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Curso de Bibliologia Professor: © ITG - INSTITUTO TEOLÓGICO GRAÇA Módulo: TREINAMENTO PARA CEIFEIROS

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Curso de Bibliologia

Professor:

© ITG - INSTITUTO TEOLÓGICO GRAÇA

Módulo: TREINAMENTO PARA CEIFEIROS

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Copyright © INSTITUTO TEOLÓGICO GRAÇA

I.T.G – INSTITUTO TEOLÓGICO GRAÇA Página: 2

TREINAMENTO PARA CEIFEIROS

1. JUSTIFICATIVA:

Jesus falou: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”. (João 15:8). Deus deseja que cada um de nós frutifiquemos, mostrando que somos, de fato, Seus discípulos. Esta metáfora da videira ilustra o sistema de evangelismo que será apresentado neste módulo.

2. EMENTA: Neste Módulo, estudaremos a importância da vida espiritual dos semeadores e ceifeiro

(os evangelistas), bem como o processo de evangelismo, desde o descobrimento dos

contatos (eleitos em potencial) e todo o material desenvolvido em cada etapa da

evangelização em 12 lições.

3. OBJETIVO: - Informar, conscientizar e consolidar nos alunos a importância de cumprir o IDE de

Jesus neste mundo;

- Mostrar que, como seguidores de Cristo, devemos compreender que Deus é

Soberano em todo o processo de conduzir uma pessoa a Cristo;

- Despertar nos alunos o interesse pela evangelização como um estilo de vida e não

como uma obrigação religiosa.

4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

I - Presença (2pts)

II - Participação (2pts)

III - Prova ou Trabalho (6pts)

5 - PLANO DE AULA

DIA

TOPICOS

DIA

TOPICOS

1ª. Aula

- Introdução;

- 1ª Lição: A vida espiritual

do semeador

7ª. Aula

- 7ª Lição: Pecado, Justiça

e Juízo

2ª. Aula

- 2ª Lição: Entendendo a obra do Espírito Santo no chamado à salvação

8ª. Aula

- 8ª Lição: Graça

3ª. Aula

- 3ª Lição: Compartilhando Jesus antes do plano de salvação

9ª. Aula

- 9ª Lição: Arrependimento:

4ª. Aula

- 4ª Lição: Entendendo a vida

das pessoas que não conhecem a Jesus

10ª. Aula

- 10ª Lição: Fé

5ª. Aula

- 5ª Lição: Descobrindo

adoradores em potencial, em vez de religiosos

11ª. Aula

- 11ª Lição: A disciplina e

perseverança do semeador

6ª. Aula

- 6ª Lição: Estudando a Bíblia

com os interessados

12ª. Aula

- 12ª Lição: O que acontece

quando uma pessoa entra num relacionamento com Cristo - Avaliação Final

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I.T.G – INSTITUTO TEOLÓGICO GRAÇA Página: 3

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR/MÓDULO

Temos a missão de entregar sempre o conteúdo com excelência para não sermos

encontrados relaxados na Obra do Senhor. Portanto, contamos com a sua colaboração

no preenchimento, sincero, desta avaliação.

Módulo: _________________ Professor(a): _________________ Data: _________

SUA NOTA PODERÁ SER:

1 (Ótimo), 2 (Bom), 3 (Satisfatório), 4 (Ruim)

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

Nota

CONHECIMENTO

Demonstrou que tem conhecimento amplo e atualizado do conteúdo?

COMUNICAÇÃO

Demonstrou habilidade ao transmitir o conteúdo do Módulo?

CORTESIA

Demonstrou bom relacionamento com a turma?

DIDÁTICA

Foi dinâmico e criativo, envolvendo os alunos no processo de aprendizagem?

AVALIAÇÃO DO MÓDULO

Nota

CONTEÚDO

A matéria foi adequada à proposta do curso?

MATERIAL DE APOIO

A apostila tinha boa qualidade e facilitou o acompanhamento do assunto?

NA ÁREA DO SER

Este Módulo ajudou na sua formação como Cristão e Líder?

NA ÁREA DO FAZER

Os assuntos foram atuais e relevantes para sua vida e seu ministério?

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ITG – Instituto Teológico Graça Pag:

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 5

A Primeira Lição: ..................................................................................................... 8 A vida espiritual do semeador ..................................................................................................... 8 Enfatizando vida acima de métodos ............................................................................................ 8

A Segunda Lição: ................................................................................................... 11 O processo de evangelização ................................................................................................... 11 Entendendo a obra do Espírito Santo no chamado à salvação ................................................. 11

A Terceira Lição: .................................................................................................... 15 Jesus: A semente do evangelho ................................................................................................ 15 Compartilhando Jesus antes do plano de salvação................................................................... 15

A Quarta Lição: ...................................................................................................... 19 Analisando o solo: ..................................................................................................................... 19 Entendendo a vida das pessoas que não conhecem a Jesus. .................................................. 19

A Quinta Lição: ...................................................................................................... 23 Plantando a semente................................................................................................................. 23 Descobrindo adoradores em potencial, em vez de religiosos. ................................................... 23

A Sexta Lição: ....................................................................................................... 28 Regando a semente .................................................................................................................. 28 Estudando a Bíblia com os interessados................................................................................... 28

A Sétima Lição: ...................................................................................................... 32 O processo de evangelização: .................................................................................................. 32 Pecado, Justiça e Juízo ............................................................................................................ 32

A Oitava Lição: ...................................................................................................... 37 O processo da evangelização: .................................................................................................. 37 Graça ........................................................................................................................................ 37

A Nona Lição: ........................................................................................................ 40 O processo de evangelização: .................................................................................................. 40 Arrependimento ........................................................................................................................ 40

A Décima Lição: ..................................................................................................... 43 O processo de evangelização: .................................................................................................. 43 Fé ............................................................................................................................................. 43

A Décima Primeira Lição: ........................................................................................ 46 A disciplina e perseverança do semeador ................................................................................. 46

A décima segunda Lição: ........................................................................................ 51 O que acontece quando uma pessoa entra num relacionamento com Cristo ............................ 51 O fruto ....................................................................................................................................... 51

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INTRODUÇÃO A maior alegria de um seguidor de Jesus é participar do processo de levar alguém à compreensão da pessoa e da obra de Jesus, e vê-lo chegar a ponto de desfrutar de um relacionamento com Cristo. O nascimento de um bebê sempre traz grande alegria familiar, assim acontece com a Igreja, ao acolher um novo convertido. A Bíblia afirma que até os anjos festejam quando um pecador se arrepende. (Lc 15:10)!! Este regozijo deveria fazer parte da vida de todos os que conhecem ao Senhor. As estatísticas comprovam que mais de 95% dos membros das igrejas nunca compartilharam Cristo com uma outra pessoa. Aqueles que “evangelizam” os perdidos simplesmente os convidam para uma programação na igreja e se esquecem de falar do próprio Cristo, que é a essência da vida cristã. Desejamos que todos tenham o privilégio de participar dessa obra de evangelização. Por isso, o propósito deste estudo é capacitá-lo na tarefa evangelística, permitindo que Deus o use no processo de condução à compreensão espiritual daqueles que desejam se relacionar intimamente com Cristo. Ao se envolver, você acabará aprendendo muito mais do que os que estão sendo evangelizados, não só por causa dos conhecimentos que você adquirirá ao estudar e compartilhar a Bíblia, mas porque a maturidade espiritual vem quando passamos a investir na vida de outros. O propósito da apostila: Esta apostila é mais do que um método ou técnica de evangelismo. Evangelização é um estilo de vida que flui da sua intimidade com Deus. Sendo assim, os métodos que serão apresentados o ajudarão a não somente “pregar” o evangelho, mas também e, sobretudo, a estabelecer um relacionamento com uma pessoa, enquanto vocês vão descobrindo juntas as verdades espirituais da Bíblia. Muitos dos cursos evangelísticos se preocupam apenas em ensinar um método que orienta os evangelistas a contatar alguém interessado no estudo, dar um resumo do evangelho e fazer um apelo para a pessoa "aceitar Jesus no seu coração". Os treinadores afirmam que muitas pessoas já chegaram a Cristo por meio desse método apelativo. Sem dúvida, muitos resultados foram obtidos utilizando-se de programas como “As quatro leis espirituais”, “Chave-mágica” para a evangelização, etc. Entretanto, depois de pouco tempo, muitos dos "convertidos" que fizeram "uma decisão" somem do “meio evangélico”. Muitos são os problemas provenientes dos cursos evangelísticos que normalmente usamos. O primeiro refere-se às palavras e expressões que não têm procedência bíblica. Por exemplo, a palavra conversão é definida como sendo:

"Aceitar Jesus como seu Salvador pessoal" "Convidar Jesus para entrar no seu coração" "Convidar a Cristo para entrar em sua vida" "Fazer uma decisão por Cristo"

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O verdadeiro evangelho focaliza Jesus Cristo. E é justamente esse fato que leva a pessoa a se arrepender e a crer no Senhor Jesus, e não o seu próprio mérito. Só é possível chegar a esse ponto (arrependimento e fé) por meio do estudo e da vivência da Palavra de Deus. O segundo problema é que esses métodos não levam em consideração que a evangelização é um processo. Uma conversão verdadeira leva a uma nova mentalidade. Essas mudanças acontecem no decorrer de algum tempo, quando Deus abre os olhos da pessoa que está sendo evangelizada. O terceiro problema é que os métodos não estão adaptados à cultura daqueles que estão sendo evangelizados. A maioria dos métodos vem do exterior, permeados de costumes, linguagens e tradições que não fazem parte do universo de vida daqueles que estão recebendo a Palavra. Muitos vêm de culturas com tradições cristãs, que já possuem uma base bíblica que fundamenta e orienta a vida do seu povo, como é o caso dos ingleses, dos norte-americanos, dos alemães, etc. Por essa razão, esses métodos presumem que as pessoas já estão “preparadas” para receberem certos conceitos bíblicos. Foi pensando nessas dificuldades (expressões vazias de significado, falta de compreensão da amplitude da evangelização – que é um processo –, necessidade de adequar o método à cultura local) que este material foi desenvolvido. É um instrumento de estudo que se fundamentou em experiências, vivências e observações da cultura brasileira num período de quinze anos. E isso é um grande diferencial para que este método seja melhor aproveitado “em chão” brasileiro! É nossa experiência que as pessoas que foram evangelizadas com este método têm mais facilidade de participar ativamente na igreja e de se envolver na evangelização de outros. Elas entendem que adoração é uma atitude que engloba toda sua vida e não se limita a “momentos religiosos”. Um estudo dessa natureza gera pessoas cristãs ativas! Um bom exemplo de evangelização é Filipe e o eunuco (Atos 8:26-40). Observe como ele evangelizou o homem (v.35): 1) Começando por esta passagem da Escritura − O evangelho vem da Bíblia. 2) Filipe explicou − A vida do mensageiro é essencial para transmitir a realidade da

mensagem 3) Anunciou-lhe a Jesus – Pois Jesus é o evangelho, (e não o plano da salvação). Note

bem isso: sem uma compreensão de Jesus, ou seja, de Sua vida, de Sua morte e de Sua ressurreição, o evangelho não tem sentido.

Baseando-nos no exemplo de Filipe, queremos com este curso que você se torne um autêntico evangelista. Há quatro princípios importantes que devem guiar tudo o que fizermos, em especial o evangelista. São eles:

1. Vida acima de métodos - Nosso alvo é estimular as pessoas a buscarem uma

intimidade de vida com Deus. Nenhum método de evangelização pode produzir vida. O evangelista precisa ser um adorador para que os outros, por meio do seu exemplo, possam se sentir necessitados de um relacionamento com Deus. Este curso apresentará métodos, mas que, sem a intimidade com Deus, serão vazios, desprovidos de quaisquer conteúdos vivos, e não alcançarão os resultados que Deus espera que tenhamos. O alvo principal não é preencher as apostilas, mas ajudar você transmitir a sua vida espiritual; visto que mais do que informações, você estará mostrando sua própria vida às pessoas que estarão sendo evangelizadas. A evangelização deve ser fruto da adoração!

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2. Envolvimento de todos os seguidores de Jesus num ministério significativo –

Nosso alvo é incentivar a todos a compartilharem sua fé em Cristo e a realizarem estudos evangelísticos com os que ainda não conhecem ao Senhor. As pessoas crescem quando estudam com outras. Todos nós fomos chamados para produzirmos fruto. Não devemos nos esquecer que estamos no ministério de tempo integral!

3. Métodos e materiais que podem ser facilmente transferidos – Quando uma pessoa

chegar a conhecer a Cristo, deverá estar bastante segura a ponto de conseguir evangelizar outra da mesma forma que foi evangelizada. Os métodos que iremos apresentar são simples, fáceis de serem aplicados e não dependem de um alto nível de treinamento. Objetivamos que as pessoas evangelizadas, que já entraram num relacionamento com Deus, comecem logo a estudar a Bíblia com outros. Sucesso sem sucessor é um fracasso!

4. Prestação de contas - Todo mundo precisa de alguém com quem possa prestar contas,

visando ao desenvolvimento de sua vida espiritual e de seu ministério de evangelização. É necessário organização para sermos fiéis e perseverantes em estudar com outros. Somos uma equipe e somos responsáveis uns pelos outros.

Cada lição tem tarefas que você precisa realizar. Até ao final deste curso, você deverá:

1. Estar crescendo no seu relacionamento com Deus; 2. Entender os princípios de evangelização; 3. Ter compartilhado seu testemunho com cinco pessoas; 4. Compreender os pontos principais do evangelho; 5. Ter lido os livros de Marcos e João; 6. Conhecer e ter preenchido “Os Sete Sinais”, “Nicodemos”, “A Mulher Samaritana”, “O

Jovem Rico”, “Zaqueu” e “O Propósito da Vida”; 7. Estar envolvido num estudo evangelístico.

Há um aspecto essencial neste método: que você se reúna, pelo menos três vezes, durante o curso, com um mentor que o ajudará no processo de sua aprendizagem. Ele o acompanhará durante as aulas, ajudando-o a compreender e a aplicar o que está aprendendo. Ele estará com você durante seus primeiros estudos, apoiando, orientando e aperfeiçoando seu desempenho. Escolha logo alguém para ser seu mentor durante este curso. Que Deus o abençoe nesta jornada!

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A Primeira Lição:

A vida espiritual do semeador Enfatizando vida acima de métodos

A semente: A intimidade com Deus é mais importante do que o método utilizado pelo

evangelista. Sem vida espiritual, nenhum método produzirá resultados eficazes. Por outro lado, quando uma pessoa reflete o caráter de Cristo na sua vida, haverá fruto, atraindo outras pessoas a Jesus. A essência da vida eterna e salvação é estabelecer intimidade espiritual entre a pessoa e Deus (Jo 17:3). Para reproduzir essa intimidade na vida dos outros, é essencial que o próprio evangelista esteja andando em comunhão com Deus. As pessoas aprenderão mais com a sua vida do que com as suas palavras.

Versículo chave: Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor (Atos 11:24). O caráter piedoso de Barnabé foi o fator principal na conversão das pessoas.

Parábola: O candeeiro (Mt 5:14-16). 1. Somos a luz do mundo – O mundo só conhecerá Cristo através de nós. 2. Não podemos esconder a luz que Deus colocou em nossas vidas. 3. Devemos deixar o fruto da nossa adoração brilhar: as boas obras. 4. Deus será glorificado através de nós.

