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Ano VII • nº 71 • maio/junho • 2013 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Da Amazônia para o mundo

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Ano VII • nº 71 • maio/junho • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Da Amazônia para o mundo

2

20 Modama reúne

grupos de dança de todos

os gêneros no Clube do Trabalhador

19 Bitec entrega

prêmios em sua 3ª edição

no Amazonas

8SENAI/AM e Petrobras

renovam parceria para Samaúma

9SESI Amazonas promove aula

inaugural do Projeto Vira Vida em Manaus

10Ação Global gera

mais de 137 mil atendimentos

12Antonio Silva e o ministro Manoel

Dias entregam placa ao Industrial do Ano, Xiemar Zarazúa

Índice

3

Miguel Ângelo/CNI

Por conta das discussões sobre a polêmica proposta de unificação do ICMS, primeiro na Comissão de Assuntos Econômicos, em

seguida no plenário do Senado, nunca se ouviu tanta mentira sobre o modelo Zona Franca de Manaus. Disseram que somos deficitários em relação ao recolhimento de impostos versus recebimento de transferências constitucionais e repasses do Governo Federal. Também disseram que a renúncia fiscal é superior à arrecadação federal.

Mentiras.Somos contribuinte líquido de receita tributária federal, assim como temos um índice de retorno fiscal de 1,69, ou seja, para cada R$ 1,00 de renúncia, o arrecadado é de R$ 1,69.

Outra mentira é relacionada ao salário médio pago pelas empresas do Polo Industrial de Manaus.em 2012. A média não foi R$ 1.308,12 como disseram os

nossos detratores, mas R$ 1.687,88, o que superou em muito a média salarial de vários Estados da Federação.

Ao contrário do que afirmam os detratores, o Polo Industrial de Manaus é um dos centros mais eficientes de geração de receitas públicas no país, tendo arrecadado, em 2012, 54% de toda a receita federal nos sete Estados da Região Norte.

Quando nos acusam de usufruir de uma exagerada concessão de incentivos fiscais, esquecem que grande parte do desenvolvimento industrial brasileiro utilizou-se desse processo, como, por exemplo, a indústria automobilística e aeronáutica localizadas na região Sudeste.

Esses setores industriais, como a própria indústria de informática, pagam pouquíssimos impostos, são favorecidos com outras isenções e subsídios, como por exemplo, financiamentos via BNDES com

juros bastante favoráveis.A ZFM não é baseada em financiamento

público para o seu desenvolvimento industrial; seus benefícios fiscais são vinculados exclusivamente à produção e somente são usufruídos quando esta é vendida; todo risco durante a elaboração e implantação do projeto é de inteira responsabilidade do empreendedor.

Todas essas inverdades e algumas outras são exclusivamente fruto de mitos e preconceitos contra um modelo de desenvolvimento que atua concomitantemente com a preservação ambiental na Amazônia.

Antonio Carlos da SilvaPresidente do Sistema FIEAM

Editorial

Presidente:

ANTONIO CARLOS DA SILVA

1º Vice-Presidente:

ATHAYDES MARIANO FÉLIX

2º Vice-Presidente:

AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES

Vice-Presidentes:

NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, TEREZA CRISTINA CALDERARO CORRÊA, ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER PAES, WILSON LUIZ BUZATO PÉRICO, CARLOS ALBERTO ROSAS MONTEIRO, EDUARDO JORGE DE OLIVEIRA LOPES, AMAURI CARLOS BLANCO, HYRLENE BATALHA FERREIRA, SÓCRATES BOMFIM NETO

1º Secretário:

ENGELS LOMAS DE MEDEIROS

2º Secretário: ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO

1º Tesoureiro:

JONAS MARTINS NEVES

2º Tesoureiro: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA

Diretores: FRANK BENZECRY, AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS JÚNIOR, CARLOS ALBERTO MARQUES DE AZEVEDO, ROBERTO BENEDITO DE ALMEIDA, LUIZ CARVALHO CRUZ, CARLOS ALBERTO MONTEIRO, MAURÍCIO QUINTINO DA SILVA, JOAQUIM AUZIER DE ALMEIDA, PAULO SHUITI TAKEUCHI, ANTONIO JULIÃO DE SOUSA, MÁRIO JORGE MEDEIROS DE MORAES, DAVID CUNHA NÓVOA, GENOIR PIEROSAN, CRISTIANO IUKIO MORIKIO, CLEONICE DA ROCHA SANTOS, ARIOVALDO FRANCISCHINI DE SOUZA

Conselho Fiscal:

Titulares: MOYSES BENARROS ISRAEL, RENATO DE PAULA SIMÕES, JOSÉ NASSER

Suplentes: ALCY HAGGE CAVALCANTE, CARLOS ALBERTO SOUTO MAIOR CONDE, DAVID NÓVOA GONZALES

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI

Titulares: ANTONIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX

Suplentes: AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES ESTEVES e FRANCISCO RITTA BERNARDINO

Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMEvelyn Lima - MTE 151/AMMário Freire - MTE 092/AMCássia GuterresCristiane Jardim Vanessa Damasceno

DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta - MTE 111/AM

PUBLICIDADES Vanessa Damasceno (redação) Mary Martins (arte)

CAPA Andrea Ribeiro, a partir de foto dePaulo Roberto Pereira

FOTOGRAFIASComunicação

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 CentroCEP 69020-031 Manaus/AMFone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]

Acesse: /sistemafieam

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Tiragem desta edição: 2.300 exemplaresImpressão: Grafisa

ExpedienteDiretoria

Ano VII • nº 71 • maio/junho • 2013

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Da Amazônia para o mundo

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FIEAM doa equipamentos para aeroporto

O presidente da FIEAM, empresário Antonio Silva, atendeu ao pedido do ad-ministrador do Aeroporto Júlio Belém, do município de Parintins, a 369 quilô-metros de Manaus, Paulo Pessoa, e doou equipamentos para melhorar o atendi-mento aos passageiros no local. Foram repassados ao administrador, em 17 de maio, duas TVs da marca Philips de 47 polegadas e um computador.

De acordo com Paulo Pessoa, os equi-pamentos servirão para a ativação do Sistema de Informação Visual (SIV) do local.“Os equipamentos informarão aos passageiros e visitantes sobre os serviços e produtos do aeroporto e também da ci-dade, proporcionando mais comodidade na comunicação. Agradecemos ao presi-dente, que já é cidadão parintinense, por nos presentear e presentear nossos turis-tas e passageiros”, agradeceu Paulo.

A doação aconteceu como parte dos preparativos para o Festival Folclórico de Parintins, em junho, quando o mu-nicípio costuma receber mais de 40 mil visitantes.

Antonio Silva oficializa a doação dos equipa-mentos para o administrador Paulo Pessoa

Em comemoração aos 40 anos da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Manaus (Apae), o SENAI Amazonas repassou dois presentes à instituição: um dispositivo de prensar cerdas e uma máquina de trefilar garrafas PET, ambos para serem utilizados pelos próprios alu-nos da associação.Ao entregar a máquina e o dispositivo ao presidente da Apae, Manuel Inauhiny, o diretor regional do SENAI/AM, Alde-murpe Barros, disse que os gerentes das

unidades do SENAI foram chamados para observar as necessidades da Apae, e em cima delas, trabalhar ações de melho-rias nas condições de trabalho do público alvo da instituição, formado por pessoas com deficiência intelectual. O disposi-tivo de prensar cerdas foi montado de acordo com estudos antropométricos e sistemas mecânicos que detectaram a ne-cessidade de melhorar a atividade, que até então funcionava com o auxílio de uma chave de fenda e um martelo.

