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CRE PO UMA REVISTA PARA OS ADULTOS EM CRISTO OUTONO 1977

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Page 1: CRE - Seminário Concórdia · a igreja cristã e para o exercício de um ... no texto alemão conforme estampado ... e a reconheceram como o único e antigo consenso,

CRE

PO

UMA REVISTA PARAOSADULTOS EM CRISTO

OUTONO 1977

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IGREJA LUTERANA

Revista Teológica-Pastoralda Igreja Evangélica Luterana do Brasil

«Uma revista para os adultos em Cristo>Ano: 37

Número: 2" trimestre de 1977

Assinatura anual:

Cr$ 60,00 pam 1977

i\io exterior: US$ 8,50

Númer-o 8v~isc: C(S 15,00

REDAÇÃO CEr-HR.:",L:

Rs\!. '-S2;:2::: -~ -'e-- Diretor de PublicaçõesAv. PeT,s:-:-: ~:: =2'33, 90.000 Porto Alegre, RS,a quem 08'.e- Õ~· -s,T~t:dos os manuscritos, car­tas, críticas s õ _;22::S3,

CONSELHO REDATORIAL:

Dr. Johannss RottfTe~"Dr. Donaldo SchüierRev. Leopoldo Heimann

EXPEDIÇÃO E ENCOMENDAS:

Concórdia S. A. - Artes Gráfic2S s :,. :='2(:2"Sa quem devem ser dirigidos os ped;G: S :2 ;SS"naturas, bem como os valores corresp':J"der:e3 àassinatura.

ENDEREÇO:

Qualquer mudança de endereço ou irregularidadeno número de assinaturas da revista devem sercomunicados à Concórdia S. A. - A;-tes Gráficase Embalagens, Avenida do Forte, 586, Caixa Pos­tal 6150, 90.000, Porto Alegre, RS.

APRESENTANDO

As comenlo:'2.':~Õ.õ

centenário da F"::-.:'~(29-05-1577 - :ZS-'~-~~­merecendo destaq';e -:~ - .. _educandários. na~ -" -'­tritos e nas L0;-:~.Evangélica Lute!2::".po de suporta:' e _-c:-c~_=. ~ =na. Ê tempo de ",::...,~_ .c--==fessar o nome .:5.,.:,::;:....~_._

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que surgiram;;.~ , ..e apresentan1 '-~ =,

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informações ;,·.:;t:edos comentário" e',;=2 =:....

e homiléticos, o _-:::__nova página: Re::: ::-:.:..~ =_

que é tempo de "e2:':,' =.verdade". Quem lé, õ·::':--- :: __ :..J:

Ainda vivemoE ~~ -~~- .. =Por quanto tempo.:-..'. -~ ""ra é "tempo de :·2:-::....~da cristão tem 8. :

ser "uma pedra ~-:-.ê. _munha de Cristo, _~,::..:~:~~xima. Façamos. P-:';2 ê..-: :::::c~,antes que venha 2. ,,:._~

guém mais pode ::-=.=.=-mos, pois, transf:.:..:-::::=..:-as palavras que fc-:-::::..2":::"

mos!

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APRESENTANDO

As comemorações alusivas ao 4°centenário da Fórmula de Concórdia(29-05-1577 - 29-05-1977) continuammerecendo destaque nos periódicos, noseducandários, nas conferências, nos dis­tritos e nas congregações da IgrejaEvangélica Luterana do Brasil. E tem­po de suportar e defender a sã doutri­na. E tempo de ensinar, falar e con­fessar o nome do Salvador. Os dois ar­tigos do destaque mostram como e por­que surgiram as Confissões Luteranase apresentam uma doutrina analisada.

Além do estudo biblico, das medi­tações, dos esboços para sermões, dasinformações sobre o mundo religioso,dos comentários exegéticos, históricose homiléticos, o leitor encontra umanova página: Reportagem! Sabemosque é tempo de "escrever palavras deverdade". Quem lê, sabe muito mais.

Ainda vivemos no tempo da graça.Por quanto tempo, não sabemos. Ago­ra é "tempo de remir o tempo". Ca­da cristão tem a responsabilidade deser "uma pedra viva", ser uma teste­munha de Cristo. A noite final se apro­xima. Façamos, pois, as obras de Deus,antes que venha a noite, quando nin­guém mais pode trabalhar. Procure­mos, pois, transformar numa vivênciaas palavras que formam o lema do ano:

Cremos, por isso também fala-mos!

L.

EDITORIAL

SUPORTAR I Sã DOUTRINA

L.

O luteranismo está comemorando o4° centenário da Fórmula de Concór­dia, a qual procura ser a exposiçãocorreta da sã doutrina bíblica.

Por que esta festividade se revestede importância especial para IgrejaEvangélica Luterana? Quais são os ob­jetivos básicos das comemorações destaúltima Confissão Luterana que entrouno Livro de Concórdia de 1580? Eis osprincipais:

- cantar hinos de louvor e grati­dão a Deus pelos quatro séculos debênçãos;

- mostrar a necessidade e a im­portância das confissões para uma igre­ja cristã confessional;

- reafirmar, oficial e publicamente,a posição doutrinária da igreja lutera­na;

- alertar os fiéis contra o perigode indiferenças e liberalidades espiri­tuais e teológicas;

- aprofundar nosso estudo nas dou­trinas básicas e fundamentaIs da Sa­grada Escritura;

- familiarizar os cristãos lutera­nos com a história de sua igreja;

conhecer os heróis da fé e imi­tar o seu exemplo;

- conscientizar-nos da responsabili­dade de transmitir às gerações futurasa grande herança da Reforma: Somen­te a Escritura, somente a graça, somen­te a fé.

Paulo, em suas duas cartas pasto­rais, dirigidas a Timóteo, fala com mui­ta veemência da necessidade e impor­tância:

das sagradas letras;da Escritura inspirada por Deus;da sã doutrina;da palavra fiel e digna de toda a

aceitação.Paulo quer ver em Timóteo um mi­

nistro fiel, um pastor consagrado, umteólogo consciente, um pregador dinâ­mico:

- não te faças negligente para como dom que há em ti;

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- torna-te padrão dos fiéis, na pa­lavra, no procedimento, no amor, na fé,na pureza;

- sê bom ministro de Cristo Jesus.alimentado com as palavras da fé eda boa doutrina que tens seguido;

- combate o bom combate da fé:- permanece naquilo que apl'endes-

te, e. de que foste inteirado:- prega a palavra, insta. quer se­

ja oportuno, quer não, conige, l'epre­ende, exorta com toda a longanimida­de e doutrina:

- faze o trabalho de evangelista,cumpre cabalmente o teu ministério;

- tem cuidado de ti mesmo e dadoutrina, continua nestes deveres; por­que, fazendo assim, salvarás tanto ati mesmo como aos teus ouvintes.

Por que tantos conselhos, tantasadmoestações e tantos estímulos? Por­que Paulo previa tempos difíceís paraa igreja cristã e para o exercício de umministério eficiente:

- haverá tempo em que não su­portarão a sã doutrina;

- cercar-se-ão de mestres, segundoas suas próprias cobiças, como que sen­tindo coceira nos ouvidos;

- e se recusarão a dar ouvidos àverdade, entregando-se às fábulas pro­fanas e de velhinhas caducas;

- perder-se-ão em loquacidade frí­vola.

Suportar a sã doutrina quer dizer:

- sustentar e defender as SagradasLetras;

- ter sobre si a responsabilidadede anunciar a mensagem da redençãoe "anular sofismas e toda altivez quese levanta contra o conhecimento deDeus, levando cativo todo o pensamen­to à. obediência de Cristo";

- carregar a bandeira do evange­lho de Cristo e agüentar inabalável to­das as adversidades seculares, lutandocontra "as ciladas do diabo e contra asforças espirituais do mal".

Vivemos dias de coceira nos ouvi­dos. Dias de loquacidades frívolas. Diasde fábulas profanas e de velhinhas ca­ducas. Dias de indiferença espiritual.Dias de negligência teológica. Dias emque não se quer responsabilidade e com­promisso com a sã doutrina que falado pecado, do arrependimento, da gra­ça, do perdão, da fé e da salvação emCristo. Dias em que se pretende "ser­vir a dois senhores" ou "coxear entredois pensamentos", buscando, com·· co­ceira nos ouvidos, as últimas curiosi­dades e novidades, sensações e experi­ênciasespirituais frenéticas, ilusórias,estéreis.

Ê tempo de cumprir cabalmente' osanto ministério.

Ê tempo de suportar e defender asã doutrina.

Ê tempo de crer, ensinar e confes­sar o nome do Salvador.

DESTAQUE:

4~ CENTEN1RIO J

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DESTAQUE:

f CENTENÁRIO DA FÓRMULA DE CONCÓRDIA

Prefácio à Fórmula de

Concórdia e ao

livro de Concórdia

Como se pode ver de seu conteúdo,o Prefácio que segue serviu ao mesmotempo de introdução à Fórmula de Con­córdia, (1577) e ao Livro de Concórdict(1580). A tradução e as notas são deArnaldo Schüler. A tradução baseia-seno texto alemão conforme estampadona edição critica Die Bekenntnisschrif­ten der evccngeZisch-luterischen Kirche.

