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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS - GESTÃO DE PESSOAS E COMPETÊNCIAS
CAMILA SILVA MARCELINO REBECA NUVOLI CORREIA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL
Londrina 2012
CAMILA SILVA MARCELINO REBECA NUVOLI CORREIA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL
Monografia apresentada ao curso de Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências, para obtenção do título de especialista. Orientador: Prof. Ms. Silas Barbosa Dias
Londrina
2012
CAMILA SILVA MARCELINO REBECA NUVOLI CORREIA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências para a banca examinadora do Centro Universitário Filadélfia para obtenção do título de Especialista
Aprovada em: ______ / ______ / ______
______________________________________ Prof. Ms. Silas Barbosa Dias
Orientador
______________________________________ Profª Drª Damares T. Biazin
Membro da Banca Examinadora
À toda minha família e amigos que me incentivaram direta ou indiretamente em mais uma conquista. À minha mãe, Rosangela, por estar sempre ao meu lado, me apoiando sob qualquer circunstância.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ter nos dado sabedoria e perseverança durante esta caminhada. Aos meus pais Ismael e Cida e meu irmão Igor, pelo constante apoio e motivação ao longo do curso. ... Agradeço à Deus, que me dá sustentação, força e estrutura. A minha mãe, Rosangela, à minha família e amigos, por todo amor e carinho, pelo companheirismo, incentivo e motivação. Por acreditarem sempre na minha capacidade e zelarem pelo meu sucesso. ...
Ao nosso orientador, Professor Mestre Silas Barbosa Dias e a Professora Doutora Damares T. Biazin, , por todo o auxílio necessário para o desenvolvimento desse estudo.
“Não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.”
Augusto Cury
“As pessoas sempre culpam as circuntâncias por aquilo que são. EU não acredito em
circunstâncias. Quem se sai bem neste mundo são as pessoas que saem à procura das circunsâncias que desejam e, se não as
encontram, criam-nas”. Dr. Waune W. Dyer
MARCELINO, Camila Silva e CORREIA, Rebeca Nuvoli. Inteligência Emocional como Competência Organizacional. 2012. Monografia (Especialização em Recursos Humanos - Gestão de Pessoas e Competências) Centro Universitário Filadélfia, Unifil, Londrina/PR, 2012.
RESUMO
Em tempos atuais, em um mundo globalizado, o mercado de trabalho tem exigido de seus colaboradores o autodomínio emocional para exercer suas atividades com harmonia e obter o sucesso juntamente com suas habilidades e experiências técnicas. Partindo deste principio a inteligência emocional (IE) tem sido uma ferramenta de grande valia para capacitar o individuo a lidar com as situações adversas no seu dia-dia de trabalho. A proposta do trabalho é mostrar através de pesquisa bibliográfica, a importância de utilizar a inteligência emocional como competência organizacional. Palavras-chave: Inteligência Emocional, domínio, competência organizacional.
ABSTRACT
In current times, in a globalized world, the job marked has required its employees to exercise emotional self-control activies with harmony and achieve success with their skills and technical experience.Based on this principle emotional intelligence (EI) has been a valuable tool to empower the individual to deal with adverse situations in their day-day work. The purpose of this study is to show through a literature review, the importance of using emotional intelligence as organizational competence. Keywords: Emotional Intelligence, domain, organizational competence.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................9
2 METODOLOGIA ...............................................................................................11
3 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL ..........................................................................12
4 COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS ..........................................................16
5 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO COMPETÊNCIA...................................19
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................26
REFERÊNCIAS.........................................................................................................27
9
1 INTRODUÇÃO A Inteligência Emocional (IE) é um conjunto de habilidades que são
utilizadas no gerenciamento das próprias emoções, tornando-as coadjuvantes no
processo de crescimento interno, proporcionando equilíbrio, que reflete em uma
capacidade de lidar com situações diversas.
Ampliada a capacidade de dominar as emoções dispersas e
descontroladas que geralmente não são benéficas e dissipam grande quantidade de
energia, elas podem ser analisadas e redirecionadas para o desenvolvimento de
pessoas e grupos, melhorando assim, relacionamentos, sejam conjugais, afetivos,
sociais e profissionais.
Segundo Goleman (2001, p 15)
os parâmetros do mercado de trabalho estão mudando. Estamos sendo avaliados por novos critérios. Já não importa apenas o quanto somos inteligentes, nem a nossa formação ou o nosso grau de especialização, mas também a maneira como lidamos com nós mesmo e com os outros. Este é o critério de avaliação que, cada vez mais, vem sendo utilizado para se decidir quem será contratado ou quem não será, quem será dispensado ou mantido na empresa, quem ficará para trás e quem será promovido.
