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Lição 4 19 a 26 de janeiroCriação, um tema bíblico

Sábado à tarde Ano Bíblico: Êx 9–11

VERSO PARA MEMORIZAR: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7). Leituras da semana: Gn 2; Mt 19:4-6; Sl 8; Jó 38:1-21; 42:1-6; Is 45:18; At 17:22-31 O relato de Gênesis 1:1–2:3 é a base para muitos textos acerca da criação encontrados nas Escrituras. Algumas referências a Gênesis 1 são claras, outras mais indiretas. As referências mais indiretas muitas vezes envolvem a repetição de certas palavras ou ideias sem citar diretamente o texto, como em 2 Coríntios 4:6: “Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, Ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”. Por outro lado, uma referência direta é a de Hebreus 4:4: “Em certo lugar, assim disse [Deus] no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera”, uma citação de Gênesis 2:2.

Gên. 1:1 No princípio Deus criou os céus e a terra. 2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo,

e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 Disse Deus: "Haja luz", e houve luz. 4 Deus viu que a luz era boa,

e separou a luz das trevas. 5 Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi

o primeiro dia. 6 Depois disse Deus: "Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas". 7 Então Deus fez

o firmamento e separou as águas que estavam embaixo do firmamento das que estavam por cima. E assim foi. 8 Ao

firmamento Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia. 9 E disse Deus: "Ajuntem-se num

só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça a parte seca". E assim foi. 10 À parte seca Deus chamou terra, e

chamou mares ao conjunto das águas. E Deus viu que ficou bom. 11 Então disse Deus: "Cubra-se a terra de vegetação:

plantas que dêem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies". E assim foi. 12

A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos

produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. 13 Passaram-se a tarde e a manhã; esse

foi o terceiro dia. 14 Disse Deus: "Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais

para marcar estações, dias e anos, 15 e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra". E assim foi. 16

Deus fez os dois grandes luminares: o maior para governar o dia e o menor para governar a noite; fez também as

estrelas. 17 Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, 18 governar o dia e a noite, e separar a luz das

trevas. E Deus viu que ficou bom. 19 Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia. 20 Disse também Deus:

"Encham-se as águas de seres vivos, e sobre a terra voem aves sob o firmamento do céu". 21 Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as

aves, de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. 22 Então Deus os abençoou, dizendo: "Sejam férteis e

multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra". 23 Passaram-se a tarde e a manhã;

esse foi o quinto dia. 24 E disse Deus: "Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos

domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie". E assim foi. 25

Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas

espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. 26 Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". 27 Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as

aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". 29 Disse Deus: "Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de

alimento para vocês. 30 E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os

grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão". E assim foi. 31 E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.

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Gên. 2:1 Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. 2 No sétimo dia Deus já havia concluído a

obra que realizara, e nesse dia descansou. 3 Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação. NVI.

Nesta semana, estudaremos várias referências que apontam para o relato de Gênesis e mostram como outros escritores da Bíblia o entendiam como uma descrição literal das origens humanas.

Domingo Ano Bíblico: Êx 12, 13

A criação em Gênesis 2

“Estas são as origens dos céus e da Terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a Terra e os céus” (Gn 2:4, RC).

Gênesis 1–2:3 é o primeiro relato da criação do nosso mundo. Ele é o fundamento de todas as outras verdades nas quais acreditamos. Mas o relato da criação não termina ali. De Gênesis 2:3 até o fim do capítulo, mais detalhes são apresentados, especificamente sobre a criação de Adão e Eva. Assim, devemos interpretar Gênesis 2:4 como a introdução a uma história mais detalhada sobre a criação de Adão e Eva, um ato brevemente resumido em Gênesis 1:26-29. Alguns estudiosos modernos argumentam que existe um conflito entre Gênesis 1 e 2, mas isso teria sido uma surpresa para Moisés e os outros escritores bíblicos. Moisés nunca teria escrito dois relatos contraditórios. O conflito não está com os textos, mas com quem pretende achar conflito neles.