PREFÁCIO 1

A todos e a cada um sob cujos olhosvenha a estar esse nosso escrito, nós,os abaixo mencionados eleitores, prínci­pes e ordens no Santo Império da Na­ção Germânica adeptos da Confissão deAugsburgo, manifestamos, de acordocom o estado e a dignidade de cadaqual, nosso devido préstimo, amizade,afável :"audação e vontade propensa, 2

bem como os nossos mui humildes, sub­missivos e solícitos serviços, e, com is­so, anunciamos:

Visto que nesses derradeiros temposdo mundo transitório Deus, o Todo-Po­deroso, permitiu, por incomensurávelamor, graça e misericórdia, que apare­cesse e reluzisse ao gênero humano, pu­ra, genuína' e inadulterada, do supersti­cioso negrume papista da nação alemã,nossa pátria amada, a luz de seu santoevangelho e de sua palavra, única sal­vadora, e havendo-se compilado, depoisdisso, da Escritura divina, profética eapostólica, uma breve confissão, que foientregue, nas línguas alemã e latina,pelos nossos piedosos e cristãos maiores,por ocasião da Dieta de Augsburgo, noano de 1530, ao então Imperador Car­los V, de laudatíssima memória, e apre­sentada perante todas as ordens do Im-

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pêrio, e que foi difundida e ressoou pu­blicamente, por toda a cristandade, novasto mundo a fora, posteriormente mui­tas igrejas e escolas abraçaram essaconfissão como simbolo contemporâneode Sua fé nos principais artigos emcontrovérsia, contra o papado e todasorte de facções. E para ela apelarame se remeteram, em cristã e unânimeinterpretação, sem qualquer contendaou dúvida. E mantiveram, firmes e cons­tantes, a doutrina nela contida, e quese fundamenta solidamente na divinaEscritura, e que também está breve­mente sumariada nos aprovados símbo­los antigos, e a reconheceram como oúnico e antigo consenso, que a igrejauniversal e ortodoxa de Cristo creu eao qual assegurou mediante lutas e rei­terou contra muitas heresias e erros.

A todos, sem dúvida, é conhecido,manifesto e desencoberto quão perigo­sos e molestos distúrbios sucederam emnossa querida pátria alemã logo depoisdo passamento cristão daquele mui ilu­minado e piedoso homem, o DI'. Marti­nho Lutero, e como naquela situaçãoangustiosa e na ruptura do governo bemordenado o inimigo do gênero humanoenvidou esforços por espalhar sua se­mente de doutrina falsa e dissensão, pa­ra suscitar destrutiva e escandalosa di­visão em igrejas e escolas, a fim decom isso adulterar a doutrina pura dapalavra de Deus, romper o vínculo doamor e da unanimidade cristãos e poresse meio impedir e tolher notavelmen­te o curso do santo evangelho. Tam­bém é conhecido, manifesto e desenco­berto a todos como os adversários daverdade divina tomaram ocasião paradesacreditar a nós e a nossas escolase igrejas, para disfarçar os erros delese desviar as pobres consciências trans­viadas do conhecimento da doutrinaevangélica pura e mantê-Ias tanto maisvoluntariamente submissas ao jugo ecoerção papais, bem como a outros er­ros 3 que militam contra a palavra deDeus.

Nada nos teria agradado mais ecoisa nenhuma almejamos mais do To­do-Poderoso e a ele mais pedimos queisso de que nossas igrejas e escolasfossem preservadas no ensino da pala­vra de Deus e em amável concórdiacristã, e que, tal como aconteceu emvida do Dr. Lutero, fossem regulamen­tadas e propagadas correta e cristãmen-

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te, sob a orientação da palavra de Deus.Todavia, da mesma forma como aindaem vida dos santos apóstolos 4 foraminfiltrados, por falsos mestres, doutri­nas errôneas nas igrejas em que os pró­prios apóstolos haviam plantado a pu­ra e inadulterada palavra de Deus, as­sim, por causa de impenitência e pe­cado, nossos e do mundo ingrato, foiisso infligido também às nossas igrejas.

Por isso nos lembramos do oficio anós cometido por Deus e no qual esta­mos investidos, e não nos omitimos emaplicar o nosso zelo no sentido de quefossem barradas em nossas provinciase regiões as falsas e desencaminhantesdoutrinas nelas introduzi das e que, comO passar do tempo, mais e mais se es­tão insinuando, e nossos súditos fos­sem conservados no curso certo da ver­dade divina, já uma vez por eles re­conhecida e confessada, e dele não vies­sem a ser desviados. Assim os nossoslouváveis predecessores e também umaparte de nós combinamos, por isso ecom tal finalidade, em resolução 5 to­mada em Frankfurt-no-Meno, (\ no anode 1558, por ocasião de um conclave doseleitores, 7 que nos reuniríamos em as­sembléia geral e discutiríamos, na me­dida do necessário e de maneira ami­gável, sobre algumas questões que osnossos oponentes haviam interpretadoda maneira pior para nós e as nossasigrejas e escolas.

Posteriormente, os nossos bem-aven­turados antecessores e a mor parte denós outros reunimos em Naumburgo, 8

na Turíngia, tomamos entre as mãosa repetidas vezes mencionada Confissãode Augsburgo, que fora apresentada aoImperador Car16s V, na grande assem­bléia imperial de Augsburgo, no ano de1530, e mais uma vez subscrevemos,unanimemente, essa confissão cristã,que se fundamenta no testemunho daimutável verdade da palavra divina, afim de com isso advertir e pôr a sal­vo, no futuro, quanto estivesse em nós,a nossa posteridade, de doutrina impu­ra, falsa e contrária à palavra de Deus.E dessa maneira testificamos e demons­tramos a Sua Majestade Imperial Ro­mana, nosso clementíssimo Senhor, bemcorno a todos os demais, que de formanenhuma foi disposição e intenção nos­sa adotar, defender ou difundir algumadoutrina diferente ou nova. Nossa in­tenção, ao contrário, foi perseverar e

continuar firmemE-:-:'--~Deus, na verdadeda e confessada e,':', ,~,

de 1530, na cOluil:, <, ­que com isso nãc'pura doutrina E":c-; 'i: 'abster-se de S1.18'3 :,00°,'denigrações D ccr;~·confiantes e ec"::",tras pessoas, lielembradas e es':__"sa reiterada e ~.:::vestigar C0111 :E~~~-="

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continuar firnlelnente, COIUa ajuda deDeus, na verdade uma vez reconheci­da e confessada em Augsburgo, no anode 1530, na confiança e esperança deque com isso não só os adversários dapura doutrina evangélica haveriam deabster-se de suas inventadas calúnias edenigrações v contra nós, mas tambémconfiantes e esperançosos de que ou­tras pessoas, de bom coração, seÍ'íamlembradas e estimuladas por essa nos­sa reiterada e repetida confissão a in­vestigar com tanto maior seriedade averdade da palavra divina, Única sal­vadora. a ela assentir e, para a salva­ção de suas almas e seu bem-estar,eterno, nela ficar e perseverar cristã­mente, sem lnais controvérsia e dis­sensão.

IvIas apesar de tudo isso tivemos deinteirar-nos, não sem aflição, do fatode que pouco se atentou entre os ad­versários nessa declaração e repetiçãode nossa anterior confissão cristã, eque por elas nem nós nern as nossasigrejas fomos libertados das amargasinfamações disseminadas. Ao revés:também essa ação bem-intencionadauma vez mais a entenderam e inter­pretaram os outros, adeptos de opiniõeserrôneas e opostos aos nossos e à nos­sa religião cristã, 10 como se estivésse­mos tão incertos da confissão de nos­sa fé e religião, e como se a houvéra­mos alterado tanto e tão freqüentemen­te, que nem nós nem os nossos teólo­gos poderíamos saber qual é a verda­deira Confissão de Augsburgo, original­mente apresentada. Por essa alegaçãoinfundada muitos corações piedosos sãoarredados e dissuadidos de nossas igre­jas e escolas, de nossa doutrina, fé econfissão. A isso juntou-se ainda o da­no 11 de haverem sido introduzidas emigrejas e escolas, de onde em onde, sobo nome da muitas vezes mencionadaConfissão de Augsburgo, a doutrina an­tagônica sobre o santo sacramento docorpo e do sangue de Cristo e outrasopiniões errôneas.

Quando alguns teólogos 12 piedosos,irênicos e eruditos perceberam tal coi­sa, viram bem que não havia melhorforma de enfrentar essas pérfidas ca­lÚnias e as controvérsias religiosas quedia a dia mais se alastravam do queexplicar e decidir, cabal e apropriada­mente, com fundamento na palavra deDeus, as desavenças ocorridas respeito

a todos os artigos controvertidos, ;ex­por e rejeitar a doutrina falsa e fazerconfissão genuina da verdade divina,por que se reduzissem ao silêncio osadversários mediante sólida fundamen­tação 1:) e se apresentasse aos coraçõessimples e piedosos explanaçào e orien­tação corretas, para que soubessem co­mo situar-se em tal discórdia e futura­mente ficassem preservados, pela gra­ça de Deus, de doutrina falsa.

Assim, a principio, os teólogos su­pracitados comunicaram uns aos outros,de maneira clara e correta, por escri­tos minudenciosos, assentados na pala­vra de Deus, de que forma os diver­sas vezes mencionados e ofensivos dis­sidios poderiam ser compostos e resol­vidos sem afastamento da verdade di­vina, e como, por esse meio, poderiamsel' interceptados e tirados todo pre­texto e causa para difamar ,buscadospelos adversários. Afinal também toma­ram entre mãos os artigos controver­tidos, os examinaram, ponderaram e ex­planaram no temor de Deus, e defini­ram num escrito a maneira de decidircristãmente as desinteligências ocorri­das,

E quando alguns dentre nós recebe­mos informação respeito a essa obracristã, não só dela nos agradamos, masjulgamos que nos cumpria promovê-Iatambém com seriedade e zelo cristãos,em razão do oficio que exercemos ede que nos incumbiu Deus.

