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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

ÁREA: CIÊNCIAS

PROFESSORA PDE: SANDRELY GONÇALVES RIBEIRO ORIENTADORA: DRª. MARILENE MIEKO YAMAMOTO PIRES

PARANAVAÍ 2010

Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação – SUED

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

a) PROFESSORA PDE: Sandrely Gonçalves Ribeiro

b) ÁREA: Ciências

c) NRE: Paranavaí

d) PROFESSORA ORIENTADORA: Drª Marilene MiekoYamamoto Pires

e) IES: FAFIPA – Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí

f) ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Prof. Bento Munhoz da

Rocha Neto – E.F.M.

g) PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos das 8as séries A e B do Ensino

Fundamental.

h) TÍTULO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: O álcool e

adolescência: subsídios para discussão no âmbito escolar

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2. ATIVIDADES

“Não há mudança sem sonho, como não há sonho sem esperança”

Paulo Freire

O enfoque dado a este trabalho parte do princípio que educação se faz com

informação pautada na verdade, com comunicação clara sem subterfúgios. Para isso, é

preciso que estejamos preparados a aceitarmos a realidade, rompendo com o paradigma

de que hoje a juventude é individualista, alienada e pouco solidária, visto que é

crescente o número de grupos de jovens que se preocupam com o bem-estar comum,

envolvendo-se na solução de problemas nas suas comunidades, nas escolas e, também,

aqueles relacionados às questões mais amplas de cidadania.

A educação preventiva é diferente da simples informação ou repressão. Por

isso, procuramos conscientizar o adolescente através de uma abordagem direcionada

para a vida, onde a prevenção ao uso indevido de droga se encontra dentro de um

contexto de valorização da vida e do ser humano.

Para iniciarmos o nosso primeiro contato faremos um levantamento de

questões referentes à vivência do aluno, em seguida, faremos a aplicação de um

questionário visando ao levantamento de dados referentes à situação dos alunos

quanto ao uso de bebidas alcoólicas. Depois dessas duas atividades de sondagem e

levantamento de dados, desenvolveremos atividades abordando o referido assunto

visando mostrar a escola como espaço de vida e de formação.

1a Atividade: Levantamento de questões da vivência dos alunos

Solicite aos alunos que analisem as questões do ANEXO 1, julgando este

consumo como: uso, abuso ou dependência e aproveitando este momento em que estão

juntos para compartilhar as suas experiências relacionadas ao tema da aula. Pede-se ao

professor que tome cuidado e não interfira nas ideias iniciais que os alunos têm a

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respeito desse assunto para que a construção do conhecimento científico aconteça. Nesta

atividade propõem-se aos alunos diferentes situações de consumo de álcool, para que se

analise e delibere em quais houve abuso ou uso inadequado, em quais não houve e por

que.

Conceitos e termos

É importante distinguir três tipos de consumos de álcool e que definem a

relação que a pessoa tem com ele: uso, abuso e dependência.

Uso: refere-se ao consumo moderado, ou seja, a ingestão de quantidades

sem risco para a saúde que equivale a 24 g de álcool por dia para o homem e 16 g de

álcool por dia para as mulheres. Estas quantidades referem-se a consumos durante as

refeições e em pessoas adultas saudáveis.

Abuso: padrão de utilização abusiva e repetida do álcool com

consequências adversas recorrentes em várias áreas da vida, podendo levar ao não

cumprimento de obrigações, colocar-se e colocar os outros em situações de perigo físico

(ex: condução com álcool), problemas legais, conflitos sociais e interpessoais. Apesar

destes problemas mantém-se o padrão de consumo.

Dependência: é o padrão mais grave dos consumos e que sucede aos

anteriores, ou seja, um dependente do álcool foi antes um abusador. Nesta fase dos

consumos a pessoa manifesta um padrão de consumo compulsivo e incontrolável,

caracterizado por uma grande tolerância ao álcool e sinais de abstinência.

O padrão binge de consumo (definido como o consumo de 4 ou 5 doses de

álcool, respectivamente, entre mulheres e homens) é conhecido pelos jovens como

binge drinking. Encher a cara é um comportamento bem valorizado entre os jovens e é

claro que ninguém chega a isso bebendo “socialmente” apenas algumas latas de

cerveja. Para ficar bêbado é preciso bebida à vontade, e é isso que nossos jovens

encontram em festas, nos supermercados, bares, na casa dos amigos ou na própria casa.

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2a Atividade: O questionário como instrumento de avaliação

O objetivo do questionário “Levantamento do uso de álcool e condições

de saúde dos alunos das 8as

Desenvolvimento: A proposta desta atividade é que os alunos façam

coletivamente uma lista dos possíveis porquês das pessoas buscarem o álcool. Caberá ao

professor desempenhar um papel ativo de ordenar, conduzir e mediar este processo

propondo o debate e registrando no quadro as informações indicadas pelos alunos.

séries A e B do Colégio Estadual Professor Bento

Munhoz da Rocha Neto – E.F.M. – Paranavaí” (ANEXO 2) é traçar o perfil destes

alunos e, a partir das respostas obtidas, fazer um levantamento das ações que devem ser

tomadas em relação ao assunto abordado, buscando intervir no seu resultado.

3a Atividade: Banalizar ou valorizar a vida?

