definição de sociologia
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SOCIOLOGIA
Professor Guilherme Carvalhido
CULTURA
Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é
um conceito de várias acepções, sendo a mais
corrente a definição genérica formulada por
Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele
todo complexo que inclui o conhecimento, as
crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos
os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo
homem como membro da sociedade.
CULTURA
A cultura deve ser entendida como um processo amplo
para em seguida partirmos para o estudo dos grupos
sociais que possuem uma cultura que os envolve.
CULTURA
Várias culturas distintas
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia é a parte das ciências humanas
que estuda o comportamento humano em
função do meio e os processos que interligam os
indivíduos em associações, grupos e instituições.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Como os indivíduos se interligam?
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Enquanto o indivíduo na sua
singularidade é estudado pela
psicologia, a sociologia tem uma base
teórico-metodológica voltada para o
estudo dos fenômenos sociais,
tentando explicá-los e analisando os
seres humanos em suas relações de
interdependência.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Logo, compreender as diferentes
sociedades e culturas é um dos
objetivos da sociologia.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os resultados da pesquisa sociológica não são de
interesse apenas de sociólogos(as). Cobrindo todas
as áreas do convívio humano — desde as relações
na família até a organização das grandes empresas,
o papel da política na sociedade ou o
comportamento religioso —, a sociologia pode vir a
interessar, em diferentes graus de intensidade, a
diversas outras áreas do saber.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os maiores interessados na produção e
sistematização do conhecimento sociológico
atualmente são o Estado, normalmente o
principal financiador da pesquisa desta
disciplina científica, e a sociedade civil
organizada (movimentos sociais por
exemplo).
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Assim como toda ciência, a sociologia
pretende explicar a totalidade do seu
universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa
não seja objetivamente alcançável, é tarefa
da sociologia transformar as malhas da rede
com a qual ela capta a realidade social cada
vez mais estreitas.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Por essa razão, o conhecimento sociológico,
através dos seus conceitos, teorias e métodos,
pode constituir para as pessoas um excelente
instrumento de compreensão das situações com
que se defrontam na vida cotidiana, das suas
múltiplas relações sociais e, consequentemente,
de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das
observações do que é repetitivo nas relações sociais
para daí formular generalizações teóricas; e também
se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência
sociológica (como, por exemplo, o surgimento do
capitalismo ou a gênese do Estado Moderno),
procurando explicá-los no seu significado e
importância singulares).
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia surgiu como uma disciplina a partir de
fins do século XVIII, na forma de resposta acadêmica
para um desafio de modernidade: se o mundo está
ficando mais integrado, a experiência de pessoas do
mundo é crescentemente atomizada e dispersada.
Sociólogos não só esperavam entender o que unia
os grupos sociais, mas também desenvolver um
"antídoto" para a desintegração social.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas
inerentes à organização da sociedade, como
raça ou etnicidade, classe e gênero, além de
instituições como a família; processos sociais
que representam divergência, ou desarranjos,
nestas estruturas, inclusive crime e divórcio; e
microprocessos como relações interpessoais.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia pesquisa também as estruturas de força
e de poder do Estado e de seus membros, e a forma
como o poder se estrutura através de microrrelações
de forças. Um dos aspectos que tem sido alvo dos
estudos da sociologia, e também da antropologia, é a
forma como os indivíduos constituintes da sociedade
podem ser manipulados para a manutenção da ordem
social e do monopólio da força física legitimada.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Sociólogos fazem uso frequente de
técnicas quantitativas de pesquisa social (como a
estatística) para descrever padrões generalizados nas
relações sociais. Isto ajuda a desenvolver modelos que
possam entender mudanças sociais e como os indivíduos
responderão a essas mudanças. Em alguns campos de
estudo da sociologia, as técnicas qualitativas — como
entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos
etnográficos — permitem um melhor entendimento dos
processos sociais de acordo com o objetivo explicativo.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os cursos de técnicas quantitativas/qualitativas servem,
normalmente, a objetivos explicativos distintos ou
dependem da natureza do objeto explicado por certa
pesquisa sociológica: o uso das técnicas quantitativas é
associado às pesquisas macrossociológicas; as
qualitativas, às pesquisas microssociológicas. Entretanto,
o uso de ambas as técnicas de coleta de dados pode ser
complementar, uma vez que os estudos
microssociológicos podem estar associados ou ajudarem
no melhor entendimento de problemas
macrossociológicos.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Interações sociais e suas consequências são interesses comuns na sociologia
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Os três autores que deram maior
visibilidade à Sociologia: Max Weber, Karl
Marx e Émile Durkheim .