Conseqüentemente, nós, eleitor daSaxõnia, etc., com o conselho e a 8-S­

sistência de alguns eleitores e principescorreligionários 14 nossos, convocamosalguns teólogos proeminentes, insuspei­tos, experimentados e eruditos a Tor­gau, no ano de 1576, para a promoçãoda concórdia entre os mestres cristãos.Conferiram eles uns com os outros, demodo cristão, sobre os artigos em con­trovérsia e o faz pouco citado acordoescrito, por causa disso redigido. E, afi­nal, com invocação do Deus onipoten­te, para seu louvor e honra, e com ma­dura reflexão e cuidadosa diligência,juntarem, em boa ordem, por especialgraça do Espírito Santo, tudo o que épertinente e necessário a isso, e o pu­seram em livros.]5 Esse, posteriormen­te, foi enviado a bom nÚmero 1(; de elei­tores, príncipes e ordens profitentes daConfissão de Augsburgo, acompanhadodo pedido de que Suas Excelências 17

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ritórios, igrejas te ",:,:,'

trina de forma ,j:',-",~,=­

vez foi confes3:c,::?ano de 1530, pe::,tados eleitores, -- :'Tencionamos,com a graça ele:~ caté o nosso beL-"-"c~',~parecer, de C012,'~"-:gres e impávido3. ::c~- -­nosso SenhoT Je3'"esperança de Cl"eadversários poUpi'~-às nossas igl'ej2.~ .,:-da onerosa cal'Fa ~~mos certeza de n_.:':,disso estaríamo3 :'=-:::::,.são quase que a

No que diz le':-~'-'ção da Confi~3~~também foi menêc.:.~de Naumburgo ..dos é manifeste, ê

guns se atreve~:,:','_conder, sob as p:.'c--:cçao, os erros ("::: ~,bem como OUL", ,das, e a incuti-l:3em escritos pÚb~queados, não ob,':cufissão entregue e:','__~. ~trina err6nea se:gem explícita.com base nela, :-:versa, Por iS3(' 'cU- .,-­

tificar e mos,:",:este escrito.agora, de mocktade e intençà,:dissimular, o:, ~'"c_c_com a doutr~I"~;:so e adultera:':oculto, .31 Con-,,:mos nem recet,C';:-,mo contrária 2- :c -­

A;.lgsb~rgo, q::sbem nao ql!el'e.:',~:.,'~condenados O'C': ~ "do Senhor Ll':-ê :,:"também de B~,c":::Pomerano, '.c e:,:dam com a ::'\,c':-:-,'córdia, 37

Da meSD"!.2. :.:.-:~ é."

teólogos, corno ,,,,,-,tero, foram le-,-a:':a vontade delesdiscussão da 3E.ubre a união De33C

em Naumburgo, nüü só àcixaranl dealcança!' o desejado alvo da concórdiacrístã, senão que alguns ainda quise­rarn para elas apelar era confirrnaçãode sua. doutrina errônea, SelTI embargode jama.is nos ha;vel" entrado na mentee coraçào querermos, por aqueles acor­dos, introduzir, er.übelezar ou confirmarqualquer doutrina nova, falsa ou errô­nea, ou desviar-nos, UI11. I:.'lÍnirno quefosse, da Confissão de Augsburgo apre­sentaca em 1530; e, visto ainda quequa:1tos de nós estivemos presentes nostrabalhos de Nau:rnburgo mencionadosacima, na oca~Üão nos reservamos o di­reito e fizemos a oferta de dar maisexplana,ções sobre a nossa confissào ca­so futuranlente cheg8,sse a ser at.acadapOI' alguém ou a q:Jalquer ten'1po quese tornasse necessário fazê-Io, por isso,cOrno declaração final de nosso sentir? 23elaboIT-tl110S cristão consenso e acordonesse Livro de ConeÓrc1ia e repetiçã,ode nossa fé e confissão cristãs, E paraningué:rn ser enganado pela calúnia denossos gdvel'sários de que nen1 meSlTIOnós sabernos qual é a genuína Confis­são de ~~ugsbuI'go, €, ao contrário, osque agora vivern, benl COTI10os nossosdUetos pósteros, possarn ser devid.a ecabalmente informados e ter certeza de­fi.nitiva 80b1'8 qüal é esta Confissão aqU.e nós e as igrejas e escolas de nos­sos territórios até agora sempre aderi­mos e temos apelado, deliberamos pro­fessar nelel 34 depois da pura, infalívele inalterável palavra de Deus, Única eexclusivamente aquela:23 Confissão deAugsburgo que foi entregue ao Impe­rador Carlos V, em 1530, por ocasiãoda grande dieta imperial de AugsJ:mr­go, e que esteve nos arquivos dos nos­sos bem-aventurados maiores, os quais,na dieta que acabamos de mencionar,a submetêrem ao próprio ImperadorCarlos V, e a qual, posteriormente, foicomparada, com grande diligência, porpessoas mui fidedignas, com o verda­deiro Q"lginal submetido ao Imperadore que ficou sob a custódia do Sacro Im­pério, 203 e com o qual - verificou-seposteriormente - o exemplar latino eo germânico em toda a parte são idên­ticos em sentido, Por essa razão tam­bém incorporamos a Confissão naqueletempo entregue em nossa declaração eLivro de Concórdia que segue, a fimde todos poderem ver que foi nossopensamento não tolerar, em nossos ter-

e eles fizessem COIU que seus teólogospreeminentes o lessem com especial se­riedade e zelo cristão, o ponderassemdiligentemente, em seguida reduzissema termos suas sentenças e censuras ""e a respeito de tudo nos inteirassem,com toda a franqueza, de seu refleti­do juizo,

Depois que os juízos 19 solicitados ti­nham s.ido recebidos e verificado queneles havia toda sorte de advertênciascristãs, necessárias e proveitosas de co­n'1a a doutrina cristã contida na expla­nação enviada poderia ser resguardadacom a palavra de Deus contra toda es·­pécie de perigosos lnal~entel1didos, paraque de futuro não se viesse a escondersob ela doutrina adulterada, porém sepudesse transmitir tambérú à nossa pos­teridade uma declaração pura da ver­dad.e, compôs-se, afinal, desses jUíZ0S~na forma que depois segue, a jj-'órrDl.l­Ia de Concórdia cristã acima aludida.

Depois alguns dentre nós (pois ernrazào ãe especiais causas irnpedientes, 20

nesse tempo ainda não foi pom.:ível atodos empreendê-Ia), além disso, a fi­zemos ler, artigo por artigo, a todos ecada um dos teólogos, ministros e mes­tres-escolas de nossas regiões e territó­rios, e fizemos fossem lembrados e eXOl'­tados no sentido de meditarem conl di~ligência e seriedade a doutrina contidanela,

E depois que tinham verificado es­tar a explanaçào das dissensões ocorri­das em harn1.onia e cOnrOTn1.e, prinlei­ramente, com a palavra de Deus, e taln­bém com a Confissão de Augsburgo,aquelas a quem fora apresentada, co­mo acima se disse, aceltm'am, aprova­ram e subscreveram, de ânÜno conten­te e cordial gratidão ao todo-poderosoDeus, de seu livre alvedrio e de espí­rito refletido, esse Livro de Concórdiacomo a interpretação correta 21 e cris­tã da Confissão de Augsburgo, e o ates­taram publicamente, com o coração, aboca e a mão, Esse acordo cristão, porisso, se chama e é a concorde e unâni­me confissão não só de alguns poucosdos nossos teólogos, senão em geral detodos e cada qual dos ministros e mes­tres-escolas em nossas províncias e ter­ritórios,

Visto que as supracitadas e bem­intencionadas convenções, 22 estabeleci­das pelos nossos louváveis predecessorese por nós, em Frankfurt-no-Meno e

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":;,'e­que

~.-::-::;nos~::.c.'llados

., c ,El' I'r1aIS_ ~:-_=~5S~lO CH-

atacadacerüpo que

=~<':L por isso,~._.,.~~G sentir, 23

. c'..' ': e acordo2 repetiçàü

~_::·tãs. E paTa,> calÚnia de

"2 TIeITlmeSlno~cc'L1ÍnaConfis­:' contrário, os

:' '::;1110 os nossos___ser devida e~ ter certeza de­

~:;:s..Confissão accescolas de nos­

0, sempre aderi-'eliberamos pro­

:~ pura, infalível_'-2 Deus, Única e

Confissão de~~-_:l'egue ao Impe­

=..330, por ocasião--''::':'ial de Augsbur­':" 8.l'quivos dos nos­" :'"aiores, os quais,,':'::S'~ de rnencionar,

:::Óprio Imperador~:c;stel'iol'lUente, foi

".o"de diligência, porc :":;"'2cS. COIn o verda­":':cccido ao Imperador

...",Ódia do Sacro Im-:,'''8.1- verificou-se:; exemplar latino e:'.2. a parte são idên-

FOl' essa razão tam­:",:" 0. Confissão naquelec c::, nossa declaração e

:.:0, que segue, a fim,", ~':: '."el' que foi nosso

::;lerar, em nossos ter-

ritórios, igrejas e escolas. qualquer dou­trina de forma diversa da em que umavez foi confessada em Augsburgo, noano de 1530, pelos repetidas vezes ci­tados eleitores, 27 principes e ordens. 28

Tencionamos, outrossim, perseverar,com a graça de Deus, nessa Confissãoaté o nosso bem-aventurado fim, e com­parecer, de coração e consciência ale­gres e impávidos, perante o tribunal denosso Senhor Jesus Cristo. E tem.os aesperança de que doravante os nossosadversários poupem a nós, bem comoàs nossas igrejas e a seus ministros,da onerosa carga de alegarem não ter­mos certeza de nossa fé e que em vista.disso estariamos fazendo nova confis­são quase que a cada ano ou mês.