Através desta lista percebe-se que, quem se utiliza de bebidas, sempre está

buscando por uma experiência diferente, algo novo. Só que se a gente estiver bem, se

gostando e se cuidando, seguramente estas mesmas emoções vão surgir sem precisar de

nenhum aditivo, você concorda?

Dê sua opinião:

Você considera que tal escolha poderia estar afetando direta ou indiretamente

a vida de outras pessoas?

Você acredita ser possível fugir ou enfrentar algum problema fazendo uso de

bebidas alcoólicas?

PENSE, DEBATA E ENTENDA OS PORQUÊS. Independente de classe social,

sexo, faixa etária, muitas pessoas fazem uso de bebidas alcoólicas mesmo sabendo

que estas podem trazer riscos à sua vida em vários aspectos. Em sua opinião, quais

são as razões dessas pessoas buscarem o uso do álcool?

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O mundo atual induz as pessoas a beberem por qualquer motivo? O que

evidencia este fato?

Por que se fala pouco do alcoolismo como doença e como droga que pode

matar? Quais os riscos de quem bebem continuamente?

Faça um texto utilizando as seguintes palavras: bebidas alcoólicas,

curiosidade, falta de informações adequadas e educação falha.

4a Atividade: Pense, fale e descubra!

Quantas vezes você já mudou de opinião depois de uma conversa? Aqui

você vai poder trocar ideias com pessoas que pensam diferente.

Mais do que saber quem convence quem, o que vale é ir além. Então, vá em

frente: assista ao filme “A corrente do bem” e descubra-se nas atitudes e pensamentos

dos seus personagens. Discuta com seus colegas.

Apresentação do filme: A Corrente do Bem

Título Original: Pay It Forward

País de Origem: EUA

Ano: 2000

Duração: 123 min

Diretor: Mimi Leder

Elenco: O elenco é “oscarizado”: Kevin Spacey (melhor ator por Beleza Americana),

Helen Hunt (Oscar por Melhor Impossível) e o garotinho Haley Joel Osment (indicado

ao prêmio pela atuação em O Sexto Sentido).

Sinopse: O universo escolar como alavanca para as transformações. Partindo desse

conceito, o professor de estudos sociais Eugene Simonet (Kelvin Spacey) resolve

propor, no início do ano letivo, um desafio aos alunos da 7a série: observar os problemas

da sociedade e, em seguida, sugerir soluções. Sem muitas expectativas em relação à

tarefa, ele é surpreendido pela iniciativa de Trevor (Haley Joel Osment), que elabora

uma espécie de corrente do bem: a pessoa, ao receber um favor, deveria pagá-lo a mais

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três pessoas, que deveriam fazer o mesmo sucessivamente. O garoto coloca a idéia em

prática e escolhe a própria mãe, Arlene (Helen Hunt), que sofre com o alcoolismo, para

ser o ponto de partida. Trevor não apenas ajuda a mulher a encontrar um novo sentido

para vida, como chega a ser abordado por um repórter impressionado com o resultado

em cadeia de sua idéia. Como se vê, A Corrente do Bem apresenta enredo delicado,

criativo e (porque não?) inspirador para professores e alunos.

Reflexões sobre o filme em relação à escola:

Qualquer mudança dentro da escola ou da prática pedagógica necessita de

ousadia, perseverança, força e o mais importante não ter medo de errar.

No filme, o diálogo entre Arlene e Trevor, mostra isto:

“— Acho que cometi um erro.” (Arlene)

“— Todos cometem erros.” (Trevor)

O mérito do sucesso da corrente do bem, Trevor dedica a sua mãe que teve

coragem de “passar para frente”, pois isto consistiria em fazer algo muito difícil de ser

feito a outra pessoa, sua mãe fez, falou com sua avó, e após este fato tudo mudou na

vida daquela família.

Na escola não é diferente, as mudanças só acontecem quando alguém ousa,

persevera, mostra-se corajoso e sem medo de errar.

Porém, como Trevor disse: “...mas é difícil pra quem se acostumou com as

coisas como elas são, mesmo que sejam ruins... é difícil mudar”.

5a Atividade: História do álcool

Nesta atividade faremos uma retrospectiva, falando um pouco da história do

álcool. Antes disso, vamos assistir ao filme “Os animais também são seres humanos”.

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Sinopse: O cineasta Jamie Uys, que ganhou fama no mundo inteiro pelo seu filme “Os

deuses devem estar loucos”, levou quatro anos para fazer este filme alegre e revelador

sobre os hábitos desses seres que tanto se parecem

conosco: os animais. Uys e sua equipe percorreram

quase 200 mil quilômetros de territórios selvagens

na África, do grande deserto na Namíbia ao vale do

rio Zambesi e enfrentaram enormes perigos para

surpreender as mais variadas espécies de animais

em seu habitat natural. As câmeras de Uys

conseguiram capturar atividades, comportamentos,

expressões e gestos extraordinários de elefantes,

babuínos, felinos, aves e outras famílias do reino

animal. Destaque para a antológica sequência dos

bichos "bêbados" após comerem frutinhas fermentadas de amarula. Nesse interessante

documentário as maravilhas da natureza são retratadas com um novo olhar, jamais

empregado em filmes do gênero. Documentário ganhador do Globo de Ouro de 1975.

