da escola pÚblica paranaense 2009 - operação de ... · inocentes e punir os culpados e a dos...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Ficha para Catálogo de Produção Didático- Pedagógica
Professor PDE/2009
Título Leitura e Releitura dos Contos de Fadas
Autor Cleide Aparecida Rodrigues
Escola de Atuação Colégio Estadual Santo Agostinho - EFM
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Orientador Naira de Almeida Nascimento
Instituição de Ensino Superior Fafipar
Área do Conhecimento Língua Portuguesa
Produção Didático-Pedagógica Caderno Pedagógico
Público alvo Professores e alunos de 5ª série (6º ano)
Localização Colégio Estadual Santo Agostinho – EFM
Rua Cascavel, 1610 – Boqueirão – Curitiba - Pr.
Apresentação Os contos de fadas têm despertado grande interesse de
pesquisadores e estudiosos, pois a permanência desse gênero no
dia-a-dia de cada um se dá não só pela presença constante dos
contos tradicionais que continuam sendo contados e recontados, mas
também pelas releituras que são feitas. Essas releituras apresentam
a cada conto recontado, as novas identidades, os novos sujeitos que
surgem na contemporaneidade e vão ganhando novas
características.
Este caderno será composto de três unidades, cada uma com
temática de um conto de fada tradicional, com releituras e sugestões
de atividades. Sendo que através da contação de histórias,
encenação de peça teatral e produção de releituras espera-se
desenvolver o senso crítico, despertar o prazer de ler e ouvir
histórias, estimular a criatividade, desenvolvendo assim a expressão
oral, escrita e corporal.
Objetivando trabalhar o estímulo e a reflexão do texto literário por
meio dos contos de fadas e suas releituras, que são textos acessíveis
aos alunos de 5ª séries (6º ano), e por meio da contação de histórias,
com indumentária própria, despertar o interesse dos alunos por essa
literatura, proporcionando desenvolvimento da imaginação,
socialização em grupo, percepção de mundo, e na construção da
identidade e autonomia própria.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Contos de fadas – leitura - releitura
Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
IES – FAFIPAR
Orientadora IES: Profª Drª Naira de Almeida Nascimento
Profª PDE Cleide Aparecida Rodrigues
CURITIBA – PR
Ao elaborar este caderno tive como objetivo
promover um diálogo entre os contos de fadas clássicos
e suas releituras, buscando um resgate desses contos,
que foram deixados em segundo plano, e através de
suas leituras, espero que você faça uma releitura e
reescrita, desenvolvendo assim um raciocínio rápido na
adaptação de elementos da realidade com a história
ficcional.
“O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma. Não tenha medo de errar, pois aprenderá a não cometer duas vezes o mesmo erro”.
Theodore Roosevelt
Caro aluno!
PROFESSORES E PROFESSORAS!
Tem um ditado oriental que diz: “Eu quero mudar o mundo. Mas...
o mundo é muito grande! Vou começar pelo meu país. Mas... o meu país
é enorme! Talvez pelo meu estado. Mas... são tantas as cidades! Já sei:
pela minha cidade. Mas... nela tem tantas ruas! Vou mudar a minha rua.
Mas na rua há muitas casas! Quem sabe pela minha casa!? Mas nela há
várias pessoas! Então... vou começar por mim.”
Em outras palavras: “Nós precisamos ser a mudança que queremos
ver no mundo” (Ghandi)
Sabemos que a leitura é um instrumento valioso para a apropriação
de conhecimentos relativos ao mundo exterior. Ela amplia e aprimora o
vocabulário e contribui para o desenvolvimento de um pensamento
crítico e reflexivo, pois possibilita o contato com diferentes idéias e
experiências.
No entanto, as tecnologias do mundo moderno faz com que as
pessoas não priorizem a leitura, isso resulta em jovens desinteressados
e sem paciência para o ato de LER e OUVIR, consequentemente com
vocabulários reduzidos e pobres.
Os contos de fada, assim como suas releituras, são considerados
um pré-vestibular para a idade adulta e preparam de uma forma
subjetiva, as crianças para a trajetória rumo à idade adulta que, todos
nós sabemos, não implica em acertos e vitórias o tempo todo.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. (Cora Coralina)
Ao iniciar o trabalho das unidades é necessário que se faça uma
troca de informações com os alunos, perguntar sobre determinada
história e o que eles conhecem sobre ela, deixar que os alunos se
pronunciem livremente, colhendo as informações que eles possuem.