Máquinas do SENAI vão ajudar alunos da Apae

Destaques

Presidente da Apae, Manuel Inauhiny, recebe as máquinas na Escola SENAI Waldemiro Lustoza

O Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou, em maio, faturamento de R$ 6,6 bilhões. Esse resultado representou um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo mês de 2012, que, de acordo com a Suframa, havia sido o melhor desempenho, em Real, para o mês de maio. No acumulado do ano, o fatura-mento do PIM mantém alta de 11,74%, com faturamento de R$ 30,6 bilhões nos cinco primeiros meses do ano.

O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, recebeu em 28 de maio, equipe da EMS Sigma Pharma, empresa do ramo farmacêutico, em busca de parcerias para instalação de nova unidade no PIM. A visita, de acordo com a diretora de capital humano da empresa, Ana Sílvia da Costa, busca estreitar o relacionamento, principalmente com o SENAI, por ser uma grande fonte de capacitação

Em alta Filial

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SENAI monta oficina para Eco Recicla

O SENAI Amazonas entregou, em 28 de maio, à Eco Recicla (Rede de Catadores e Reciclagem Solidária) o novo espaço criado para trefilar gar-rafas PET na própria sede da entida-de, localizada na rua Nova Grande Circular, s/n – Rio Piorini.

O novo espaço foi adequado para atender às necessidades do serviço de acordo com a Norma Reguladora (NR-12). Segundo o supervisor geral de Mecânica do SENAI/AM, David Nogueira, o processo de adaptação foi feito em dois meses com ajustes de fiação e nivelamento de piso, entre outras modificações.

Para acompanhar as mudanças, sete funcionários multiplicadores par-ticiparam de palestras oferecidas pelo SENAI como Organização 5S e uso adequado das máquinas.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, acompanhado dos recém-nomeados Ricardo Schaefer, secre-tário-executivo, e Nelson Fujimoto, secretário de Inovação, no MDIC, cumpriu agenda de trabalho em Manaus, em 20 de maio, com o presidente

da FIEAM, Antonio Silva, e o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira (esquerda). Na reunião, o ministro reafirmou o compromisso da presidente Dilma Rousseff com a Zona Franca de Manaus. “É um polo industrial importante para o Brasil, não apenas para a região amazônica”, declarou.

Holanda discute Polo Naval O embaixador da Holanda, Kess Rade,

visitou a sede da FIEAM, em 24 de maio, e foi recebido pelo 1º vice-presidente, Athaydes Mariano Félix, e pelo asses-sor econômico da instituição, Gilmar Freitas. “Nosso interesse é saber mais so-bre o Polo Naval em Manaus. A Holanda é referência em tecnologia e produção de

navios complexos e estamos buscando parceria para um futuro investimento”, disse Rade.

Segundo o economista Gilmar Freitas, as primeiras leis já foram aprovadas e o Polo Naval do Amazonas vai gozar dos mesmos benefícios fiscais da Zona Fran-ca de Manaus.

Athaydes Mariano Félix recebeu o embaixador da Holanda, Kess Rade, em visita à FIEAM

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Açaí & cia.tipo exportação

Em 18 meses, o Projeto de Internacionalização das Cadeias Produtivas do Açaí, Castanha e Pescado da Amazônia-Brasil vai promover esses produtos em nível nacional e internacional, além de agregar no marketing o valor nutricional para consumo

O Centro Internacional de Ne-gócios (CIN Amazonas) deu início, em maio, às ações do Projeto de Internaciona-

lização das Cadeias Produtivas do Açaí, Castanha e Pescado da Amazônia-Brasil, ao definir parceiros para alinhamento da responsabilidade quanto a capacitação e levantamento de dados. Durante três dias, os consultores Valdecir Queiroz e Natale Marcomini visitaram produtores das ca-deias em estudo, bem como supermerca-dos, para avaliar o processo produtivo e comercial desses segmentos.

Participaram do encontro representan-tes da Suframa, Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).

O CIN Amazonas coordena o projeto, com apoio das Federações das Indústrias do Amazonas (FIEAM) e do Pará (FIEPA), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A proposta é promover, em 18 meses, a castanha do Brasil, o açaí e o pescado em nível nacional e internacional, e agre-gar no marketing o valor nutricional para consumo, bem como as qualidades das frutas para aproveitamento na indústria cosmética.

Italiano, Marcomini afirma que os pro-dutos orgânicos seguem tendência cres-cente de procura pelos consumidores que valorizam bem-estar, qualidade de vida, e os que estão atentos aos cuidados com a preservação do meio ambiente.

“A Amazônia possui nome forte mun-dialmente, porém os mercados europeu, americano e ocidental desconhecem o que pode ser beneficiado e comercializado para atender consumidores com padrão de exi-gência maior quanto à qualidade, certifica-ção e nutrição”, explica o consultor italiano.

“Neste início do projeto, temos que alinhar para dar suporte à formação de futuros exportadores, identificando ca-pacitações, estimulando o processo de certificação dos produtos, promovendo divulgações nacionais e internacionais e participações em feiras no exterior. Toda a mobilização visa encontrar não só compra-dores, mas também empresários estrangei-ros que contribuam com o fortalecimento das cadeias no Brasil e no mundo”, disse Valdecir Queiroz.

Para Marcomini, o primeiro passo do trabalho é atender o mercado do Sul do país, região referência em certificação de qualidade e exportação de produtos brasileiros. “Temos que organizar as ca-deias e qualificar a ponta, o produtor do Amazonas, para que o retorno final do trabalho de exportação fique com quem trabalha nessa terra e nos rios”, ressaltou Natale Marcomini.

Interessados no projeto podem pro-curar o CIN/AM por meio dos telefones 3631-0899 e 3186-6511 ou pelos e--mails: [email protected] e [email protected]

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Novo produto Coca-Cola

Dos projetos voltados ao mercado internacional, o do açaí é o que está se saindo melhor. E graças à Coca-Cola, que já anunciou a contratação de cinco fornecedores da polpa dessa fruta para dar início a um novo produto com a marca do grupo.

Um desses fornecedores é a Infrutas da Amazônia S.A., empresa que já sinalizou adesão ao Projeto de Internacionalização das Cadeias Produtivas do Açaí, Castanha e Pescado da Amazônia-Brasil, depois de receber, em maio, a visita dos consultores Natale Marcomini e Valdecir Queiroz à sua fábrica, localizada no bairro Santa Etelvina. A empresa, responsável pelo primeiro concentrado de açaí asséptico especialmente elaborado para frozen, sundae, sorvetes e milkshakes do mundo, deve processar, além da sua própria produção, a de outros três fornecedores para a Coca-Cola.

A Infrutas está no mercado há 15 anos e em 2012 processou 600 toneladas do açaí, o que resultou em 150 toneladas de produtos finais, como polpa, o açaí asséptico e o mix de açaí com banana. De acordo com o sócio-proprietário da empresa, Fábio Ribeiro, a produção é comercializada em galões de 200kg, para a indústria, e embalagens de 10kg, 20kg e tetra pak de 1kg.

Segundo o consultor Natale Marcomini, para começar o projeto piloto de internacionalização, serão selecionadas, inicialmente, até duas empresas por segmento, identificando produtos que, além de atrair compradores criem um vínculo de negócios mais amplo como o planejamento e a produção em parceria com clientes do mercado estrangeiro.

