da escola pÚblica paranaense 2009 · melhor qualidade de vida dos indivíduos portadores da mesma...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
OBESIDADE JUVENIL: RELAÇÃO ENTRE EXCESSO DE PESO,
ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA
Autor: Augusto João Schneider Filho1
Orientador: Wendell Arthur Lopes2
RESUMO
A prevalência de obesidade em crianças e adolescentes constitui o mais significativo problema nutricional da atualidade e, em vários estudos, tem sido atribuída a fatores externos que se mostram mais relevantes que a própria determinação genética. Atualmente, as crianças passam muitas horas em frente ao computador, televisão ou vídeo game, de tal modo que não praticam atividades físicas regulares. O objetivo deste trabalho foi verificar o índice de sobrepeso e obesidade em crianças da quinta série de uma escola do ensino fundamental do município de Pato Branco-PR, bem como identificar a regularidade das atividades físicas, alimentação, ocupação do tempo livre e preferências de lazer. A amostra deste estudo foi composta por 35 crianças da quinta série. Foram avaliados o peso, por meio de uma balança com precisão de 100g e a altura, por meio de um estadiômetro escalonado em mm. Calcularam-se o IMC e a classificação do estado nutricional pelos valores do IMC para idade e sexo propostos pelo CDC (2000). Na seqüência, as crianças responderam a questionários sobre alimentação, atividade física e ocupação do tempo livre. A pesquisa constatou que a maioria dos alunos gosta muito de exercícios, mas que apenas 17% das crianças caminham para a escola. Quanto à alimentação, a maioria gosta muito de frutas, arroz e feijão, mas nem todos gostam de comer verduras, preferindo uma alimentação à base de refrigerantes, doces e salgadinhos. Com base nas evidências, pode-se concluir que quanto maior o tempo em frente à TV, maior a inatividade física e maior tendência ao acúmulo de gordura corporal. Assim, a simples restrição ao acesso de dietas inadequadas, bem como a prática compulsiva de atividade física, tornam-se pouco prováveis de levar os adolescentes a assumir hábitos saudáveis para a vida. Para isso, tornam-se necessárias mudanças de comportamento frente à alimentação e aos exercícios físicos.
Palavras-chave: Obesidade, Atividade Física, Sobrepeso.
1 Profº da Rede Pública Estadual. Formado em Educação Física pela FACEPAL – Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas de Palmas - PR. Especialização em Ginástica Escolar.2 Profº Mestre da Universidade Estadual do Centro Oeste
INTRODUÇÃO
A prevalência de sobrepeso e obesidade está crescendo muito na
infância e adolescência, e com grandes possibilidades de permanecer na fase
adulta. A obesidade infantil vem sendo, há muitos anos, motivo de pesquisas
por estudiosos do mundo inteiro, e é considerada a doença nutricional que
mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento (FISBERG, 2005). A forma
de vida sedentária da sociedade moderna, facilitada pelos avanços
tecnológicos (vídeo game, televisão, computador, automóvel, entre outros)
contribui para a redução de gasto energético, que já está diminuído no obeso
(MELLO, MEYER, 2004). Uma alimentação inadequada, com alimentos não
nutritivos e ricos em gorduras, aliados a uma vida sedentária, associados ao
ambiente familiar se complementam, formando uma tríplice aliança na
prevalência de sobrepeso e obesidade infantil.
Nos últimos anos tem crescido o número de alunos que tentam evitar
as aulas de Educação Física. Com esta pesquisa buscou-se conhecimento de
dados importantes e fundamentais para compreender os motivos e posterior
prática pedagógica com ações que possam conscientizar e auxiliar na
prevenção e tratamento do sobrepeso e obesidade infantil.
Para um maior conhecimento sobre o assunto abordou-se neste artigo
a regularidade de atividade física e exercício físico praticados em seu dia a dia
e suas interferências no plano de tratamento para a prevenção do sobrepeso e
obesidade.
Este estudo de pesquisa foi escolhido pelo interesse em saber qual a
interferência, nas crianças do Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira da
rede pública da quinta série, em relação à regularidade de atividades físicas,
alimentação, índice de sobrepeso e obesidade. Da mesma forma procurando
auxiliar o entendimento da pesquisa, culminando com a adoção de práticas
saudáveis por parte dos alunos.
O tema pode contribuir na elaboração de novos projetos para uma
melhor qualidade de vida dos indivíduos portadores da mesma e prevenir os
que não a possuem. Desse modo, este estudo procura alertar aos pais e
professores de Educação Física, através dos questionários aplicados, sobre os
2
problemas causados pela obesidade infantil e a forma de combatê-los antes de
se agravarem.