E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. (Gên. 2:3)

Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou. (Gên. 2:4)

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. (Gên. 1:26-29)

1. Como Jesus confirmou a verdade histórica de Gênesis 1 e 2? Mt 19:4-6

Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mat. 19:4-6)

Em resposta à pergunta dos fariseus sobre o divórcio, Jesus citou Gênesis 1:27 e 2:24, mostrando que para Ele, ambos os relatos falavam sobre o mesmo evento histórico, a criação do mundo e da humanidade. De quantas provas ainda precisamos sobre o fato de que Gênesis 1 e 2 são relatos harmoniosos da criação, doutrina que forma a base da nossa existência e propósito? Não estamos aqui por acaso, nem por acidente. Fomos criados à imagem de Deus, e o relato da criação em Gênesis, revelado nos capítulos 1 e 2, é a revelação especial dEle para nós acerca de nossas origens.

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gên. 1:27)

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gên. 2:24)

Como Gênesis 2 nos ajuda a entender melhor o que significa ser humano, criado à imagem de Deus e dotado de livre-arbítrio?

Segunda Ano Bíblico: Êx 14, 15 A criação nos Salmos 2. Que ligações você encontra entre o Salmo 8 e Gênesis 1?

Sal. 8:1 Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os

céus! 2 Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o

inimigo e vingativo. 3 Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; 4 que é o

homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? 5 Contudo, pouco menor o fizeste do

que os anjos e de glória e de honra o coroaste. 6 Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo

puseste debaixo de seus pés: 7 todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo; 8 as aves dos céus, e os

peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. 9 Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!

3. Leia o Salmo 104. Note como esse salmo louva a Deus por Sua bondade, percebida na criação e na manutenção das criaturas. Identifique as ligações com Gênesis 1 nos seguintes versos do Salmo 104: 2, 5-7, 7-9, 14, 19 e 25

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Sal. 104:1 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR, Deus meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória

e de majestade. 2 Ele cobre-se de luz como de uma veste, estende os céus como uma cortina. 3 Põe nas águas

os vigamentos das suas câmaras, faz das nuvens o seu carro e anda sobre as asas do vento. 4 Faz dos ventos seus

mensageiros, dos seus ministros, um fogo abrasador. 5 Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em

tempo algum. 6 Tu a cobriste com o abismo, como com uma veste; as águas estavam sobre os montes; 7 à

tua repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se apressaram. 8 Subiram aos montes, desceram aos vales,

até ao lugar que para elas fundaste. 9 Limite lhes traçaste, que não ultrapassarão, para que não tornem

mais a cobrir a terra. 10 Tu, que nos vales fazes rebentar nascentes que correm entre os montes. 11 Dão de beber a

todos os animais do campo; os jumentos monteses matam com elas a sua sede. 12 Junto delas habitam as aves do céu,

cantando entre os ramos. 13 Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras. 14 Ele faz crescer a erva para os animais e a verdura, para o serviço do homem, para que tire da terra o alimento 15 e o vinho que alegra o seu coração; ele faz reluzir o seu rosto com o azeite e o pão, que fortalece o seu coração. 16

Satisfazem-se as árvores do SENHOR, os cedros do Líbano que ele plantou, 17 onde as aves se aninham; quanto à

cegonha, a sua casa é nas faias. 18 Os altos montes são um refúgio para as cabras monteses, e as rochas, para os

coelhos. 19 Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso. 20 Ordenas a escuridão, e faz-se noite,

na qual saem todos os animais da selva. 21 Os leõezinhos bramam pela presa e de Deus buscam o seu sustento. 22

Nasce o sol e logo se recolhem e se deitam nos seus covis. 23 Então, sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho,

até à tarde. 24 Ó SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das

tuas riquezas. 25 Tal é este vasto e espaçoso mar, onde se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes.

