curriculo eja sedf (3)
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Fevereiro de 2013
CURRCULO EM MOVIMENTOEDUCAO DE JOVENS E ADULTOS
SECRETARIA DE EDUCAO DO DISTRITO FEDERAL
Livro 7
Verso para Validao
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Governador do Distrito FederalAgnelo Queiroz
Secretrio de EducaoDenilson Bento da Costa
Secretria Adjunta de EducaoMaria Luiza Fonseca do Valle
Subsecretria de Educao BsicaSandra Zita Silva Tin
Colaboradores:
Adriana Aparecida Barbosa Ramos Matos, Adriana Helena Teixeira, Adriana Tosta Mendes, Aldeneide Dos Santos Rocha, Alexandra Pereira Da Silva, Alexandre Viana Araujo Da Silva, Aline de Menezes, lvaro Sebastio Teixeira Ribeiro, Amanda MidriAmano, Ana Jos Marques, Ana julia E. Heringer Salles, Ana Lucia F. de Brito, Ana Maria de Lima Fagundes, Ana Paola Nunes Oliveira Lima, Ana Paula Santos de Oliveira, Anderson de F. Matias, Andr Lucio Bento, Andr Wangles de Arajo, Andrei Braga da Silva, Andria Costa Tavares, Anna Izabel Costa Barbosa, Antnia Lima Cardoso, Antonio Carlos De Sousa, Antnio Eustquio Ribeiro, Ari Luiz Alves Paes,Ariomar da Luz Nogueira Filho, Arlene Alves Dutra, Avelina Pereira Neves, Carla Ramires Lopes Cabaleira,Carlos Alberto Mateus da Silva, Carlos Dos Santos Escrcio Gomes, Carmen Silvia Batista, Cassia De Oliveira Hiragi, Ctia Cndido da Silva, Ctia De Queiroz Domingues, Clia Aparecida Faria Almeida, Csar Alexandre Carvalho, Ccero Lopes de Carvalho Neto, Clia Cardoso Rodrigues da Silva, Cira Reis Araujo De Sousa, Claudia De Oliveira Souza, Cleide de Souza M. Varella, Cleonice Martins dos Reis, Cristiane Alves de Assis, Cristiano de Sousa Calisto, Daniel Ferraz, Daniel Policarpo S. Barbosa, Deborah Christina de Mendona Oliveira, Deborah Moema Campos Ribeiro, Denise Formiga M. de Castro, Denise Marra de Moraes, Dhara Cristiane de Souza Rodrigues, Edileuza Fernandes da Silva, Edna Rodrigues Barroso, Edna Sanches, Edvan Vieira Das Virgens, Elaine Eloisa De Almeida Franco, Elayne Carvalho da Silva, Elna Dias, Elson Queiroz De Oliveira Brito, Elzimar Evangelista, Emilia Helena Brasileiro Souza Silva, rica Soares Martins Queiroz, Erika Goulart Arajo, Ester Shiraishi, Eudcia Correia Moura, Eugnia Medeiros,EvandirAntonioPettenon, Fani Costa De Abreu, Francisca das Chagas A. Franco, Francisco Augusto Rodrigues De Mattos, Frederico Dos Santos Viana, Geovane Barbosa de Miranda, Gilda Das Graas E Silva, Gilda Ferreira Costa, Gilmar Ribeiro de Souza, Giovanna Amaral da Silveira, Gisele Lopes Dos Santos, Gisele Rocha do Nascimento, Gleidson Sousa Arruda, Goreth Aparecida P. da Silva, Helen Matsunaga, Helenilda Maria Lagares, Hlia Cristina Sousa Giannetti, Helio Francisco Mendes, Hiram Santos Machado, Idelvania Oliveira, Ildete Batista do Carmo, Ilma Maria FilizolaSalmito, Iracema Da Silva De Castro, Irair Paes Landin, Irani Maria Da Silva, Iris Almeida dos Santos, Isla Sousa Castellar,Ivanise dos Reis Chagas , Jailson Soares Barbosa, James Oliveira Sousa, Jamile Baccoli Dantas, Jane Leite dos Anjos, Janilene Lima da Cunha, Jaqueline Fernandes, Jardelia Moreira Dos Santos, JeovanyMachoado dos Anjos, Joo Carlos Dias Ferreira, Joo Felipe de Souza, Joaquim V. M. Barbosa, Jorge Alves Monteiro, Jose Batista Castanheira De Melo, Jos Norberto Calixto, Jose Pereira Ribeiro, Jose Wellington Santos Machado, Julia Cristina Coelho, Juliana
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Alves De Arajo Bottechia, Juliana Ruas de Menezes, Jlio Csar Ferreira Campus, Ktia Franca Vasconcellos, Ktia Leite Ramos, Larcio Queiroz da Silva, LatifeNemetala Gomes, Laurice Aparecida Pereira Da Silva, Leila DArc de Souza, Ldia Danielle S. de Carvalho, Ligia Da Silva Almeida Melo, Liliani Pires Garcia, Luclia de Almeida Silva, Luciano da Silva Menezes, Lcio Flvio Barbosa, Lucy Mary Antunes dos Santos, Luiz Carlos Pereira Marinho, Luzia Inacio Dias, , Luzia Oliveira do Nascimento, Maicon Lopes Mesquita, Maira I. T. Sousa, Manoel Alves da Silva, Marcelo L. Bittencourt, Mrcia Andria B. Ramos, Mrcia de Camargo Reis, Mrcia Forechi Crispim, Marcia Lucindo Lages, Mrcia Santos Gonalves Coelho, Mrcio Antnio Sousa da Silva, Marcio Mello Nbrega Soares, Marcio Melo Freitas, Marcos Antonio da Silva, Margarete Lopes dos Santos, Maria Aparecida Sousa, Maria Cristina Dollabela, Maria da Glria da Mota, Maria do Rosario Rocha Caxanga, Maria Goreth Andrade Dizer, Maria Irene Barros, Maria Ireneuda de Souza Nogueira, Maria Juvanete Ferreira da Cunha Pereira, Maria Luiza Dias Ramalho, Maria Rosane Soares Campelo, Mario Bispo Dos Santos, Mrio Srgio Ferrari, Marta Carvalho de Noronha Pacheco, Matheus Ferreira, Maura da Aparecida Leles, Maxwendel Pereira De Souza, Michelle Abreu Furtado, Milton Soares da Silva, Miriam Carmem Magalhaes Miranda, Moacir Natercio F. Jnior, Ndia Maria Rodrigues, Nair Cristina da Silva Tuboiti, Natalia de Souza Duarte, Neide Rodrigues de Sousa, Neide Silva Rafael Ferreira, Nelly Rose Nery Junquilho, Nilson Assuno de Arajo, Nilson Couto Magalhaes, Nilva Maria Pignata Curado, Norma Lcia Neris de Queiros, Odaiza Cordeiro de Lima, Olga Freitas, Oraniel de Souza Galvo, Pablo Da Silva Sousa, PatriaLiliande Castro Rodrigues, Patrcia Carneiro Moura, Patricia Coelho Rodrigues, Patrcia Nunes de Kaiser, Paula Miranda de Amaral, Paulo Cesar Dos Anjos, Paulo Cesar Rocha Ribeiro, Paulo Henrique Ferreira da Silva, Paulo Ricardo Menezes, Pedro Alves Lopes, Pedro Anacio Camarano, Pedro de O. Silva, Plnio Jos Leite de Andrade, Porfirio Magalhes Sousa, Priscila Poliane de S. Faleirom, Rafael Batista de Sousa, Rafael Dantas de Carvalho, Rafael Urzedo Pinto, Raimundo Reivaldo de Paiva Dutra, RaniereR. Silva de Aguiar, Raquel Vila Nova Lins, Regeane Matos Nascimento, Regina Aparecida Reis Baldini de Figueiredo, Regina Lcia Pereira Delgado, Reinaldo Vicentini Jnior, Rejane Oliveira dos Santos, Remsia F T De Aguiar, Renata Alves Saraiva de Lima, Renata CallaaGadioli dos Santos, Renata Nogueira da Silva, Renata Parreira Peixoto, Renato Domingos Bertolino, Rinaldo Alves Almeida, Rober Carlos Barbosa Duarte, Roberto de Lima, Robison Luiz Alves de Lima, Roger Pena de Lima, Roslia Policarpo Fagundes de Carvalho, Rosana Cesar de Arruda Fernandes, Rosangela Delphino, Rosangela Toledo Patay, RosembergHolz, Samuel WvildeDionisio de Moraes, Sara dos Santos Correia, Srgia Mara Bezerra, Sergio Bemfica da Silva, Srgio Luiz Antunes Neto Carreira, Shirley Vasconcelos Piedade, Snia Ferreira de Oliveira, Surama Aparecida de Melo Castro, Susana Moreia Lima, Tadeu Maia, Tania Cristina Ribeiro de Vasconcelos,Tadeu Queiroz Maia, Tania Lagares de Moraes, Telma Litwinuzik, Urnia Flores, Valeria Lopes Barbosa, Vanda Afonso Barbosa Ribeiro, Vanessa Ribeiro Soares, Vania Elisabeth AndrinoBacellar, Vnia Lcia C. A. Souza, Vasco Ferreira, Verinez Carlota Ferreira, Veronica Antonia de Oliveira Rufino, Vinicius Ricardo de Souza Lima, Viviany Lucas Pinheiro, Wagner de Faria Santana, Wando Olmpio de Souza, Wanessa de Castro, Washington Luiz S Carvalho, Wdina Maria Barreto Pereira, Welington Barbosa Sampaio, Wellington Tito de Souza Dutra, Wilian Grato.