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A sociologia é uma área de interesse
muito recente, mas foi a primeira
ciência social a se
institucionalizar. Antes, portanto,
da ciência política e da
antropologia.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Em que pese o termo Sociologie tenha sido
criado por Auguste Comte (em 1838), que
esperava unificar todos os estudos
relativos ao homem — inclusive a história,
a psicologia e a economia —Montesquieu
também pode ser encarado como um dos
fundadores da sociologia — talvez como o
último pensador clássico ou o primeiro
pensador moderno.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Montesquieu
Comte
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Em Comte, seu esquema sociológico era
tipicamente positivista, (corrente que teve
grande força no século XIX), e ele
acreditava que toda a vida humana tinha
atravessado as mesmas fases históricas
distintas e que, se a pessoa pudesse
compreender este progresso, poderia
prescrever os "remédios" para os problemas
de ordem social.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
As transformações econômicas,
políticas e culturais ocorridas no
século XVIII, como as Revoluções
Industrial e Francesa, colocaram em
destaque mudanças significativas da vida
em sociedade com relação a suas formas
passadas, baseadas principalmente nas
tradições.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Revolução Industrial
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
RevoluçãoFrancesa
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A Sociologia surge no século XIX
como forma de entender essas
mudanças e explicá-las. No
entanto, é necessário frisar, de
forma muito clara, que a Sociologia é
datada historicamente e que o seu
surgimento está vinculado à
consolidação do capitalismo
moderno.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Capitalismo
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Esta disciplina marca uma mudança na
maneira de se pensar a realidade
social, desvinculando-se das
preocupações especulativas e metafísicas
e diferenciando-se progressivamente
enquanto forma racional e sistemática
de compreensão da mesma.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Assim é que a Revolução Industrial
significou, para o pensamento social,
algo mais do que a introdução da
máquina a vapor. Ela representou a
racionalização da produção da
materialidade da vida social.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Racionalização
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O triunfo da indústria capitalista foi
pouco a pouco concentrando as
máquinas, as terras e as
ferramentas sob o controle de um
grupo social, convertendo grandes
massas camponesas em trabalhadores
industriais.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Neste momento, se consolida a sociedade
capitalista, que divide de modo central a
sociedade entre burgueses (donos dos meios de
produção) e proletários (possuidores apenas de
sua força de trabalho). Há paralelamente um
aumento do funcionalismo do Estado que
representa um aumento da burocratização de
suas funções e que está ligado majoritariamente
aos estratos médios da população.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O desaparecimento dos proprietários
rurais, dos artesãos independentes, a
imposição de prolongadas horas de
trabalho, etc., tiveram um efeito
traumático sobre milhões de seres
humanos ao modificar radicalmente
suas formas tradicionais de vida.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Não demorou para que as
manifestações de revolta dos
trabalhadores se iniciassem. Máquinas
foram destruídas, atos de sabotagem
e exploração de algumas oficinas,
roubos e crimes, evoluindo para a
criação de associações livres,
formação de sindicatos e
movimentos revolucionários.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Este fato é importante para o surgimento da
Sociologia, pois colocava a sociedade num plano de
análise relevante, como objeto que deveria ser
investigado tanto por seus novos problemas
intrínsecos, como por seu novo protagonismo
político já que junto a estas transformações de
ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da
sociedade e seus diversos componentes na produção
e reprodução da vida social, o que se distingue da
percepção de que este papel seja privilégio de um
Estado que se sobrepõe ao seu povo.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O surgimento da sociologia prende-se em
parte aos desenvolvimentos oriundos da
Revolução Industrial, pelas novas
condições de existência por ela criada.