Exposição:

1. A base bíblica: Uma vida transformada autentica a mensagem. As pessoas podem

discordar de tudo o que você fala, mas não podem negar o que Deus fez na sua vida. Seu testemunho é algo pessoal. Não é teoria apenas, mas prática.

a. O homem endemoninhado (Mc 5:19-20). Ele queria acompanhar Jesus,

mas este o mandou compartilhar com seus parentes o que Deus havia feito. i. A quem – a sua casa. Aos que conheceram a sua vida antiga. ii. Falar o quê:

1. As grandes coisas que o Senhor havia feito na sua vida. 2. Como Deus teve misericórdia da sua vida.

iii. O impacto – Ele anunciou a Palavra em Decápolis. Houve igrejas que se formaram logo depois da visita de Jesus a esta terra gentia.

b. O homem cego (Jo 9).

i. A mudança (v.8-9). ii. O testemunho (v.11, 25, 30-33). iii. Sua firmeza (v.38) – Ele pagou um preço pela sua fé.

c. Os discípulos (At 4). Os discípulos não faziam parte da elite da sua época.

De fato, a Bíblia relata que eram homens com pouca educação formal. i. Sua ousadia (v.12). O mesmo Pedro que falou estas palavras

perante os líderes judeus, negou Cristo quando questionado por uma adolescente.

ii. Suas vidas (v.13). Semelhantes a Jesus. iii. Sua mensagem (v.20). O que vimos e ouvimos.

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2. Os princípios: a. Adoradores atraem adoradores em potencial.

i. Religiosos atraem religiosos. ii. Intelectuais atraem intelectuais. iii. Adoradores atraem os que querem ter intimidade com Deus.

Nosso alvo é encher a Igreja com adoradores que vivem Cristo. Não é nosso desejo “inchar” a Igreja com religiosos passivos. Jesus falou: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mt 5:16). Qual é a “luz” que está fluindo de você e brilhando neste mundo?

1. Uma vida santa e pura, tendo o respeito e a confiança de todos? 2. Uma vida de amor, compaixão e misericórdia, compreendendo os que não

conhecem a Cristo? 3. Uma vida de paz e alegria, confiando em Deus em todas as circunstâncias? 4. Uma vida de esperança, desprezando as coisas que o mundo valoriza?

b. Transparência é importante no envolvimento com as pessoas. As pessoas

estão cansadas de hipocrisia religiosa. Elas querem algo genuíno. A sua vida deve ser um modelo, não de perfeição, mas de progresso espiritual. Não tenha medo de mostrar suas fraquezas (1 Tm 4:15).

c. Prestação de contas da sua vida é importante para o progresso espiritual. Cada pessoa que está evangelizando outras deve ter um mentor, que poderá ajudar tanto no progresso espiritual quanto no progresso ministerial.

i. Existe algo em minha vida que esteja impedindo o meu progresso espiritual?

ii. Existe algo em minha vida que me impeça de ser mais eficiente em meu ministério?

3. Os métodos – Como preparar um testemunho: Como Deus mudou sua vida?

a. O que faz sua vida ser diferente da dos outros? (Como seu testemunho

pode atingir pessoas que outros não podem alcançar? O que é marcante na sua história de conversão: como chegou à salvação e como Deus o transformou).

i. Que problemas ou circunstâncias abriram seus olhos para a necessidade de conhecer a Cristo?

ii. Como as pessoas influenciaram a sua vida? iii. Que versículos foram os mais importantes para a sua salvação?

b. O que deve evitar ao compartilhar? i. Palavras religiosas – Igreja, irmão, glória,etc.; ii. Glorificar uma Igreja ou uma pessoa – Pode mencioná-las, só não

deve enfatizar a ponto de negligenciar a Cristo; iii. Muitos detalhes – Um testemunho breve é mais eficaz; iv. A impressão de que, conhecendo a Jesus, os problemas desta vida

desaparecerão. Isto em nada reflete a realidade; v. Falar mal de outras religiões – Isso cria barreiras.

c. Como deve compartilhar?

i. Com espontaneidade – sem “decoreba” ou de maneira mecanicista; ii. Com objetividade – enfatizando o que é mais importante; iii. Com confiança – Olhando nos olhos, confiante de que esta

mensagem é poderosa para transformar a vida da pessoa; iv. Conforme o solo – quais são as necessidades do evangelizado?

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d. O que é essencial num bom testemunho:

i. Como foi minha vida antes de conhecer a Jesus? (35% do tempo); ii. O que me levou a reconhecer minha necessidade de Jesus? (15% do

tempo); iii. Como cheguei a entregar minha vida a Jesus? (15% do tempo); iv. De que maneira minha vida é diferente hoje? (35% do tempo).

e. Seu testemunho: (para preencher).

i. Como foi a minha vida antes de conhecer a Jesus? Quais eram as

dificuldades que estava enfrentando antes de conhecer a Jesus? Selecione-as conforme a necessidade do ouvinte. Lembre-se de que suas dificuldades enfrentadas no passado poderão ser as mesmas dos que estarão ouvindo você.

1. Atitudes que teve antes – 2. Ansiedades – 3. Dificuldades nos relacionamentos – 4. Vícios que teve –

ii. O que me levou a reconhecer a necessidade de Jesus em minha

vida? O que foi importante na sua vida pode preencher uma

necessidade da pessoa que o está ouvindo. 1. Um estudo bíblico – 2. Um versículo – 3. A vida de alguém ou de um grupo – 4. Outra coisa –

iii. Como cheguei a entregar minha vida a Jesus? Evite qualquer

indicação de que tenha sido uma decisão religiosa (ou seja, uma mudança de religião, em vez de um novo nascimento).

iv. Como minha vida é diferente hoje?

1. Paz – 2. Propósito – 3. Alegria – 4. Relacionamentos restaurados – 5. Liberdade – 6. Progresso (não somos perfeitos) –

Tarefas:

1. Tarefa: Escreva seu testemunho conforme os princípios que apresentamos. Leia-o

para seu mentor e depois apresente-o a um amigo ou parente. 2. Leitura: Daniel 1 e 6. Qual foi o impacto da vida de Daniel?

3. Oração: Peça a Deus para que sua vida reflita a presença de Cristo. Ore por isso a cada dia esta semana.Ore também para que Ele o ensine o que é ser um adorador.

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A Segunda Lição:

O processo de evangelização Entendendo a obra do Espírito Santo no chamado à salvação

A semente: Há um processo pelo qual Deus chama e abre os olhos de uma pessoa. A evangelização é um processo, mas a regeneração acontece no momento em que chegamos à fé em Jesus Cristo. Por essa razão, o evangelista precisa plantar a Palavra e esperar pacientemente o momento em que Deus abrirá os olhos da pessoa. Muitos conceitos falsos relacionados a assuntos espirituais são barreiras para a salvação. As pessoas têm idéias erradas sobre Deus, Jesus, pecado, juízo e outros ensinamentos que precisam ser mudados para serem conformados com o que a Bíblia ensina, antes de chegarem à salvação. É importantíssimo que a pessoa mesma descubra, por meio da Palavra, qual é a verdade sobre esses assuntos. Versículo chave: Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor abriu o coração para atender às cousas que Paulo dizia (Atos 16:14). Ela já buscava ser uma adoradora, mas Deus lhe abriu os olhos só quando Paulo compartilhou a Palavra. Parábola: A semente que cresce (Mc 4:26-29).

1. O homem lançou a semente (a Palavra). 2. Ele dormia e levantava (tranqüilidade durante a passagem do tempo). 3. Ele não entendia como acontecia. 4. A terra fez o trabalho (o Espírito Santo trabalhando numa vida). 5. Houve um processo de crescimento (entendendo a Palavra). 6. A ceifa aconteceu no momento certo (não foi forçada).

Exposição: 1. A base bíblica:

a. Evangelizando um povo preparado (At 2). Métodos típicos de evangelização

foram desenvolvidos para um povo preparado, que já tinha base bíblica antes de ser-lhe apresentado o plano de salvação. Por isso, as pessoas entenderam a evangelização um evento, em vez de um processo. Vamos examinar o que Pedro pregou no dia de Pentecostes:

i. Alguns do povo presente eram “adoradores em potencial”(v.5).

Deus escolheu o dia de Pentecostes para iniciar Sua Igreja, porque muitas das pessoas que queriam adorar a Deus estavam em Jerusalém para aquela festa. Elas já eram “tementes a Deus”.

ii. Os sinais chamaram a atenção de alguns (v.12). O som como de um

vento forte e homens simples falando em outros idiomas, que não haviam aprendido, chamou a atenção de alguns judeus.

iii. O povo era judeu (v.14).

1. Ele estudava as Escrituras (Já conhecia os trechos que Pedro tinha citado).

2. Ele conhecia das promessas. Ele esperava o Messias.

iv. O povo presenciou os milagres e os ensinamentos de Jesus (v.22).

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v. O povo era responsável pela Sua crucificação (v.23). Ele estava

presente e gritou pela Sua morte.

vi. Nova informação: Deus ressuscitou Jesus (v.24). 1. Os apóstolos presentes davam testemunho (v.32). 2. As Escrituras prometeram isso (v.25-31).

vii. Conclusão: Pedro não acrescentou muita informação nova; ele apenas

explicou, essencialmente, o que o povo já sabia. Escala de Engle. Esse estudioso desenvolveu uma escala para ilustrar o processo

de evangelização, mostrando as etapas na compreensão do evangelho. Estamos apresentando aqui uma modificação dessa escala, usando um termômetro para

ilustrar o “descongelamento” do pecador. Novo nascimento. A pessoa passa da morte para a vida (Jo 3:3; 5:24). Ela passa a ser regenerada, perdoada e habitada pelo Espírito (1 Co 12:13). Identificação com a ressurreição de Cristo (Fé). Ela confia em Jesus Cristo,

com Quem juntamente ressuscitou (At 16:31; Rm 6:4). Identificação com a morte de Cristo (Arrependimento). Ela abandona a

velha vida, crucificando-a com Cristo (Rm 6:4). Convicção do julgamento. Reconhece o seu destino eterno sem Cristo

(Jo 16:11; Jo 5:22-23). Convicção da justiça. Sabe da perfeição de Cristo, compreendendo que está

perdida (Jo 16:10; Lc 5:8). Convicção do pecado. Reconhece o seu estado perante Deus. (Jo 16:9; Rm 3:10-11). Aceitação da Bíblia como a Palavra de Deus. Sabe que Deus se comunicou

com Seu povo para mostrar-lhe seu plano para humanidade (2 Tm 3:16). Reconhecimento da existência de Deus. Reconhece que Deus existe como um Ser pessoal (At 17:24; Rm 1:18-20).

O evangelista deve analisar o estado espiritual de cada pessoa, discernindo onde ela está nessa escala, para poder implantar as sementes certas, no momento certo.

b. Evangelizando um povo não preparado: Paulo usou uma outra estratégia

quando falou com um povo ignorante da verdade (Atos 17).

i. O estado do povo:

1. O povo era idólatra (v.16). 2. Ele não conhecia a Palavra de Deus (v.18).

ii. O povo precisava chegar a confiar na Palavra de Deus. (v. 22-

23,30). Ele não conhecia as Escrituras. Paulo anunciou a Palavra de uma maneira que todos poderiam entender.

iii. O povo precisava saber quem era Deus. (v. 17:24-30).

1. Paulo começou expondo a pessoa de Deus. 2. Paulo derrubou os conceitos falsos sobre Deus.

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iv. O povo precisava reconhecer a importância de Jesus Cristo. (v.

17:31). 1. Paulo enfatizou a importância de Jesus – Ele revela, Ele julga

e Ele é justo. 2. Paulo enfatizou a morte e ressurreição de Jesus.

v. Paulo mostrou ao povo a necessidade de arrependimento. (v. 30). 1. As pessoas precisavam saber que havia uma necessidade de

uma mudança de vida. 2. As pessoas precisavam ser desafiadas a agirem.

vi. Paulo deu oportunidade às pessoas que queriam saber mais sobre Deus, até chegarem a crer (v. 34). As pessoas que creram,

foram discipuladas fora da reunião pública. 2. Os princípios:

a. O Espírito Santo prepara a pessoa. Não podemos criar um movimento do

Espírito Santo. Nosso papel é discernir onde Ele está trabalhando e participar no Seu trabalho (Jo 5:19). O alvo da evangelização não é convencer uma pessoa a dar sua vida a Cristo, mas encontrar os eleitos em quem o Espírito Santo já está trabalhando, através da Palavra de Deus (At 13:48). Por isso, a oração é essencial.

b. Um contato é uma pessoa com quem podemos estudar a Palavra. Algumas pessoas não gostam da palavra “contato”, porque dá a idéia de um projeto em vez de um relacionamento. Usamos essa palavra para designar as pessoas com quem compartilhamos o evangelho e continuam a demonstrar interesse. Algumas são pessoas com quem convivemos regularmente (parentes, vizinhos, colegas de trabalho e amigos). Outras são pessoas que encontramos casualmente e anotamos seu endereço para iniciarmos ou continuarmos o processo de evangelização.

c. Descobrimos contatos. Não fazemos contatos. Deus é quem faz o trabalho.

Nós apenas descobrimos os contatos que Deus mostra.

d. Os que não conhecem a Jesus não estão acostumados com nosso mundo cristão. Alguns, em vez de ensinar a Palavra de Deus para uma

pessoa, a convidam para ir à igreja. Isso pode dar a entender que a salvação está na igreja. A pessoa pode se adaptar ao nosso mundo, aprender a falar nossa língua, batizar-se e tornar-se um membro da nossa igreja sem conhecer a Jesus. Por outro lado, a pessoa pode rejeitar a Jesus porque ela não se

sente bem no nosso grupo. O melhor jeito é motivar a pessoa a conhecer a Jesus gradualmente por meio de um estudo particular, em sua casa. Depois, é importante levar a pessoa a conhecer outros seguidores de Jesus por meio de uma família espiritual ou encontros informais do Corpo.

e. O chamado é um processo. A conversão acontece no momento em que a pessoa crê. O processo em que o Espírito Santo trabalha numa vida é “o

chamado”. Ele usa várias pessoas e circunstâncias para levar a pessoa a entender a Sua Palavra. Quando evangelizamos uma pessoa, plantamos um conceito de cada vez, ao invés de sobrecarregá-la com muitas informações. Chegará então o momento em que a pessoa passará da morte para a vida, através do novo nascimento.

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f. Os que não têm um relacionamento com Jesus não entendem nossa "linguagem". O Brasil tem muitas religiões.Todas utilizam um vocabulário

muito parecido com o nosso. Entretanto, interpretam de uma forma diferente do que a Bíblia ensina. Às vezes, as palavras que usamos podem levar a pessoa a fazer uma associação entre nós, cristãos, e outra religião que eles já haviam rejeitado. Devemos evitar palavras como: aleluia, glória, irmão, crente, evangélico, bênção, igreja, comunhão, testemunho, ceia, batismo, oferta, dízimo, pastor, etc. que podem dar a ênfase errada. Muitas destas palavras têm uma base bíblica, mas têm um outro sentido no mundo. Quais são algumas outras dessas palavras? Devemos usar as palavras: pecado, graça, arrependimento, fé, conversão, etc. com muito cuidado e só depois de defini-las biblicamente.

3. Os métodos:

a. Esteja alerta para as oportunidades que o levem a falar de Cristo.