REVISÃO DE LITERATURA
SOBREPESO E OBESIDADE
Em relação ao conceito de obesidade ou também chamado por excesso
de peso, observa-se que é uma enfermidade que tem como particularidade um
acúmulo excessivo de gordura corporal, agregada aos problemas de saúde,
acaba por causar prejuízos à saúde das pessoas.
Conforme o ABC da Saúde (2011) O organismo humano é o resultado
de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais
e familiares), os ambientes socioeconômico, cultural e educativo, bem como
seu ambiente individual e familiar.
A obesidade talvez seja a enfermidade mais antiga que se conhece.
Pinturas e estátuas em pedras já apresentavam mulheres obesas. As mesmas
já foram encontradas em múmias Egípcias, pinturas, porcelanas chinesas da
era pré-cristianismo, esculturas gregas e romanas e em vasos dos Maias e
Incas na América (REPETTO, 1998). Durante décadas a obesidade foi
constatada apenas nos adultos, principalmente no sexo feminino, onde
registros nos mostram que a cultura da época indicava uma qualidade feminina
de fertilidade.
Verifica-se, nas pesquisas efetuadas, que a obesidade era observada
somente nos adultos, devido ao grande número de crianças obesas e com
objetivo de prevenir doenças que eram frequentes em adultos, iniciaram-se
pesquisas e avaliação do estado nutricional em crianças até 10 anos.
Entretanto, só recentemente houve preocupação no desenvolvimento da
metodologia específica para os adolescentes.
A prevalência de obesidade em crianças e adolescentes constitui o
mais significativo problema nutricional da atualidade em nosso país, problema
este que está crescendo com o passar das décadas, do mesmo modo
3
intensificando-se devido a fatores externos, que se mostram mais relevantes
que a própria determinação genética.
Atualmente, a maioria das atividades de lazer das crianças não envolve
exercícios físicos, ou seja, elas muitas vezes passam muitas horas em frente
ao computador, televisão ou vídeo game.
A predominância de sobrepeso e obesidade está crescendo muito na
infância e adolescência, possuindo grande possibilidade de permanecer na
fase adulta. A obesidade infantil vem sendo, há muitos anos, motivo de
pesquisas por estudiosos do mundo inteiro, e é considerada a doença
nutricional que mais cresce no mundo e a de mais difícil tratamento (FISBERG,
2005). A forma de vida sedentária da sociedade moderna, facilitada pelos
avanços tecnológicos (vídeo game, televisão, computador, DVD, automóvel,
entre outros) contribui para a redução de gasto energético, o qual já é diminuto
no obeso (MELLO, MEYER, 2004). Uma alimentação inadequada, com
alimentos não nutritivos e ricos em gorduras, aliados a uma vida sedentária e
ao ambiente familiar, se complementam, formando uma tríplice aliança na
prevalência de sobrepeso infantil.
Nos últimos anos tem crescido o número de alunos que tentam evitar
as aulas de Educação física. Sendo assim, com esta pesquisa, buscamos o
conhecimento de dados importantes e fundamentais para compreender os
motivos, e posterior prática pedagógica com ações que possam conscientizar e
auxiliar na prevenção e tratamento da obesidade infantil.
Nas práticas pedagógicas são coletados dados para uma avaliação
biométrica, onde podemos constatar alunos com sobrepeso e obesidade.
Apesar dessa prática pedagógica não ser realizada por muitos educadores, é
fundamental salientar a importância dessa atividade; levantar os dados através
de mensurações de massa corporal, estatura, perímetros e dobras cutâneas
são medidas importantes para ser explorada pelos professores de Educação
Física.
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OBESIDADE, ALIMENTAÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA NO ÂMBITO ESCOLAR
O exercício físico é de extrema importância no programa de tratamento
da obesidade, ajudando na queima de calorias, já que os exercícios aeróbios
usam a gordura como combustível na sua execução; promove um
fortalecimento da integridade cardiovascular e aumenta a sensibilidade à
insulina.
Segundo Chemin e Mura, (2007, p. 223):
Não há duvidas que o exercício físico aumente a demanda energética do organismo, uma vez que a energia corresponde diretamente à capacidade do indivíduo de realizar trabalhos. A manutenção do balanço energético deve ser o objetivo primordial da conduta dietética na atividade física, ou seja, a quantidade de calorias ingeridas diariamente deve corresponder ao gasto de calorias nas atividades diárias e no exercício físico.
As contribuições mais valiosas do exercício são o alívio às tensões, o
sentido de autocontrole e a sensação de bem estar. Segundo Nunes (2002, p.
