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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios

Prof. Leandro Candido de Lemos Pinheiro [email protected]

Rochas

ROCHAS

Rochas são agregados naturais, resultantes de processos geológicos,

formados por um ou mais minerais.

Constituem parte essencial da crosta terrestre e são agregados em

formas que dependem das condições de temperatura e pressão, e

dos componentes químicos existente durante a sua formação.

Minerais: são compostos químicos, resultantes de processos

inorgânicos, de composição química geralmente definida e

encontrados na crosta terrestre.

ROCHAS

Aplicações de rochas na construção civil

• fundações (alicerces)

ROCHAS



• pavimentações

ROCHAS



• pavimentações

• revestimentos

ROCHAS



• pavimentações

• revestimentos

• alvenarias

ROCHAS



• pavimentações

• revestimentos

• alvenarias

• agregados para concreto

ROCHAS



• pavimentações

• revestimentos

• alvenarias

• agregados para concreto

• componentes

ROCHAS

Classificação das rochas

Quanto à origem: • Ígneas (ou Eruptivas/Magmáticas): de origem primária, pela consolidação (solidificação) do magma ou de lava.

a) Intrusivas (ou plutônicas): resfriamento e solidificação do magma em grandes profundidades, interna a crosta terrestre.

Apresentam estrutura cristalina com grãos grossos. Ex.: granito.

b) Extrusivas (ou vulcânicas): resfriamento e solidificação da lava na superfície ou proximidades.

Apresentam estrutura cristalina com grãos finos. Ex.: basalto, pedra-pomes.

ROCHAS

Fo

nte

: G

oogle

Im

ages

Basalto Granito

Granito Pedra-pomes

ROCHAS

(MAGALHÃES, 2012)

ROCHAS


Quanto à origem: • Sedimentares: formadas pela destruição erosiva de qualquer tipo de rocha.

a) Dendríticas (ou clásticas): através de processos erosivos (ação da água, vento, gelo), com transporte, e deposição de sedimentos, os quais são comprimidos e “cimentados”. Ex.: arenito.

b) Precipitação química: transformação química sofrida por materiais em suspensão nas águas. Ex.: calcário, gipsita, dolomita.

c) Origem orgânica: pela ação direta ou indireta de organismos ou por acúmulo de fragmentos orgânicos. Ex.: calcário, carvão-fóssil.

ROCHAS

Arenito

Calcário (e basalto)

Arenito

Dolomita

Carvão-fóssil

ROCHAS


Quanto à origem:

• Metamórficas: se originam das ígneas ou sedimentares, ou de outras rochas

metamórficas, sofrendo transformações por processos geológicos ou por

mudanças das condições originais de formação da rocha.

Ex.: mármore (metamorfose do calcário); quartzito (metamorfose do arenito);

gnaisse (metamorfose do granito); ardósia (metamorfose da argila).

ROCHAS

Mármore Granito

Ardósia

Quartzito

ROCHAS

Classificação tecnológica das rochas

Baseada no mineral simples predominante na constituição das rochas, sendo

determinante para suas características:

• Silicosas: predomínio de sílica sob a forma de quartzo puro. Possuem maior

resistência mecânica e maior durabilidade.

Podem ser ígneas, sedimentares ou metamórficas.

Ex.: granito, basalto.

• Calcárias: predomínio de cálcio ou de sulfato

de cálcio. Possuem boa resistência mecânica e

média durabilidade.

Podem ser sedimentares ou metamórficas.

Ex.: calcário, mármore, dolomita, gipsita.

• Argilosas: predomínio de argila (silicatos

hidratados de alumínio). Possuem baixíssima

resistência mecânica e durabilidade.

São sedimentares.

Ex.: argila, xisto argiloso.

Xisto

Argila

ROCHAS

Tipos de tratamento das rochas

• jateamento: aspecto fosco, obtido por jato de areia.

• apicoamento: aspecto texturizado, obtido por martelamento.

• flameamento: aspecto áspero (antiderrapante), obtido pela ação do

fogo.

• polimento: aspecto brilhante, variável segundo o tipo de pedra e

equipamento utilizado.

ROCHAS

Propriedades das rochas

• Dureza: é a resistência que os corpos opõem ao serem riscados.

Este termo refere-se tanto à resistência ao corte pelos instrumentos

utilizados no processo de beneficiamento da rocha (corte e polimento)

quanto à resistência ao desgaste por abrasão proporcionado pelo uso do

material (por exemplo, no trânsito de veículos em revestimentos de pisos).

