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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PDE / 2009

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VILSON BENEDITO

CADERNO PEDAGÓGICO

A BUSCA DA AUTONOMIA ATRAVÉS DOS JOGOS COOPERATIVOS

Caderno Pedagógico apresentado ao Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE/2009), sob

a orientação do Professor Fabio Mucio Stinghen

da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

CURITIBA

2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE/2009)

CADERNO PEDAGÓGICO

A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE/2009: VILSON BENEDITO

Área/disciplina: Educação Física

Professor Orientador IES: Fabio Mucio Stinghen (UTFPR)

Escola de Implementação: Colégio Estadual Avelino Antonio Vieira –

Curitiba

Público objeto de intervenção: 5ª série do Ensino Fundamental

B) TEMA DE ESTUDO

Jogos Cooperativos

C) TÍTULO

A Busca da Autonomia através dos Jogos Cooperativos

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 5

UNIDADE 1 ............................................................................................................ 8

A ORIGEM DOS JOGOS COOPERATIVOS ......................................................... 8

TIPOS DE JOGOS ................................................................................................ 11

UNIDADE 2 ........................................................................................................... 13

ATIVIDADES DO PROJETO DE INTERVENÇÃO ................................................ 17

AULA 1 – APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS E PACTUAÇÃO DE REGRAS .... 17

AULA 2 – DINÂMICA DE GRUPO ......................................................................... 18

AULA 3 – FILME: FORMIGUINHA Z ..................................................................... 20

AULA 4 – JOGOS SEMICOOPERATIVOS ............................................................ 22

AULA 5 – JOGOS SEMICOOPERATIVOS............................................................. 25

AULA 6 – JOGOS COOPERATIVOS DE INVERSÃO ........................................... 27

AULA 7 – JOGOS COOPERATIVOS DE INVERSÃO ........................................... 29

AULA 8 – JOGOS COOPERATIVOS SEM PERDEDORES ................................. 31

AULA 9 – JOGOS COOPERATIVOS SEM PERDEDORES ................................. 34

AULA 10 – JOGOS COOPERATIVOS SEM PERDEDORES ............................... 36

AULA 11 – JOGOS COOPERATIVOS SEM PERDEDORES ............................... 40

AULA 12 – AVALIAÇÃO FINAL ............................................................................. 44

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 46

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APRESENTAÇÃO

Este Caderno Pedagógico tem o objetivo de apresentar as atividades Cooperativas a

serem desenvolvidas no projeto de intervenção nas aulas de Educação Física, do

Colégio Estadual Avelino Antonio Vieira, cidade de Curitiba, para alunos de uma

turma de 5ª série do Ensino Fundamental, da pesquisa sobre: “A busca da

Autonomia através dos Jogos Cooperativos”. Este material foi produzido durante as

atividades da etapa de realização do Plano de Trabalho Pedagógico, do Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE 2009-2011) da Secretaria de Estado da

Educação do Estado do Paraná.

O material elaborado na forma de Caderno Pedagógico tem o objetivo de ser um

subsídio para que professores possam também usar estas atividades com as

adaptações que se fizerem necessárias, conforme cada situação, para despertar o

prazer de aprender brincando com os Jogos Cooperativos. Tem também a finalidade

de sensibilizar o aluno para a necessidade da cooperação para a sua formação

cidadã, evitando a competição exacerbada e todos os comportamentos advindos

desta, procura oportunizar vivências pacíficas e o aprimoramento de valores sociais

e humanizadores.

Professor Vilson Benedito

Professor PDE

Professor Fábio Mucio Stinghen

Orientador

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8

AAAAAAAAAAAA OOOOOOOOOOOORRRRRRRRRRRR IIIIIIIIIIII GGGGGGGGGGGGEEEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMM DDDDDDDDDDDDOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS JJJJJJJJJJJJ OOOOOOOOOOOOGGGGGGGGGGGGOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS CCCCCCCCCCCCOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOPPPPPPPPPPPP EEEEEEEEEEEERRRRRRRRRRRRAAAAAAAAAAAATTTTTTTTTTTT IIIIIIIIIIII VVVVVVVVVVVVOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS

“A descoberta consiste em ver o que todo mundo viu

e pensar o que ninguém pensou.” (Jonathan Swift)

Segundo alguns autores, entre eles Terry Orlink, os Jogos Cooperativos remontam

da pré-história, onde os povos primitivos se uniam para celebrar a vida. Segundo

Brotto alguns povos ancestrais e os índios ainda praticam os jogos, as danças e

outros rituais cooperativamente na vida.

Portanto, os Jogos Cooperativos existem desde os primórdios da existência do ser

humano. Sua sistematização ocorre na década de 50 nos Estados Unidos, através

do trabalho pioneiro de Ted Lentz, de onde se expandiram para o Canadá e América

do Sul.

Um dos precursores dos Jogos Cooperativos é o Canadense Terry Orlink que em

1978, publicou o primeiro livro sistematizando-o, com o título de "Winning Throught

Cooperation" (Editado em português como “Vencendo a Competição”.).

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No Brasil na década de 80 Fábio Otuzi Brotto inicia a divulgação dos Jogos

Cooperativos. No início, os mesmos tiveram grande aceitação nos Cursos

Superiores de Graduação e Pós-Graduação de Educação Física.

Em 2000 em Santos tivemos o primeiro Curso de Pós-Graduação em Jogos

Cooperativos. Atualmente os Jogos Cooperativos estão presentes em todos os

setores do Ensino Superior a Educação Infantil, com grande aceitação nas

profissões em que o trabalho em equipe é fundamental para o sucesso e o bem-

estar de todos.

Segundo Brotto (1997, p. 35), a principal diferença é:

Jogar COM o outro COOPERAÇÃO

Jogar CONTRA o outro COMPETIÇÃO

Estes dois estilos de jogo social estão presentes em toda

situação de interdependência, ou seja, em toda situação

onde duas ou mais pessoas, ou grupos – ou indivíduos de

uma espécie, e espécies – interagem exercendo, uma

sobre a outra, influência mútua.

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No quadro comparativo a seguir podemos ampliar a nossa percepção entre as duas

formas de jogar e também entre estas duas filosofias de vida.

