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Editor responsávelZeca MartinsProjeto gráfico e diagramaçãoClaudio Braghini JuniorCapaZeca Martins
Esta obra é uma publicação da Editora Livronovo Ltda.CNPJ 10.519.6466.0001-33www.editoralivronovo.com.br@ 2014, Águas de São Pedro, SPImpresso no Brasil. Printed in Brazil
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser copiada ou reproduzida por qualquer meio impresso, eletrônico ou que venha a ser
criado, sem o prévio e expresso consentimento dos editores.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
M386cMartins, Maurício Gomide Crônicas Ezkizitaz / Maurício Gomide Martins. – Águas de São Pedro: Livronovo, 2014.
252 p.; 21 cmISBN 978-85-8068-169-7
1. Crônicas. 2. Crônica brasileira. 3. Ficção. I. Título. CDD – B869.09
Registro na Fundação Biblioteca Nacional sob o número 266.505, livro 478, fls. 165
Ao adquirir um livro você está remunerando o trabalho de escritores, diagramadores, ilustradores, revisores, livreiros e mais uma série de profissionais responsáveis por transformar boas ideias em realidade e trazê-las até você.
Dedico este livro a todos os meus irmãos catalogados na fauna e
na flora, vítimas silenciosas da civilização moderna.
SuMÁRIo
APRESENTAÇÃo ...................................................... 11
uM SÓ ÚNICo IMPoSTo ÚNICo ......................... 13
DoIS EMPRESÁRIoS: uM ToLo E ouTRo INTELIGENTE .......................................................... 17
ECoLoGIA ................................................................ 21
o CRIME .................................................................... 29
uM CoNTo: Eu TAMBÉM CoNTo ..................... 33
PENA DE MoRTE ..................................................... 36
DuPLICAÇÃo DA BR 381 ....................................... 39
o IDIoMA PoRTuGuÊS ......................................... 41
PRESIDENTE Do BRASIL ....................................... 52
BRASIL BRASILEIRo ................................................ 63
A DERRoTA DA ÁRVoRE ........................................ 67
PREVIDÊNCIA SoCIAL ............................................ 71
ToDA TERRA É ToMADA ...................................... 75
oS MISERÁVEIS ........................................................ 77
A EVoLuÇÃo ............................................................ 80
A ERA DE ASSALToS ................................................. 83
CAPIToBRA ................................................................ 86
ENCuRRALANDo A INFLAÇÃo ........................... 91
A CÉLuLA .................................................................. 95
o MuNDo DE LÁ .................................................... 99
oS DESCoBRIMENToS ........................................ 102
ÚLTIMo ATo ........................................................... 103
No GALINHEIRo.................................................... 104
GALINHA-D’ANGoLA ........................................... 108
VIAGEM FoRA DA TERRA ..................................... 115
CACHoRRo FALANTE ........................................... 119
VIAGEM DE ÔNIBuS ............................................. 123
DuAS CoNSuLTAS MÉDICAS .............................. 125
ÓDIo DE IRMÃoS ................................................. 129
DEuS NÃo EXISTE ................................................ 131
JuLGAMENTo No CÉu ....................................... 133
o JoRNAL ............................................................... 140
oS QuADRoS ......................................................... 144
VoCÊ ......................................................................... 148
FuTEBoL ................................................................. 151
NoTÍCIAS DE HoJE ............................................... 154
CRIAÇÃo Do MuNDo .......................................... 158
CARTILHA DoS BuRRoS ...................................... 160
RACISMo .................................................................. 164
DIÁLoGo CoM o PoVo ..................................... 169
FÁBRICAS DE LEIS ................................................. 173
oS BANDIDoS E o MoCINHo ........................... 175
BRuCuTu SoCIAL ................................................ 178
IGuAIS E DESIGuAIS ............................................. 183
(DES)DESENVoLVIMENTo ................................. 185
o CÂNCER .............................................................. 190
A ESCRAVIDÃo ...................................................... 192
REMIÇÃo HuMANA ............................................. 194
REuNIÃo CELESTE ................................................ 197
DESPACHoS PRESIDENCIAIS .............................. 202
DAS VANTAGENS DE MoRRER .......................... 205
EXCESSoS ................................................................ 208
AS CRISES FINANCEIRA E AMBIENTAL ............. 210
CoREIA, CoMo CoMEÇA uMA GuERRA ........ 215
PIB – PRoDuTo INTERNo BRuTo ................... 217
FENÔMENoS INTRIGANTES ............................... 220
MEu JARDIM ........................................................... 224
INVASÃo Do IRAQuE É MENTIRA ..................... 227
JuSTIÇA E LEI .......................................................... 230
CAMINHANDo, CAMINHANDo, CHEGAREMoS LÁ .................................................. 235
A VIDA HuMANA É uMA HISTÓRIA .................. 238
ESCoLHAS ............................................................... 241
ENGANAÇÕES QuE NÃo ENGANAM ............... 243
IDENTIFICANDo A SoCIEDADE HuMANA ..... 246
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APRESENTAÇÃo
Este conjunto de crônicas e ensaios reflete um período da história humana no Brasil, situado em torno dos anos 2000, onde registramos os pensamentos e sentires próprios da época, geralmente sob um enfoque filosófico.