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Proposta de validao do currculo em movimento
Esse Currculo em Movimento intenta enfrentar as fragilidades que as escolas pblicas do Distrito Federal vm apresentando. Procura, especialmente, romper com as barreiras sociais, polticas, econmicas e culturais que segregam unidades escolares e distorcem as possibilidades de aprendizagem dos estudantes.
A construo do Currculo em Movimento iniciou-se em 2011, nas unidades escolares das quatorze Coordenaes Regionais de Ensino, com a anlise das potencialidades e fragilidades do Currculo Experimental. Essas e outras anlises foram debatidas em sete Plenrias Regionalizadas ainda no ano de 2011. As sugestes foram sistematizadas e serviram de base para o Projeto Poltico Pedaggico Carlos Mota, lanado no primeiro semestre em 2012, e para essa verso do Currculo, construda coletivamente por professores e professoras dessa casa. Esse processo ajudou a ampliar a compreenso sobre os caminhos a serem percorridos na educao pblica do Distrito Federal.
Tambm em 2012, foram realizadas eleies diretas para Diretores e Conselhos Escolares e institudo o Frum de Educao do Distrito Federal, previstos na Lei 4.751 de 2012 Lei da Gesto Democrtica. Assim, em um processo de reformulao da dinmica da gesto da educao e defendendo os princpios da cidadania, da diversidade, da aprendizagem e da sustentabilidade humana, o Currculo em Movimento passa agora por um processo de socializao e validao democrtica pela Comunidade Escolar.
Com inteno de assegurar voz e vez a cada integrante de nossa comunidade escolar, convidamos todos e todas para participarem do processo de validao do Currculo em Movimento. Para organizao do trabalho, sugerimos o seguinte roteiro:
1) Validao do Currculo em Movimento pela Comunidade das Unidades Escolares:
a. Perodo fevereiro e maro.b. Estratgia - A comunidade escolar estudar o Currculo em Movimento de
sua etapa/modalidade. Aps as discusses a escola faz seus apontamentos de supresso, acrscimo e alterao e elege seus representantes por etapa/modalidade para validao Regional.
2) Validao do Currculo em Movimento nas Coordenaes Regionais de Ensino:a. Perodo abril e maio.b. Estratgia Os representantes das unidades escolares, em plenrias Regionais,
a partir de sistematizao prvia das sugestes das escolas, formulam sua proposta Regional.
3) Validao Distrital do Currculo em Movimento: a. Perodo junho.b. Estratgia Em Conferncia prpria, o Currculo em Movimento ser validado
e publicado, permitindo a toda a comunidade escolar do Distrito Federal conhecimentos e metodologias significativas e identitrias de nossa poltica educacional.
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Sumrio
Proposta de validao do currculo em movimento .................................................... 4Consideraes iniciais .............................................................................................. 11CEJAd Coordenao de Educao de Jovens e Adultos ........................................... 12Orientaoes curriculares para a EJA ......................................................................... 12Amparo legal da modalidade .................................................................................. 14Objetivo 15Demanda e oferta da modalidade no DF ................................................................. 15Perfildoestudante .................................................................................................. 16Concepes do currculo da EJA ............................................................................... 17Eixos integradores .................................................................................................. 20 Prope-se a cultura e o trabalho como eixos integradores para a EJA. ...... 20
Procedimentos metodolgicos ................................................................................ 20Perspectivas de avaliao das aprendizagens .......................................................... 21Os campos/espaos da EJA ...................................................................................... 22Orientaoes operacionais para a EJA ....................................................................... 23 1) Dos formatos da oferta ......................................................................... 23
Sobre a organizao do semestre ............................................................................ 26Sobre a idade mnima para ingresso ........................................................................ 27Sobre a oferta de vagas ........................................................................................... 28Sobre a chamada pblica para matrculas ............................................................... 28Sobre avaliao dos estudantes ............................................................................... 28Cronograma das etapas para implementao da nova EJA no DF ........................... 29Propostas de contedos para a EJA .......................................................................... 30
Os Eixos Integradores: Mundo do Trabalho e Cultura ...................................... 301 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 321 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 331 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 341 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 351 Segmento - Matemtica ............................................................................. 361 Segmento - Matemtica ............................................................................. 371 Segmento - Matemtica ............................................................................. 381 Segmento - Matemtica ............................................................................. 391 Segmento - Arte ......................................................................................... 401 Segmento - Arte ......................................................................................... 411 Segmento - Arte ......................................................................................... 421 Segmento - Arte ......................................................................................... 43
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1 Segmento Histria e Geografia ................................................................ 441 Segmento Histria e Geografia ................................................................ 451 Segmento Histria e Geografia ................................................................ 461 Segmento Histria e Geografia ................................................................ 471 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 481 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 491 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 501 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 511 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 521 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 531 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 541 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 552 Segmento Lngua Portuguesa .................................................................. 562 Segmento Lngua Portuguesa .................................................................. 572 Segmento Lngua Portuguesa .................................................................. 582 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 592 Segmento Educao Fsica ...................................................................... 602 Segmento Educao Fsica ...................................................................... 612 Segmento Educao Fsica ...................................................................... 622 Segmento Educao Fsica ...................................................................... 632 Segmento Arte ........................................................................................ 642 Segmento Arte ........................................................................................ 652 Segmento Arte ........................................................................................ 662 Segmento Arte ........................................................................................ 672 Segmento Matemtica ............................................................................ 682 Segmento Matemtica ............................................................................ 692 Segmento Matemtica ............................................................................ 702 Segmento Matemtica ............................................................................ 712 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 722 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 732 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 742 Segmento Cincias Naturais ..................................................................... 752 Segmento Histria ................................................................................... 762 Segmento Histria ................................................................................... 772 Segmento Histria ................................................................................... 782 Segmento Histria ................................................................................... 792 Segmento Geografia ................................................................................ 802 Segmento Geografia ................................................................................ 812 Segmento Geografia ................................................................................ 822 Segmento Geografia ................................................................................ 832 Segmento Ingls ...................................................................................... 842 Segmento Ingls ...................................................................................... 85
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2 Segmento Ingls ...................................................................................... 862 Segmento Ingls ...................................................................................... 87
Ensino Religioso....................................................................................................... 882 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 902 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 912 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 922 Segmento Ensino Religioso ...................................................................... 933 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 94Segmento - Lngua Portuguesa ........................................................................ 953 Segmento Lngua Portuguesa ................................................................... 963 Segmento Educao Fsica ....................................................................... 973 Segmento Educao Fsica ....................................................................... 983 Segmento Educao Fsica ....................................................................... 993 Segmento Arte .......................................................................................1003 Segmento Arte .......................................................................................1013 Segmento Arte .......................................................................................1023 Segmento Matemtica ...........................................................................1033 Segmento Matemtica ...........................................................................1043 Segmento Matemtica ...........................................................................1053 Segmento Fsica ......................................................................................1063 Segmento Fsica ......................................................................................1073 Segmento Fsica ......................................................................................1083 Segmento Qumica .................................................................................1093 Segmento Qumica .................................................................................1103 Segmento - Qumica ..................................................................................1113 Segmento Biologia ..................................................................................1123 Segmento Biologia ..................................................................................1133 Segmento Biologia ..................................................................................1143 Segmento Histria ..................................................................................1153 Segmento Histria ..................................................................................1163 Segmento Histria ..................................................................................1173 Segmento Geografia ...............................................................................1183 Segmento Geografia ...............................................................................1193 Segmento Geografia ...............................................................................1203 Segmento Filosofia .................................................................................1213 Segmento Filosofia .................................................................................1223 Segmento Filosofia .................................................................................1233 Segmento Sociologia ..............................................................................1243 Segmento Sociologia ..............................................................................1253 Segmento Sociologia ..............................................................................1263 Segmento Ingls .....................................................................................127
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3 Segmento Ingls .....................................................................................1283 Segmento Ingls .....................................................................................1293 Segmento Ensino Religioso ....................................................................130
Referncias .............................................................................................................131
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Apresentao
Mulheres e homens,
somos os nicos seres que,
social e historicamente,
nos tornamos capazes de aprender.
Por isso, somos os nicos em quem aprender
uma aventura criadora,
algo, por isso mesmo, muito mais rico
do que meramente repetir a lio dada.
Aprender para ns construir,
reconstruir, constatar para mudar,
o que no se faz sem abertura ao risco
e aventura do esprito.