“A infraestrutura e o processo em si da Infrutas com o açaí são de alto padrão de qualidade, o que permite que sejam rapidamente certificados, porém é necessário rastrear os fornecedores e tornar todo esse trabalho apto a receber a certificação de produto orgânico, o que agregará valor ao produto final e benefícios para toda a cadeia”, explica Marcomini, destacando que a venda de orgânicos na Europa é a mais aceita.•

Os consultores Natale Marcomini e Valdecir Queiroz estão visitando empresas no Amazonas

Perfil exportador do AmazonasPreparados alimentícios, petróleo e

derivados, motocicletas, máquinas, apa-relhos, instrumentos transmissores e re-ceptores formam o grupo de produtos do Amazonas com maiores oportunidades de exportação, identificados pela Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Agência Brasileira de Promoção de Ex-portações e Investimentos, a ApexBrasil. A relação foi apresentada pelo assessor de economia da Inteligência, Manoel Franco Junior, aos diretores da FIEAM, em reu-nião na sede da entidade.

Franco esteve em Manaus a convite do CIN Amazonas para explicar aos representantes da indústria e comércio o perfil exportador do Estado, bem como a metodolo-gia utilizada na seleção de paí-ses com maior oportunidade de comercialização no exterior.

Os setores de exporta-ções que se sobressaíram no ano passado foram motocicletas e prepara-dos de bebidas, ambos com 21%, aparelhos e lâminas de barbe-ar e celulares, com 13%, combustíveis e lubrificantes para aeronaves e embar-cações, com 5%, entre outros.

Franco revelou que os

principais consumidores desses produtos estão na América do Sul, que comprou na ordem de US$ 662 milhões, representando 67% do consumo dos produtos regionais; América do Norte, efetivando US$ 101 milhões (10,3%), Europa, com US$ 65 mi-lhões (6,6%), América Central, com US$ 36 milhões (3,7%) e Ásia, com US$ 25 milhões 2,5%) deste comércio.

“Trouxe uma visão da exportação do Estado de 2003 a 2012, onde se verifica que o maior volume de exportação neste perío-do foi em 2005, com mais de US$ 2 bilhões, representando 85,3% de crescimento em

relação a 2004”, apontou o economista, revelando que os números foram im-pulsionados pela grande exportação de concentrados para refrigerantes.

O assessor chama atenção para a tendência de queda nas exporta-

ções de 2006 a 2011, porém destaca a recuperação po-sitiva de 2012. Segundo Franco, o período de re-tração deve-se à intensi-dade tecnológica dos pro-dutos fabricados no Polo Industrial de Manaus, e

por tanto, a propensão de sofrer os impactos da crise econômica mundial.

Os principais consumi-dores são Argentina, Co-lômbia, Venezuela, Esta-dos Unidos e Chile.

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A Unidade de Operação de Exploração e Produção da Amazônia (UO-AM), da Pe-trobras, renovou, em 21 de

maio, convênio com o Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (SE-NAI Amazonas) para viabilizar parte das atividades do barco-escola Sa-maúma em 2013. A parceria, que neste ano completa uma década, vai represen-tar o aporte financeiro de R$ 450 mil que vão auxiliar nas despesas com combus-tível e manutenção da unidade fluvial, que tem um custo anual de cerca de R$ 2 milhões.

Ao assinar o convênio, o gerente geral da UO-AM, Gilberto Hosokawa, disse que, por conhecer bem as dificuldades dos municípios mais distantes da capi-tal, como homem nascido no interior do Pará, sabe o que representa a parceria entre Petrobras e SENAI na mudança de perspectiva dessa população a partir da qualificação que recebe.

O barco-escola Samaúma é a única unidade móvel fluvial da Rede SENAI e oferece capacitação nos municípios da região Norte

Convênio

De acordo com o diretor regional do SENAI, Aldemurpe Barros, o Samúma completou em 2013, 34 anos, período em que qualificou 46 mil alunos em 57 municípios dos Estados da região Nor-te. “O Samaúma não é apenas um barco--escola do SENAI/AM é um patrimônio do Norte, que leva o ensino profissiona-lizante para a Amazônia como um todo, pois atendeu em mais de três décadas municípios do Amazonas e também do Pará, Acre e Rondônia”, ressalta Barros.

Única unidade móvel fluvial da Rede SENAI, o Samaúma tem em sua progra-mação 17 cursos nas áreas de pedreiro, instalador elétrico e hidráulico, marce-neiro, mecânico de motocicleta, de mo-tor de popa, e motor a diesel, padeiro e confeiteiro industrial, entre outros. Anualmente, o barco atende a cinco mu-nicípios. Neste ano, a unidade já esteve em Carauari, onde certificou 530 alunos, e agora deve seguir para os municípios de Guajará, Eirunepé, Maraã e Japurá.•

Parceria renovadaPelo 10º ano consecutivo, Petrobras renova convênio com o SENAI Amazonas no valor de R$ 450 mil para custear gastos do barco-escola Samaúma com manutenção e combustível

Gilberto Hosokawa (esq.), pela Petrobras, e o diretor do SENAI, Aldemurpe Barros

O presidente da FIEAM, em exercício, Athaydes Mariano Félix O presidente do Conselho Nacional do SESI, Jair Meneguelli

ViraVida, agora é pra valer

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SESI Amazonas promove aula inaugural do Projeto ViraVida, que vai oferecer oportunidade de formação profissional e encaminhamento para mercado de trabalho para 58 jovens entre 16 e 21 anos em situação de exploração sexual

Quem vê o jovem Daniel Garis-son, com seu jeito extrovertido, não imagina que há apenas quatros anos ele era um adoles-

cente com autoestima baixa e sem perspec-tiva nenhuma de vida. “Em 2008, eu anda-va com más amizades, não tinha em vista nenhum trabalho, mas, em menos de um mês eu já comecei a ver a vida com outros olhos“, contou durante a aula inaugural do Projeto Vira Vida em Manaus.

Ex-aluno do Projeto, criado pelo Conse-lho Nacional do SESI, para resgatar jovens entre 16 e 21 em situação de exploração se-xual, o jovem cearense participou do lança-mento do projeto no Amazonas a convite do próprio presidente do CNS, Jair Mene-guelli, que abriu a solenidade junto com o presidente da FIEAM em exercício, Athay-des Mariano Félix, e a diretora técnica do SESI, Rosana Vasconcelos. A aula inaugu-ral, além dos 58 alunos do projeto, con-tou com a presença da diretora do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), Joézia Pacheco, e a secretária de Estado de Assistência Social (SEAS),Graça Prola, entre outros parceiros do ViraVida no Estado.

Emocionado, Meneguelli desejou sorte

e sucesso aos alunos e disse que o projeto já está presente em 22 Estados. “Não vou dizer que é fácil. Mas agora é hora de recu-perar o tempo perdido e estudar e estudar. Vocês têm que acreditar em vocês mesmos, nós vamos prepará-los e inseri-los no mer-cado de trabalho, serão profissionais pre-parados por grandes instituições. Talento e inteligência vocês têm. Agora é só agarrar a oportunidade”, disse.

Em depoimento, o convidado Daniel Garrison, 21, contou que ao concluir o pro-jeto, em Fortaleza, conseguiu bolsa no curso técnico de mecatrônica do SENAI/CE e aca-

bou conquistando o 3º lugar na Olimpíada do Conhecimento, maior competição de educação profissional da América Latina. “Aí virei referência no Estado e no País, mas o grande orgulho é ter me tornado instrutor de automação do SENAI/CE”, contou.

Oportunidades

Com ações voltadas a elevar a autoesti-ma dos alunos, o projeto visa aumentar a escolaridade, profissionalização, noções de autogestão e encaminhamento ao mundo de trabalho.