Para o indivíduo produzir ações favoráveis é necessário ter auto
consciência para reconhecer e compreender seus próprios pensamentos,
sentimentos e ações.
O autodomínio acontece com o passar do tempo e vai se
expandindo ao círculo de relacionamentos obtendo desta forma, uma melhor
compreensão do que se passa na cabeça daqueles com quem se convive.
A IE bem administrada tem grande importância para a conquista do
sucesso a partir de uma parceria entre a razão e a emoção.
Seu uso é de extrema importância para o desempenho profissional.
É essencial controlar o emocional praticando os pensamentos e sentimentos com
expectativas positivas, com isso, gradativamente essas atitudes se tornam parte da
personalidade.
As emoções são os alicerces que determinam a maneira que o
indivíduo vai se relacionar, decidindo o sucesso ou insucesso nas mais diversas
áreas.
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Segundo Cury (2010, p 31)
a mente humana é um terreno inóspito, sinuoso e cheio de segredos, um espaço infinito e ao mesmo tempo tão pequeno que cabe dentro de um cérebro, um fenômeno tão concreto e ao mesmo tempo tão impalpável.
O autocontrole das emoções resulta em um grande diferencial capaz
de transformar daquilo que se é, para tudo aquilo que se espera ser. As pessoas são
complexas diante de um universo dinâmico, mas ao mesmo tempo simples em seu
modus operandi. Partindo da regra básica do "conheça-te a ti mesmo" e aplicando-a
sob forma de um autocontrole eficaz, é possível usufruir, positivamente, das
energias da emoção.
Assim, o sucesso pode ser produzido por qualquer indivíduo que
tenha capacidade suficiente para controlar seus impulsos, agindo com coerência.
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi realizar uma pesquisa
bibliográfica sobre a Inteligência Emocional como Competência Organizacional.
Dessa forma, essa monografia se divide em cinco partes: primeiro
capítulo de apresentação introdutória necessária; segundo capítulo, metodologia
utilizada; terceiro capítulo, origem e significado de inteligência emocional; quarto
capítulo, explanação sobre as competências organizacionais e sua importância no
âmbito empresarial; quinto capítulo, a utilização da inteligência emocional como
competência organizacional e sua relevância como diferencial. O último capítulo
aborda as conclusões inferidas dos capítulos anteriores.
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2 METODOLOGIA Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foi utilizado a pesquisa
bibliográfica. Contudo, antes é fundamental conhecer o conceito de pesquisa.
Segundo Kmeteuk Filho (2005, p 15) pesquisa
é o processo formal, sistemático, controlado e crítico de desenvolvimento do método científico, e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Seu objetivo fundamental é a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. A pesquisa parte de uma dúvida ou problema e, com uso do método científico, busca uma resposta ou solução.
Em relação à pesquisa bibliográfica, Kmeteuk Filho (2005, p 16)
afirma que
neste tipo de pesquisa não são elaboradas hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definirem objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo. Costuma-se envolver levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos.
A realização da pesquisa bibliográfica se deu por pesquisa em livros,
artigos científicos e internet, com publicações feitas nos últimos 20 (vinte) anos, em
busca de informações pertinentes relacionadas ao assunto, com o objetivo de
adquirir embasamento teórico suficiente para a realização do estudo sobre o tema
em questão.
Para esta busca foram utilizadas as seguintes palavra-chaves:
inteligência emocional, competências e organização.
Todo material obtido foi submetido à leitura cuidadosa e a análise foi
apresentada de forma descritiva.
12
3 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL O autocontrole emocional é fundamental para o desenvolvimento da
inteligência do indivíduo.
Existem duas mentes: a que raciocína e a que sente. Esses dois
modos de conhecimentos distintos interagem na construção da vida mental. A mente
racional, é o modo de compreensão, tem maior foco na consciência, é mais
precavido, com maior capacidade para ponderar e refletir. Já a mente emocional, é
impetuosa, age perante um sistema de conhecimento impulsivo.
A mente emocional é mais ágil que a racional. Essa agilidade
dificulta a ponderação que caracteriza a mente racional. Geralmente, essas duas
mentes atuam em conjunto, entrelaçando seus conhecimentos, servindo, assim,
como orientação. Essas mentes se coordenam; os sentimentos são essenciais para
o pensamento e vice-versa. Goleman (2007, p 35) afirma que essas duas mentes
"são faculdades semi-independentes, refletindo o funcionamento de circuitos
distintos, embora interligados, do cérebro.