22) “[...] aliada à diminuição da atividade física, favorece a perda de massa
muscular, com uma conseqüente redução do gasto metabólico de repouso,
predisposto a obesidade.”
Porém, o acompanhamento de um profissional de Educação Física é
essencial no mesmo, já que são necessárias avaliações para a elaboração de
um prognóstico adequado.
Embora o exercício no tratamento da obesidade infantil seja um
assunto delimitado, já que estão sendo feitos estudos e testes para se obter
dados mais precisos, sabe-se que, tanto em adultos quanto em crianças, é de
extrema importância para a saúde. Sem a prática do mesmo os índices de
obesidades são muito maiores, pois o sedentarismo faz com que o corpo
acumule energia no tecido adiposo em forma de gordura.
Além do exercício físico, a atividade física é de extrema importância,
porque também ajuda no gasto energético prevenindo o sobrepeso e a
obesidade.
Segundo Chemin e Mura, (2007, p. 216):
5
A atividade física é compreendida como qualquer movimento corporal produzido para contração da musculatura esquelética, acompanhada de gasto energético. Desta forma, podem ser consideradas como atividades físicas as atividades voluntárias realizadas com objetivos ocupacionais, domésticos, de lazer e de deslocamento. A pratica regular de atividade física tem sido apontada como um dos mais importantes fatores de prevenção, reversão e controle de diversas enfermidades. Além disso, a atividade física pode trazer benefícios ao estado nutricional de indivíduos, prevenindo e diminuindo a ocorrência de obesidade e suas co-morbidades, uma vez que o estilo de vida sedentário limita a quantidade de calorias a serem ingeridas diariamente, podendo ocasionar ganho de peso indesejado.
A atividade física, o exercício físico e uma boa alimentação podem
influenciar a vida dos seres humanos, melhorando sua qualidade de vida.
Sendo este o objetivo de pessoas e organizações de saúde em todo mundo.
ATIVIDADES FÍSICAS
A atividade física é qualquer movimento corporal produzido por
músculos esqueléticos, resultando em gasto energético; enquanto o exercício é
uma atividade física planejada e estruturada, com o propósito de melhorar ou
manter o condicionamento físico (BOUCHARD, 2003).
De acordo com as considerações do autor acima, o exercício apresenta
uma série de benefícios para o paciente obeso, pois além de melhorar o
rendimento do tratamento com dieta, diminui o apetite, aumenta a ação da
insulina, melhora a distribuição das gorduras no corpo, além de proporcionar
uma sensação de bem-estar e auto-estima. (BOUCHARD, 2003).
Assim como as dietas, o ideal é que os exercícios também sejam
orientados por um profissional da área, pois não basta apenas se movimentar
para se obter resultados no organismo. Para isso, é necessário realizar
exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por
semana, inicialmente leves e a seguir moderados.
Dessa forma, com as considerações de Colaço e Santos (2010) através
de da dieta saudável estimulada desde a infância, com a realização de uma
atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos saudáveis e uma estrutura
familiar organizada, é possível manter a sua saúde e, com isso, sua qualidade
de vida.
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ALIMENTAÇÃO
A reeducação alimentar é essencial se levada em consideração que é
por meio dela que o indivíduo reduzirá a ingestão calórica total e o ganho
calórico decorrente. Na maior parte dos casos, esse processo precisa de
suporte emocional ou social através de tratamentos específicos (psicoterapia
individual, em grupo ou familiar).
Independente desse suporte, a orientação dietética feita por um
profissional da área é fundamental. Por exemplo, os pacientes não devem
partir para dietas muito restritas, pois as mesmas podem desencadear
alterações metabólicas graves; nem dietas onde se consome apenas alguns
tipos de nutrientes ou alimentos, como é o caso da dieta da sopa, do abacaxi,
dos carboidratos, entre outras.
ATIVIDADE FÍSICA NO ÂMBITO ESCOLAR
Atualmente, o âmbito escolar, na maioria das aulas, se transformou em
um verdadeiro treinamento desportivo, visando, somente, colocar os alunos
como máquinas de alto rendimento para apenas obter os melhores resultados
em competições internas e entre escolas (BALBÉ, 2008).
Desta forma, o educador deve levar aos seus alunos atividades que
permitam uma movimentação variada e exploradora do corpo e do próprio
ambiente em que estão situados. Sempre adequados ao grau de
desenvolvimento em cada etapa da vida escolar e faixa etária, as atividades
devem proporcionar-lhes plena liberdade e espontaneidade de movimentos,
como saltar, correr, girar e arremessar, permitindo, assim, vários benefícios,
como desinibição para participação das aulas, descarga de agressividade,
manutenção da saúde e até correção de equívocos de atitude (BARROS;
BARROS, 1972).
