consciência
80439 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP, Com Concussão
8044 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP -
80440 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Sem Especificação Estado Consciência
80441 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Sem Perda Consciência
80442 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Breve Perda Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
Lurdes Almeida
80443 Fraturas Múltiplas Fechadas Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Moderada Perda Consciência
80444 Fechada Múltipla Fechada Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Prolongada Perda Consciência
80445 Fratura Múltipla Fechada Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP, Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80446 Fratura Múltipla Fechada Crânio/Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP, Com Perda Consciência
80449 Fratura Múltipla Fechada Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Concussão
8045 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana
80450 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outos Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Sem Especificação Estado Consciência
80451 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Sem Perda Consciência
80452 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Com Breve Perda Consciência
80453 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Com Moderada Perda Consciência
80454 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Com Prolongada Perda Consciência
80455 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80456 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Com Perda Consciência
80459 Fratura Exposta Múltipla Crânio / Face Com Outros Ossos Sem Menção Lesão Intracraniana – Com Concussão
8046 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral
80460 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Sem Especificação Estado Consciência
80461 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Sem Perda Consciência
80462 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Com Breve Perda Consciência
80463 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Com Moderada Perda Consciência
80464 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Com Prolongada Perda Consciência
80465 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80466 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Com Perda Consciência
80469 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Laceração / Contusão Cerebral – Com Concussão
8047 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural
80470 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Especificação Estado Consciência
80471 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Perda Consciência
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
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80472 Fratura Exposta Crânio/Face C/Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Breve Perda Consciência
80473 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Moderada Perda Consciência
80474 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Prolongada Perda Consciência
80475 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80476 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural –Com Perda Consciência
80479 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Subaracnoidea / Subdural / Extradural – Com Concussão
8048 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Ou N/Especificada
80480 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Sem Especificação Estado Consciência
80481 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Sem Perda Consciência
80482 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Com Breve Perda Consciência
80483 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Com Moderada Perda Consciência
80484 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Com Prolongada Perda Consciência
