cuidados apropriados em termos de desenvolvimento para crianças dos 0 aos 3 anos

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Cuidados apropriados em termos de desenvolvimento para crianças dos 0 aos 3 anos Interacções entre adultos e crianças ------Bebés de Colo------ Prática adequada Os adultos implicam-se em interacções individuais com os bebés. Falam num tom de voz agradável e securizante e utilizam linguagem simples e contato visual frequente. Pega-se nos bebés ao colo e levam-se de um lado para o outro com frequência de forma a proporcionar-lhes uma grande variedade de experiências. Os adultos falam com o bebé antes, durante e depois de o levar de um lado para o outro. Os adultos prestam especial atenção aos bebés durante as rotinas, como por exemplo mudar a fralda, dar de comer, mudar a roupa. O adulto explica o que aconteceu, o que está a acontecer e o que vai acontecer a seguir.

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Cuidados apropriados em termos de

desenvolvimento para crianças dos 0 aos

3 anos

Interacções entre adultos e crianças

------Bebés de Colo------

Prática adequada

Os adultos implicam-se em interacções individuais com os bebés.

Falam num tom de voz agradável e securizante e utilizam linguagem

simples e contato visual frequente.

Pega-se nos bebés ao colo e levam-se de um

lado para o outro com frequência de forma a

proporcionar-lhes uma grande variedade de

experiências. Os adultos falam com o bebé

antes, durante e depois de o levar de um lado

para o outro.

Os adultos prestam especial atenção aos bebés durante as rotinas,

como por exemplo mudar a fralda, dar de comer, mudar a roupa. O

adulto explica o que aconteceu, o que

está a acontecer e o que vai acontecer

a seguir.

Todas as interacções são caracterizadas por respostas calmas e

securizantes. Os adultos escutam e respondem aos sons que os bebés

emitem enquanto comunicação principiante.

Os adultos respondem rapidamente ao choro ou

chamamento aflito dos bebés, reconhecendo que o

choro e os movimentos do corpo são a única forma

dos bebés comunicarem. As respostas são

securizantes e meigas.

São realizadas interacções lúdicas com os bebés de forma sensível ao

grau de tolerância do bebé em relação ao movimento físico, aos sons

mais elevados ou a outras mudanças.

Os interesses lúdicos dos bebés são respeitados. Os adultos

observam a atividade dos bebés e

comentam, oferecem outras ideias para o

jogo e encorajam a forma como o bebé se

implica na atividade.

O adulto fala frequentemente com o bebé, canta para ele ou mesmo

lê um livro. A linguagem é uma forma de comunicação vital e viva com

cada um.

Cada manhã, os bebés e os pais são saudados afectuosamente e com

entusiasmo. O adulto responsável pega no bebé à sua chegada e

ajuda-o gradualmente a tornar-se parte do pequeno grupo.

Os adultos respondem consistentemente às necessidades dos bebés

relativamente à alimentação e conforto, contribuindo assim para que

os bebés desenvolvam um sentido de confiança nos adultos que

cuidam deles, de forma a que descubram o mundo como um lugar

seguro para viver.

Os adultos adaptam-se aos horários próprios de cada bebé quanto à

alimentação e ao sono. São respeitadas as suas preferências quanto

ao tipo de alimentos e formas de comer.

Os bebés são elogiados nas coisas que conseguem fazer e ajudados a

sentirem-se progressivamente competentes.

Os adultos respeitam a curiosidade que os bebés têm uns para com os

outros. Ao mesmo tempo, os adultos

ajudam os bebés a tratarem-se uns

aos outros com gentileza.

Os adultos servem de modelo para o tipo de interacções que querem

que as crianças tenham entre si.

Os adultos implicam-se frequentemente em jogos tais como “cu-cu”,

“já-já”, ou “põe põe a pitinha o ovo…” com os bebés que estiverem

interessados e corresponderem ao jogo.

Mudar as fraldas, dar de comer, assim como outras rotinas, são vistas

como experiências de aprendizagem vitais para os bebés.

São exprimidas atitudes saudáveis e permissivas em relação ao corpo

das crianças e suas funções.

Com as atitudes certas, sou um bebe feliz!

Prática desadequada

Os bebés são deixados sozinhos durante longos períodos de

tempo, nos berços ou nas cadeiras, sem a atenção do adulto.

Estes são ásperos, gritam ou então falam á bebé.

Os bebés são levados de um lado para o outro conforme a

necessidade do adulto e sem qualquer interacção verbal. Nada é

explicado aos bebés.

As rotinas são feitas rapidamente, sem envolver o bebé. Durante as

rotinas acontecem muito poucas ou nenhumas interacções.

Os adultos são duros, ásperos e ignoram as respostas das crianças.

O choro é ignorado ou tem uma resposta irregular de acordo com a

conveniência do adulto. As respostas do adulto ignoram as

necessidades dos bebés.

Os adultos atemorizam, irritam ou aborrecem os bebés com os seus

comportamentos imprevisíveis.

Os bebés são interrompidos, os brinquedos são tirados do seu

alcance. Os adultos impõem as suas próprias ideias ou mesmo brincam

eles próprios com brinquedos independentemente dos interesses das

crianças.

Espera-se que os bebés se entretenham por si sós ou que vejam

televisão. A linguagem é utilizada sem consistência e o vocabulário é

limitado.

Os bebés são postos no chão ou no berço sem interacção com o adulto

responsável. Estes recebem a criança com frieza e sem atenção

individual.

Os adultos são imprevisíveis e/ou não respondem. Agem como se a

criança fosse um impecilho.

Os horários são rígidos e baseados nos adultos e não nas

necessidades da criança. A comida é utilizada para compensações (ou

negada como castigo).

Os bebés são criticados por aquilo que não conseguem fazer ou pela

sua luta desastrada por conseguir dominar uma competência. Os

adultos fazem-nos sentir não adequados e incapazes de ter influência

no que os rodeia.

Os bebés não são autorizados a tocar uns nos outros com cuidado e

são forçados a partilhar ou a brincar em conjunto quando não têm

qualquer interesse em o fazer.

Os adultos são agressivos, gritam ou mostram uma falta de

mecanismos de adaptação quando estão sob tensão.

Os jogos são impostos à criança, independentemente do seu

interesse. O jogo é visto como uma forma de ocupar o tempo em vez

de uma experiência de aprendizagem.

Os adultos lidam com as rotinas superficial e indiferentemente.

Faz-se sentir aos bebés que o corpo não é para tocar ou mesmo

admirar e que as funções corporais são nojentas.

Muda as tuas atitudes comigo, assim não vou ser um bebe feliz!