Ficha Técnica

Título no Brasil: Os animais também são seres humanos

Título original: Animals are beautiful people

País de origem: África do Sul

Gênero: Documentário, Comédia

Tempo de Duração: 92 minutos

Ano de Lançamento: 1974

Produtora: Warner Bros

Narração: Paddy O’Byrne

Direção: Jamie Uys

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Depois de assistir ao filme e discuti-lo, os alunos deverão ler o texto a

seguir:

O álcool na história

Imagine-se voltando no tempo até a época em que nossos antepassados

ainda habitavam as cavernas. Há alguns dias o tempo está bom, o sol iluminando e

aquecendo a terra depois de vários dias de chuva. Frutas maduras estão caindo das

árvores; por mais algum tempo seus problemas de alimentação estarão resolvidos.

Colhendo algumas destas frutas, repentinamente você sente sede. Vê no chão uma

melancia como se fosse uma cuia com um buraco no meio, cheio de água. Sem pensar

duas vezes, apanha-a, bebendo sofregamente. A partir deste instante, sentimentos

estranhos e agradáveis sensações tomam conta de você, fazendo-o sentir-se eufórico

(apesar de que este conceito ainda não foi inventado, pois a própria comunicação ainda

é muito primitiva). Passam algumas horas e este efeito se desvanece.

Muito tempo depois, ao beber a água contida em outra fruta nas mesmas

condições, a sensação volta a tomar conta de você, que chega à conclusão que é esta

água dentro da fruta que produz estes efeitos. A partir de então, você passa a procurar

frutas caídas no chão com o único objetivo de beber a água dentro delas. Pronto, você se

tornou o primeiro alcoólatra da história.

O álcool é a droga mais antiga utilizada pelo homem. A pequena estória

acima ilustra como esta droga pode ter surgido, através da fermentação da água da

chuva em uma fruta sob os efeitos do sol e do tempo. O vinho e a cerveja

desenvolveram-se praticamente junto com a agricultura. No antigo Egito, a embriaguez

fazia parte dos ritos e cerimônias religiosas em louvor a Osíris, deus protetor da

agricultura.

Na tumba de um faraó que morreu aproximadamente há 5.000 anos

constava o seguinte epitáfio: "Sua estada terrestre foi devastada pelo vinho e pela

cerveja, e o espírito lhe escapou antes que fosse chamado". As referências bíblicas sobre

bebidas alcoólicas são inúmeras. Filósofos da antiguidade como Hipócrates, Sócrates e

Platão já alertavam para os malefícios do álcool. Com o aperfeiçoamento das técnicas

de destilação e fermentação, espalharam-se pelo mundo diversas qualidades de bebidas

alcoólicas, disseminando seu uso.

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Tipos de álcool:

1- Álcool etílico ou etanol: encontrado em todas as bebidas.

2- Álcool metílico ou álcool de madeira ou metanol: usado como solvente.

3- Álcool isopropílico: usado como antiséptico externo.

4-Glicerina (triálcool): usado na fabricação de sabonetes, medicamentos, tintas,

explosivos, etc.

Agora é sua vez: reflita e responda oralmente:

Qual a semelhança entre a cerveja, o vinho, a vodka, a cachaça, o licor e o álcool

combustível para automóveis?

Qual a diferença entre bebidas destiladas e fermentadas?

O teor alcoólico das bebidas são iguais?

A mistura de várias bebidas alcoólicas provoca quais efeitos?

Antes de passarmos para mais um texto que nos mostra os efeitos do álcool no

organismo, vamos refletir e discutir as questões a seguir:

Você já se perguntou por que as pessoas bebem?

Beber ajuda sentir-se bem numa festa?

Beber torna as pessoas mais sociáveis. Fazendo-as sentirem mais à vontade

para conversar com as pessoas depois de um trago.

Beber é o jeito como as pessoas se divertem.

As frases acima revelam motivos para se gostar de álcool.

Beber ajuda a resolver os problemas.

O que as pessoas não querem? Será que já se perguntaram:

Não quero ficar bêbado, mas não me sinto bem sem um copo na mão. Como

fazer para beber a noite inteira?

O que fazer para não engordar? Eu não quero ter um barrigão de cerveja.

Como saber quando devo parar de beber e assim evitar vômitos, sentir-me

mal e ficar sem dinheiro?

Como evitar a ressaca?

Perco muitas aulas. Será que não é porque vou demais a festas?

Por ficar bêbado/bêbada acabei ficando com a garota/garoto que não queria.

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Faz diferença beber lentamente ou rapidamente?

Segundo FORMIGONI; GALDURÓZ; MICHELI (2006) :

Como o organismo só é capaz de eliminar 1 dose padrão por hora, se a pessoa beber, várias doses em seguida seu organismo vai acumular mais álcool no sangue. Algumas formas de beber, como o “vira-vira-vira”, são capazes de acumular muito rapidamente maior nível de álcool no sangue, por isso é desaconselhável beber dessa maneira. (FORMIGONI, Maria Lúcia Oliveira de Souza; GALDURÓZ, José Carlos Fernandes; MICHELI, Denise De. in SUPERA. Módulo II. 2006).

Você sabe o que é uma dose “padrão” de álcool?

É uma quantidade de bebida alcoólica que contém cerca de 14 gramas de etanol puro.

