da escola pÚblica paranaense 2009 · produzindo um jornal mural e virtual 17 objetivos 19 ......
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CRISTIANE MARI CARVALHO DE OLIVEIRA
FERREIRA
CADERNO PEDAGÓGICO
O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS CONTRIBUINDO PAR A O
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM EM LÍNGUA PORTUGUESA
Profº. Orientador: Juslaine de Fátima Abreu Nogueira
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2010
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SUMÁRIO
Conteúdo 03
Objetivos 03
Recursos/procedimentos 03
Práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita 04
Unidade I 06
Crônicas 06
Unidade II 07
Artigo de opinião 07
Unidade III 08
Atividades com notícias 08
Unidade IV 11
Entrevista 11
Unidade V 14
Editoriais 14
Unidade VI 17
Jornal virtual 17
Principais textos jornalísticos 17
Produzindo um jornal mural e virtual 17
Objetivos 19
Estratégias 20
Sugestão de sites 24
Referências bibliográficas 25
3
Conteúdo: Leitura e produção de textos jornalísticos para a construção do
jornal eletrônico
Objetivos:
• Preparar os alunos para que analisem e realizem as inferências
necessárias para a compreensão e produção dos textos jornalísticos;
• Identificar o contexto presente nesses textos que possibilitem a
compreensão de seu significado;
• Oportunizar, aos alunos, meios para que identifiquem as marcas
linguísticas presentes nesses textos;
• Construção do jornal mural e eletrônico pelos alunos.
Recursos / Procedimentos:
• Explanação sobre a história do jornal; apresentação de alguns jornais
antigos;
• Apresentação de cópias dos gêneros jornalísticos (agenda cultural,
anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, carta ao leitor,
cartum, charge, classificados, crônica jornalística, editorial, entrevista
(oral e escrita), fotos, horóscopo, infográfico, manchete, mapas, mesa
redonda, notícia, reportagens, resenha crítica, sinopse de filmes, tiras)
apresentados nos dos materiais disponibilizados nas Escolas pela
Olimpíada de Língua Portuguesa e do projeto Ler e Pensar da Gazeta
do Povo e também de sites educativos;
• Exercícios de leitura, compreensão, análise e produção desses textos
primeiramente coletivos (grupos, duplas) e depois individuais;
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Práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita
Segundo as diretrizes curriculares, é nos processos educativos, e
notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a
oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a
garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e
mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as
práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais
diferentes circunstâncias de uso da língua, em instancias públicas e privadas.
Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da
palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões.
Porém, não basta dar a palavra ao outro, é necessário aceitá-la e devolvê-la ao
outro: “É devolvendo o direito á palavra – e na nossa sociedade isto inclui o
direito à palavra escrita – que talvez possamos um dia ler a história contida, e
não contada, da grande maioria que hoje ocupa os bancos das escolas
públicas” (GERALDI, 1990, p. 124). Por isso, é tarefa da escola possibilitar que
seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a
escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de
interação.
Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma
prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um
destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo
em vista que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções
comunicativas socialmente específicas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47)
Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a
composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza um poema, um
bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico. Essas e outras
composições precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a partir
de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes
gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto
coletivamente vividas. Pois a possibilidade da criação, no exercício desta
prática, permite ao educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a
autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando
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escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p. 289) afirma
que “todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. É a
posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido.” A produção
escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto,
interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito,
que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática,
coerência, coesão, intenções, interlocutor (es), dentre outros. Além disso, “[…]
a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais
como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que
operam como gestos, mímica, prosódia, graficamente representadas”
(MARCUSCHI, 2005, p. 17).
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de
sua produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor,
conforme propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para
dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
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UNIDADE 1
CRÔNICAS
Professor (a), ao acessar o site da Olimpíada (Comunidade escrevendo o
futuro) http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf/ - você terá acesso aos cadernos
pedagógicos para as atividades com os gêneros (crônica e artigo de opinião)
que nos interessam nesse momento e também aos cadernos pedagógicos de
poesias e memórias. O site mantém oficinas on-line de “Sequência didática”,
“Letramento e alfabetização” que poderão ser realizadas pelos professores. E
nos anos ímpares, a Comunidade oferece cursos virtuais sobre o ensino de
gêneros. Basta inscrever-se no site.
Para ter acesso aos materiais (áudio, cadernos e coletâneas de textos), clique
nas imagens abaixo segurando a tecla CTRL do seu computador. A página da
Comunidade abrirá (seu computador precisa estar conectado à internet).
Caderno de Crônica - A ocasião faz o escritor
• Observação de situações cotidianas do local onde vivem.
• Uso adequado de marcadores de tempo e espaço para caracterização
da situação tratada.
• Uso adequado de articuladores textuais.
• Emprego de recursos de linguagem em função do tom da crônica
escolhido pelo autor.
• Leitura de crônicas e reconhecimento de cronistas brasileiros
consagrados.
UNIDADE II
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ARTIGO DE OPINIÃO
Caderno de Artigo de Opinião - Pontos de vista
• Identificação de questões socialmente relevantes sobre o lugar onde
vivem.