Caso verifique que possuem informações diferenciadas intervir citando a
história de Chapeuzinho Vermelho como exemplo, em que na versão de
Charles Perrault Chapeuzinho e a avó são engolidas pelo Lobo, e ponto
final, não existindo uma salvador (caçador ou lenhador), já na versão
dos Irmãos Grimm esse salvador aparece, como uma forma de salvar os
inocentes e punir os culpados e a dos Três Porquinhos, que teve sua
primeira versão em 1000 d.c. com autor desconhecido, em 1383 foi
adaptado para teatro, e em 1810 teve a versão dos Irmãos Grimm, a
partir daí houve dezenas de versões, sendo a última, com um grupo de
atores, no Teatro Lourival Batista, na cidade de Aracaju, estado de
Sergipe, com texto adaptado, o elenco conta a história dos Três
Porquinhos Cícero, Heitor e Prático, onde os irmãos Cícero e Heitor não
gostam de trabalhar e não querem saber de segurança nem de higiene,
até toparem com o Lobo Mau, que estará com a gripe suína, para se
curar, tem que aprender muito com o irmão Prático.
Após a troca de informações professor/aluno e de acordo com as
habilidades do professor, pode-se optar pela contação de história ou
simplesmente a leitura de uma releitura que mais se adéqüe à realidade
de seus alunos. Lembrando que a escolha da história é o principal fator
para o sucesso do projeto, portanto deve ser feita com muita atenção,
tendo como foco a clientela a ser atendida.
Mas, jamais podemos ter medo de fracassar, medo de que a
história não desperte a atenção dos educandos, pois o que se considera
um fracasso em determinada turma de aluno, pode vir a ser um sucesso
em outra, sendo que uma mesma história pode ter uma receptividade
diferenciada. Contar histórias exige prazer e não ter medo, pois quando
temos muitas perspectivas, geralmente podemos nos decepcionar.
Na Contação de Histórias não devemos ter a preocupação de ficar
colocando vozes nos personagens, se sair de modo natural, ótimo, o
importante é olhar nos olhos dos ouvintes, como se tivesse contando a
história exclusivamente para ele.
“O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender”
- Janoi Mamedes -
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Os Três Porquinhos
Figura 1: Os Três Porquinhos da atualidade
Os Três Porquinhos é um conto de fada cujos personagens são
exclusivamente animais. As primeiras edições do conto datam do século
X sem autoria conhecida e no século XVIII com autoria dos Irmão
Grimm.
O conto se tornou mais conhecido graças à versão em animação
feita pela Disney em 1933. Foi o filme que introduziu nome para os
porquinhos - Prático, Cícero e Heitor ou Fifer Pig, Fiddler Pig e Edmund
Pig (em inglês).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
RECORDANDO A HISTÓRIA
Os personagens do conto são três porquinhos - Prático, Heitor e
Cícero - e um lobo mau, cujo objetivo era devorar os porquinhos. Ao
decidirem sair da casa de sua mãe (em algumas versões, da avó),
(lembrando que em algumas versões, eles recebem uma herança de
sua mãe/avó para assim poderem construir as casas) eles foram
construir cada um a sua própria casa.
Cícero, o mais preguiçoso, não queria se cansar e construiu uma
cabana de palha. Heitor, decidiu construir uma cabana de madeira,
enquanto Prático optou por construir uma casa melhor estruturada, com
cimento e tijolos. Como a sua casa demorou mais tempo para ser
construída, Prático muitas vezes via os irmãos divertindo-se enquanto
se esforçava para terminar o trabalho.
Um dia o lobo surgiu e bateu na porta da casa de Cícero, que
escondeu-se. Mas o lobo, com um assoprão, desfez a casa. Enquanto
Cícero fugia, o lobo foi bater na porta de Heitor e, com dois assoprões,
destruiu também a cabana de madeira.
Heitor fugiu para a casa de Prático, onde já se encontrava Cícero.
O lobo então foi à casa de Prático e tentou derrubá-la, sem sucesso.
Após muitas tentativas, o lobo decidiu esperar a chegada da noite.
Quando anoiteceu, o lobo foi tentar entrar na casa descendo pela
chaminé, mas começou a sentir cheiro a queimado. Era Prático que,
com uma panela ao lume, estava a queimar a cauda do lobo. O lobo
então fugiu assustado e nunca mais voltou, e eles viveram felizes para
sempre.
Será que a história dos três porquinhos ocorreu desse jeito
mesmo? Dando a palavra ao lobo, que naturalmente narra os
acontecimentos do seu ponto de vista, Jon Scieszka em seu livro “A
Verdadeira História dos Três Porquinhos”, nos narra uma história
diferente, nova e engraçada, vamos ouvi-la com atenção e julgar se o
lobo tem razão.
“Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos Três
Porquinhos. Ou pelo menos, acham que conhecem. Mas, eu vou contar
um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém
jamais escutou o meu lado da história.
Eu sou o lobo Alexandre T. Lobo. Pode me chamar de Alex. Eu
não sei como começou este papo de Lobo Mau, mas está
completamente errado. Talvez seja por causa de nossa alimentação.
Olha, não é culpa minha se lobos comem bichinhos engraçadinhos
como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os
cheeseburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que você é Mau.
Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está
errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar.
No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de
aniversário para minha querida Vovozinha. Eu estava com um resfriado
terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar.
Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu
vizinho. Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente
também. Ele tinha construído a casa de palha. Dá para acreditar? Quero
dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma casa de palha. É
claro que sim, que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando assim na
casa dos outros. Então chamei: “Porquinho, você está aí?” Ninguém
respondeu. Eu já estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para
o bolo de aniversário da minha querida e amada Vovozinha. Foi quando
meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei. E bufei. E
soltei um grande espirro.
Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou
inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o Primeiro
Porquinho – mortinho da silva. Ele estava em casa o tempo todo. Seria
um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio
daquela palha toda. Então eu o comi. Imagine o porquinho como se ele
fosse um grande cheeseburger dando sopa.
Eu estava me sentindo um pouco melhor. Mas ainda não tinha
minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse
era um pouco mais esperto, mas não muito. Tinha construído a casa
com lenha. Toquei a campainha da casa de lenha. Ninguém respondeu.
Chamei: “Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?” Ele gritou de
volta: “Vá embora Lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba
de minhas bochechas rechonchudas”. Eu tinha acabado de pegar na
maçaneta quando senti outro espirro vindo. Inflei. E bufei. E tentei cobrir
minha boca, mas soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, mas
a casa desse sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele. Quando a
poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho – mortinho da silva.
Palavra de honra. Na certa você sabe que comida estraga se ficar
abandonada ao relento. Então fiz a única coisa que tinha de ser feita.
Jantei de novo. Era o mesmo que repetir um prato. Eu estava ficando
tremendamente empanturrado. Mas estava um pouco melhor do
resfriado.
E eu ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de
aniversário da minha querida e amada Vovozinha. Então fui até a casa
do próximo vizinho. Esse sujeito era irmão do Primeiro e do Segundo
Porquinho. Devia ser o crânio da família. A casa dele era de tijolos. Bati
na casa de tijolos. Ninguém respondeu. Eu chamei: “Senhor Porco, o
senhor está?” E sabe o que aquele leitãozinho atrevido me respondeu?
“Caia fora daqui, Lobo. Não me amole mais.”
E não me venham acusar de grosseria! Ele tinha provavelmente
um saco cheio de açúcar. E não ia me dar nem uma xicrinha para o bolo
de aniversário da minha Vovozinha. Que porco! Eu já estava quase indo
embora para fazer um lindo cartão em vez de um bolo, quando senti um
espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E espirrei de novo. Então o Terceiro
Porco gritou: “E a sua velha Vovozinha pode ir às favas.” Sabe, sou um
cara geralmente bem calmo. Mas quando alguém fala desse jeito da
minha Vovozinha, eu perco a cabeça. Quando a polícia chegou, é
evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele Porco. E
todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirando e fazendo uma
barulheira. O resto, como dizem, é história.
Tive um azar: os repórteres descobriram que eu tinha jantado os
outros dois porcos. E acharam que a história de um sujeito doente
pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então
enfeitaram e exageraram a história como todo aquele negócio de “bufar,
assoprar e derrubar sua casa”.
E fizeram de mim um Lobo Mau. É isso aí. Esta é a verdadeira
história. Fui vítima de armação. Mas talvez você possa me emprestar
uma xícara de açúcar”.
ORIGEM: http://cantinhodaleitura2009.blogspot.com/2009/09/verdadeira-historia-dos-tres-porquinhos. html
Se fizermos uma pesquisa aprofundada, iremos encontrar dezenas
de releituras da história dos Três Porquinhos, mas todas com objetivo de
ensinar, de forma saborosa e dramática, que não devemos ser
preguiçosos e levar as coisas “numa boa”, porque se o fizermos
poderemos sofrer consequências desagradáveis. Um planejamento e
previsão inteligente combinados a um trabalho árduo nos fará vitoriosos
até mesmo sobre nosso inimigo mais feroz.