Como a densidade do álcool é 0,79g/ml de álcool (etanol) puro existem 14 gramas de

álcool. Considerando a concentração das diferentes bebidas:

Lembre-se:

1dose = 1lata de 330ml de cerveja ou 140ml de vinho ou 40 ml de pinga,vodka ou

uísque

Como o álcool entra no corpo?

De acordo com CRAIG (2008): Quando uma pessoa toma uma bebida alcoólica, cerca de 20% do álcool é absorvido no estômago e 75% é absorvido pelo intestino delgado. A velocidade com que o álcool é absorvido depende de várias coisas: • a concentração de álcool em uma bebida - quanto maior a concentração, mais rápida a absorção; • o tipo de bebida - bebidas carbonadas tendem a ser mais rápidas na absorção do álcool; • que o estômago esteja cheio ou vazio - a comida deixa a absorção do álcool mais lenta. Depois da absorção, o álcool entra na corrente sangüínea e se dissolve na água e do sangue. O sangue carrega o álcool por todo o corpo. O álcool do sangue, então, entra se dissolve na água dentro de cada tecido do corpo (exceto o tecido de gordura, já que o álcool não pode se dissolver em gordura).

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Uma vez dentro dos tecidos, o álcool mostra seus efeitos no corpo. Os efeitos observados dependem diretamente da concentração de álcool no sangue (CAS), que está relacionada com a quantidade de álcool consumida. A CAS pode se elevar significantemente dentro de 20 minutos depois de ingerida a bebida. (CRAIG, Freudenrich. Como funciona o álcool. Disponível em <http://saude.hsw.uol.com.br/alcool5.htm> 2008)

Quais são os efeitos do álcool no sistema nervoso central?

Os efeitos do álcool no cérebro

O cérebro controla todo o nosso corpo. A informação circula no cérebro de

neurônio para neurônio através de sinapses. Essa informação não é direta porque os

neurônios estão espaçados uns dos outros.

Os neurônios são a unidades estrutural e funcional do sistema nervoso,

formados, geralmente, por três partes:

• Dendritos: conduzem os estímulos provenientes do ambiente ou de outras células nervosas até ao corpo celular.

• Corpo celular: conduz o estímulo desde o dendrito até ao axônio. • Axônio: transmite os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Efeitos do álcool:

homens x mulheres

Quando você comparar homens e mulheres de mesmo peso, altura e porte físico,

os homens tendem a ter mais músculos e menos gordura que as mulheres. Como

o tecido do músculo tem mais água do que o tecido de gordura, uma dada dose

ou quantidade de álcool será diluída mais em um homem do que em uma

mulher. Por isso, a concentração de álcool no sangue resultante daquela dose

será maior em uma mulher do que em um homem, e a mulher sentirá o efeito

daquela dose de álcool antes do homem.

VOCÊ SABIA?

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Os impulsos nervosos são transmitidos de neurônio em neurônio através de

estímulos eletroquímicos, as sinapses. Existem dois tipos de sinapses: as químicas e as

elétricas.

• Sinapses elétricas: São menos comuns. Permitem que o impulso se propague mais rapidamente. O potencial de ação propaga-se diretamente entre neurônios sem a intervenção de neurotransmissores devido à existência de pontos de contacto entre as membranas das duas células.

• Sinapses químicas: Entre o axônio e a dendrite existe uma fenda — a fenda sináptica. Os neurotransmissores são transportados em vesículas até ao axônio. Quando o estímulo chega ao axônio, as vesículas fundem-se neste, libertando os neurotransmissores para a fenda sináptica. Os neurotransmissores ligam-se, assim, ao dendrito da célula seguinte. É deste modo que o impulso nervoso é processado através dos neurônios, com a finalidade de movimentar os nossos músculos.

O etanol, principal tipo de álcool contido nas bebidas, é uma molécula

pequena e bem solúvel em água, de forma que é facilmente carregado pelo sangue para

todo o corpo, porém o seu efeito no sistema nervoso central (SNC) é um dos mais

importantes. Ele interage com moléculas chamadas neurotransmissores que fazem a

comunicação entre as células. Entre outras coisas, o álcool inibe a atividade do cérebro,

proporcionando a maioria das mudanças de comportamento que conhecemos.

O álcool afeta a química do cérebro, alterando níveis de neurotransmissores.

Neurotransmissores são mensageiros químicos que transmitem os sinais através do

corpo, controlando os processos de pensamento, comportamento e emoções. Os

neurotransmissores são excitatórios, o que significa que estimulam a atividade elétrica

do cérebro, ou inibitórios, quando a reduzem. O álcool aumenta os efeitos do

neurotransmissor inibitório GABA (ácido gama-aminobutírico) no cérebro.

O GABA causa os movimentos lentos e a fala enrolada que freqüentemente

se observam nos alcoólatras. Ao mesmo tempo, o álcool inibe o neurotransmissor

excitatório glutamato, suprimindo os efeitos estimulantes e levando a um tipo de

retardamento fisiológico. Além de aumentar o GABA e reduzir o glutamato no cérebro,

o álcool aumenta a quantidade de dopamina no sistema nervoso central, que cria as

sensações de prazer

Assim a bebida engana o organismo. Veja como isto funciona:

O álcool age no cérebro em dois neurotransmissores: a dopamina e o

GABA:

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• Dopamina – ela é responsável pela sensação de prazer. Ela aumenta quando há a

ingestão de álcool.

• GABA – é um tipo de tranqüilizante. Ele reduz quando há a ingestão de álcool.