Paulo Freire
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AnotaesConsideraes iniciais
O caminho proposto para a finalizao das orientaes
curriculares e operacionais para a modalidade Educao de Jovens
e Adultos (EJA) tomou como base o fato de que, ao construir um
novo currculo, temos o desafio de instalar um novo jeito de fazer
Educao de Jovens, Adultos e Idosos na rede pblica de ensino do
Distrito Federal.
No possvel a implantao de um novo currculo em
um modelo que j no atende o seu pblico principal: estudantes
trabalhadores.
Pensa r uma nova EJA para o DF requer repensar
fundamentalmente o trip que sustenta a modalidade: o currculo,
o funcionamento da modalidade e a formao continuada dos
profissionais atuantes.
Avanar na modalidade requer repensar prticas e
concepes, pactuar princpios, propor diretrizes, reformular
orientaes e normas, rever formatos e metodologias.
Sendo assim, apresentamos de forma preliminar e inicial
a proposta de Currculo e das Diretrizes Operacionais para a
modalidade com o desafio de que o texto-base apresentado
seja coletivamente experimentado, debatido, analisado e
complementado no primeiro semestre de 2013 , com vistas
implantao na totalidade das escolas com oferta da modalidade
no segundo semestre.
As orientaes aqui expostas partem do acmulo de
discusses sobre Currculo ao longo das plenrias regionais ocorridas
em 2011 e nos GTs, em 2012; nos encontros de Dilogos na EJA;
nas reunies pedaggicas com coordenadores intermedirios; nos
encontros formais e informais com professores e ou comunidade
escolar; nas visitas realizadas nas unidades escolares e CRE;
nos espaos de discusso e interao sobre a EJA com outros
organismos, organizaes, seminrios, eventos, encontros.
Esperamos que os debates em torno da proposta
apresentada sejam tambm momento oportuno para a reflexo
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e desenvolvimento profissional das prticas pedaggicas, das aprendizagens coletivas, da
apropriao de novos saberes e troca de experincias.
Ao final, estabelecemos um calendrio bsico de apresentao, discusso e implantao
da proposta.
Certos de que teremos a contribuio de todos e todas, avante ao trabalho!
CEJAd Coordenao de Educao de Jovens e AdultosOrientaoes curriculares para a EJA
A Educao de Jovens e Adultos (EJA) uma modalidade de educao destinada ao
atendimento a pessoas jovens, adultas e idosas, trabalhadores com empregabilidade ou no,
que no iniciaram ou interromperam seu percurso formativo escolar em algum ou em diferentes
momentos de sua trajetria de vida.
Essas pessoas, sujeitos de saberes, encontrando-se muitas vezes margem da cultura
letrada e do acesso aos bens culturais e sociais, pelos mais variados motivos relacionados s
condies sociais e econmicas, retornam para a escola buscando iniciar ou dar continuidade ao
processo de escolarizao interrompido, em geral, mais de uma vez.
Em geral, o regresso desse educando para a escola se d na modalidade EJA. Constitui
uma possibilidade de organizao do conhecimento formal com vistas elevao da escolaridade,
possibilidade de ascenso social, econmica e acadmica. Para atender a essa demanda to
especfica, faz-se necessrio um currculo voltado s singularidades da pessoa jovem, adulta ou
idosa com a diversidade presente em suas origens e culturas. Compreender as funes da Educao
de Jovens e Adultos implica desenvolver prticas curriculares que incorporem as especificidades
e a diversidade cultural presentes no universo dos jovens, adultos e idosos, criando situaes e
ou estratgias de aprendizagem que dialoguem com seus saberes, conhecimentos, experincias
e projetos de vida.
Segundo Soares (2005), Na escola, no raras vezes, os jovens e adultos enfrentam o desafio de aceit-la tal qual est posta e fazem
um esforo gigantesco para atingir a ressignificao de si prprios, superando marcas desagradveis de
experincias anteriores, de insucesso (pois muitos j frequentaram escola). Os jovens e adultos populares
no so acidentados ocasionais que, ou gratuitamente, abandonaram a escola. Esses jovens e adultos repetem histrias longas de negao de direitos, histrias coletivas. As mesmas de seus pais, avs, de sua
raa, gnero, etnia e classe social. Quando se perde a identidade coletiva racial, social, popular dessas
trajetrias humanas e escolares, perde-se a identidade da EJA e passa a ser encarada como mera oferta
individual de oportunidades pessoais perdidas (SOARES et al., 2005 - p.30).
Dadas as caractersticas fundamentais da EJA, importante se faz ofertar o atendimento
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Anotaes
da demanda, tomando como base o sujeito em sua integralidade,
diversidade - tanto no que diz respeito vida social quanto ao
mundo do trabalho - percebendo e entendendo esse indivduo em
busca de seu espao social, com possibilidades e perspectivas de
aprendizagem ao longo da vida.
Um dos desafios da modalidade a ampliao da oferta
em diferentes formatos: presencial, semipresencial e a distncia.
Esse fator se tornar uma importante estratgia rumo ao acesso
educao, permanncia e ao xito dos estudantes da EJA, pois
no basta ofertar a modalidade, h que se pensar na permanncia
desses sujeitos na escola.
Quanto Alfabetizao, entendida como entrada,
devendo ser atendida nas duas primeiras fases do Primeiro
Segmento. Portanto, o programa DF Alfabetizado uma ao-tarefa
que visa ampliar o acesso Alfabetizao com o compromisso da
continuidade dos estudos, sendo os alfabetizados encaminhados
rede com matrcula garantida, fortalecendo assim a Modalidade
com abertura de novas turmas e o atendimento demanda
reprimida.
Outro desafio de dilogo com o Currculo para a modalidade
a especificidade que perpassa e caracteriza o sujeito da EJA: sua
relao com o mundo do trabalho atividade humana de produo
social e cultural da prpria forma de vida que deve integrar o
processo educativo vivido. Os jovens e adultos trabalhadores,
empregados ou no, esto em busca de perspectivas de trabalho
que atendam necessidade existencial e de sobrevivncia num
projeto de sociedade sustentvel.
Sendo assim, apresenta-se o trabalho como um princpio
educativo, atividade necessria aos sujeitos da EJA estudantes,
professores, gestores a partir do momento em que se reconhecem
como trabalhadores, por meio de uma educao emancipatria e
democrtica.
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Amparo legal da modalidade
O amparo legal da modalidade Educao de Jovens e Adultos (EJA) inicia-se pelo princpio
constitucional da educao como direito de todos, apresentado na Carta Magna. Na Lei 9.394, - Diretrizes e Bases da Educao Nacional a EJA est contemplada nos artigos 37 e 38, a saber:
Art. 37. A educao de jovens e adultos ser destinada queles que no tiveram acesso ou continuidade de
estudos no ensino fundamental e mdio na idade prpria.
1 Os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aos jovens e aos adultos que no puderam efetuar
os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as caractersticas do
alunado, seus interesses, condies de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 2 O Poder Pblico viabilizar e estimular o acesso e a permanncia do trabalhador na escola, mediante
aes integradas e complementares entre si. 3o A educao de jovens e adultos dever articular-se preferencialmente com a educao profissional, na forma do regulamento (Includo pela Lei n 11.741, de 2008).
Art. 38. Os sistemas de ensino mantero cursos e exames supletivos, que compreendero a base nacional
comum do currculo, habilitando ao prosseguimento de estudos em carter regular. 1 Os exames a que se refere este artigo realizar-se-o:
I - no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II - no nvel de concluso do ensino mdio, para os maiores de dezoito anos. 2 Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais sero aferidos e
reconhecidos mediante exames.
J o Conselho Nacional de Educao (CNE), em sua Resoluo n 1/2000, dispe sobre
as Diretrizes Nacionais para a Educao de Jovens e Adultos, e na Resoluo n 3/2010, institui
as Diretrizes Operacionais para a Educao de Jovens e Adultos quanto durao dos cursos,
idade mnima para ingresso nos cursos para certificao e desenvolvida por meio da Educao a
Distncia.
Ainda no Parecer 11/2000, o CNE dispe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
EJA, enfatizando o direito educao, define como modalidade da educao bsica, estabelece
funes e princpios, apresenta flexibilidade de organizao e durao, trata o currculo e a
metodologia de forma contextualizada e dispe sobre a necessidade de formao especfica para
os educadores.
As pessoas privadas de liberdade tambm constituem pblico da EJA e o CNE dispe sobre
as Diretrizes Nacionais para a oferta de educao para jovens e adultos em situao de privao
de liberdade em estabelecimentos penais, na Resoluo CNE/CEB n 2/2010.
No que diz respeito profissionalizao, destaca-se a Resoluo CEB/CNE n 6, que
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio, o
Decreto n 5.840/2006, que institui o Programa Nacional de Integrao da Educao Profissional
Educao Bsica na Modalidade de Educao de Jovens e Adultos (PROEJA).