Releitura não é simplesmente uma cópia, nem plágio, muito menos
uma falsificação. Consiste, sim, na criação de uma nova obra,
realizada a partir de outra feita anteriormente, acrescentando nessa
nova produção um toque pessoal e uma nova maneira de ver e
sentir, de acordo com a cultura e vivência próprias de cada pessoa.
1. Baseando-se no conto original de “Os Três Porquinhos” e na
versão de Jon Scieszka “A Verdadeira História dos Três Porquinhos”,
qual das história você acha que é a verdadeira? Justifique sua resposta
oralmente, respeitando a opinião do colega.
Neste momento, o professor deve deixar que os alunos se
pronunciem livremente, somente mediando para que fale
um de cada vez, com o intuito de desenvolver o senso
crítico dos educandos.
2. O BILHETE
O lobo, cansado de soprar, resolveu armar uma cilada diferente
para os três porquinhos. Mandou um bilhete para eles, que dizia:
“Queridos porquinhos,estou cansado de tanta briga, por isso pensei em fazer
um banquete em sinal de amizade. Será hoje, à noite, em minha casa.
Espero ansioso por vocês.
Um abraço caloroso de seu amigo.
Ass. Lobo.”
Os porquinhos desconfiados, resolveram não ir, pois sentiram que
havia algo de muito estranho. Como são educados, pensaram em
responder o bilhete.
Ajude-os a escrever outro bilhete explicando o motivo da ausência.
3. Que relação você faz com as casas que os três porquinhos
constroem – começando por uma casa de palha para uma de madeira e,
finalmente, para a casa de tijolos, com o crescimento e amadurecimento
do ser humano? Lembrando que o menor dos porquinhos constrói sua
casa sem qualquer cuidado, utilizando-se de palhas; o segundo usa
gravetos; só o terceiro e mais velho dos porquinhos construiu sua casa
de tijolos.
Professor!
Interagir com os alunos de forma que os conduza a pensar
na evolução da construção das casas, com suas
responsabilidades provindas de seu crescimento e
amadurecimento.
4. Em nossa vida encontramos muitos “lobos” pelo caminho,
devemos ter sabedoria e astúcia para derrotá-los, no seu pensar quais
são os “lobos” que devemos derrotar?
O professor poderá citar como exemplos: drogas, bullying,
miséria, corrupção, desemprego, etc.
5. Agora você é o escritor, reescreva a história dos três porquinhos,
com fatos da atualidade, criando suas próprias alternativas.
Neste momento, o professor pode apresentar algumas
releituras aos alunos. Também pode mostrar a semelhança
da fábula “A Cigarra e a Formiga” com o conto dos “Três
Porquinhos”, onde a Cigarra, assim como os porquinhos
mais jovens, preferem brincar do que trabalhar.
Sugestão de vídeo: www.youtube.com.br – A verdadeira História dos Três
Porquinhos – A versão do Lobo .
Sugestão de Filme: OS TRÊS PORQUINHOS – O porquinho Prático – Disney.
Sugestão de Leitura: A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS – Jon
Scieszka – Ed. Cia da Letrinhas.
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Chapeuzinho Vermelho
FONTE: http://www.lendo.org/7-horrendos-contos-de-fadas-que-lhe-contam-desde-crianca
A história de Chapeuzinho Vermelho iniciou-se com Charles
Perrault, com o título “Capuchinho Vermelho”, no séc. XVII, sofrendo
alterações por Hans Cristian Andersen e Irmãos Grimm.
Chapeuzinho Vermelho, foi a história que mais produziu releituras
nos contos de fadas pela sua importância para a literatura infantil,
muitos autores recontam essa história, produzindo novos e diferentes
significados, como podemos observar nos textos a seguir:
TEXTO 1 – CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA
Personagens: Chapeuzinho Vermelho e a Vovozinha.
Cenário: A Vovozinha está deitada, debaixo de umas cobertas, quando
entra a Chapeuzinho
VOVOZINHA – Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica mais perto da
vovó.
CHAPEUZINHO – (aproximando-se da vovó) – Mas, vovó, que olho
vermelho...e grandão. Que houve?
VOVOZINHA – Ah, minha netinha, meus olhos estão assim de tanto
olhar para você. Aliás, está queimada, heim?
CHAPEUZINHO – Guarujá, vovó. Fui pra lá no fim de semana. Vovó, a
senhora está com um nariz tão grande. Tão esquisito, vovó.