Devemos considerar todos os encontros como algo planejado por Deus. Nossa conversa deve incluir uma “isca” para estimular a curiosidade da pessoa. Isso pode levar a conversas sobre assuntos espirituais. Deve-se também:

i. Evitar palavras religiosas – isso pode interromper a conversa. ii. Evitar referências à igreja ou ao pastor. iii. Falar sobre algo que Deus fez na nossa vida. iv. Falar sobre algo que é de interesse da pessoa.

b. Escute a outra pessoa antes de pregar para ela. Muitas pessoas ficam

apreensivas (com o “pé atrás”) com os evangélicos, porque sua religião tem sido desprezada por eles. Se mostrarmos respeito para com o que crêem, elas não ficarão na defensiva e estarão mais abertas para nos escutar. Não devemos corrigir seus erros nesse momento.

c. Ore pela e com a pessoa. A oração ajuda o evangelista a discernir o estado

espiritual da pessoa, olhando para ela com os olhos de Deus. Devemos orar para que Deus abra seus olhos espiritualmente, bem como a porta para semear o evangelho na sua vida. A oração com a pessoa é bastante eficaz. Isso

mostra sua preocupação para com ela, e também que Deus é um ser pessoal de quem podemos nos aproximar.

Tarefas: 1. Estudo: Do primeiro e segundo sinais no guia (páginas 2-7). 2. Leitura: Atos 2 e 17. Quais as diferenças entre os grupos que escutam a mensagem?

Quais as diferenças entre as mensagens?

3. Tarefa: Pergunte a três pessoas da sua igreja sobre “como” elas chegaram ao Senhor:

a. O que as levou a começarem a pensar em Deus? b. Quais foram as pessoas que compartilharam com elas? c. O que marcou suas vidas durante o tempo de conversão? d. Quando começaram a examinar a Bíblia por elas mesmas?

4. Oração: Comece a pedir que Deus traga pessoas que têm interesse na Palavra ao seu

encontro. Peça discernimento e paciência para esse trabalho. Ore por isso a cada dia esta semana.

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A Terceira Lição:

Jesus: A semente do evangelho Compartilhando Jesus antes do plano de salvação.

A semente: É necessário apresentar a pessoa da salvação (Jesus) antes do plano de

salvação. A vida eterna é um relacionamento íntimo e prazeroso com Deus (Jo 17:3). É impossível ter intimidade com quem não conhecemos. Quando uma pessoa entende quem é Jesus, o mecanismo para entrar num relacionamento com Ele se torna mais simples. Ela passa a entender a graça e o amor de Jesus através da Sua vida. As pessoas aprendem uma visão bíblica do arrependimento e da fé por meio das histórias dos sinais que Jesus realizou e das conversas que Ele teve com diferentes pessoas. Quando o evangelizado se interessa por um relacionamento com Jesus, que está conhecendo por meio da Bíblia, torna-se mais fácil compreender o plano de salvação.

Versículo chave: Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus (Atos 8:35). Ele focalizou a pessoa de Jesus, tomando-o como centro de explicação do Evangelho. Parábola: O pão da vida (Jo 6:32-37).

1. O Pai é a fonte do verdadeiro pão. 2. Pão dá vida espiritual (zoe) – Uma verdadeira existência por meio da intimidade com

Jesus. 3. Jesus é a vida. 4. Jesus dá verdadeira satisfação. 5. Os eleitos (aqueles que o Pai deu a Jesus) buscarão esse pão. 6. A vida que esse pão dá é imperecível. Nunca a perderemos.

Exposição: 1. A base bíblica:

a. O Evangelho é Jesus Cristo.

i. O evangelho centraliza-se na pessoa de Jesus: 1. Filipe falou sobre Jesus para o eunuco (At 8:35). 2. Paulo falou que o evangelho é sobre o Filho (Rm 1:1-4). 3. Paulo focalizou a morte e ressurreição de Cristo(1 Co 15:3-4). 4. Outros versículos sobre Jesus: (Jo 1:1-5; Cl 1:13-20; Fl 2:1-

11; Hb 10:1-10).

ii. O evangelho focaliza a Sua natureza (Rm 1:1-4): 1. Natureza humana: Filho de Davi (v.3). Segundo a carne:

fisicamente (1 Sm 7:12; Sl 132:11). Segundo Sua natureza humana, Ele era da linhagem real.

2. Natureza divina: Filho de Deus (v.4). Designado: declarado, apontado ou ordenado. Com poder: declarado poderosamente.

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iii. O evangelho focaliza o que Jesus fez:

1. Ele morreu e ressuscitou (1 Co 15:3-4). 2. Ele morreu pelas nossas transgressões (Rm 4:25). O fato é que

Ele morreu pelos nossos pecados, e a nossa velha vida foi crucificada juntamente com Ele.

3. Ele ressuscitou por causa da nossa justificação (Rm 4:25) – Nossa ressurreição nos deu uma nova vida, nos justificando.

2. Os princípios:

a. Semear Jesus. O evangelho centraliza-se na pessoa de Jesus. O correto

entendimento dos conceitos necessários à salvação (como: pecado, graça, arrependimento, fé, justiça, juízo, etc.) se torna mais fácil quando olhamos para Jesus. Por isso, é essencial que apresentemos Jesus antes do plano de salvação!

i. Jesus na sua boca - falando sobre Jesus (At 4:12). ii. Jesus na sua vida - refletindo o caráter de Jesus (At 4:13). iii. Jesus na comunidade - vivendo a realidade de Corpo (At 4:32).

b. Os relacionamentos pessoais e as amizades são os contatos mais

eficazes. O relacionamento é uma ponte para fazer contato com a alma da

outra pessoa. Nesse contexto, as sementes podem ser gradualmente semeadas conforme a necessidade, de maneira espontânea e natural. Devemos ter amizades casuais com várias pessoas que não conhecem o Senhor e nos relacionar com elas numa variedade de situações. É por meio desses vínculos de amizade que as pessoas podem ver a realidade de Cristo na sua vida. As pessoas com quem estamos estudando se tornam as melhores fontes de contatos.

c. Programações só são eficazes quando há contato pessoal entre as

pessoas. Há bastante investimento da parte de muitas igrejas para atrair pessoas para a Igreja. Tais atividades só serão eficazes se levarem a pessoa a ter contato com um verdadeiro seguidor de Jesus. A mensagem do evangelho deve ser transmitida por pessoas, e não por programações (Rm 10:14). Vida reproduz vida. Desenvolva atividades evangelísticas; planeje para que as pessoas tenham contato pessoal com alguém que explique a mensagem ou o propósito da atividade desenvolvida.

d. As pessoas lembram de histórias mais do que de teologia. As epístolas de

Paulo têm muitas informações importantes sobre o evangelho, mas o contexto e linguagem das cartas são mais difíceis para os que estão começando a manejar a Bíblia. Verdades ensinadas por meio de uma história são mais fáceis de serem entendidas e lembradas.

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3. Os métodos: Introdução a “Os Sete Sinais”.

a. Alvo - Descobrir as pessoas que Deus preparou, as quais querem entender

a Palavra de Deus, e procurar a melhor maneira de identificá-las (At 13:48). Cremos que os sinais são um excelente modo de expor a pessoa a Jesus, porque:

i. São bíblicos – A pessoa desenvolve confiança em Jesus. ii. Focalizam Jesus – O centro do evangelho. iii. Comprovam a divindade de Jesus. iv. São histórias – por isso, mais facilmente entendidas e lembradas. v. Mostram a realidade da fé.

b. Introdução a Os Sete Sinais (Jo 20:30-31).

i. Jesus fez muitos sinais que João não registrou (v.30). ii. João escolheu sete sinais representativos, para quê:

Creiais – Entendamos o que é fé. Cada história nos ensina algo

diferente acerca da fé.

Que Jesus é o Cristo – Que Jesus pode satisfazer as nossas

necessidades espirituais. Cada história mostra como Jesus nos satisfaz espiritualmente.

Que Jesus é o Filho de Deus – Pelas suas obras, Jesus mostrou que Ele é Deus. Cada história revela um aspecto diferente da Sua divindade;

Tenhais vida em Seu nome – João, sendo um evangelista

experiente, escolheu essas histórias para levar as pessoas à salvação.

c. Os Sete Sinais.

Jesus ajuda num tempo de felicidade (Jesus transforma água

em vinho – Jo 2:1-11).

Jesus restaura uma família (Jesus cura o filho de um oficial – Jo

4:43-54).

Jesus dá esperança quando não há esperança (Jesus cura o

paralítico de Betesda – Jo 5:1-18).

Jesus satisfaz a fome das pessoas (Jesus alimenta cinco mil

homens – Jo 6:1-30).

Jesus socorre num tempo de dificuldade (Jesus caminha sobre

o mar – Jo 6:16-21).

Jesus abre os olhos de um cego física e espiritualmente

(Jesus cura um cego de nascença – Jo 9:1-41).

Jesus dá vida a um homem morto (Jesus ressuscita Lázaro –

Jo 11:1-46).

Tarefas: 1. Estudo: Do terceiro e quarto sinais no guia (páginas 7-14).

2. Leitura: Marcos 1-2. Como Jesus demonstrou que Ele é Deus?

3. Tarefa: Pergunte a três pessoas que não conhecem ao Senhor: Quem é Jesus? Compartilhe um sinal com uma delas (Não só a folha. Conte a história). Adore a Deus por ter mandado Jesus.

4. Oração: Peça a Deus que lhe abra os olhos para compreender melhor a pessoa de Jesus. Continue orando assim durante a semana, em cada momento, quando estiver andando na rua ou fazendo qualquer outra coisa em que seja possível orar.

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OS SETE SINAIS DE JESUS

SINAL E REFERÊNCIA

O QUE APRENDEMOS SOBRE JESUS

A NECESSIDADE FÍSICA SUPRIDA

A NECESSIDADE ESPIRITUAL QUE

PODE SUPRIR

O QUE APRENDEMOS SOBRE FÉ

Jesus transforma água em vinho

João 2:1-11

Jesus tem poder sobre a

natureza

A necessidade de vinho que representa a felicidade

da festa

Felicidade eterna

Ver é crer

Jesus cura o filho de um oficial

João 4:46-54

O poder de Jesus não é limitado pela distância

A restauração da saúde do filho (foi devolvido à família)

Um gentio recebido na

família de Deus

Crer sem ver é melhor

Jesus cura o paralítico de Betesda João 5:1-18

O poder de Jesus não é

limitado pelo tempo

Esperança de uma cura

física

Esperança de uma

cura espiritual

É possível ver sem crer

Jesus alimenta cinco mil homens

João 6:5-15, 26-30

O poder de Jesus não é limitado pelos nossos

recursos

Satisfação de fome física

Satisfação espiritual

Não devemos crer por

motivos egoístas

Jesus caminha sobre o mar

João 6:16-21

Jesus tem poder sobre

distância e tempo

Segurança e proteção

Segurança e proteção

espiritual

Crer não nos isenta de

dificuldades

Jesus cura um cego de nascença João 9:1-41

Jesus tem poder sobre

qualquer limitação humana

Visão física

Compreensão

espiritual

Crer pode custar (perseguição)

Crer leva à adoração

Jesus ressuscita

Lázaro João 11:17-46

Jesus tem poder sobre a

morte

Vida física

Vida eterna

Crer é ver

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A Quarta Lição:

Analisando o solo: Entendendo a vida das pessoas que não conhecem a Jesus.

A semente: Um evangelista eficiente entende os pensamentos e as necessidades das

pessoas com quem está compartilhando Cristo. O evangelho e a Bíblia são aplicáveis a todas as culturas, a todas as gerações e em todos os tempos. A comunicação da mensagem, porém, precisa ser adaptada às pessoas que as estão recebendo para que elas entendam. O evangelista precisa entender os pensamentos das pessoas que está querendo alcançar e saber as barreiras de entendimento que existem na sociedade. Só quando o evangelista passa a entender a mente das pessoas é que se torna possível escolher as sementes corretas que precisam ser plantadas. Agindo assim, a pessoa compreenderá e responderá ao evangelho.

Versículo chave: Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores Atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio (Atos 17:22). Paulo andou na cidade, avaliou o estado espiritual das pessoas e implantou a semente certa para o solo daquela cultura.

Parábola: O semeador (Mt 13:3-23). 1. Ele terá quatro diferentes respostas ao evangelho:

a. Os que rejeitam sem considerar (a beira do caminho). b. Os que se arrependem superficialmente (solo raso). Eles se preocupam com o que

os outros pensam. c. Os que não se arrependam do amor para com o mundo (os espinhos). d. Os que entram num relacionamento com Deus.

2. Os solos todos parecem iguais, mas são diferentes em sua qualidade. 3. O problema não está com a semente nem com o semeador, mas com o solo. 4. A chave está na compreensão do solo. 5. Os salvos verdadeiros produzirão frutos.

Exposição:

1. A base bíblica: Nas próximas lições estudaremos algumas dessas histórias como

ferramentas de evangelização. Aqui, queremos apenas analisar como Jesus e Paulo avaliaram o solo e, como resultado, plantaram sementes diferentes.

a. Jesus com Nicodemos (Jo 3).

i. O solo: Um líder religioso, que era um dos principais mestres. ii. O método: Jesus falou diretamente sobre sua necessidade de mudança,

usando referências ao Antigo Testamento. 1. O novo nascimento (Ez 36:25-27). 2. A ação do Espírito Santo (Ez 37:9). 3. A serpente de bronze (Nm 21:4-9). 4. O julgamento (Dn 12:2-3).

b. Jesus com a mulher samaritana (Jo 4).

i. O solo: Uma samaritana imoral. ii. O método:

1. Ele mostrou aceitação ao falar com uma pessoa desprezada. 2. Despertou-lhe a curiosidade quando falou da “água viva”. 3. Abriu espaço para ela confessar seu pecado. 4. Quando ela puxou assunto de religião, Ele falou de adoração. 5. Ele falou dEle mesmo ( “Eu sou”).

c. Jesus com o jovem rico (Mt19:16-26; Mc 10:17-27; Lc 18:18-27).

i. O solo: Um jovem rico que amava esta vida. ii. O método: Expor seu pecado e sua motivação.

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d. Jesus com Zaqueu (Lc 19:1-9). i. O solo: Um judeu que era um grande pecador. ii. O método:

1. Mostrar aceitação pelo fato de ter tomado uma refeição com ele. 2. De alguma maneira, mostrar seu pecado e a necessidade de fé.

e. Paulo em Antioquia (Atos 13:13-52).

i. O solo: Judeus e gentios que temiam a Deus (v.16). ii. O método: Pregação na sinagoga. Paulo se vestiu e se comportou como

fariseu. Sua mensagem enfatizava: 1. As profecias do Messias. 2. Como Jesus cumpriu as profecias. 3. Um aviso contra incredulidade – exemplificando com os judeus do

passado.

f. Paulo em Atenas (Atos 17:15-34). i. O solo: Filósofos em Atenas.

1. Epicureus – A felicidade é o propósito da vida. Eram materialistas. 2. Estóicos – Enfatizavam a disciplina pessoal. Desprezavam o

emocional. Realçavam o racional. 3. Idólatras – Havia muitos deuses e templos religiosos.

ii. O método: Apresentar o conceito correto do Deus verdadeiro, de maneira

lógica, para que pudessem entender no Areópago, duas coisas: 1. O caráter do Deus verdadeiro. 2. A realidade do julgamento.

2. Os princípios:

a. Orar pelas pessoas. A oração prepara o solo e abre nossos olhos das pessoas ao nosso redor. Use um livro de oração para orar regularmente pelas pessoas e suas necessidades.

d. Observar as pessoas. Escutar as pessoas é a melhor maneira de compreender o

solo. Como já falamos, é importante ouvir cada indivíduo para entender seu estado espiritual. Quando começamos a estabelecer um diálogo com as pessoas, podemos entender melhor as barreiras para com o evangelho dentro do grupo com quem temos contato. Em quais situações você percebe que as pessoas estão mais abertas para falar? Quais assuntos despertam maior interesse? Quais grupos religiosos predominam na área? Que “mal-entendidos” ou falsos conceitos existem na mente das pessoas? O que elas pensam sobre Deus, a Bíblia, Jesus, a Igreja, etc.

b. Não tenha medo de falar. Às vezes, o problema está conosco. Nós mesmos

criamos as barreiras enquanto as pessoas estão mais abertas para falar do que imaginamos. A parábola do semeador nos ensina que seremos rejeitados pela maioria. Mesmo não sendo eloqüentes ou não sabendo explicar, Deus se apraz em usar aqueles que estão dispostos a falar dEle.