80485 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80486 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP Com Perda Consciência Duração Não Especificada
80489 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Hemorragia Intracraniana NCOP – Com Concussão
8049 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP
80490 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Sem Especificação Estado Consciência
80491 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Sem Perda Consciência
80492 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Breve Perda Consciência
80493 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Moderada Perda Consciência
80494 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Prolongada Perda Consciência
80495 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Sem Voltar Consciência Pré-Existente
80496 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Perda Consciência
80499 Fratura Exposta Crânio / Face Com Outros Ossos Com Lesão Intracraniana NCOP – Com Concussão
805 Fratura da Coluna Vertebral Sem Menção de Lesão Medular
Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública IX Mestrado em Gestão da Saúde
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8050 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, Sem Lesão Medular 80500 Fratura de Vertebra Cervical, Nível Não Especificado, Fechada 80501 Fratura da 1ª Vertebra Cervical Fechada Sem Menção de Lesão Medular 80502 Fratura da Coluna Cervical (C2), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80503 Fratura da Coluna Cervical (C3), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80504 Fratura da Coluna Cervical (C4), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80505 Fratura da Coluna Cervical (C5), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80506 Fratura da Coluna Cervical (C6), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80507 Fratura da Coluna Cervical (C7), Fechada, Sem Menção de Lesão Medular 80508 Fratura da Múltiplas Vertebras Cervicais, Fechada, Sem Menção de Lesão
Medular 8051 Fratura da Coluna Cervical, Aberta, Sem Lesão Medular 80510 Fratura de Vertebra Cervical Não Especificada Aberta, Sem Lesão Medular 80511 Fratura de C1, Aberta, Sem Lesão Medular 80512 Fratura de C2, Aberta, Sem Lesão Medular 80513 Fratura de C3, Aberta, Sem Lesão Medular 80514 Fratura de C4, Aberta, Sem Lesão Medular 80515 Fratura de C5, Aberta, Sem Lesão Medular 80516 Fratura da Coluna Cervical, Aberta, a Nível de C6 80517 Fratura de C7, Aberta, Sem Lesão Medular 80518 Fratura de Múltiplas Vertebras Cervicais, Aberta, Sem Lesão Medular 8052 Fratura da Coluna Dorsal, Fechada, Sem Lesão Medular 8053 Fratura da Coluna Dorsal, Aberta, Sem Lesão Medular 8054 Fratura da Coluna Lombar, Fechada, Sem Lesão Medular 8055 Fratura da Coluna Lombar, Aberta, Sem Lesão Medular 8056 Fratura do Sacro e Cóccix, Fechada, Sem Lesão Medular 8057 Fratura do Sacro e Cóccix, Aberta, Sem Lesão Medular 8058 Fratura da Coluna Vertebral, Local Não Especificado, Fechada, Sem Lesão
Medular 8059 Fratura da Coluna Vertebral, Local Não Especificado, Aberta, Sem Lesão
Medular 806 Fratura da Coluna Vertebral Com Lesão Medular 8060 Fratura Fechada da Coluna Cervical Com Lesão da Espinhal Medula 80600 Fratura Coluna Cervical, Fechada, C1-C4 Com Lesão Medular SOE 80601 Fratura Coluna Cervical, Fechada, C1-C4 Com Lesão Completa Medula 80602 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, C1-C4, Com Síndrome Medular
Anterior 80603 Fratura Da Coluna Cervical, Fechada, C1-C4, Com Síndromo Medular
Central 80604 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, C1-C4 Com Lesão Medular NCOP 80605 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, C5-C7 Com Lesão Medular Não
Especificada 80606 Fratura Coluna Cervical, Fechada, C5-C7 Com Lesão Medular Completa 80607 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, C5-C7, Com Síndrome Medular
Anterior 80608 Fratura da Coluna Cervical, Fechada, C5-C7, Com Síndrome Medular