VOVOZINHA – Ora, Chapéu, é a poluição. Desde que começou a
industrialização no bosque, está um horror. Fico respirando o dia todo
este ar poluído. Chegue mais perto, minha netinha.
CHAPEUZINHO – É, vovó, mas em compensação, antes eu levava
duas horas para vir de casa até aqui e agora, com a estrada asfaltada,
eu venho com minha moto e levo só quinze minutos.
VOVOZINHA – Pois é, minha filha. E o que tem aí nesta cesta enorme?
CHAPEUZINHO – Puxa, já ia me esquecendo. A mamãe mandou
margarina, Hellmans, Danone de frutas e umas sopas Knorr.
VOVOZINHA (lambendo os lábios) – Hum...
CHAPEUZINHO (meio sem jeito) – Vovó, não querendo ser chata...
VOVOZINHA – Ora, diga.
CHAPEUZINHO – As orelhas. A orelha da senhora está tão grande e
ainda por cima peluda. Credo vovó!
VOVOZINHA – Ah, mas a culpada é você. Sãos estes CDs malucos que
você me deu. Onde já se viu fazer música desse tipo? Você me
desculpe, porque foi você que me deu, mas é só barulheira. Não há
ouvido que agüente.
CHAPEUZINHO – Ah, vovó... Bem, mas o seu cabelo está um barato,
heim? Todo desfiado para cima, encaracolado. Que que é isso?
VOVOZINHA – Ora, também tenho que entrar na moda, né minha
netinha? Ou você queria que eu fosse domingo no programa do Sílvio
Santos de coque e com vestido preto de bolinhas brancas?
CHAPEUZINHO (assustada, dá um pulo para trás) – E esta boca
imensa?
VOVOZINHA (brava, salta da cama, com as mãos na cistura) – Escuta
aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar, é?!
Mário Prata
Fonte:http://www.marioprataonline.com.br/obra/literatura/infanto/Chapeuzinho/chapaeuzinho.htm
TEXTO 2 – FITA-VERDE NO CABELO
(Nova Velha História)
Havia uma aldeia em algum lugar nem maior nem menor, com
velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e
meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo,
suficientemente, menos uma meninazinha, a que por enquanto. Aquela,
uma dia, saiu de lá, com uma fita verde inventada no cabelo.
Sua mãe mandara-a, com um cesto e um pote, à avó, que a
amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita-Verde partiu, sobre
logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda,
e o cesto estava vazio, que para buscar framboesas.
Daí, que indo, no atravessar o bosque, viu só os lenhadores que
por lá lenhavam, mas o lobo nenhum, desconhecido, nem peludo. Pois
os lenhadores tinham exterminado o lobo.
Então, ela, mesma, era quem se dizia:
– Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto
que a mamãe me mandou.
A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que
a gente pensa que vê, e das horas, que a gente não vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e
longo, e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua
sombra também vinha-lhe correndo, em pós.
Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar
essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se
cada uma em seu lugar as plebeinhas flores, princesinhas e incomuns,
quando a gente tanto por elas passa.
Vinha sobejadamente.
Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu,
quando ela, toque, toque, bateu:
– Quem é?
– Sou eu… – e Fita-Verde descansou a voz. – Sou sua linda
netinha, com cesto e pote, com a fita verde no cabelo, que a mamãe me
mandou.
Vai, a avó, difícil, disse:
– Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus te abençoe.
Fita-Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama, rebuçada e só. Devia, para falar agagado e
fraco e rouco, assim de ter apanhado um ruim defluxo. Dizendo: –
Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é
tempo.
Mas agora Fita-Verde se espantava, além de entristecer-se de ver
que perdera em caminho sua grande fita verde no cabelo atada; e
estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
– Vovozinha, que braços tão magros, os seus, e que mãos tão
trementes!
– É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta… –
a avó murmurou.
– Vovozinha, mas que lábios, aí, tão arroxeados!
– É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta… – a
avó suspirou.
– Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto
encovado, pálido?
– É porque já não estou te vendo, nunca mais, minha netinha… –
a avó ainda gemeu.
Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira
vez. Gritou:
-Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!…
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a
não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo.
João Guimarães Rosa
FONTE: http://fitaverde.blogspot.com/2007/09/fita-verde-no-cabelo.html
TEXTO 3 – Chapeuzinho Amarelo
Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
Era a Chapeuzinho Amarelo…
Chico Buarque
FONTE: http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdelivros/1223432
1. A história de Mário Prata é uma versão moderna do conto
original. Transcreva do texto fatos que revelam essa intenção
de modernizar a história.