Mas uma outra circunstância concorreria
também para a sua formação.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Trata-se das modificações que vinham
ocorrendo nas formas de pensamento,
originadas pelo Iluminismo. As
transformações econômicas, que se
achavam em curso no ocidente europeu
desde o século XVI, não poderiam deixar
de provocar modificações na forma de
conhecer a natureza e a cultura.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A Sociologia no mundo foi-se
mostrando presente em várias datas
importantes desde as grandes
revoluções, desde lá cada vez mais
foi de fundamental participação para
a sociedade mundial e também
brasileira.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Desde o início, a Sociologia vem-se
preocupando com a sociedade no seu
interior, isto diz respeito, por exemplo, aos
conflitos entre as classes sociais. Na
América Latina, por exemplo, a sociologia
sofreu influências americanas e europeias, na
medida em que as suas preocupações passam
a ser o subdesenvolvimento, ela vai sofrer
influências das teorias marxistas.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, a
Sociologia estava num estudo sobre a
formação da sociedade brasileira e
analisando temas como abolição da
escravatura, êxodos, e estudos sobre
índios e negros.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Nas décadas seguintes, de 1940 e 1950, a
Sociologia voltou-se para as classes
trabalhistas, tais como salários e jornadas de
trabalho, e também comunidades rurais. Na
década de 1960, a sociologia se preocupou com o
processo de industrialização do país, nas
questões de reforma agrária e movimentos
sociais na cidade e no campo e, a partir de 1964,
o trabalho dos sociólogos se voltou para os
problemas sociopolíticos e econômicos
originados pela tensão de se viver em um
país cuja forma de poder é o regime militar.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Na década de 1980, a Sociologia finalmente
volta a ser disciplina no ensino médio, e
também ocorreu a profissionalização da
Sociologia. Além da preocupação com a
economia política e mudanças sociais
apropriadas com a instalação da Nova
República, volta-se também em relação ao
estudo da mulher, do trabalhador rural
e outros assuntos.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Ainda que a Sociologia tenha
emergido em grande parte da
convicção de Comte de que ela
eventualmente suprimiria todas as
outras áreas do conhecimento
científico, hoje ela é mais uma
entre as ciências.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Atualmente, ela estuda organizações
humanas, instituições sociais e suas
interações sociais, aplicando normalmente o
método comparativo. Esta disciplina tem se
concentrado particularmente em organizações
complexas de sociedades industriais assim
como nas redes transnacionais e
globalizadas que unificam ou associam
fenômenos para além das fronteiras
nacionais.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Ao contrário das explicações filosóficas
das relações sociais, as explicações da
Sociologia não partem simplesmente da
especulação de gabinete, baseada, quando
muito, na observação causal de alguns
fatos.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Muitos dos teóricos que almejavam conferir à
Sociologia o estatuto de ciência buscaram nas
ciências naturais as bases de sua metodologia já
mais avançada e as discussões epistemológicas já
mais desenvolvidas. Dessa forma, foram
empregados métodos estatísticos, a observação
empírica e um ceticismo metodológico a fim de
extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos"
recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a
grandes elucubrações.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Uma das primeiras e grandes
preocupações para com a Sociologia foi
eliminar juízos de valor feitos em
seu nome. Diferentemente da ética,
que visa discernir entre bem e mal, a
ciência se presta à explicação e à
compreensão dos fenômenos,
sejam estes naturais ou sociais.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer
aos mesmos princípios gerais válidos
para todos os ramos de conhecimento
científico, apesar das peculiaridades não só
dos fenômenos sociais quando comparados
com os fenômenos de natureza, mas também,
consequentemente, da abordagem científica
da sociedade.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Tais peculiaridades, no entanto, foram e
continuam sendo o foco de muitas
discussões, ora tentando aproximar as
ciências, ora as afastando e, até mesmo,
negando às humanas tal estatuto com base
na inviabilidade de qualquer controle dos
dados tipicamente humanos, considerados
— sob esse ponto de vista — imprevisíveis e
impassíveis de uma análise objetiva.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Clássica no sentido de influenciar todo o
pensamento e os métodos dos
sociólogos posteriores.
Três principais sociólogos clássicos:
- Émile Durkheim;
- Karl Marx;
- Max Weber.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858
— Paris, 15 de novembro de 1917) é
considerado um dos pais da Sociologia tendo
sido o fundador da escola francesa, posterior
a Marx, que combinava a pesquisa empírica
com a teoria sociológica. É amplamente
reconhecido como um dos melhores teóricos
do conceito da coesão social.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Partindo da afirmação de que "os fatos
sociais devem ser tratados como coisas",
forneceu uma definição do normal e do
patológico aplicada a cada sociedade, em que
o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo
obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o
que significa que a sociedade e a consciência
coletiva são entidades morais, antes mesmo
de terem uma existência tangível.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Essa preponderância da sociedade sobre o
indivíduo deve permitir a realização deste,
desde que consiga integrar-se a essa
estrutura.