A tarefa da mente racional é, em grande parte, determinar um
estado emocional específico, ditado por determinadas sensações que são
dominantes em um dado momento. Goleman (2007, p 309) diz que "a maneira como
pensamos e agimos quando nos sentimos românticos é totalmente diferente da
forma como nos comportamos quando com raiva ou abatidos". Ainda segundo o
autor, "na mecânica da emoção, cada sentimento tem um diferente repertório de
pensamentos, de reações e mesmo de memórias. Esse repertório emocional
específico se torna mais dominante nos momentos de intensa emoção".
As ações determinadas pelas emoções tem sua razão e lógica
caracteristicas. São emanadas da mente emocional e proporcionam uma sensação
clara de certeza, consentindo que determinadas situações e atitudes sejam
encaradas de forma simplificada, fato que, para a mente racional seriam intrigantes e
questionáveis. Passado o ímpeto, inevitavelmente ocorrerá um questionamento
sobre o motivo da ação; e este é o sinal perceptivo da mente racional.
A essência da emoção é o estímulo para ação, ou seja, quando é
necessário tomar decisões e agir, é sabido que o sentimento tem uma parcela igual
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ou maior que o pensamento, sendo assim, quando a emoção dominar a situação
não terá lugar para a inteligência.
Há um acentuado aumento na intensidade entre o domínio racional e
emocional da mente, quanto mais forte o sentimento, mais atuante se torna a mente
emocional e mais intelectual a racional. A compreensão da interação existente entre
as estruturas do cérebro que comandam os momentos de ira e medo - ou paixão e
alegria - de acordo com Goleman (2007, pag 24), revela muito sobre certos hábitos
emocionais adquiridos que "solapam nossas melhores intenções, e também sobre o
que podemos fazer para dominar impulsos destruidores ou que já trazem consigo a
própria destruição".
Goleman (2007, p 24) afirma ainda que
o impulso é o veículo da emoção; a semente de todo impulso é um sentimento explodindo para expressar-se em ação. Os que estão à mercê dos impulsos - os que não têm autocontrole - sofrem de uma deficiência moral, A capacidade de controlar os impulsos é a base da força de vontade e do caráter. Da mesma forma, a raiz do altruísmo está na empatia, a capacidade de identificar as emoções nos outros, sem a noção do que o outro necessita ou de seu desespero, o envolvimento é impossível, E se há duas posições morais que nossos tempos exigem são precisamente estas: autocontrole e piedade.
A empatia, ainda segundo o autor "é um ato de compreensão tão
seguro quanto a apreensão do sentido das palavras contidas numa página
impressa" (GOLEMAN, 2007, p 34). O primeiro tipo de compreensão é fruto da
mente emocional, o outro, da mente racional.
As emoções são importantes para a racionalidade. "Na dança entre
sentimento e pensamento, a faculdade emocional guia nossas decisões a cada
momento, trabalhando de mãos dadas com a mente racional e capacitando - ou
incapacitando - o próprio pensamento" (GOLEMAN, 2007, p 53). Da mesma forma, o
cérebro pensante desempenha uma função de administrador das emoções - exceto
em momentos em que escapam ao controle e o cérebro emocional domina.
Cada tipo de emoção vivenciada tende para uma ação imediata;
cada uma com uma direção distinta. "Para o melhor ou o pior, a forma como
avaliamos situações complicadas com que nos deparamos e nossas respostas a
elas são moldadas não apenas por nossos julgamentos racionais ou nossa história
pessoal, mas também por nosso passado ancestral" (GOLEMAN, 2007, p 31).
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todas as emoções são, em essência, impulsos, legados pela evolução, para uma ação imediata, para planejamentos instantâneos que visam lidar com a vida. A própria raiz da palavra emoção é do latim movere - "mover"- acrescida do prefixo - "e" -, que denota "afastar-se", o que indica que em qualquer emoção está implícita uma propensão para um agir imediato (GOLEMAN, p 32).
Os argumentos mais poderosos e convincentes falam tanto ao
coração quanto à mente. Goleman (2001) explica que essa estreita orquestração de
pensamento e sentimento é equivalente a uma auto-estrada no cérebro, um feixe de
neurônios que conecta os lobos pré-frontais por trás da testa - o centro executivo de
tomadas de decisão do cérebro - com uma área bem profunda do cérebro que
abriga as emoções.