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Anotaes
Em mbito local, o Conselho de Educao do Distrito
Federal, em sua Resoluo n 1/2012, Seo IV, estabelece normas
para a Educao de Jovens e Adultos possibilitando a partir dela a
organizao por perodos, segmentos, semestres, fases; a matrcula
por componente curricular ou por outra forma de organizao; a
adoo de currculos flexveis e diversificados; formas de avaliao
e de frequncia adequados realidade dos jovens e adultos e
garantia de matrcula em qualquer poca do ano.
Objetivo
Promover a escolarizao de pessoas jovens, adultas e idosas
que no tiveram acesso ou interromperam seu processo formativo
escolar, por meio da compreenso de uma prtica educativa que
atenda s especificidades e diversidade dos sujeitos trabalhadores
envolvidos no processo, a fim de dialogar com seus saberes,
culturas, projetos de vida e de articular melhores perspectivas com
o meio social, cultural e com o mundo do trabalho.
Demanda e oferta da modalidade no DF
Segundo dados do IBGE, Censo 2010, a populao do
Distrito Federal de 2.562.963 (dois milhes, quinhentos e
sessenta e dois mil, novecentos e sessenta e trs) habitantes.
Segundo a publicao Indicadores Sociais Municipais: uma anlise
dos resultados do universo do Censo Demogrfico 2010, divulgada
tambm pelo IBGE em 2011, o ndice de analfabetismo no Distrito
Federal de 3,5%, o que corresponde a 68.114 pessoas de 15 anos
ou mais de idade que no sabem ler e escrever.
Dados da CODEPLAN/GDF (2004) apontam para uma
populao de 688.273 jovens e adultos com 15 anos ou mais que
no concluram o ensino fundamental.
Esses nmeros demonstram a amplitude do desafio da
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modalidade.
A SEDF oferece a EJA em unidades escolares no turno noturno, sendo que em algumas
tambm a oferecem no diurno. A oferta da EJA est organizada em cursos presenciais e a
distncia. Na forma presencial, os cursos so organizados em regime semestral. A idade mnima
para ingresso na EJA de 15 anos completos para o 1 e 2 Segmentos, e de 18 anos completos
para o 3 Segmento.
No 1 Segmento, o perfil de atendimento refere-se alfabetizao e ps-alfabetizao de
jovens e adultos. Seu contedo corresponde s sries iniciais do ensino fundamental da Educao
Bsica. Ressalta-se que a alfabetizao a primeira etapa do 1 segmento da EJA e no uma etapa
em separado.
A alfabetizao de jovens e adultos tambm ofertada atravs do Programa: DF
Alfabetizado: juntos por uma nova histria, cujo objetivo o atendimento alfabetizao para
pessoas com 15 anos ou mais com a perspectiva da continuidade do processo de escolarizao
nas turmas de EJA da Rede.
J o 2 Segmento corresponde aos anos finais do ensino fundamental e o 3 Segmento
equivale ao ensino mdio.
Na Rede Pblica de Ensino, no 1 semestre de 2012, o nmero total de matrculas na EJA foi
de 55.365 (cinquenta e cinco mil trezentos e sessenta e cinco pessoas). Censo 1 semestre/2012
A EJA tambm ofertada no sistema prisional. No Distrito Federal, as pessoas privadas
de liberdade so distribudas em seis presdios, de acordo com o regime prisional a que foram
submetidas, e uma unidade de medida de segurana.
Perfildoestudante
Os estudantes da EJA, trabalhadores em atividade ou no, tm perfil plural marcado
pela diversidade geracional e pela presena predominante de afrodescendentes. Denotam
uma realidade complexa e desigual que representa a diversidade cultural, de gnero e social
brasileira. So jovens, adultos, idosos, adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa
(liberdade assistida ou internao), adultos com restrio de liberdade (sistema prisional),
populao em situao de rua (vulnerabilidade social), sujeitos com necessidades educacionais
especiais diagnosticadas ou no, quilombolas, integrantes de movimentos sociais e populares,
trabalhadores da cidade e do campo. Portanto, a EJA a representao viva, na escola, da
diversidade e pluralidade da sociedade brasileira. Atentar-se diversidade e constituir poltica
pblica de permanncia e continuidade para esse atendimento um grande desafio.
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Anotaes
Observada essa diversidade dos estudantes, a Modalidade
deve ocupar-se de um currculo que atenda as concepes e
propostas de EJA voltadas formao humana, que passam
a entender quem so esses sujeitos e que processos poltico-
pedaggicos devero ser desenvolvidos para dar conta de suas
necessidades, desejos, resistncias e utopias (Documento Base
Nacional Preparatrio VI Confintea, 2008).
No possvel compreender o perfil do educando da EJA
sem conhecer sua histria, sua cultura e costumes. necessrio
um olhar que o alcance como um sujeito trabalhador, com
empregabilidade ou no, com experincias de vida distintas e que,
por motivos diversos, em algum momento se afastou da escola.
H ainda que se considerar que so pessoas que voltam
escola buscando alternativas para elevao de sua atuao no
mundo do trabalho ou mesmo para realizao pessoal e social. No
uma deciso fcil de ser tomada e mantida e requer uma luta interior
de quebra de barreiras, preconceitos e paradigmas. So sujeitos com
tempos e espaos diferentes para as aprendizagens e com patrimnio
igualmente diferente de saberes e de valores culturais.
Os mais recentes debates sobre a identidade dos sujeitos
da EJA apontam que a entrada constante de jovens (cada vez
mais precocemente) nessa modalidade de ensino tem sido uma
alternativa para solucionar o insucesso escolar (reprovao
sucessiva, distoro idade/srie ou indisciplina) e como uma
maneira de acelerar os estudos no Ensino Fundamental e no
Ensino Mdio. Contudo, a modalidade no tem plataforma de
poltica pblica ou perfil descritivo para um pblico to juvenil e de
identidade diversa da populao pensada para o segmento.
Concepes do currculo da EJA
O Currculo adequado para a EJA precisa considerar as
caractersticas etrias e de diversidade sociocultural de seus
sujeitos que demandam um formato que respeite seus tempos e
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18
espaos, muitas vezes distintos das outras etapas ou modalidades de educao.
A proposta curricular deve atender necessidade do educando de percorrer trajetrias de
aprendizagens de forma diferenciada, de forma alternada ou em combinaes. Deve possibilitar
a organizao pessoal para o processo de aprendizagem e a apropriao dos saberes de modo
que respeite os ritmos pessoais e coletivos, levando em considerao a distribuio do tempo do
educando trabalhador entre escola, trabalho, filhos, famlia.
Considerar e priorizar as diferentes culturas e os diferentes saberes na construo da
aprendizagem a partir do currculo um desafio cotidiano na modalidade. Os educandos da
EJA, na perspectiva scio-histrico-cultural, so sujeitos com conhecimentos e experincias
(empricas) do saber feito, com trajetrias constitudas no exerccio de suas prticas/relaes
sociais, com experincias acumuladas que os tornam partcipes de seu prprio aprendizado.
Esses saberes j constitudos se tornam currculos importantes na medida em que falam de seus
lugares e atravessam todos os processos construtivos das aprendizagens significativas.
Igualmente faz-se necessrio respeitar seu ritmo de aprendizagem a partir da prpria
trajetria pessoal, uma vez que so sujeitos dotados de saberes -de -experincia-feitos e a
ressignificao desses saberes, no contexto escolar, antecede a compreenso de novos saberes.
Dada a diversidade e singularidade dos sujeitos da EJA, essa ressignificao se dar por mecanismos
diferenciados de socializao e construo/produo de novos conhecimentos.
Nessa perspectiva, cabe EJA um modelo mais flexvel que contemple espao e tempo
de forma singular sem deixar de ser tambm plural, pois os agrupamentos so distintos e
guardam particularidades que no cabem em modelos rgidos ou fechados. Sujeitos que atuam
na estrutura escolar e no mundo do trabalho, simultaneamente, devem ter a possibilidade de ser
contemplados de forma distinta em sua busca por maior capacitao.
O currculo da EJA deve propor-se a trabalhar de forma integrada, ressignificando os saberes
constitudos e agregando novos, dando sentido e significado ao aprendizado. O Documento Base
Nacional Preparatrio VI Confintea reflete sobre essa questo e aponta para a necessidade da
mediao com os estudantesconstrudo de forma integrada, respeitando a diversidade de etnias e manifestaes regionais da cultura
popular, no pode ser previamente definido, e sem passar pela mediao com os estudantes e seus
saberes, bem como com a prtica de seus professores, o que vai alm do regulamentado, do consagrado,
do sistematizado em referncias do ensino fundamental e do ensino mdio, para reconhecer e legitimar
currculos praticados (Documento Base Nacional Preparatrio VI Confintea, 2008).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA (Resoluo CNE/CEB n 1/2000) constituem um
instrumento importante organizao das orientaes curriculares para essa modalidade de ensino.
A alfabetizao parte do 1 Segmento da EJA. Etapa inicial do processo de escolarizao,
a alfabetizao na EJA no deve distanciar-se da continuidade.