• Identificação e utilização de dados adequados para apresentação da
questão abordada no texto.
• Uso de justificativas que sustentem consistentemente a conclusão do
autor.
• Uso adequado de elementos articuladores.
• Leitura de diferentes artigos de opinião publicados em jornais, revistas
ou sites.
• Coesão e coerência argumentativa.
Todos os cadernos trazem detalhadamente as oficinas para serem trabalhadas
de forma bem prática.
SUGESTÃO: Professor (a): inicie as atividades propostas já no início do ano
letivo e primeiramente produza textos coletivos (grupos de no máximo 05
alunos). Depois, em duplas, e finalmente, individualmente. Todos os textos
produzidos podem e devem ser postados no ambiente virtual e também
colocados no jornal mural
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UNIDADE III
ATIVIDADES COM NOTÍCIAS
A atividade apresentada a seguir foi retirada do site:
http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno03-11.html
Estado começa a equipar salas de cinemas de R$1
Onze municípios serão beneficiados até o fim do ano O governo do estado iniciou a distribuição dos equipamentos para as salas populares de cinemas que serão
criados em municípios do interior, com ingresso a um real. Até o fim deste ano, devem ser instaladas 11 salas. As primeiras cidades beneficiadas são Mesquita, Belford Roxo, São João de Meriti e Japeri. Já os municípios
de Engenheiro Paulo de Frontin, Mangaratiba, Carapebus, Santo Antônio de Pádua, Itaboraí, Duas Barras e
Mendes serão atendidos até o fim do ano. As prefeituras oferecem os espaços e recuperam as instalações e o governo do estado fornece os
equipamentos necessários para o funcionamento das salas, como projetor, DVD player, videocassete, uniforme,
caixas acústicas, tela de projeção e cortinas. Em 2003, a Secretaria Estadual de Cultura realizou uma pesquisa e detectou que, dos 92 municípios
fluminenses, 62 deles (67% do total) não tinham uma sala de cinema (O Globo. 12/06/2004).
A seguir algumas questões que poderão ser inferidas nessa e em outras
notícias.
Quem? Governo do estado do Rio de Janeiro
O quê? Iniciou a distribuição de equipamentos para as salas populares de
cinema com ingresso a um real.
Quando? A partir de junho de 2004 até o final do ano.
Onde? Em 11 cidades do interior e da Baixada Fluminense.
Como? As prefeituras oferecem os espaços e recuperam as instalações e o
governo do estado fornece os equipamentos necessários para o funcionamento
das salas.
Por quê ? Em 2003, a Secretaria Estadual de Cultura realizou uma pesquisa e
detectou que, dos 92 municípios fluminenses, 62 deles (67% do total) não
tinham uma sala de cinema.
Professor (a): promova uma discussão com os alunos sobre o conteúdo da
notícia: importância da medida do governo, consequências dela, interesses
políticos, etc.
Depois do trabalho em conjunto da análise de algumas notícias, poderão ser
realizadas as seguintes atividades:
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a) Solicitar aos alunos que recortem notícias de jornal e respondam as 06
perguntas apresentadas e/ ou redijam comentários sobre os fatos
narrados;
b) Forneça respostas para as 06 perguntas e peça que os alunos escrevam
notícias;
c) Oriente aos alunos nas pesquisas (de campo, em jornais e revistas,
através de entrevistas, etc.) para que depois eles redijam notícias
baseadas nos dados colhidos para serem postadas no jornal mural e
eletrônico.
Use as mesmas inferências para trabalhar diferentes notícias. (Quem?, O
quê?, Quando?, Onde?, Como? e Por quê?). Explique aos alunos que em
alguns casos nem todas as questões serão respondidas.
SUGESTÃO DE TEXTO
(para desenvolvimento da atividade com notícias).
VOTO LIVRE
Por votolivre.org 26/07/2010 às 19:53
Você sabia que você pode fazer leis para melhorar a sua cidade? Não? Pois é, você pode. A
Constituição de 1988 é uma constituição cidadã, citando Ulysses Guimarães. Ela é dotada de
mecanismos que permitem ao povo exercer o poder diretamente.
Nós somos uma sociedade civil organizada (uma associação sem fins lucrativos) e sem Partidos Políticos
envolvidos. Não somos políticos, somos curitibanos, pessoas como você, arquitetos, engenheiros,
médicos, estudantes, funcionários públicos, publicitários, advogados, aposentados, administradores,
farmacêuticos, empresários, psicólogos, professores, enfermeiros, dentistas, contadores, fisioterapeutas,
juízes, desempregados, bombeiros, policiais, donas de casa, empregados em geral, jornalistas,
historiadores, geólogos, matemáticos, veterinários, astrônomos, pedagogos, sociólogos, antropólogos,
filósofos, cientistas, atletas, apresentadores de televisão, músicos, artistas, fotógrafos, biólogos,
economistas, cozinheiros, secretárias, designers, pesquisadores. Somos o povo brasileiro. Objetivo?