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No atual cenário escolar, a Educação Física é identificada como
componente curricular integrado ao projeto político-pedagógico da escola, pois
se apresenta na escola como manifestação pedagógica de uma área de
conhecimento (KUNZ, 2001).
Segundo Kunz, 1991 “ela é uma propriedade e um produto do ambiente
escolar: a ele pertence, por ele se define, nele se constitui e se realiza – é
então que se pode falar de uma cultura escolar de Educação Física”.
Se dissermos que a Educação Física é parte da escola e a
reconhecermos, dentro de existência de uma cultura escolar de movimento,
como uma das “entidades culturais” que a compõe, também é verdade que sua
presença no mundo escolar legitima-se pela pedagogização de práticas
corporais assumidas como manifestações do movimento humano, construídas
a partir das inter-relações estabelecidas em diferentes momentos e contextos
sócio-históricos (KUNZ, 2001).
METODOLOGIA
Do ponto de vista da classificação de pesquisa, este trabalho pode ser
caracterizado como uma pesquisa de campo e descritiva, pois através das
bibliografias consultadas e do estudo feito nas escolas em relação ao IMC, ele
possui o objetivo de compreender as características das crianças inseridas na
escola e qual seu modo de vida diante desse problema.
A população deste estudo foi composta por crianças da quinta série
que freqüentavam o Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira na cidade
de Pato Branco – PR, enquanto a amostra delimita-se a um grupo de 35
crianças.
A coleta de dados foi realizada a partir do peso, estatura e cálculo de
IMC (Índice de Massa Corporal), para os quais se utilizou de uma balança
BALMAK de precisão de 100g e um estadiômetro para a obtenção dos dados
antropométricos, escalonados em mm.
Com as informações adquiridas referentes ao peso, em balança de
precisão de 100g e estadiômetro escalonado em mm, efetuou-se a
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classificação IMC percentilar por idade e sexo, bem como o diagnóstico
nutricional de baixo peso, adequado, sobrepeso e obesidade, conforme o
quadro abaixo:
PERCENTIL DO IMC DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL≤ Percentil 5 Baixo Peso
> Percentil 5 e < 85 Adequada ou Eutrófica≥ Percentil 85 Sobrepeso
Quadro 01 – Quadro de Percentil IMCFonte: SISVAN, 2004.
Também foram coletados dados a partir de um questionário com
perguntas abertas, avaliando a população estabelecida, com relação às
variáveis de atividade física, exercício físico e alimentação, sendo estas
aplicadas de forma indireta, já que os alunos que fizeram parte da amostra
levaram os referidos questionários aos seus pais para que estes pudessem
responder e devolver.
Ao final, os dados foram tabulados e apresentados em forma de
gráficos utilizando a frequência absoluta (%).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta sessão são apresentados os gráficos com os resultados do
questionário respondido pelos alunos, para na sessão a seguir apresentar os
resultados e discussões dos dados obtidos.
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PELO IMC
O principal objetivo deste artigo foi verificar o índice de sobrepeso e
obesidade em crianças da quinta série do ensino fundamental através do IMC
(Índice de Massa Corpórea), buscando identificar a regularidade das atividades
físicas, alimentação e ocupação do tempo livre e preferências de lazer das
crianças do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professor Agostinho
Pereira de Pato Branco.
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O primeiro gráfico apresenta a classificação do IMC e observa que 3%
dos adolescentes estão abaixo do peso; 60% peso normal e 37% estão com
sobrepeso.
Classificação do IMC
3%
60%
37%
baixo peso
normal
sobrepeso
Gráfico 01 – Frequência: percentual segundo o estado nutricionalFonte: Schneider, 2011.
Com o resultado do IMC calculado, considera-se: normal uma criança
que esteja com o percentil de 5 a 85; magro, uma criança abaixo de 5;
sobrepeso, uma criança que esteja com o percentil de 85 a 95; e obesidade
uma criança com percentil acima de 95.
OCUPAÇÃO DO TEMPO LIVRE E PREFERÊNCIAS NO LAZER
Os gráficos a seguir apresentam o percentual de horas por dia em que
os adolescentes assistem TV.
10
23%
15%
38%
8%
12%4%
1 hora
2 horas
3 horas
4 horas
5 horas
7 horas
Gráfico 02 – Percentual de horas por dia em que assistem TVFonte: Schneider, 2011.