Segundo Goleman (2007), as habilidades da inteligência emocional
se dividem entre:
• Inteligência Inter-Pessoal, que é a habilidade de entender
outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como
trabalham cooperativamente, sendo elas o reconhecimento de
emoções em outras pessoas e a habilidade em
relacionamentos inter-pessoais; e,
• Inteligência Intra-Pessoal, é a capacidade de formar um
modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma
efetiva e construtiva sendo, o auto-conhecimento emocional,
o controle emocional e a auto-motivação.
As emoções são desenvolvidas naturalmente no decorrer da vida.
Devido à isso, têm a função de orientação. Elas alertam quando as necessidades
humanas naturais não são encontradas. Quando as conexões emocionais estão
danificadas no cérebro, não é possível tomar nem mesmo as decisões mais simples,
pois dessa forma não sentirá nada sobre as escolhas. Aprender a confiar nas
emoções e sensações ajudará a ajustar os limites que são necessários para
proteger a saúde física e mental.
Segundo Cury (2010, p 14), "as emoções tensas, fóbicas,
apreensivas, fecham as janelas da memória: as emoções prazerosas, desafiadoras,
serenas, as abrem. Apesar de as emoções serenas abrirem as janelas, a memória,
ainda assim é seletiva, não abre todos seus arquivos".
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O autor ainda afirma que "o senso comum acredita falsamente que
sua memória é subutilizada", porém a memória é seletiva. Além disso, abre e fecha
dependendo da emoção que estamos vivenciando em determinado momento
existencial" (CURY, 2010, p 14).
Goleman (2007, p 310) diz que "a memória seletiva é um dos sinais
de que esse repertório está ativo. Parte do desempenho mental diante de uma
situação emocional consiste em fustigar a memória e as opções para agir a fim de
que as mais relevantes fiquem no topo da hierarquia e, desta forma, possam ser
mais prontamente acionadas. Ele ainda afirma que "cada grande emoção tem sua
assinatura biológica característica, um padrão de alterações avassaladoras no corpo
à medida que a emoção ascende e um tipo exclusivo de sinais que o corpo
automaticamente emite quando sob a emoção" (2007, p 307).
Sobre o assunto discorrido, Goleman (2001, p 16) afirma que
numa época em que não há garantias de estabilidade no emprego, e quando o próprio conceito de emprego vem sendo rapidamente substituído pelo de habilidades portáteis -, trata-se de qualidade fundamentais para obtermos emprego. Por muitas décadas, falou-se vagamente sobre essas habilidades, que eram chamadas de temperamento e personalidade ou habilidades interpessoais (habilidades ligadas ao relacionamento entre as pessoas, como a empatia, liderança, otimismo, capacidade de trabalho em equipe, de negociação etc), ou ainda competência. Atualmente, há uma compreensão mais precisa desse talento humano, que ganhou um novo nome: inteligência emocional.
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4 COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS Um dos primeiros pontos contraditórios a ser analisado sobre
competência é o que se refere entre as expressões capacidades e competências.
Toda competência é baseada em um conjunto de capacidades. As capacidades
podem ser analisadas como potenciais de competências que estão disponíveis para
serem utilizadas em uma determinada situação. Esses potenciais, que nada mais
são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, já teriam sido desenvolvidos
anteriormente, através de treinamentos, estudos, entre outros.
A capacidade é o desenvolvimento de analisar sob a perspectiva de
potencial o que é incitado em uma ação a qual é relacionado à noção de
competência. Ou seja, não se trata de considerar as pessoas competentes, mas sim
suas ações.
Competência é uma qualidade de ser funcionalmente capacitado,
com suficiente conhecimento e habilidades para executar uma determinada tarefa. É
um termo utilizado para indicar uma pessoa qualificada para realizar algo.
O dicionário da língua portuguesa Aurélio enfatiza, em sua definição,
aspectos similares: "qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo
assunto, fazer determinada coisa; capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade" e
ainda inclui outro: "faculdade concebida a um funcionário para apreciar e julgar
certos pleitos e questões" (FERREIRA, 1999, p 353).
McClelland (1973) publicou um paper Testing for Competence
rather than Intelligence, fazendo com que se iniciasse um debate sobre competência
entre psicólogos e administradores.
O crescente uso das competências no ambiente organizacional tem
renovado o interesse sobre esse assunto, seja sob uma ótica mais estratégica ou
não.
Nos últimos anos, o tema competência entrou para a pauta das
discussões acadêmicas e empresariais, analisado sob diferentes vertentes: o nível
da pessoa (a competência do indivíduo) e das organizações (as core competences).