Para que reine certo consenso nessa
sociedade, deve-se favorecer o aparecimento
de uma solidariedade entre seus membros.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Uma vez que a solidariedade varia segundo o
grau de modernidade da sociedade, a
norma moral tende a tornar-se norma jurídica,
pois é preciso definir, numa sociedade
moderna, regras de cooperação e troca de
serviços entre os que participam do trabalho
coletivo (preponderância progressiva da
solidariedade orgânica).
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim
e seus seguidores. Suas principais obras
são: Da divisão do trabalho
social (1893); Regras do método
sociológico (1895); O suicídio (1897); As
formas elementares de vida religiosa (1912).
Fundou também a revista L'Année
Sociologique, que afirmou a preeminência
durkheimiana no mundo inteiro.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de
1818 Londres, 14 de março de 1883) foi um
intelectual e revolucionário alemão, fundador
da doutrina comunista moderna, que atuou
como economista, filósofo, historiador,
sociólogo, teórico político e jornalista.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
As teorias de Marx sobre a sociedade, a
economia e a política - conhecidas
coletivamente como marxismo - afirmam
que as sociedades humanas progridem
através da luta de classes: um conflito entre a
classe burguesa que controla a produção e
um proletariado que fornece a mão de obra
para a produção.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele chamou o capitalismo de "a ditadura da
burguesia", acreditando que seja executada
pelas classes ricas para seu próprio benefício.
Marx previu que, assim como os sistemas
socioeconômicos anteriores, o capitalismo
produziria tensões internas que conduziriam à
sua autodestruição e substituição por um novo
sistema: o socialismo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele argumentou que uma sociedade socialista
seria governada pela classe trabalhadora a
qual ele chamou de "ditadura do
proletariado", o "estado dos trabalhadores" ou
"democracia dos trabalhadores". Marx
acreditava que o socialismo viria a dar origem
a uma apátrida, uma sociedade sem classes
chamada de comunismo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Junto com a crença na inevitabilidade do
socialismo e do comunismo, Marx lutou
ativamente para a implementação do
primeiro, argumentando que os teóricos
sociais e pessoas economicamente carentes
devem realizar uma ação revolucionária
organizada para derrubar o capitalismo e
trazer a mudança socioeconômica.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
A teoria marxista é uma crítica radical das
sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que
não se limita a teoria em si. Marx se posiciona
contra qualquer separação drástica entre teoria
e prática, entre pensamento e realidade,
porque essas dimensões são abstrações
mentais (categorias analíticas) que, no plano
concreto, real, integram uma mesma totalidade
complexa.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
O marxismo constitui-se como a
concepção materialista da História, longe
de qualquer tipo de determinismo, mas
compreendendo a predominância da
materialidade sobre a ideia, sendo esta
possível somente com o desenvolvimento
daquela, e a compreensão das coisas em seu
movimento, em sua inter-determinação, que é
a dialética.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Portanto, não é possível entender os conceitos
marxistas como forças produtivas, capital,
entre outros, sem levar em conta o processo
histórico, pois não são conceitos abstratos e
sim uma abstração do real, tendo como
pressuposto que o real é movimento.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele compreende o trabalho como atividade
fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a
centralidade da atividade humana, se
desenvolve socialmente, sendo o homem um
ser social. Sendo os homens seres sociais, a
História, isto é, suas relações de produção e
suas relações sociais . fundam todo processo
de formação da humanidade.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Metodologia
Em oposição aos filósofos idealistas e aos
economistas clássicos, Marx propunha a
investigação do desenvolvimento
histórico das formas de produção e
reprodução social, partindo do concreto para
o abstrato e do abstrato para o concreto.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Para Marx a crítica da religião é o pressuposto
de toda crítica social, pois crê que as
concepções religiosas tendem a
desresponsabilizar os homens pelas
consequências de seus atos.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Marx tornou-se reconhecido como crítico
sagaz da religião devido a sentença que
profere em um escrito intitulado
Crítica da filosofia do direito de Hegel: “A
religião é o suspiro da criatura oprimida, o
coração de um mundo sem coração, assim
como é o espírito de uma situação carente de
espírito. É o ópio do povo.”