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19
Anotaes
Alfabetizar na EJA considerar os saberes constitudos,
partindo destes para o processo de escolarizao propriamente
dito. Utilizar-se de conceitos estabelecidos nas experincias vividas,
das construes coletivas de aprendizagem e das possibilidades de
ressignificao dos conhecimentos anteriormente construdos e/
ou experienciados so aes necessrias ao processo de ensino-
aprendizagem e de avaliao dos sujeitos adultos trabalhadores
presentes na EJA.
O Marco de Ao de Belm, documento final da VI Confintea,
traz a seguinte contribuio: A alfabetizao um pilar indispensvel que permite que jovens e adultos
participem de oportunidades de aprendizagem em todas as fases do
continuum da aprendizagem. O direito alfabetizao parte inerente
do direito educao. um pr-requisito para o desenvolvimento do empoderamento pessoal, social, econmico e poltico. A alfabetizao
um instrumento essencial de construo de capacidades nas pessoas para que possam enfrentar os desafios e as complexidades da vida, da
cultura, da economia e da sociedade.
O desafio que se apresenta a partir dos novos caminhos
para a EJA de avanarmos para uma concepo de aprendizagem
ao longo da vida, em que o processo formativo no termina, mas se
faz presente nos cotidianos histricos desses sujeitos.
Nesse sentido, o currculo da EJA deve considerar o educando
como sujeito histrico e, portanto, passvel de constante e contnuo
aprendizado seja na educao formal, no formal e ou em outras
formas pensadas para atend-lo. Para isso, importante ser um
currculo flexvel em perspectivas diversificadas e alternativas, com
inovaes capazes de romper com modelos rgidos ou escolarizados
demais, sem deixar possibilidades para aprendizes to distintos
como o pblico da EJA.
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Eixos integradores
Prope-se a cultura e o trabalho como eixos integradores para a EJA.
Entende-se como cultura a acumulao dos saberes constitutivos do ser humano em sua
amplitude. Os sujeitos da EJA so dotados de saberes da experincia, acumulados em sua trajetria
de vida e trazem consigo elementos que, aliados uns aos outros, formam um todo possvel de
dilogo com o saber apresentado pela escola em suas diversas reas do conhecimento.
O trabalho, entendido como produo social da vida, parte essencial do sujeito
educando da EJA. O desafio do currculo dialogar com o mundo do trabalho, trazendo sentido
ao que se quer alcanar na escola. No se pode reduzir o trabalho ao preparo do trabalhador
para o mercado, seu ofcio como mercadoria, mas compreender que o trabalho, como forma de
produo da vida, a ao pela qual o homem transforma a natureza e a si mesmo.
Ainda no mundo do trabalho, a nfase na perspectiva da economia solidria deve ser
considerada. O reconhecimento do trabalho como princpio educativo, produtivo e organizado traz
outros elementos para reflexo do papel de cada um na sociedade e na construo de outro nvel
de produo social, de desenvolvimento sustentvel, democrtico, justo, solidrio e de autogesto.
Nessa perspectiva, a EJA deve considerar tambm sua territorialidade, ou seja, em que
contexto a escola est inserida e de que maneira uma nova perspectiva de organizao social do
trabalho pode interferir positiva e favoravelmente no desenvolvimento local e na participao
cidad dos educandos na comunidade.
Tambm no mundo do trabalho a discusso das tecnologias, passando pela relao com
o cotidiano do educando, as possibilidades de interao e socializao, as novas concepes,
avanos e desafios precisa ser inserida. A EJA precisa alcanar as alternativas de insero do
educando nas tecnologias de forma a ampliar sua participao na sociedade, no apenas como
incluso digital, mas no dilogo com o mundo virtual, problematizando-o de forma crtica,
construtiva e criativa.
Cultura e trabalho so eixos que se relacionam entre si e dialogam com os sujeitos
educandos da EJA; portanto, devem permear o processo de construo do conhecimento no
currculo proposto para a modalidade.
Procedimentos metodolgicos
A proposta metodolgica de organizao do trabalho pedaggico para a EJA deve considerar
os eixos estruturantes e integradores apresentados, que devero estar inter-relacionados.
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21
Anotaes
A cultura deve nortear a ao pedaggica, uma vez que ela
permeia as manifestaes humanas, incluindo o trabalho. necessrio
que as experincias de vida, as construes coletivas, os saberes
e culturas acumulados sejam reconhecidos como conhecimentos
sistematizados e compartilhados, possibilitando a reconstruo dos
saberes e dos conhecimentos socialmente veiculados.
As relaes entre cultura, trabalho e conhecimento devem
contemplar a reflexo sobre a diversidade cultural e suas relaes
com o mundo social, ampliando o universo cultural do educando,
bem como considerar as discusses sobre o mundo do trabalho, a
funo do trabalho, suas relaes como os saberes, suas relaes
sociais e de produo material, cultural e social.
Mesmo considerando os eixos estruturantes e articuladores,
a organizao curricular deve ser por componente curricular, sem
desprezar a organizao por reas do conhecimento e a integrao
entre elas. necessrio o dilogo entre as disciplinas, dando
assim sentido aos saberes construdos. importante que no se
fragmente nem se prenda ao tradicional, mas se desafie ao novo e
s novas possibilidades, valorizando e reestabelecendo o processo
de conhecimento nos seus diferentes componentes curriculares.
Deve organizar-se de forma que os contedos culturais
estejam articulados realidade do sujeito da EJA, favorecendo um
processo integrador dos saberes, dando sentido aos contedos, a
partir das reas do conhecimento.
Compreende-se que tanto a seleo de contedos quanto
a metodologia para seu desenvolvimento constituem uma posio
poltica, pedaggica e social para a modalidade. Constitui-se na
dimenso de uma Educao de Jovens e Adultos voltada para
sujeitos trabalhadores.
Perspectivas de avaliao das aprendizagens
A prtica avaliativa na EJA deve considerar o processo
contnuo de aprendizagem que reconhea as possibilidades
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de uma aprendizagem ao longo da vida e no apenas em um momento fragmentado ou
descontextualizado.
Nesse sentido, os instrumentos de avaliao devem repensar e vencer o modelo ou
carter autoritrio do conteudismo e do ato de avaliar, como objeto de punio presente ainda
no sistema tradicional. Importante se faz avaliar percursos, processos e construes, a fim de
se preservar culturas e saberes, perspectivas igualmente significativas, nesse processo de se
constituir sujeitos de uma aprendizagem ao longo da vida.
Assim, a avaliao deve estabelecer uma relao de autonomia do educando, de
possibilidades de refletir sobre sua prtica educativa, seus saberes e a (re)significao desses
saberes dialogados com novos conhecimentos.
Considerando os sujeitos da EJA constitudos de saber e cultura, relacionados com o mundo
do trabalho e em contnuo processo de aprendizagem, valorizando a diversidade e reconhecendo
suas diferenas, a avaliao parte integrante da prxis pedaggica e no deve distanciar-se das
necessidades dos educandos, buscando cumprir seu papel social como modalidade, na formao
da cidadania e na construo da autonomia destes sujeitos.
Os campos/espaos da EJA
Construir orientaes curriculares para a EJA um amplo campo de debates, possibilidades
e necessidades de interao e adequao s realidades de atendimento da modalidade.
A harmonizao dos contedos s estratgias metodolgicas apresenta-se ainda como
desafio, que deve atentar ao campo/espao de atuao/presena da modalidade, sob pena de
tratar de forma igual sujeitos em condies diferentes de aprendizagens.
Por esse motivo, pretende-se formalizar encontros especficos para a construo de
orientaes para adequao curricular, atendendo s especificidades da EJA, suas realidades,
seus sujeitos, seus espaos e seus desafios, ou seja, a EJA nos espaos de privao de liberdade,
na incluso, na Educao Profissional/PROEJA, na Educao no Campo e na EAD.
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23
AnotaesOrientaoes operacionais para a EJA
Aprender e ensinar fazem parte da exis tncia humana, histrica e
social, como dela fazem parte a criao, a inveno, a linguagem, o
amor, o dio, o espanto, o medo, o desejo, a atrao pelo risco, a f, a
dvida, a curiosidade, a arte, a magia, a cincia, a tecnologia []. O ser
humano jamais para de educar-se.
Paulo Freire
Da necessidade de reestruturao da modalidade para
atender ao pblico da EJA, estudantes trabalhadores, como sujeitos
de direitos, foi construda uma proposta que se apresenta como
alternativa para a organizao operacional da modalidade.
Como exposto anteriormente, um novo currculo requer uma
nova estrutura, assim como uma nova estrutura requer um novo
currculo, por isso no embalo dos novos caminhos para a Educao
no DF, a EJA se prope a novas possibilidades de atendimento na
inteno de romper com entraves que vem desestruturando a
modalidade ao longo dos anos.
Compreende-se que o pblico da EJA rene trabalhadores
ligados as mais diversas atividades e setores. So geralmente
pessoas das camadas mais pobres da populao e no medem
esforos para vencer as dificuldades para estudar e atingir seus
objetivos.