A primeira turma de Manaus se profis-sionalizará nos cursos de auxiliar adminis-trativo, imagem pes-soal e gestão logística. Os jovens também são beneficiados com bolsa mensal no valor de R$ 500, sendo R$ 100 destinados a uma poupança que será resgatada no final do processo profissiona-lizante.•

Na vida, ou você luta ou desiste. E eu resolvi lutar e agarrar todas as

oportunidades que o projeto me ofereceu

naquele momento e aos poucos fui

superando os obstáculos

DANIEL GARRISSON

Resgate

P elo menos 2.750 pessoas, a maioria profissionais levados por organi-zações parceiras, curtiram ser vo-luntárias na Ação Global 2013. Foi

graças a esse contingente que o programa ofereceu no sábado, 18 de maio, no Clu-be do Trabalhador do Amazonas, aten-dimento para 68.976 pessoas. O programa gerou 137.952 atendimentos, o que superou a meta dos organizadores em mais de 20%.

Dedicada às mulheres, essa 20ª edição local do programa, iniciativa do Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com a Rede Globo e afiliadas, proporcionou atendimento exclusivo a esse público em todos os serviços, em especial por meio das “Carretas da Mulher”, na área da saúde, e do Espaço Mulher, um dos mais procura-dos, com salão de beleza completo e mini-cursos de técnicas de maquiagem e higieni-zação capilar.

Para a diretora técnica do SESI Amazonas, Rosana Vasconcelos, o tema da

Ação Global deste ano foi de grande impor-tância porque, segundo ela, muito ainda tem que ser feito no sentido de estimular o trabalho, a participação feminina na ge-ração de renda para a família. “E todos os parceiros trouxeram atividades voltadas para a mulher”, disse ela.

Maioria esmagadora entre público e voluntários do evento, as mulheres ainda tiveram oportunidade de tietar o ator glo-bal Sandro Pedroso, que atuou em “Fina

ATENDIMENTO AÇÃO GLOBAL 2013

PARTICIPAÇÃO

Cidadania 7.782Lazer 18.865Educação 7.666Saúde 12.088Outros 91.551

Total 137.952

Público 68.976Instituições 125Indústrias 38Voluntários 2.750

Programa Ação Global bate recorde de atendimento na edição dedicada às mulheres, com a oferta de exames de alta complexidade, como ultrassonografia e serviços na área de cuidados pessoais

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Estampa”, de 2011. Sandro disse que estava feliz por participar de uma festa tão bonita dedicada à cidadania. “Parabéns a todos os parceiros que se uniram para beneficiar as pessoas desta cidade linda que é Manaus”, disse ele.

A deputada federal licenciada Rebecca Garcia, atualmente secretária de Governo do Amazonas, também marcou presença na Ação Global 2013. “Quero parabenizar o SESI e a Rede Globo pela iniciativa de trabalhar o tema mulher. Nós que trabalha-mos diariamente com o tema sabemos que vale a pena investir na mulher. A mulher é aquela que pode transformar a família e, consequentemente, a sociedade”, disse.

Serviços de Saúde

Depois das atividades de lazer, que transformaram o Clube do SESI Amazonas, com seus quase 170 mil metros quadrados, num palco para brincadeiras, jogos e dan-ças, os serviços de saúde foram os mais pro-curados pela população, com um total de 12.088 atendimentos.

O atendimento à saúde da mulher, que começou com uma semana de ante-cedência, graças à atuação da Carreta da Mulher, com a oferta de exames de ma-mografia e ultrassonografia, ofereceu, no evento, 400 exames em três dessas uni-dades móveis da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

A dona de casa Luzilene da Mata, 37, moradora do bairro Coroado 3, esteve na Ação Global exclusivamente para usar os serviços de saúde. Acompanhada de duas

filhas, ela conseguiu em tempo recorde o encaminhamento para fazer o exame de ul-trassonografia do abdome, oferecido numa das três Carretas da Mulher. Na mes-ma hora, Luzilene descobriu que está com excesso de gordura no fígado e já saiu do consultório com a indicação de tratamento.

Indústrias voluntárias

Uma das 38 empresas do PIM a parti-cipar da Ação Global este ano, a Nokia do

Brasil levou cerca de 100 voluntários para prestar serviços médicos e recreativos. Se-gundo a gerente de Saúde e Segurança Ocupacional da Nokia, Marília Ruozz, 43, a Nokia, a Fundação Nokia e o Instituto Nokia de Tecnologia fizeram parceria para oferecer atividades lúdicas para crianças, como peça teatral, pintura facial, desenho, leitura, além do cadastro de currículos. “Também doamos 2 mil lanches para os voluntários e trouxemos médico e dentista para atender a população”, disse Ruozz.

A indústria Copag, fabricante de cartas de baralho, montou estande com o tema “A mulher dá as cartas”. No espaço, a as-sistente social Viviane Trindade ministrou palestras sobre Saúde e Qualidade de Vida da Mulher, com orientação sobre família, prevenção, amamentação, entre outros.

Oferecendo cursos de garçom e cama-reira, o Hotel Holiday Inn, cadastrou mais de 200 pessoas para contatos posteriores à Ação Global para o preenchimento de 80 vagas. Os cursos serão realizados nos meses de julho a dezembro. Para quem se inscreveu na Ação Global, os resultados da seleção serão informados por telefone até o início de julho.

De acordo com a gerente de Res-ponsabilidade Social do SESI Amazonas, Simônica Sidrim, coordenadora do progra-ma, o principal objetivo da Ação Global, de montar uma rede de solidariedade para proporcionar o acesso de brasileiros à cida-dania, qualidade de vida, entretenimento e lazer, foi conquistado. Para ela, foi exata-mente isso o que aconteceu neste sábado, no Clube do Trabalhador do Amazonas.•

O ator Sandro Pedroso, enviado pela Rede Globo, posa com voluntárias da Ação Global, acima; à esquerda, mulheres, em sua maioria, aguardam atendimento no estande da empre-sa Copel

Moyses Israel, conselheiro fiscal da FIEAM, recepciona a secretária Rebecca Garcia

12

Mérito Industrial

Presidente da FIEAM, Antonio Silva (centro), com autoridades convidadas para a entrega do Mérito Industrial 2013, no Clube do Trabalhador

Pelos bons serviços ao

desenvolvimento da indústria

FIEAM promove a 49ª edição do Mérito Industrial, com entrega de medalhas a personalidades que se destacam por serviços prestados à causa do desenvolvimento da indústria amazonense

Depois de investir na cadeia produtiva do guaraná e do interesse demonstrado na produção do açaí e outros

frutos regionais, a Coca-Cola Brasil estreitou ainda mais os laços com o Amazonas na entrega do Mérito In-dustrial 2013, em 24 de maio, no Clube do Trabalhador. O tradicional prêmio, entregue há 49 anos pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e Centro da Indústria do Es-tado do Amazonas (CIEAM), é confe-rido a quem presta relevantes serviços à causa do desenvolvimento da indús-tria amazonense.

Principal homenageado da noite, o presidente da Coca-Cola Brasil e da Recofarma, o mexicano Xiemar Zarazúa, eleito Industrial do Ano, dis-se que esse reconhecimento vem coroar uma rica e honesta história de parceria, crescimento e cooperação entre a Com-panhia e o Amazonas. “Nossa fabrica-ção no Estado é responsável por uma cadeia de valor que apoia 11 mil famí-lias, entre funcionários, fornecedores e prestadores de serviços”, discursou,

13Roberto Tadros, Fátima Sales, Antonio Silva, Xiemar Zarazúa e o general Villas Bôas

ao receber o diploma das mãos do presidente da FIEAM, Antonio Silva, e do ministro do Trabalho e Empre-go, Manoel Dias, uma das autoridades convidadas.