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Central 80609 Fratura Coluna Cervical, Fechada, C5-C7 Com Lesão Medular NCOP 8061 Fratura da Coluna Cervical, Aberta, Com Lesão Medular 80610 Fratura da Coluna Cervical, C1-C4, Aberta, Com Lesão Medular Não
Especificada 80611 Fratura. Coluna Cervical Exposta, C1-C4, Com Lesão Medular Completa 80612 Fratura da Coluna Cervical, Exposta, C1-C4, Com Síndrome Medular
Anterior 80613 Fratura da Coluna Cervical, Exposta, C1-C4, Com Síndrome Medular
Central 80614 Fratura da Coluna Cervical Exposta, C1-C4, Com Lesão Medular NCOP 80615 Fratura da Coluna Cervical Exposta, C5-C7, Com Lesão Medular SOE 80616 Fratura da Coluna Cervical Exposta, C5-C7, Com Lesão Medular Completa 80617 Fratura da Coluna Cervical, Exposta, C5-C7, Com Síndrome Medular
Anterior 80618 Fratura da Coluna Cervical, Exposta, C5-C7, Com Síndrome Medular
Central 80619 Fratura da Coluna Cervical Exposta, C5-C7, Com Lesão Medular NCOP 8062 Fratura da Coluna Dorsal [Torácica], Fechada, Com Lesão Medular 80620 Fratura Vertebral Fechada, D1-D6, Com Lesão Medular Não Especificada 80621 Fratura Vertebral Fechada, D1-D6, Com Lesão Medular Completa 80622 Fratura Vertebral Fechada, D1-D6, Com Síndrome do Cordão Medular
Anterior 80623 Fratura Vertebral Fechada, D1-D6, Com Síndrome do Cordão Medular
Central 80624 Fratura Vertebral Fechada, ao Nível de D1-D6, Com Lesão Medular NCOP 80625 Fratura Vertebral Fechada, D7-D12, Com Lesão Medular Não Especificada 80626 Fratura Vertebral Fechada, D7-D12, Com Lesão Medular Completa 80627 Fratura Vertebral Fechada, D7-D12, Com Síndrome do Cordão Medular
Anterior 80628 Fratura Vertebral Fechada, D7-D12, Com Síndrome do Cordão Medular
Central 80629 Fratura Vertebral Fechada, ao Nível D7-D12, Com Lesão Medular NCOP 8063 Fratura Exposta da Coluna Dorsal (Torácica) Sem Menção Lesão da
Espinhal Medula 80630 Fratura Coluna Dorsal Exposta T1-T6, Com Lesão Medular SOE 80631 Fratura Coluna Dorsal Exposta T1-T6, Com Lesão Medular Completa 80632 Fratura da Coluna Dorsal, Exposta, T1-T6, Com Síndrome Medular Anterior 80633 Fratura da Coluna Dorsal, Exposta, T1-T6, Com Síndrome Medular Central 80634 Fratura da Coluna Dorsal Exposta, T1-T6, Com Lesão Medular NCOP 80635 Fratura da Coluna Dorsal Exposta, T7-T12, Com Lesão Medular SOE 80636 Fratura da Coluna Dorsal Exposta, T7-T12, Com Lesão Medular Completa 80637 Fratura da Coluna Dorsal, Exposta, T7-T12, Com Síndrome Medular
Anterior 80638 Fratura da Coluna Dorsal, Exposta, T7-T12, Com Síndrome Medular
Central 80639 Fratura Coluna Dorsal Exposta T7-T12, Com Lesão Medular NCOP 8064 Fratura Fechada da Coluna Lombar Com Lesão da Espinhal Medula
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8065 Fratura Exposta da Coluna Lombar Com Lesão da Espinhal Medula 8066 Fratura Fechada do Sacro e Cóccix Com Lesão da Espinhal Medula 80660 Fratura Sacro e Cóccix, Fechada, Com Lesão Medular SOE 80661 Fratura Sacro e Cóccix, Fechada, Com Lesão Completa da Cauda Equina 80662 Fratura Sacro e Cóccix, Fechada, Com Lesão Cauda Equina NCOP 80669 Fratura Sacro e Cóccix, Fechada, Com Lesão Medular NCOP 8067 Fratura Aberta do Sacro e do Cóccix Com Lesão da Espinal Medula 80670 Fratura Sacro e Cóccix, Aberta, Com Lesão Medular SOE 80671 Fratura Sacro e Cóccix, Aberta, Com Lesão Completa da Cauda Equina 80672 Fratura Sacro e Cóccix, Aberta, Com Lesão Cauda Equina NCOP 80679 Fratura Sacro e Cóccix, Aberta, Com Lesão Medular NCOP 8068 Fratura Fechada da Coluna Vertebral SOE Com Lesão da Espinhal Medula 8069 Fratura Exposta da Coluna Vertebral SOE Com Lesão da Espinhal Medula 807 Fratura de Uma ou Mais Costelas, do Esterno, da Laringe e da Traqueia 8070 Fratura de Costela (s), Fechada 80700 Fratura de Costela (s), Não Especificada (s), Fechada 80701 Fratura de Uma Costela, Fechada 80702 Fratura de Duas Costelas, Fechada 80703 Fratura de Três Costelas, Fechada 80704 Fratura de Quatro Costelas, Fechada 80705 Fratura de Cinco Costelas, Fechada 80706 Fratura de Seis Costelas, Fechada 80707 Fratura de Sete Costelas, Fechada 80708 Fratura de Oito ou Mais