Encaminhar proposta de lei municipal por iniciativa popular. "Artigo 1° de Constituição Federal/88:-
Todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente." Ação
inicial? A Lei da Mobilidade Sustentada Urbana (Lei da Bicicleta). Do que se trata? A Lei da Bicicleta
institui a bicicleta como modal de transporte regular e estabelece 5% das vias urbanas destinadas a
construção de ciclo-faixas e ciclovias - no modelo funcional, interconectando o centro da Cidade (em
Curitiba as ciclovias ligam os parques em modelo turístico). Bicicletários em pontos estratégicos da
cidade: - Terminais de transporte coletivo. - Prédios públicos (municipal, estadual e federal). -
Estabelecimentos de ensino. - Estabelecimentos comerciais. - Praças Públicas de grande circulação do
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centro da cidade. Cultura / Educação - sensibilização para cultura do uso da bicicleta como meio de
transporte. Turismo consciente - Roteiro turístico para conhecer Curitiba de bicicleta e a implementação
do SAMBA (Solução Alternativa para a Mobilidade por Bicicletas de Aluguel), a exemplo das cidades do
Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa. Como funciona? Para a iniciativa popular propor uma Lei
Municipal é preciso de 5% de votos do eleitorado - em Curitiba isto representa cerca de 65 mil
assinaturas. E isto é possível? Sim. Esse procedimento é previsto na própria Lei Orgânica do Município
de Curitiba*, no seu artigo 7º e 55, e na Constituição Federal (art. 1º. e art. 61). *Art. 7º - Todo Poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente. Parágrafo único - A
soberania popular será exercida: I - Indiretamente, pelo Prefeito e pelos Vereadores eleitos para a Câmara
Municipal, por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto. II - Diretamente, nos termos da lei, em
especial, mediante: a) iniciativa popular; b) referendo; c) plebiscito. Art. 55 - A iniciativa popular de
projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros poderá ser exercida por cinco
por cento, pelo menos, do eleitorado. Como votar? Preenchendo seu cadastro com o nome completo,
email, endereço, CPF e título de eleitor, em um sistema no site votolivre.org. E isso vale? Sim, você está
manifestando a sua adesão ao projeto de lei e o seu voto é computado por título de eleitor mediante
verificação do CPF válido (a listagem com os dados dos eleitores (título eleitoral e endereço) que
assinarem a proposta, será entregue na Comissão de Participação Legislativa da Câmara Municipal de
Curitiba (com cópia para o Tribunal Regional Eleitoral - TRE/PR), que, em caso de dúvida, poderá fazer
a respectiva conferência da adesão do eleitor). É a democracia sendo exercida de forma livre e direta.
UNIDADE IV
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ENTREVISTA
A atividade a seguir foi adaptada do site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAul a.html?aula=10258O
Conhecer algumas semelhanças e diferenças do gênero entrevista nas duas
modalidades da língua: escrita e falada. Tempo da atividade (8 aulas de 50
minutos)
1ª aula:
Professor: Inicie a sequência perguntando aos alunos:
1. Vocês já assistiram a alguma entrevista na televisão? Quem era o
entrevistado? E o entrevistador?
2. Quais são os programas na televisão de entrevistas atualmente?
3. Vocês já leram alguma entrevista? Onde?
4. Quem era o entrevistado? E o entrevistador?
5. Quais são os jornais e/ou revistas que publicam entrevistas atualmente?
6. Será que há diferenças entre uma entrevista falada e uma entrevista escrita? E
semelhanças? Vamos descobrir?
2ª aula:
Professor: Nessa etapa, os alunos lerão uma entrevista. Você poderá
selecionar entrevistas que abordem temas de interesse para os jovens.
Sugerimos uma entrevista com o criador do Twitter (uma ferramenta de
comunicação muito usada pelos jovens), publicada na Revista Veja (22 de
outubro de 2009). Essa entrevista pode ser encontrada por meio do link:
http://veja.abril.com.br/211009/mundo-140-caracteres-p-19.shtml
Leve a entrevista na íntegra ou apenas um trecho fotocopiado para os alunos.
Escolha um para ser o entrevistador e outro para ser o entrevistado em cada
pergunta.
3ª aula:
Após a leitura, os alunos farão comentários sobre o texto lido. Para orientar as
participações, faça um roteiro de perguntas para ser respondido, oralmente ou
por escrito, no caderno.
4ª aula:
Os alunos assistirão a uma entrevista. Apresente uma entrevista oral gravada
em vídeo, com alguma autoridade que fale sobre assuntos que interessem aos
jovens. Peça para que os alunos prestem atenção não só no assunto
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abordado, mas também nas características do entrevistado e do entrevistador:
a linguagem utilizada, a postura do locutor, o tom de voz, o olhar, a
gesticulação, etc. Os alunos devem fazer anotações a partir de suas
observações.
Sugestão: entrevista retirada do site da Revista Veja, que pode ser encontrado
por meio do link:
http://veja.abril.com.br/mediacenter/saude/papel-internet-hora-paquera-
5279d9831915883fc158a08c83e5e040.shtml
5ª aula:
Professor: solicite aos alunos que compartilhem suas observações sobre a
entrevista assistida, principalmente sobre a linguagem utilizada tanto pelo
entrevistador como pelo entrevistado: se eles utilizam uma linguagem formal,
informal, gírias, etc.