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Marx se ocupou muito pouco em criticar
sistematicamente a atividade religiosa. Nesse
quesito ele basicamente seguiu as opiniões de
Ludwig Feuerbach, para quem a religião não
expressa a vontade de nenhum Deus ou outro
ser metafísico: é criada pela fabulação dos
homens.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:Revolução
Em geral, Marx considerava que toda
revolução é necessariamente violenta. A
necessidade de violência se justifica porque o
Estado tenderia sempre a empregar a coerção
para salvaguardar a manutenção da ordem
sobre a qual repousa seu poder político, logo,
a insurreição não tem outra possibilidade de se
realizar senão atuando também
violentamente.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:A mais-valia
O conceito de Mais-valia foi empregado por Karl
Marx para explicar a obtenção dos lucros no
sistema capitalista. Para Marx o trabalho gera a
riqueza, portanto, a mais-valia seria o valor
extra da mercadoria, a diferença entre o que o
empregado produz e o que ele recebe.
SOCIOLOGIA CLÁSSICAKarl Marx:A mais-valia
Os operários em determinada produção
produzem bens (ex: 100 carros num mês), se
dividirmos o valor dos carros pelo trabalho
realizado dos operários teremos o
valor do trabalho de cada operário. Entretanto
os carros são vendidos por um preço maior,
esta diferença é o lucro do proprietário da
fábrica, a esta diferença Marx chama de valor
excedente ou maior, ou mais-valia.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Maximilian Karl Emil Weber (Erfurt,
21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de
1920) foi um intelectual alemão, jurista,
economista e considerado um dos fundadores
da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso
sociólogo e economista Alfred Weber. A esposa
de Max Weber, Marianne Weber, biógrafa do
marido, foi uma das alunas pioneiras na
universidade alemã e integrava grupos
feministas de seu tempo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Grande parte de seu trabalho como pensador e
estudioso foi reservado para o chamado
processo de racionalização e desencantamento
que provém da sociedade moderna e capitalista.
Mas seus estudos também deram contribuição
importante para a economia.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Sua obra mais famosa é o ensaio
A ética protestante e o espírito do capitalismo,
com o qual começou suas reflexões sobre a
sociologia da religião.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Weber argumentou que a religião era uma
das razões não-exclusivas do porque as
culturas do Ocidente e do Oriente se
desenvolveram de formas diversas, e
salientou a importância de algumas
características específicas do protestantismo
ascético, que levou ao nascimento do
capitalismo, a burocracia e do estado racional e
legal nos países ocidentais.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Em outro trabalho importante,
A política como vocação, Weber definiu o
Estado como "uma entidade que reivindica
o monopólio do uso legítimo da força
física", uma definição que se tornou central no
estudo da moderna ciência política no
Ocidente.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Weber mostra que o espírito do capitalismo
não é caracterizado pela busca desenfreada do
prazer e pela busca do dinheiro por si mesmo.
O espírito do capitalismo deve ser entendido
como uma ética de vida, uma orientação na
qual o indivíduo vê a dedicação ao
trabalho e a busca metódica da riqueza
como um dever moral.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:
É um conceito que envolve a "classificação
das pessoas em grupos com base em
condições socioeconômicas comuns... um
conjunto relacional das desigualdades com
as dimensões econômica, social, política e
ideológica". Quando as diferenças levam a
um status de poder ou privilégio de alguns
grupos em detrimento de outros isso é
chamado de estratificação social.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:
É um sistema pelo qual a sociedade classifica
categorias de pessoas em uma hierarquia. A
estratificação social é baseada em quatro
princípios básicos: (1) É uma característica da
sociedade, e não simplesmente um reflexo das
diferenças individuais, (2) A estratificação
social continua de geração para geração, (3) É
universal, mas variável; (4) Envolve não só a
desigualdade, mas também crenças.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:
Na cultura ocidental moderna, a estratificação
é amplamente organizada em três camadas
principais: classe alta, classe média e
classe baixa. Cada uma destas classes podem
ser ainda subdivididas em classes menores
(por exemplo, ocupação).
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
O estatuto social ou status social é o
"posto", a honra ou o prestígio anexados a
posição de alguém na sociedade. Note que
o status social é influenciado pela
posição social. Certos comportamentos
carregam estigmas que podem afetar
negativamente o status do indivíduo.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
O status é atribuído quando independe da
capacidade do indivíduo para sua obtenção; ele
recebe este status quando nasce (por exemplo,
os herdeiros de monarquias hereditárias).
