8/16/2019 Deformação estrutural

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Alerta! Deformações excessivasEdifícios expõem patologias de todo tipo, principalmente na alvenaria.

Por que as estruturas estão deformando como nunca? Houve uma profunda mudança na maneira de construir no Brasil nos últimos dez anos. O concreto evoluiu, as estruturas etipologias são mais arrojadas e as alvenarias mais precisas. O processo construtivo também não é o mesmo, nem o cálculo,nem as técnicas gerenciais. or isso, novos fen!menos estão sendo observados nas construç"es, infelizmente nada bons.aredes de vedação estão rompendo, trincas nas alvenarias são vis#veis e problemas nos revestimentos são mais fre$%entes.&udo por causa das deformaç"es imediatas e lentas $ue, se não previstas, desencadeiam as patologias.

'ontrolados muitas vezes empiricamente, os problemas são agora menos comuns $ue (á tr)s anos, mas deram um susto nomercado. *oram muitos casos. +pesar das aç"es corretivas, ainda faltam con(ecimentos para entender completamente o $ue

está acontecendo com essas construç"es.Os edif#cios de (oje são mais altos e esbeltos, a concepção privilegia grandes vãos, (á menos pilares e as lajes apresentamespessuras reduzidas. ssas caracter#sticas, sem dúvida, trou-eram implicaç"es e tornaram as estruturas mais deformáveis.&odos concordam também $ue as alvenarias ficaram mais r#gidas com o advento de blocos vazados mais resistentes e dedimens"es maiores, o $ue reduziu a capacidade das paredes de absorver deformaç"es. +# está o parado-o.

Os revestimentos são como fusíveis: ao estouraremdenunciam problemas que podem ser de

movimentaão excessiva da estruturaO processo de racionalização da construção trou-e também problemas, acreditam os especialistas. O en-ugamento talvezten(a ido além da conta, suspeita /alério az 0ornelles, da &ecno 1og2s, empresa especializada em projeto e e-ecução dealvenarias. +gora estamos c(egando a um ponto de e$uil#brio, recuperando e atualizando algumas práticas, diz 0ornelles.3egundo ele, algumas construtoras já reduziram a velocidade das obras para cerca de tr)s lajes por m)s, para gan(ar em$ualidade. Outras até voltaram a fazer o transporte manual do concreto, para não utilizar concreto bombeável, $ue temgrande resist)ncia 4 compressão, mas m5dulo de deformação menor.

Juntar conhecimentoara 0ornelles, $uando o con(ecimento das novas estruturas for maior, poderá se voltar a acelerar a racionalização. 6ospr5-imos cinco anos vamos passar por um processo de aprofundamento, con(ecer as soluç"es e obter mais subs#dios paraconstruir estruturas mel(ores, acredita. 7 preciso, segundo ele, entender esse novo modelo, com estruturas

geometricamente mais perfeitas e revestimentos mais finos, e $ue deve considerar a contribuição da alvenaria de vedação naresist)ncia do edif#cio.

0e fato, não seria poss#vel imaginar mudanças tão profundas sem $ue novos comportamentos surgissem. ara o projetistaestrutural 8icardo *rança, da *rança e +ssociados, a visão integradora é o camin(o. or isso, é necessário repensar ainteração estrutura9vedaç"es. +cabamos ol(ando muito para a estrutura e pouco para a alvenaria, alerta *rança.

 !s patologias mais comuns relacionadas " deformaão na estrutura acabam se manifestando na alvenaria, comoesmagamento de blocos

ara *rança, além disso, é preciso estudar o concreto, $ue passou por uma mudança acentuada. &rata9se de con(ecer ascaracter#sticas desse novo material, sugere. 1evar em consideração apenas a resist)ncia 4 compressão já não é maissuficiente para prever o comportamento da estrutura. 6as novas tipologias construtivas, o m5dulo de elasticidade, aresist)ncia 4 tração e a flu)ncia se tornam mais importantes, completa.

O projetista adverte $ue o concreto em geral atende de uma maneira rasante 4s especificaç"es, com as novas condiç"es decontrole colocadas. Há uma grande variabilidade do concreto e, volta e meia, não dá o resultado esperado. +lém disso, partedesse concreto está sendo entregue com menos cimento, acredita.

O cálculo estrutural também mudou muito com o advento dos soft:are, o $ue permitiu o refinamento e sofisticação dosprojetos. ntre uma fase e outra, até $ue o mercado se adaptasse 4s novas condiç"es, estabeleceu9se uma zona nebulosa,suspeitam os especialistas. +ntes eram usadas metodologias de projeto ade$uadas 4s estruturas menos esbeltas, os edif#ciosprojetados eram menos sofisticados e de menor número de pavimentos. ;uando a altura dos edif#cios e o taman(o dos vãosaumentaram, no in#cio da década de , muitos calculistas continuaram usando a metodologia de cálculo antiga. Osproblemas não demoraram a aparecer.

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 !s tensões causadas pelas deformaões na estrutura podem sacrificar as argamassas de assentamento+s metodologias para cargas (orizontais eram insuficientes ou ine-istentes, lembra *rança. 3egundo o projetista, váriosescrit5rios de projeto não consideravam os efeitos de vento, ac(ando $ue a estrutura tin(a reservas para resistir. ?sso valiapara os edif#cios bai-os e r#gidos, embora não tivessem sido calculados ade$uadamente. @as as reservas foram en-ugadas,alerta o engen(eiro.

*rança enfatiza $ue a nova norma 6B8 A

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@uitas construtoras começaram a tomar precauç"es para amenizar as deformaç"es. + 3inco 'onstrutora, de 3ão aulo,orgul(a9se de e-ecutar as estruturas dos seus edif#cios com muito critério e vários cuidados. 3egundo o diretor daconstrutora, aulo 3anc(ez, $uando muda o patamar tecnol5gico, é preciso mudar também o processo. or isso, assim $ue aconstrutora constatou problemas com a alvenaria, ampliou o tempo de escoramento de lajes e vigas.

O mercado todo escorava e reescorava a laje e dei-ava um escoramento e uma lin(a de reescoramento durante duassemanas, conta 3anc(ez. 'omeçamos a perceber $ue isso não era eficiente. 0epois de

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O trabal(o $ue está sendo feito no edif#cio @andarim tem como objetivo estudar a interface estrutura9alvenaria. -istempoucos dados a respeito disso. @as sabe9se $ue (oje as alvenarias de vedação recebem de