6ª aula:
Nesse momento os alunos refletirão sobre as semelhanças e as diferenças
entre a entrevista oral e a escrita. Pergunte para os alunos o que eles
observaram de comum e diferente entre as duas modalidades – oral e escrita –
do gênero entrevista. Vá anotando no quadro essas observações, de modo que
o aluno possa ter uma sistematização no caderno. Se os alunos não
responderem, vá “puxando” as respostas, por meio de perguntas do tipo:
• Como se inicia uma entrevista oral?
• E uma escrita?
• Que tipo de pergunta se faz numa entrevista?
• Quem pode ser entrevistado?
Segue abaixo um modelo de como essa sistematização pode ser feita:
Algumas semelhanças:
Tanto na modalidade escrita como na falada, os papéis sociais dos
interlocutores são bem definidos: geralmente uma pessoa pergunta e outra
responde indagações sobre sua vida ou seu trabalho.
Nessas duas modalidades, os entrevistados são pessoas já famosas ou que
estão desenvolvendo algum trabalho interessante para a sociedade: uma
pesquisa sobre um remédio ou alguma doença, alguém que tenha lançado um
livro, um produto, entre outros.
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Nas duas modalidades, há uma apresentação do entrevistado: na escrita, o
primeiro parágrafo é destinado a esse papel e na falada, antes de começar a
fazer as perguntas, o entrevistador fala um pouco sobre a vida e/ou trabalho do
entrevistado.
Algumas diferenças :
Na modalidade falada, observamos o respeito aos turnos de fala, uma vez que
é raro o entrevistador falar junto com o entrevistado, pois ao fazer a pergunta,
ele espera a resposta.
Na modalidade falada, além das perguntas e respostas, temos acesso a outros
tipos de informações como: gestos, entonação da voz, olhares, rubor da pele,
entre outros.
7ª aula:
Os alunos devem elaborar uma entrevista. Para isso, eles devem se reunir em
grupos de, no máximo, cinco participantes e pensar em "alguém de destaque"
no bairro onde moram para ser entrevistado – pode ser, inclusive, um parente
ou amigo. É preciso apenas que essa pessoa desenvolva algum papel
importante: o presidente do bairro, o diretor (a) de uma biblioteca comunitária
ou creche, etc. Os alunos devem elaborar as questões em sala de aula, a fim
de que o professor possa ajudá-los a selecionar os tópicos mais relevantes que
devem ser abordados na entrevista. No dia da entrevista, eles podem gravá-la
(por meio de MP3 ou celular), se o entrevistador permitir, é claro.
8ª aula:
Por fim, eles devem transcrever, ou seja, passar para a modalidade escrita da
língua, as perguntas e respostas mais interessantes, o professor deverá fazer a
correção, em seguida eles devem apresentar aos colegas e depois colocá-las
no jornal mural e no virtual.
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UNIDADE V
EDITORIAIS
Através da realização dessa atividade o professor estará desenvolvendo
nos alunos a habilidade em produzir textos dissertativos argumentativos.
Porém, antes de iniciar esse trabalho, se faz necessário que os alunos
conheçam as características desse tipo de texto e a diferença entre fato e
opinião.
O trabalho partirá da análise de alguns editoriais. O professor deve
esclarecer aos alunos sobre algumas questões sobre o gênero a ser
trabalhado, como o tipo de linguagem utilizada e as técnicas de argumentação.
No editorial atualmente, embora se obedeça à norma culta, em termos de
vocabulário, dependendo do jornal, podem ser encontrados termos coloquiais;
termos estes que costumam ser "proibidos" nos textos dissertativos. Por ser um
texto opinativo, os critérios de impessoalidade e de objetividade jornalística não
podem ser seguidos à risca. Além disso, diferentemente do que se ensina a
tese nem sempre aparece no início do texto. Primeiramente podem vir os fatos
e depois os comentários e opiniões. Estas nem sempre são polêmicas, pois
tendem a refletir os pontos de vista dos leitores.
A atividade deve iniciar através da leitura de editoriais, em seguida o
professor deverá discutir com seus alunos questões referentes à linguagem
jornalística e às formas de argumentação.
Após as leituras de diversos editoriais o professor deve apresentar
diferentes notícias e/ou reportagens para que os alunos leiam e/ou assistam
para que em grupos produzam editoriais baseados nelas.
É importante que os trabalhos sejam expostos nos jornais (mural e
virtual).
Além de melhorar a qualidade dos textos em termos formais, o trabalho
com editoriais associados a notícias e reportagens acarretará o aumento do
conhecimento de mundo dos alunos; o que se refletirá na maior informatividade
de seus textos.
Sugestões de algumas notícias e/ou reportagens que poderão ser lidas e/ou
assistidas pelos alunos.
Ortografia fonética
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Por felipe augusto 26/07/2010 às 21:47
Simplifikar é sempre uma solusão melhor.
Estava eu prokurando sobre consoantes mudas em esperanto e me deparo com iso, a um
serto tempo atrás tinha pensado niso e fiquei com um nó na cabesa pois eu keria entender por
kual motivo nós simplesmente não eskrevemos como falamos. Eu até entendo ke intelectuais
queiram agusar ao másimo sua intelekitualidade, mas se é o simples ke sempre rezolve os
problemas, para ke komplikar o ke facilmente pode ser simplificado?