JOGO COMPETITIVO JOGO COOPERATIVO

Divertido para alguns Divertido para todos

Alguns se sentem perdedores Todos se sentem ganhadores

Alguns são excluídos por falta de habilidade

Todos se envolvem de acordo com as habilidades

Estimula a desconfiança e o egoísmo

Estimula o compartilhar e o confiar

Cria barreiras entre as pessoas Cria pontes entre as pessoas

Os perdedores saem e observam Os jogadores ficam juntos e desenvolvem suas capacidades

Estimula o individualismo e o desejo que o outro sofra

Ensina a ter senso de unidade e solidariedade

Reforçam sentimentos de depreciação, rejeição, incapacidade,

inferioridade, etc.

Desenvolvem e reforçam os conceitos de nível AUTO

(autoestima, auto-aceitação, etc.).

Fortalecem o desejo de desistir frente às dificuldades

Fortalecem a perseverar frente às dificuldades

Poucos são bem sucedidos Todos encontram um caminho para crescer e se desenvolver

Fonte: Baseado em Orlick (1978) e Brotto (1997).

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TTTTTTTTTTTT IIIIIIIIIIII PPPPPPPPPPPPOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS DDDDDDDDDDDDEEEEEEEEEEEE JJJJJJJJJJJJ OOOOOOOOOOOOGGGGGGGGGGGGOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS

O objetivo é trabalhar gradualmente com os alunos o conceito de Jogos

Cooperativos, tendo em vista que o mesmo é pouco trabalhado. Temos uma

sociedade voltada para a competição exacerbada, desta forma gradativamente os

alunos vão absorvendo o conceito de cooperação até chegarmos aos Jogos

Cooperativos sem perdedores.

O objetivo em trabalhar os Jogos Cooperativos é motivar os alunos nas aulas de

Educação Física buscando sair desta rotina que usa o gesto mecanizado e o aluno

robotizado, o que não motiva parte dos alunos para a prática da Educação Física.

Desta forma os Jogos Cooperativos são uma excelente ferramenta para a Educação

Física Escolar como nos diz Soler, (2006, p. 49):

Podemos, por intermédio do jogo, ensinar qualquer conteúdo.

E melhor: de uma forma prazerosa, fazendo com que a

criança tenha vontade de continuar aprendendo.

Existem 2 concepções para os jogos cooperativos, uma de Orlink e outra de David

Earl Plats1. Neste caderno trabalha-se com a proposta de Orlink que em seu livro

‘Vencendo a Competição’ classifica em:

1) JOGOS SEMICOOPERATIVOS

Têm o objetivo de aumentar a cooperação no grupo, oferecendo a

todos a mesma oportunidade de jogar; jogam-se um contra o outro. O

que muda é o enfoque do jogo, procurando envolver todos ativamente,

buscando a diversão e a construção de regras.

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2) JOGO DE INVERSÃO

O objetivo deste jogo é o de romper com a formação definitiva de time,

é estimular o prazer do jogar e não para ver qual time vai ganhar.

Temos cinco tipos de jogos de inversão:

a) Rodízio: os jogadores mudam de lado de acordo com situações pré-estabelecidas;

b) Inversão do goleador: o jogador que marca o ponto passa para

o outro time;

c) Inversão do placar: o ponto conseguido passa para o outro time;

d) Inversão total: tanto o jogador que fez o ponto, como o ponto

conseguido, passa para o outro time.

3) JOGO COOPERATIVO SEM PERDEDORES

O objetivo deste jogo é a participação de todos, com o objetivo de

superar um objetivo comum. Neste jogo não há perdedores. São Jogos

plenamente Cooperativos.

Cada proposta de Jogo Cooperativo tem a

sua validade. O que importa é escolher

aquele que respeite a realidade dos nossos

alunos na sua caminhada na busca da

autonomia.

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Nos Jogos Cooperativos a proposta é coletiva, é onde todos ganham sem que

ninguém tenha que perder, é construir atividades onde o prazer e a participação, o

trabalho em equipe, o respeito e a criatividade estão presentes.

De acordo com Brotto (1997, p. 71), “descobrimos que quando jogamos

cooperativamente podemos nos entregar, plenamente, à aventura de ser a gente

mesmo, junto com os outros”.

A vitória não precisa vir com sofrimento e sacrifício, ela pode ser obtida com

cooperação, alegria e amizade. Estes são os frutos do trabalho cooperativo, uma

pedagogia da cooperação, do aprender uma forma de compartilhar conhecimento,

dividir experiências e se divertir.

De acordo com Soler (2009, p. 57): “No Jogo Cooperativo aprende-se a considerar o

outro que joga como um parceiro, um solidário, e não mais como o temível

adversário. A pessoa quando joga aprende a se colocar no lugar do outro,

priorizando sempre os interesses coletivos”.

Uma das grandes vantagens dos Jogos Cooperativos é que eles permitem que

sejam recriadas as regras, de acordo com a necessidade do grupo, respeitando-se

assim o conteúdo que cada aluno já tem acumulado como preconizam as DCE de

Educação Física da SEED (PARANÁ. SEED, 2008) e o Livro Didático de Educação

Física da SEED (PARANÁ. SEED, 2006), possibilitando desta forma que se

estabeleçam relações e a utilização do potencial psicomotor dos jogos para a

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descoberta e combinação de novas habilidades motoras, tendo como objetivo a

participação de todos. Segundo Brotto (1997, p. 66), “Tais jogos eliminam o medo do

fracasso e o sentimento de fracasso. Eles também reforçam a confiança em si

mesmo, como uma pessoa digna e de valor”.

A proposta desta pesquisa está direcionada para alunos de 5ª série, pois somos

sabedores que quanto antes trabalhar com as crianças melhor será para o seu

futuro. Conforme Soler (2006, p. 122): “Quanto mais jovem é o grupo, menos

competitivo ele é”. Por isso, optamos por trabalharmos com os alunos que estão

chegando, objetivando desta forma ter um grupo mais receptivo à proposta dos

Jogos Cooperativos.

Já no início desta nova etapa de estudos propor os Jogos Cooperativos tem como

objetivo, que os alunos expressem livremente o que existe dentro deles e

compartilhem, de acordo com Brotto (1997, p. 68), “alegria, entusiasmo, autoestima,

confiança, respeito mútuo, comunicação, criatividade e simplicidade”. É muito

importante mudarmos nossa forma de olhar o outro, de criarmos regras que visem

também contemplar às necessidades de todos. Segundo Brotto (1997, p. 100),

ainda: “O principal valor é resgatar e fortalecer a confiança de ser a gente mesmo e

de acreditar, pra valer, que somos capazes de ultrapassar os limites, quando

voamos juntos e de ‘asas’ dadas, como uma verdadeira equipe”.