O status é adquirido quando depende do
esforço pessoal para sua obtenção.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
Nas sociedades modernas, a ocupação é
geralmente considerada como a principal
dimensão do status, mas, mesmo nas
sociedades da atualidade, outras filiações (tais
como grupo étnico,religião, gênero, trabalho
voluntário, fã-clubes, passatempos etc.), podem
ter sua influência.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
Um médico, por exemplo, possui
um status social mais alto do que um operário
de fábrica, mas, em algumas sociedades, um
médico caucasiano católico possui
um status mais elevado do que o de um médico
afrodescendente praticante de alguma religião
minoritária.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
Status é uma ideia-chave na
estratificação social. Inconsistência de status é
uma situação na qual a posição social do
indivíduo tem influências tanto positivas quanto
negativas sobre seu status social.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
Por exemplo, um professor tem uma imagem
social positiva (respeito, prestígio), a qual
incrementa seu status, mas recebe um baixo
salário, o que, simultaneamente, diminui
seu status. Por outro lado, um criminoso pode
ter uma baixa posição social, mas obter altos
rendimentos.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
São três:
Formas de organização social:
A unidade fundamental para a sociologia é o
grupo social, um conjunto de pessoas que
interagem formando padrões, unidas em torno
de interesses em comum ou aglutinadas
segundo a identidade que tentam reproduzir.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Os grupos sociais se dividem em primários e
secundários.
Grupos primários são aqueles em que os
indivíduos possuem laços mais estreitos,
mais próximos, propiciando maior intimidade
e coesão, dentro dos quais os interesses
comuns se estendem por longos prazos e, por
vezes, são substituídos pela afetividade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Um bom exemplo de grupo primário é a
família, onde se um membro modificar seus
interesses, nem por isto deixa de pertencer ao
grupo.
O interesse em comum que existe dentro da
família pode ser simplesmente o bem estar do
outro, quer seja consciente ou não.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Grupos secundários são formados por indivíduos com
interesses em comum que, depois de satisfeitos,
dentro de certo prazo, terminam com a dissolução do
grupo.
Colegas de faculdade exemplificam perfeitamente um
grupo secundário, pois existe o interesse em comum de
concluir o curso, o que, uma vez realizado, dissolve o
grupo, embora ele possa se tornar um ou vários grupos
primários.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Conforme os grupos crescem podem se tornar formais
e informais, ou seja, com regras e normas
explicitas ou implícitas.
Um grupo pode se tornar uma organização, um
aglomerado de pessoas unidas em torno de objetivos,
formando uma combinação de esforços individuais em
prol de propósitos coletivos.
Neste sentido, assim como os grupos, as organizações
podem ser voluntárias ou coercitivas.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Grupos ou organizações voluntários são aqueles
onde os membros se reúnem espontaneamente.
Coercitivas são aqueles em que os membros são
forçados a se reunirem, a estarem juntos.
Diferente de uma organização, uma instituição
pode ser definida como um conjunto de pessoas
que, não tendo necessariamente objetivos
coletivos, é unificado pelo conjunto de
tradições que segue.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Ao contrário do que poderíamos imaginar, nem
sempre os indivíduos controlam totalmente o
comportamento.
Para facilitar o convívio, a sociedade está
organizada segundo uma hierarquia, compondo
uma estrutura social.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Cada individuo, conforme suas inclinações pessoais
e sua formação social, tende a ocupar um lugar na
estrutura, exercendo um papel social especifico
que fará com que se comporte conforme as
expectativas do grupo, independente de sua
vontade.
O comportamento das pessoas envolve o que se
espera delas ou aquilo que ela mesma imagina que
é esperado, determinando papéis sociais que
conferem status.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Por exemplo, um diretor de uma empresa jamais
irá usar gírias em uma reunião de diretoria, pois
considera que não atenderá as expectativas do
grupo e diminuirá seu status.
Entretanto, quando alguém ocupa mais de uma
posição ou está presente em mais de uma
estrutura, desempenhando múltiplos papéis,
podem surgir conflitos de papéis.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
A esposa, por exemplo, sendo ao mesmo tempo mãe,
devendo desempenhar funções distintas, pode confundir
papéis.