Não ke eu seja buho mas komplikar o ke pode funcionar perfeitamente de forma simples
sempre me incomodou. No chinês por um ezemplo existe duas formas de eskrita, a tradisional
e a simplifikada, não sei muito komo funsionava mas existi o latim vulgar e um kulto. Seria
interesante se tivesemos legamente no Brazil, um portugês kem sabe "Poético" e um portugês
"Fonético", no Brazil o portugês já resebeu imensa influênsia de idiomas nativos e afrikanos,
seria bom por agora simplikar as coizas, eskrevo eu pobre mortal amante da simplisidade de
forma fonétika e os imortais e intelekituais poetas de forma poétika.
Óbivio ke aí nós dizemos aos demais intelekituais irmãos da Afrika e Europa ke se esplodam,
mas eskrever desa forma é tão bakaninha e simples ke da vontade de kontinuar asim para todo
o sempre e mesmo sem permisão dos konservadores intelekituais de nosas akademias
kontinuar eskrevendo asim, pois afinal o tempo pasa, as coisas evoluem e o pasado deve viver
komo a eterna lembransa de um tempo bom ke jamais voltará.
Via Blog do DeRose
Quando eu era criança e comecei a ser alfabetizado sempre encrenquei com o fato de que o
que falávamos era diferente do que escrevíamos e vice-versa. Encrenquei com o fato de a letra
q ter sempre que vir acompanhada do u mudo (ora, se sempre vem com o u, esta letra é
redundante se não for pronunciada). Com o fato de a mesma letra ter mais de um som, como x
que pode ter quatro sons: som de ss (como em máximo), som de z (como em exigir), som de
ch (como em deixar) e som de ks (como tóxico ? que, por causa dessa confusão, muita gente
pronuncia tóchico! Que feio, não é? Se eu estivesse no altar e a noiva dissesse ?tóchico? eu
não casava mais.).
Mais tarde estudei latim e compreendi porque escrevemos desta ou daquela forma.
Finalmente, depois de muito estudar línguas e, inclusive, o sânscrito, o esperanto e o alfabeto
fonético, cheguei à conclusão de que não precisamos nos ater às raízes latinas e podemos
perfeitamente repensar a nossa escrita, para torná-la mais lógica e mais fácil de ser aprendida
pela população, passando a adotar talvez não o alfabeto fonético num primeiro momento, mas
uma ortografia fonética.
Não deixa de ser ilustrativa a opinião do linguista Manuel Mendes de Carvalho: ?O essencial
da reforma ortográfica de 1911 foi acabar com o despotismo da etimologia, aproximando a
ortografia oficial de uma escrita fonética. Aproximando, apenas, note-se, dado que, apesar de
tudo, se fizeram vastas concessões a hábitos anteriores, como era o caso de manter inúmeras
consoantes mudas, com um ou outro pretexto (homem, directo, sciência, etc.).?
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O s teria o som de ss ; o c antes de i e de e, e o ç, seriam substituídos pelo s; o z teria o som
do próprio z e do s medial (como em coisa, lesar etc.); o qu e o c (antes de a, o e u) seriam
substituídos pelo k; o h mudo não tem razão de ser (nós brasileiros já o eliminamos da palavra
úmido, que em Portugal escreve-se com h); g seria sempre gutural e substituído pelo j quando
tivesse o som desta letra (ninguém mais escreveria errado tijela e beringela ? ou será que é
tigela e berinjela?); o x seria substituído pelo som que representasse.
Veja como poderia ficar um texto assim escrito:
?Koizas ke a vida me ensinou (A vida me ensinou a s er pasiente)
Tempo, pasiênsia e diplomasia konstituem a fórmula májica para rezolver kuaze todos os
problemas de relasionamento umano, seja no trabalho, no kazamento, com as amizades ou
com os inimigos.
Não adianta nada perder as estribeiras, mudar o tom de voz ou dizer koizas dezagradáveis,
vindas lá do fundo do seu instinto animal. Se iso rezolvese alguma koiza, a umanidade já teria
rezolvido á séculos a maior parte dos seus konflitos.
Se brigar rezolvese alguma koiza, á tempos já teriam sido solusionadas as kestões da
Palestina, da Bósnia, do Pakistão, do Afganistão, do Irã e do Irake. E os kazamentos já
estariam todos funsionando azeitados. Mas não é o ke konstatamos.
Koncluzão: brigar não rezolve konflitos.?
_________________________________
?Por ortografia fonética entende-se uma ortografia em que a cada som corresponda uma letra
ou grupo de letras únicos e a cada letra ou grupo de letras um som único, e, ainda, em que,
pelo menos no caso das línguas indo-europeias, seja assinalada de algum modo a sílaba
tónica.? Manuel Mendes de Carvalho
[Linguas indo-europeias: o sânscrito é uma língua i ndo-europeia, por isso defendo que
se assinalem as sílabas tônicas com um underline pa ra facilitar a leitura, especialmente
dos leigos nessa língua.]