No que diz respeito à segunda edi­ção da Confissão de Augsburgo, quetambém foi mencionada nas negociaçõesde Naumburgo,20 notamos -- e a to­dos é manifesto e incoberto - que al­guns se atreveram a disfarçar e es­conder, sob as palavras dessa outra edi­ção, os erros concernentes à santa ceia,bem como outras doutrinas adultera­das, e a incuti-los às pessoas simples,em escritos pÚblicos e impressos fran­queados, não obstante o fato de na Con­fissão entregue em Augsburgo essa dou­trina errônea ser rejeitada em lingua­gem explícita, e apesar de se poder,com base nela, provar doutrina mui di­versa. Por isso também quisemos tes­tificar e mostrar, publicamente, comeste escrito, 30 que então, como aindaagora, de modo nenhum foi nossa von­tade e intenção por meio disso paliar,dissimular, ou ratificar como acordantecom a doutrina evangélica, ensino fal­so e adulterado que pudesse estar aíoculto. 31 Como, aliás, nunca entende­mos nem recebemos a outra edição co­mo contrária à primeira Confissão deAugsburgo, que foi entregue. 32 Tam­bém não queremos sejam rejeitados oucondenados outros escritos proveitososdo Senhor Filipe Melanchthon, 33 comotambém de Brenz, 34 Urbano Régio, doPomerano, 35 etc., em quanto 36 concor­dam com a Norma incorporada à Con­córàia.37

Da mesma forma, conquanto algunsteólogos, como também o próprio Lu­tero, foram levados (bem que contraa vontade deles), pelos adversários, dadiscussão da santa ceia ao debate so­bre a união pessoal das duas nature-

zas em Cristo, 3-' os nossos teólogos 8,S­sertam claramente, na Fórmula de Con­córdia e na Norma nela compreendida,que os cristãos, segundo o constantepensamento nosso e desse livro, a ne­nhuma outra base e fundamento de­vem ser enviados, quando se trata daceia do Senhor, senão unicamente àspalavras da instituição do testamentode Cristo, que é onipotente e veraz,podendo, eonseguintemente, fazer o queordenou e prometeu em sua palavra.E quando permanecem inatacados nes­se fundamento, não discutam sobre ou­tros fundamentos, porém com fé sin­gela persistam nas palavras simples deCristo, o que é o mais seguro e tam­bém edifica o leigo comum, que nãopodo compreender essa discussão. Quan­do, porém, os adversários atacam essanossa simples fé e interpretação daspalavras do testamento de Cristo e ascensuram e rejeitam como sendo ím­pias, como se nossa simples interpre­tação e fé contradissessem os artigosde nosso Credo cristão 39 e fossem, por­tanto, falsas e incorretas, deve indicare demonstrar-se, mediante explicaçãoverdadeira dos artigos de nosso Credocristão, que nossa supracitada simplesinterpretação das palavras de Cristo nãocontradiz esses artigos.

No que concerne às frases e ma­neiras de falar 40 a respeito da majesta­de da natureza humana na pessoa deCristo, em que está posta e exaltadaà destra de Deus, onde se diz: A na­tureza humana de Cristo é onipotente,onisciente, onipresente, etc., a fim de serremovido, também quanto a isso, todomal-entendido e escândalo, já que otermo Cibstractus 41 não é usado univoea­mente pelos mestres das escolas e igre­jas, os nossos teólogos declaram, compalavras límpidas e claras, que a men­cionada majestade divina não é atribuí­da à natureza humana de Cristo forada união pessoal, nem se deve conce­der que'2 a tenha em si e de si mes­ma, 43 essentialiter, formaliter, habitua­liter, stLbiective, na linguagem escolás­tica. 44 Pois onde se ensinasse dessaforma, comistura-se-ialn a natureza di­vina e a humana, juntamente com suaspropriedades, e a natureza humana se­ria igualada, segundo a sua essênciae propriedades, com a natureza divina,e destarte negada. Dá-se isso, ao con­trário, conforme se expressaram os an-

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la graça àoaguda e extrE-:-_-_='_em presença :".7

dos, escândal·,:-;sdas divisõesreconciliaçãosões surgid&~montada nada qual SE' l-;~

pura e qual [:"cte entre üsfique tudoirreouieta, eestar Dfesa "doutrina p':..~":~.

zer, esca:i.1.c12.c-'~duzir e def:.=:-~~:_

onde não se == =

senão isso .j,::.

finalmente se:"da e perdidcc.teridade nad[ctas e ilnagiT.:.::'~80S e disc;"lti .-::~:::cen1.0S obI'ig;?~(,~,;;:razão do oL::tidos, a faze::"com vistas 2·:::

tempol'al e 2C':súditos a n,:'sto Dossa se'ml!Jtiplicaçã~' __da honra desua palavra.qUilidade e c

cristãs, bemconsolo e insc:ências elU eL':'. -=-

mais, que I"

bom coraçãe. __de estado.obra salutal'ela trazem [S'-:que desde o ::-_,cristão nunca ::'--sito nosso, e ::"-:salutar e m'_::córdia em SE-g:afastada de,sa luz da ye:alqueire e do?não suspenda:::':tempo a ediç"-e.E não tenl0S :-,,,c__

todos os COraC0E-Sc_c

dadeiro amor -à -,-~-::'::':córdia cristã e ~::--_cvarão, de ma::e:: ~conosco, esta ,:,'0: "- ~ ~

cl'istão, ocasião a qualquer molestamen­to e perseguição dos pobres cristãosoprimidos. Pois, assim como, por cari­dade cristã, temos especial compaixãodeles, assim sentimos aversão e cor­dial desagrado relativamente ao raivardos perseguidores, e absolutan'lênte nãoqueremos tornar-nos corresponsáveis poreste sangue, que, fora de dÚvida, serárequerido das mãos dos perseguidoresno grande dia do Senhor, diante dosolene e severo tribunal de Deus, e láeles terão de prestar pesada conta porele.

E, porquanto nosso sentir e propó­sito, conforme mencionarnos acima, sern­pre esteve orientado no sentido de queem nossas terras, regiões, escolas eigrejas nenhuma outra doutrina fossetratada e inculcada senão unicamentea que está fundamentada na SagradaEscritura de Deus e incorporada na Con­fissão de Augsburgo e na Apologia, emseu sentido autêntico, bem como no sen­tido de não permitir a entrada de qual­quer coisa a ela contrária, finalidadepara a qual também o presente acordofoi instituído, intentado e realizado, 56

queremos fique mais uma vez testifica­do com isso publicamente, diante deDeus e de todos os homens, que, coma presente e muitas vezes referida ex­planação dos artigos em controvérsia,não fizemos confissão nova ou diferen­te da que uma vez foi entregue emAugsburgo, no ano de 1530, ao Impe­rador Carlos V, de grata memória. 57

Remetemos, ao contrário, as nossas igre­jas e escolas, acima de tudo, à SagradaEscritura e aos Simbolos, e, em segui­da, à Confissão de Augsburgo, poucohá citada. E com isso queremos deixarregistrada nossa séria exortação de queespecialmente a juventude que é trei­nada para o serviço eclesial e o santoministério seja instruída nisso fiel ediligentemente, a fim de que tambémentre a nossa posteridade seja preser­vada e propagada, pelo auxílio e assis­tência do Espírito Santo, a pura dou­trina e confissão da fé, até a glorio­sa vinda de nosso único Redentor eSalvador Jesus Cristo.

Visto, pois, que assim é, e já queestamos certos de nossa confissão e fécristã, com base na Escritura divina,profética e apostólica, disso havendo si­do suficientemente certificados em nos­sos corações e consciências cristãs pe-

tigos mesrr'es da igreja, ratione et dis­pensCttione hypostaticcw unionis, isto é,em razão da união pessoal, -13 que émistério inescrutável. 4(;

Com referência às condenações, -17

censura e rejeição de doutrina falsa,adulterada, especialmente no artigo daceia do Senhor,48 que devem ser pi'O­postas expressa e distintamente nessaexplanação e resolução sólida dos ar­tigos em controvérsia, a fim de quetodos saibam acautelar-se delas 49 .-­

e por muitas outras razões de modonenhum podem ser contornadas essascondenações ~, igualmente não é von­tade e intenção nossa mirar com issoàs pessoas que erralTI por ingenuida­de 50 e que não blasfemam a verdadedo verbo divino. E muito menos aindaqueremos visar com isso a igrejas in­teiras, dentro ou fora do Sacro Impé­rio da Nação Germánica. Si Nosso pro­pósito, ao contrário, é que com issofiquem condenadas propriamente ape­nas as falsas e desencaminhadoras dou­trinas, bem como os obstinados mes­tres e blasfemadores que as propõem,que de forma nenhuma pensamos emtolerar em nossos territórios, igrejas eescolas, visto que essas doutrinas sãocontrárias à expressa palavra de Deuse com ela não podem coexistir. Tam­bém procedemos assim para que cora­ções piedosos sejam advertidos contraelas. Pois para nós não .há sombra dedúvida que se podem encontrar muitaspessoas piedosas e inocentes tambémnas igrejas que até agora não chega­ram a acordo conosco em tudo. 52 Es­sas pessoas seguem na simplicidade deseus corações, não entendem bem aquestão e nenhum agrado têm nas blas­fêmias contra a santa ceia tal comoé celebrada em nossas igrejas, de acor­do com a instituição de Cristo, e co­mo a respeito dela ensinamos unani­memente, em consonância com 5-' as pa­lavras de seu testamento. E temos,quanto a essas pessoas, a esperançade que, quando corretamente instruídasna doutrina, virão e se tornarão, co­nosco e com nossas igrejas e escolas,pela orientação do Espírito Santo, àinfalível verdade da palavra divina. 54

Por isso também testificamos, por esseescrito, 55 díante da face do Deus oni­potente e de toda a cristandade, quede modo nenhum é disposição e pro­pósito nosso dar, através desse acordo

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sana e cristã, e não permitirão, quan­to a isso, que haja falta neles em ma­téria de promover a glória de Deus eo bem-estar comum, eterno e temporal.