Sugestões: Chapeuzinho está queimada de sol porque
passou o fim de semana na praia; Chapeuzinho foi de moto
para a casa da Vovozinha; a Vovozinha recebeu uma cesta
de produtos industrializados; vovó não se arruma como
uma pessoa idosa.
2. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira,
observando as características de cada texto lido.
( 1 ) Chapeuzinho Vermelho de Raiva
( 2 ) Fita Verde no Cabelo (nova velha história)
( 3 ) Chapeuzinho Amarelo
(2) Linguagem complexa, frases estruturadas de forma
inusitada, relações incomuns entre as palavras, passagem de
difícil compreensão.
(3) Linguagem poética, o autor brinca com o significado e com
a sonoridade das palavras, produzindo belos efeitos de sentido.
(1) Linguagem informal, com as marcas próprias da oralidade;
fácil de compreender.
3. As recriações do clássico infantil Chapeuzinho Vermelho,
por Mário Prata, Chico Buarque e Guimarães Rosa, brincam
com o recurso da cor, para indicar, visualmente, os diferentes
sentidos que cada autor quis imprimir no novo texto. Com base
nessa observação, assinale a alternativa INCORRETA.
a) ( ) Em Chapeuzinho Vermelho de Raiva, o autor revela
um novo enfoque para a cor vermelha: o vermelho é a cor da
raiva e não a cor do chapéu ou capuz usado pela personagem
como na história original.
b) ( X ) A personagem de Chapeuzinho Vermelho de Raiva
representa uma menina de uns 10 ou 12 anos.
c) ( ) Em Chapeuzinho Amarelo, a personagem representa
uma menina muito medrosa; e a cor amarela, do capuz ou
chapéu, representa o medo.
d) ( ) Na versão de Guimarães Rosa, a personagem principal
recebe outro nome, mas, como a forma e os fatos narrados são
parecidos com os da história original, os leitores logo fazem
relação entre Fita-Verde e Chapeuzinho Vermelho. Nessa
versão, a cor verde simboliza a juventude, o frescor de uma
menina que ainda não atingiu pleno desenvolvimento físico,
emocional e intelectual.
4. Releia os últimos parágrafos do Texto 2 e transcreva as
falas (das personagens e do narrador) que correspondem a
estas explicações:
a) Na fala, fica sugerido que a avó disse sua última frase,
que ela deu o último suspiro antes de morrer.
“- É porque já não te estou vendo, nunca mais, minha netinha...
– a avó ainda gemeu”.
b) Nessa explicação, o narrador sugere que a dor de perder
a avó, de vê-la morrer, foi tão grande que marcou o início da
maturidade da menina. Depois de ter passado por uma
situação tão dolorosa, Fita-Verde perdeu a infância, passou
para outro estágio da vida.
“Fita-Verde mais de assustou, como se fosse ter juízo pela
primeira vez”.
c) - Esse grito é um chamado, um pedido, uma súplica para
que a avó não se vá, não a abandone, não a deixe só, não
morra. A meninazinha tenta justificar seu pedido, dizendo que
tem medo da vida, pois é uma criança, ainda não cresceu, não
sabe se defender sozinha, precisa de orientação, do amor e da
proteção da avó.
“Gritou:- Vovozinha, eu tenho medo do Lobo...”
Chapeuzinho Vermelho – A Nova Realidade
Figura 2: Chapeuzinho Vermelho – A Nova Realidade
Certo dia a mãe de Gabi pediu a ela que levasse alguns doces
para a sua avó que estava doente, mas ela morava um pouco distante
dali, mesmo assim Gabi aceitou e seguiu o seu caminho contente,
enquanto caminhava ouvia músicas em seu celular e também cantava.
No meio do caminho Gabi sente que estava sendo seguida,
quando de repente um homem pega em seu braço perguntando aonde
ela iria, a garota assustada responde que estava indo à casa da sua avó
levar alguns doces, pois ela estava muito doente, ele perguntou se podia
acompanhá-la, mas ela disse que seria melhor se fosse sozinha, pois
sua avó é muito idosa e não iria gostar de outro tipo de visita, mesmo
assim ele continuou seguindo-a até a casa de sua avó, quando avistou a
casa da avó da garota apertou o passo, chegando antes da menina, lá o
homem puxou uma faca e disse para a avó de Gabi sair dali, a pobre
Vovozinha assustada, saiu correndo.
Quando Gabi chegou o homem foi logo querendo agarrá-la, mas
antes de acontecer algo sua avó chamou a policia que por coincidência
passava por ali naquele momento. Os policiais o prenderam e nada de
ruim aconteceu com Gabi, o homem era um perigoso pedófilo procurado
pela polícia.