Com foco na celebração da Indús-tria do Amazonas, foram destacadas, este ano, quatro personalidades. Além de Xiemar Zarazúa, a empresá-ria Fátima Barreto Sales, da empresa Cupuama do Amazonas Indústria, Co-mércio e Exportação Ltda, recebeu o diploma de Microindustrial do Ano. Com a medalha do Mérito Industrial foram agraciados o comandante Mi-litar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, e o presi-dente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas, Roberto Tadros. A Recofarma Indústria do Amazonas, pertencente ao Grupo Coca-Cola Bra-sil, recebeu mais uma vez o diploma de Empresa Exportadora, pelo melhor desempenho no Polo Industrial de Ma-naus (PIM) em vendas para o exterior, em 2012. A empresa exportou, no ano passado, cerca de US$ 200 milhões.

Ao receber o diploma pela Recofarma, Xiemar Zarazúa lembrou o investimento feito pela Coca-Cola Brasil na criação de uma unidade produtora de açúcar no município de Presidente Figueiredo, a 120 quilô-metros de Manaus, com o desen-volvimento de uma variedade de cana mais adequada para o solo e o clima amazônicos. “Também estamos inves-tindo na evolução da cadeia de produ-ção do guaraná. Hoje estamos atuando em parceria com o Centro de Biotecno-logia da Amazônia (CBA) e estudando frutos locais para ingredientes de nos-sas bebidas. A primeira fruta já utili-zada é o açaí, mas outras com certeza virão”, disse o empresário.

Homenageada pelo prefeito Arthur Neto, que destacou em seu discurso o iminente crescimento “dos que come-çam de baixo”, a empresária Francisca Fátima Barreto Sales, eleita Microin-dustrial do Ano, disse, ao receber o prêmio, que todo o trabalho realizado sobre o cupuaçu e a ampliação das ati-vidades de sua empresa, a Cupuama,

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THOMAZ NOGUEIRASuperintendente da Suframa

A Recofarma é muito forte no comércio exterior. Isso é de uma

importância muito grande para o equilíbrio da nossa balança

comercial. A homenagem é merecida e faz reconhecimento

ao investimento de longa data no Amazonas com forte

compromisso social da fábrica

É ideal começar de baixo e gradativamente subir. Tendo acesso a tecnologias avançadas, e com possibilidades de se trabalhar processos progressistas, o micro vira médio, o médio vira grande e grande vira mega. E é isso que acontece com a dona Fátima

Apresentação do Boi Caprichoso, com a Sinhazinha da Fazenda, Thainá Valente

foi sustentado em muito estudo e pes-quisa.

“Quem disse que microempresa não faz pesquisa? Nós fazemos e acre-ditamos que, tendo apoio de empresá-rios, das universidades, instituições de pesquisas e, principalmente, do poder público, é possível transformar o mun-do através do conhecimento. E foi com este pensamento que demos continui-dade ao processo de agregação de va-lor ao cupuaçu”, enfatizou Fátima.

Segundo a homenageada, o pa-pel da sua iniciativa como pequena empreendedora vai além do lucro. A Cupuama contribui com a agroindús-tria no interior do Amazonas, pois utiliza o trabalho de 30 agricultores rurais, gerando renda para aproxima-damente mil pessoas.

Em relação ao diploma de “Ex-portadora do Ano” concedido à Recofarma, o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira disse que a empresa, líder do segmento químico no Polo Industrial de Manaus, fortale-ce a economia do Amazonas, ao mes-mo tempo em que mantém um forte

compromisso social no Estado. Cerca de 500 pessoas prestigiaram

o Prêmio Industrial 2013, com desta-que para a presença de personalidades, como o ministro do Trabalho e Em-prego, Manoel Dias, do secretário de Estado da Fazenda, Afonso Lobo, do Vice-Almirante da Marinha, Domingos Savio Almeida Nogueira, dentre ou-tras autoridades civis e militares

A entrega do grande prêmio da noite, para o presidente da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa, foi prestigiada pelo diretor geral da Recofarma Indús-tria do Amazonas, Jório Veiga, e pelo vice-presidente de Assuntos Governa-mentais da Coca-Cola, Jack Correa.

Como já se tornou uma tradição nas solenidades de entrega do Mérito Industrial, no Clube do Trabalhador, a grande atração da noite foi a apresen-tação do Boi Caprichoso, com vários itens oficiais importados do Festival de Parintins. Este ano, com destaque para tribos indígenas, o boi, a Sinhazinha da Fazenda, Thainá Valente, e a Cunhã--Poranga, Maria Azedo.

(leia mais nas pags. 13 a 16).

ARTHUR NETOPrefeito de Manaus

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A Recofarma Indústria do Amazo-nas Ltda retomou seu lugar no topo do ranking dos maiores exportadores do Polo Industrial de Manaus (PIM). Pelo segundo ano consecutivo, a empresa do grupo Coca-Cola Company, recebeu o diploma de “Exportador do Ano” ofe-recido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), graças aos resultados excepcionais nas vendas para o exterior que atingiram cerca de US$ 200 milhões no ano passado, um crescimento de aproximadamente 40% em relação a 2011.

Instalada há 23 anos no PIM, a Recofarma produz mais de 250 fórmu-las de concentrados e bases de bebidas voltados tanto para o mercado brasilei-ro quanto para o exterior. Entre 1998 e 2001 foi a empresa que mais exportou no Polo, voltando a liderar o ranking em 2011, com um total de US$ 120 milhões em vendas principalmente para Vene-zuela, Colombia, Paraguai, Equador e Trinidad e Tobago. A empresa emprega 212 funcionários efetivos e 200, entre terceirizados e prestadores de serviços.

“É importante mencionar que 2011 foi ano difícil em função de fatores cli-máticos e da situação econômica global, porém confiamos nos mercados onde atuamos, sem deixar de acreditar no po-tencial de cada um”, disse o diretor de operações da América Latina da Coca--Cola, Jório Veiga, que prevê mais crescimento neste ano em relação a 2012.

Cerca de 20% da produção da Recofarma é destinada à expor-tação e os demais 80% para o fornecimento do mercado na-cional de bebidas. De acordo com Jório Veiga, os números alcançados em produção e abas-tecimento de concentrados para países da América do Sul e Brasil devem crescer. A companhia inves-te desde julho do ano passado US$ 23 milhões em infraestrutura, tecnologia e equipamentos. A fábrica passa pela am-pliação de 9 mil m² de espaço físico, ex-pansão de área de 23 mil m² para 32 mil m², com previsão de término até início do 2º semestre deste ano.

“Os investimentos feitos serão com-plementados para atender o crescimen-to de vendas nos próximos anos, com

grandes eventos no Brasil, como Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em

2016. Esses investimentos permitirão, ainda, aumento de produtividade e,

consequentemente, de competitivi-dade, assim como nos dará mais flexibilidade para a produção de novas fórmulas”, avalia Jório.

Segundo o diretor de opera-ções da América Latina da Coca--Cola, são os trabalhadores que fazem a diferença e impulsionam

o avanço da produção e atendi-mento da Recofarma no Estado,

país e no mundo. “Temos grande respeito pelos nossos funcionários,

tanto que os chamamos de associados da Companhia. São eles que fazem o trabalho do dia a dia e colocam em prá-tica a paixão de viver o lado Coca-Cola da vida, desempenhando seus serviços com qualidade”, ressalta Veiga.