3. Os métodos:

a. Ore: Peça a Deus sabedoria para descobrir as pessoas interessadas nas

Escrituras. b. Pesquise: Conheça a sua cidade – sua cultura e sua história. c. Entrevistas. Faça entrevistas porta a porta. Além de colher informações, pode ser

que você descubra pessoas interessadas na Palavra.

O que se segue é um exemplo de uma entrevista que pode ser usada depois de uma distribuição dos Sinais. Para alguns lugares, as perguntas poderão ser mais pessoais. Então, modifique a entrevista de acordo com a sensibilidade das pessoas. A pergunta sobre o tempo no bairro poderá ajudar a avaliar se as pessoas que vivem na área são transitórias ou estáveis. As outras perguntas poderão dar um perfil religioso das pessoas do bairro. Lembre-se de que nem todos os que afirmam terem lido os Sinais, de fato, leram.

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ENTREVISTA Bom dia! Meu nome é ___________________ (seu nome). Estamos aqui no bairro para entender melhor o seu pensamento sobre alguns assuntos espirituais. Sou uma das pessoas que passaram aqui, recentemente, distribuindo a literatura sobre Jesus. Poderia ter sua atenção por uns minutinhos, pois gostaria que respondesse a algumas perguntas? É possível?

1. Há quanto tempo você mora neste bairro? ___ < 1 ano ___1-5 anos ___ > 5 anos

2. Você está participando de algum grupo religioso atualmente? ___Sim ___Não

3. Qual? ___ Ass. de Deus ___Universal ___Católico ___Quadrangular ___Batista ___

Espiritismo ___Presbiteriano ___ Outro:________________________.

4. Você freqüenta este grupo regularmente? ___ Sim ___ Não

5. Você acha que a Bíblia é importante e é a Palavra de Deus? ___ Sim ___ Não

6. Você lê a Bíblia? ___ Sim ___ Não ___ Às vezes

7. Você já recebeu algum benefício de Deus na sua vida? Por exemplo, um milagre ou uma

resposta de oração? ___Sim ___ Não

8. Como uma pessoa pode ser aceita por Deus? ___ Por ser membro de uma igreja

___ Pela fé ___ Pelo batismo ___ Por fazermos boas obras ___ Deus aceita todos

___ Não sei

9. Quantos dos Sinais você recebeu? 1 2 3 4 5 6 7

10. Você leu os sinais que recebeu? ___Sim ___Não ___Alguns

Há duas reações com respeito aos Sinais. A maioria das pessoas que receberam os Sinais

acharam muito importante saber mais sobre Jesus; e poucas não.

11. Você gostaria de:

___Continuar recebendo os Sinais, mas com uma breve explicação?

___De continuar a recebê-los, mas sem explicação?

___Não recebê-los mais?

12. Podemos orar por você? ___Sim ___Não

13. Qual é seu pedido (sua necessidade)? ________________

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Nome: _________________________________ Endereço: ________________________

Bairro: Fone:

Avaliação: ___ Prioridade ___ Deve voltar ___ Pode voltar ___ Não voltar

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Tarefas:

1. Estudo: Do quinto e sexto Sinais no guia (páginas 14-21).

2. Leitura: Marcos 3-4. O que aprendemos sobre evangelização nestes trechos?

3. Tarefa: Acompanhe alguém que está explicando os Sinais para uma pessoa. Observe

como está sendo anunciado o evangelho e se ainda está permeado de palavras religiosas.

4. Oração: Peça a Deus para que suas visitas diárias comuniquem a realidade do seu

relacionamento com Cristo, em vez de religiosidade. Ore pelas pessoas com quem tem contato, que Deus abra seus olhos. Desenvolva o hábito de orar pelas pessoas enquanto está falando com elas.

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A Quinta Lição: Plantando a semente

Descobrindo adoradores em potencial, em vez de religiosos. A semente: As pessoas que estão sendo chamadas por Deus para a salvação querem

entender a Palavra. Muita gente quer ser beneficiada por uma religião, mas poucas pessoas querem se tornar adoradores de Deus. O evangelista precisa saber avaliar os contatos para poder discernir o interesse da pessoa com quem está compartilhando a Palavra. Uma pessoa que está sendo chamada (um eleito) reage positivamente à Palavra de Deus. Seu interesse não é meramente uma curiosidade intelectual. Assim, o evangelizado passa a fazer correlações entre vários trechos da Bíblia e, conseqüentemente, a entender a sua aplicabilidade à sua vida diária.

Versículo chave: Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes (Jo 6:26). Jesus reconheceu que as pessoas O estavam procurando por interesse, não porque queriam um relacionamento com Ele.

1. Parábola: O semeador e o ceifeiro (Jo 4:31-42). a. O que traz mais satisfação do que comida: fazer a vontade do Pai (v.31-34). b. A vontade do Pai:

i. Conhecer o estado das pessoas (v.35) – Neste caso, havia um povo preparado por alguns que trabalharam lá antes. O povo estava pronto para ser ceifado (v.35).

ii. Semear: Alguém chegou antes, preparou o solo e plantou as sementes (v.36-38). O trabalho mais difícil é semear.

iii. Ceifar – Os discípulos tiveram o privilégio de ceifar sem semear. iv. Os novos convertidos podem começar a semear logo (v.39-42). A mulher

samaritana não sabia muito, mas falou de Jesus, e as pessoas a escutaram porque reconheceram uma diferença na sua vida.

Exposição:

1. A base bíblica:

a. Motivos falsos para buscar-se a Deus.

i. Interesse em benefício próprio: (Jo 6:26-27). As pessoas se beneficiaram

com a multiplicação dos pães, mas não entenderam o sinal. Seus interesses relacionavam-se apenas com a satisfação de uma necessidade física; ignoravam, contudo, as suas necessidades espirituais.

ii. Interesse no que os outros pensam: (Jo 12:42). Neste trecho, os líderes

até acreditaram que Jesus é o Cristo, porém não assumiram isso publicamente. Isso não é fé. Hoje, é mais aceitável ser evangélico, e está até “na moda”. Há pessoas que querem ser “evangélicas” para obter uma posição social, mas estes do versículo não buscaram a Deus para não comprometerem suas reputações diante da sociedade.

iii. Interesse em parecer religioso: (Atos 4:36-5:11). Ananias e Safira eram

parte da congregação. Barnabé era um homem muito espiritual e a sua generosidade era fruto do seu relacionamento com Deus. Ananias e Safira queriam parecer generosos e espirituais como Barnabé, mas continuavam com ganância em seus corações.

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b. Interesse por poder: (At 8:9-25). Simão era reconhecido pelo seu “poder” sobrenatural. Ele queria ter as habilidades dos apóstolos, porque almejava manter sua reputação de ser um homem poderoso. Ele não tinha se convertido. Motivos corretos para buscar-se a Deus

i. Perdão dos pecados (Mt 9:1-8, Mc 2:1-12, Lc 5:17-26). O que parece que

estes trechos demonstram é que os homens levaram o paralítico para simplesmente ser curado. Mas o fato de Jesus ter perdoado seus pecados, primeiramente, mostra que era uma busca espiritual.

ii. Conhecer a Palavra (At 8:26-34). O eunuco viajou uma grande distância

para adorar o Deus vivo. Com muito investimento, ele conseguiu uma cópia do livro de Isaías e estava procurando entendê-lo, quando Filipe o achou.

iii. Viver a vontade de Deus (At 10). Cornélio orava e buscava o Deus de

Israel. Ele queria fazer a vontade de Deus e ajudou os Judeus ao seu redor. Quando ele recebeu uma palavra do Senhor, não hesitou e juntou as pessoas para ouvi-la. Ele até se prostrou diante de Pedro, quando chegou a sua casa.

c. A intensidade de uma busca verdadeira.

i. As parábolas (Mt 13:44-46). Estas duas parábolas enfatizam a intensidade

da busca de intimidade com Deus por parte de uma pessoa. 1. O tesouro escondido. Ela vendeu tudo com alegria. 2. A pérola de grande valor. Ela achou o que estava buscando.

ii. O desafio de Jesus. (Lc 9:23-26;14:25-33; Mt 16:24-27; Mc 9:34-38).

Jesus explicou o compromisso necessário para alguém ser um dos Seus discípulos. Ele tem mais do que prioridade na vida de um seguidor de Jesus, tem a primazia.

iii. A mulher imoral (Lc 7:36-50). Esta mulher, desprezada por todos, entrou

num lugar onde não seria bem-vinda e deu o melhor de si para obter o perdão de Jesus.

iv. A mulher siro-fenícia (Mt 15:21-28; Mc 7:24-30). Ela O buscou com

intensidade, mesmo sabendo que nada merecia.Jesus elogiou-a por sua fé.

v. As pessoas no dia de Pentecostes (At 2:37). Elas estavam tão convictas

das suas necessidades espirituais que não colocaram quaisquer condições e esperavam quaisquer instruções dos apóstolos.

vi. O carcereiro (At 27:27-31). O carcereiro ficou trêmulo e perguntou a Paulo

o que deveria fazer. Ele demonstrou humildade perguntando isso a um prisioneiro, porque estava desesperado.

2. Os princípios:

a. Semear muito para colher muito. Para encontrarmos as pessoas que Deus

está chamando, precisamos semear abundantemente. Talvez somente 5% das pessoas que contatamos chegarão a conhecer Cristo. Com poucos contatos, é provável que nenhuma permaneça.

b. Uns são bons semeadores, outros bons regadores e outros bons ceifeiros.

Certas pessoas têm a personalidade e dons para estabelecer o contato inicial e despertar o interesse. Outras são melhores em dar os estudos e cultivar aquela semente que foi lançada, ensinando as pessoas as verdades do evangelho. Há ainda outras que têm a habilidade de desafiar a pessoa a se posicionar e a entrar num relacionamento com Deus. Por isso, a evangelização é um processo que apresenta melhores resultados quando se trabalha em equipe.

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c. Adoradores em potencial interessam-se pela Palavra fora do tempo de estudo. A Palavra de Deus desperta o interesse das pessoas. Assim, elas

desenvolvem uma sede para com as verdades da Palavra. É mais do que uma curiosidade ou uma busca religiosa; é uma fascinação por descobrir o que Deus fala. Se a pessoa fechar a Bíblia depois do estudo e não abrir até o próximo encontro, poderá estar demonstrando que não tem muito interesse na Palavra de Deus. Isso nos levará a concluir que essa pessoa poderá ser apenas alguém procurando uma religião.

Não se precipite em seus julgamentos e seja paciente. É somente Deus quem conhece totalmente as nossas motivações. Lembre-se de que há analfabetismo, e muitos não concluíram sua escolarização básica. Muitas vezes, quem não “pega” a Bíblia para estudar é porque ainda não adquiriu o hábito e o gosto pela leitura. Não significa, necessariamente, que não está interessada em conhecer a Deus.

d. Adoradores em potencial fazem comparação entre os trechos da Bíblia. Quando Deus está iluminando a mente da pessoa, ela começa a entender como os trechos da Bíblia se correlacionam. Ao fazer essas correlações, a pessoa evangelizada começa a juntar as idéias bíblicas para compreender o plano de Deus para a sua vida.

e. Adoradores em potencial fazem ligação entre a Bíblia e a vida. Para um

adorador em potencial, a Palavra de Deus não é somente idéias interessantes, mas é um livro vivo que atinge a sua vida diária.

f. Adoradores em potencial apresentam mudança de vida. A Palavra de Deus,

em muitos casos, é poderosa e capaz de produzir mudanças na vida das pessoas antes mesmo de se converterem. Da mesma forma que Cornélio já era conhecido como um homem reto antes de Pedro chegar, alguns principiam a abandonar certas práticas pecaminosas. Quando começam a ouvir a Palavra, alguns hábitos negativos deixam de ter o mesmo valor que antes. Enquanto evangelistas, nunca devemos cobrar mudanças na vida de uma pessoa que está começando a estudar a Bíblia conosco, mas nos alegrar com ela, quando estas acontecerem espontaneamente.

g. Adoradores em potencial começam a compartilhar Jesus com outros.

Pela animação do que estão aprendendo, muitas pessoas começam naturalmente a falar sobre o que estão descobrindo. Também, nunca se deve cobrar isso, mas aproveitar a oportunidade quando acontece para louvar a Deus.

3. Os métodos: O uso de Os Sete Sinais:

a. Fontes de contatos:

i. As reuniões e encontros da igreja. Às vezes, as pessoas podem

chegar à igreja para assistir às celebrações sem terem sido convidadas por alguém da própria igreja. Quando isso acontecer, devemos nos aproximar dessas pessoas para criarmos vínculos de amizade que possibilitem convidá-las para estudarem a Bíblia.

ii. Parentes, amigos e vizinhos. Pelo fato de termos um contato quase

diário e regular com nossos amigos, parentes ou vizinhos, torna-se mais fácil plantarmos gradativamente as sementes. Se percebermos algum interesse deles pela Palavra, deveremos lançar, paulatinamente, no coração dessas pessoas a necessidade de um estudo. Prontifique-se a estudar, convide-os para um tempo juntos. Espere pela resposta.

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iii. Conversas com pessoas que você encontra casualmente durante o

dia. Este é o momento para dar o seu testemunho. Se a pessoa

menciona problemas conjugais, fale como Jesus mudou seu casamento. Se estiver sem esperança, mostre como Jesus o ensinou a viver acima das circunstâncias difícies.

iv. Os próprios contatos. Quando você começar a compartilhar da Bíblia,

de imediato pergunte se há mais alguém que se interessa pelo estudo. Incentive o evangelizado a compartilhar do que aprendeu, mostrando que ele também poderá realizar o mesmo estudo com outras pessoas. Não espere até a conversão dessa pessoa para que adquira esta visão. O momento é agora!

b. Distribuindo os Sinais: Como fazemos.

i. Distribuindo de porta em porta: Esta metodologia evangelística não é a

ideal, embora muitas vezes necessária, porque promoverá encontros com pessoas com quem normalmente não teremos contato. Em alguns bairros poderá ser inviável distribuir de porta em porta. Talvez pelo alto índice de criminalidade, talvez pelo excesso de segurança. Ore bastante para que Deus o direcione aos lugares certos, e às pessoas certas. Aja sempre com tato e prudência para não ser inconveniente.

Primeiramente, pergunte à pessoa se é oportuno o momento para que você fale desta literatura (a

Bíblia). Demonstre um desejo em compartilhar da Bíblia com ela, mas sem compromisso ou custo da sua parte. Interesse-se pela sua vida, caso haja, de imediato, essa oportunidade. Seja breve no primeiro contato.

Quando começar a ter mais contato, depois do segundo ou terceiro sinais, se houver abertura, pergunte se já leram a Bíblia antes, ou desejam entender mais. Pergunte o que crêem. Demonstre respeito pelas respostas que você ouvir, sejam elas quais forem. Não permita que isso seja barreira para não dar continuidade à entrega dos Sinais. Tipicamente as pessoas perguntam: “Qual é sua religião?” Esta é uma boa oportunidade para demonstrar a diferença entre o verdadeiro cristianismo e a percepção que eles tem dos “evangélicos.” Fale que seu objetivo é de promover o conhecimento de Jesus e da Bíblia, e não da sua religião.