18%
21%
14%
18%
18%
4%7%
1 hora
2 horas
3 horas
4 horas
5 horas
7 horas
10 horas
Gráfico 03 – Percentual de horas que assistem TV durante o final de semanaFonte: Schneider, 2011.
Os Gráficos 02 e 03 apresentam que, em relação ao percentual de horas
em que assistem TV, 38% dos adolescentes assistem 3 horas de TV durante o
dia e 21% dos adolescentes assistem TV em torno de 2 horas nos finais de
semana.
Nos Gráficos 04 e 05 apresenta-se o resultado da pesquisa que buscou
identificar quantas horas os adolescentes destinam para ficar em frente ao
computador.
11
Gráfico 04 – Percentual de horas/dia em frente ao computadorFonte: Schneider, 2011.
horas/final de semana
18%
26%
5%23%
9%
5%
5%
9%1 hora
3 horas
4 horas
5 horas
6 horas
10 horas
12 horas
15 horas
Gráfico 05 – Percentual de horas/final de semana em frente ao computadorFonte: Schneider, 2011.
Os dados nos gráficos acima indicam que, em relação ao percentual de
hora/dia em frente ao computador, 26% dos adolescentes passam 3 horas e
23% 5 horas.
No Gráfico 06 apresenta-se a forma como os adolescentes se deslocam
até a escola.
Horas/dia durante a semana
63%6%
25%
6%
3 horas
5 horas
8 horas
10 horas
12
83%
17%0%
Veículo
Caminhando
Bicicleta
Gráfico 06 – Como as crianças se deslocam até a escolaFonte: Schneider, 2011.
ATIVIDADES FÍSICAS
Os gráficos na sequência apresentam resultados em relação às
atividades físicas praticadas pelos adolescentes.
23%
10%
67%
uma atividade fisica
duas atividades fisicas
três atividades físicas
Gráfico 07 – Percentual de atividades físicas mais praticadas pelas crianças.Fonte: Schneider, 2011.
O gráfico acima demonstra que a maior parte das crianças pratica mais
de três atividades físicas (67% das crianças), entre as atividades físicas mais
praticadas pelos alunos estão: futebol, vôlei, natação, ciclismo, skate.
13
33%
67%
Até uma hora
mais de uma hora
Gráfico 08 – Percentual do tempo de atividade físicaFonte: Schneider, 2011.
Conforme expõe o Gráfico 08, 67% das crianças praticam atividade
física mais de uma hora diária e, 33% praticam até uma hora.
ALIMENTAÇÃO
Nesta sessão teve-se como principal objetivo identificar dados
relacionados à alimentação dos adolescentes, buscando obter informações em
relação a verduras, frutas, refrigerantes, arroz e feijão.
73%
27%
Sim
Não
Gráfico 09 – Percentual de crianças que ingerem frutas durante o diaFonte: Schneider, 2011.
14
Conforme os dados acima, 73% das crianças responderam que tem
costume de comer frutas durante o dia e, 27% responderam não ter este
hábito.
70%
30%
Mais de 2 copos ao dia
1 copo ao dia
Gráfico 10 – Percentual de refrigerantes durante as refeiçõesFonte: Schneider, 2011.
De acordo com os dados do Gráfico 10 observa-se ser alta a quantidade
diária de refrigerante ingerido pelas crianças, sendo que 70% tomam mais de
dois copos. Dados de outra fonte, o IBGE, mostram o crescimento cumulativo:
entre 1975 e 2003, o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas
aumentou 400% no país. O alto consumo de refrigerantes está associado não
só à obesidade, pois eles contêm, além do açúcar, altas taxas de sódio, o que
aumenta o risco para quem tem hipertensão e problemas renais. O consumo
de refrigerantes está sendo alvo de estudos de instituições científicas
brasileiras (JORNAL DO BRASIL, 2010).
83%
17%
Sim
Não
Gráfico 11 – Percentual de crianças que gostam de arroz e feijãoFonte: Schneider, 2011.
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O gráfico acima apresenta que 83% das crianças entrevistadas
responderam que gostam de feijão e arroz e somente 17% respondeu não
gostar.
De acordo com as considerações de Oliveira (2011) Os pais exercem
uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças. Entretanto,
quanto mais os pais insistem no consumo de certos alimentos, menor a
probabilidade de que elas os consumam. O gráfico abaixo buscou identificar se
as crianças têm o hábito de ingerir verduras durante as refeições.
63%
37%
Sim
Não
Gráfico 12 – Percentual de crianças que costumam ingerir verduras durante as refeiçõesFonte: Schneider, 2011.