Porque - repetimo-Io uma vez lnaisem conclusão - nada de novo intenta­mos fazer com essa obra de concór­dia, e de forma nenhuma é intençãonossa afastar-nos, quer no conteúdo, 58

quer nas expressões, ;)fl da verdade di­vina unia vez reconhecida e confessa­da por nossos piedosos maiores e pornós, conforme fundamentada na Escri­tura profética e apostólica e compre­endida nos três Símbolos. e, alén'l dis­so, na Confissào de P-,-ugsbu:tgo, entre­gue. no ano de 1530, ao ImperadorCarlos \T, de mui suave memól"ia, naApologia que seguiu à Confissão, nosArtigos de Esmalcalde e nos Catecis­mos Maior e Menor daquele altamenteiluminado homem, o DI'. Lutero. Ten­cionamos, ao contrário, perseverar epel'111aneCel'. unanimemente, pela graçado Espirito Santo, nessa verdade divi­na, e segundo ela regular todas as con­trovérsias religiosas e suas explanações.Além do que é nossa determinação epropósito viver em boa paz e concór­dia com os nossos lnembros, os eleito­res e estados no Sacro Império Roma­no, também com outros potentadQs cris­tãos, segundo as ordenações do SacroImpério e os pactos especiais que comeles temos, e demonstrar a cada qual,de acordo com a sua ordem, todo amor,serviço e amizade.

Queremos, ademais, conferir amiga­velmente sobre a maneira de zelar comseriedade por essa obra de concórdiaem nossas terras, de acordo co.m asnossas circunstâncias e as de cada lu­gar, através de diligente visitação dasigrejas e escolas, inspeção das tipogra­fias e outros meios salutares. E casovoltarem a agitar-se as controvérsiascorrentes ou surgirem novas dissensõessobre a nossa religião cristã, cuidare­mos da maneira em que possam serresolvidas e compostas em tempo, semperigosas delongas, para obviar a todasorte de escândalos.

Em testemunho, 60 subscrevemos comunanimidade de corações e mandamoscarimbar com nossos sinetes particula­res. 61

Luis, Conde palatino no Reno, eleitorAugusto, Duque da Saxônia, eleitor

Ia graça do Espírito Santo, a móisaguda e extrema necessidade exige queem presença de tantos el'ros irro:rnpi­dos, escândalos, dissensões e prolonga­das divisões haja uma explanação ereconciliação cristã de todas as discus~sões surgi das que esteja, bern funda.­mentada na palavra de Deus, e à luzda qual se reconheça qual a doutrinapura e qual a adulterada, e se diferen­cie entre as duas, de sorte que nãofique tudo livre e aberto para genteirrequieta e contenciosa, que não querestar presa a nenhuma forma certa dadoutrina pura, provocar, a seu bel-pra-­zer, escandalosas controvérsias e intro~duzir e defender erros disparatados, deonde não se pode seguir outra coisasenão isso de que a doutrina corretafinalmente será inteiramente obscureci­da e perdida, sendo transmitido à pos­teridade nada além de opiniões incer­tas e imaginações e parecel'es duvido­sos e discutíveis. E nós nos reconbe­cemos obrigados, de preceito divino, emrazão do oficio em que estamos inves­tidos, a fazer e a continuar fazendo,com vistas ao nosso próprio bem-estartempol'al e eterno, bem como ao dossúditos a nós pertencentes, tudo quan­to possa ser útil e proveitoso para amultiplicação e a difusão do louvor eda honra de Deus, a propagação desua palavra, única salvadora, a tran­qüilidade e a paz das escolas e igrejascristãs, bem como para o necessárioconsolo e instrução das pobres consci­ências em erro. E nos é manifesto, ade­mais, que muitas pessoas cristãs debom coração, de elevado e de humil­de estado, suspiram ansiosas por essaobra salutar da concórdia cristã e Dorela tr'azem particular anelo. Visto, p~js,que desde o inicio desse nosso acordocristão nunca foi disposição e propó­sito nosso, e não é agora, manter estasalutar e mui necessária obra de con­córdia em segredo e velada no escuro,afastada dos olhos de todos, ou pôra luz da verdade divina debaixo doalqueire e da mesa, por isso cumprenão suspendamos nem adiemos por maistempo a edição e publicação da obra.E não temos nenhuma dúvida de quetodos os corações piedosos que têm ver­dadeiro amor à verdade divina e à con­córdia cristã e agradável a Deus apro­varão, de maneira cristã, juntamenteconosco, esta obra salutar, mui neces-

e propó­= ~ S.Cllna, sem­"Tido de que

.. .::-~.escolas e:'Y:ltrina fosse

o~:·_ê.o unicamente',_,c, na Sagrada::,)orada na Con­::a Apologia, em

'. e:',1 como no sen­,o"trada de qual­

,,::ária, finalidade1)l'esente acordo

:i:. e realizado, 56__:1la vez testifica­

_:_~-:::ente, diante dei:cn1ens, que, com-:ezes referida ex­

'o ::: en1 controvérsia," , nova ou diferen-

- foi entregue em1530, ao Impe­

memória. 57

as nossas igre­tudo, à Sagrada

~::-.:-,=,,=,}os,e, em segui­e Augsburgo, pouco

,-- :ee·:) queremos deixare~:> exortação de que

:-:C'::tude que é trei­_~= eclesial e o santo

:"3c',,ída nisso fiel e~',,: de que também

'::e::dade seja preser­:::e:o auxilio e assis­

,__:: :"s.::to. a pura dou­::s. :e. até a glorio­

,33: '::::',:20 Redentor e

. ~ .,,,:.,0 2.331m e, e Ja que> ,,·=.33aconfissào e fé

'0,0 "a Escritura divina,-- : --: :::':ica, disso havendo si­

_:~=-_:C'certificados em nos-o :: ::::sciências cristãs pe-

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João Jorge, Margrave do Brandem­burgo, eleitor

Joaquim Frederico, Margrave doBrandemburgo, administrador doarcebispado de Magdeburgo

NOTAS

1. Este prefácio sofreu reformula­ções de 1578 a 1580. Entre 25 de feve­reiro e 10 de março de 1580, IacobusAndreae e Martin Chemnitz deram-lhea redação final, no mosteiro de Bergen.(Naquela época, perto de Magdeburgo.Atualmente situado na zona urb&na.Fundado em 968, o mosteiro foi supri­mido em 1809, existindo hoje no localo Friedrich Wi!helms Garten.)

2. Ou: favorável. No original: Ge­neigte1! Willen. Texto lat.: offidum.

3. Especialmente sacramentários,zwinglianos e calvinistas.

4. Cf. 2 Tm 4.3,4; 1 Jo 4.1; 2Pe 2.1.

5. Absehied. Alguns textos contêma lição chr'istlicher Abschied (resolu­ção cristã) i Segundo Andreae, o adje­tivo chri8tlich, eliminado por ele, per­maneceu devido a lapso. - No dia 18de março adotaram o Livro' de Frank­furt (Frankfurter Buch, FOrm1ÜC( pa­eis Froncofórdianc(e), baseado em pa­recer de Melanchthon (cf. CR IX,365-378) .

6. Frankfurt am Main. Alguns au­tores usam a forma aportuguesadaFrancoforte.

7. KurfÜrsten. Fevereiro a marçode 1558, por ocasião da eleição paraimperador de Fernando I, irmão de Car~los V, que abdicara em princípios doano.