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/07/475119.shtml
http://www.youtube.com/watch?v=9zQLznuFI8w&feature=player_embedded (o vídeo comenta
sofre as várias reformas ortográficas que já ocorre ram na Língua Portuguesa)
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UNIDADE VI
JORNAL VIRTUAL
A construção de um jornal virtual possibilitará aos alunos o contato com
diferentes gêneros de textos, que auxiliarão no desenvolvimento da leitura, da
escrita e da importância social da escrita.
Segundo Ana Paula de Araujo (in http://www.infoescola.com/autor/araujo-a-
ana-paula-de/21/) a função do jornal é basicamente a comunicação. É um dos
meios mais rápidos de ficarmos informados a respeito do que acontece no
mundo. Dentro do jornal há várias sessões, que por sua vez abrigam vários
tipos de texto. Há algumas características que são comuns a todos estes
textos, enquanto há outras que servem para individualizá-los. A nomenclatura
dos textos normalmente é dada de acordo com as suas características e seus
objetivos específicos de comunicação. Genericamente chamamos os textos
que se apresentam nos jornais de “matéria ”. Normalmente esses textos têm
caráter informativo. As informações são apresentadas em ordem decrescente
de importância ou relevância, seguindo assim o uma técnica chamada pirâmide
invertida. Ou seja, a base do texto (conteúdo mais importante) fica em cima e o
ápice (conteúdo mais superficial) embaixo. O primeiro parágrafo do texto é
chamado de “lide” ou “lead” (inglês) e carrega o conteúdo mais denso da
matéria, as principais informações. Esse recurso é usado para que as pessoas
possam ter acesso fácil e rápido à informação e tenham a oportunidade de
selecionar as matérias que realmente lhes interessam para prosseguir com a
leitura. Geralmente o título da matéria é baseado no lide.
PRINCIPAIS TEXTOS JORNALÍSTICOS:
Notícia: Caracteriza-se pela linguagem direta e formal. Tem caráter informativo
e é escrito de forma impessoal, frequentemente fazendo uso da terceira
pessoa. Inicia-se com o lide e se segue com o corpo da notícia. Enquanto na
primeira parte estão registradas as principais informações do fato, no corpo do
texto estão presentes os detalhes (relevantes ou não), as causas e as
conseqüências dos fatos, como, onde e com quem aconteceu, e a sua possível
repercussão na vida das pessoas que estão lendo. Pode ter ou não um público
alvo (jovens, políticos, idosos, famílias), caso tenha a linguagem poderá ser
adaptada para o melhor entendimento.
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Editorial: Não é exatamente um tipo de texto, mas uma sessão do jornal que
possui textos selecionados e agrupados através de seu conteúdo, público ou
objetivo. Os jornais são divididos em vários editoriais que podem ou não estar
encadernados separadamente. Entre os editoriais mais comuns estão: Política,
Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, Coluna
Social, etc.
Reportagem: Tem por essência a descrição e caracterização de eventos. Para
isso a reportagem conta com algumas perguntas que, ao serem respondidas,
formarão a estrutura da reportagem. Em Inglês chamamos as perguntas a
seguir de WH Questions, e elas servem para melhor estruturar a reportagem: O
quê?, Como?, Quando?, Onde?, Porquê?, Quem?.
Nota: Texto curto composto apenas pelo lide. Normalmente trata de algum
assunto de fácil compreensão e assimilação e que seja do interesse do leitor.
Algo que já tenha sido noticiado ou que não possui detalhes relevantes para
serem descritos.
Charge (do fr. Charge): desenho humorístico, com ou sem legenda e balões,
geralmente veiculado pela imprensa e tendo por tema algum acontecimento
atual que critica, por meio de caricatura, uma ou mais personagens envolvidas.
(Dicionário eletrônico de Língua Portuguesa).
Caricatura: desenho de pessoa ou de fato que, pelas deformações obtidas por
um traço cheio de exageros, se apresenta como forma de expressão grotesca
e cômica.
Além desses, há outros cuja estrutura é mais complexa e a ocorrência vai
além-jornal, como a crônica, o artigo, etc. Normalmente, o processo de
produção de um texto jornalístico se divide em quatro fases: a pauta (escolha
do assunto), a apuração (verificação dos fatos e de provas), a redação
(organização das idéias transformando-as em texto) e a edição (locação
desses textos no jornal, correção e revisão dos mesmos).
PRODUZINDO UM JORNAL MURAL E VIRTUAL
As sugestões apresentadas a seguir foram adaptadas do site:
http://www.aprendario.com.br/atividades_jv_atividade.asp
A organização do jornal virtual é uma experiência multidisciplinar e pode ser
muito rica e interessante! Utilizar a Internet como instrumento educacional é
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acompanhar uma nova maneira de relacionar-se com a informação e o
conhecimento. Aliar a Internet e o Jornal numa única atividade pode ser ainda
mais proveitoso.
Uma das vantagens deste trabalho é promover o trabalho em grupo,
aproveitando potenciais diferentes para produzir uma obra coletiva. Além disso,
quando se tem um número pequeno de computadores para um grande número
de alunos, uma atividade em grupo pode ser mais proveitosa.