JUSTIFICATIVA

A situação Cooperativa existe quando os objetivos individuais são atingidos e os

objetivos de todos os demais também o forem. É uma atividade muito importante, e

deve ser descoberta por cada um.

Da mais humilde, a mais poderosa. Da mais complexa, a mais singela. Da

mais próxima, a mais distante... Seja ela qual for ela é NECESSÁRIA!

Estamos neste “Jogo” com muitos outros “jogadores”. Portanto, o COMO

jogamos é o fator que poderá definir o “placar final”. (Fábio Brotto, 1997)

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Vivemos num mundo extremamente competitivo, onde para se atingir qualquer

objetivo a competição é estimulada, onde o que vale é o vencer, não importando os

meios, contanto que ao final se alcance os louros da glória, a idéia de aprender

brincando não tem validade. Segundo (Soller, 2006) a atividade “Cooperativa

valoriza o jogar COM o outro em detrimento do jogar CONTRA o outro”.

OBJETIVOS

Esta unidade tem o objetivo de elencar às atividades que serão aplicadas no projeto

de intervenção em uma turma de quinta série do Colégio Estadual Avelino Antonio

Vieira, no bairro Fazendinha em Curitiba.

As atividades propostas têm como objetivo levar o aluno a um processo de

percepção do que é a atividade cooperativa, estabelecendo desta forma um objetivo

comum a partir da sua participação.

Este projeto de intervenção tem o objetivo além de ser o ponto de encontro da gente

mesmo, de nos encontrarmos uns com os outros e de Jogar COM o outro que é a

forma cooperativa e não CONTRA o outro que é a forma competitiva. Tem desta

forma o objetivo de diminuir a distância entre os jogadores, procurando deixar de

lado o individualismo.

Na nossa vida estão presentes estes dois tipos de jogos. E cabe a nós escolhermos

que tipo de jogo queremos na construção de uma sociedade mais integrada, onde

os valores individuais se somam e a cooperação surge como resultado desta opção.

As atividades propostas têm o objetivo de efetivar na prática os Jogos Cooperativos

que fazem parte das DCE/SEED/PR, e que tem sido pouco aplicada na Rede

Estadual.

METODOLOGIA

A literatura relativa aos Jogos Cooperativos nos orienta para que ao iniciarmos um

projeto com esta temática, tendo em vista o tipo de atividade que normalmente é

praticada na escola, que se faça uma progressão.

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Iniciaremos com os Jogos Semicooperativos, depois os Jogos de Inversão e

finalmente os Jogos Cooperativos sem vencedores. Divertindo-se os alunos

passarão pelas várias atividades aprendendo e vivenciando o que é cooperação.

As atividades elaboradas pelos alunos e revisadas pelo professor farão parte de um

caderno a ser confeccionado para ficar na biblioteca do Colégio, sendo mencionado

o nome dos alunos que entregaram as atividades.

“Educar não é cortar as asas,

É orientar para o vôo.”

(Autor desconhecido)

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AAAAAAAAAAAATTTTTTTTTTTT IIIIIIIIIIII VVVVVVVVVVVV IIIIIIIIIIII DDDDDDDDDDDDAAAAAAAAAAAADDDDDDDDDDDDEEEEEEEEEEEE SSSSSSSSSSSS DDDDDDDDDDDDOOOOOOOOOOOO PPPPPPPPPPPPRRRRRRRRRRRROOOOOOOOOOOO JJJJJJJJJJJJ EEEEEEEEEEEE TTTTTTTTTTTTOOOOOOOOOOOO DDDDDDDDDDDDEEEEEEEEEEEE

IIIIIIIIIIII NNNNNNNNNNNNTTTTTTTTTTTT EEEEEEEEEEEERRRRRRRRRRRRVVVVVVVVVVVV EEEEEEEEEEEENNNNNNNNNNNNÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO

A U L A A U L A A U L A A U L A 1111

A P L I C A Ç ÃO D E Q U E S T I OA P L I C A Ç ÃO D E Q U E S T I OA P L I C A Ç ÃO D E Q U E S T I OA P L I C A Ç ÃO D E Q U E S T I O N ÁR I O S N Á R I O S N Á R I O S N Á R I O S

E P A C T U AÇ ÃO D E R E G RAE P A C T U AÇ ÃO D E R E G RAE P A C T U AÇ ÃO D E R E G RAE P A C T U AÇ ÃO D E R E G RA SSSS

“Nenhum de nós é tão bom e inteligente

quanto todos nós juntos.”. (Marilyn Ferguson)

• Reunião com os alunos da 5ª série que participarão do projeto de intervenção,

explicando em linhas gerais o projeto.

• Em conjunto com os alunos pactuar regras que devem ser observadas por

todos os envolvidos, nos horários de aulas, em casa, nas horas de lazer e de

recreação, na relação com os pais, irmãos, colegas, professores e funcionários.

• Aplicação do questionário aos alunos da turma de intervenção. O mesmo

questionário será aplicado aos alunos do grupo de observação. Entrega dos

questionários para os professores responderem.

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A U L A A U L A A U L A A U L A 2222

D I N ÂM I C A D E G RU POD I N ÂM I C A D E G RU POD I N ÂM I C A D E G RU POD I N ÂM I C A D E G RU PO

“Uma visão sem uma tarefa, é apenas um sonho. Uma tarefa sem uma visão, é somente um trabalho árduo.

Mas, uma visão com uma tarefa pode mudar o mundo.”. (Declaração de Mount Abu)

MATERIAL: Crachás e canetas para a 5ª série que participará do projeto de

intervenção com a atividade:

DO QUE GOSTO?

Lembrando que o objetivo deste projeto é a cooperação e se não nos conhecermos

melhor, vai ser mais difícil a construção cooperativa.

Cada aluno recebe um crachá com as seguintes perguntas:

1) Que tipo de comida mais gosto? _______________________________ 2) Que tipo de música mais curto? _______________________________ 3) Qual é a minha atividade de lazer preferida? _____________________ 4) Qual é a minha cor preferida? _________________________________ 5) Qual é o meu esporte preferido? _______________________________

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• Após escrever as suas preferências,

andar pela sala com o crachá

pendurado, observando o que o colega

escreveu.

• O professor solicita que os alunos que

tiverem os mesmos gostos com relação

à pergunta 1 (um) se reúnam num local

e conversem um pouco sobre sua

opção. Depois o professor vai chamando as demais perguntas uma a uma e

os alunos vão se reunindo de acordo com as preferências.