FONTE: http://www.literatsi.com/noticia/peca-infantil-faz-releitura-de-conto-de-fadas/
1 - Baseando-se no que você conhece sobre a história de
Chapeuzinho Vermelho original e as releituras aqui
apresentadas, que ensinamento traz para a sua vida?
A resposta pode ser feita oralmente, respeitando suas
limitações.
De acordo com essa releitura hoje em dia não é mais
lobo mal e sim humanos pedófilos que abusam de
crianças, sem quaisquer escrúpulos, essa é a nossa
realidade infelizmente.
2 - Considerando que a floresta seja o caminho de casa à escola,
quais os perigos que se pode encontrar?
Neste momento é bom salientar os perigos de trocar
informações com desconhecidos, cuidados com o trânsito,
etc.
3 - Atualize a história, nominando-a como você desejar,
modernizando os personagens e trocando o perigoso lobo
mau, por outros perigos que nos deparamos pela vida.
(Após as produções de textos, fazer a escolha de uma
releitura para encenação teatral e posterior apresentação à
comunidade escolar).
Sugestão de Vídeo: www.youtube.com.br vídeos MAGALI EM CHAPEUZINHO
VERMELHO 2.
Sugestão de Filme: Deu a louca na Chapeuzinho.
Sugestão de leitura: Chapeuzinho Amarelo – Chico Buarque – Editora José
Olympio.
UU NN II DD AA DD EE 33
A Bela e a Fera
FONTE: ultradownloads.uol.com.br/.../107144,,,.html acessado em 28/07/2010.
A Bela e a Fera nos dá uma excelente metáfora para o
entrosamento do nosso lado positivo, consciente e belo e o nosso lado
obscuro, negativo, inconsciente... e que é pressentido, muitas vezes,
como a fera dentro de nós.
Através desse conto podemos aprender que a fera, apesar de sua
aparência, não é tão terrível e ameaçadora como parece. Também o
nosso lado obscuro deixa de ser tão tenebroso e assustador, quando o
encaramos e concordamos em conviver com ele, aceitando-o como
parte integrante de nosso psiquismo.
A Bela e a Fera relata a história da filha mais nova de um rico
mercador, que tinha três filhas: Enquanto as filhas mais velhas
gostavam de ostentar luxo, de festas e lindos vestidos, a mais nova, que
todos chamavam Bela, era humilde, gentil, e generosa, gostava de
leitura e tratava bem as pessoas.
Um dia, o mercador perdeu toda a sua fortuna, com exceção de
uma pequena casa distante da cidade. Bela aceitou a situação com
dignidade, mas as duas filhas mais velhas não se conformavam em
perder a fortuna e os admiradores, e descontavam suas frustrações
sobre Bela, que humildemente não reclamava e ajudava seu pai como
podia.
Um dia, o mercador recebeu notícias de bons negócios na cidade,
e resolveu partir. As duas filhas mais velhas, esperançosas em
enriquecer novamente, encomendaram-lhe vestidos e futilidades, mas
Bela, preocupada com o pai, pediu apenas que ele lhe trouxesse uma
rosa.
Quando o mercador voltava para casa, foi surpreendido por uma
tempestade, e se abrigou em um castelo que avistou no caminho. O
castelo era mágico, e o mercador pôde se alimentar e dormir
confortavelmente, pois tudo o que precisava lhe era servido como por
encanto.
Ao partir, pela manhã, avistou um jardim de rosas e, lembrando do
pedido de Bela, colheu uma delas para levar consigo. Foi surpreendido,
porém, pelo dono, uma Fera pavorosa, que lhe impôs uma condição
para viver: deveria trazer uma de suas filhas para se oferecer em seu
lugar.
Ao chegar em casa, Bela, mediante a situação resolveu se
oferecer para a Fera, imaginando que essa a devoraria. Ao invés de a
devorar, a Fera foi se mostrando aos poucos como um ser sensível e
amável, fazendo todas as suas vontades e tratando-a como uma
princesa. Apesar de achá-lo feio e pouco inteligente, Bela se apegou ao
monstro que, sensibilizado a pedia constantemente em casamento,
pedido que Bela gentilmente recusava.
Um dia, Bela lhe pediu que Fera a deixasse visitar sua família,
pedido que a Fera, muito a contragosto, concedeu, com a promessa de
ela retornar em uma semana. O monstro combinou com Bela que, para
voltar, bastaria colocar seu anel sobre a mesa, e magicamente
retornaria.