Sob essa perspectiva, o conceito de competência é concebido como
uma junção de características como conhecimentos, habilidades e atitudes
(capacidades) que justificam um alto desempenho perante determinado trabalho,
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entendendo que os melhores desempenhos estão baseados na inteligência das
pessoas.
A competência é percebida como um cúmulo de recursos que o
indivíduo detém, porém, não se limitando à um conhecimento empírico, a inteligência
se apóia nesses conhecimentos e os transformam de acordo com a complexidade
das situações.
Fleury e Fleury (2001, p 188) define competência
como um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo
As competências da empresa, denominadas core competences, são
as competências essenciais. Segundo Hamel e Prahalad (1994, p 203) “as
competências essenciais são o conjunto de habilidades e tecnologias que habilitam
uma companhia a proporcionar um benefício particular para os clientes, mais do que
uma habilidade ou tecnologia”. Os autores citam à competência essencial como a
base da competitividade. A oportunidade da organização em reconhecer as suas
competências lhe proporciona condições para realizar investimentos e destinar
recursos em focos estratégicos.
As competências abrangem o total dos conhecimentos existentes
nas habilidades individuais e organizacionais. São essas competências que diferem
a empresa das demais, proporciando vantagem competitiva.
Não existe dúvida de que sua essência se confunde com uma noção
que lhe é associada, a de qualificação.
"A noção de qualificação representa, igualmente, uma base para
pensar e construir a transmissão dos conhecimentos profissionais" (TOMASI, 2004,
p 21). Ainda segundo o autor, a formação profissional se constitui em torno dos
diplomas profissionais cujo conteúdo é fixado paritariamente sob a égide do Estado.
"A qualificação fornece, então, a estrutura com base na qual se organiza o ensino
profissional, pela escola ou pela aprendizagem; é o pivô em torno do qual se
ordenam os processos de aprendizagem" (TOMASI, 2004, p 22)
Zarifian (2002, p 35) distingue qualificação de competência.
Segundo ele, "qualificação é o que sobressai dos recursos (em conhecimento,
habilidade, comportamento...) adquiridos por um indivíduo, seja por formação ou por
18
exercício de diversas atividades profissionais. E de competência, a utilização desses
recursos na prática".
Le Boterf (2003, p 61) informa que "a competência é uma
disposição, e não um gesto elementar". O autor ainda fala sobre competência
requerida e competência real
a competência requerida e a competência real devem ser distinguidas. A competência requerida é aquela esperada pela organização ou cliente. É possível descrevê-la em termos de atividade requerida. (...) a definição de competência é bastante ampla. Para operacionalizar tal competência, o sujeito deverá apelar para diversos recursos que poderão ser identificados. (...) capacidades operacionais são apenas recursos para constituir a competência. A competência real é descrita em termos de conduta operacionalizada. Diante da exigência de uma atividade a realizar ou de um problema a resolver, o profissional deverá elaborar uma estratégia de resposta. Várias condutas podem ser pertinentes para enfrentar o requisito, pois várias conjugações de recursos podem ser efetuadas. Portanto, ser competente não significa adotar um único comportamento observável. LE BOTERF (2003, p 64-65)
Embora o foco de análise seja o indivíduo, cada vez mais fica
sinalizado a importânica de se alinharem as competências às necessidades
estabelecidas pelas posições existentes nas organizações.
A gestão fundamentada apenas em cargos, funções, organização do
trabalho ou estrutura hierárquica apoiam-se em bases incertas na atualidade. Cada
vez mais é exigido uma gestão baseada na capacidade das pessoas em agregarem
valor para a organização.
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5 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO COMPETÊNCIA O uso da inteligência emocional nas empresas vem disseminando o
bom convívio com os profissionais de forma geral. As empresas olham
rotineiramente através das lentes da IE para contratar, promover e desenvolver seus
empregados.
Goleman (2001, p 18) afirma que
essas ideias não são novas no mercado de trabalho. Muitas teorias clássicas de gerenciamento concentram-se em como as pessoas lidam com elas mesmas e se relacionam com os outros. A novidade está no volume de dados. Temos agora o acúmulo de 25 anos de estudos empíricos que nos informam, com uma precisão inédita, o quanto a inteligência emocional é importante para o sucesso.
A inteligência é emocionalmente construída através da forma como
se vivencia as emoções. Assim, o êxito pode ser atingido por qualquer indivíduo, que
tenha capacidade suficiente para controlar seus impulsos.