A História não se compõe apenas de atos e fatos ocor-ridos dentro de uma sociedade, mas também de seus ânimos, inquietudes, hábitos, costumes, estruturas setoriais e atitudes individuais e coletivas.
Ao expressar nossa visão da contemporaneidade, sob a forma genérica da crônica, procuramos a liberdade de expressão que essa modalidade literária nos concede. Intentamos propiciar uma comunicação com o leitor, não só dos nossos pensamen-tos sobre os aspectos vivenciais cotidianos como dos temperos racionais e filosóficos que os diversificados assuntos pedem.
Não adotamos linha única de apresentação. o conjunto contém posturas diversas. Segundo nosso ajuizamento sobre cada assunto, fizemos uma abordagem vestida com a ironia, o contraditório, o deboche, o humor, o exagero, a fantasia, o fantástico, o didático e até o lirismo.
Como é de nosso hábito, os assuntos e as formas apresentados deixam ao leitor a incumbência de extrair as
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conclusões temáticas e meditar sobre elas. Essas crônicas não possuem somente a forma. Elas têm alma e carregam mensa-gens. Cumpre ao leitor captá-las, ocasião em que encontrará a verdadeira dimensão do nosso pensamento.
Finalmente, uma explicação sobre o título do livro. Foi o conjunto chamado de crônicas pela prevalência desse tipo de prosa. E ezkizitaz, para se harmonizar com um dos títulos do conteúdo, quando falamos sobre o idioma português, e por que parecerão mesmo esquisitas, mas se trata apenas de questão de estilo.
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uM SÓ ÚNICo IMPoSTo ÚNICo
o título pleonástico se justifica pela necessidade de dar ênfase à sua unicidade, pois na área governamental e política já houve sugestões para que os mais de 50 tipos de gravames fossem substituídos por “apenas” 17 outros. ora, a vantagem do imposto único reside justamente no fato de ser único.
o assunto já foi intensamente comentado por diversas vozes respeitáveis, mas de concreto mesmo somente a formu-lação pelo governo de lei criando mais impostos.
Há muito tempo, quando se começa a pensar sobre os problemas do país e suas melhores soluções, já meditávamos a respeito da incrível irracionalidade pela existência de tantos tipos de tributos, quase todos contraproducentes. Foram con-cebidos de forma tal que provocavam, direta e indiretamente, dispêndios tão elevados que o saldo final era bastante fraco ou mesmo negativo.
Em recentes declarações de autoridades do governo, fica-se sabendo que 70% da receita federal são destinados a custear a mão de obra com a máquina administrativa. Há setores em que são gastos 120 para arrecadar 100.
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Vê-se que sobram apenas 30% para ocorrer aos gastos gerais, entre os quais os primordiais com educação e saúde. Te-oricamente, apenas para efeito de raciocínio, pode-se concluir que, se o governo dispensasse todo o seu pessoal, poderiam as contribuições dos brasileiros ser reduzidas de 70%, com a consequente diminuição do preço das mercadorias e melhoria do nível de vida. Consideramos desnecessário desfilar argu-mentos para demonstrar que é mais racional transportarmos 5.000 tijolos em 1 caminhão, conduzido por 1 chofer, do que utilizarmos 5.000 bicicletas, conduzidas por 5.000 ciclistas, transportando cada uma apenas 1 tijolo.
Reconhecemos que o assunto é complexo e não preten-demos esgotá-lo neste pequeno trabalho, mas apenas expor o rumo do primeiro passo para alcançar aquele desiderato.
E a medida inicial para racionalizar a governabilidade é extinguir todos os tributos internos – federais, estaduais e municipais –, inclusive contribuições previdenciárias e as taxas assim designadas, mas que configuram impostos, como taxa de licença para caça e pesca e outras que tais.
Consideramos que a melhor sistemática para a institui-ção do imposto único é incorporá-lo ao produto industriali-zado e à escrituração de imóveis.
o governo possui dados sobre o valor total dos bens produzidos e escriturados em cada mês e no ano. Bastaria calcular o “quantum” de suas necessidades e acharia facilmente
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o valor do percentual do imposto a cobrar, que deverá ser fixo e linear por período certo e determinado. Ficaria isento de gravame o produto alimentício que não sofresse processo de industrialização.
É evidente que a taxa correspondente seria de valor bem inferior à média atualmente vigente. Assim, grande parte dos contribuintes teria todo o interesse em pagar o imposto único, religiosamente, ainda mais se considerarmos que os mecanismos de fiscalização seriam, com engenhosi-dade, também racionalizados pela introdução de sistemas de controle estatísticos, vigilância computadorizada e multas pesadíssimas. Poucos fiscais bastariam para cumprir a tarefa a contento.
o gravame, incidente apenas sobre produtos industria-lizados e imóveis, esparge sobre todos os brasileiros a justeza do dever fiscal, pagando mais quem mais compra, pagando menos quem menos compra, posto que: mais compra quem mais ganha, menos compra quem menos ganha.
Desse total arrecadado sairiam quotas sopesadas aos Estados e, destes, partes justas para seus municípios.
Dessa forma, ocorreriam economias, primariamente em benefício dos contribuintes e, afinal, do próprio país, tais como: economia de papel, tinta, carimbo, energia elétrica, combustível, mão de obra e, consequentemente, menos atri-bulações e mais saúde mental para o povo.