Costelas, Fechada 80709 Fratura de Múltiplas Costelas Não Especificadas, Fechada 8071 Fratura Exposta de Costela (s) 80710 Fratura Exposta de Costela (s), Não Especificada (s) 80711 Fratura Exposta de Uma Costela 80712 Fratura Exposta de Duas Costelas 80713 Fratura Exposta de Três Costelas 80714 Fratura Exposta de Quatro Costelas 80715 Fratura Exposta de Cinco Costelas 80716 Fratura Exposta de Seis Costelas 80717 Fratura Exposta de Sete Costelas 80718 Fratura Exposta de Oito ou Mais Costelas 80719 Fratura Exposta de Múltiplas Costelas, Não Especificadas 8072 Fratura do Esterno, Fechada 8073 Fratura do Esterno, Aberta 8074 Fratura do Tórax Com Retalho Móvel (Volet Torácico) 8075 Fratura da Laringe e Traqueia, Fechada 8076 Fratura da Laringe e Traqueia, Aberta 808 Fratura da Bacia 8080 Fratura do Acetábulo, Fechada 8081 Fratura do Acetábulo, Aberta
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8082 Fratura do Púbis, Fechada 8083 Fratura do Púbis, Aberta 8084 Fratura da Bacia, Local NCOP, Fechada 80841 Fratura do Ilíaco, Fechada 80842 Fratura do Ísquio, Fechada 80843 Fraturas Múltiplas da Bacia, Fechadas, Com Interrupção do Círculo Pélvico 80844 Fraturas Múltiplas da Bacia, Fechadas, Sem Interrupção do Círculo Pélvico 80849 Fratura da Bacia, Local NCOP, Fechada 8085 Fratura da Bacia, Local NCOP, Aberta 80851 Fratura do Ilíaco, Aberta 80852 Fratura do Ísquio, Aberta 80853 Fraturas Múltiplas da Bacia, Abertas, Com Interrupção do Círculo Pélvico 80854 Fraturas Múltiplas da Bacia, Abertas, Sem Interrupção o Círculo Pélvico 80859 Fratura da Bacia, Local NCOP, Aberta 8088 Fratura da Bacia, Local Não Especificado, Fechada 8089 Fratura da Bacia, Local Não Especificado, Aberta 809 Fraturas Mal Definidas do Tronco 8090 Fratura Fechada do Tronco 8091 Fratura Exposta do Tronco 810 Fratura da Clavícula 8100 Fratura da Clavícula, Fechada 81000 Fratura da Clavícula, Parte Não Especificada, Fechada 81001 Fratura da Clavícula, Lado Esternal, Fechada 81002 Fratura da Clavícula, Diáfise, Fechada 81003 Fratura da Clavícula, Lado Acromial, Fechada 8101 Fratura da Clavícula, Aberta 81010 Fratura da Clavícula, Parte Não Especificada, Aberta 81011 Fratura da Clavícula, Lado Esternal, Aberta 81012 Fratura da Clavícula, Diáfise, Aberta 81013 Fratura da Clavícula, Lado Acromial, Aberta 811 Fratura da Omoplata 8110 Fratura da Omoplata, Fechada 81100 Fratura da Omoplata, Fechada, Parte Não Especificada 81101 Fratura da Omoplata, Fechada, Acrómio 81102 Fratura da Omoplata, Fechada, Apófise Coracoide 81103 Fratura da Omoplata, Fechada, Cavidade Glenoide e Colo 81109 Fratura da Omoplata, Fechada, Parte NCOP 8111 Fratura Exposta da Omoplata 81110 Fratura Omoplata Exposta - Parte Não Especificada 81111 Fratura Omoplata Exposta - Apófise Acromial 81112 Fratura Omoplata Exposta - Apófise Coracoide 81113 Fratura Omoplata Exposta - Cavidade Glenoide e Colo Omoplata 81119 Fratura Omoplata Exposta - Parte NCOP 812 Fratura do Úmero
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8120 Fratura do Úmero, Extremidade Superior, Fechada 81200 Fratura da Extremidade Superior do Úmero SOE, Fechada 81201 Fratura do Colo Cirúrgico do Úmero, Fechada 81202 Fratura do Colo Anatómico do Úmero, Fechada 81203 Fratura da Grande Tuberosidade do Úmero, Fechada 81209 Fratura da Extremidade Superior do Úmero NCOP, Fechada 8121 Fratura Exposta da Extremidade Superior do Úmero 81210 Fratura Exposta da Extremidade Superior do Úmero, Parte Não
Especificada 81211 Fratura Exposta do Colo Cirúrgico do Úmero (Extremidade Superior) 81212 Fratura Exposta do Colo Anatómico do Úmero (Extremidade Superior) 81213 Fratura Exposta da Grande Tuberosidade Do Úmero (Extremidade
Superior) 81219 Fratura Exposta da Extremidade Superior do Úmero, Parte Não
Classificada Outra Parte 8122 Fratura da Diáfise ou Parte Não Especificada do Úmero, Fechada 81220 Fratura de Parte Não Especificada do Úmero, Fechada 81221 Fratura da Diáfise Úmero, Fechada 8123 Fratura Exposta Da Diáfise ou Parte Não Especificada do Úmero 81230 Fratura Exposta do Úmero, Parte Não Especificada 81231 Fratura Exposta da Diáfise Úmero 8124 Fratura da Extremidade Inferior do Úmero, Fechada 81240 Fratura da Extremidade Inferior do Úmero, Parte Não Especificada,