8. A assembléia esteve reunida de20 de janeiro aIo de fevereiro de 1561.Os eleitores Frederico III do Palatina­do e Augusto da Saxônia querem subs­crever a Confessio Augustanc( variatade 1540 (de Melanchthon), argumen­tando que o artigo X da CA variataexclui a transubstanciação. Os outros(o Duque Christoph de Vurtemberga,o Duque João Frederico da Saxônia,

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o Langrave Filipe de Hesse, o CondepalatIno Wolfgang de Zweibriicken)querem assinar a CA de 1530. DaviChytraus, trazido ao conclave pelo Du­que Ulrico. pleiteia a subscrição dosArtigos de Esmalcalde, além da Con­fessio Augustanc( invc(riata. O acordoa que se chega: o texto alemão daCA edição in-quarto de 1530-1531, Vi­temberga; por insistência do EleitorFrederico III, a edição latina in-octavode 1531; um prefácio, esboçado pelosdois eleitores e endereçado ao impera­dOI'; rejeição da transubstanciação. Oprefácio pl'ofessa a Confissão de Augs­burgo de 1530, mantém a edição altera­da de 1540 (pela qual, diz o prefácio,a Confissão de Augsburgoinalterada"é repetida algo mais imponente e mi­nuciosamente, e é explicada e expandi­da com base na Sagrada Escritura"), erepete a confissão da Apologia. Assinamo acordo: os dois eleitores, o LangraveFilipe de Hesse, o Duque Christoph deVurtemberga, o Margrave Carlos de Ba­den, e, através de seus conselheiros,os Margraves João e Jorge Frederico,do Brandemburgo, o Conde palatinoV/olfgang, a Pomeránia, Anhalt e Hen­neberg. Os duques João Frederico daSaxônia e Ulrico de Vurtemberga ne­gam sua assinatura. Seguem-lhes oexemplo sobretudo a Baixa Saxônia eas cidades marítimas.

9. Vorunglimpfung.

10. Unsern 'und unserer christlichenReligion widerwiirtigen und irrigen Opi­nionsverwandten. Texto lat.: ab adver­sariis ver'c(e religions.

11. Original: Unrat. Cf. Alfred Gat­ze, Glossar: Widerwartigkeit, Schaden,Unhei!, etc. No alemão de hoje, o ter­mo Unrat significa lixo, porcaria, es­terco.

12. Andreae, Chemnitz e outros.

13. Ou: sólido fundamento. No ori­ginal: Grund, que pode significar tam­bém BegrÜndung. (Cf. A. Gatze, Glos­sar.)

14. Religionsverwandten.

15. O Livro de Torgau. Andreae su­mulou o livro, criando o Epítome. Es­ta condensação mais a Declaração SÓ-

lida recebeu o ::~:"~cordiae bipw'tit,· .. ~,reunida no cas':",::9 de abri! a .•.. c

a presidência .... '~..convidados:Chytraus, AneL," '.:necker, ChristG::.Heyderich, Ps.',:'Marlin, Wolf,;;'s.:-.2'-'ser, Nicolau - ,caelius, Jãotin lVIirus, 0 '." ~ cGlaser.

16. Etzlicllc,nullis.

17. Ihre Li,,'.tratamento en,::=

18. Ou: C'!

No original. N

20. Para df'..:·:-'-.eleitores da 88,:':::-"::'

go acrescenta~'.?-~.-"caso de algum""BSLK, p. 748. "

21. Algunsdoso. Os eleitoC'-23 ;c:

demburgo aCl'2S:C:-,.prefácio nem ""Concórdia eSS2para a Confisss.:

22. Ou: ac,::·e:"schiede. Texto :c.~

23. Unser,Q c;~Glossar: Sinn. A'c,,:le, Gedankemic::': ._.~tatis nostme ..

24. L e" T'

25. Uma '.,centa, depois C:'" .

"primeira e Ü:2.::",' cestão no Li-t'!") ·l· ::gerou muitos p:':':=~:,eliminada. TEmi.?·,,~deriam ser intEIT-~:?c:.:da Confissão de .-",'1540, ou como d"'3.'.de Naumbul'go ':':2

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c :: lllpe de Hesse, o Conde:::gang de ZweibrÜcken):-.ê.: a CA de 1530. Davi:zido ao conclave pelo Du­: ,eiteia a subscrição dos

::::'malcalde, além da Con-'j!(! 'invariata. O acordo

,cga: o texto alemão dam<iuarto de 1530-1531, Vi-

insistência do Eleitora edição latina in-octavop"'efácio, esboçado pelose endereçado ao impera­da transubstanciação. O

c c~:'a a Confissão de Augs­mantém a edição altera­

qual, diz o prefácio,Atigsburgo incilteTCida

:c:go mais imponente e mi­e é explicada e expandi­

,c :3 Sagrada Escritura"), e..,,-:'80 da Apologia. Assinam~ ::..:js eleitores, o Langrave

:-::c-õe o Duque Christoph de::\Iargrave Carlos de Ba­

g" de seus conselheiros,c' João e Jorge Frederico," ... l'gO, o Conde palatino

?:'merânia, Anhalt e Hen-,"".:,ues João Frederico da

''-:' ico de Vurtemberga ne­,~j,atura. Seguem-lhes o,'~',:do a Baixa Saxônia e".::icimas.

"pfung.

!nd 1é1~sererchristZichen'iirtigen und irrigen Opi­

Texto lat.: ab adver­'U1ons.

L'nrat. Cf. Alfred Got­'-'i:lerwartigkeit, SChaden,::~: alemão de hoje, o ter­

e. g:-,i:ica lixo, porcaria, es-

2' c Chemnitz e outros.

::0 fundamento. No ori­.ce pode significar tam­

(Cf. A. Gotze, Glos-

:~·qj'[candten.

,c Torgau. Andreae su­"iando o Epítome. Es­:-:~ais a Declaração SÓ-

lida recebeu o nome de Forrrmla con­cord'iae bipartitci. A assembléia estevereunida no castelo de Hartenberg de9 de abril a 7 de junho de 1976, soba presidência de Andreae. Os outrosconvidados: Martin Chemnitz, DaviChytraus, André Musculus, Nicolau Sel­necker, Christopher Cornerus, CasparHeyderich, Paulo CreU, MaximilianoMorlin, Wolfgang Ha1'der, Daniel G1'a­ser, Nicolau Jagenteufel, João Corni­caelius, Jão SchÜtz (Sagitta1'ius), Mar­tin Mirus, Jorge Listenius e PedroGlaser.

16. Etzlichen vielen. Texto lat.: non­nullis.

17. Ihre Lieben, forma arcaica detratanlento entre soberanos.

18. Ou: criticas, juizos, opiniões.No original, censnrae.

19. No original, Í1édicia.

20. Para deixar a porta aberta, oseleitores da Saxônia e do Brandembur­go acrescentaram,: "como também nocaso de algumas outras ordens." (Cf.BSLK, p. 748, aparato critico.)

21. Alguns consideraram isso duvi­doso. Os eleitores da Saxônia e do Bran­demburgo acrescentaram q~le nem noprefácio nem na própria Fórmula deConcórdia essa aparece como normapara a Confissão de Augsburgo.

22. Ou: acordos. No original, A b­schiede. Texto lat.: conventiones.

23. Unsers Gernüts. Cf. A. Gotze,Glossar: Sinn, Absicht, Verlangen, Wil­le, Gedankenrichtung. Texto lat.: volum­tatis nostrae.

24. T. e., no Livro de Concórdia.

25. Uma formulação de 1576 acres­centa, depois de "aquela", as palavras:"primeira e inalterada", que tambémestão no Livro de Torgau. A restriçãogerou muitos protestos e acabou sendoeliminada. Temia-se que as palavras po­deriam ser interpretadas como rejeiçãoda Confissão de Augsburgo alterada de1540, ou como desaprovação do acordode Naumburgo de 1561, o que criaria

umas sitlmções de constrangimento paraos signatários da Fórmula de Concór­dia que haviam assinado aquele acor­do ou cujos predecessores o haviamsubscrito. Cf. parágrafo seguinte desteprefácio. Cf. Fórmula de Concórdia, De­claração Sólida, Da Suma, 5.

26. A cópia dos arquivos de Mo­gúncia (Mainz) com a qual as ordensluteranas comparam suas cópias nãofoi o original.

27. Esse plural é modo de dizer,fórmula geral. Apenas um eleitor, oDuque João da Saxônia (João o Cons­tante, irmão de Frederico o Sábio), as­sinou a Confissão de Augsburgo. Cf.Fórmula de Concórdia, Declaração Só­lida, introdução, 3.

28. Stilnde. Ordines Irnperii .

29. A edição alterada de 1540.

30. Hiemit, com isso. Texto lat.:hisce litteris.

31. Texto lat.: quae sub integl~men­tis aliquibu8 VerbOr1érn lateTe possent,isto é,' ("falsas e impias doutrinas eopiniões") "que pudessem estar escon­didas sob certas coberturas de pala­vras",

32. Texto lat.: Nos sane rnlmquCtrnposteriorem editionern in ea sentent-iaaccepirnusj qnae a pTiori illa, qlwe exhi­bita fnit, 1dla ex pCérte dissideret. ("Naverdade, jamais recebemos a edição pos­terior em sentido que diferisse, em qual­quer parte, da anterior, que foi apre­sentada.") Contra essa abonação daConfissão de Augsburgo alterada e doacordo de Naumburgo volta-se sobretu­do o Duque Júlio, a conselho da Fa­culdade de Helmstedt e de TilemannHesshusius.

33. Com exceção deste passo do Pre­fácio, a Fórmula de Concórdia não men­ciona o nome de Melanchthon.

34. BTentii: João Brenz.

35. Pornerani: João Bugenhagen.

36. Ern quanto: ou enquanto, nosentido de até onde. No original germâ­nico: Wofern. Texto lat.: q1éatenus.

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59. No ol'ig'-c

~2. Allerdi;u.­nA.a·~

r.~--':',-;--'- -:::+'-'-'- ~,.;.. - -- -No58.