Note como a sequência temática desse salmo parece ter sido feita de acordo com a sequência temática de Gênesis 1. Imagens poéticas são vividamente apresentadas ao longo dos versos, e sua mensagem claramente inclui o poder, sabedoria e bondade de Deus, bem como a dependência de toda a criação em relação ao Criador. Nada no salmo sugere que o relato de Gênesis não deva ser considerado literalmente.

4. Que outros exemplos dos Salmos estão relacionados com Gênesis 1? Sl 24:1, 2 | Sl 33:6 | Sl 74:16, 17 | Sl 89:11 Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam. Fundou-a ele sobre os mares e sobre as correntes a estabeleceu. (Sal. 24:1-2)

Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. (Sal. 33:6) … Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu. (Sal. 33:9)

Teu é o dia; tua, também, a noite; a luz e o sol, tu os formaste. Fixaste os confins da terra; verão e inverno, tu os fizeste. (Sal. 74:16-17)

Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste. (Sal. 89:11)

Os Salmos estão cheios de louvor ao Criador. Às vezes, isso é expresso em linguagem que lembra Gênesis 1, outras vezes a linguagem é mais geral, mas em todos os casos, a descrição da criação se harmoniza com Gênesis 1 e nos lembra do papel fundamental do Gênesis em nossa compreensão das nossas origens como filhos e filhas de Deus. Terça Ano Bíblico: Êx 16, 17 A criação no livro de Jó 5. Leia Jó 38:1-21. Que assuntos da criação aparecem nos versos seguintes? 4-7, 8-11, 12, 16, 19

Jó 38:1 Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse: 2 Quem é este que escurece o conselho

com palavras sem conhecimento? 3 Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me. 4

Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. 5 Quem lhe pôs as

medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? 6 Sobre que estão fundadas as suas bases,

ou quem assentou a sua pedra de esquina, 7 quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e

todos os filhos de Deus rejubilavam? 8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando trasbordou e saiu da

madre, 9 quando eu pus as nuvens por sua vestidura e, a escuridão, por envolvedouro? 10 Quando passei

sobre ele o meu decreto, e lhe pus portas e ferrolhos, 11 e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui

se quebrarão as tuas ondas empoladas? 12 Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada ou mostraste

à alva o seu lugar, 13 para que agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela? 14 Tudo se

modela como o barro sob o selo e se põe como vestes; 15 e dos ímpios se desvia a sua luz, e o braço altivo se

quebranta. 16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo? 17 Ou

descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? 18 Ou com o teu entendimento chegaste

às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto. 19 Onde está o caminho da morada da luz? E, quanto às

trevas, onde está o seu lugar, 20 para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? 21

Decerto, tu o sabes, porque já então eras nascido, e porque é grande o número dos teus dias!

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É importante lembrar o contexto do livro de Jó. Havia ocorrido uma grande tragédia, e Jó estava lutando para entender como isso tinha acontecido com ele, um fiel seguidor de Deus. Do capítulo 38 até o capítulo 41, o Senhor continua a falar sobre Seu poder criativo, tudo em resposta ao angustiado questionamento de Jó. 6. Leia a resposta de Jó ao Senhor. Por que ele deu essa resposta? O que isso nos diz sobre nossa atitude em relação a Deus, durante nossas tragédias pessoais? Jó 42:1-6

Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza. (Jó 42:1-6)

A incapacidade de Jó para explicar as características da criação o levou a reconhecer a grandeza de Deus e a confiar nEle, apesar de tudo que havia acontecido. Nós também não podemos responder a muitas perguntas sobre a criação, e o exemplo de Jó deve nos encorajar a confiar em Deus, não importando o que aconteça. Muitas questões sobre certas coisas da vida permanecerão sem resposta, pelo menos por enquanto. Teremos uma eternidade para obter explicações para o que agora parece incompreensível.