Há várias maneiras que você pode utilizar para distribuir os Sinais:

1. Distribuir os primeiros quatro sinais em uma semana, no quinto dia, fazer a entrevista. (É mais fácil de se começar a estabelecer um relacionamento quando encontramos com a pessoa a cada dia em uma semana).

2. Distribuir no mesmo dia, por sete semanas. (Tem a vantagem de encontrar as mesmas pessoas em casa).

3. Leia cada sinal com as pessoas antes de distribuir. 4. Simplesmente deixar na caixa postal.

ii. Estudos nos lares: Depois da pessoa se mostrar interessada pela

Palavra, cada Sinal será estudado com a pessoa.

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iii. Conversas informais: Aproveite o tempo informal com a pessoa com a qual você está estabelecendo contato para perceber quais as reais dificuldades que ela está enfrentando. Tente estabelecer conexão entre os problemas e dificuldades do seu contato com um dos Sete Sinais. Você poderá oferecer o Sinal ou simplesmente compartilhar, com suas palavras, a narração apresentada no Sinal. Se a pessoa contatada continuar a demonstrar interesse, comente sobre os outros Sinais. Não fique limitado por uma distribuição seqüencial dos sinais. Cada pessoa é única, com problemas específicos.

iv. Estudo de Marta e Maria: (Lc 10:38-42). Depois da entrega dos Sinais,

comente sobre a história de Marta e Maria. Esta história é uma maneira fácil de saber a decisão da pessoa contatada: se quer continuar o estudo ou se deixará para “uma próxima oportunidade”. Lance os seguintes questionamentos: com qual dessas duas personagens você se identifica (com Marta ou Maria)? Você está ocupado com seus afazeres, sua vida cotidiana, ou deseja “abrir mão” dessas coisas por um momento para também, a exemplo de Maria, se sentar aos pés de Jesus e aprender mais sobre Ele?

v. Outras leituras: Além dos Sinais, é importante que você ofereça outras

literaturas bíblicas. Por exemplo, o Livro de Provérbios possui trechos simples e aplicáveis à vida. O Livro de João contextualiza os Sinais. Marcos já é um livro mais fácil, porque tem menos ensino e mais ação. Se a pessoa desejar, providencie uma Bíblia com custo acessível. Se já tem uma Bíblia, o evangelista deverá orientar a pessoa sobre quais livros lerá primeiro.

Tarefas: 1. Estudo: O sétimo sinal no guia (página 22-26).

2. Leitura: Marcos 5-6. Por que Jesus foi rejeitado? 3. Tarefa: Acompanhe alguém que está estudando “O Propósito da Vida” com outra pessoa.

4. Oração: Peça a Deus para lhe mostrar as pessoas com as quais Ele deseja que você

estude. Coloque um alvo para você: duas, três, quatro ou cinco pessoas. Não fique preso à quantidade apenas, mas à qualidade de tempo que você passará com elas. Agradeça a Deus pelo privilégio de compartilhar Cristo com outros.

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A Sexta Lição:

Regando a semente Estudando a Bíblia com os interessados

A semente: O evangelista eficiente ajuda as pessoas a descobrirem um relacionamento

com Jesus por meio da Bíblia. O evangelho só poderá ser entendido quando as pessoas descobrirem por si mesmas a mensagem da Bíblia. As Ilustrações e histórias podem ajudar na comunicação do evangelho, mas só a Palavra tem o poder de iluminar as pessoas. A Palavra é que produz a fé. Na situação de um estudo um a um, a pessoa pode perguntar e esclarecer dúvidas até chegar à fé.

Versículo chave: Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram, de fato, assim (Atos 17:11). As pessoas descobriram as verdades da Palavra por eles mesmos e não dependeram apenas da pregação de Paulo. Parábola: O fariseu e o publicano (Lc 18:9-14).

2. O Propósito: advertir os que “confiavam em si mesmos” (auto-suficientes, arrogantes e descrentes) e desprezavam os outros.

3. O fariseu: a. Confiava no seu próprio merecimento por meio das atividades religiosas que

realizava. b. Comparava-se com os outros para se achar melhor.

4. O publicano: a. Sabia da sua necessidade. b. Sabia que não era merecedor. c. Foi humilde.

Conclusão: O publicano, e não o fariseu, era um bom solo, ao contrário da perspectiva humana. Às vezes, aqueles de quem temos menos expectativas de responderem favoravelmente à Palavra são os que, de fato, respondem.

Exposição:

1. A base bíblica: Na igreja primitiva, as pessoas não podiam se sentar à mesa com suas

bíblias abertas para a estudarem, um a um, porque poucos tinham acesso às Escrituras. Dependiam das leituras feitas em grupos maiores, e, quando tinham acesso a elas, memorizavam o que aprendiam. Nos dias de hoje, temos o privilégio de estudarmos a bíblia tendo em mãos uma cópia pessoal. Esses trechos mostram como as pessoas buscavam a Deus, apesar dessas limitações.

a. A Palavra produz fé (Rm 10:17). A Palavra produz fé, não milagres. A Palavra

deveria ser transmitida de uma maneira pessoal. Deus escolheu pessoas, e não anjos, para serem seus mensageiros.

i. O procônsul de Chipre (At 13:12). Apesar de presenciar um milagre feito

por Paulo, foi a Palavra que maravilhou o líder.

ii. O povo de Antioquia (At 13:48). Os que foram destinados à vida eterna glorificaram a Palavra de Deus.

iii. Os judeus de Beréia (At 17:11). Eles eram mais “nobres” (tinham mentes

abertas) que os de Tessalônica, pois receberam a Palavra com muito interesse. E a estudavam os todos os dias. Quando alguém estuda ativamente a Palavra, ao invés de apenas ouvir passivamente, torna-se mais convicto.

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b. O Espírito Santo convence a pessoa (João 6:7-14).

i. Convence a pessoa:

Do pecado (v.9). Não somente de ações pecaminosos, mas também do estado do pecado, que é o resultado da incredulidade.

Da Justiça (v.10). Jesus, sendo Deus, é o padrão do que é justo.

Do Juízo (v.11). Da realidade do julgamento para os que seguem a

carne, o mundo e Satanás.

ii. Usa as Palavras de Jesus (v.13-14). Quando mostramos a Palavra de

Deus às pessoas que estão sendo evangelizadas, o Espírito Santo as ilumina e as convence da sua necessidade de Cristo.

2. Os princípios:

a. A maneira como ensinamos a Palavra influenciará no tipo de cristão que

colheremos. Queremos que as pessoas sejam participativas, e não passivas

em suas vidas espirituais. Durante a evangelização, você pode estar estabelecendo hábitos que podem influenciar a pessoa para o resto de sua vida cristã. Sempre faça os estudos de uma maneira que leve as pessoas a participarem, fazendo perguntas, dando opiniões, comentando sobre o que entenderam, etc. Você é quem deverá promover esta abertura para que o evangelizado participe ativamente dos estudos.

b. A pessoa fica mais convicta quando descobre as verdades por si mesma. A

pessoa que pesquisa um assunto e reflete sobre ele terá mais convicção e lembrará mais. Deixe a pessoa descobrir as verdades da bíblia. Você deve orientar, e não pregar.

c. As tarefas são importantes. Podemos perceber que as pessoas que fazem as

tarefas e vão além do que é necessário para aprender a Palavra, estão sendo chamadas. Certifique-se de que a pessoa está preenchendo os estudos e completando as tarefas antes do estudo.

d. Não existe uma pergunta boba ou uma resposta errada. Procure mostrar que a

pergunta é importante ou que a resposta da pessoa contém algo de verdade. Se uma pessoa achar que sua pergunta pode ser ridícula, nunca perguntará. Se ficar envergonhada depois de perguntar, nunca mais perguntará. Se se envergonhar depois de errar uma resposta, nunca responderá. Estabeleça um diálogo de confiança com a pessoa que está sendo evangelizada. Você poderá utilizar-se de algumas destas falas: “Eu não havia pensado nessa resposta”; “Talvez uma resposta melhor seja...”; ou “Boa pergunta! Eu queria saber sobre isso também...”

3. Os métodos:

a. Princípios de como liderar um estudo evangelístico.

i. Comece com uma oração breve. Ao iniciar um estudo, faça uma oração

breve pedindo que Deus o ajude a entender o conteúdo do estudo. Esta oração deve ser bem simples, sem palavras religiosas. Só ore duas ou três frases.

ii. O líder deve encorajar os membros a participarem.

1. Leia os versículos. 2. Leia uma pergunta se a pessoa tiver uma apostila.

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iii. Você precisará ter paciência ao liderar um grupo de estudo bíblico indireto.

1. Dê tempo para as pessoas responderem. 2. Fale de uma maneira positiva se responderem errado. Se tiverem

medo de errar, não participarão.

iv. Você não precisará falar tudo o que conhece sobre o versículo. É importante conhecer bem o trecho, mas nem tudo o que se conhece ajudará.

v. Não deixe um "filósofo" dominar o estudo. A desvantagem de um

estudo informal é que alguém dominará a conversa ou começará a debater. O líder deve saber como “cortar” sua conversa. Isso só traz confusão ao grupo.

vi. Não fale mal do grupo religioso do qual estão participando. Isso pode

criar barreiras. Deixe que cheguem a essa conclusão.

vii. Termine a reunião dentro de uma hora. É melhor que falem: “Já

terminou?”, do que: “Quando terminará?” Encerre com oração e continue conversando informalmente.

viii. Não faça um apelo. Deixe o Espírito Santo trabalhar em suas vidas.

ix. Não tenha pressa em convidá-los para irem à igreja. Tenha certeza de

que estão prontos para participar. Não convide, mas quando perguntarem, explique que a igreja não é apenas uma reunião religiosa, mas é um encontro dos que estão estudando a Palavra.

b. O princípio de regar: prepare perguntas para estimular discussões. Lembre-se de que não está pregando! Você está dirigindo uma conversa espiritual!

1) Perguntas de interpretação: É difícil para as pessoas responderem

perguntas de interpretação da Bíblia. - Explique o versículo com suas palavras. - Pensando no nosso tema, qual é o ponto chave? - Faça uma lista de qualidades com o grupo: "Encontre as qualidades

de uma mulher virtuosa em Provérbios 31”. . 2) Perguntas para refletir:

- Perguntas de encorajamento, para que expressem uma atitude sobre algo: "Você fica animado ou desanimado sobre o futuro?"

- "Como você se sentiu na primeira vez que alguém...?" - Perguntas que requerem uma opinião: “O que você acha de…?”

- Perguntas que levam a pessoa a analisar suas motivações: "Por que temos uma tendência de ficar chateados quando...?" - Perguntas que colocam a pessoa diante de uma situação: "O que você faria se você fosse...?"

3) Perguntas de aplicação: - Coloque várias situações diante deles para que discutam a

aplicação do trecho estudado. - Pergunte se alguém tem dificuldades em aplicar o que foi discutido. - Peça testemunhos de situações, sucessos ou falhas em aplicar os

princípios sobre a discussão. - Fale sobre como é possível aplicar melhor os princípios durante a

próxima semana.

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4) Evite: - Perguntas complicadas. - Duas perguntas na mesma pergunta. - Perguntas que requeiram uma conclusão lógica, ou a necessidade

de interpretação antes de responder. - Perguntas que só requerem 'sim' ou 'não'. 5) Princípios:

- Comece devagar, com perguntas impessoais. - Silêncio é aceitável. - Não coloque a pessoa numa posição difícil. Tarefas:

1. Estudo: Nicodemos (páginas 27-35).

. 2. Leitura: Marcos 7-8. O que podemos aprender sobre fé nesses capítulos?

3. Tarefa: Procure uma outra pessoa que esteja estudando com alguém. Observe as

diferenças no estilo do estudo. Continue estudando os sinais com alguém. 4. Oração: Peça a Deus para que Ele continue abrindo seus olhos para as grandes verdades

da Palavra, e que isso promova em você atitudes de adoração. Ore do mesmo jeito pelas pessoas com quem está compartilhando. Agradeça a Deus pela Sua Palavra.

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A Sétima Lição:

O processo de evangelização: Pecado, Justiça e Juízo

A semente: As pessoas precisam saber sobre a profundidade do seu pecado e sobre as

conseqüências eternas de seu estado, antes delas reconhecerem sua necessidade de Jesus. Sem o reconhecimento da santidade de Jesus, é impossível para a pessoa reconhecer a profundidade do seu próprio pecado. Quando ela souber as implicações eternas deste estado, reconhecerá que está completamente perdida. Nesse ponto, compreenderá a necessidade do Salvador. Só Deus pode abrir-lhe os olhos para reconhecer que precisa de Jesus para ser salva desta condição.

Versículo chave: Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos (Atos 17:31). A realidade de um julgamento futuro é essencial para se entender a necessidade da salvação. Parábola: A rede (Mt 13:47-50).

1. Alvo: Mostrar que as pessoas deste mundo estão sendo arrastadas para o julgamento

final. 2. A rede: Uma rede comprida, com pesos, que era arrastada pelo fundo do lago. 3. A circunstância atual: As pessoas estão dentro da rede, sendo levadas para o julgamento,

sem que percebam. 4. O futuro: Uma separação dos salvos e não salvos pelos anjos. Os não salvos vão para um

lugar de tormento.

Exposição: 1. A base bíblica: O Espírito Santo convence a pessoa da sua necessidade de Cristo,

abrindo seus olhos para a realidade do seu pecado, da justiça de Deus e do julgamento (Jo 16:7-11).

a. Pecado.

i. O estado: Normalmente, quando o ‘pecado’ vem no singular, está se referindo à

condição da humanidade por causa da queda. Isto é, uma separação de Deus por causa da rebelião ser humano contra Sua autoridade. 1. A fonte: (Rm 5:12). Um só homem (Adão).

2. O resultado: Morte (física e espiritual).

3. Definição: (Rm 5:13). Pecado aqui não é a desobediência à Lei, porque

mesmo antes dela existir, o pecado já existia. Não havia nada ainda para desobedecer, mas mesmo assim, houve pecado. A evidência do pecado sem a Lei é que as pessoas morriam antes de Moisés. Isso indica que pecado é um estado e não apenas desobediência a um mandamento.Desobediência é a conseqüência deste estado.

4. A extensão do estado do pecado: (Rm 3:9-10). Todos − judeus e gentios. 5. A causa do estado do pecado:

1) Falta de entendimento (Rm 3:11). “Não há quem entenda”.

Mesmo que saibam no íntimo que Deus existe e merece adoração, o homem nega a compreensão da verdade sobre Deus (veja Rm 1:18-23).

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2) Rejeição de Deus (Rm 3:11). “Não há quem busque”. O homem quer se beneficiar de Deus, mas não quer ter um relacionamento com Ele.

3) Rebelião (Rm 3:12). “Todos se extraviaram”. Em vez de se submeterem a Deus, seguiram seu próprio caminho.

4) Inabilidade de fazer o bem na sua própria força (Rm 3:12). “Não há quem faça o bem”. O homem não consegue fazer algo, na sua própria força, que possa agradar a Deus.

5) Irreverência (Rm 3:18). A falta de adoração.

ii. As ações: As ações pecaminosas são o resultado deste estado.

1. O resultado da rejeição de Deus: (Rm 1:21-31).

1) Mente deturpada (v.21-22). Tornaram-se irracionais. 2) Idolatria (v.23). 3) Imoralidade sexual (v.24-27). 4) Todo tipo de pecados (ações) (v.28-31).

2. O resultado do estado do pecado (Rm 3:13-18).

1) Pecados da língua (v.13-14). É a via principal pelo qual o pecado se manifesta (garganta, língua, lábios e boca).