61. SeCi'e+ - ':,-­pondência ral"i',:~_ráter mais pe3õ: c,:carimbados cc-:-_ : .:==-:-

60. Z" 'Cri.-,rei eviàensto testemunho

56. Realjz::::Texto lat.:da, completada

base na >a:,,_que eüdLcia, doadverti-Ias.um cego se _~_~Cf. BSLK. p. ':'0­também o a':-:'~,'edição cl'Eica '__eu

57. ChristI!mente: cristã 2-::-_;:

licis reco'rdcdi:::,-

53. Emge. Texto lat,

dos, na medid2,balmente), mm18Alemanha. CI. B:::~:O=

55. HiC;;"­

scripto.

54. lu,,-;' ,do do D::.cconseg1.~ir:.~eeclesiás·~i(-·=?:

51. Os teólogos pomeranos haviamdito em seu parecer sobre o prefácioque era precíso considerar o fato "deque a rainha da Inglaterra [Elizabe­te I] e o rei de Navarra [mais tardeHenrique IV, rei de França] buscarame pediram, com laboriosa diligência, emseu nome e no das igrejas de seus cor­religionários na França, na Espanha,na Inglaterra, nos Países Baixos e naSuíça, não se condenasse a eles e aosseus", mas que primeiro fossem ouvi-

49. 'lO1' [:f' ..lsE~L->n'J isto é, das dou~trinas condQnadas. Texto lat.: u.t 'u.ni,·~veTsi s-i.b·i ab his da'fYJ./nati.s dog111atibuscave·ren:i~.

47. No original; cOnde1n}/,(J,t-iones,

48. ~/id. ~--'órn1111::-1, de Concórdia, De­claTação Sólida, 'lII, 112-127.

desnecessái'ios e obsoletos, dos teólogosescolásticos", que nem uril em cem pá­r'ocos entende. Diz que a doutrina econfissão pOdelYl ser dadas e e:-·;::plica­das StlficientsTúente HeOlY1 boas e in­teligíveis palavras ~lenlãs." Os duquesJÚlio e TJlrico expressam o desejo deque haja en1enda neste sentido.

46. Cf. Catalo[t~L8 Tes!:'l.1no'ni.oT'lUJl'J

rx:. 2° paI'ágl'afo.

50. Os teólogos da Universidade deHelmstedt haviam opinado que a COIl­denaGão de pessoas era inevitável por­que doutrina errônea e falsos luestrese:ralTI inseparáveis. Tilerí1ann Hesshusiusafirma que lvlateus 7 também se apli­ca aos que são desencaminhados,. :nãoobstante a cUferenç.a entre "obstinadosenganadores~' e "ingênuos" desencalni­nhados. Chega a dizer que amor a"pessoas enganadas" é intempestivo emquestões de fé.

45. Corno sempre, tornanlos eríl vel"­nác;ulo 1120 as palavras latinas citadas,mas as palavras com que o texto ale­mão as tl'âslac1a ou paraf'{'aseia. l'\Tocaso: 'Von·1DcgeFl- der peTson[i.chen.' 17oT­rcin!g.iUir;. Vertidas litenJJmente, as pa­lavras citadas dizern: üSe2'lUJ.doo rnodo e a econornia da união hipos­tática." \l'id. a respeito da questào Fór­rn.uIa de Concórdia, Declaração Sólida,

39. I. e"l os artigos do Sín1lJoloApostólico. Cf. texto lat.: art'i-culi,s 8]f;n­boZi Aposf:oHci. O Duqu.e JÚlio pediu oseguinte acréscirüo depots de "CredoCI'istão": "especialrnente os da enca~cna­ção do Filho de Deus, de sua ascensão edo sel1. assentar-se à destra da onipo~tent.e força e majestade de Deus." Cf.BSLK, p. 754, aparato crítico. O acrés~cimo aparece no texto latino da edi­ção crítica alelY1ã, ibidern.

37 . ..L~ 110rnla expressa no 1...:1V1'0 deConcórdia. Texto lat.: CU-1rL ea 'nOT'/na;

quae Concordiae L'ibro 881;" CI.Fórmula de Concórdia, Dec:laT2L!~8SÓ­lida,- Da SUYI1U, 10.

43. Na revisão final Andreae eChemnitz acrescentaram, depois deHmesma": "mesmo na união pessoal".(nuch in der personZichen Vereinigung.)Cf. BSLK, p. 754, aparato crítico.

44. Essencialmente, formalmente,habitualmente, subjetivamente. Tile­mann Hesshusius quer a eliminação dos"vocábulos sórdidos e obscuros, além de

42 . No original gern'1ânico: oderdass sie di,eseZbige.. habe. Para tor­nar o período mais facilmente inteligí­vel, introduzimos palavras do texto la­tino: nec etiam concedendum.

38. Hessen, Anhalt, o Palatinado eoutros cOInbatelTI o recurso - por elesencontrado :na FC - à ubiqÜidade co~TI10 fundarúento adicional da presençareal. Os teólogos da Saxônia Eleitorale do Brandemburgo Eleitoral d.eclal~arn,ao contráI'io~ que a FC expreSSan1êj.iteconsidera como fl.:t:ndalnel1LO as pEtlav:rasda instituí~~ão e que tão-só foi compe­lida a falar da pessoa de C:dsto à vistada interpreta cão e:trônea das nalavrasda instituição~ da parte de z\vi"'nglianose calvinistas.

40. No original: ph.Tose.s 1(,-nd 'lno­d'i ZOQ"ne'iu.f,-i" BSIJK .. p. 754, aparato crí­tico, depois àe Hloquendi": das 'lsty cH,eArt nnd vVeise Ztb reden,welche hnBuch der Concordien gebra1.lchl. Textolat. : qui hoc Ooncor(Uae Li,b-ro 1Ls·gr­

pantnr.

41. Abstrato. Vid. CatcÜog1is Testi­1noniorn'rn, BSLK, p. 1106 e nota 2; p.1107.

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:C·:J5. dos teólogos~~n~8111 cem pá­

- ',-:ê a doutrina edadas e expiica-

:'C-0T11 boas e in­~j,~r!1ãs." Os duques

_2esam o desejo de2-.3~e sentido.

=-. tOI'naxnos elTI Vel'­-.. :. Õ,-~'3.S latinas citadas,

: ::11 que o texto ale­parafraseia. I~o

))ersonlichen· V OT­

liteI'aln1.ente, as pa­~(93 dj.zem: "seg'l1ndo

l-~-lLada uniã.o hipGs­_~2-~_2itoda questão Fór­

Declaração Sólida,

condernnationes.

de Concórdia, De­112-127.

isto é, das dou­lat.: 'u,t 1.[,ni­

d01}t,natis dog:yrt,atibus

_og'os da Universidade de--~a111opinado que a COll-

- =.~50as era inevitável por-~~-l'ônea e falsos n:1estres

--:",Is. Tilemann Hesshusius- ~:3;:eus 7 também se apli-

.'i3.0 desencaminhados,. não::.~f2:r'ença entre "obstinados

2 "ingênuos" desencami­a dizer que amor a

~~.~·:?_::adas" é Íntelnpestivo elTI

.=,5kgos pomeranos haviam

.~ :)arecer sobre o prefácio--~2 :i50 considerar o fato "de

--:'_2. da Inglaterra [Elizabe-'2I de Navarra [mais tarde

rei de França] buscaram:'11 laboriosa diligência, em"0 das igrejas de seus cor­

_: : 3 na França, na Espanha,:=' '3.. nos Países Baixos e na

se condenasse a eles e aosque primeiro fossem ouvi-

dos, na medida do necessário (ou: ca­balmente), numa conferência geral naAlemanha. Cf. ESLK, p. 756, nota 2.

52. AUerdings. Texto lat.: per om­nia.

53. Em consonância com: vormo­ge. Texto lat.: itt:Eta.

54. Acréscimo de Andreae, a pedi­do do Duque Júlio: "Cumprirá, porconseguinte, aos teólogos e rr1inistroseclesiásticos len1.brar devidalnente, combase na palavra de Deus, tambéra osque erram por ingenuidade e ignorân­cia, do perigo de suas almas e dissoadverti~los, a fim de não acontecer queum cego se deixe transviar por outro."Cf. BSLK, p. 757, aparato crítico. Vid.tarr.bém o acréscimo no texto lato daedição critica aleulã, ibide:r:r1.

55. Hi.8Tt1it.Texto lat.: hoc nostroscripto.

56. Realizado: ins lVerk gerichtet.Texto lat.: absoluta fuit (fOi remata­da, completada).

57. Christlicher Gedachtnis. Literal­mente: cristã memória. Texto lat.: fe­licis recordationis.

58 . No original: in rebus.

59. No original: in pahrasibns.

60. Z1t Urku.ncl. Texto lat.: ln ctâusrei evidens testimoninm (em manifes­to testemunho disso) .

61. Secret - Geheimsiegel. Corres­pondência particular e escritos de ca­ráter mais pessoal via de regra eramcarimbados com o sinete particular.

',r::;::::1·}'...'.::::::::::1

A DOUTRINA DA IGREJA(Segundo as Confissões Luterana.s)

Hans-Ltttz Poetsch(trad. W. Kunstmnnn)

I.

1. A Confissão de Au.gsb·urgo

Os artigos 7 e g podem ser consi­derados básicos para a doutrina daigreja. Existem três elementos básicos:a) em todas as épocas existe apenasuma única igreja cristã; b) esta é aconlunhão dos crentes; c) a comunhàodos crentes se acha naquele lugar ondeo evangelho é ensinado puramente e ossacramentos administrados correta­mente.