As alteraes principais da proposta so: formatos da
oferta, flexibilizao da frequncia, organizao do semestre e
mais possibilidades de oferta de matrcula no semestre a fim de
possibilitar a entrada de estudantes na modalidade em outros
momentos durante o semestre.
Apresentam-se, a seguir, os pontos para o debate, a
experimentao e a reorganizao da modalidade:
1) Dos formatos da oferta
A oferta da EJA no DF obedecer ao disposto na legislao
vigente. Dever ser estruturada, observando-se a carga horria
mnima estabelecida para a modalidade, assim contemplada:
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24
Segmento Fases Carga HorriaEstratgia de
Ensino Observaes
1 Segmento Ensino Fundamental
(Alfabetizao e Sries Iniciais)
04 1.600 Presencial - Possibilidade de articulao com
PROEJA/ FIC
2 Segmento Ensino Fundamental (Sries
Finais)
04 1.600 PresencialSemipresencial
EAD
- Possibilidade de articulao com PROEJA-
FIC
3 Segmento (Ensino Mdio)
03 1.200 PresencialSemipresencial
EAD
Possibilidade de Articulao com PROEJA,
preferencialmente integrado
Observaes:
Cada Fase representa um semestre letivo;
a carga horria a estabelecida na legislao vigente;
no 2 e 3 Segmentos, a chamada pblica para matrcula inicial se dar em dois
momentos, um no incio do semestre e outro, no meio do semestre. Desse modo, a
comunidade ter quatro possibilidades de matrcula nova no ano, ampliando a chance
de voltar escola.
O tempo do percurso formativo dos estudantes depender da avaliao de desempenho,
aplicadas as possibilidades de reclassificao, nos casos cabveis.
Quanto Educao Profissional, a carga horria dever ser respeitada conforme a
legislao, dentro do que estabelece o Catlogo Nacional de Cursos Tcnicos (CNCT), quanto ao
curso escolhido e construo especfica de matriz curricular para o atendimento em articulao
com a Coordenao de Educao Profissional (CEPROF).
A flexibilizao do tempo curricular dos cursos de Educao de Jovens e Adultos, com
avaliao no processo, deve ser construda em funo de atender s peculiaridades do meio
e s caractersticas prprias dos estudantes, quais sejam: dos sujeitos trabalhadores em suas
diferentes realidades, das demandas das escolas do campo, dos assentamentos, dos estudantes
com deficincia, das pessoas privadas de liberdade, da populao em situao de rua.
A Resoluo n 01/2012 do CEDF no s reconhece as especificidades da EJA, como
possibilita em seu Art. 33, Pargrafo nico, a organizao da modalidade de forma a atender mais
de perto estas especificidades: Art. 33. Pargrafo nico. Os cursos de educao de jovens e adultos EJA a que se refere o caput devem adotar currculos flexveis e diferenciados, formas de avaliao e de frequncia adequados realidade
dos jovens e adultos e garantir matrcula em qualquer poca do ano, assegurado o direito de todos
educao (grifo nosso).
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25
Anotaes
Na nova proposta, as possibilidades de oferta de EJA no DF
obedecero seguinte organizao:
I) PRESENCIAL: com mediao presencial e pedaggica
do conhecimento, contedos e experincias significativas
considerando, sobretudo, os saberes acumulados ao longo da vida.
Ser considerado apto o(a) estudante que obtiver 50%
de aproveitamento no total das avaliaes do processo ensino-
aprendizagem do componente curricular.
A frequncia mnima de 75% poder ser flexibilizada
considerando o percentual do resultado da avaliao do processo
de ensino- aprendizagem de no mnimo 50% de aproveitamento
podendo, inclusive, se necessrio, promover alternativas
pedaggicas sob orientao docente que complementem a
exigncia de freqncia assegurando assim as condies para o
pleno exerccio do direito educao e continuidade do percurso
escolar do estudante.
O registro das atividades dever ser realizado diariamente
para efeito de controle, acompanhamento e avaliao do
desempenho dos estudantes.
II) SEMIPRESENCIAL: a carga horria mnima de 30%
(trinta por cento) de forma direta, para mediao presencial dos
conhecimentos, contedos e experincias significativas e 70%
(setenta por cento) de forma indireta, para execuo de atividades
pedaggicas, complementando o total da carga horria exigida
para o curso;
O registro dever ser de ambas as formas, direta e
indireta, para efeito de controle, acompanhamento e avaliao do
desempenho dos estudantes.
O formato semipresencial ser implantado respeitando-se
as especificidades da regio, a demanda diagnosticada e o perfil do
pblico demandante.
III) A DISTNCIA: A oferta da Educao de Jovens e Adultos,
desenvolvida por meio da Educao a Distncia EAD - ser
organizada para atendimento aos 2 e 3 Segmentos. A mediao
didtico-pedaggica nos processos de ensino e aprendizagem
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26
poder ser desenvolvida utilizando-se dos meios de tecnologias de informao e comunicao
TICs, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas por meio do ambiente
virtual de aprendizagem (AVA).
Os Cursos de EJA EAD sero organizados segundo metodologia, gesto e avaliao
peculiares, em consonncia com a RESOLUO CNE/CEB n 3/2010 - Institui Diretrizes
Operacionais para a Educao de Jovens e Adultos EJA nos aspectos relativos durao dos
cursos e idade mnima para ingresso nos cursos de EJA; idade mnima e certificao nos exames
de EJA; e Educao de Jovens e Adultos, desenvolvida por meio da Educao a Distncia.
A EAD ainda dever desenvolver formato prprio para atendimento s pessoas privadas
de liberdade, em situaes especficas no sistema penitencirio, que no podem frequentar
as aulas e que tambm no podem acessar ambiente virtual online. Desta maneira, h que se
construir, obedecendo s normativas, alternativa para atendimento especfico a esse pblico.
Sobre a organizao do semestre
O 1 Segmento, devido a suas especificidades e necessidade de um acompanhamento
pedaggico mais prximo e cotidiano ao educando, permanece inalterado quanto a sua
organizao semestral. Ressaltamos, porm, o fortalecimento da alfabetizao nesse Segmento
com chamadas pblicas especficas.
A organizao do semestre na modalidade passa a ter uma nova configurao para o
Segundo e Terceiro Segmentos, quais sejam:
O semestre, com 100 dias, dividido em dois momentos de 50 dias cada;
Em cada momento, haver a oferta de dois Blocos de disciplinas (Blocos A e B);
Cada Bloco ter um conjunto de disciplinas que, respeitando sua carga horria para o
semestre, ir cumpri-la durante 50 dias, com o dobro de aulas por semana.
O professor passa a atender do total de turmas do semestre: metade no Bloco A, em 50
dias, com nmero de aulas maior, e a outra metade das turmas no Bloco B, nos outros
50 dias do semestre, com igual nmero de aulas semanais ampliadas.
A cada 50 dias letivos, o estudante conclui um Bloco de disciplinas, fato que lhe
possibilitar maior tempo em cada disciplina e maior convvio com o professor durante
esse perodo.
As disciplinas de Matemtica e Portugus no comporo os Blocos em separado,
ficando sua disposio ao longo do semestre.
O estudante poder percorrer o Segmento em que est matriculado de forma horizontal
-
27
Anotaes
e vertical, ou seja, poder cursar todas as disciplinas do
Bloco A para depois cursar todas do Bloco B, ou vencer
as disciplinas nos Blocos A e B seguidamente em cada
momento.
Nova matrcula (para aluno fora da Rede) poder ocorrer
no final de cada momento do semestre, ou seja, no final
de cada Bloco, possibilitando, assim, outros tempo de
matrculas e com isto mais oportunidade de acesso e
permanncia na modalidade.
Exemplo de organizao do semestre:
2013 Ano letivo 200 DIAS
1 Semestre 100 DIAS 2 Semestre 100 DIAS
1 Momento50 DIAS
2 Momento50 DIAS
1 Momento50 DIAS
2 Momento50 DIAS
BlocosA e B
Blocos A e B
Blocos A e B
Bloos A e B
Exemplo de percursos possveis para o estudante:
Horizontal - Fase a Fase
Fase a Fase 1 Momento 2 Momento
5 Fase Bloco A Bloco B
Vertical Bloco a Bloco
Bloco a Bloco Bloco A ou Bloco B
1 Momento 5 Fase Bloco A
2 Momento 6 Fase Bloco A
Sobre a idade mnima para ingresso
Segundo recomendao do CNE, a idade mnima para
ingresso na EJA de 15 anos completos para o 1 e 2 Segmentos,
e de 18 anos completos para o 3 Segmento, cursos e exames ou
para a concluso do ensino mdio, no ato da matrcula, a qualquer
momento do ano letivo.
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28
Sobre a oferta de vagas
A oferta da EJA quanto localizao dever obedecer aos critrios de territorialidade de
residncia ou trabalho, atendendo demanda declarada e oferta da modalidade nos perodos
diurno e noturno, quando possvel, garantindo amplo acesso e permanncia dos jovens e adultos
na escola, consoante o Art. 225 da Lei Orgnica do DF.