2) Pecados de ações (v.15-17). Pés no caminho. 3. A fonte das ações:

1) O coração, a mente e a carne dos que não conhecem a Jesus (Mc 7:20-21, Ef 2:3).

2) A carne dos que conhecem a Jesus (Rm 7:18). Obs.: É importante que o evangelista entenda que os pecados (as ações) são a conseqüência do pecado (estado) na vida de uma pessoa. Não adianta corrigir ações erradas se não tratar a fonte: o pecado na vida da pessoa. Sejam ações, seja o estado: os pecados e o “pecado” nos separam de Deus (Is 59:1-2).

b. Justiça. A santidade de Deus nos leva a reconhecer o nosso estado.

i. Manoá, o pai de Sansão (Jz 13:21-23). Ele pensou que morreria por ter

visto o Senhor.

ii. Pedro depois da grande pesca (Lc 5:7-11). Ele reconheceu a profundeza de seu pecado depois de entender o caráter de Jesus.

iii. Os discípulos no barco (Mc 4:35-41; Lc 8:22-25). Eles temeram estar no

barco junto com Jesus, porque reconheceram Sua divindade. Obs.: O evangelista precisa apresentar a santidade de Deus através da sua vida e através das

Escrituras. Isso é essencial para que se tornem adoradores.

c. Julgamento: i. Os mortos antes de Jesus. O A.T. ensina que os mortos foram para o

mesmo lugar chamado Sheol. Jesus ensinou a mesma coisa, mas descreveu um abismo separando o local dos justos e injustos.

1. Os justos foram para Sheol (Gn 37:34) Sepultura = Sheol. Seio de Abraão (Lc 16:22, 25) é o lugar do conforto.

2. (Pv 9:18). Inferno = Sheol. O lugar dos injustos é o inferno (grego: Hades) e é um lugar de tormento (Lc 16:23, 25).

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ii. O que Jesus fez com respeito aos mortos. 1. Os injustos foram informados sobre a ressurreição de Cristo, mas

não mudaram de lugar. 2. Os justos foram liberados para estarem na presença de Deus (Ef

4:8). O paraíso agora ‘é estar na presença de Deus’ (Lc 23:43; 2 Co 12:4; Ap 2:7).

iii. O que acontece com os mortos hoje.

1. Os injustos vão para o mesmo lugar: hades ou sheol. 2. Os justos vão para a presença de Deus e esperarão a ressurreição

(2 Co 5:8; Fp 1:23).

iv. O julgamento final.

1. Os justos da igreja:

1) O arrebatamento (1 Ts 4:13-17; 1 Co 15:51-54) – A ressurreição dos mortos em Cristo e a transformação dos vivos em Cristo.

2) O Julgamento (Rm 14:10; 1 Co 5:10) para determinar os galardões, e não a salvação (3:11-15).

2. Os justos antes de Cristo − Na segunda vinda de Cristo, depois da

tribulação (Ez 20:33-38). 3. Os injustos (Ap 20:11-15).

1) A ressurreição – Receberão um novo corpo também, mas para tormento eterno.

2) O julgamento – Para determinar o sofrimento (Lc 12:47-49).

3) O lago de fogo – O tormento da separação eterna da presença de Deus. Geena – No sul de Jerusalém, existia um vale onde queimavam o lixo, que era um lugar de sacrifício aos deuses falsos. Jesus usou essa palavra para descrever o lugar eterno de julgamento (Mt 4:22; 23:33; Lc 12:5). Veja a descrição de Geena em Mc 9:43-48.

2. Os princípios:

a. As pessoas definem pecado em termo de ações, em vez de estado. Quando

definimos pecado nos referindo a uma ação, as pessoas pensarão na necessidade de correção de sua vida, em vez de uma transformação. Nem todas as ações de uma pessoa que não conhece a Jesus são más. De fato, elas fazem muitas coisas louváveis. A convicção de pecado não deve se limitar a algumas ações, mas estar direcionada ao estado inteiro da pessoa. O arrependimento só acontece quando a pessoa reconhece que precisa de uma nova vida.

b. As falsas religiões negam a realidade de um julgamento divino. Satanás está

querendo que as pessoas pensem que não haverá conseqüências eternas pela sua rejeição de Cristo e por suas ações aqui na terra. Por isso, muitas religiões falsas negam o julgamento eterno. O outro extremo é usar a doutrina do inferno como ameaça para forçar as pessoas a serem fieis à igreja. A realidade é que o que fazemos aqui na terra tem conseqüências eternas, mas Deus quer que sejamos motivados pelo amor, ao invés do temor da punição.

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c. Uma visão da santidade de Cristo leva a pessoa a reconhecer a profundidade do seu pecado. As pessoas têm a tendência de avaliar a sua condição, se

comparando aos outros. Desta forma, suas vidas não parecem tão más. Quando elas se comparam com a perfeição de Jesus, percebem, então, a realidade do seu estado.

d. Deixe o Espírito convencer a pessoa do pecado. Se tentarmos assumir o lugar

do Espírito Santo na vida da pessoa com quem estamos estudando, criaremos uma pressão que poderá levar ao legalismo e à hipocrisia. Quando o Espírito Santo convence a pessoa, Ele produz obediência de coração e alegria. Isto não significa que não responderemos a perguntas como: “É errado para uma pessoa fazer...?” Também não significa que não confrontaremos pessoas que já conhecem a Jesus sobre seus pecados.

3. Os métodos: Introdução às histórias.

Quando uma pessoa compreende a natureza de Jesus ao conhecer Sua vida (Os Sinais), desejará saber o que Deus espera dela. O primeiro passo no caminho para a salvação é o interesse pela Palavra de Deus. O segundo, é o desejo de saber quem é o Jesus da Bíblia. O terceiro, é a compreensão do plano que Deus tem para nossas vidas. Os Sete Sinais são um tipo de "tira gosto" para despertar o interesse pela Palavra. Eles também

servem para apresentar claramente a pessoa de Jesus. Com cada história, as pessoas se sentirão desafiadas com a questão da fé e da impossibilidade de neutralidade a Seu respeito. Se Deus estiver chamando a pessoa, ela terá o desejo de saber mais. Avaliamos esse interesse antes de entrar no estudo de Nicodemos. Muitos gostam de falar sobre religião, mas quando entendem a realidade de um relacionamento com Cristo e as implicações para suas vidas, logo começam a fugir. Por isso, temos quatro estudos: Nicodemos, A Mulher Samaritana, O Jovem Rico, e Zaqueu.

Cada um deles mostra uma reação diferente, de pessoas diferentes, quando se encontraram com Jesus.

a. Nicodemos (Jo 3:1-21). Esse estudo mostra a necessidade de uma total

transformação realizada pelo Espírito Santo, a obra de Jesus na cruz e a realidade do julgamento. Ele deve ser o primeiro, pois apresenta uma pessoa religiosa que precisava de uma transformação total, e não apenas de uma reforma ou de pequenos ajustes.

i. Quem era esse Nicodemos?

1. Um fariseu. 2. Uma autoridade. 3. Um mestre em Israel.

ii. O que ele descobriu sobre Jesus?

1. Que Jesus era um Mestre das Escrituras. 2. Que Jesus tinha sido enviado por Deus. 3. Que Deus estava com Jesus.

iii. Jesus usou quatro ilustrações para apresentar o modo como Deus

dá a vida eterna: 1. O Novo Nascimento − A necessidade de uma nova vida que só

Deus pode dar. 2. O Vento − A impossibilidade de compreender ou explicar o novo

nascimento.

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3. A Serpente de Bronze − A necessidade de arrependimento e de fé para se ter a vida eterna, e o pagamento dos nossos pecados pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

4. As Trevas e Luz − A certeza de um julgamento.

b. A mulher samaritana (Jo 4:1-30). A mulher samaritana faz um bom contraste

com Nicodemos. Esse estudo mostra o alvo da salvação: adoração. Essa história também trata da convicção do pecado, e permite que a pessoa faça uma avaliação das barreiras na sua vida.

i. O que torna essa mulher diferente de Nicodemos?

1. Ela era mulher; e ele, homem. 2. Ela era samaritana; e ele, judeu. 3. Ela nunca tinha ouvido falar de Jesus, e ele viu os sinais. 4. Ela era imoral, e ele seguia a Lei.

ii. As barreiras do evangelho colocadas pela mulher: 1. Preocupação com o mundo material − Ela estava mais

interessada nas necessidades físicas. 2. Indisposição para admitir seus pecados − Ela mudou de

assunto. 3. Religião − Ela tentou defender a idéia de que todos os caminhos

levam ao mesmo "deus". 4. Vergonha dos outros − Ela ia ao poço ao meio-dia para evitar os

outros. Depois, anunciou aos outros o que Jesus lhe havia falado.

c. O jovem rico (Lc 18:18-23). Essa é uma história de uma pessoa religiosa que não estava disposta a reconhecer o seu pecado. Certifique-se de que a pessoa entende que a Lei não salva, mas apenas revela o estado da pessoa.

Quem era esse jovem:

1. Era Judeu. 2. Era Rico. 3. Era Religioso. 4. Recusou admitir seus pecados. 5. Recusou vender tudo e seguir a Cristo.

d. Zaqueu (Lc 19:1-9). Zaqueu é um contraste com o jovem rico. Essa história

exibe o fruto de uma vida transformada. Quem era esse Zaqueu:

1. Era judeu. 2. Era rico. 3. Traidor de seu país. 4. Reconheceu o seu pecado.

5. Deu metade de sua riqueza aos pobres, espontaneamente. Tarefas:

1. Estudo: A Mulher Samaritana (páginas 36-43). 2. Leitura: Marcos 9-10. O que podemos aprender sobre humildade nestes trechos?

3. Tarefa: Pergunte a cinco pessoas que não conhecem ao Senhor se elas acreditam que

Deus as julgará pelos pecados. Se acharem que sim, pergunte qual seria a base para tal julgamento. Quer dizer, qual seria o critério ou norma que Deus usaria para julgá-las?

4. Oração: Peça a Deus que você viva sua vida e realize seu ministério com o incentivo da

realidade de um julgamento. Adore a Deus pela Sua santidade e justiça.

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A Oitava Lição:

O processo da evangelização: Graça

A semente: As pessoas só compreendem a graça de Deus quando entendem a

impossibilidade delas mesmas fazerem algo para merecer o favor de Deus. Depois de reconhecer seu estado, a pessoa compreende a impossibilidade de fazer algo na sua própria força para merecer o favor de Deus. A única maneira de uma pessoa poder ser salva é pela graça, e não por mérito ou desempenho. Toda religião ensina um sistema de mérito. Jesus ensinou o caminho para salvação imerecida pela sua graça, mediante a fé. As pessoas só podem ser salvas pela graça de Jesus.

Versículo chave: Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram (Atos 15:11). Pedro defendeu o fato de que tanto os judeus quanto os gentios foram salvos pela graça, quer dizer, sem mérito.

Parábola: O filho pródigo (Lc 15:11-32). 1. O filho mais novo:

a. Ofendeu o pai (v.12). b. Perdeu tudo (v.14). c. Mas reconheceu que não merecia nada do pai (v.18-19).

2. O filho mais velho: a. Ofendeu o pai (v.28-30) – Acusando-o de ser injusto e não regozijou-se com ele. b. Pensou que podia merecer o favor do pai (v.29).

3. O pai: Estendeu sua graça aos dois (v.22-23; 31), mas só o mais novo aceitou.

Exposição:

1. A base bíblica:

a. Definição: (Romanos 5). A palavra “graça” aparece oito vezes neste capítulo.

i. A ofensa: Contrasta com a graça. Seu resultado é:

1. O estado do pecado. 2. Morte: condenação.

ii. A graça: Quando aplicada produz:

1. Vida. 2. Justificação.

iii. Graça é o favor imerecido concedido às pessoas que não podem

salvar a si mesmas, por causa do Seu amor. Note como a Bíblia

descreve as pessoas sem Cristo: 1. Fracas (v.6). 2. Ímpias (v.6). 3. Pecadoras (v.8). 4. Inimigas (v.10).

iv. A fonte: Seu amor imerecido (v.8).

b. A graça nos transforma: (Ef 2:1-10).

i. Nosso estado sem Cristo: (v.1-3).

1. Mortos espiritualmente – sem percepção. 2. Vivendo conforme o mundo. 3. Escravizados pelo diabo. 4. Andando segundo a carne.

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ii. O que Cristo fez: (v.5-6). 1. Nos co-vivificou – Abriu nossos olhos. 2. Nos co-ressuscitou – Nos deu uma nova vida. 3. Nos co-assentou – Nos deu uma nova posição.

iii. Porque Cristo fez: Sua graça (v.5,8). Não há nenhum motivo para

orgulho. 1. Misericórdia. 2. Amor. 3. Bondade.

iv. Como a graça é aplicada: Mediante a fé (v.8).

v. O resultado da graça: Boas obras (v.10).

c. O resultado da graça na vida de Paulo (1 Co 15:7-10).

i. Paulo não era digno de ser salvo nem de ser um apóstolo. 1. Tornou-se apóstolo “fora do tempo”. 2. Perseguiu a igreja.

ii. Ele foi salvo e se tornou apóstolo pela Sua graça. iii. A graça foi o motivo e a força do seu ministério.

d. O resultado da graça nas nossas vidas: (Tt 2:11-12).

i. A graça salva. ii. A graça santifica: Nos ensina a:

1. Negar impiedade e paixões mundanas; 2. Viver sensata, justa e piedosamente.

2. Os princípios:

a. Graça é o contrário do que todas as religiões ensinam. Toda religião é

baseada num sistema de mérito ou desempenho: sacrifícios, orações, ofertas, promessas, votos, cerimônias, lugares, rituais, etc. A idéia de que Deus nos dá algo sem merecermos é difícil das pessoas aceitarem, especialmente se gastaram as suas vidas praticando sua religião para obter o favor de Deus. Por isso, Jesus foi criticado pelos religiosos quando prostitutas, ladrões e publicanos se achegaram a Ele. Paulo escreveu Gálatas, Colossenses e Romanos para combater a religião de mérito. Pois isso é uma das maiores barreiras ao Evangelho.

b. Os piores pecadores têm mais facilidade em entender e abraçar a graça de

Deus. Conforme o dito de um amigo: “Vidas podres são bons estercos para a

semente do Evangelho brotar”. Quando uma pessoa reconhece seu estado de perdida e que está sem condições de se ajudar, a graça tem mais sentido. Pessoas religiosas têm dificuldade em admitir sua necessidade da graça.

3. Os métodos: A graça de Deus é mais bem entendida quando pode ser vista de forma

ativa na comunidade. A graça é manifesta nos relacionamentos. Por isso, é importante expor pessoas ao corpo de Cristo gradualmente, para que entendam que somos Seus discípulos (Jo 13:34-35), que o Pai enviou o Filho (Jo 17:21) e que a igreja é a multiforme glória de Deus (Ef 3:10).

a. Leve outras pessoas junto com você quando estiver estudando. Ao entrosar

outras pessoas, o evangelizado começará a entender mais sobre Deus, porque estará vendo mais do corpo de Cristo. Isto promoverá elos entre a pessoa que está estudando e a igreja. Além disso, despertará os membros da igreja para a importância da evangelização.