Tratando o marido como filho e criando uma tensão
sexual com o filho, a esposa pode deixar os outros
membros da família desorientados.
Quando a mãe parece ter mais status para o marido que
a esposa, a dita esposa pode tentar compor a
expectativa que pensa que o marido tem para com ela.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Resultado, a esposa passa a tratar o marido
como mãe, buscando o status que julga não ter
como esposa.
Assim, o fator que faz com que as pessoas
confundam papeis é o status, a busca pelo
reconhecimento dentro da estrutura social.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Quando um papel é considerado pelo individuo
como estando abaixo do respeito e admiração
almejado, o individuo tende a transferir seus
desejos de reconhecimento para outra parte da
estrutura ou outra estrutura onde pensa que
terá maior probabilidade de sucesso.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
De qualquer forma, os conflitos de papeis
desarticulam as relações e desestruturam os
grupos sociais, causando inúmeros problemas
para o individuo e o conjunto da coletividade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:
Mudança de posição de indivíduos ou
grupos em determinado sistema de
estratificação.
Esse fenômeno não existiu em todas as
sociedades ao longo da história e naquelas em
que ocorre varia em intensidade, maior ou
menor, de uma para outra.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:
Mobilidade vertical: Ascensão ou a queda dos
indivíduos ou grupos na escala de hierarquia
social, levando a mudanças de suas posições de
classe em relação às que eram ocupadas
anteriormente na sociedade. O enriquecimento
e o empobrecimento exemplificam este tipo de
mobilidade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:
Mobilidade horizontal: relaciona-se com as
mudanças de posição no interior da mesma
classe dos indivíduos e grupos. As mudanças de
religião, de posição política e de convicção
filosófica ilustram essa modalidade.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Teoria da Dependência (pré-1964):
Fernando Henrique Cardoso
O subdesenvolvimento é fruto das relações
internacionais. Essa conclusão é uma
interpretação histórica da realidade econômica
latino-americana e mundial. A saída do
subdesenvolvimento passaria pelo incremento
acelerado de um processo de industrialização
com protecionismo, planejado e forte influência
do Estado (Celso Furtado).
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Teoria da Dependência (pré-1964):
Dependência: relação de subordinação
entre as partes componentes do sistema
capitalista (relações entre as chamadas
economias centrais (países desenvolvidos)
e economias periféricas (países
subdesenvolvidos)). Os países de
economia dependente viveram,
necessariamente, a condição colonial e a
experiência do desenvolvimento industrial
tardio.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Sociologia Brasileira após 1964:
A universidade foi desmembrada e muitos
professores foram cassado pelo Regime
Militar, levando à formação de Centros de
Estudo em várias áreas. Dalí aconteceu a
profissionalização das Ciências Sociais no
Brasil, agregando cursos de pós-graduação
e o estabelecimento de técnicas de
pesquisa para a investigação sociológica.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do
Brasil no contexto da Globalização
neoliberal:
No fim dos anos 1970 e anos 1980, com o
fim do Regime Militar, a Sociologia
brasileira se voltou para o processo de
redemocratização do país, além das
consequências dos “anos de chumbo” na
sociedade.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do
Brasil no contexto da Globalização
neoliberal:
No plano mundial, o advento da ampliação
produtiva e comercial do capitalismo
monopolista, bateu às portas do âmbito
financeiro internacional, dando início à
chamada globalização da economia
mundial.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do
Brasil no contexto da Globalização
neoliberal:
No plano brasileiro, dois cenários:
- Estudos Macrossociológicos: procuram dar
explicações relativas ao conteúdo e à lógica do
processo político e social que o país vive.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do
Brasil no contexto da Globalização
neoliberal:
No plano brasileiro, dois cenários:
- Estudos Microssociológicos: voltada para
a descrição de objetos delimitados de
natureza setorial.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- Indicador fundamental da desigualdade
social origina-se na distribuição desigual
dos frutos da natureza e do trabalho.
- As reflexões sobre as origens e os
fundamentos da desigualdade surgiram no
bojo do nascimento do mundo moderno e
foram postas em pauta pelos primeiros
pensadores burgueses:
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- Thomas Hobbes (1588-1679): Contrato social
– Os indivíduos eram naturalmente iguais,
gerando um estado permanente de violência.