As emoções desempenham um papel importante no ambiente de
trabalho. Elas podem fornecer informações valiosas, sobre a própria pessoa, sobre
outras pessoas e sobre diversas situações. Da raiva à euforia, da frustação ao
contentamento, todos os dias no escritório as pessoas se deparam com emoções
próprias e alheias. O truque é utilizar essas emoções de maneira inteligente: fazer
intencionalmente com que trabalhem em benefício próprio, usando-as para orientar o
compartamento e o raciocínio de maneira a obter os melhores resultados. Seja qual
for o seu trabalho, cultivar essas habilidades pode ser essencial para o sucesso da
sua carreira.
Contudo, o uso da inteligência emocional não significa ser sempre
simpático, há momentos estratégicos que podem exigir confrontos com uma verdade
desconfortável. Também não quer dizer liberar sentimentos, ao contrário, significa
administrá-los de forma a expressá-los apropriadamente e efetivamente, permitindo
às pessoas trabalharem juntas, com tranquilidade (GOLEMAN, 2001).
Proporcionalmente, as empresas e as características exigidas para
alcançar a excelência, alteram. Goleman (2001, p 22) conta que "dados buscando
identificar as características do talento dos profissionais de primeira grandeza ao
longo de várias décadas revelaram que duas aptidões, às quais eram atribuídas
20
importância crucial: o espírito de equipe e a adaptabilidade às mudanças". Além
disso, "formas inteiramente novas de capacidade começaram a aparecer como
típicas dos profissionais de primeira grandeza, especialmente a atuação como
catalisador de mudança e o alavancamento da diversidade" (2001, p 22). Novos
desafios exigem novos talentos.
"Um número crescente de companhias vem constatando que o
estímulo às habilidades ligadas à inteligência emocional é um componente vital da
filosofia de gerente de qualquer organização" (GOLEMAN, 2001, p 20). Qualidades
como resistência, iniciativa, otimismo e adaptabilidade estão sendo cada vez mais
valorizadas.
Na nova atmosfera empresarial enxuta, as realidades humanas tem
ainda maior importância, pois as mudanças são uma constante. As inovações
técnicas, a competição global e as pressões dos investidores institucionais são
forças cada vez maiores, gerando instabilidade. À medida que as organizações
"encolhem", quem fica recebe mais e maiores responsabilidades. Uma outra
realidade torna a inteligência emocional ainda mais crucial. De acordo com Goleman
(2001, pag 22), "onde anteriormente um empregado de nível médio podia facilmente
ocultar seu temperamento explosivo ou sua timidez, atualmente a competência para,
por exemplo, lidar bem com confrontos, trabalhar em equipe e exercer liderança
aparece - e conta - mais do que nunca".
Esse novo modelo de gestão, pode não ser agradável para os
chamandos "filhos da meritocracia", que construiram suas carreiras baseados na
capacitação técnica. Hoje, é necessário mais do que a excelência intelectual ou a
maestria técnica, é necessário um outro tipo de habilitação para sobreviver e
prosperar no mercado de trabalho cada vez mais competitivo (GOLEMAN, 2001)
Porém, o nível de inteligência emocional não está fixado
geneticamente nem se desenvolve apenas na infância. A IE tem grandes
possibilidades de ser aprendida e desenvolvida no decorrer da vida, com as
experiências acumuladas (GOLEMAN, 2001).
21
Para Goleman ( 2001, p 20)
Nossa competência em relação à inteligência emocional cresce continuamente. Na realidade, estudos que acompanharam alterações no nível de inteligência emocional em diversas pessoas, ao longo dos anos, mostram que estamos sempre nos aprimorando, na medida em que aprofundamos nossa capacidade de lidar com nossas emoções e impulsos, de motivar a nós mesmos, e apurarmos nossa empatia e nosso traquejo social. Existe uma palavra um tanto fora de moda para esse crescimento da nossa inteligência emocional: maturidade.
McClelland (apud Goleman, 2001, p 29) sustentou que "os conceitos
tradicionais de habilitação acadêmica, notas escolares e credenciais avançadas
simplesmente não eram capazes de predizer o desempenho profissional de ninguém
e nem mesmo se uma pessoa iria ou não vencer na vida". Ao invés disso, propôs a
tese segundo a qual um conjunto de tipos específicos de competência, incluindo
empatia, autodisciplina e iniciativa, distinguiria os mais bem-sucedidos daqueles que
eram bons apenas para manterem seus empregos. McClelland ainda sugeriu que,
"para se encontrarem os tipos de competência que conduzem ao desempenho de
primeira grandeza em um determinado emprego, deve-se primeiramente olhar para
os profissionais de ponta e determinar os tipos de competência que exibem" (apud
Goleman, 2001, p 29).