Criando um jornal virtual para a sua turma de alunos, você estará ainda
descobrindo meios de utilizar a Internet não apenas como espaço de pesquisa
escolar, mas também como um ambiente onde é possível trocar idéias, formar
comunidades, agrupar interesses e produzir novos conhecimentos.
Objetivos:
• Refletir sobre o papel do jornal na vida dos brasileiros;
• Observar a mudança de linguagem e enfoque ao longo dos anos;
• Desenvolver a expressão escrita ao exercitar diversos tipos de construção de
texto, seus elementos e gêneros;
• Promover a leitura, a compreensão e a interpretação de texto;
• Observar a diferença da construção de texto entre os vários meios de
comunicação, em especial o jornal impresso, o jornal mural e a Internet;
• Exercitar o uso da Internet como fonte de pesquisa, respeitando seus limites e
sua linguagem característica;
• Desenvolver o trabalho em equipe, no qual cada aluno exerce uma função e é
responsável pelo resultado final da obra (o jornal é uma obra coletiva);
• Exercitar a pesquisa de informações a partir de diversas fontes, a relação com
as fontes vivas e o conceito de direito autoral.
Material Necessário para elaboração do jornal mural :
• Papéis de grandes dimensões, canetas coloridas de ponta grossa, tesouras,
colas, fita crepe, revistas velhas, jornal impresso.
Material para elaboração do jornal virtual:
Computadores com acesso à internet
Fontes de pesquisa:
• Salas de Leitura; Periódicos (jornais, revistas); Internet; Comunidade
escolar
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Estratégias:
1) Divisão das equipes
Dividir o grupo em equipes de no máximo 05 integrantes, sendo que duas
equipes devem fazer o papel de equipe articuladora (uma articuladora do jornal
virtual e outra do jornal mural).
2) Criar o seu jornal virtual utilizando a página da e scola
O link a seguir apresenta o passo a passo para a organização do jornal virtual
dentro do site da escola. A pessoa responsável (professor e/ou secretária) pela
manutenção do site possui uma senha que poderá ser compartilhada pelos
professores responsáveis pela página do jornal.
http://www.diaadia.pr.gov.br/autec/arquivos/File/Tutorial_do_site_das_Escolas.
Divida sua turma em grupos e elejam um editor responsável em cada grupo.
Os outros alunos podem ser pesquisadores, repórteres, redatores, fotógrafos,
ilustradores.
Reunião Editorial
Em primeiro lugar, os grupos devem fazer uma “reunião editorial” e definir, de
comum acordo, as seguintes questões:
• Público-alvo : para quem escreveremos esse jornal? Quem serão as pessoas
que lerão estes conteúdos que produziremos? Qual a idade delas? Qual a
formação delas? Qual a sua posição social, cultural? Que língua elas falam?
Onde moram? Sobre o que se interessam? Lembre-se que, na Internet, não
existem fronteiras geográficas: pessoas do mundo todo podem se interessar
pelo assunto que está sendo escrito aqui no Brasil, ler e comentar os nossos
textos. A única coisa que distancia as pessoas, em se tratando de Internet, não
é onde elas moram, mas que língua elas falam. Considerando-se o público,
qual a linguagem que devemos utilizar em nossos textos?
• Periodicidade : faremos uma primeira “edição”. De quanto em quanto tempo
nos comprometeremos em atualizar nosso jornal?
3) Escolha dos temas que irão compor o jornal
Realizar uma reunião para apresentação dos temas escolhidos pelos alunos e
escolher um nome para o jornal. Se a escola tiver computadores conectados
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essa reunião pode acontecer através de um chat. É nessa fase do processo
que também se deve discutir o prazo para entrega do material.
Ensine os seus alunos a fazer uma reunião de pauta: o que vão tratar na
primeira edição? Faça com que o editor defina enfoques e distribua tarefas,
determinando prazos. Explique o conceito de periodicidade e atualidade.
4) Busca de informação
Entrar em sites de busca e, através de palavras-chave buscar informações
relativas ao tema. Procurar também informações na biblioteca escolar,
periódicos, CDRoms e, se possível, por meio de entrevistas e questionários.
Ao buscar informações na Internet, vive-se um bom momento para discutir as
questões de autoria e direitos autorais. Veja texto anexo relacionado a esse
assunto.
Dica: para afunilar uma busca na Internet, utilize palavras-chave entre aspas.
5) Elaboração dos artigos
Definido o tema e já tendo em mãos algumas informações, dar início à
elaboração do material. Aproveitar para abordar os diferentes tipos de textos
jornalísticos: a reportagem, a notícia, o artigo, o editorial, a crônica. Por
exemplo, este é o momento de descrever a importância de, em um artigo
opinativo, termos:
• uma introdução, que nos mostre sobre o que iremos falar;
• o desenvolvimento do texto, em que podemos apresentar nossas
descobertas;
• a conclusão: fechamento do texto para expressar nossa opinião.
Em matérias jornalísticas (diferentemente dos artigos opinativos), temos o
conceito de imparcialidade. Aproveite para discutir com seus alunos se a
imparcialidade total é possível ou se é utópica; o que são as versões; o porquê
de termos de ouvir muitas versões para chegarmos o mais próximo possível da
verdade.