O ponto é que, por meio das maravilhas da criação, que hoje compreendemos muito mais do que Jó podia entender, devemos aprender a confiar no maravilhoso amor e poder de Deus. Vivendo depois da cruz, temos uma visão do Criador também como Redentor crucificado, algo que Jó não tinha, pelo menos tão claramente como nós temos. Quanto mais, então, devemos confiar na bondade do Senhor para conosco, sabendo o que Ele fez por nós? Quarta Ano Bíblico: Êx 18–20 Os profetas e a criação “Assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu Sou o Senhor, e não há outro” (Is 45:18).

Isaías 45:18 enfatiza a intenção divina de preparar um lugar para que os seres humanos vivessem. Assim, a adequação da Terra para a vida não é um acidente.

Considere algumas das características que tornam a Terra um lugar adequado para a vida humana, em contraste com outros planetas do nosso sistema solar. Primeiramente, a água está presente em abundância. Há alguma evidência de atividade de água em Marte, mas não existem massas permanentes de água nesse lugar, nem em qualquer outro planeta, exceto na Terra. Outra característica única da Terra é a composição da atmosfera, com cerca de 21% de oxigênio e 78% de nitrogênio. Outros planetas têm atmosferas dominadas por dióxido de carbono ou hélio, mas só a Terra tem uma atmosfera apropriada para a vida. A variação de temperaturas na Terra é adequada para a vida terrestre, ao contrário de qualquer outro planeta do nosso sistema solar. Isso é devido a uma combinação de fatores, incluindo nossa distância do Sol, a composição da atmosfera, a massa da Terra e a velocidade de sua rotação, que determina a duração dos dias e noites. Todas essas características, e outras mais, tornam a Terra o único planeta conhecido apropriado para manter a vida.

7. Qual é a relação entre os textos a seguir e os eventos descritos em Gênesis 1? Is 44:24 | Is 45:12 | Jr 51:15, 16 | Am 4:13 | Jn 1:9 | Zc 12:1

Assim diz o SENHOR, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra; (Isa. 44:24)

Eu fiz a terra e criei nela o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens. (Isa. 45:12)

Tu, ó SENHOR, o sabes; lembra-te de mim, ampara-me e vinga-me dos meus perseguidores; não me deixes ser arrebatado, por causa da tua longanimidade; sabe que por amor de ti tenho sofrido afrontas. Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos. (Jer. 15:15-16)

Porque é ele quem forma os montes, e cria o vento, e declara ao homem qual é o seu pensamento; e faz da manhã trevas e pisa os altos da terra; SENHOR, Deus dos Exércitos, é o seu nome. (Amós 4:13)

Ele lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra. (Jon. 1:9)

Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel. Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele. (Zac. 12:1)

Pense nas implicações de nossas origens. Por que entendê-las de modo correto é tão importante para nossa compreensão de quem somos, por que estamos aqui e o que podemos esperar deste mundo? Em quem podemos encontrar esperança? Quinta Ano Bíblico: Êx 21–23

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A Criação no Novo Testamento 8. Leia Atos 17:22-31. Quais foram as circunstâncias desse sermão? Depois que Paulo introduziu o assunto, qual foi o primeiro tema que ele apresentou àqueles intelectuais? (v. 24, 25). De acordo com Paulo, qual é o relacionamento entre o Criador e os seres humanos? (v. 26-28)

Atos 17:22 E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto

supersticiosos; 23 porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO

DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio. 24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de

homens. 25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois

ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas; 26 e de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites

da sua habitação, 27 para que buscassem ao Senhor, se, porventura, tateando, o pudessem achar, ainda

que não está longe de cada um de nós; 28 porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como também

alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. 29 Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação

dos homens. 30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo

lugar, que se arrependam, 31 porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos.

O público ali incluía os dois grupos de filósofos conhecidos como estoicos e epicureus. Os estoicos sustentavam a realidade de um planejamento na natureza, enquanto os epicureus o negavam. Os dois grupos não conheciam o verdadeiro Deus, mas seus argumentos sobre o planejamento na criação eram semelhantes a muitos dos argumentos ainda discutidos em nossos dias.