Sobre a chamada pblica para matrculas
Caber Secretaria de Estado de Educao do Distrito Federal proceder chamada pblica
para matrculas na Educao de Jovens e Adultos.
A inscrio prvia para matrcula poder ocorrer em parcerias com as Secretarias de
Trabalho, de Desenvolvimento Social, de Segurana Pblica e demais parceiros.
As inscries podero ser pelo telefone 156 e nas secretarias das unidades escolares,
quando da chamada para matrculas.
A Agenda Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetizao e Educao de Jovens
e Adultos o espao para as aes intersetoriais e intrassetoriais de articulao para atendimento
de oferta e demanda da modalidade.
Sobre avaliao dos estudantes
A avaliao da aprendizagem dos estudantes, de acordo com a forma de oferta e a
abordagem escolhida, ser de forma contnua, processual e abrangente.
Esta avaliao se dar com autoavaliao, avaliao em grupo, testes/provas, trabalhos
escolares, projetos de pesquisa e ou outros formatos que forem definidos no PPP da escola.
Os exames para fins de Certificao de Educao de Jovens e Adultos so de responsabilidade
exclusiva da Secretaria de Estado de Educao do Distrito Federal, podendo ser oferecidos de
acordo com a prioridade de oferta das etapas da educao bsica.
Igualmente, a Secretaria de Educao dever fazer chamada pblica para atender ao
perodo de inscrio e realizao dos exames, a ser assegurada de forma gratuita, no mnimo
uma vez ao ano, com ampla divulgao.
Os exames para fins de certificao de Educao de Jovens e Adultos sero realizados para:
I. Concluso da etapa do Ensino Fundamental
II. Concluso da etapa do Ensino Mdio
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Cronograma das etapas para implementao da nova EJA no DF
Perodo Atividades Objetivos
Fevereiro Reunio com as GREB
Reunio com as IE bases-Encontro inicial com professores(a)- Incio da implantao da proposta nas escolas base- Formao dos GT temticos (EJA nas prises, Incluso na EJA, EAD, PROEJA, EJA Campo, Juvenizao na EJA, Formao continuada, Diagnstico, outros)
Apresentao da nova proposta para a modalidade e escolha das IE base para acolher a proposta durante o primeiro semestre, exercitando o fazer em debate. GT temticos para estudo e ampliao da proposta.
Maro Circuito de encontros Dilogos na EJA Reunies dos GT para estudo e finalizao do documento
Circuito de encontros com professores(as) da rede para discusso e dilogo de temticas, tais como, currculo na EJA, mundo do trabalho na EJA, cultura, formao, diagnstico
Abril Circuito para apresentao do documento/proposta final dos GT nas CRE
Apresentao do documento finalizado pelos GT
Maio Coordenao nas CRE
Coordenao pedaggica coletiva nas CRE, sob orientao das coordenaes intermedirias para trabalhar coletivamente as experincias e vivncias da proposta na escola base
Junho Finalizao da proposta e apresentao final do texto
Encontros com representaes das IE, por CRE, para apresentao final da proposta
Julho Preparao das escolas para aplicao da proposta
Agosto Implantao da nova EJA no DF em todas as IE da rede que ofertam a modalidade.
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30
Propostas de contedos para a EJA
Os Eixos Integradores: Mundo do Trabalho e Cultura
A Educao de Jovens e Adultos (EJA) uma modalidade direcionada ao estudante
trabalhador, com empregabilidade ou no e s pessoas que retomam seu percurso de escolarizao.
A proposta poltico-pedaggica para essa modalidade deve assumir fortemente como
ponto de partida o mundo do trabalho e a cultura. Dessa forma, a seleo de contedos para
a EJA deve conter a relao entre os componentes curriculares, os saberes estudantis e suas
origens (familiar, regional, tnica, de gnero) alm de relacion-los com as possibilidades no
campo profissional.
O mundo do trabalho, alm do vis formal, existe em outras formas alternativas de
organizao, como a Economia Solidria cuja perspectiva econmica envolve meios de produo
e comercializao de bens e servios, segundo os princpios da autogesto e do consumo
consciente.
A Economia Solidria - como contedo programtico - dialoga com a perspectiva da
formao integral de pessoas efetivamente emancipadas no mbito de suas relaes sociais, no
apenas de forma subordinada. Estabelece-se como contedo informativo e formativo e capaz
de introduzir a reflexo sobre essas novas formas de organizao para alm dos moldes formais
dos trabalhos assalariados.
Para tanto, faz-se necessrio que os docentes apontem possveis caminhos profissionais
que o estudante possa ter, a partir das caractersticas de cada componente curricular. As profisses
que compem o mundo do trabalho tm quesitos relacionados s reas do Conhecimento. O
desafio fazer a associao para os discentes dessas profisses com os componentes curriculares.
Para tal objetivo, o professor dever tomar por base a realidade profissional do Distrito
Federal, bem como consultar o Catlogo Nacional de Cursos Tcnicos (Ministrio da Educao),
alm das possibilidades de organizao baseadas nos princpios da economia solidria, a fim
de selecionar as ocupaes mais pertinentes, reconhecendo os saberes e a cultura individual,
considerando os aspectos de interesse da turma constatados mediante diagnstico e os
contedos ministrados no momento da seleo.
Os eixos integradores mundo do trabalho e cultura devem perpassar os contedos de
diversas maneiras. O professor poder abordar esse aspecto em pesquisas individuais, coletivas
ou transdisciplinares, com o intuito de elaborar um projeto interdisciplinar da unidade escolar.
A comunidade escolar tem autonomia para decidir a melhor forma de encaminhar essa
relao saber-trabalho e o melhor momento para essa abordagem. Ou seja, pode vir dessa
deciso o entendimento de que essa relao contedo - mundo do trabalho seja abordada nas
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31
Anotaes
ltimas fases de cada Segmento, ou deva aparecer diluda em todas
as fases dos segmentos.
O importante que os eixos integradores mundo do
trabalho e cultura sejam debatidos pela comunidade escolar de
EJA, de modo a contemplarem sua realidade e necessidade e que
constem no projeto poltico-pedaggico da unidade escolar.
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Lngua Portuguesa
DIVE
RSID
ADE/
CIDA
DAN
IA/S
UST
ENTA
BILI
DADE
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ZAGE
NS
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tura
LIN
GU
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ENS
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rtug
us
1 Fase
Importncia das vogais que do sonoridade s demais letras do alfabeto
Formao de palavras com slabas inversas
Formao de palavras e frases Slabas inversas, exemplo: ar, er, ir, or , ur... Produo de textos coletivos
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Lngua Portuguesa
DIVE
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us
2 Fase
Significado das palavras Utilizao do sistema ortogrfico na
produo de frases, textos, aplicando-se os recursos da pontuao
Apropriao do sistema de escrita Leitura de diferentes textos e escrita
de forma mediadora e autnoma no contexto
Organizao do texto Ordem alfabtica Padres da linguagem oral e escrita Signos verbais e no verbais Ortografia Pontuao: vrgula, ponto final, ponto de
interrogao, ponto de exclamao, ponto e vrgula, travesso
Maisculas e minsculas Encontro consonantal Produo de textos coletivos e individuais Compreenso da natureza alfabtica do
sistema de escrita Leitura e interpretao de textos diversos Leitura de imagem Uso do dicionrio Nomes e prenomes Pronomes Sistema ortogrfico Funo social e comunicativa da escrita Leitura de todos os gneros Substantivos, adjetivo, artigo e verbo:
singular e plural Interpretao de texto Significante e significado Conceito de fato e de opinio
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Lngua Portuguesa
DIVE
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IA/S
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3 Fase
Produo de pequenos textos para desenvolver a linguagem dos educandos
Tipos de frase (sintaxe) Fontica s, c, Msica Rima Quadrinhas Leitura de imagens e textos virtuais Plural e ordem alfabtica Pontuao Reparao e refaco de textos Dgrafos ch; nh; lh; rr; ss; gue;
gui; que; qui Emprego do s com som de z; x com
som de z e da letra Z em outros contextos Emprego das letras g e j: jee ji; gee
gi Consoantes c, r, s Letra H Substantivos Adjetivos Artigo Verbo Preposio Pronome Vocabulrio Significado e significante Ortografia Produo de texto Interpretao de texto Semntica Sinnimos, antnimos e homnimos
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Lngua Portuguesa
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4 Fase
Produo de versos, poesias, poemas, pardias, cartas, ditos populares, cordel etc.