Recofarma exportouUS$ 200 milhões para América Latina em 2012

Xiemar Zarazúa e Jório Veiga (direita) rece-bem o diploma, pela Recofarma, do supe-rintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, e Maurício Loureiro, do CIEAM

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Xiemar Zarazúa e os segredos da Coca-Cola

O reconhecimento do papel que a Co-ca-Cola Brasil exerce na economia da Ama-zônia definiu, na opinião do presidente da companhia, no País, Xiemar Zarazúa, a escolha do seu nome para receber, o tí-tulo de Industrial do Ano, agraciado pela FIEAM. O empresário lembra que a Coca--Cola Recofarma foi pioneira no segmento de concentrados do Polo Industrial de Ma-naus, e é, atualmente, a maior exportadora do PIM, o que lhe valeu, mais uma vez, o reconhecimento da FIEAM como Empresa Exportadora do Ano.

A eleição de Xiemar como Industrial do Ano, em 2013, de acordo com o pre-sidente da FIEAM, Antonio Silva, leva em conta a participação do presidente da Coca-Cola/Recofarma em questões fun-damentais para o Estado, seja em projetos sociais ou de preservação ambiental, seja no patrocínio de importantes eventos cul-turais, como o Festival Folclórico de Parintins ou o Amazonas Film Festival.

Nascido e criado em Monterrey, Mé-xico, onde se formou em economia, com pós-graduação em finanças, Xiemar Zara-

zúa, 52 anos, chegou ao Brasil em outubro de 2008 para comandar o Grupo Coca-Co-la no País. No currículo, 25 anos de casa e a experiência como presidente da Unidade de Negócios da América Central, com sede em San Jose, Costa Rica.

A transferência para o Brasil teve peso de promoção, afinal, o País é hoje o quarto mercado da Coca-Cola no mundo em vo-lume de vendas, atrás apenas dos Estados Unidos, México e China. No ano passado, as vendas brasileiras chegaram a 11,3 bi-lhões de litros, o que representou um au-mento de 5% em relação a 2011. “A com-panhia registra nove anos de crescimento consecutivo da operação brasileira”, revela o empresário, adiantando que o investi-mento do grupo, em 2013, no Brasil, será de R$ 2,6 bilhões.

Boi de Parintins e Copa

Do Amazonas, Xiemar Zarazúa fala com orgulho dos 19 anos de patrocínio ininterrupto ao Festival Folclórico de Pa-rintins. “Somos o patrocinador mais an-tigo entre os que atualmente continuam ligados ao evento”, diz. Ao longo dessa história de parceria, a empresa, segundo ele, já investiu R$ 70 milhões no festival, além de ter levado milhares de formadores de opinião brasileiros e estrangeiros para conhecer o festival do já famoso camarote da Coca-Cola.

Mesmo não sendo o único, o Grupo Coca-Cola Brasil é o patrocinador mais no-tório do Festival de Parintins, evento reco-nhecido pela disputa entre os bois Garanti-do e Caprichoso, representados através das cores vermelho e azul, respectivamente. Na “época do boi”, pelo menos no Amazonas, a Coca-Cola adota as duas cores no material promocional, abandonando temporaria-mente a exclusividade do vermelho.

Segundo Zarazúa, esse é um dos exemplos de como a Coca-Cola Brasil bus-ca mostrar seu respeito à cultura do local onde atua. “A rivalidade entre os bois é uma questão séria e, por isso, a empresa decidiu adaptar seus produtos. Jamais desrespeitaríamos as manifestações do Boi Caprichoso e seu garboso azul. Para isso, decidimos por adotar em Parintins a logomarca do produto também em azul”, explica o presidente.

Além de Parintins, a presença da Coca--Cola no Amazonas é forte também na questão da preservação ambiental. O gru-po mantém desde 2009, já na era Zarazúa, uma parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), cujo objetivo é promo-ver a proteção da floresta por meio de uni-dades de conservação.

Como uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo 2014, a Coca-Cola, segundo Xiemar Zarazúa, marcará ainda mais sua presença em Manaus, uma das

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A empresária Fátima Barreto mostra o CupuMax, carro-chefe da Cupuama

A empresária Fátima Barreto Sales, 60, ao lado do marido, Alcides, 65, transformou o sítio da família, localizado no município do Careiro, a 102 quilômetros de Manaus, no ponto de partida para a Cupuama do Amazonas Indústria, Comércio e Exportação Ltda, uma empresa especializada na produção e venda de polpa de cupuaçu e outras frutas regionais. Foi esse trabalho que rendeu à empresária, 18 anos depois, o título de Microindustrial do Ano 2013.

Com 11 empregados e ajudando a gerar mais de mil empregos indiretos, principalmente para a comunidade vizinha, a Cupuama, que começou suas atividades com um capital social de R$ 10 mil, hoje possui renda anual entre R$ 600 mil e R$ 700 mil. No ano passado, a empresa vendeu 50 toneladas de polpa de cupuaçu. Além da polpa, a empresa utiliza a semente e os resíduos da fruta para produzir cosméticos, chocolate em pó, adubo e ração animal.

A idéia inicial do casal era trabalhar somente com o cupuaçu, porém a demanda da indústria alimentícia e cosmética ofereceu oportunidade para outros negócios. Hoje, a Cupuama trabalha com 16 frutas, possui o registro de 37 produtos regionais, entre polpas, néctares e concentrados líquidos no Sistema de Inspeção Federal (SIFMA).

“Não desistimos da proposta de aproveitar ao máximo o cupuaçu, fruta rica tanto na polpa, nosso carro chefe de vendas, quanto no óleo da semente, aproveitado nos cosméticos, e nos resíduos do seu despolpamento, como a casca e a pele mais fina que envolve a semente, utilizadas para adubo, ração animal e achocolatado”, explica Fátima.

Toda melhoria nos processos, produ-tos e serviços da Cupuama é resultado do empenho de Fátima e Alcides em ex-pandir os negócios com a perspectiva de

Microindustrialtira tudo do cupuaçu

ter uma indústria sustentável. “Investir em pesquisa e inovação é

sinônimo de sobrevivência para nossa empresa. Buscamos ser referência em produção limpa e aproveitamento dos re-síduos nos processos de despolpamento e congelamento das frutas”, diz Fátima.

Desde 2005, a Cupuama participa de editais de pesquisa e inovação do Programa de Apoio à Propriedade Inte-lectual (PAPI). “Através deste incentivo, já desenvolvemos ingrediente para ra-ção de gado e carneiros, o achocolata-do Cupumax, e agora estamos criando a barra de cupuaçu similar ao chocolate de cacau”, comenta

cidades-sedes, com investimentos no mercado local e com iniciativas na área social. Ainda neste ano, a companhia vai formar cerca de dois mil jovens de comunidades carentes para trabalhar no evento, dentro da plataforma Co-letivo, que mantém ações em quatro bairros de Manaus. Trata-se de projetos voltados à qualificação de mão de obra, principalmente na área do varejo.

Segundo o empresário, a Coca-Cola se preocupa em estar sempre muito próxima do consumidor. “Em todos os lugares do mundo onde atuamos, nascemos como uma empresa local e nos vinculamos a produtores regionais, como o Grupo Simões, nosso grande parceiro no Amazonas”, diz.