Bela visitou alegremente sua família, mas as irmãs, ao vê-la feliz,
rica e bem vestida, sentiram inveja, e a envolveram para que sua visita
fosse se prolongando, na intenção de Fera ficar aborrecida com sua
irmã e devorá-la. Bela foi prorrogando sua volta até ter um sonho em
que via Fera morrendo. Arrependida, colocou o anel sobre a mesa e
voltou imediatamente, mas encontrou Fera morrendo no jardim, pois
essa não se alimentara mais temendo que Bela não retornasse.
Bela compreendeu que amava a Fera, que não podia mais viver
sem ela, e confessou ao monstro sua resolução de aceitar o pedido de
casamento. Mal pronunciou essas palavras, a Fera se transformou num
lindo príncipe, pois seu amor colocara fim ao encanto que o condenara a
viver sob a forma de uma fera até que uma donzela aceitasse se casar
com ele. O príncipe casou com Bela e foram felizes para sempre.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Bela_e_a_Fera
RReellee ii ttuurraa
Bela e Rico
Era uma vez, um jovem herdeiro que se chamava Rico, apesar de
toda sua fortuna, Rico era muito egoísta.
Perto da casa de Rico, existia um bairro onde vivia um homem que
era dono de uma padaria, esse homem tinha uma filha que se chamava
Bela, que estudava na mesma escola que Rico.
Um dia, os pais de Rico fizeram uma grande encomenda de pães
e doces para a padaria do pai de Bela e pediram para entregarem na
casa deles, o pai de Bela pediu para a filha ajudá-lo a levar os pedidos
até a padaria. Bela já tinha combinado com suas amigas de sair, mas
ela desmarcou o seu compromisso e ajudou seu pai, Rogério.
Chegando lá, Bela reconheceu aquele menino arrogante da
escola, afinal eles eram da mesma sala, mas algo estava errado com
Rico, ele estava pálido e suando frio, Bela percebeu que ele iria
desmaiar e o segurou, gritando por socorro, os pais de Rico atenderam
prontamente e o levou para o quarto. Lá Bela, Viu um vidrinho escrito na
embalagem anabolizantes, chamou um médico na hora, o médico
chegou a tempo de salvar a vida dele.
Ele disse que se demorasse mais um pouco, Rico poderia ter
morrido, os pais de Rico não sabiam que ele fazia aquilo e agradeceram
à Bela por aquilo que ela fez.
Rico estava dormindo e quando acordou soube de toda a história,
e acabou lembrando daquela garota, que ele sempre tratou mal e que
agora salvara sua vida sem nada pedir em troca.
Daquele dia em diante Rico parou de ser egoísta e começou a
tratar bem as pessoas. Afinal, jamais devemos julgar uma pessoa pela
sua aparência ou pelo que ela possui...
FONTE: http://blogandoliteratura.blogspot.com/2009/07/releitura-bela-e-fera.html
1 – Que relação você faz com a história de A Bela e a Fera e a
imagem abaixo?
Figura 3: Bela atitude no mundo Fera
Professor: levar o aluno a concluir que a gentileza e a
educação pode mudar as pessoas e o mundo a sua volta
2 - A releitura Bela e Rico termina com reticências, no seu
pensar temos poder para julgar uma pessoa? Como
escolhemos ou deveríamos escolher nossas amizades?
(Pode-se aproveitar esse momento para discutir
questões sobre preconceito e discriminação).
3 – No conto A Bela e a Fera, observamos que Bela é
humilde, gentil, generosa, gostava de leitura e tratava bem
as pessoas. Você acha que essas qualidades foram
importante para o processo de humanização da Fera?
Justifique.
É importante que o aluno chegue a conclusão da
importância de suas ações e o retorno que elas trazem,
podendo transformar a sua vida como a de outras pessoas.
4 - Com a convivência e o conhecimento podemos transformar
o feio em bonito e o difícil em fácil? Explique:
Sugestão de vídeo: www.youtube.com.br – A Bela e o Monstro – Sentimentos
Sugestão de filme: A Bela e a Fera – Disney
Sugestão de leitura: A Bela e a Fera – Lisette Simone – Editora Melhoramentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas, 23ª
Ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2009.
CONTOS DE ANDERSEN, GRIMM E PERRAULT, São Paulo,
Girassol, 2005.
PIMENTA, Marcus Aurelius. TORERO, José Roberto.
Chapeuzinhos Coloridos, Rio de Janeiro, Objetiva, 2010.
PERCÍLIA, Eliene, Equipe Brasil Escola.
Ilustração: Carlos Roberto Moura