Artigos formando combinaes e contraes: masculinos - ao, aos, do, dos, no, nos, pelo, pelos, num, nuns; femininos - , s, da, das, na, nas, pela, pelas, numa, numas
Substantivo: prprios, comuns, concretos, abstratos, compostos, derivados, coletivos (especficos, indeterminados e numricos), primitivos
Flexo do substantivo: nmero singular e plural; grau aumentativo e diminutivo
Gnero, nmero e grau Adjetivo ptrio, adjetivos primitivos, derivados, simples e compostos Gnero, nmero e grau do adjetivo Advrbio Verbo Conjuno Seminrio Encontro consonantal Dgrafo Repetio de textos e palavras Pronomes Numeral Esttica do texto Coerncia e coeso do texto Leitura e escrita de cartas e narrativas diversas Dramatizao Uso do Z e do S com valor sonoro de Z Fontica Emprego das letras Z, das vogais e suas funes Emprego das letras G e J Emprego dos fonemas, S, C, SS, SC, S, X, XC Emprego das consoantes dobradas: C, R, S, CC, C Funo Social e Comunicativa da Escrita Jornal / textos jornalsticos e ou informativos Poesias Gneros textuais Dramatizao Funo social e comunicativa da escrita Lista Seminrio Fbulas Lendas Cordel Coerncia e coeso
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Matemtica
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1 Fase
Noes de histria da Matemtica: o surgimento dos nmeros-os nmeros em nossa vida-medidas de tempo: calendrio, ano, ms, semana, dia e data-medidas de comprimento: metro (altura)-medidas de massa: quilograma (peso)-nmeros de documentos, telefones, endereos, outros-nmeros do sistema monetrio
Sequncia numrica-contagem concreta, identificao e relao nmero e quantidade at 99-contagem de 1 em 1, 2 em 2, 5 em 5, 10 em 10-antecessor e sucessor-nmeros pares e mpares-ordem crescente e decrescente
Classificao, ordenao e comparao de objetos
Adio e Subtrao Simples
-com reserva-com reagrupamento-em situaes problema
Sistema de numerao decimal Processo de agrupamento e
transferncia das ordens no QVL estruturado na base 10-noes de multiplicao (soma de parcelas iguais)
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Matemtica
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2 Fase
Sistema de numerao decimal: unidade, dezena, centena
Leitura/escrita de nmeros at 999 Composio e decomposio Valor relativo e valor absoluto Seriao (ordem crescente e
decrescente, 2 em 2, 3 em 3, 5 em 5...)
Antecessor e sucessor Metade ou meio Conceitos de dezena / meia dezena;
dzia /meia dzia Nmeros at 1000 Clculo mental Resoluo de operaes e situaes
problematizadoras-Adio, Subtrao, Multiplicao-Noes de Diviso-Sistema Monetrio Brasileiro: leitura e escrita de quantias e resoluo de problemas
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Matemtica
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3 Fase
Sistema de numerao decimal: at dezena de milhar
Leitura e escrita de nmeros at 99.999 Uso dos sinais >,
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Matemtica
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4 Fase
Trabalhar o SMB, com vistas aos problemas do cotidiano do pblico-alvo
Sistema de numerao decimal: at dezena de milhar
Leitura e escrita de nmeros at 99.999
Uso dos sinais >,
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Arte
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1 Fase
Desempenho artstico dos alunos em expresso corporal, no teatro, na dana, na pintura, na poesia, no cordel, no repente, no rap, nos trabalhos manuais, entre outros
Identificao das cores
-primrias-secundrias-quentes-frias
Desenhos orientados ou no-Qual o contedo para releitura de obra de arte? Para leitura de imagem?-Quais as tcnicas para expressar-se por meio da arte?
Leitura e releitura de imagem e obras de arte
Conceito, origem e formas para utilizao de pontos
Pontilhismo
Valorizao dos talentos dos Alunos da EJA
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Arte
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2 Fase
Desempenho artstico dos alunos em expresso corporal, no teatro, na dana, na pintura, na poesia, no cordel, no repente, no rap, nos trabalhos manuais, entre outros
Classificao das linhas-reta-curva-quebrada
Desenhos (elaborao e pesquisa)
Uso de tcnicas e materiais diversos
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Arte
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3 Fase
Figuras geomtricas-crculo-quadrado-retngulo-losango-tringulo: classificao e tipos
Desempenho artstico dos alunos em expresso corporal, no teatro, na dana, na pintura, na poesia, no cordel, no repente, no rap, nos trabalhos manuais, entre outros
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento - Arte
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4 Fase
Histria da Arte-Diferentes pocas em que
ocorreram- Sensibilidade visual, auditiva,
olfativa, ttil e do paladar- Modalidades artsticas
Desempenho artstico dos alunos em expresso corporal, no teatro, na dana, na pintura, na poesia, no cordel, no repente, no rap, nos trabalhos manuais, entre outros.
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Histria e Geografia
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1 Fase
Noes de tempo e espao A famlia como unidade bsica da
sociedade Os diversos tipos de famlia Direitos do cidado: moradia,
trabalho, educao, sade, segurana, justia, votar e ser votado
Deveres do cidado: Participao no processo eleitoral, contribuio fiscal, zelo pela sade, educao, moradia de seus familiares enquanto crianas, portadores de necessidades especiais e idosos
Noes de direitos do trabalhador Cdigo do Idoso, Estatuto da Criana
e do Adolescente
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Histria e Geografia
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2 Fase
Aspectos sociais e econmicos da comunidade (regio administrativa em que mora, Braslia/DF, Brasil), utilizar mapas, trabalhar as caractersticas de cada uma: alimentao, moradia, meios de transporte, meios de comunicao, profisses, atividades econmicas (agricultura, indstria, pecuria, pesca e artesanato), relevo, hidrografia, clima
Noes do mapa poltico do Brasil: estudar e reconhecer no mapa o estado, a cidade e a regio de origem do cidado
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Histria e Geografia
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3 Fase
Orientao geopoltica Localizao espacial O DF no mundo O DF no pas em que vivemos O DF na regio Centro-Oeste Braslia - Capital Federal ARA em que o estudante mora: A
Histria da cidade em que mora e a histria do DF
Localizao geogrfica Mapas: Conceitos Estrutura poltica e administrativa
do DF Aspectos fsicos Aspectos culturais Aspectos econmicos Interpretao de mapas,
identificao de pontos cardeais e colaterais
Principais ncleos populacionais do DF, seus problemas e possveis solues
Limites Passeio turstico: excurso noturna
a Braslia
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Histria e Geografia
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4 Fase
Orientao e localizao espacial O mundo em que vivemos O continente em que vivemos O Brasil na Amrica do Sul O pas em que vivemos A diviso poltico-administrativa do
Brasil As grandes regies brasileiras Localizao do Brasil no mundo Localizao do Brasil na Amrica do
Sul Caractersticas geogrficas do Brasil
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Cincias Naturais
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1 Fase
Corpo humano Seres vivos Lateralidade Higiene pessoal Hbitos de vida saudvel Alimentao
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Cincias Naturais
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Hbitos que garantem uma vida saudvel
Higiene alimentar e pessoal gua Lixo e poluio ambiental Atmosfera Interao do homem Preservao e valorizao do meio
ambiente
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Cincias Naturais
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3 Fase
Saneamento Bsico Desenvolvimento Sustentvel Os inimigos da sade: vcios,
bebidas alcolicas; cigarro, drogas, alimentao desequilibrada, sedentarismo
Atividade fsica orientada A importncia de tomar as vacinas
no perodo recomendado pelo mdico ou pelas campanhas do Ministrio da Sade e Secretaria de Sade do DF
Identificao e participao de programas de sade que favoream a qualidade de vida da populao
Sade da criana: Vacinao; Saneamento bsico
Sade do adulto: vacinao; acompanhamento mdico-odontolgico
Sexualidade: mtodos contraceptivos, DST, gestao precoce, pr-natal, exames bsicos
Qualidade de vida Sade na 3 Idade:
- O aumento da longevidade do povo brasileiro- Vacinao- Alimentao adequada- Atividade fsica orientada- Exames bsicos
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Cincias Naturais
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As partes externas do corpo humano
As partes internas do corpo humano Sistema digestivo Sistema respiratrio Sistema circulatrio Sistema urinrio Sistema nervoso Sistema reprodutor masculino Sistema reprodutor feminino Educao sexual Esqueleto/msculo/pele/pelo e
unhas
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Ensino Religioso
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1 Fase
Alteridade: Dignidade e liberdade pessoal:
conscincia dos valores que norteiam e edificam a vida do ser humano
As mdias e suas influncias no comportamento humano Jornal
Voluntariado Valores, como solidariedade,
cooperao e fraternidade
Diversidade: Ser humano: ser espiritual capaz de
comunicar-se com o transcendente e com o sagrado
A orao e a meditao como mediao entre o humano e o sagrado/transcendente
Simbolismo Religioso: Transcendente: significados e
percepes A construo da ideia do
Transcendente no tempo Textos sagrados e ensinamentos sobre
a origem do mundo. Vises de origem semita (cristianismo, judasmo e islamismo)
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Educao de Jovens e Adultos Organizao Curricular1 Segmento Ensino Religioso
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2 Fase
Alteridade: O ser humano e sua capacidade de
amar e ser amado As mdias e suas influncias no
comportamento humano Aes voluntrias Valores, como solidariedade,
cooperao e fraternidade
Diversidade: Ser humano: ser espiri