Conforme os dados acima, 63% das crianças costumam comer verduras
durante as refeições, e 37% não têm esse costume.
77%
23%
Sim
Não
Gráfico 13 – Percentual de crianças que costumam comer doces e salgadinhos durante o dia.Fonte: Schneider, 2011.
16
No Gráfico 13 observa-se que 77% dos adolescentes costumam comer
doces e salgadinhos durante o dia.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Diante dos dados apresentados nos itens anteriores, observa-se que em
relação às horas passadas em frente à TV durante o dia, a média é de 23% (1
hora diária); 15% (2 horas); 38% (3 horas) e durante o final de semana 4 horas.
Esses achados corroboram com os encontrados por Frutuoso (2003), no Rio de
Janeiro, no qual os adolescentes gastavam em média mais de 4 horas/dia em
frente à TV. No Brasil, Pelegrini et al. (2008) observaram que a metade dos
adolescentes, em suas horas de tempo livre durante uma semana habitual,
permanece em frente a TV; e 38% nos finais de semana. E 60% dos
adolescentes assistem, diariamente, mais de 3 horas de TV, havendo
associação entre o tempo gasto em frente a esse eletrônico e o excesso de
peso corporal.
A literatura tem revelado que adolescentes que assistem diariamente
mais de duas horas de TV apresentam maior probabilidade de ter sobrepeso
ou obesidade. Desta forma, conforme as considerações de Pelegrini et al
(2008) o estímulo à prática de atividade física iniciada na idade escolar, pode
ser uma intervenção importante contra a epidemia de inatividade física com o
aumento da idade, tendo vista que, aproximadamente, mais da metade dos
adolescentes de 10 a 12 anos são classificados como sedentários. É evidente,
ainda, que o tempo destinado à atividade física tende a diminuir conforme o
avanço da idade, além de que crianças eutróficas são mais ativas, praticam
atividades físicas mais intensas e gastam menos tempo em frente aos jogos
eletrônicos do que aquelas com sobrepeso (PELEGRINI et al., 2008).
Os dados da pesquisa também revelaram que a média de horas
destinada à televisão, tanto na semana quanto no final de semana, fica em 3
horas. Mello et al. (2003) destacam que hábitos sedentários, como assistir
televisão e jogar vídeo game, contribuem para uma diminuição do gasto
calórico diário. Conforme Klesges et al. (apud GOETTEMS, 2010), observaram
17
uma diminuição importante no metabolismo de repouso enquanto as crianças
assistiam a um determinado programa de televisão, sendo ainda menor nas
obesas. Então, além do gasto metabólico de atividades diárias, o metabolismo
de repouso também pode influenciar a ocorrência de obesidade. O aumento da
atividade física, portanto, é uma meta a ser seguida, acompanhada da
diminuição da ingestão alimentar. Com a atividade física, o indivíduo tende a
escolher alimentos menos calóricos.
Em relação à forma como os adolescentes se deslocam a escola,
observa-se que a maioria, 83%, se desloca para a escola de carro e somente
17% caminhando.
Para Bouchart (2003) a obesidade e o estilo de vida fisicamente inativo
são dois fatores de risco prevalente nas doenças crônicas comuns do mundo
ocidental. Ambos acarretam custos enormes para a saúde e para a economia,
sendo reconhecido como os principais fatores de risco para as doenças
cardiovasculares, o diabetes mellitus não-insulino-dependente, a hipertensão e
outras condições debilitantes. Um estilo de vida fisicamente inativo é um fator
de risco para o ganho de peso com a idade; além disso, indivíduos obesos são
muito sedentários, já que o excesso de massa corporal é um obstáculo para a
adoção de um estilo de vida fisicamente mais ativo. E mais, o sedentarismo,
nas pessoas com sobrepeso ou obesidade, aumenta a probabilidade de
morbidades, comuns ao excesso de peso, ou de morte prematura
(BOUCHART, 2003). A criança deve ser motivada a manter-se ativa e essa
prática deve ser incorporada preferencialmente por toda a família.
Em relação às atividades físicas, observa-se que a maior parte das
crianças pratica três atividades (67% das crianças), e as mais praticadas pelos
alunos são: futebol, vôlei, natação, ciclismo e skate.
O sedentarismo e a obesidade infantil têm uma relação muito próxima.
O papel da relação destes dois fatores contribui para graves consequências,
tais como doenças cardiovasculares e diabetes (CDC, 2000).
É um fato que as crianças estão ficando mais altas a cada nova geração.