Para Zarazúa, foi uma honra rece-ber o título de Industrial do Ano ofere-cido pela FIEAM, um prêmio que ele entende como um reconhecimento do papel que a Coca-Cola Brasil exerce na economia da Amazônia como um todo. “Desde a primeira produção, realizada em 26 de abril de 1990, até hoje, a Coca--Cola Recofarma tem muitas histórias de sucesso para contar. Foi a primeira empresa a ultrapassar a barreira dos US$ 100 milhões em exportação, favo-recendo o equilíbrio da balança comer-cial brasileira e gerando o maior saldo positivo do Amazonas. A cadeia de valor formada para o fornecimento de produtos, serviços e matérias-primas gera renda, hoje, para mais de 11 mil famílias na região”, conta.

Referência global de marketing, a Coca-Cola tem como grande desafio manter a marca, de 127 anos, jovem, atuante e relevante localmente em todos os mercados consumidores. “Estamos sempre pesquisando o que as pessoas pensam e desejam da Coca-Cola”, diz Zarazúa. Tudo a partir de “refrigeran-tes feitos de água gaseificada e açúcar ou adoçante, aos quais se acrescentam elementos naturais e químicos que de-terminam o sabor”. A parte secreta da fórmula é composta de extratos naturais e não existe tecnologia capaz de rastreá--la.. “A Coca-Cola se orgulha de manter esse delicioso segredo intocado”, diz o número 1 da companhia no Brasil.

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Tadros e Villas Bôasrecebem Mérito Industrial

Duas personalidades com atuações dis-tintas foram agraciadas com a “Medalha do Mérito Industrial” oferecida pela FIEAM: o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio-AM), José Roberto Tadros, e o comandante Militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

Roberto Tadros está há 27 anos no co-mando da Fecomércio-AM e é, atualmente, o primeiro vice-presidente da Confedera-ção Nacional do Comércio (CNC), além de ocupar a cadeira nº 26 da Academia Amazonense de Letras, cujo patrono é Rui Barbosa.

Segundo Tadros, o Sistema Fecomércio está com mais de 20 obras em andamento e, entre os novos projetos, está a primeira faculdade SENAC do Norte do Brasil, com os cursos de Design Gráfico, Gastronomia, Projetos Gerenciais e Logística. Há projetos também no interior do Estado. Em Manacapuru, a 84 km de Manaus, a insti-tuição constrói hotel e colônia de férias des-tinados ao lazer do trabalhador do comér-cio. Destaque também para a construção do segundo barco-escola Sesc/Senac que oferecerá serviços odontológicos, saúde da mulher e biblioteca itinerantes.

Servir na Amazônia

Em Manaus pela terceira vez na carrei-ra militar, totalizando oito anos de Ama-zônia, o general Eduardo Villas Bôas diz que já serviu no Brasil inteiro, por isso garante que não há nenhum local onde os militares sejam tão bem recebidos e onde haja tanto entusiasmo e tanto carinho com as forças armadas. “Meu coração já é amazonense”, diz.

No Comando Militar da Amazônia, o general enfrenta alguns desafios. “A Amazônia ainda é um grande vazio e o ter-ritório brasileiro não está integrado total-mente. As Forças Armadas, em especial o Exército, são a única presença numa gran-

de parte do território. Somos, para muitas populações, a única alternativa para aten-dimento de necessidades básicas”, disse.

Outro grande desafio é a proteção das faixas de fronteira. Desde 1999, o Exército ganhou “poder de polícia” para comba-ter crimes transnacionais. “Hoje a nossa principal preocupação é o combate ao nar-cotráfico. Infelizmente, 100% da cocaína

produzida no mundo é proveniente da Colômbia, Peru e Bolívia, países que fazem fronteira com a Amazônia. O Brasil, embora não seja produtor, é cor-

redor de passagem e já é considerado o segundo maior consumidor de coca-ína do mundo”, pontuou.

Para o general, ainda há muito desconhecimento nas outras regiões

do país sobre a realidade da Amazônia e do Polo Industrial de Manaus, que não pode ser avaliado apenas do ponto

de vista econômico, mas social, cultural e tecnológico. Sem contar que o Amazonas é, disparadamente, o Estado mais bem preservado do ponto de vista ambiental. Só isto já justifica a manutenção da Zona Franca de Manaus”, disse.•

Empresário Roberto Tadros (acima) e o general Villas Bôas entre os homenageados

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A superintendente do IEL, Kátia Meirielle, com representantes dos vencedores do Bitec 2013

Um projeto desenvolvido para melhorar o controle de quali-dade na empresa de cosméticos Pronatus do Amazonas foi o

grande vencedor do Prêmio Bitec 2012 no Amazonas, promovido pelo Instituto Eu-valdo Lodi (IEL) em parceria com a Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Em sua 3ª edição, a Bolsa de Iniciação Científica e Tecnológica foi entregue, em 27 de maio, no Auditório Gilberto Men-des de Azevedo, na sede da FIEAM, aos três primeiros colocados entre 34 inscri-tos, nos segmentos tecnologia, design, gestão e inovação.

Com o nome “Controle de qualidade físico-químico de produtos acabados e da água utilizada nos processos de fabrica-ção de uma indústria cosmética”, o pro-jeto classificado em 1º lugar, da estudan-te Gabriela Amanne Medeiros Ribeiro, foi desenvolvido para a empresa Prona-tus do Amazonas Indústria e Comércio de Produtos Fármaco Cosméticos, sob a orientação do professor doutor Adley

Antoni Neves de Lima. Gabriela é aluna de Ciências Farmacêuticas, da Universi-dade Federal do Amazonas (Ufam).

Segundo Adley Lima, o projeto foi de-senvolvido para atuar no controle de qua-lidade dos produtos fabricados e otimizar os processos, implantando tecnologias que a empresa não utilizava. “Fiz a seleção da aluna e em equipe trabalhamos em cima dos produtos de alta demanda, com o con-trole de qualidade físico-químico e micro biológico”, explicou o orientador.

Os projetos “Implantação de Processo de Desenvolvimento de Software”, para a empresa Interativa Serviços de Informa-ções Digitais, da estudante Renata Magalhães Rêgo, orientada pelo professor Márcio Palheta Piedade; e “Criação de um serviço de publicação de ofertas direcio-nadas para usuário de aplicativos móbiles (Clap Clap)”, para a empresa Lume Desen-volvimento de Aplicativos Web, do aluno Italo Duarte de Déa, que teve como orien-tador o professor James Wanderson Castro Italiano, receberam os prêmios de 2º e 3º lugares, respectivamente. Os dois autores

são alunos Fundação Centro de Análise de Pesquisa e Inovação Tecnológica, Fucapi.

“O IEL como fomentador e executor da tecnologia, em parceria com a Fapeam, apresenta este ano o projeto de forma sis-tematizada, organizada e planejada, ga-rantindo uma quantidade de bolsas mais expressiva em função do resultado do trabalho realizado em 2012”, disse a supe-rintendente do IEL Amazonas, Kátia Mei-rielle, em relação às expectativas para a 4ª edição do programa, ainda sem data para lançamento do edital.

No Amazonas, a bolsa é fruto de coope-ração entre IEL, SENAI, Sebrae, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fapeam.

A premiação foi de R$ 1 mil em di-nheiro e mais um curso de livre escolha no IEL/AM, para o autor do projeto clas-sificado em 1º lugar, além de R$ 500,00 em dinheiro para o orientador. Tanto o professor quanto a empresa receberam bolsa Empretec. Os outros dois projetos foram premiados com bolsas do IEL e Empretec, e kits de patrocinadores. •

IEL entrega Prêmio Bitec

O IEL como fomentador e executor, em parceria com a Fapeam, apresenta este ano o projeto de forma sistematizada, organizada e planejada, garantindo uma quantidade de bolsas mais expressivas em função do resultado do trabalho realizado em 2012

KÁTIA MEIRIELLE

Pesquisa

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A um passo de completar a maioridade, a Mostra de Dan-ça de Manaus, Modama, veio com novidades em 2013. No

domingo, 2 de junho, depois de mais de duas centenas de trabalhos coreográfi-cos apresentados em três dias por cerca de 100 grupos da cidade, a 17ª edição da mostra, que começou com a participação especial da bailarina clássica Giovanna Lamboglia, do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi encerrada no ritmo das ruas.