As habilidades práticas somadas à capacidade técnica, são o que
determinam o desempenho diário. Seja qual for o potencial intelectual, é o
conhecimento especializado (informação especializada e habilidades práticas) que
possibilita a realização de determinados trabalhos.
Ruth Jacobs (apud Goleman, 2001, p 35), diz que
o conhecimento especializado é um competência básica. É necessário para se conseguir o emprego e para executar o trabalho. Entretanto, a maneira como o trabalho é feito - os outros tipos de competências que o indivíduo aporta ao seu conhecimento especialiado - é o que determina o desempenho. O indivíduo é capaz de traduzir seu conhecimento especializado em algo que seja comercializável, que se destaque? Se não for, terá pouca importância.
"Há uma sinergia entre as capacidades de inteligência emocional e
de inteligência cognitiva" (GOLEMAN, 2001, p 36). Aqueles que se destacam, são os
que desenvolvem as duas. Quanto maior a complexidade no trabalho, mais a IE é
exigida. Goleman ainda afima que "a deficiência nesse tipo de capacidade pode
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prejudicar a utilização de qualquer conhecimento especializado ou intelecto que uma
pessoa possa ter" (2001, p 36).
Doug Lennick (apud Goleman, 2001, p 36) confirma que
as aptidões necessárias para se ter êxito começam com a força intelectual, mas as pessoas também precisam de competência emocional para concretizar todo o potencial de seu talento. A razão pelo qual não obtemos a utilização do pleno potencial das pessoas é a incompetência emocional.
Segundo Goleman (2001, p 37)
o grande divisor de águas entre os tipos de competências se situa entre a mente e o coração ou, em termos mais técnicos, entre a cognição e a emoção. Alguns tipos de competências são puramente cognitivos, tais como o raciocínio analítico ou a perícia técnica. Outros combinam pensamento e sentimento, e a esses chamamos competências emocionais.
"Competência emocional é a capacidade adquirida baseada na
inteligência emocional, que resulta num desempenho destacado no trabalho"
(GOLEMAN, 2001, p 38). Possuir um elevado grau de IE não significa que terá
domínio das competências emocionais fundamentais para o trabalho e sim uma
enorme capacidade em adquiri-las.
Goleman (2001, p 37) afirma que "todas as competências
emocionais envolvem algum grau de aptidão no âmbito do sentimento, junto com
quaisquer elementos cognitivos que estejam em jogo". O autor explica que "o dano
dessa conexão crucial deixa as pessoas emocionalmente incompetentes, muito
embora suas capacidades puramente intelectuais permaneçam intocadas" (2001, p
38).
Goleman (2001, p 15) afirma que
são parâmetros que pouco têm a ver com o que era considerado importante na escola. Por esses critérios, o conhecimento acadêmico é praticamente irrelevante, já que eles pressupõem que tenhamos suficiente capacitação intelectual e conhecimneto técnico para desempenhar o nosso trabalho. Em vez disso, focalizam-se em qualidade pessoais, como iniciativa e empatia, capacidade de adaptação e de persuasão.
As competências emocionais se congregam em grupos, cada um
baseado em uma capacidade emocional implícita de inteligência emocional. As
capacidades implícitas de inteligência emocional são vitais para que as pessoas
adquiram com êxito as competências necessárias para ter sucesso no trabalho.
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De acordo com o estudo de Goleman (2001, p 39) "a inteligência
emocional determina o potencial em aprender as habilidades práticas que estão
baseadas em cinco dimensões da IE, relacionadas às vinte e cinco competências
emocionais". Nessa escala, indica um perfil composto de pontos fortes e limitações.
Entretando, para um desempenho destacado é necessário ter pontos fortes num
determinado número dessas competências - normalmente, em pelo menos seis
delas - e que esses pontos fortes estejam distribuídos pelas cinco áreas da
inteligência emocional, como demonstrado a seguir .
• Autopercepção: conhecer os próprios estados interiores,
preferências, recursos e intuições
o percepção emocional: reconhecer as próprias
emoções;
o auto-avaliação precisa: conhecer os próprios
pontos fortes e limitações; e,
o autoconfiança: certeza do próprio valor e
capacidade.