Este registro do aumento de prazer faz com que o cérebro queira repetir este

sentimento e isto leva ao vício, pois com a ingestão do álcool, aparentemente o

prazer é aumentado.

O álcool é um depressor das atividades do sistema nervoso central. É uma

droga lícita que tem efeitos dependentes da dose consumida. Existe o consenso de

que a ingestão de álcool antes de executar tarefas que exigem da

psicomotricidade resulta em desempenhos ruins e risco aumentado de perda de

controle sobre a atividade realizada. Isto é válido mesmo que a pessoa se

sinta bem e que aparentemente esteja normal em seu comportamento.

O álcool tem efeito direto sobre a transmissão e condução nervosa. Ele tem

ação inibitória sobre a transmissão nervosa funcionando como um narcótico. Parece

claro que a performance motora está prejudicada em função dos seus efeitos depressores

sobre a atividade do sistema nervoso central e dos nervos periféricos que carregam

sinais nervosos aos músculos resultando em movimento, ou seja, pelo retardo na

condução do estímulo nervoso que ele provoca em o todo o sistema nervoso há um

prejuízo na realização de tarefas que exijam a psicomotricidade.

O álcool é seguramente a droga mais relacionada ao uso abusivo. Apesar

dos inúmeros trabalhos de pesquisa que comprovam os malefícios que produz à saúde,

ainda persiste o mito que "alguns goles" não são significativos em relação à diminuição

da coordenação motora e dos reflexos. Vários estudos indicam que grande parte dos

acidentes automobilísticos são provocados por motoristas que estavam alcoolizados.

Atenção!!!

A partir de agora então você já sabe. Se beber além da conta, tome cuidado,

pois você pode não estar no controle dos seus próprios atos e provavelmente ainda terá

que lidar com a ressaca do dia seguinte. Busque se divertir com moderação.

Com essas novas informações, responda as questões a seguir:

Que fatores influenciam a ação do álcool?

Você sabe qual a quantidade de álcool existe nas bebidas alcoólicas?

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Tomar café ou banho frio ajudam a ficar sóbrio?

Quais os perigos relacionados ao consumo de álcool e o diabetes melitus?

O álcool pode ser considerado alimento?

O que é ressaca?

6a Atividade: Analise as imagens abaixo:

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Responda:

O que mais chama sua atenção nas imagens?

As fotos lembram algo que já aconteceu com você? O quê?

Quais tipos de violência são ilustradas?

O que há em comum nas situações mostradas?

O que pode ter provocado tais fatos? Proponha uma explicação?

O que você sabe?

O que acontece quando as pessoas fazem uso das bebidas alcoólicas em

exagero?

Em sua opinião, o uso de bebidas alcoólicas pode causar desavenças

familiares?

Hoje, as grandes comemorações nacionais estimulam o consumo de bebidas.

É um traço somente cultural?

Quais são os danos que o consumo excessivo de álcool pode causar em um

adolescente?

O binge é típico dos adolescentes?

7a Atividade: Dinâmicas: Situações Problemas

As dinâmicas selecionadas abordam temas essenciais para a juventude que

se depara diariamente com conflitos e desencontros (carências de modelos e

perspectivas para o futuro), que podem levá-los a uma relação perigosa com as bebidas

alcoólicas. Estas, embora facilmente aceita pela sociedade estão se tornando um

problema mais sério do que se imagina. Assim, as vivências lúdicas visam a trabalhar a

prevenção nos seguintes tópicos: aceitação do grupo, curiosidade, pressão social,

armadilhas, realidade familiar, sentimentos, fantasias, preconceitos, solidão e busca de

ajuda.

A presente atividade visa identificar as consequências positivas e negativas

para as várias alternativas viáveis para situações vivenciadas no cotidiano.

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Álcool, jovens e carros, diversão certa para finais de semana em frente à

porta de boates e postos de gasolina

Paranavaí, como todas as outras cidades têm em comum, é cheia de jovens,

carros, postos de gasolina e boates. Sem outras opção de lazer eles se encontram

costumeiramente num posto que fica na avenida principal, antes de saírem para outros

locais começam a beber umas latinhas de cervejas ou garrafinhas de Ice ( bebida à base

de vodca) no gargalo, como eles mesmos dizem para ficar numa boa. É um ritual que

começa antes da paquera, e quem sabe ter coragem para iniciarem uma conversa com a

garota que lhe chamou atenção, papo vai papo vem, enquanto se espera o momento

ideal, vão tomando umas

e outras, começam então

a se sentirem mais soltos,

enfim é chegada a hora.