Escala de Mohs: 1. Talco 2. Gipso 3. Calcita 4. Fluorita 5. Apatita 6. Ortoclásio 7. Quartzo 8. Topázio 9. Coríndon 10. Diamante

riscado pela unha

riscado por canivete

mais duro dos

materiais comuns

não é riscado por canivete

risca o vidro pedras

preciosas

Como forma de

aumentar a

durabilidade do

revestimento sem

onerar o orçamento da

obra, costuma se

reservar as peças mais

resistentes aos locais

de maior tráfego.

ROCHAS


• Absorção e porosidade: está associada a existência de vazios e ao

contato deles com o exterior.

Devido ao tipo de formação (origem), podem existir poros e fendas, que

interferem no comportamento da rocha, principalmente em relação aos

esforços mecânicos.

Quanto menor a porosidade, maior a massa resistente e mais pesada ela

será.

As rochas ígneas e metamórficas apresentam porosidade relativamente

baixa, devido ao fato de serem mais compactas e coesas.

As rochas sedimentares, por sua vez, apresentam maior grau de

porosidade, consequência do tipo de formação.

ROCHAS


• Capilaridade: está associada à permeabilidade, principalmente da água,

através dos poros da rocha.

A propriedade da rocha absorver água por capilaridade é denominada

higroscopicidade.

Em regiões de clima muito frio, a água que penetra na rocha por

capilaridade pode sofrer congelamento, aumentando de volume e

decompondo o material. A essa propriedade é dado o nome de gelividade.

ROCHAS


• Densidade (massa específica): é a relação entre a massa de um corpo

e o seu volume.

É proporcional à resistência ao tombamento (em paredes, muros, muros

de arrimo, molhes).

Esta propriedade fornece a massa total da rocha a ser utilizada para

determinada finalidade. Fator fundamental no momento de prever as

cargas impostas nas construções, bem como as necessidades de

içamento e transporte.

ROCHAS


• Dilatação térmica: é variação volumétrica em decorrência das

alterações de temperatura dos materiais.

O ensaio de dilatação de rochas permite, por exemplo, decidir sobre o

espaçamento das juntas de dilatação em revestimentos, evitando o

surgimento de tensões indesejadas no material.

ROCHAS


• Cor: depende da composição mineralógica.

Normalmente os corantes são:

• ferro (vermelho, amarelo e preto);

• manganês (vermelho e castanho);

• cromo (vermelho, amarelo e verde);

• carbono (preto e cinza);

• sílica (verde);

• cálcio (branco);

• alumina (branco).

Brilho: quando sob efeito da luz.

• metálico;

• não metálico (vítreo, resinoso,

sedoso, gorduroso, adamantino).

ROCHAS


• Durabilidade: é a capacidade de manter suas propriedades físico-

mecânicas no decorrer do tempo e sob ação de agentes agressivos.

• normalmente é proporcional à dureza.

• sofre influência da compacidade, porosidade, permeabilidade,

capilaridade (higroscopicidade), gelividade, dilatação.

ROCHAS


• Resistência mecânica: é a capacidade de suportar a ação de cargas

sem entrar em colapso.

• essa propriedade fornece parâmetros para o uso de rochas como

elemento estrutural.

• rochas têm alta resistência à compressão e baixa à tração.

• com resistência intermediária, são também submetidas a esforços de

flexão em diversas situações, como em telhas de pedra, pisos

elevados, degraus de escadas, tampos de pias e balcões.

• a umidade influencia na resistência.

• rochas sofrem desgaste, perdendo qualidade ou dimensões com o uso

contínuo.

• possuem boa resistência aos efeitos dinâmicos de choque.

ROCHAS

Resumo das propriedades e outras características

• massa específica elevada;

• ótima resistência à compressão;

• péssima resistência à tração;

• incombustíveis;

• péssima trabalhabilidade;

• alta durabilidade;

• custo elevado;

• variabilidade estética;

• transmite a sensação de solidez.

ROCHAS

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, W. J.; BERALDO, A. L. (coord.) Tecnologias e materiais alternativos de construção. Campinas: Ed. UNICAMP, 2003. MAGALHÃES, F. Concreto e cimento Portland: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]a Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. MAGALHÃES, F. Materiais componentes do concreto: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]b. Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. MAGALHÃES, F. Rochas, madeiras e materiais cerâmicos : especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]c. Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de construção civil. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000. ROCHA, J. C.; XAVIER, L. L. Materiais de construção civil. Apostila. Disciplina ECV 5330. (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: Departamento de Engenharia Civil; UFSC, 2000. SILVER, P.; MCLEAN, W. Introducción a la tecnologia arquitectónica. Barcelona: Parramón, 2008. Material baseado nas notas de aula do professor Christiano Piccioni Toralles.

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