• O professor faz a seguinte consideração:

Não somos iguais, cada um tem um gosto, uma preferência,

somos diferentes sim e temos que ser respeitados na nossa

individualidade em todos os sentidos, nestas perguntas e em

outras situações da vida. Mas apesar das nossas diferenças

somos seres humanos e é da nossa união, da nossa

cooperação que poderemos construir uma sociedade mais

justa sem tantos conflitos, sem disputas exacerbadas. É da

colaboração de todos que construiremos um mundo melhor.

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A U L A 3A U L A 3A U L A 3A U L A 3

F I L M E : F O RM I G U I N H A ZF I L M E : F O RM I G U I N H A ZF I L M E : F O RM I G U I N H A ZF I L M E : F O RM I G U I N H A Z

D E S E N H O A N I M A D OD E S E N H O A N I M A D OD E S E N H O A N I M A D OD E S E N H O A N I M A D O

A V E N T U R A A V E N T U R A A V E N T U R A A V E N T U R A –––– 8 0 M I N U T O S 8 0 M I N U T O S 8 0 M I N U T O S 8 0 M I N U T O S

“É fácil quebrar uma única flecha. Mas é difícil quebrar um feixe de dez flechas.”

(Provérbio Japonês)

A vida não é nenhum piquenique para Z, uma formiguinha operária com grandes

idéias, cujas chances de conquistar a bela princesa Bala são de uma em um milhão.

Mas quando Z convence seu amigo soldado a trocar de lugar com ele, uma

fantástica reviravolta acontece em sua vida desde as batalhas na guerra contra os

cupins, até a procura de “INSECTOPIA”. As aventuras de Z, o levam a um confronto

final com o cruel general Mandíbula, que planeja exterminar a colônia. É então que

Z, um insignificante operário, pode se transformar no maior de todos os heróis!

RODA DE CONVERSA:

• Fazer um relato por escrito do filme:

• O que me chamou a atenção no filme?

• Pontos positivos?

• Pontos Negativos

• Que situação você mudaria se fosse o produtor do filme?

• E outros que considerar importante.

Colocar no quadro a opinião dos alunos e depois completar com os subsídios.

SUBSÍDIOS PARA COMENTÁRIOS DO PROFESSOR SOBRE O FILME:

• O filme nos mostra que a sociedade nos classifica em classes e cabe a nós

decidirmos se queremos ficar o resto da nossa vida nesta classe.

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• Que nada vem de graça e que se queremos conquistar alguma coisa temos

que ir a luta.

• Que conversar com outras pessoas pode nos abrir a mente para buscarmos o

desconhecido que queremos.

• Que as pessoas quando buscam o poder usam os discursos de convencimento,

tentando nos convencer que aquilo que estão fazendo é importante para nós e

às vezes acreditamos nisso.

• Que devemos ter determinação quando buscamos algo e acreditarmos no que

almejamos.

• Que sozinhos não somos nada e que a UNIÃO é fundamental para se alcançar

os objetivos. Que cada um é importante e a falta de uma pessoa pode fazer a

diferença.

Tempo de Filme

Falas

1,59 ...tenho que fazer tudo pela minha colônia...

4,24 ...você não é importante o importante é a equipe...

15,00 ...por que todo mundo tem que dançar igual...

21,30 ...o que vale é a colônia...

30,00 ...pense por você não cumpra ordens à vida toda...

41,09 ...nós temos escolhas, temos que ir atrás...

54,50 ...o individualismo é perigoso...

58,50 ...a gente deixa o general tomar as decisões...

60,00 ...fazemos parte de um universo enorme...

61,19 ...não saber pensar por si...

63,12 ...as coisas vão mudar...

72,00 ...trabalho em equipe...

77,00 ...lugar melhor escolhido por mim.

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A U L A 4A U L A 4A U L A 4A U L A 4

J OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I V O SO SO SO S

“A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante do que imaginamos, pois significa nada menos

que a maneira como estamos no mundo”. (J. B. Leonard)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

MÃE CORRENTE

• Uma dupla de alunos é escolhida

(mesma cor de roupas, cabelos,

tamanho do tênis etc.) para iniciar a

brincadeira que consiste em ir pegando

os demais até que todos formem uma

corrente.

• Somente os alunos das pontas podem

pegar os demais e podem impedir o deslocamento sem soltar das mãos.

• Quando os dois primeiros pegarem saem para serem pegos.

• O jogo se encerra quando todos forem pegos.

PARTE 2 - JOGO

TODOS LANÇAM, TODOS CORREM

MATERIAL: Bola (de acordo com a proposta do professor para um determinado

esporte).

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DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Dividir a turma em 2 equipes através de quebra-cabeças, visando desta forma

evitar as panelinhas e trabalhar a cooperação para formar os quebra-cabeças.

• Este jogo pode ser realizado em

qualquer espaço. Aqui utilizaremos

como referência a quadra

Poliesportiva.

• A Equipe A formará fila em um

canto da quadra determinado pelo

professor e a Equipe B ficará

distribuída pela quadra.

DESCRIÇÃO:

• Na EQUIPE A, o primeiro aluno da fila arremessará a bola em qualquer direção

a sua frente, devendo na sequência correr em volta da sua fila e a cada volta

completada o grupo grita em voz alta o número de voltas completadas.

• A EQUIPE B deverá buscar a bola e formar uma fila no centro da quadra e

passar a bola de mão em mão por baixo da perna do primeiro até chegar ao

último aluno da fila que ao receber a bola corre até o início da fila e grita PARE;

interrompendo desta forma a contagem da EQUIPE A.

• A atividade continua até que todos tenham feito os arremessos somando-se o

número de voltas conseguidas. Invertem-se as posições e a EQUIPE B agora

vai arremessar. Ao final a equipe que mais voltas completar será a vencedora.

A qualquer momento do jogo ocorrendo questionamentos o jogo deve ser

parado e discutidas as regras iniciais.

• Depois da primeira rodada é sugerido aos alunos que se reúnam e modifiquem

as regras do jogo e se realizem novas rodadas com as novas regras.

AVALIAÇÃO:

• Observação da participação e o envolvimento dos alunos na atividade proposta,

bem como analisar a sua intervenção na elaboração de novas regras.

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PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Como foi esta aula para cada um: o que gostei e o que não gostei.