O ponto importante aqui é que, em seu testemunho a esses pensadores e intelectuais pagãos, Paulo passou diretamente ao argumento de que o Senhor é o Criador de todas as coisas e de toda a humanidade. Paulo tinha pouco em comum com essas pessoas. Por isso, foi direto ao que havia em comum: o fato de que existiam. A partir dessa realidade inegável, ele procurou construir seu argumento. Assim, mais uma vez vemos a criação como um tema fundamental nas Escrituras.

Considere os seguintes textos: Mateus 19:4-6; Marcos 2:27; Lucas 3:38; João 1:1-3; 2 Coríntios 4:6; Hebreus 4:4; Tiago 3:9; 2 Pedro 3:5; Judas 11, 14. É fascinante que cada um desses autores do Novo Testamento, direta ou indiretamente tenha feito referência ao relato de Gênesis sobre a criação, mais uma evidência de que esse relato realmente era aceito por todos os escritores da Bíblia. Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mat. 19:4-6)

E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; (Mar. 2:27)

Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus. (Luc. 3:38)

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3)

Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. (2 Cor. 4:6)

Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. (Heb. 4:4)

Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. (Tia. 3:9)

Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, (2 Ped. 3:5)

Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. (Jud. 1:11)

Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, (Jud. 1:14)

9. O que os seres celestiais dizem sobre capacidade divina de criação? Ap 4:11; 10:5, 6

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas. (Apoc. 4:11)

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Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora, (Apoc. 10:5-6)

A criação não foi um acidente, mas ocorreu pela vontade de Deus. A segunda passagem contém uma clara alusão a Êxodo 20:11. Mais uma vez, como em João 1:1-3, o autor mostra sua familiaridade e confiança em relação à história da criação. Experimentar menos que isso seria muita tolice.

porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou. (Êxo. 20:11)

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3) Sexta Ano Bíblico: Êx 24–27 Estudo adicional A Bíblia é um livro sobre Deus e Seu relacionamento com os seres humanos e com o mundo. Os eventos da semana da criação são únicos e sobrenaturais. Eles estão fora do domínio da investigação científica, pelo menos, por duas razões. Primeira, eles são singularidades, ou seja, eventos que ocorrem apenas uma vez. A ciência tem dificuldade em lidar com singularidades, porque não podem ser repetidas nem testadas sob circunstâncias diferentes. Em segundo lugar, os eventos da criação foram causados de forma sobrenatural. Eles não foram o resultado natural da maneira pela qual Deus sustenta a criação, mas foram especiais, atos diretos de Deus. A ciência lida apenas com causas secundárias, e não aceita qualquer explicação que dependa da ação direta de Deus (pelo menos da forma pela qual é praticada hoje). Visto que os eventos da criação são únicos e sobrenaturais, eles estão fora do alcance da ciência.

Entender nossas origens é tão importante que Deus fez com que isso fosse colocado como o primeiro assunto da Bíblia, e a mensagem da Bíblia é fundamentada na historicidade do relato da criação. Alegar que podemos conhecer a verdadeira história do nosso mundo por meio da ciência é afirmar que ela pode ser explicada sem apelar para qualquer ação direta de Deus, um erro que leva a outros erros.

“Os homens se esforçarão para explicar a partir de causas naturais a obra da criação, a qual Deus nunca revelou. Mas a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Deus do Céu nem explicar as obras estupendas da criação, que foram um milagre do grandioso poder, antes que possa mostrar como Deus veio à existência” (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy [O Espírito de Profecia], v. 1, p. 89). Perguntas para reflexão1. Que razões as pessoas dão para rejeitar a ideia de que a natureza foi projetada?2. Jesus apoiou a autoridade de Moisés (Lc 16:29-31), incluindo a história da criação (Mc 2:27, 28;. Mt 19:4-6). Qual deve ser a nossa atitude para com a história da criação?

Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. (Luc. 16:29-31)

E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado. (Mar. 2:27-28)

Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. (Mat. 19:4-6)

Respostas sugestivas: 1. Afirmou que, no princípio, Deus criou o homem e a mulher, estabelecendo o casamento, conforme o relato de Gênesis. Jesus concordou com a história da criação. 2. A glória de Deus foi colocada nos céus. Ele criou a Lua, as estrelas e todas as criaturas. Deus criou o homem e lhe deu domínio sobre os animais. 3. Verso 2: Deus é revestido de luz; Ele estendeu os céus como cortina; 5-9: Criou a Terra e separou as águas da parte continental; v. 14: criou a relva para os animais e as plantas para os seres humanos; 19: fez a Lua para marcar o tempo e determinou o tempo de atuação do Sol; 25: criou o mar e os animais marinhos. 4. Sl 24:1, 2: Deus fundou a Terra sobre os mares; Sl 33:6: os céus e todas as suas criaturas foram feitos por Sua palavra; Sl 74:16, 17: Deus criou a luz, o Sol, o dia, a noite, inverno, verão e as fronteiras da Terra; Sl 89:11: os céus e a Terra pertencem ao Senhor. 5. v. 4-7: criação da Terra; 8-11: separação entre a terra seca e os mares; 12: estabelecimento da parte clara e escura do dia; 16: criação dos mares; 19: a luz e as trevas têm o seu lugar na criação divina. 6. Jó entendeu que Deus tem todo o poder e todas as respostas; não podemos explicar as maravilhas da criação e também não conseguimos explicar os mistérios da nossa vida. Por isso devemos confiar no Criador. 7. Deus é o Criador dos céus, da Terra e da humanidade. Ele controla os trovões, os relâmpagos, as chuvas e os ventos; transforma a manhã em trevas. 8. Na discussão entre Paulo e os filósofos atenienses, o primeiro tema foi: Deus, Criador dos céus, da Terra e de tudo que neles há. Ele é o doador da vida a todos, é soberano sobre a Terra e sobre a vida de todas as criaturas. Ele está perto do ser humano. 9. Deus criou todas as coisas; por Sua vontade tudo veio à existência: os céus, a Terra e tudo o que neles há.

Resumo da Lição 4 – Criação, um tema bíblico

Texto-chave: Gênesis 1–4

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O aluno deverá...Saber: Como Gênesis 1–4 apresenta a maioria das principais definições e conceitos utilizados ao longo das Escrituras.Sentir: Apreciar a importância de Gênesis 1–4 na formação do restante da teologia bíblica.Fazer: Viver a crença na criação a fim de demonstrar como ela afeta o papel da autoridade bíblica em sua vida.

EsboçoI. Saber: Gênesis 1–4: O fundamento das EscriturasA. Gênesis 1–4 apresenta a maioria das principais definições e conceitos utilizados ao longo das Escrituras. Quais são essas definições?B. Como os autores bíblicos usam o relato de Gênesis, e para quais propósitos?

II. Sentir: Apreciando os conceitos da criaçãoA. Reconhecer que as alusões à criação em outras partes das Escrituras nos ajudam a ver a importância da doutrina da criação. Por que apenas o reconhecimento e apreciação não são suficientes? O que mais é necessário, e por quê?B. Como podemos apreciar mais a maneira pela qual a criação é usada para desenvolver conceitos espirituais ao longo das Escrituras?

III. Fazer: O impacto da criação sobre a autoridade da Palavra de DeusA. Como a crença na criação afeta a crença na autoridade bíblica, bem como sua aplicação prática?B. Como uma pessoa pode demonstrar por suas ações e estilo de vida a crença na criação?

Resumo: Nossa compreensão da história da criação é de vital importância porque ela afeta a forma pela qual entendemos a natureza das Escrituras e as mensagens inspiradas dadas pelos autores bíblicos.

Ciclo do aprendizado

MotivaçãoConceito-chave para o crescimento espiritual: A criação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dos temas teológicos ao longo das Escrituras.