Fechada 81241 Fratura Supracondiliana do Úmero (Extremidade Inferior), Fechada 81242 Fratura do Côndilo Lateral (Externo) do Úmero (Extremidade Inferior),
Fechada 81243 Fratura do Côndilo Medial (Interno) do Úmero (Extremidade Inferior),
Fechada 81244 Fratura do (s) Côndilo (s) do Úmero (Extremidade Inferior) SOE, Fechada 81249 Fratura da Extremidade Inferior do Úmero, NCOP, Fechada 8125 Fratura Exposta da Extremidade Inferior do Úmero 81250 Fratura Exposta da Extremidade Inferior do Úmero, Parte Não Especificada 81251 Fratura Supracondiliana do Úmero (Extremidade Inferior), Exposta 81252 Fratura Exposta do Côndilo Lateral (Externo) do Úmero (Extremidade
Inferior) 81253 Fratura Exposta do Côndilo Medial (Interno) do Úmero (Extremidade
Inferior) 81254 Fratura Exposta do (s) Côndilo (s) do Úmero (Extremidade Inferior) SOE 81259 Fratura Exposta da Extremidade Inferior do Úmero, NCOP 813 Fratura do Rádio e do Cúbito 8130 Fratura Fechada do Rádio e do Cúbito, Extremidade Superior 81300 Fratura Fechada da Extremidade Superior do Antebraço, Não Especificada 81301 Fratura Fechada do Olecrânio (Cúbito) 81302 Fratura Fechada do Processo Coronoide do Cúbito 81303 Fratura de Monteggia, Fechada
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81304 Fratura Fechada da Extremidade Proximal do Cubito (Sozinho), NCOP Ou Não Especificada
81305 Fratura Fechada da Cabeça do Rádio 81306 Fratura Fechada do Colo do Rádio 81307 Fratura Fechada da Extremidade Proximal do Rádio (Sozinho), NCOP Ou
Não Especificada 81308 Fratura Fechada do Rádio e do Cúbito, Extremidade Superior [Qualquer
Parte] 8131 Fratura Exposta do Rádio e do Cúbito, Extremidade Superior 81310 Fratura Exposta da Extremidade Superior do Antebraço, Não Especificada 81311 Fratura Exposta do Olecrânio (Cúbito) 81312 Fratura Exposta da Apófise Coronoide do Cubito 81313 Fratura de Monteggia, Exposta 81314 Fratura Exposta da Extremidade Proximal do Cúbito (Sozinho), NCOP Ou
Não Especificada 81315 Fratura Exposta da Cabeça do Rádio 81316 Fratura Exposta do Colo do Rádio 81317 Fratura Exposta da Extremidade Proximal do Rádio (Sozinho), NCOP Ou
Não Especificada 81318 Fratura Exposta do Rádio e do Cúbito, Extremidade Superior [Qualquer
Parte] 8132 Fratura Diafisária Fechada do Rádio e do Cúbito 81320 Fratura Fechada das Diáfise do Rádio e do Cúbito, SOE 81321 Fratura Fechada da Diáfise do Rádio 81322 Fratura Fechada da Diáfise do Cúbito 81323 Fratura Fechada das Diáfises do Cúbito e do Rádio 8133 Fratura Exposta das Diáfises do Rádio e do Cúbito 81330 Fratura Exposta das Diáfises do Cúbito e do Rádio, SOE 81331 Fratura Exposta da Diáfise do Rádio 81332 Fratura Exposta da Diáfise do Cúbito 81333 Fratura Exposta das Diáfises do Cúbito e do Rádio 8134 Fratura do Rádio e Cúbito, Extremidade Inferior, Fechada 81340 Fratura da Extremidade Inferior do Antebraço, Não Especificada 81341 Fratura de Colles (Antebraço, Extremidade Inferior), Fechada 81342 Fraturas da Extremidade Distal do Rádio (Sozinho), NCOP 81343 Fratura da Extremidade Distal do Cúbito (Sozinho) 81344 Fraturas das Extremidades Inferiores do Rádio e do Cúbito, Fechadas 81345 Fratura Toroidal do Rádio (Sozinho) 81346 Fratura Toroidal do Cúbito (Sozinho) 81347 Fratura Toroidal do Rádio e do Cúbito 8135 Fratura da Extremidade Inferior do Rádio e Cúbito, Aberta 81350 Fratura da Extremidade Inferior do Antebraço SOE, Aberta 81351 Fratura de Colles (Extremidade Inferior do Rádio e Cúbito) 81352 Fratura da Extremidade Distal do Rádio NCOP, Aberta 81353 Fratura da Extremidade Distal do Cúbito, Aberta 81354 Fratura das Extremidades Inferiores do Rádio e do Cúbito, Aberta