• Cada aluno deve elaborar para a próxima aula um jogo tendo como base os

princípios deste, que será recolhido pelo professor, comentado e praticado na

próxima aula.

• Considerações do professor sobre a aula:

Existem regras para vivermos melhor em comunidade. Estas

regras não devem ser fixas, elas podem e devem ser

mudadas, atendendo as necessidades do grupo. Para que elas

sejam mudadas é necessário que nos organizemos.

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A U L A 5A U L A 5A U L A 5A U L A 5

J OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I VJ OGO S S EM I C OO P E RA T I V O SO SO SO S

“O que as vitórias têm de mal é que não são definitivas.

O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.”

(José Saramago)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

NUNCA MAIS DE 4

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Motivar os alunos para o espírito de colaboração, pois precisamos de um

voluntário para iniciar a brincadeira.

• Um aluno é escolhido para ser o pegador, quando estiverem em 4 alunos uma

dupla se separa e vira pegador até que todos tenham sido pegos.

PARTE 2 - JOGO

BEISEBOL SEM BASTÃO

MATERIAL: Bola (de acordo com a proposta do professor para a aula a ser

ministrada).

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Dividir a turma em 2 equipes através

de quebra-cabeças, visando desta

forma evitarem as panelinhas e já

trabalhar a cooperação para formar os

quebra-cabeças.

• Estes jogos podem ser realizados em

qualquer espaço, aqui utilizaremos

como referência a quadra Poliesportiva.

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• A EQUIPE A formará fila em um canto da quadra determinado pelo professor e

a EQUIPE B colocará em cada canto da quadra livre 1 (um) aluno como base

sendo que os demais ficarão distribuídos pela quadra.

DESCRIÇÃO:

• Na EQUIPE A, o primeiro aluno da fila arremessará a bola em qualquer direção

a sua frente, devendo na sequência correr em volta da quadra passando pelas

bases 1, 2 e 3, somando um ponto em cada base até que a bola chegue à base

antes dele.

• A EQUIPE B deverá buscar a bola e fazer a mesma chegar até a base antes

que o aluno da EQUIPE A passe por ela. O aluno base não pode sair do

espaço delimitado pelo professor para receber a bola.

• A atividade continua até que todos tenham feito os arremessos somando-se o

número de pontos conseguidos. Invertem-se as posições e a EQUIPE B agora

vai arremessar. Ao final a equipe que mais pontos acumular será a vencedora.

A qualquer momento do jogo ocorrendo questionamentos o jogo deve ser

parado e discutidas as regras iniciais.

• Depois da primeira rodada é sugerido para que as equipes se reúnam e

modifiquem as regras do jogo e se realizem novas rodadas com as novas

regras.

AVALIAÇÃO:

Observar a participação e o envolvimento dos alunos na atividade proposta, bem

como analisar a sua colaboração na elaboração de novas regras.

PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Como foi esta aula para cada um: o que gostei e o que não gostei.

• Cada aluno deve elaborar para a próxima aula um jogo tendo como base os

princípios deste, que será recolhido pelo professor, comentado e praticado na

próxima aula.

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A U L A 6A U L A 6A U L A 6A U L A 6

J OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S D E I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃO

“Os jogos de inversão realmente brincam com nosso conceito tradicional de vencer e

perder. (...) num certo sentido são todos(os participante) um grande time, onde um ajuda o outro, e vice-versa, de modo a desfrutar da

atividade e do processo do jogo.” (Terry Orlick)

PARTE 1 – ATIVAÇÃO

SALVE-SE COM UM ABRAÇO “PEGA-PEGA”

(Fonte: Fábio Brotto – 1997)

MATERIAL: Bexiga.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Através de sorteio se escolhe o primeiro pegador.

• O objetivo é que todos se salvem. O pegador, com uma bexiga, tenta tocar o

peito de alguém. Se conseguir ele passa a bexiga e invertem-se os papéis.

• Para não serem pegos, os

participantes devem se abraçar aos

pares, encostando o peito um no

outro, salvando-se mutuamente.

• Conforme a dinâmica do grupo o

professor pode sugerir mais de um

pegador, e abraços em trio, quartetos

etc.

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PARTE 2 - JOGO

FUTPAR

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Turma dividida em equipes A e B (Em círculo numerar os alunos e dividir em

pares e ímpares, EQUIPE A = pares e EQUIPE B = ímpares).

• Dentro da equipe escolher um aluno

para ser seu parceiro.

• O objetivo é fazer gols em par sem

soltar das mãos. Sem goleiro.

• A dupla que faz gol, marca ponto para

sua equipe, mas em seguida, muda de

lado, indo para o outro time.

• Ao final do jogo todos terão jogado nas duas equipes.

• Podemos durante o jogo usar mais de uma bola simultaneamente.

• Após um tempo de jogo, reunimos as duas equipes para proporem uma nova

forma de jogar com inversão.

PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Como foi jogar de mãos dadas com o outro?

• O que foi divertido? O que não foi bom?

• Cada aluno deve elaborar para a próxima aula um jogo tendo como base os

princípios deste, que será recolhido pelo professor, comentado e praticado na

próxima aula.

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A U L A 7A U L A 7A U L A 7A U L A 7

J OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S DJ OGO S COOP E RA T I V O S D E I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃOE I N V E R S ÃO

“A mais bela tarefa do ser humano é a tarefa de unir as pessoas.”.

(Saint-Exupéry)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

CONFRATERNIZAÇÃO DOS BICHOS

(Fonte: Fábio Brotto – 1997)

MATERIAL: Vendas para todos.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Formamos uma grande roda e

numeramos todos os alunos de 1 a 4.

• Cada grupo se reúne e de forma

coletiva escolhem o nome de um

bicho. E ensaiam a forma de se

comunicar do animal escolhido.

• Misturam-se os bichos (alunos) e

coloca-se a venda em cada um.

O objetivo é reunir de novo o grupo apenas com o som de cada bicho. Quando

se encontram, se abraçam, dão as mãos e continuam procurando os demais. A

brincadeira segue até que cada espécie tenha reencontrado todos seus

membros.

• Como ninguém vive sozinho e nenhuma espécie evolui isolada das outras,

terminamos o jogo com todas as espécies se agrupando numa grande roda e

abraçados pela cintura.

• Ao final, em roda ainda perguntar qual foi o músculo que mais trabalhou

durante a atividade? Por quê? – Resposta: O músculo do riso.