Carlos um desses jovens

ali reunidos consegue

falar com Bruna, os dois

apesar de residirem na

mesma cidade nunca

haviam se encontrado

antes, ela não bebe e está um pouco tímida, mas sente-se entusiasmada com o encontro,

seu coração quase sai pela boca de tanto nervosismo, trocam algumas palavras e ele a

convence sair para um lugar mais reservado,embora ele não esteja em condições de

dirigir, ela não o questiona, pois o coração fala mais alto, como dizem amor a primeira

vista. Os dois saem dali sem que ninguém os percebam e indo para um lugar mais

afastado, sentindo mais a vontade começam, a trocar carícias, ela inexperiente cede ao

encanto de Carlos, começam ali um relacionamento precipitado sem pensar nas

conseqüências dos atos ali praticados. Ao retornarem para junto dos amigos continuam,

como estivessem vivendo num mundo encantado, porém a noite termina, Carlos que

continuava a beber, se despede de Bruna dando carona a outros dois amigos, estes

embora sob a pressão da turma mantiveram-se firmes e não beberam, mas acabam se

envolvendo num acidente, os amigos ficam gravemente feridos, enquanto Carlos nada

sofre, um dos amigos está preso a uma cadeira de rodas. Poderia ele ter evitado o

acontecido?... Bruna, a garota que esteve com Carlos naquele dia está grávida, não

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sabe como resolver este problema, se sente sozinha, pois, ao encontrar Carlos, notou

que ele não a reconhecia estava indiferente, o que será que aconteceu?

De posse de fichas com a história de Bruna e Carlos, dividir a turma em

quatro grupos:

1- Distribuir as estórias pedindo aos alunos, que façam a leitura da mesma.

2- Já nos grupos, dividir as situações problemas e pedir que cada grupo levante todas as

alternativas possíveis, discutindo as consequências dessas atitudes.

3-Apresentação dos grupos: Pedir que a partir do segundo grupo, não repitam as

atitudes já apresentadas pelo grupo anterior.

Sugestões para reflexão:

Existe momento que parece que uma situação não tem saída? Ou só tem uma

saída?

Quantas atitudes foram levantadas para essas situações? Positivas e/ou

negativas?

Que importância tem para nossa vida, pensar sobre estas coisas?

Quais os riscos da bebida alcoólica no trânsito?

Como a bebida alcoólica influencia os relacionamentos?

Será possível manter uma posição contrária ao grupo?

Por que é tão difícil resistir ao primeiro copo de bebida alcoólica quando se está

na balada?

É possível beber e se divertir em finais de semanas sem correr riscos?

8a Atividade: Continuação da história de Bruna e Carlos.

O objetivo dessa atividade é refletir sobre alguns dos principais fatores de

vulnerabilidade na adolescência.

1- Divida em quatro grupos de modo que os alunos fiquem separados por

sexo, para que discutam as questões. As meninas vão falar sobre como Bruna pode

resolver esta situação e os meninos sobre como Carlos deve proceder.

2- Apresentação dos grupos de meninas e meninos.

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Vamos saber o que aconteceu com Bruna e Carlos

Bruna ainda continua sem contar a ninguém sobre o acontecido, embora

sempre se destacasse nas aulas como uma aluna exemplar começa a dar sinais que as

coisas não andam correndo bem, suas notas despencaram, anda sempre triste e começou

a se afastar das amigas. A professora de Ciências está desconfiada, mas elas não têm

tanta afinidade, neste caso vocês acham aconselhável, que a professora converse com

Bruna? E suas amigas podem ajudá-la, o que devem fazer?

Ao voltar para casa, Bruna sente-se cada vez mais angustiada, precisava

falar com alguém sobre o que lhe acontecera, mas sua mãe nunca conversou com ela

sobre esses assuntos. Agora vocês meninas, costumam falar com sua mãe sobre o que

sentem, ou pensam, ou não se sentem à vontade?

Carlos fica sabendo que vai ser pai, mas isto só agrava a situação, pois é

muito jovem e não tem como assumir essa responsabilidade, começa então a beber cada

vez mais para esquecer o ocorrido. Qual a saída para Carlos?

Agora vamos refletir:

1-É possível que estes jovens assumam algum compromisso?

2-Quais mudanças poderiam ocorrer na vida de pais adolescentes?

Embora os hormônios estejam à flor da pele, é preciso ter cuidado para evitar uma

gravidez precoce. Neste caso é bom estar bem informado. Adolescência e

puberdade — esses termos são sinônimos ou expressam conteúdos diferentes? O

professor deverá ouvir as respostas, depois que os alunos responderem, explicando

que adolescência é um período compreendido entre a infância e a vida adulta, com

regras próprias, submetidas a determinações culturais. A puberdade, por sua vez,

refere-se a mudanças físicas. Com ela começa a capacidade sexual do organismo

humano maduro, mas o adolescente ainda é imaturo para o exercício pleno da

sexualidade.

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3-Você vê relação entre o consumo de álcool e a insatisfação com a vida

que se leva (tédio, vazio interior, ansiedade, medo, sensação de impotência)? Seria

capaz de exemplificar?

9ª Atividade: Estudo de caso

Esta atividade tem por objetivo abordar os fatores de risco aos quais nossos

adolescentes estão expostos, assim como medidas para a sua proteção. Segundo

(ALBERTINI; SCIVOLETTO; ZEMEL. 2008, p. 118):

...tais fatores estão na própria pessoa, na família, nos amigos, na escola, no trabalho, na comunidade em que vive e na sociedade como um todo. Fazem parte destes fatores, aspectos biológicos e genéticos, assim como os aspectos de relacionamento, tais como: a maneira de interagir com a família, as oportunidades de conviver com as drogas e de obtê-las, a cultura na qual a pessoa vive e os efeitos que cada droga experimentada causa no indivíduo. (ALBERTINI; SCIVOLETTO; ZEMEL. 2008. p.118)

O texto a seguir apresenta fatores de risco aos quais estão expostas as

adolescentes Ana e Júlia por conviverem com o pai alcoólatra.