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8138 Fratura do Rádio e Cúbito, Sítio Não Especificado, Fechada 81380 Fratura do Antebraço SOE, Fechada 81381 Fratura do Rádio (Sozinho), Fechada 81382 Fratura do Cúbito (Sozinho), Fechada 81383 Fratura do Rádio e do Cúbito, Fechada 8139 Fratura do Cúbito e Rádio - Exposta - Parte Não Especificada 81390 Fratura Exposta do Antebraço SOE 81391 Fratura do Rádio (SOE) 81392 Fratura do Cúbito (SOE) 81393 Fratura do Rádio com Cúbito 814 Fratura de Osso (s) do Carpo 8140 Fratura de Osso (s) do Carpo, Fechada 81400 Fratura de Osso do Carpo, Não Especificado, Fechada 81401 Fratura do Osso Navicular (Escafoide) do Pulso, Fechada 81402 Fratura do Osso Semilunar do Pulso, Fechada 81403 Fratura do Osso Cuneiforme do Pulso, Fechada 81404 Fratura do Osso Pisiforme, Fechada 81405 Fratura do Osso Trapezoide (Multiangular Maior), Fechada 81406 Fratura do Osso Trapezoide (Multiangular Menor), Fechada 81407 Fratura do Osso Magnum (Pulso), Fechada 81408 Fratura do Osso Unciforme, Fechada 81409 Fratura de Osso do Carpo NCOP, Fechada 8141 Fratura de Um ou Mais Ossos do Carpo, Aberta 81410 Fratura de Osso do Carpo Não Especificado, Aberta 81411 Fratura do Osso Navicular (Escafoide) do Pulso, Aberta 81412 Fratura do Osso Semilunar do Pulso, Aberta 81413 Fratura do Osso Cuneiforme do Pulso, Aberta 81414 Fratura do Osso Pisiforme, Aberta 81415 Fratura do Osso Trapezoide (Multiangular Maior), Aberta 81416 Fratura do Osso Trapezoide (Multiangular Menor), Aberta 81417 Fratura do Osso Magnum (Pulso), Aberta 81418 Fratura do Osso Unciforme, Aberta 81419 Fratura de Osso Do Carpo NCOP, Aberta 815 Fratura de Osso (s) do Metacarpo 8150 Fratura de Osso (s) do Metacarpo, Fechada 81500 Fratura de Osso (s) do Metacarpo, Fechada, Local Não Especificado 81501 Fratura da Base do [Primeiro] Metacarpiano do Polegar, Fechada 81502 Fratura da Base de Osso (s) do Metacarpo NCOP, Fechada 81503 Fratura da Diáfise de Osso (s) do Metacarpo, Fechada 81504 Fratura do Colo de Osso (s) do Metacarpo, Fechada 81509 Fratura de Locais Múltiplos do Metacarpo, Fechada 8151 Fratura de Osso (s) do Metacarpo, Aberta 81510 Fratura de Osso (s) do Metacarpo, Local Não Especificado, Aberta 81511 Fratura da Base do Metacarpo [Primeiro] do Polegar, Aberta
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81512 Fratura da Base de Osso (s) do Metacarpo NCOP, Aberta 81513 Fratura Diáfise Osso Metacarpo Exposta 81514 Fratura Colo Osso Metacarpo Exposta 81519 Fratura Múltiplos Ossos Metacarpo Exposta. 816 Fratura de Uma ou de Várias Falanges da Mão 8160 Fratura de Uma ou Mais Falanges da Mão, Fechada 81600 Fratura de Falange (s) da Mão, SOE, Fechada 81601 Fratura de Falange (s) Média (s) ou Proximal (ais) da Mão, Fechada 81602 Fratura de Falange (s) Distal (ais) da Mão, Fechada 81603 Fratura de Falange (s) da Mão, Locais Múltiplos, Fechada 8161 Fratura de uma ou Mais Falanges da Mão, Aberta 81610 Fratura de Uma ou Mais Falanges Mão - Exposta - Parte Não Especificada 81611 Fratura de Falange (s) Intermedia (s) ou Proximal (ais) da Mão, Aberta 81612 Fratura de Uma ou Mais Falanges Mão - Exposta - Distal 81613 Fratura de Uma ou Mais Falanges Mão - Exposta - Múltiplas Localizações 817 Fraturas Múltiplas dos Ossos da Mão 8170 Fraturas Múltiplas Fechadas dos Ossos da Mão 8171 Fraturas Múltiplas Expostas dos Ossos da Mão 818 Fraturas Mal Definidas do Membro Superior 8180 Fraturas Mal Definidas do Membro Superior, Fechadas 8181 Fraturas Mal Definidas do Membro Superior, Abertas 819 Fratura Múltipla Ambos Membros Superiores, ou Membro Superior, Costela
(s) e Esterno 8190 Fraturas Múltiplas Ambos Membros Superiores, ou Membro Superior,
Costelas e Externo, Fechadas 8191 Fraturas Múltiplas Ambos Membros Superiores, ou Membro Superior,
Costelas e Externo, Abertas 820 Fratura do Colo do Fémur 8200 Fratura do Colo do Fémur, Transcervical, Fechada 82000 Fratura do Colo do Fémur, Secção Intracapsular Não Especificada,