Para evitar isso, foi necessário que se
estabelecesse um acordo (contrato social),
implicando a perda da liberdade individual,
vivendo a partir dalí num estado de
submissão a um monarca que controlaria a
situação (o Estado).
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- John Locke (1632-1704): Pacto social – Partiu
de uma necessidade de construir uma
sociedade fundada na política, na qual
pactuariam homens livres e iguais. O
problema é que eles só seriam livres e iguais
à medida que tivessem propriedades a zelar, e
os que não as possuíssem nãoestariam aptos
a celebrar o pacto, sendo relegados à
condição de desiguais.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): A
liberdade só teria sentido se fosse edificada
na igualdade, que por sua vez, deveria ser
moralmente assentada e legitimada por meio
do concurso dos fundamentos jurídicos. Logo,
a coesão social rousseauniana declara que
todos “os homens deveriam ser iguais
perante a lei.”
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- As formas pelas quais os teóricos do Estado
burguês moderno procuraram compreender,
explicar e justificar a desigualdade passaram
pelos conceitos de contrato, pacto,
consentimento e pelo lema da liberdade,
igualdade e fraternidade, mas só a superaram
no plano jurídico, o que constituiu avanço
histórico incontestável.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- As diferenças sociais, que são produto
objetivo das distinções materiais entre
proprietários e não proprietários, ricos e
pobres, incluídos e excluídos, continuam
sendo construídas e escamoteadas, na
sociedade de classes contemporânea, ao
sabor dos interesses e necessidades dos
grupos que nela detêm o poder.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:
Pobreza versus riqueza:
- No início do século XXI, a pobreza continua
sendo tratada como consequência direta do
fracasso pessoal, da incompetência ou da
falta de vontade e garra dos indivíduos ou
grupos, ao mesmo tempo que os setores
dominantes da sociedade persistem na
postura de não se sentirem responsáveis por
sua geração.
DESIGUALDADE SOCIAL
Relações sociais e desigualdade:
O avanço da percepção de que a desigualdade
social não era produto natural da condição
humana, fato já notado teoricamente por
Rousseau, levou ao cerne da questão: a
desigualdade era resultante direta da lógica
das relações sociais.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Conceito:
Os conceitos definidores de movimento social
referem-se à esfera das ações de grupos
organizados para a conquista de
determinados fins estabelecidos
coletivamente, que partem de necessidades e
visões específicas de mundo e de sociedade e
objetivam mudar ou manter as relações
sociais.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Conceito:
Esses movimentos constituem parte
integrante fundamental das sociedades, e são
sufocados nas que são autoritárias e
reconhecidos nas democráticas, devendo ser
vistos e analisados como fenômenos internos
aos constantes processos de mudança e
conservação dos sistemas e estruturas
sociais.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Os processos de Comunicação de Masssa e a
Sociedade Contemporânea:
A comunicação e a informação constituem
uma das bases fundamentais de todos os
contatos sociais.
Dada a profusão no século XX de meios para
se comunicar, comunicação e informação
tornaram-se imprescindíveis para a
compreensão dos problemas relativos às
relações sociais.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Os processos de Comunicação de Masssa e a
Sociedade Contemporânea:
O conceito comunicação desenvolveu-se à
proporção que cresceu a diversidade dos
meios de comunicação.
Quando nos comunicamos, utilizamos os
meios que criamos para transportar nossos
sentidos de um ponto para outro ou para
vários pontos simultaneamente, pressupondo
que a comunicação não consegue prescindir
de seu agente.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Massificação:
Vivemos numa sociedade de massas!
Massa um conjunto de elementos no qual o
número de pessoas que expressam opinião é
sempre muito menor do que o das que recebem.
Nesse sentido, a massa seria constituída por
uma coleção abstrata de indivíduos que
viveriam a receber impressões e opiniões já
formadas, antes construídas e depois
veiculadas pelos meios de comunicação de
massa.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Massificação:
A comunicação de massa deve ser caracterizada
pela forma como ela é definida por seus
produtores e pelo modo como ela é recebida
pela sociedade.
Ela é uma forma de comunicação social voltada
para ampla faixa de público, que é anônimo,
disperso e heterogêneo. E para atingir esse
público deve voltar-se prioritariamente para a
obtenção da chamada grande audiência, pelo
recurso à utilização de seus meios e técnicas de
difusão coletiva.