Só para o professor: Por que os autores bíblicos usam de modo tão frequente o relato da criação? Mostre aos alunos que uma compreensão adequada da história da criação nos prepara para compreender melhor o argumento teológico dos autores bíblicos posteriores e, assim, perceber sua mensagem de modo mais preciso. Há uma história bastante difundida sobre um czar russo encontrando um soldado que estava vigiando o que parecia ser um lugar vazio no jardim do palácio. Quando questionado sobre o que ele estava guardando, a sentinela respondeu que não tinha ideia, mas que o regulamento exigia que houvesse uma sentinela ali. O czar mandou verificar os registros e descobriu que, muitos anos antes, Catarina, a Grande, havia plantado uma nova roseira ali e tinha colocado uma sentinela para protegê-la por uma noite. De alguma forma, a ordem continuou a ser executada mesmo depois da morte de Catarina e da roseira. Assim, a sentinela atual não tinha ideia do que estava guardando ou por quê (uma versão dessa história pode ser encontrada em http://www.actsweb.org/articles/article.php?i=1285&d=2&c=5).

Muitos que creem na criação são como aquele guarda. Eles sabem que a criação é importante, mas não podem dizer por quê. Para muitos, a crença na criação de Gênesis 1 se tornou uma tradição com significado pouco conhecido. É importante, então, não apenas perceber que o restante das Escrituras usam as informações de Gênesis 1, mas também entender por que os autores bíblicos usaram essas informações. Como eles entendiam Gênesis 1, e como a tentativa de reinterpretar Gênesis 1 afeta a mensagem dos autores bíblicos que usaram a história da criação?

Pergunta de abertura: Quais são as coisas em nossas crenças religiosas, costumes sociais, ou estruturas familiares que estimamos e defendemos, mas não podemos adequadamente avaliar e entender? Por que é importante entender mais essas coisas?

CompreensãoSó para o professor: A criação é parte de um corpo maior de informações bíblicas e define os conceitos utilizados ao longo das Escrituras. Assim, nossa maneira de entender a criação afetará a nossa compreensão de toda a mensagem bíblica. Comentário Bíblico

Os quatro primeiros capítulos do Gênesis: o fundamento da nossa fé (Recapitule com a classe Gn 1–4)

Quando os teólogos sistemáticos escrevem uma teologia sistemática, geralmente começam com uma seção (ou volume) chamado de "prolegômenos". Os prolegômenos explicam os pressupostos filosóficos, teológicos e históricos do autor e define os parâmetros do sistema de teologia que está sendo apresentado. Como adventistas do sétimo dia, acreditamos que Deus é causa unificadora, subjacente e inspiradora das Escrituras. Portanto, esperamos que a Bíblia tenha uma mensagem teológica unificada. Embora a Bíblia não seja um sistema formal de pensamento, ela tem uma consistência básica em sua mensagem e significado. Assim, podemos propor que Gênesis 1–4 constitui os prolegômenos teológicos para o restante das Escrituras, definindo os conceitos teológicos básicos utilizados em toda a Bíblia.

Para começar, Gênesis 1–4 define quem é Deus, quem é o homem, o ideal para seu relacionamento e a natureza da realidade. Outros conceitos apresentados ali incluem o papel atribuído à humanidade no sistema natural mais amplo, o que deu errado entre Deus e o homem, o juízo divino, a salvação e outras coisas mais. Todos esses conceitos são introduzidos pela primeira vez em Gênesis 1–4 e, em seguida, são repetidos e desenvolvidos ao longo das Escrituras.

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Por exemplo, em Gênesis 4, temos o primeiro uso explícito do termo pecado. Deus disse a Caim que "o pecado [jazia] à porta", esperando obter domínio sobre ele (Gn 4:7). O pecado ali é retratado como um poder escravizante que domina uma pessoa. É muito mais do que simplesmente fazer uma escolha errada. Paulo desenvolve o tema do pecado como um poder escravizante, especialmente em Romanos 3, 5 e 6, ao descrever o pecado como um poder sob o qual nascemos por causa do pecado de Adão. Muitos não compreendem a natureza do pecado na Bíblia porque não começam com os prolegômenos para fundamentar sua compreensão.