Fechada 82001 Fratura do Colo do Fémur, Epífise (Separação) (Superior), Fechada 82002 Fratura do Colo do Fémur, Secção Mediocervical, Fechada 82003 Fratura do Colo do Fémur, Base do Colo, Fechada 82009 Fratura do Colo do Fémur, NCOP, Fechada 8201 Fratura Transcervical Exposta (Colo do Fémur) 82010 Fratura Colo Fémur - Secção Intracapsular SOE Exposta 82011 Fratura Colo Fémur - Epífise (Separação) (Superior) Exposta 82012 Fratura Colo Fémur - Secção Mediocervical Exposta 82013 Fratura Colo Fémur - Base Colo Exposta 82019 Fratura Colo Fémur - NCOP Exposta 8202 Fratura Peritrocanteriana Fechada (Colo do Fémur) 82020 Fratura Colo Fémur - Secção Trocantérica SOE - Fechada 82021 Fratura Colo Fémur - Secção Intertrocantérica -F. 82022 Fratura do Colo Fémur - Secção Subtrocantérica, Fechada
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8203 Fratura Peritrocanteriana Exposta (Colo do Fémur) 82030 Fratura Colo Fémur - Secção Trocantérica – Exposta 82031 Fratura Colo Fémur -Secção Intertrocantérica - Exposta 82032 Fratura Colo Fémur - Secção Subtrocantérica Exposta 8208 Fratura Fechada do Colo do Fémur SOE 8209 Fratura Exposta do Colo do Fémur SOE 821 Fratura de Partes NCOP, ou de Partes Não Especificadas do Fémur 8210 Fratura da Diáfise ou de Parte Não Especificada do Fémur, Fechada 82100 Fratura de Parte Não Especificada do Fémur, Fechada 82101 Fratura da Diáfise do Fémur, Fechada 8211 Fratura da Diáfise ou Parte Não Especificada do Fémur, Aberta 82110 Fratura de Parte Não Especificada do Fémur, Aberta 82111 Fratura da Diáfise do Fémur, Aberta 8212 Fratura da Extremidade Inferior do Fémur, Fechada 82120 Fratura da Extremidade Inferior do Fémur, Parte Não Especificada,
Fechada 82121 Fratura Fechada do Côndilo Femoral (Extremidade Inferior) 82122 Fratura da Epífise Inferior do Fémur (Com Separação), Fechada 82123 Fratura Supracondiliana do Fémur (Extremidade Inferior), Fechada 82129 Fratura da Extremidade Inferior do Fémur, NCOP, Fechada 8213 Fratura da Extremidade Inferior do Fémur, Aberta 82130 Fratura Extremidade Inferior Fémur Exposta SOE 82131 Fratura Exposta do Côndilo Femoral 82132 Fratura Exposta da Epífise Femoral 82133 Fratura Supracondiliana Fémur Exposta 82139 Fratura Extremidade Inferior Fémur Exposta NCOP 822 Fratura da Rótula 8220 Fratura Fechada da Rótula 8221 Fratura da Rótula, Aberta 823 Fratura da Tíbia e do Perónio 8230 Fratura das Extremidades Superiores da Tíbia e do Perónio, Fechada 82300 Fratura da Extremidade Superior da Tíbia, Fechada 82301 Fratura da Extremidade Superior do Perónio, Fechada 82302 Fratura das Extremidades Superiores da Tíbia e do Perónio, Fechada 8231 Fratura das Extremidades Superiores da Tíbia e do Perónio, Aberta 82310 Fratura da Extremidade Superior da Tíbia, Aberta 82311 Fratura da Extremidade Superior do Perónio, Aberta 82312 Fratura das Extremidades Superiores da Tíbia e do Perónio, Aberta 8232 Fratura das Diáfises da Tíbia e do Perónio, Fechada 82320 Fratura da Diáfise da Tíbia, Fechada 82321 Fratura da Diáfise do Perónio, Fechada 82322 Fratura das Diáfises da Tíbia e do Perónio, Fechada 8233 Fratura das Diáfises da Tíbia e do Perónio, Aberta 82330 Fratura da Diáfise da Tíbia, Aberta
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82331 Fratura da Diáfise do Perónio, Aberta 82332 Fratura das Diáfises da Tíbia e do Perónio, Aberta 8234 Fratura Toroidal da Tíbia e do Perónio 82340 Fratura Toroidal da Tíbia 82341 Fratura Toroidal do Perónio 82342 Fratura Toroidal da Tíbia e do Perónio 8238 Fratura da Tíbia e Perónio, Local Não Especificado, Fechada 82380 Fratura da Tíbia, Local Não Especificado, Fechada 82381 Fratura do Perónio, Local Não Especificado, Fechada 82382 Fratura da Tíbia e do Perónio, Local Não Especificado, Fechada 8239 Fratura de Parte Não Especificada da Tíbia e Perónio, Aberta 82390 Fratura de Parte Não Especificada da Tíbia, Aberta 82391 Fratura de Parte Não Especificada do Perónio, Aberta 82392 Fratura de Partes Não Especificadas da Tíbia e do Perónio, Aberta 824 Fratura do Tornozelo 8240 Fratura do Maléolo Medial do Tornozelo (Tíbia), Fechada 8241 Fratura do Maléolo Medial do Tornozelo (Tíbia), Aberta 8242 Fratura do Maléolo Lateral do Tornozelo (Perónio), Fechada 8243 Fratura do Maléolo Lateral do Tornozelo (Perónio), Aberta 8244 Fratura Bimaleolar do Tornozelo, Fechada 8245 Fratura