• Auto-regulação: lidar com os próprios estados interiores,
impulsos e recursos
o autocontrole:lidar com emoções perturbadoras
e impulsos;
o merecer confiança: manter padrões de
hostidade e integridade;
o ser consciencioso: assumir a responsabilidade
pelo desempenho;
o adaptabilidade: flexibilidade para lidar com as
mudança; e,
o inovação: sentir-se à vontade e aberto diante
de novas ideias, enfoques e novas
informações.
• Motivação: tendências emocionais que guiam ou facilitam o
alcance de metas
o vontade de realizações: esforçar-se para
melhorar ou satisfazer um padrão de
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excelência;
o dedicação: alinhar-se com as metas do grupo
ou organização;
o iniciativa: estar pronto para agir diante das
oportunidades; e,
o otimismo: persistência na perseguição das
metas a despeito de obstáculos e reveses.
• Empatia: percepção dos sentimentos, necessidades e
preocupações dos demais
o compreender os outros: pressentir os
sentimentos e perspectivas dos outros e
assumir um interesse ativo por suas
preocupações;
o orientação para o serviço: antever, reconhecer
e satisfazer as necessidades dos clientes;
o desenvolver os outros: pressentir as
necessidades de desenvolvimento dos outros e
melhorar sua habilitação;
o alavancamento da diversidade: cultivar
oportunidades através de diferentes tipos de
pessoas; e,
o percepção política: ler as correntes emocionais
e os relacionamentos de poder de um grupo.
• Aptidões Sociais: aptidão natural para induzir nos outros as
respostas desejáveis
o influência: implementar táticas eficazes de
persuação;
o comunicação: emitir mensagens claras e
convincentes;
o liderança: inspirar e guiar grupos e pessoas;
o catalisador de mudanças: iniciar ou administrar
as mudanças;
o gerenciamento de conflitos: negociar e
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solucionar desacordos;
o formação e cooperação: trabalhar com outros,
rumo a metas compartilhadas; e,
o capacidade de equipe: criar uma sinergia de
grupo, buscando atingir metas coletivas.
A competência emocional vêm para demonstrar a capacidade em
traduzir esse potencial no trabalho (GOLEMAN, 2001).
A IE pode ser nutrida, desenvolvida e amplida. A maneira de
expandir inteligência emocional é aprender e praticar as técnicas e aptidões que a
compõem.
Posturas éticas fundamentais na vida vêm de aptidões emocionais
subjacentes. Por exemplo, o impulso é o veículo da emoção; a semente de todo
impulso é um sentimento explodindo para expressar-se em ação. Os que estão à
mercê dos impulsos - os que não têm autocontrole - sofrem de uma deficiência
moral. A capacidade de controlar os impulsos é a base da força de vontade e
caráter. Da mesma forma, a raiz do altruísmo está na empatia, a capacidade de
identificar as emoções nos outros; sem a noção do que o outro necessita ou de seu
desespero, o envolvimento é impossível (GOLEMAN, 2001, p 24).
Goleman (2001, p 21) afirma que
as empresas estão acordando para o fato de que até mesmo o treinamento mais caro pode dar errado, e geralmente dá. E essa inépcia surge num momento em que a inteligência emocional dos indivíduos e das organizações revela-se como o ingrediente que faltava na receita para a competitividade.
Todas as conclusões apontam para o papel predominante da
inteligência emocional na obtenção da excelência no trabalho
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O domínio emocional é a principal ferramenta para se ter uma
atividade profissional de sucesso. Para isso é necessário saber direcionar o
pensamento, pois a emoção está diretamente conectada à eles.
As emoções são a base que demonstram a maneira com qual o
indivíduo irá conviver com os demais, definindo sua vitória ou fracasso nas mais
diferentes áreas da vida.
É importante procurar alinhar a harmonia e o controle nos
relacionamentos, pois quanto mais a razão desenvolver a emoção, maior será a
capacidade do indivíduo de encarar seus problemas e obstáculos.
A pessoa que está bem consigo, terá um desempenho muito melhor
que alguém que transfere todos os seus problemas e aborrecimentos para a
empresa, gerando conflitos, prejudicando o rendimento organizacional.
A IE vem, portanto sustentar, ainda mais essas necessidades, sem
contar na experiência conceitual e prática, o mercado de trabalho precisa de
profissionais que possuam competência emocional no comprtamento diário, na
comunicação com os clientes, subordinados e superiores.
A IE é fundamental para controlar e conduzir as emoções para
atingir os resultados desejáveis.
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REFERÊNCIAS
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• ZARIFIAN, Philippe. Le Modile de la Compétence. Éditions Liaisons, 2002.