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PARTE 2 – JOGO

VOLEIPANO

MATERIAL: Diferentes tamanhos de bolas leves e pedaços de pano de diferentes

tamanhos, variando do tamanho de uma toalha de banho até o tamanho de um

lençol.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Cada dupla com um pano e uma

bola, tendo como objetivo lançar e

receber a bola sem deixá-la cair no

chão, podendo dinamizar esta

atividade.

• Interagir com outra dupla, trocando

passes de pano para pano. Pode ser

com uma ou duas bolas.

• Dispostos na quadra de Vôlei, metade da turma de cada lado, passar a bola

para o lado contrário e mudar de lado, passando por baixo da rede.

• Cada 4 alunos com um pano do tamanho de um lençol idem ao exercício

anterior.

PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Quais foram às dificuldades no trabalho em dupla? O que foi legal fazer? É

mais fácil em duplas ou em quartetos?

• Cada aluno deve elaborar para a próxima aula um jogo tendo como base os

princípios deste, que será recolhido pelo professor, comentado e praticado na

próxima aula.

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A U L A 8A U L A 8A U L A 8A U L A 8

J OGO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S SSSS EEEE MMMM P E R D E DOR E SP E RD EDOR E SP E RD EDOR E SP E RD EDOR E S

“Há um tipo de Jogo Cooperativo muito especial: os Jogos Infinitos.

Neste jogo todos têm a oportunidade para exercer o poder pessoal e grupal sobre a vivência

que estão compartilhando.” (Fábio Brotto)

PARTE 1 – ATIVAÇÃO

CARANGUEJO PEGADOR

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• O professor delimita um espaço traçando uma linha no meio deste espaço, 2

alunos são escolhidos por sorteio e se deslocarão na posição de 4 apoios

dorsal em cima da linha para a direita ou esquerda.

• Os demais alunos ficam de um lado do espaço delimitado e ao comando do

professor mudam de lado. Os que forem tocados trocam de “Fugidores” para

“Pegadores” e ajudam os colegas, sendo que os dois primeiros que iniciaram o

jogo podem mudar de lado quando pegarem os seus colegas.

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PARTE 2 - JOGO

O LAGO CONTAMINADO

MATERIAL: Para esta atividade pedir que cada

aluno traga um lixo que não é lixo.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Delimita-se um grande espaço com giz ou

cordas (lago). Em seu interior colocam-se os

diferentes objetos trazidos pelos alunos:

(pequenas caixas de papelão, garrafas de

plástico, copinhos de iogurtes, latas, etc).

MOTIVAÇÃO:

• O professor explica que estamos à beira de um lago contaminado, no qual os

peixes morreram e se não formos capazes de limpá-lo o mais rápido possível,

ele está tão contaminado que não podemos nem tocá-lo.

• Todo o grupo coloca-se fora da área delimitada. O grupo dispõe de várias bolas

(uma para cada três alunos).

OBJETIVO:

• O grupo deve tirar todos os objetos do lago sem que ninguém pise dentro dele,

atirando as bolas para jogar o lixo para fora.

REGRAS:

• Se alguém pisar ou tocar no lago com qualquer parte do corpo devolvem-se

dois lixos retirados para o lago.

• Refazer o jogo – Reunir os alunos para que refaçam as regras do jogo e inicie

nova partida.

• Organizar o grupo – Refletir com os alunos no sentido de que os mesmos se

organizem: uns arremessam, outros pegam as bolas, uns atiram nos alvos mais

próximos, outros nos mais distantes.

• Quando conseguir retirar o último objeto, dar a volta correndo e comemorar

muito.

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PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Qual foi a sua satisfação ao participar deste jogo?

• Que lições podemos tirar desta atividade?

• Como são no dia a dia os cuidados com a natureza?

• Cada aluno deve elaborar um cartaz ou desenho sobre os cuidados que

devemos ter com o meio ambiente e a importância de cada um na preservação

da natureza.

“É verdadeira

a vitória

que não é compartilhada

e desfrutada

por todos?”

(Autor desconhecido)

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A U L A 9A U L A 9A U L A 9A U L A 9

J OGO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S SSSS EEEE M P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E S

“O maior edifício deste mundo mantém-se de pé

porque os pequenos grãos de areia estão unidos entre si.”.

(Ditado popular)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

DANÇA DAS CADEIRAS

MATERIAL: Cadeiras/Arcos e equipamento de som.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Cadeiras ou arcos em circulo um a menos que o número de alunos.

• Ao iniciar a música os alunos giram em torno dos objetos quando a música

parar ocupam o seu lugar, o que sobrar sai da brincadeira, retira-se uma

cadeira ou Arco.

• A brincadeira segue até que reste apenas um vencedor.

PARTE 2 - JOGO

DANÇA DAS CADEIRAS COOPERATIVAS

MATERIAL: Cadeiras/equipamento de som.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Colocamos em círculo um número menor de cadeiras

que o número de participantes.

• O objetivo comum é terminar o jogo com todos os

participantes sentados nas cadeiras que sobrarem.

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• Colocamos a música e todos dançam. Quando a música para, todos devem

sentar, usando os recursos que estão no jogo – cadeiras e pessoas. Podem

sentar nas cadeiras, nos colos uns dos outros, ou de alguma outra maneira

criada pelos participantes.

• Em seguida começa a música, todos se levantam e tiramos uma cadeira.

Ninguém sai do jogo e continuamos a dança.

• Parar a música e todos sentam. Pergunta-se “está confortável para todos?”.

• O jogo prossegue até onde o grupo desejar e aguentar.

PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Qual a diferença deste jogo e do tradicional? Colocar no quadro.

• Para reflexão do professor com os alunos após as intervenções dos mesmos:

Tradicional

o Ficar “colados” às cadeiras. (visão de escassez)

o Ir todos na mesma direção. (não assumir riscos)

o Ficar ligado na parada da música. (preocupação/tensão)

o Dançar “travado”. (bloqueio da espontaneidade)

o Ter pressa para sentar. (medo de perder)

Cooperativo

o Ver as cadeiras como ponto de encontro. (visão de abundância)

o Movimentam-se em todas as direções. (flexibilidade, auto-mútua-confiança).

o Curtir a música. (viver plenamente cada momento)

o Dançar livremente. (ser a gente mesmo é lindo!).

o No Jogo tradicional apenas um é vitorioso.

o Estimula a eliminação e a competição.

o Quem é eliminado fica feliz? E quem venceu ficou feliz?

o Sentiu-se importante e responsável pelo sucesso do jogo?

o Quando o jogo terminou o que fazia quem foi eliminado? Onde estava seu

pensamento, sentimento?