O ÁLCOOL E A DESESTRUTURAÇÃO FAMILIAR

Numa pacata cidade do interior do Paraná morava Antonio, casado com

Marina, jovem sonhadora mãe de duas filhas, Ana e Júlia. Tudo parecia correr

normalmente, pois Antonio era pai, marido exemplar, dedicado, amoroso, honesto e

trabalhador. Trabalhava na mesma empresa desde garoto. Porém, em dado momento,

Antonio aparentemente realizado na sua vida pessoal e bem sucedido profissionalmente

começa a beber com os amigos, sem perceber que algo de ruim pudesse lhe acontecer,

pois não dava indícios que a bebida já fazia parte de seu cotidiano.

Mesmo toda a dedicação e amor que Marina e as filhas tinham para

oferecer, já não eram suficientes para Antonio, que se sentia muito mais feliz na

companhia dos amigos, em animados bate-papos sempre regados a muitas bebidas.

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Os horários de retorno do serviço ao lar já não eram pontuais, como sempre

o foram desde o início do seu casamento. As alegações de horas-extras, não deixavam

de ser verdadeiras, mas Antonio não contava que, normalmente, batia ponto no bar para

um bate-papo com os amigos ou colegas de serviço. Com o passar dos anos, as noites de

Marina tiveram os sonhos substituídos por pesadelos, nas noites em que passava

acordada. Anoitecia e logo surgia o medo de estar sozinha e a preocupação sobre como

o marido chegaria à casa. Por várias vezes, pensava que era apenas uma fase, pela qual

todo casal passava. Fechava os olhos para a realidade.

Os meses iam se passando e Marina começou a perceber que Antonio

chegava do trabalho e não tinha mais o mesmo entusiasmo de antes, não conseguia

chegar a tempo de conversar e brincar com as filhas, como era de costume, pois elas já

haviam adormecido.

Certa vez, Antonio bebeu durante o expediente de trabalho e acabou

arrumando brigas, o que resultou na sua demissão. Agora, desempregado, vivendo numa

cidade pequena onde todos o conheciam e sabiam do motivo que levara à perda do

emprego, ficava muito difícil reverter a situação, pois todos o viam como alguém não

confiável que vivia arrumando encrencas.

O desconhecimento acerca do alcoolismo como uma doença leva a

competência e a honestidade de Antonio para o “fundo do poço”. Tudo vai mal em

conseqüência do seu mau comportamento. Surge, então, uma outra oportunidade de

emprego, mas ele tem dificuldade em conservá-lo; os reflexos do alcoolismo recaem na

família e na empresa. Sua arrogância e a sua prepotência provocam atritos,

desencadeando erros, atrasos, desculpas, mentiras, transferência de culpas, etc. O seu

refúgio para desabafos é o bar, na companhia de seus pretensos amigos e da inseparável

companheira, a bebida. A partir da perda dessa nova oportunidade de emprego, passou a

fazer bicos, uma vez que raramente conseguia se empregar com carteira assinada.

A falta de um trabalho fixo ajuda no aprofundamento do alcoolismo. O casal

intensifica as agressões e as filhas adolescentes presenciam todas aquelas cenas de

brigas infinitas. Diante dessa situação, ambos ficam transtornados, sem saber por que

nada estava dando certo. O dinheiro não aparecia e as dívidas aumentavam. As

discussões passaram a ser freqüentes e moralmente agressivas. Agora, já existia um

triângulo amoroso: Antonio, Marina e o álcool. Para Antonio a bebida só era entendida

como um elemento que proporcionava descontração, coragem e desligamento de

problemas. Para Marina, o álcool era uma só uma visão física, um elemento

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desagradável, nos forçados relacionamentos íntimos. Por várias vezes, ameaçou

abandonar o marido, não o fazendo por pensar nas filhas, no que os outros iriam falar e,

em muitas oportunidades, por acreditar nas promessas de melhora feitas pelo marido.

Questões para discussão:

Quantos são os casos de que temos notícia ou presenciamos em

nosso cotidiano de pessoas que, literalmente, se perdem pelo uso do

álcool ou de outra droga qualquer?

Qual seria a solução para a resolução deste problema aparentemente

sem solução?

Qual o papel da família no tratamento desta doença?

De que forma a dependência alcoólica influencia no trabalho das

pessoas?

De que forma devemos encarar este problema social? Como caso de

saúde pública ou como uma coisa natural da vida?

Deveria haver mais conscientização por parte dos proprietários e

funcionários de estabelecimentos para evitar que continuem a servir

bebidas alcoólicas para clientes que não se apresentam sóbrios?

Você concorda com esta afirmativa: “Na maior parte do Brasil, é

muito fácil para uma criança ou adolescente menor de 18 anos de

idade comprar bebida alcoólica em qualquer ponto de venda, embora

isso seja proibido por lei”?

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10a Atividade: No Laboratório de Informática

Abordar o tema com uma reportagem que vincula ingestão de álcool com a

saúde ou sociedade encontrada no site:

http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/folhetos/alcool_.htm. Após a leitura discutir com os alunos o porquê das pessoas consumirem e

incentivarem o consumo do álcool. Questionar: Quais setores da sociedade se

beneficiam com esta prática? A mídia incentiva ou previne o consumo de álcool? As

propagandas de bebidas alcoólicas deveriam reservar um espaço para mensagens de

alerta sobre os riscos e problemas causados pelas bebidas alcoólicas? Deveria haver

mensagens de alerta sobre os riscos e problemas causados pelas bebidas alcoólicas nos

rótulos das garrafas ou latas, além do já existente “Beba com moderação”?