Não deve ser nenhuma surpresa, portanto, as frequentes afirmações de que Gênesis 1–4 é de natureza mítica, o que nega a veracidade histórica dos eventos descritos ali. Essa negação, no entanto, leva a um problema, pois os escritores bíblicos, especialmente os autores do Novo Testamento, e o próprio Jesus, tratam esses relatos como narrativas históricas. Exposições teológicas fundamentais, que foram inspiradas por Deus, pressupõem que as informações de Gênesis 1–4 são fatos históricos, não ficção mítica. Assim, quando alguns afirmam que Gênesis 1–4 tem caráter mítico, imediatamente minam partes importantes da teologia bíblica, subvertendo os pressupostos sobre os quais ela está construída.

Nossa maneira de interpretar Gênesis 1–4 exerce grande impacto na forma pela qual entendemos o restante das Escrituras. Se os acontecimentos descritos ali são "fábulas engenhosas" inventadas pela comunidade religiosa e não um registro histórico inspirado, então o restante das Escrituras entra em questão. Se os autores posteriores basearam sua compreensão teológica, em parte, nas Escrituras anteriores que não são historicamente exatas, como seus conceitos teológicos podem ser confiáveis? A Bíblia estabelece a fé nos atos históricos reais de Deus na história da Terra. Meras alegações míticas são insuficientes para fundamentar a verdadeira fé. Para estar em harmonia com as Escrituras, devemos aceitar os pressupostos dos prolegômenos (Gn 1–4), para não corromper ou distorcer o restante da mensagem bíblica construída fora dessas definições e pressuposições.

Pense nisto: O que significa o fato de que autores inspirados, e Cristo, trataram as informações de Gênesis 1–4 como história real? De que modo a crença de que Gênesis 1–4 é ficção mítica afeta a veracidade dos ensinamentos estabelecidos pelos autores bíblicos, e pelo próprio Cristo, como verdadeira base para o discernimento espiritual?

AplicaçãoSó para o professor: Esta seção exigirá um trabalho dedicado do professor para se familiarizar com os grandes temas de Jó e com o contexto imediato e um pouco mais amplo dos Salmos, profetas e Jesus. Não é suficiente notar, por exemplo, que Jesus mencionou a criação e afirmou a sua historicidade. Como Jesus usou a historicidade de Gênesis 1–3 para apresentar uma questão espiritual mais ampla? (Siga esse modelo usado com relação a Jesus para cada uma das passagens da lição.) Perguntas para reflexãoTendo em mente que a nossa lição considera as conexões de Gênesis 1 com Jó, Salmos, os profetas hebreus e os ensinamentos de Jesus, responda às seguintes perguntas:1. Qual é a mensagem mais ampla em Jó, diversos Salmos, etc., mencionados em nossa lição, e como cada autor bíblico usa a criação a fim de ajudar a moldar o seu argumento mais amplo?2. Se Gênesis 1 pode ser aceito literalmente apenas no sentido de que mostra que Deus é a causa primeira de todas as coisas, mas dizemos que a ciência mostra que Deus realmente criou através de processos evolutivos, como isso afetaria as mensagens de Jó, Salmos, Jesus, etc.? Por que e como isso mudaria radicalmente a mensagem de cada um deles?

CriatividadeSó para o professor: A seguinte atividade para discussão é planejada para encorajar os alunos a considerar as implicações da pergunta a seguir: Se Jesus e outros autores bíblicos inspirados afirmaram que Gênesis 1 é historicamente verdadeiro, como a nossa visão da criação deve afetar a nossa crença na autoridade bíblica? Atividade: Pergunte aos alunos se a autoridade bíblica está ativa e forte na vida deles. Que papel as Escrituras devem ter na vida deles? De que maneira sua crença a respeito da criação afeta o papel da autoridade bíblica em sua vida?

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