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b. Convide a pessoa evangelizada para atividades informais da igreja. Depois de conhecer algumas pessoas da igreja, o evangelizado se sentirá mais à vontade em participar dos eventos informais da igreja como festas, churrascos, jantares ou qualquer tipo de encontro. A pessoa começará a se sentir parte de um movimento maior.

c. Convide a pessoa para participar de uma Família Espiritual. As Famílias

Espirituais são encontros mentores onde a Palavra de Deus é compartilhada, enfatizando-se uma vida prática com Deus. A transparência e o compartilhar informal estimulará a pessoa a entender como o corpo de Cristo funciona. Ela terá uma visão da igreja como um organismo, ao invés de uma organização.

d. Convide a pessoa para uma celebração. Isto completará o entendimento do

corpo de Cristo. É um testemunho forte ver o povo de Deus em adoração. Tarefas:

1. Estudo: O Jovem Rico, e Zaqueu (páginas 44-53).

2. Leitura: Marcos 11-12. Como Jesus respondeu quando questionado?

3. Tarefa: Faça um ato de serviço ou bondade para alguém que não conhece a Jesus. Faça

como ato de adoração, e não com o motivo de compartilhar Cristo com suas palavras. 4. Oração: Ore pelos que estão compartilhando Cristo com outros. Peça que o Senhor lhes

dê sabedoria, discernimento e amor ao comunicar a Bíblia. Ore para que Deus abra os olhos das pessoas que estão estudando. Adore a Deus pelo Seu amor, pela Sua graça e misericórdia.

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A Nona Lição: O processo de evangelização:

Arrependimento A semente: Para uma pessoa receber a nova vida, precisa “abrir mão” da velha vida. Para Jesus transformar uma pessoa, é preciso que ela reconheça, primeiramente, sua necessidade de uma nova vida. Se não houver um desprendimento das coisas terrenas, não será possível experimentar a regeneração. Chamamos esse reconhecimento da necessidade de uma nova vida, “abrir mão” da velha vida de arrependimento. Tal atitude envolve remorso pelo pecado, abandonar a velha vida e olhar na direção de Cristo. Este arrependimento é produzido por Deus, depois dEle abrir os olhos da pessoa.

Versículo chave: Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam (Atos 17:30). Paulo declarou que todos necessitam de se arrepender da sua velha vida.

Parábola: Os dois senhores (Mt 6:24, Rm 6:16-18; Cl 1:13-14). Todo mundo é escravo de algo. Jesus falou que ninguém podia ser escravo do dinheiro e de Deus ao mesmo tempo. Paulo deixou claro que é impossível para uma pessoa oferecer sua vida a Deus e continuar escrava do pecado. Ele também falou que Cristo nos liberou do domínio das trevas (Satanás) para fazermos parte do Seu reino, para sermos servos de Deus. Arrependimento é repudiar a velha vida e os velhos mestres para viver uma nova vida, servindo ao Senhor.

Exposição: 1. A base bíblica:

a. Arrependimento envolve reconhecer o custo. (Lc 14:25-35).

i. Valorizar relacionamento com Cristo acima de todos os relacionamentos humanos (v.26).

ii. Valorizar Cristo acima de sua vida (v.27). iii. Considerar se estamos dispostos a pagar o preço de seguir a Jesus. Duas

parábolas (v.28-33): 1. O homem construindo uma torre: desistiu. 2. O homem indo para a guerra: não tinha condições de ganhar.

iv. Não se pode misturar as coisas: é tudo ou nada (v.34-36). Sal misturado é ineficaz. Um “cristão” que não se arrependeu não tem valor.

b. Os passos para arrependimento: (1 Ts 1:9).

i. Deixar: “Virar as costas” à velha vida. Repudiar as coisas velhas.

ii. Converter-se: Não é mudar de religião, mas mudar de direção. Depois de

“virar as costas” à velha vida, viramos em direção a Deus. Uma mudança de direção. A palavra “arrependimento” significa uma mudança de mente. Em outras palavras, tudo muda.

iii. Servir: Significa adoração. Em vez de viver para si mesma, a pessoa

passa a viver para Deus. Agora, tem um novo Senhor.

c. A diferença entre remorso e arrependimento.

i. Judas. Remorso sem arrependimento (Mt 27:3). Ele se sentiu mal pelo que

fez, traindo Jesus. A palavra é semelhante a do arrependimento (remorso = metamelomai; arrependimento = metanoo). Significa uma tristeza e uma mudança de idéia.Pedro. Pedro também chorou amargamente por ter

negado Jesus (Mt 26:75). Seu remorso o levou ao arrependimento. Ele foi perdoado e restaurado (Jo 21:14-17). A tristeza causada pela convicção do Espírito Santo sempre produz arrependimento (2 Co 7:8-11).

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d. O paradoxo: (Mt 16:24-28).

i. Quem quiser salvar sua vida (preservar o velho homem e a velha vida) a perderá (inferno).

ii. Quem perder sua vida (arrependimento) a ganhará (vida eterna).

2. Os princípios: a. O arrependimento é um dom de Deus (At 11:18). Devemos mostrar as Escrituras

e estudar com as pessoas, mas só Deus pode produzir arrependimento na vida das pessoas. Devemos trabalhar em conjunto com o Espírito, expondo as Escrituras, sem tentar fazer Sua obra, forçando que as pessoas se decidam.

b. O verdadeiro arrependimento leva à fé e à mudança. A Bíblia e o mundo ao

nosso redor estão cheios de exemplos de pessoas que se arrependeram superficialmente. Essas pessoas não chegaram à fé verdadeira, porque ainda confiavam em si mesmas. Não houve uma mudança real, porque continuavam amando as coisas do mundo, ou a aprovação dos outros.

c. O arrependimento envolve as emoções, o intelecto, a vontade e, como

conseqüência, nossas ações. O arrependimento envolve todo nosso ser:

i. As emoções: Só porque alguém chora, não quer dizer que está

arrependida, pois o arrependimento verdadeiro sempre traz um profundo sentimento de tristeza por causa do pecado.

ii. O entendimento: A pessoa arrependida está ciente do seu pecado e de

seu estado perante Deus.

iii. A vontade: Há um desejo de mudar e deixar tudo o que não agrada a

Deus. Isso não significa que a pessoa não peca mais, mas o seu desejo é parar de pecar.

iv. As ações: A conseqüência dessas transformações internas é uma

mudança progressiva no comportamento. João Batista exigiu dos fariseus o fruto de uma vida arrependida (Mt 3:8).

3. Os métodos: Introdução ao “Propósito da Vida”.

Por meio de Os Sete Sinais a pessoa de Jesus foi apresentada. Os estudos das Histórias são mais profundos do que Os Sete Sinais e mostram a necessidade da pessoa se posicionar com relação a Jesus. Agora, O Propósito da Vida é um estudo ainda mais profundo, que ajudará muito os que estão buscando a Deus a entender o plano da salvação.

Esse estudo é central nos nossos métodos de evangelismo.

a. A ênfase de O “Propósito da Vida”:

i. Levar a pessoa à convicção do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8-11). ii. Revelar a pessoa de Jesus. iii. Mostrar a graça de Deus. iv. Fazer a diferença entre religião e um relacionamento íntimo com Deus. v. Focalizar a vida de adoração.

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b. Mostrar a importância de se associar com outros seguidores de Jesus. O Propósito da Vida.

i. O Primeiro Estudo: O Propósito da Vida (At 17:24-31). Para levar a

convicção da justiça – O caráter do Deus verdadeiro.

ii. O Segundo Estudo: A Condição do Homem (Rm 3:9-12; Ef 2:1-3). Para

trazer a convicção do pecado.

iii. O Terceiro Estudo: O Que Acontece Quando Uma Pessoa Morre? (Lc 16:19-31). Para dar a convicção do juízo.

iv. O Quarto Estudo: Como ter um Relacionamento com Deus (Ex 20:3-17;

Mt 521-22, 27-28; At 20:20-21). Para demonstrar a impossibilidade do homem se salvar por si mesmo.

v. O Quinto Estudo: Salvos pela graça (Rm 4:1-4; Ef 2:1-10; Lc 15:11-32).

Para entender a graça.

vi. O Sexto estudo: O Caminho para a Vida com Deus (Jo 3:3-6; Ro 4:17-21). Para entender o arrependimento e a fé.

vii. O Sétimo Estudo: A Obra de Jesus Cristo (Fl 2:5-11; Mc 15-16;Is 53).

Para se entender o que Jesus fez.

viii. O Oitavo Estudo: O que Eu Preciso Fazer? Para desafiar a pessoa a

entrar num relacionamento com Cristo, espontaneamente. Tarefas:

1. Estudo: O primeiro e segundo estudos de “O Propósito da Vida” (páginas 54-72). 2. Leitura: Marcos 13-14. Por que a profecia é importante?

3. Tarefa: leia um jornal ou uma revista. Que problemas são resultado de pecado? Que

atitudes pecaminosas as pessoas demonstram? 4. Oração: Peça a Deus que Ele mostre as áreas da sua vida que Ele quer mudar.

Continue orando pelas pessoas que estão estudando, a fim de que reconheçam suas necessidades.

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A Décima Lição: O processo de evangelização:

Fé A semente: Fé é uma identificação com Jesus Cristo e uma confiança total nEle, e não no

nosso próprio mérito ou desempenho. Quando a pessoa reconhece seu estado ou condição e a necessidade da graça de Deus, ela se arrepende da velha vida, fixando os olhos em Cristo. Nesse ponto, confia inteiramente no mérito de Jesus Cristo e no que Ele fez na cruz, em vez de confiar na sua própria capacidade de agradar a Deus. Ela confia na graça do Senhor Jesus. Essa fé não é uma afirmação intelectual sobre o que Jesus fez, mas é uma identificação com a pessoa dEle e com a Sua obra. Essa fé leva a pessoa a morrer espiritualmente com Jesus e a ressuscitar junto com Ele. O resultado dessa obra divina é um relacionamento íntimo com Deus. Só Deus é capaz de produzir esse tipo de fé na vida de uma pessoa.

Versículo chave: Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhando com a doutrina do Senhor (Atos 13:12). O ensinamento da Palavra de Deus levou o homem a crer no Senhor Jesus. O sinal apenas confirmou o ensino. Parábola: Grão de Mostarda (Mt 17:20-21). Mesmo sendo pequena, a fé vem de Deus e é eficaz. Aquela fé que é pequena, progressivamente, cresce. A pessoa passa a ter mais e mais confiança em Deus. Jesus estava se utilizando de uma figura de linguagem: a hipérbole (que consiste no exagero de um fato): a menor fé muda a maior coisa.

Exposição:

1. A base bíblica: A palavra ‘fé’ significa confiança. Fé é deixar de confiar na sua habilidade

ou merecimento e passar a confiar em Jesus e em Sua obra. A fé envolve:

a. Humildade: i. O centurião (Lc 7:1-10). Apesar dos judeus falarem que ele era digno, na

sua humildade, reconheceu que não merecia ter Jesus na sua casa. Jesus teria se tornado impuro, aos olhos dos judeus, se tivesse entrado na casa dele.

ii. A mulher siro-fenícia (Mt 15:21-28; Mc 7:24-30). Ela reconheceu sua

indignidade, mas mostrou confiança na bondade de Jesus. b. Dependência. Humildade e dependência são a entrada no reino de Deus (Mt 5:3).

“Humilde” significa “pobre como um mendigo”, quer dizer, sem recursos próprios, mas vivendo na dependência de Deus.

c. Confiança:

i. Abraão: (Rm 4:16-20). 1. Encontrava-se numa situação impossível – Ele, velho; e a esposa,

estéril. 2. Não confiou no seu esforço (Já havia tentado ajudar Deus a cumprir

Sua promessa, mas não deu certo). 3. Confiou na promessa de Deus. 4. Confiou no poder de Deus.

ii. Provérbios 3:5-7.

1. Confie no Senhor, não em seus recursos. 2. Confie nEle para dirigir sua vida. 3. Não confie na sua própria sabedoria. 4. Adore a Deus e abandone o mal.

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d. Identificação: A palavra fé é mais do que acreditar, pois implica um envolvimento e identificação com Cristo. Romanos 6 ensina que nossa fé nos leva a estar:

i. Crucificados com Jesus (v.3). ii. Sepultados com Jesus (v.4). iii. Ressuscitados com Jesus (v.5).

Fé vai além de somente acreditar no fato de Cristo ter morrido por nós, Sua cruz passa a

ser nossa experiência.

e. Ação: A fé verdadeira sempre produz obras.

i. Definição de fé: (Hebreus 11:1).

1. Ação baseada na certeza do futuro, a qual não podemos ver. 2. Ação baseada na convicção de algo que Deus declarou, mesmo

não podendo ver.

ii. Exemplos de fé: 1. Abel foi quem adorou da maneira que Deus havia mandado,

mesmo não sabendo por quê (Hb 11:4). 2. Enoque foi quem andou em comunhão com Deus, mesmo não

podendo vê-lO (Hb 11:5). 3. Noé foi quem se preparou para o dilúvio, mesmo não sabendo o

que era chuva (Hb 11:7). 4. Abraão foi quem obedeceu, mesmo não sabendo aonde ia e o que

iria fazer (Hb 11:8).

iii. Fé sem obras é morta (Tg 2:14-26).

1. Fé sem obras não salva (v.14). 2. Fé sem obras é inútil (v.15-16). 3. Fé sem obras é morta (v.17) 4. Fé sem obras é impossível de se comprovar (v.18-20). 5. A fé de Abraão foi comprovada pelas suas obras (v.211-24). 6. As obras são a evidência de que a fé existe (v.25).

2. Os princípios:

a. A fé vem de Deus. A fé não pode ser produzida pelos nossos argumentos. Não é

natural confiar em Deus, o qual não vemos, em vez de confiar nos nossos recursos. Por isso, a fé verdadeira é produzida por Deus e precisamos orar para as pessoas chegarem a este ponto.

b. A Palavra de Deus produz fé. Milagres, programas e argumentos não produzem

fé. Só a Palavra pode levar a pessoa a crer (1 Co 2:1-4, Rm 10:17).

c. Às vezes, as pessoas precisam chegar ao “fundo do poço” para parar de confiar em si mesmas e confiar em Deus. As pessoas podem se interessar pela

Palavra e compreendê-la, mas, às vezes, precisam passar por uma crise para chegarem a ponto de confiar na obra de Cristo. Por isso, é importante estar envolvido na vida das pessoas e estar alerta para perceber o momento em que a pessoa está mais aberta para depositar sua fé em Cristo.

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3. Os métodos: Evangelização é mais do que uma aula ou pregação. É um envolvimento

na vida das pessoas. Paulo falou que ofereceu aos tessalonicenses: “... não somente o evangelho de Deus, mas igualmente, a nossa própria vida.” (1 Ts 2:8). Quer dizer, ele não somente deu uma aula, mas investiu sua vida neles.

a. Seja transparente. Eles se abrirão com você quando você se abrir com eles. b. Estude com a pessoa em variadas situações. Deixe-a observar sua vida em

varias situações. c. Esteja presente nos momentos difíceis. Visitas em tempos de dificuldade

comunicam amor.

d. Ajude a pessoa. Esteja alerta às oportunidades para servir a pessoa.

e. Ore pela pessoa. Pergunte como pode orar por ela, e leve os seus pedidos

perante o Senhor regularmente. Tarefas:

1. Estudo: O terceiro e quarto estudos de “O Propósito da Vida” (páginas 73-84).

2. Leitura: Marcos 15-16. Como Jesus reagiu quando acusado e maltratado?

3. Tarefa: Compartilhe o que está aprendendo deste curso com alguém de sua igreja, que

não está participando da evangelização. 4. Oração: Peça que Deus continue desenvolvendo sua fé, para que confie, não nos seus

próprios recursos, mas no poder de Deus manifestado por meio de sua vida.