Realizada pela Companhia Corpo em Movimento, em parceria com o Ser-viço Social da Indústria (SESI) e Serviço Social do Comércio (Sesc), a Modama recebeu este ano a inscrição de mais de 250 trabalhos de grupos profissionais e amadores de Manaus e também do mu-nicípio de Itacoatiara. De acordo com a coordenadora da mostra, a coreógrafa Ana Mendes, pela primeira vez o even-to teve atração de nível nacional. A bai-larina Giovanna Lamboglia fez um solo

do balé “Quebra Nozes”, adaptado pelo bailarino e coreógrafo Ronaldo Martins, do mesmo teatro carioca, convidado para ministrar duas oficinas durante a mostra.

Em meio à maior diversidade de es-tilos e grande variedade de gêneros de dança, a 17ª Modama reuniu, no Gi-násio Domício Vellozo, no Clube do Tra-balhador do Amazonas, na sexta-feira (31 de maio), cerca de 60 coreografias, na programação dedicada ao balé clássico e ao jazz; no sábado, o programa foi intei-ramente dos grupos voltados à dança in-fantil, com mais de 40 trabalhos; e no do-mingo, foi a vez da dança de rua (street dance), dança étnica e folclórica e grupos da terceira idade, que reuniram cerca de 50 coreografias. Nos três dias, a mostra atraiu um público de 2.972 pessoas.

Segundo Ana Mendes, neste ano não houve aumento do número de grupos participantes, em compensação, houve maior preocupação dos grupos com a qualidade dos trabalhos, com o aperfei-çoamento técnico e com o acabamento

Grupos apresentaram uma grande variedade de trabalhos de dança contemporânea, como o Studio Arte 21 e a Companhia Corpo em Movimento

Representantes da dança clássica no evento

Modama

Onde todo mundo dança

Onde todo mundo dança

das coreografias e figurinos. “É claro que ainda falta alguns grupos se adequarem ao regulamento, como por exemplo, no tempo de duração dos trabalhos que não pode exceder os 5 minutos, e aquele pes-soal que quer inscrever várias coreogra-fias com vários nomes de grupo diferen-tes. Mas, no geral, a maioria já entendeu a proposta da Modama”, diz Ana.

Há 17 anos à frente da mostra, que fundou com a colaboração do radialista Eduardo Monteiro de Paula, Ana Men-des diz que a Modama amadureceu ao longo desse tempo graças ao amadure-cimento da equipe, tanto da Companhia Corpo em Movimento, que ela dirige, quanto dos parceiros SESI e Sesc. “De-pois de tanto tempo, as coisas não têm mais como sair erradas”, diz ela.

Entre os destaques da 17ª edição da Modama, Ana Mendes reconhece alguns nomes que construíram um trabalho só-lido ao longo dos últimos anos em Ma-naus, como o coreógrafo Rodrigo Vieira, que assinou coreografias de forte impacto dramático para sua Companhia Arte 21.

Já o Núcleo SESI de Dança, apresen- tou trecho do balé Lago dos Cis-nes, adaptado pelas professo-ras Rafaela Nascimento e Sara Masulo para as alunas do SESI.

O público que acompanhou a Moda-ma nos três dias teve à disposição uma feirinha montada no corredor central do Clube do SESI, com guloseimas, artesa-nato e roupa. Entre os estandes, chamava atenção o da loja Ballet & Cia, especiali-zada em produtos para a prática do balé clássico. Segundo a comerciante Simone Folly, dona da loja, o que mais saiu nos três dias da mostra foram bijuterias e sapatilhas.

Durante a Modama, o bai-larino e coreógrafo Ronaldo Martins, do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ministrou d u a s oficinas de balé clássico, uma destinada aos bailarinos do Companhia de Dança do Amazonas, do Teatro Amazonas, e a outra aberta à comunidade.•

A bailarina Giovanna Lamboglia, do Teatro

Municipal do Rio de Janeiro, deu oficina de

balé clássico e fez apre-sentação especial na

abertura da mostra

Considerada como uma das modalidades mais disputa-das e de grande interesse do público, o atletismo reuniu

este ano cerca de 250 trabalhadores-atletas do Polo Industrial de Manaus (PIM), nos dias 18 e 19 de maio, na Vila Olímpica de Manaus. Nomes consagrados no meio in-dustriário, como Valéria Nascimento, da Moto Honda, Jacson Mendes, da Steck, Sandra Morete, da Keihin, Leonardo Sena, da Atletic, Jocelma Viana, da Salcomp e Jemisson Souza, da Amazon Aço confirma-ram o favoritismo, vencendo as provas que disputaram.

Na pontuação geral, no feminino, a Salcomp conquistou o 1º, Palladium o 2º e Keihin o 3º lugar. A TPV do Brasil ficou em 4º, enquanto a Samsung ficou em 5º lugar. No masculino, a Honda ficou em 1º lugar, TPV do Brasil em 2º e a Steck em 3º. A Keihin conquistou a quarta colocação, enquanto que a Amazonaço conquistou a quinta.

Viviane Bonates, da Salcomp, competiu pela primeira vez e conquistou a medalha de ouro no salto em distância com a marca de 3m99. Ela disse que treinou muito para conquistar o ouro.

Jemisson de Souza, da Amazon Aço, foi um dos destaques da competição e con-quistou três medalhas, sendo duas de ouro e uma de bronze. Jemisson conquis-tou ouro nas provas de 100m com o tempo

de 11seg e na prova de 200m com o tempo 22seg14. O bronze veio do revezamento 4x400.

Jocelma Viana, da Salcomp, um dos destaques do feminino, conquistou duas medalhas de ouro nas provas de 100m, com o tempo de 113seg3, e nos 200m, com o tempo de 27seg7. Jocelma, é medalha de ouro dos Jogos Nacionais do SESI de 2012, em Goiânia (GO) na prova de 100m rasos, categoria máster.

Paulo Robson Bandeira, da TPV, con-quistou o bicampeonato no salto em altura com a marca de 1m45, 15 cm acima da mar-ca de 2012. Bandeira disse que para saltar bem tem que treinar muito, mas que a téc-nica é fundamental, além de concentração.

Leonardo Sena, da Atletic, conquis-tou duas medalhas de ouro, na categoria master, uma nos 200m rasos com o tempo 24seg3 e outra nos 800m rasos com o tem-po de 1min58 (recorde da prova). Leonardo disse que para conquistar as medalhas teve que se dedicar muito realizando treina-mentos diários conciliando com a jornada de trabalho na empresa. Para ele, os jogos incentivam o trabalho em equipe, além da disciplina. Ele tem 41 anos e há 20 participa das provas de atletismo.•

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Esportes

Atletismo dá os primeiros pódios dos Jogos SESI 2013

A veterana Valéria Nascimento levou as crian-ças da família para receber a medalha de ouro no arremesso de peso pelo quarto ano consecutivo

No feminino, o pódio do atletismo teve Salcomp, Palladium e Keihin; no masculino, os vencedores foram Honda (1º), TPV (2º) e Steck (3º)

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