Bimaleolar do Tornozelo, Aberta 8246 Fratura Trimaleolar do Tornozelo, Fechada 8247 Fratura Trimaleolar do Tornozelo, Aberta 8248 Fratura Não Especificada do Tornozelo, Fechada 8249 Fratura Não Especificada do Tornozelo, Aberta 825 Fratura de Osso (s) do Tarso ou Metatarso 8250 Fratura do Calcâneo, Fechada 8251 Fratura do Calcâneo, Aberta 8252 Fratura de Osso (s) do Tarso e Metatarso, NCOP, Fechada 82520 Fratura de Osso (s) Não Especificado (s) do Pé [Excepto Dedos], Fechada 82521 Fratura do Astrágalo, Fechada 82522 Fratura do Osso Navicular [Escafoide], do Pé, Fechada 82523 Fratura do Osso Cuboide [Pé], Fechada 82524 Fratura do Osso Cuneiforme, do Pé, Fechada 82525 Fratura de Osso (s) do Metatarso, Fechada 82529 Fratura de Osso (s) do Tarso e Metatarso NCOP, Fechada 8253 Fratura Exposta de Ossos do Tarso e Metatarso NCOP 82530 Fratura Exposta de Osso (s) Não Especificado (s) do Pé (Excepto Dedos) 82531 Fratura Exposta do Astrágalo [Pé] 82532 Fratura Exposta do Navicular [Escafoide], do Pé 82533 Fratura Exposta do Cuboide [Pé] 82534 Fratura Exposta do Cuneiforme [Pé] 82535 Fratura Exposta de Osso (s) do Metatarso 82539 Fratura Exposta de Osso (s) do Tarso e Metatarso NCOP
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826 Fratura de Uma ou Mais Falanges do Pé 8260 Fratura Fechada de Uma ou Mais Falanges do Pé 8261 Fratura Exposta de Uma ou Mais Falanges do Pé 827 Fraturas NCOP, Múltiplas, ou Mal Definidas do Membro Inferior 8270 Fraturas NCOP, Múltiplas, ou Mal Definidas do Membro Inferior, Fechadas 8271 Fraturas NCOP, Múltiplas, ou Mal Definidas do Membro Inferior, Abertas 828 Fraturas Múltiplas Ambos Membros Inferiores ou Membros Inferiores Com
Membros Superiores ou Membro Inferior (s) Com Costela (s) / Esterno 8280 Fratura Múltiplas Membros Inferiores, Membro Superior e Inferior, Membros
Inferiores, Costelas e Esterno, Fechada 8281 Fratura Múltiplas Membros Inferiores, Membros Superiores e Inferiores,
Membros Inferiores, Costelas e Esterno, Aberta 829 Fratura de Ossos Não Especificados 8290 Fratura de Ossos Não Especificados, Fechada 8291 Fratura de Ossos Não Especificados, Aberta
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Anexo II
Códigos CID 9 – MC para diagnóstico secundário de demência
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Anexo II: Códigos CID 9 – MC para diagnóstico secundário de demência
CÓDIGO DESIGNAÇÃO 3310 Doença de Alzheimer 3311 Demência Frontotemporal 33111 Doença de Pick 33119 Demência Frontotemporal Não Classificada Em Outra Parte 3312 Degeneração Senil do Cérebro 3316 Degeneração Corticobasal 3317 Degenerações Cerebrais em Doenças Classificadas Em Outra Parte 3318 Degeneração Cerebral Não Classificada Em Outra Parte 33182 Demência Com Corpos de Lewy 33183 Incapacidade Cognitiva Moderada, Assim Descrita 33189 Degenerações Cerebrais NCOP 3319 Degenerações Cerebrais SOE 332 Doença de Parkinson 3320 Paralisia Agitante (Doença de Parkinson) 3321 Parkinsonismo Secundário 290 Demências 2900 Demência Senil, Não Complicada 2901 Demência Pré-Senil 29010 Demência Pré-Senil Sem Complicações 29011 Demência Pré-Senil Com Delírio 29012 Demência Pré-Senil Tipo Paranóide 29013 Demência Pré-Senil Com Manifestações Depressivas 2902 Demência Senil Com Características Ilusórias ou Depressivas 29020 Demência Senil Tipo Paranoide 29021 Demência Senil Tipo Depressivo 2903 Demência Senil Com Delírio 2904 Demência Vascular 29040 Demência Vascular, Não Complicada 29041 Demência Vascular, Com Delirium 29042 Demência Vascular, Com Delírio 29043 Demência Vascular, Com Humor Deprimido 2912 Demência Persistente Induzida pelo Álcool 29282 Demência Persistente Induzida por Drogas 2941 Demência em Condições Classificadas em Outra Parte 29410 Demência em Quadros Mentais Classificados Em Outra Parte Sem
Alterações Comportamento 29411 Demência em Quadros Mentais Classificados Em Outra Parte Com
Alterações Comportamento 2942 Demência, SOE 29420 Demência, SOE, Sem Perturbação do Comportamento 29421 Demência, SOE, Com Perturbação do Comportamento