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A U L A 1 0A U L A 1 0A U L A 1 0A U L A 1 0

J OGO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S SSSS EEEE M P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E S

“A educação para a competitividade deve ser substituída por uma educação para

a solidariedade e o altruísmo.” (Barnabé Tierno)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

FOGO CRUZADO

MATERIAL: Bolas confeccionadas com jornal pelos alunos (Pedir para os alunos

trazerem jornal e uma meia calça velha).

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• Por sorteio seis alunos são escolhidos

para iniciar a brincadeira.

• Usando a quadra poliesportiva ou outro

espaço similar na linha central em cada

lateral será feito um círculo de mais ou

menos 5 metros onde ficarão 3 alunos e

metade das bolas confeccionadas de

jornal. Os outros 3 ficarão no outro lado,

com as demais bolas confeccionadas.

• Os demais alunos ficam no fundo da quadra. Ao sinal do professor tentam

passar para o outro lado. Os primeiros acertados com as bolas trocam de lugar

com os primeiros, depois quem for sendo acertado vai para dentro do círculo

ajudar a acertar os demais, até todos serem acertados.

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PARTE 2 - JOGO

GOLFINHOS E SARDINHAS

(Fonte: Fábio Brotto – 1997) • “Golfinhos e Sardinhas” é um pega-pega muito parecido com os vários já

conhecidos, senão por uma pequena mudança capaz de promover grandes

transformações.

• Nesta brincadeira propomos o exercício do Livre Arbítrio, da Tomada de

Decisão, da Iniciativa para Correr Riscos e da Aventura de Compartilhar a

Liberdade.

OBJETIVO COMUM:

• Escolher salvar quem foi pego, ou salvar a sim mesmo, ou pedir para ser salvo,

ou não.

• Decidir continuar o Jogo ou terminar com ele.

PARTICIPAÇÃO:

• Desde os 07 anos.

• Um grande grupo.

ESPAÇO:

• Espaço amplo, dividido por uma linha central.

MATERIAL:

• Sem material.

DESENVOLVIMENTO:

• Este jogo está baseado no pega-corrente.

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• Começamos com todos os participantes (menos 1 escolhido por sorteio)

agrupados numa das extremidades do espaço. Este é o “Cardume de

Sardinhas”.

• Aquele 1 separado das “Sardinhas” será o “Golfinho” e ficará sobre uma linha

transversal demarcada bem no centro do espaço. Ele somente poderá se

mover lateralmente e sobre essa linha.

• O objetivo das “Sardinhas” é passar para o outro lado do oceano (linha central)

sem serem pegas pelo “Golfinho”. Este por sua vez, tem o propósito de pegar o

maior número possível de sardinhas (bastando tocá-las com uma das mãos).

• Toda “Sardinha” pega, transforma-se em “Golfinho” e fica junto com os demais

golfinhos sobre a linha central. Lado a lado e de mãos dadas, formando uma

“Corrente de Golfinhos”. O primeiro “Golfinho” troca de lado quando pegar o

primeiro.

• Na “Corrente de Golfinhos” somente as extremidades podem pegar.

• O jogo prossegue assim até que a “Corrente de Golfinhos” ocupe toda a linha

central. Quando isto acontecer, a “Corrente” poderá sair da linha e se deslocar

por todo o “Oceano” para pescar as sardinhas.

TOQUES:

• Observar o cuidado com a integridade física uns dos outros, particularmente,

quando as “Sardinhas” tentam passar pelo meio da “Corrente de Golfinhos”.

Ajude os participantes a descobrir formas saudáveis para jogar.

ATENÇÃO:

• Quando a “Corrente de Golfinhos” for maior que a quantidade de “Sardinhas”

restantes, propomos a seguinte ação: Agora, as “Sardinhas” poderão SALVAR

os “Golfinhos” que desejarem ser salvos. Como? Basta a “Sardinha” passar por

entre as pernas do “Golfinho”. Daí o “Golfinho” se solta da “Corrente” e vira

“Sardinha”, de novo.

• Parar o jogo e sugerir que os alunos modifiquem as regras.

• Formar mais de uma “Corrente de Golfinhos” pode dinamizar mais a atividade.

Experimentar diferentes formas para SALVAR os “Golfinhos”: coçar a cabeça

dele, dar um abraço etc.

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PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Decidir salvar um “Golfinho” é uma grande aventura de confiança. Estimular o

exercício da solidariedade, cumplicidade e altruísmo nos jogos pode nos ajudar

a viver essas e outras competências cooperativas em outros “Oceanos” da

vida.

• É possível estabelecer uma ligação dos jogos com a própria vida?

• Quais as sensações e sentimentos presentes?

• Neste jogo que relações podem ser feitas com o cotidiano pessoal e grupal?

• Elaborar um jogo com base neste para a próxima aula (pode ser individual ou

em grupo) para compor o caderno de Jogos Cooperativos.

“Em uma geração, o mundo poderá mudar

para o bem ou para o mal,

e isso dependerá da nossa atitude

com as crianças.”

(Elgantyne Jebb)

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A U L A 1 1A U L A 1 1A U L A 1 1A U L A 1 1

J OGO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S J O GO S COOP E RA T I V O S SSSS EEEE M P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E SM P E R D EDOR E S

“Para conseguir todo o valor de uma alegria, deve-se ter com quem partilhá-la.”

(Mark Twain)

PARTE 1 - ATIVAÇÃO

CONDUZINDO O CEGUINHO

MATERIAL: Vendas.

DISPOSIÇÃO INICIAL:

• 2 a 2, um com a venda e o outro

sem a venda, conduzir o colega com

as mãos nas costas, pelo espaço,

com toques no lado direito para ele ir

para a direita, e do lado esquerdo ir

para esquerda. Os dois juntos parar,

na cabeça meia volta. Depois de um

tempo ao comando do professor

trocar de posição.

OBJETIVOS:

• Estimular a cooperação a confiança mútua e reforçar o trabalho em equipe.

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PARTE 2 - JOGO

JOGO DOS 4 ELEMENTOS – FOGO, ÁGUA, TERRA E AR.

FOGO

ÁGUA

TERRA

AR

OBJETIVO:

• Alunos com vendas terão que localizar os 4 ELEMENTOS marcados em um

determinado ambiente.