Infelizmente, estão também ficando mais pesadas. Isto se deve a um conjunto
de elementos que se aliam para produzir mais e mais gerações de crianças
com excesso de peso e com problemas associados à obesidade. Há algum
tempo atrás, após as aulas, mandavam as crianças sair para brincar nas ruas
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ou nas matas, onde queimavam as calorias que tinham acumulado durante o
dia. “Brincar lá fora” predispunha às crianças para jogos inovadores, ao sabor
da sua imaginação, e dava também para horas e horas de exercício físico
(RECH e SIQUEIRA, 2010).
Em relação à questão que objetivou identificar quantas horas diárias os
adolescentes praticam atividade física, se observou que 67% praticam mais de
uma hora e 33% praticam até uma hora diária. Segundo as considerações de
Gomes; Siqueira; Sichieri, 2001) o exercício físico pode ser um fator protetor
para uma série de males, dentre os quais destacam-se: obesidade, doenças
cardiovasculares, diabetes, osteoporose, depressão e maior morbi-mortalidade
por qualquer causa. No entanto, muito desse conhecimento não é
adequadamente divulgado fora do meio acadêmico, permanecendo oculto para
grande parte da população. Os motivos que levam ao desconhecimento vão da
falta de vontade em buscar informação, até a inexistência de programas
governamentais de esclarecimento, passando pelos profissionais de saúde
que, muitas vezes, também ignoram o valor do exercício físico ou não são
efetivos no incentivo à prática regular de exercícios físicos (GOMES;
SIQUEIRA; SICHIERI, 2001).
Quando questionados se possuem o hábito de ingerir frutas durante o
dia, 73% dos entrevistados responderam que tem costume de comer frutas
durante o dia e 27% responderam não ter este hábito.
Ferreira et al (2007) destaca que a contribuição de frutas e hortaliças na
alimentação pode interferir no consumo de outros alimentos, entre os quais
aqueles ricos em gorduras e açúcares. Em estudo de intervenção randomizado
realizado com 30 famílias subdivididas segundo inclusão de crianças de 6 a 11
anos com e sem obesidade, aumentou-se a ingestão de frutas e hortaliças e
observou-se relação inversa entre o consumo e a frequência de frutas e
vegetais na alimentação com o consumo de alimentos dos grupos de lipídes,
especialmente os saturados, e açúcares (FERREIRA et al., 2007).
Segundo os mesmos autores, o mecanismo através do qual o consumo
de frutas e hortaliças pode interferir na saciedade refere-se ao teor de fibras
desses alimentos. No entanto, frutas e hortaliças apresentam baixa
palatabilidade, que é conferida ao alimento por presença de elevada densidade
energética, teor de lípides e proteínas (FERREIRA et al., 2007).
19
Segundo Panagiotakos et al (apud FERREIRA et al., 2007), destacam
que o consumo de frutas e hortaliças duas vezes na semana pode associar-se
a risco significativamente mais baixo de distúrbios coronarianos. Para os
autores, isso representaria a redução de 70% no risco, o que se traduz em
nível considerável de prevenção para eventos coronarianos.
Na questão que objetivou identificar se os adolescentes possuem o
hábito de comer arroz e feijão, a pesquisa identificou que 83% dos
entrevistados responderam que gostam de feijão e arroz, somente 17%
respondeu não gostar.
Quando questionados se costumam comer verduras durante as
refeições, 63% das crianças responderam que sim, e 37% que não têm esse
costume. Em relação a isso, Mello et al (2004) afirmam que fatores que
favorecem uma alimentação adequada, como o consumo de leite materno,
verduras e hortaliças, agem como fator protetor contra a obesidade, assim
como a prática de exercícios físicos adequados para o porte e idade das
crianças.
No que se refere à ingestão de doces e salgadinhos, observa-se que
77% responderam consumir esses alimentos durante o dia. Segundo os
autores Mello et al (2004) mencionam ser vários os fatores influenciam o
comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar e suas
características, atitudes de pais e amigos, valores sociais e culturais, mídia,
alimentos rápidos, conhecimentos de nutrição e manias alimentares) e fatores
internos (necessidades e características psicológicas, imagem corporal, valores
e experiências pessoais, auto-estima, preferências alimentares, saúde e
desenvolvimento psicológico) (MELLO et al., 2004).
CONCLUSÃO
Conforme os autores consultados para a revisão de literatura deste
artigo, é unânime entre os mesmos o fato de que a obesidade infantil está
aumentando de forma expressiva e que a mesma causa muitas complicações
tanto na infância como na vida adulta. Sendo que na infância, o manejo se
torna ainda mais difícil do que na fase adulta, pelo fato de que está relacionado
20
à mudança de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de
entendimento da criança quanto aos danos da obesidade.