Outro aspecto interessante a trabalhar aqui é o uso de gírias e abreviações,
muito comum na Internet. Discuta este assunto com os seus alunos. A língua
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muda? Como era a língua escrita nos jornais, no início? O que mudou? Por que
mudou?
6) Equipe de articulação
Enquanto as equipes elaboram os artigos, as equipes de articulação elaboram
o editorial que também deverá sofrer o processo de análise crítica. O editorial
expressa a opinião do jornal. Aproveite para mostrar, no jornal de sua cidade,
onde estão os editoriais, os artigos e as matérias jornalísticas. Observe, com
seus alunos, as diferenças entre os textos.
7) Análise crítica dos textos
A troca dos textos entre os grupos é fundamental para estimular a produção e
melhorar a qualidade dos textos.
8) Caso todos tenham acesso à Internet
As equipes deverão trocar os textos por e-mail. Cada equipe pega o texto de
outro grupo, faz uma leitura crítica, aponta possíveis erros gramaticais, pede
mais informações e contribui com opiniões e dicas bibliográficas. Caso não
tenham o acesso à internet, a troca deve acontecer pessoalmente.
9) Reelaboração dos textos
As equipes recebem o texto que elaboraram de volta, fazem a leitura das
contribuições e iniciam a reestruturação do texto, acolhendo às modificações
que acharem pertinentes. Com o texto pronto, elaboram um título para a
matéria e uma chamada para publicação no jornal. O texto reelaborado deve
ser enviado ao e-mail do professor responsável ou entregue durante a aula
para ser lido e receber as contribuições necessárias.
10) Publicação do material
As equipes deverão publicar seu artigo na internet e também no jornal mural.
No jornal mural, cada equipe deverá usar um papel de grandes dimensões;
escrever a reportagem e fazer uma composição com imagens recortadas de
jornais e revistas. É interessante utilizar recursos, como canetinhas e tintas,
para se ter uma interessante arte final. Cada equipe deve entregar seu painel à
equipe de articulação do jornal mural com o título da matéria e a chamada.
Observe, com sua turma, as características do texto para o jornal mural: ele
precisa ser lido rapidamente, pois o leitor estará em pé à sua frente! Sendo
assim, deve ter uma linguagem especialmente objetiva e direta. As frases
devem ser curtas.
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11) Equipe de articulação do jornal virtual
Esta equipe ficará responsável por inserir os textos produzidos pelos colegas.
12) Equipe de articulação do jornal mural
Cria um painel com as mesmas informações apresentadas acima que
compõem, com os demais painéis, um jornal mural. O jornal mural deverá
conter uma chamada para a leitura dos textos virtuais e também a indicação de
cursos, concursos, enquetes que se encontram no ambiente online.
13) Discussão final
O processo de construção do jornal é muito rico porque propicia aprendizagem,
integração do grupo, além de ser uma atividade estimulante. É interessante
que ao término dos trabalhos se faça uma reflexão para avaliação do processo.
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SUGESTÕES DE SITES:
http://www.fmu.br/game/ (neste site seus alunos poderão testar seus
conhecimentos em relação a reforma ortográfica através de um jogo)
http://www.soportugues.com.br (Aqui você encontrará inúmeras páginas com
conteúdos, exercícios, provas online, artigos, jogos, curiosidades, fóruns de
discussão e muito mais)
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/01/408101.shtml (apresenta
como desenvolveu uma atividade com o uso do jornal em sala de aula)
http://apps.unochapeco.edu.br/moodle/ (oferece diversos cursos na modalidade
EaD pela UFSC)
http://office.microsoft.com/pt-br/powerpoint/FX100648971046.aspx (o site
apresenta os 10 principais motivos para se usar o PowerPoint 2010).
www.aldobizzocchi.com.br (Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP,
autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume).
http://kibeloco.blogspot.com (o site apresenta uma coleção de tropeços de
português em placas e faixas)
http://www.revistalingua.com.br (apresenta reportagens e entrevistas com os
grandes especialistas na área de Língua Portuguesa)
http://www2.rpc.com.br/novoinstituto/servicos/projeto-ler-e-pensar (projeto que
disponibiliza exemplares do Jornal Gazeta do Povo nas escolas)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.infoescola.com/autor/araujo-a-ana-paula-de/21/ (acessado em 01/07/2010)
http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno03-11.html (acessado em 01/07/2010)
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10258 (acessado em
10/07/2010)
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/07/475119.shtml (acessado em 26/07/2010)
http://www.aprendario.com.br/atividades_jv_atividade.asp (acessado em 20/07/2010)
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA PORTUGUESA - Secretária de Estado da Educação do Paraná – Departamento de Educação Básica - PARANÁ – 2008 CEREJA, W.R. e MAGALHÃES, T.C. Texto e interação : uma proposta de
produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2000.
CHIAPPINI, L. e CITELLI, A. (coord.). Aprender e ensinar com textos não
escolares . São Paulo: Cortez, 1997.
FARIA, M.A. O jornal na sala de aula . São Paulo: Contexto, 2000.