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Anexo I

CONSUMO DE ÁLCOOL

TIPO

Uso

Abuso

Dependência

Numa festa, uma pessoa bebe alguns

copos e, quando termina, vai dormir.

Numa festa, uma pessoa bebe alguns

copos e depois pega seu carro para ir para

casa.

Numa festa, uma pessoa toma alguns

copos. Depois vai para a discoteca e bebe

umas cubas-libres.

Uma pessoa precisa fazer um exame oral

e toma um conhaque para se animar. Uma

pessoa toma uma taça de vinho na

refeição.

Uma pessoa toma cerveja e um café com

conhaque no café da manhã e depois vai

trabalhar. Seu trabalho consiste em operar

uma máquina perigosa.

Numa festa uma pessoa consome bebidas

alcoólicas acima dos valores indicados, e

fora das refeições.

Numa festa uma jovem grávida, consome

bebidas alcoólicas.

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Anexo II

LEVANTAMENTO DO USO DE ÁLCOOL E CONDIÇÕES DE SAÚDE

DOS ALUNOS das 8as

1. Idade (em anos) A. 13 a 14 anos B. 15 a 17 anos C. 18 a 21 anos D. Acima de 21 anos 2. Sexo: A. Masculino B. Feminino 3. Na cidade onde você estuda, você mora

com quem? A. Pais B. Amigos C. Sozinho D. Outros familiares Qual? _________________ E. Companheiro(a)

séries A e B do Colégio Estadual Prof. Bento Munhoz da Rocha

Neto - EFM - PARANAVAÍ.

Este questionário foi elaborado com o objetivo de estudar o estilo de vida, o

uso de álcool e as condições gerais da saúde de todos os estudantes das 8as séries A e

B do Colégio Estadual Prof. Bento Munhoz da Rocha Neto com a finalidade de tentar

melhorar a qualidade da vida de todos.

Para que este estudo seja válido, é importante que você responda cada

questão de maneira cuidadosa e sincera.

Marque somente uma alternativa.

Complete, por favor, TODAS as questões usando apenas caneta de tinta

azul ou preta.

Todas as suas respostas serão CONFIDENCIAIS, sendo o preenchimento

deste questionário ANÔNIMO. Lembramos que sua participação é de extrema

importância para a realização deste estudo, embora VOLUNTÁRIA.

SÉRIE: __________ TURNO: ________________ TURMA: ____________

4. Você frequenta a sua religião? A. Não tenho religião B. Não frequento, porém oro / rezo ou acredito C. Frequento menos que 1x / mês D. Frequento pelo menos 2x / mês E. Frequento mais de 1x/semana 5. Você trabalhou com remuneração nos últimos 6 meses A. Não trabalhei B. Período parcial C. Esporádico (bicos)

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6. O que você costuma fazer nas horas

livres? (Excluir período de sono e assinalar apenas a mais frequente).

A. Nada faço B. Ir à igreja ou serviço religioso C. Freqüentar clubes / praticar esportes D. Sair com amigos/namorado (a) E. Assistir televisão F. Sair com a família G Frequentar bares / festas / boates / danceterias H. Usar computador / internet 7. Você tem costume de consumir bebidas alcoólicas? A. Sim, todos os dias B. Sim, mas só nos finais de semana. C. Sim muito raramente D. Nunca experimentei álcool. 8. Se você bebe, que tipo de bebida consome. A. Cerveja B. Vinho C. Destilados (Cachaça, Vodka, Caipirinha, whisky) D. Batidas E. Drinks

9- Se você já consumiu álcool, com quantos

anos experimentou uma bebida alcoólica pela primeira vez?

A. 5 a 10 anos B. 11 a 15 anos C. 16 a 20 anos D. Acima de 21 anos 10- Que motivo levou você a experimentar

bebida alcoólica pela primeira vez? A. Pressão dos amigos. B. Influência de algum membro da família. C. Propagandas D. Filmes E. Curiosidade F. Outro:

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBERTINI, Helena M.B; SCIVOLETTO, Sandra; ZEMEL, Maria de Lourdes S. Prevenção do uso de drogas e fatores de proteção. In: Prevenção ao uso indevido de drogas: curso de capacitação para conselheiros municipais. Presidência da República - Secretaria Nacional Antidrogas: Brasília, 2008. CRAIG, Freudenrich. HowStuffWorks - Como funciona o álcool. Publicado em 21 de dezembro de 2000 (atualizado em 01 de agosto de 2008). Disponível em <http://saude.hsw.uol.com.br/alcool5.htm> Acessado em 9 de julho de 2010. FORMIGONI, Maria Lúcia Oliveira de Souza; GALDURÓZ, José Carlos Fernandes; MICHELI, Denise De. Efeitos agudos e crônicos no sistema nervoso central e em outros sistemas orgânicos. in SUPERA - Sistema para Detecção do Uso Abusivo e Dependência de Substâncias Psicoativas: Encaminhamento, Intervenção breve, Reinserção Social e Acompanhamento. Módulo 2. Presidência da República - Secretaria Nacional Antidrogas: Brasília, 2006.