Os resultados demonstraram que 3% dos adolescentes estão com peso
abaixo; 60% peso normal e 37% estão com sobrepeso.
A pesquisa de campo em relação às atitudes frente aos exercícios e
alimentação verificou-se que a maioria gosta muito de exercícios, mas que
apenas 17% das crianças caminham para a escola.
Quanto à alimentação, a maioria gosta muito de frutas, arroz e feijão,
mas nem todos gostam de comer verduras, quanto aos refrigerantes, à maioria
gosta muito de refrigerantes, doces e salgadinhos.
Com base nas evidências, pode-se concluir que quanto maior o tempo
em frente à TV, maior a inatividade física, e maior tendência ao acúmulo de
gordura corporal. Desta forma, a simples observação a elevação de dietas
impróprias, bem como a prática compulsiva de atividade física tornam-se pouco
plausíveis de levar os adolescentes a adotar hábitos saudáveis para a vida.
Desta forma, sugere-se que as escolas elaborem programas de
educação para a saúde, desenvolvidos com o objetivo de informar os jovens
sobre a influência dos comportamentos de risco, na tentativa de minimizar o
sedentarismo e, possivelmente, o número de pessoas obesas na adolescência
e na vida adulta.
Assim, fica exposto que as escolas têm um importante papel na
promoção das atividades físicas e na formação de hábitos alimentares
saudáveis. Pela necessidade em se identificar os grupos populacionais de risco
e os fatores que influenciem a presença dos hábitos maléficos à saúde na
infância e na adolescência.
Desta forma, surge uma necessidade em se promover um aumento das
atividades físicas e da reeducação dos hábitos alimentares mais saudáveis
entre crianças e adolescentes, buscando condições objetivas para sua
realização.
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
ANEXO A – Questionário de Atividade Física
1) Em geral, quantas horas por dias você assiste TV?
a) Durante a semana ____________horasb) Durante o final de semana __________ horas
2) Em geral, quantas horas por dia passa em frente ao computador, vídeo game ou TV?
1) Durante a semana ___________horas2) Durante o final de semana ____________ horas
3) Como se desloca para a escola (colégio)?
( ) ônibus ( ) carro( ) caminhando( ) bicicleta
4) Cite três atividades físicas que você realiza no seu tempo livre (em ordem de maior realização)
a) ________________________________________________________b) ________________________________________________________c) ________________________________________________________
5) Nos dias em que você pratica atividade física, durante quanto tempo você participa dessa atividade?
__________horas ______minutos
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ANEXO B – Questionário Alimentação
1) Tem costume de comer frutas durante o dia?
( ) sim
( ) não
______________porções
2) Durante as refeições toma refrigerantes?
( ) sim
( ) não
_____________copos
3) Gosta de arroz e feijão?
( ) sim
( ) não
Arroz __________porções
Feijão __________porções
4) Costuma comer verduras durante as refeições?
( ) sim
( ) não
____________porções
5) Costuma comer doces e salgadinhos?
( ) sim
( ) não
________________porções
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ANEXO C – Avaliação de Classificação do Estado Nutricional
PERCENTIL DO IMC DIAGNOSTICO NUTRICIONAL≤ Percentil 5 Baixo Peso
> Percentil 5 e < 85 Adequada ou Eutrófica≥ Percentil 85 Sobrepeso
Idade Percentil de IMC por idade adolescente sexo feminino5 15 50 85 95
10 14,23 15,09 17,00 20,19 23,2011 14,60 15,53 17,67 21,18 24,5912 14,98 15,98 18,35 22,17 25,9513 15,36 16,43 18,95 23,08 27,0714 15,67 16,79 19,32 23,88 27,9715 16,01 17,16 19,69 24,29 28,5116 16,37 17,54 20,09 24,74 29,1017 16,59 17,81 20,36 25,23 29,7218 16,71 17,99 20,57 25,56 30,2219 16,87 18,20 20,80 25,85 30,72
IdadePercentil de IMC por idade adolescente sexo masculino
5 15 50 85 9510 14,42 15,15 16,72 19,60 22,6011 14,83 15,59 17,28 20,35 23,7012 15,24 16,06 17,87 21,12 24,8913 15,73 16,62 18,53 21,93 25,9314 16,18 17,20 19,22 22,77 26,9315 16,59 17,76 19,92 23,63 27,7616 17,01 18,32 20,63 24,45 28,5317 17,31 18,68 21,12 25,28 29,3218 17,54 18,89 21,45 25,95 30,0219 17,80 19,20 21,86 26,36 30,66
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