PROPÓSITO:

• Através da Cooperação, da fala e do toque, fazer com que o grupo busque a

orientação espacial como referência para encontrar os 4 elementos.

MATERIAL:

• Local espaçoso, fitas adesivas, vendas para os olhos, pincel atômico, espuma,

lixas, TNT, tecido emborrachado, cartolina ou folhas de flip chart. Uma vasilha

com água, uma com terra, uma vasilha com penas, uma bolsa de água quente

e um aparelho de som.

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DESCRIÇÃO:

• Divisão da turma em quatro equipes, através de quebra-cabeças.

• Em um local espaçoso dispor o grupo em forma de círculo voltado para fora e

no centro do ambiente. Pedir para que todos observem o local em todos os

detalhes sem sair do círculo. Em seguida pedir para que se dispersem e façam

o reconhecimento visual e táctil do local, onde já estarão disponibilizados os 4

ELEMENTOS (ÁGUA, TERRA, AR E FOGO).

o AGUA (vasilha com água) indicativos feitos com plástico liso.

o TERRA (vasilha com terra) indicativos feitos com lixas.

o AR (vasilha com penas) indicativos feitos com espuma.

o FOGO (bolsa térmica com água quente) indicativos feitos com papelão

corrugado.

• Números recortados de 1 a 5 nos materiais descritos acima e colados no chão

estarão indicando a direção de cada ponto.

• Após o reconhecimento, o grupo será vendado, será colocada uma música e

pedido para que eles circulem pelo ambiente sem se preocupar em encontrar

os pontos durante a duração da música. Passado esse tempo, reúne-se o

grupo no centro novamente, com a ajuda dos focalizadores, tomando-se

cuidado para mudá-los da posição em que se encontravam.

• Inicia-se atividade, pedindo que o grupo se subdivida e encontre os 4

ELEMENTOS. Quando um aluno do grupo encontra o número 1 poderá chamar

os demais. Indo depois procurar o número 2 e assim sucessivamente até

chegar no 5 que é o final. Quando todos já estiverem no ELEMENTO o grupo

deverá gritar o nome do ELEMENTO em que está.

• Após os 4 grupos terem encontrado os ELEMENTOS, de olhos vendados,

ainda, reúnem-se no centro, formando uma roda.

DICAS:

• Durante a movimentação, os focalizadores vão anotando na cartolina ou flip

chart o número de pessoas que encontraram o ponto inicialmente, ou se o

grupo foi homogêneo em chegar ao objetivo.

• Procurar levantar as sensações obtidas durante a procura e como foram

trabalhadas.

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PARTE 3 - VOLTA À CALMA

E RODA DE CONVERSAS SOBRE A AULA

• Reunir o grupo em roda e pedir que quem quiser fale sobre as experiências

vividas nesta atividade.

• O que foi bom?

• O que foi ruim?

• Como foi se sentir sem a visão?

• O trabalho em equipe foi importante por quê?

• Falar sobre os 4 elementos.

• Cada aluno deve elaborar para a próxima aula um jogo tendo como base os

princípios deste, que será recolhido pelo professor e comentado na aula.

“Tudo o que se ensina à criança,

a impede de inventar ou descobrir.”

(Jean Piaget)

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A U L A 1 2A U L A 1 2A U L A 1 2A U L A 1 2

A VA L I A Ç ÃOA VA L I A Ç ÃOA VA L I A Ç ÃOA VA L I A Ç ÃO F I N A L F I N A L F I N A L F I N A L

SOBRE GANSOS E EQUIPES

Quando você vê gansos voando em formação “V”, você pode ficar curioso

quanto às razões pelas quais eles escolhem voar desta forma. A seguir

algumas descobertas feitas pelos cientistas:

1. FATO: À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a

ave seguinte. Voando em formação “V”. O grupo inteiro consegue voar pelo

menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente, eles partilham à

liderança.

VERDADE: Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de

equipe chega ao seu destino mais depressa e facilmente, por que elas se apóiam

na confiança umas das outras.

2. FATO: Sempre que um ganso sai da formação, ele repentinamente sente a

resistência e o arrasto de tentar voar só, e rapidamente retorna à formação, para

tirar vantagem do poder de sustentação da ave imediatamente à frente.

VERDADE: Existe força, poder e segurança em grupo, quando viajando na

mesma direção com pessoas que compartilham um objetivo comum.

3. FATO: Quando o ganso líder se cansa, ele vai para a traseira do “V”, enquanto

um outro ganso assume a ponta.

VERDADE: É vantajoso o revezamento, quando se necessita fazer um trabalho

árduo.

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4. FATO: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o

ritmo e a velocidade, mesmo com as pressões e o cansaço do dia a dia.

VERDADE: Todos nós necessitamos ser reforçados com apoio ativo e

encorajamento. Vamos procurar nos lembrar mais frequentemente de dar um

“grasnado” de encorajamento a nos apoiarmos uns aos outros com amizade.

5. FATO: Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos

saem da formação e o seguem, para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham

até a solução do problema e, então, reiniciam a jornada os três ou juntando-se a

outra formação, até encontrarem o seu grupo original.

VERDADE: Precisamos ser solidários nas dificuldades.

Sendo parte de uma equipe, nós também podemos produzir muito mais, mais

rapidamente e melhor.

E finalmente, mostrar compaixão e carinho afetivo por nossos semelhantes,

membros da equipe mais importante: a Humanidade.

Da próxima vez, ao ver uma formação de gansos voando, lembre-se de que é

uma recompensa, um desafio e um privilégio, “SER PARTE DE UMA EQUIPE”.

(Autor desconhecido)

• Aplicação do questionário na turma em que foram aplicadas as aulas de

Jogos Cooperativos.

• Aplicação de questionário para os Professores da Turma de intervenção.

• Falas espontâneas sobre as aulas. O que gostei? O que não gostei? O que

descobri?

• Lanche Cooperativo (Cada um traz uma fruta e iremos preparar em

conjunto uma salada de frutas).

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REFERÊNCIAS

BROTTO, F. O. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos: Re-novada, 1997.

CALLADO, C. V. Educação para a paz. Santos: Cooperação, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação Física/vários autores. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

ROSSETO JÚNIOR, A. J. et al. Jogos educativos. 5. ed. São Paulo: Phorte, 2009.

SOLER, R. Educação Física: uma abordagem cooperativa. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

SOLER, R. Esporte cooperativo. Rio de Janeiro: Sprint, 2009.

Desenhos Elaborados por: Ana Pérola Drulla Brandão