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A Décima Primeira Lição: A disciplina e perseverança do semeador

A semente: Aquele que é fiel e perseverante na evangelização produzirá fruto que permanece. Um estilo de evangelização que exige um investimento de vida, de tempo e transparência dá resultados sólidos, mas é um processo lento. É possível que o evangelista invista sua vida por muito tempo e tenha como resultado a rejeição da pessoa a Cristo. Isso pode trazer desânimo, mas os resultados vêm com perseverança. Aqueles que continuam evangelizando, desenvolvem discernimento para reconhecer em quem devem investir. O importante é não olhar os resultados, mas lembrar que Deus está querendo fidelidade da nossa parte. Versículo chave: Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus (Atos 20:24). Paulo não deixou as dificuldades desta vida impedi-lo de completar seu ministério. Isto tornou-se o alvo da sua vida.

Parábola: Os talentos (Mt 25:14-30). As pessoas foram julgadas, não pelos resultados, mas pela fidelidade em relação às oportunidades. Às pessoas que foram fiéis no pouco, foi-lhes confiado ainda mais. Se formos fiéis e perseverantes com as oportunidades na evangelização, Deus abrirá a porta para mais estudos. Exposição:

1. A base bíblica: Não queremos dar a idéia de que a evangelização é fácil. As pessoas

que produzem fruto que permanecem, têm certas qualidades. O que se segue são qualidades espirituais que deverão estar sendo desenvolvidas pelos que querem ser eficientes para Deus.

a. Perseverante (1 Ts 2): Quando uma pessoa estiver realizando o ministério para

agradar ao homem, ou por benefício pessoal, as oposições e dificuldades a levarão a desistir. Se for motivado pela adoração, nunca desistirá.

i. Houve fruto no seu trabalho (v.1), porque houve perseverança. ii. A situação (v.2): Maltratados em Filipos. iii. O resultado: Eles tiveram ousadia para pregar em Tessalônica também. iv. A razão:

1. Negativa: Não para agradar homens. O ministério não estava baseado na falsidade, para conseguir benefícios próprios. Se fosse, teriam desistido (v.3).

2. Positiva: Para agradar a Deus. O ministério foi confiado a eles pelas mãos de Deus. Paulo entendia que Deus estava constantemente examinando suas motivações. Seu alvo era agradar a Deus. Sua motivação era agradar o Senhor (v.4).

3. Positiva: Porque amava os tessalonicenses (v.7-9).

b. Separado (2 Tm 2:3-4): Como um soldado i. O soldado persevera na fase do sofrimento. ii. O soldado não fica enrolado com as atividades deste mundo. iii. O soldado tem o objetivo de agradar a Deus.

c. Disciplinado (2 Tm 2:5): Como um atleta. O alvo é completar o percurso e ser

coroado. O atleta é disciplinado (conforme as normas), porque tem um objetivo. d. Trabalhador (2 Tm 2:6): Como um lavrador. O alvo é o fruto. O lavrador é

paciente e trabalha até cansado, porque quer ver os frutos.

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2. Os princípios: a. Precisamos de perseverança e disciplina para produzir frutos. No início do

trabalho de evangelização, parece que teremos muitos resultados. Muitas pessoas mostram interesse e outros cristãos se juntam ao trabalho. Gradualmente, os contatos desistem, e os outros que estão ajudando no trabalho desanimam. As pessoas que frutificam não desistem. Elas perseveram e continuam semeando. Deus abençoa tal persistência.

b. Organização não abafa a espontaneidade. A evangelização deve ser natural,

flexível e espontânea. Algumas pessoas não gostam de apostilas, tabelas e prestação de contas, porque acham que estes recursos limitam a pessoa e não dá espaço para o Espírito Santo trabalhar. Devemos lembrar que:

i. Apostilas dão direção. Se não há um plano, os estudos evangelísticos

estarão sem direcionamento. Os estudos e conversas não são limitados às perguntas e trechos da apostila.

ii. Apostilas permitem que o trabalho de evangelização seja transferível.

Um dos objetivos é de envolver todos no trabalho de evangelização. Estudos apostilados dão base para que todos possam passar o evangelho para um amigo, parente ou colega.

iii. Organização ajuda na persistência. Quando há organização, não

perdemos contatos e não nos esquecemos dos estudos. Uma boa organização nos leva a sermos mais responsáveis e perseverantes.

iv. Organização nos ajuda a avaliarmos os métodos e nos encoraja com

os resultados. Uma boa organização produz estatística. Podemos avaliar o que está dando certo e o que não tem dado fruto. Muitas vezes, focalizamos os resultados negativos. Mas, quando olhamos no quadro maior, podemos nos regozijar com o que o Senhor tem feito no nosso meio.

c. Flexibilidade é necessário. Não há um método que possa ser usado com todos

os grupos e em todas as situações. Algumas pessoas dizem que o contato pessoal foi o método que deu certo. Outras falam o contrário. Algumas pessoas gostam de começar com o “Propósito da Vida” e depois examinar as “Histórias”. Outras nem usam “Os Sinais”. O que é importante é que experimentemos várias maneiras para descobrirmos contatos e de realizarmos estudos, até encontrarmos o estilo mais eficiente.

d. É importante formar uma equipe. Temos uma tendência de pensar que a

evangelização é algo individual. De fato, a evangelização é um trabalho da igreja. Algumas pessoas são boas em semear (descobrir contatos), outras em regar (realizar estudos) e outros em ceifar (terminar os estudos e levar a pessoa a confiar em Cristo). Quando trabalhamos como equipe, somos mais eficazes, porque podemos ajudar uns aos outros conforme nossos dons. Com uma equipe, há organização, encorajamento e prestação de contas. Há vitórias no nível do grupo que dá ânimo a todos.

3. Os métodos:

a. O uso das tabelas. Dois aspectos da organização são importantes: O uso do

tempo e o acompanhamento dos contatos. Elaboramos duas tabelas para ajudar o evangelista nessas áreas.

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LISTA DE CONTATOS

NOME

ENDEREÇO

HORÁRIO

OS SETE SINAIS

1 2 3 4 5 6 7

NICODEMOS

1 2 3

M u l h e r

1 2

Jovem

Zaqueu

O PROPÓSITO

DA VIDA

1 2 3 4 5 6 7

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Horários do Evangelista

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

De M

an

À T

ard

e

À N

oit

e

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i. A Lista de Contatos. Nesta tabela, há o nome da pessoa, seu endereço e lugares

para marcar os estudos completos. Esta tabela dever ser usada para: 1. Oração: Ore para Deus abrir os olhos da pessoa conforme o estudo. 2. Prestação de contas: Para o seu mentor ou líder do grupo avaliar o seu

trabalho. 3. Lembrar: Quando estamos fazendo vários estudos, e esquecermos qual foi o

último estudo que fizemos. Verifique qual foi o último estudo antes de chegar ao

encontro, para não dar a impressão de que a pessoa é mais um de seus “projetos” de evangelização.

ii. Os horários do evangelista: Esta tabela ajuda o evangelista a planejar sua semana. O branco representa os horários que as pessoas trabalham. Não é bom tentar descobrir contatos nesses horários.

b. Avaliação: A equipe deve sentar com o líder periodicamente para avaliar o desempenho

dos evangelistas e os resultados. i. Como está usando o seu tempo? ii. Estamos descobrindo contatos, ou fazendo os estudos nos horários certos? iii. O que está funcionando? iv. O que não está funcionando? v. O que as pessoas estão tendo dificuldade de entender? vi. O que você está fazendo de diferente? vii. O que mais deveríamos estar fazendo?

c. Formando uma equipe: A função de uma equipe de evangelização da igreja é de

promover a evangelização entre todos da igreja. Esta equipe deve: i. Orar pelos contatos uns dos outros individualmente, e juntos com o grupo. ii. Submeter-se e dar relatórios à liderança da igreja e ao pastor. iii. Sair, periodicamente, de porta em porta para descobrir contatos. iv. Promover eventos evangelísticos. v. Dar relatórios, periodicamente, durante as celebrações. vi. Avaliar o desempenho uns dos outros, acompanhando um ao outro durante os

estudos. Como podemos melhorar? vii. Prestar contas com o líder do grupo, no uso do tempo e da fidelidade. viii. Levar pessoas da igreja, que não fazem parte da equipe, quando estiver fazendo

estudos para animá-las a participarem da evangelização. ix. Promover treinamento com o ensino do material desta apostila.

d. Deixando a porta aberta – Quando uma pessoa desiste do estudo, não devemos cortar o

relacionamento. Devemos continuar a: i. Orar pela pessoa. Às vezes, anos depois, Deus lhe abre os olhos. ii. Manter contato. Ligar ou passar na casa de vez em quando. iii. Enviar estudos. Algumas pessoas mandam estudos pelo correio. iv. Convidar a pessoa para eventos.

Tarefas:

1. Estudo: O quinto e sexto estudos de “O Propósito da Vida” (páginas 85-106). 2. Leitura: 2 Timóteo. Como Paulo encorajou Timóteo a continuar seu ministério nas dificuldades? 3. Tarefa: Faça uma entrevista com alguém que tenha mais de cinco anos de experiência fazendo

estudos evangelísticos: a. Quais são as melhores alegrias de se estudar com as pessoas? b. Quais são as dificuldades? Ficou desanimado alguma vez? c. Por que ele continua estudando com as pessoas?

4. Oração: Peça a Deus por perseverança, paciência e sabedoria. Adore a Deus pela sua paciência.

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A décima segunda Lição: O que acontece quando uma pessoa entra num relacionamento

com Cristo O fruto

A semente: Quando uma pessoa entra num relacionamento com Cristo, ela se torna uma nova

pessoa. O objetivo da evangelização não é acrescentar membros à igreja, mas multiplicar os seguidores de Jesus que estão envolvidos no trabalho. As pessoas que estão sendo evangelizadas devem, ao serem transformadas, envolver-se imediatamente no processo de evangelização de outras pessoas. Isto é importante para o desenvolvimento espiritual dela. A evangelização não deve produzir cristãos passivos.

Versículo chave: E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus. Ora, todos os que o ouviram estavam atônitos e diziam: Não é este o que exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes? (Atos 9:20-21). A vida transformada de Paulo impressionou as pessoas, porque ele imediatamente começou a proclamar a Cristo.

Parábola: O grão de mostarda (Mc 4:30-34). O grupo que está evangelizando é pequeno, e o processo de multiplicação parece lento, mas aquele que é o menor, tem o potencial de se tornar o maior. Estudos um a um não aumentam o tamanho da igreja rapidamente, mas o crescimento é constante e sólido.

Exposição: 1. A base bíblica: O fruto da evangelização eficaz é:

a. Vidas transformadas: (2 Co 5:17). Por causa da morte do velho homem e nascimento do

novo, a pessoa vive uma vida diferente, que as pessoas notam. Se não há mudança nas atitudes e ações, não houve conversão.

b. Boas obras (Ef 2:10): Conversão e nova vida sempre resultam em boas obras, fazendo

bem para outros como fruto de amor.

c. Uma vida de impacto (1 Ts 1:2-10):

i. O fruto da fé (confiança no Senhor), da esperança (vivendo acima das circunstâncias) e do amor (v.2-3).

ii. Vidas transformadas (v.5-6): 1. Poder – uma vida transformada. 2. Imitadores – Seguiram o exemplo de Cristo e de Paulo.

iii. Impacto (v.8-9): 1. Modelo. 2. A Palavra repercutiu. 3. As pessoas sabiam do impacto do evangelho nas suas vidas.

d. Multiplicação (At 13:48): Quando há vidas transformadas, a Palavra se espalha. As pessoas com nova vida passam a compartilhar o que aprenderam porque “não podemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos” (At 4:20).

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2. Os princípios:

a. Comece a passar a visão de evangelização antes da pessoa se converter. Logo no

início do seu estudo evangelístico, explique que você deseja que, um dia, a pessoa que está sendo evangelizada também possa estudar a Bíblia com outra pessoa, da mesma forma que está recebendo o estudo. Os estudos que usamos são fáceis e, quando a pessoa termina de realizá-los, está preparada para começar um estudo com uma outra pessoa. Não é necessário completar o curso desta apostila para que o evangelizado estude com uma outra pessoa.

b. Envolva logo os novos convertidos na evangelização. Há uma tendência de pensar

que o novo convertido precisa aprender e se preparar primeiro. Devemos envolver a pessoa o mais rápido possível, porque:

i. Ela está vivendo seu primeiro amor – Ela tem uma história para contar. ii. Ela aprende quando está compartilhando – As coisas que está aprendendo da

Palavra têm uma aplicação imediata. iii. Ela pode aproveitar as amizades, enquanto as pessoas estão dispostas a ouvir.

Gradualmente, alguns amigos começam a se afastar do novo convertido. iv. Não queremos que ela se torne uma cristã passiva. Quando mais tempo o

evangelizado passar sem envolvimento, mais provavelmente se tornará passivo. 3. Os métodos: Discipulado.

a. Afirmação: Depois de entregar sua vida a Cristo, a pessoa passa a avaliar o que fez. É

importante afirmar a decisão da pessoa. i. Fale do que aconteceu com você. ii. Apresente outros que têm experimentado a nova vida, que contem o que Jesus lhes

fez.

b. Desenvolvimento: i. O alvo:

1. Conhecer a Sua posição em Cristo. 2. Viver a realidade da sua posição em Cristo. 3. Ajudar outros a permacerem em Cristo.

ii. Como:

1. Estudos um a um. 2. Grupos menores.

4. O material de Discipulado:

a. Lançando um Alicerce Firme e Caminhando com Cristo: Nessas apostilas, os novos

convertidos fazem uma avaliação da sua vida e tornam-se enraizados na sua posição em Cristo. As disciplinas espirituais pessoais são apresentadas aqui.

b. Descobrindo e Vivendo a igreja: O Corpo de Cristo: A essência da igreja é

apresentada para ajudar a pessoa a se encaixar no corpo de Cristo. As disciplinas para serem praticadas com outros discípulos são apresentadas nessa apostila.

c. Nossa Guerra Espiritual: Essa guerra é uma purificação da vida da pessoa para liberá-

la de toda influência do mal.

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d. Sendo um em Cristo: Sem casamentos fortes, a igreja não pode ser forte. Essa

apostila é para ser estudada com três ou quatro casais. Ela trata dos assuntos essenciais para um bom casamento.

e. Perguntas Importantes I: As perguntas surgem durante o discipulado. Por causa do

grande número de pentecostais, haverá perguntas sobre o Espírito Santo.

f. Perguntas Importantes II. Outras perguntas que envolvem questões sobre a eternidade

são tratadas.

5. Envolvimento. Discipulado é mais do que um estudo. É um relacionamento. Por meio de um tempo juntos, a pessoa passa a se envolver no trabalho. Queremos que a pessoa desenvolva:

i. Uma vida evangelística: compartilhando Cristo com outros e realizando estudos.

ii. Uma vida de discipulado: ajudando outros a viverem uma vida santa por meio da

intimidade com Deus.

iii. Uma vida ativa na igreja: Não somente freqüentando-a, mas integrando-se ao

Corpo e usando seus dons para servi-lo.

Tarefas: 1. Estudo: O sétimo e oitavo estudos de “O Propósito da Vida” (páginas 107-126). 2. Leitura: Leia Romanos 6 em oração, a cada dia, esta semana. Que impacto este trecho teve na

sua vida?

3. Tarefa: Continue estudando com as pessoas até completar “O Propósito da Vida” com alguém.

4. Oração: Agradeça a Deus pelas coisas que aprendeu durante este curso. Peça para que você

continue aprendendo e se aperfeiçoando no ministério de evangelização.

DEUS NOS ABENÇOE!!

Apostila: TREINAMENTO PARA CEIFEIROS, Bruce Triplehorn, Editor

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