A afirmação de existir apenas umaúnica Ürreia cristã. determina o con­ceito de~ig~eja através das Confissões.Com isto todo o conceito particularistade igreja é excluído. Os reformadoresse sabem representantes da "sanctaecclesia catholica", a santa igreja uni­versal, que se extende através dos sé­culos até ao presente tempo e até aodia derradeiro. Assim também a Con­fissão Luterana não 6 a confissão deuma igreja especial, surgida em con­seqüência de causa histórica, mas é aconfissão de "uma santa igreja cristã"(cf. Conclusão § 5). Por ser a confis­são desta uma igreja, continua valendoenquanto existe esta uma igreja cristã.

Esta igreja é a "comunhão de todosos crentes". Esta é a igreja propria­mente dita, e é desta que tratamos.Cristãos falsos, hípócritas, pecadoresnotórios podem andar misturados nasigrejas institucionais, mas não perten­cem à comunhão de todos os crentese santos .

Uma ênfase especial repousa sobreos meios da graça: Anunciamento pu­ro do evangelho e administração dossacramentos em conformídade com omesmo evangelho. Estes nos fazem co­nhecer, onde a comunhão dos crentespode ser encontrada. A distribuiçãoconcorde dos meios da graça é suficien­te para a união correta da igreja cris­tã. "Cerímônias" instituídas por ho­menl'!, embora pareçam valiosas (cf.Art. XV; XXVIII § 60), são secundá-

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XV §27!, '.'" .,rido uma:' c:'~:-,:o_,COnfOI'll1e Y".;.,? -- ---=

presentadc cc::-:·::das as áreasdesta maneLato (§23 sg.i. Cresponde ao :'0::',:que as passE;~~~verdadeÍla rê,

papas e bi~:" o

dade" (§27

nias que nà·unidade da i:2l~:distinção en"l:=res" e "tr8-,:'i:i=-~-:-;::

bas são dont:i:-,?,: "Ê certamente ':'tos enl com"""da valem e L"salvação (§3S ,<o

sgs; Rm 14.l-:­(§40); são. l>::~:',~mos escolhido,15.18). Ê cita,:'? o

ja antiga a l·e.~::ccoa ( § §40-44:ordenanças lil:i,:~l o '

modificadas. e2::~:mente data Ceia, a sabe:denada por D;o' ':modificaram i H·C

tigo 8 da Confi~"O-ve consentimen:·sacerdotes não(§49). Quem c"gado, por eXel'L":.suirem propried,,::: éposse de bens c,: ::_~,cular (civil'; e '-'00,livres. Tais ol'de:-:?:-,:,:,:leis da naturezoDeus contra c'Apologia 11 ~-±ser excomunga,::::"cios manifestoscramentos.

Artigo III.cumprimento d2tras Cl 3. 14: '.perfeição de nc~" c:tura nos pode:'lc.'i~se refere à .~r..:.~,como num pais.dade é preSêlT?,~,?harmonia com osistir paz nem ôC""c:­doar ao outro. ::C.é'

COInpal~açãoda igl'eja neotestamentáriacom o Israel do Antigo Testamento(§ §12-15). Todos aqueles que não acei­tanl, os bens espirituais e o EspíritoSanto, per-tencen'l ao "regnum diabolf"(ao reino do diabo) J seja qual for suaaparência de santidade exterior (§16).Excluindo-se a si lTI8Srll0S, os que sóexteriol'mente pertencem à igl'eja nãopodem pertencer ao reino de Cristo, poisnão são governados pelo Espíl'ito deCristo. Isto também é válido para oclero eclesiástico, nlGST110 quando os sa­cramentos pOl' eles :íninistrados são vá­lidos. Pois nesta época o reino de Cris~to ainda se acha oculto, "oculto de­baixo àa cruz" ( § 18), P,:...s pa.ssagenscitadas pelos adversários afÍi~rllaln isto(l\1:t 13.38, 47). "Negue vero somnia­mus, nos Platonicarn civitatem, ut qui­darll impie cavíllantur, sed dicimus exis~teTe hane ecclesiam, videlicet vere ere­dentes as iustos sparsos per totum or­bem" ("não estamos sonhando com al­guma república platônica (erdichteteKirche - igreja fictícia), como foi ale­gado caluniosamente, mas ensinamosque esta igreja realmente existe, for­mada por crentes fiéis e homens jus­tos, disseminados pelo mundo afora")(§20). Seus distintivos externos são:"puram dactrinam evangelii et sacra­menta" (o anunciamento do evangelhoe os sacramentos puros - cf. II §119).1 Co 3.11 menciona o único fundamen­to da igreja: Cristo e fé (cf. II §83;II §256). Neste fundamento muitos tam­bém constroem feno e restolho, 1.e."idéias humanas e opiniões", mas con­tinuam cristãos, porque não derrubamo fundamento: Cristo; isto também éencontrado com muitos p'ais eclesiásti­cos (§21). Os adversários, porém, emmuitos artigos, derrubam o fundamen­to: confiança em boas obras para re­missão dos pecados, obras deles, orde­nanças e missas em lugar das obrasde Cristo, doutrina dos sacramentos "exopere opera ta" - sem fé, a veneraçãodos santos deles. Desta maneira se cum­prem as profecias bíblicas que "virãoensinadores falsos e lobos" -- mas elesnão são a igreja ou o reino de Cristo(§22, citação de Lyra). Devem ser evi­tados por serem "antichristi" (§48). Aigreja de Cristo está com aqueles queensinam o evangelho de Cristo, e nãolá onde opiniões errôneas contra o evan­gelho são' defendidas (IIl §239; cf.

2. A Apologict

A Apologia mais uma vez trata,pormenorizadamente, das declarações daConfissão de Augsburgo (Art. IV), vi­sando a objeção - injustificada - dosadversários, que não deviam ser sepa­rados os bons e os maus na igreja. Deum lado novamente é declarado, enfâ­ticame-:"'1te, qne os lnaus e hipócritas da"comunhão externa dos cristãos na igre­ja" não devem ser separados; tambéma Confissào de Augsburgo (g) explici­tamente rejeita o erro do donatismo(§ §3 sg. 29). "Mas a igreja não é tan­to uma congregação de assuntos exter­nos ou de ritos como outros governoscivís (politae') mas fundamentalmen­te uma comunhão da fé e do EspíritoSanto nos corações, que todavia possuimarcas (distintivos) externas, a saber,a doutrina pura do evangelho e a ad­ministração dos sacramentos em con­formidade com o evangelho de Cristo"(ApoI. VII §5; cf §10). Esta igreja échamada Corpo de Cristo (Ef 1. 22) ."Desta maneira, aqueles em quem Cris­to não é ativo, não são membros deCristo" (Quare illi, inquibus nihil agitChristus, non sunt membra Christi")(§6, cf. §29), cousa que também osadversários admitem. A uma igreja cris­tã, porém, apesar d'o grande númeroda infiéi" no mundo e, apesar de seusopressores e perseguidores, não sucum­birá (§9). O Decreto de Gratiano jádiz que a "eclesia larga dicta", a igre­ja em sentido largo, inclui maus e bons;os maus, porém, só segundo o nome, masnão de fato, fazem parte da igreja (§11).Estas declarações são SUblinhadas pela

rias e não exercem influência; podem,pOrélTI, pr?,",vo~ar altel:caç~es e~,1!\ertur­bar conSClenClas (Are. 20 § H) J. OSsac:camentos são meios de DellS e nãodos homens: eles até S8.0 efetivosquando os "sacerdotes" que os adminis­tram, sejam incrédulos. J'vlas dentTO daigreja ("in ecclesia", Art. 14) apenaso que foi chamado regularmente deveinstruir e minist!'ar os sacl'arnentospublicamente. O evangelho, porém,"demanda, que a instrução acerca dafé deve e há de ser ensinada nas igre­jas, mas tal instrução não pode sercompreendida. caso se supõe, que gra­ça é merecida mediante obras auto­eleitas" (Art. 26 § 20).

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-: teto e fé (cf. rI §83;~':ndamento muitos tam­

feno e restolho, 1.e.u. __ e opiniões", mas con­

porque não derrubamCristo; isto também émuitos pais eclesiásti­

:: 8.dversários, porém, em2 derrubam o fundamen­

em boas obras para re­"c'ados, obras deles, orde­

u •• .:.:as em lugar das obras. .·.::ina dos sacramentos "ex

: ~:" - sem fé, a veneração°,,1,05. Desta maneira se cum­. :fecias bíblicas que "virão

c', falsos e lobos" - mas eles'''l'eja ou o reino de Cristo

,".: de Lyra). Devem ser evi­2,,:em "antichristi" (§48). A~:isto está com aqueles que,o,'angelho de Cristo, e não

.:-.tões errôneas contra o evan­defendidas (lI! §239; cf.

XV §27). Os adversários teriam prefe­rido uma definição da igreja, na qual,conforme na monarquia, o papa é re­presentado como líder superior para to­das as áreas espirituais e seculares ­desta maneira Daniel retrata o anticris­to (§23 sg.). O reino do papa não cor­responde ao reino de Cristo; é por issoque as passagens que tratam da igrejaverdadeira não devem ser aplicadas aospapas e bispos como "colunas da ver­dade" (§27). Com respeito a cerimô­nias que não são necessárias para aunidade da igreja, não adianta nada umadisti.nção entre "traditiones particula­res" e "traditiones universales": aríl­bas são doutrinas de homens (§30 sg.).E certarüente bom. ter costun1es e ri­tos em conmm, mas perante Deus na­da valem e nada contribuem para asalvação (§33 sg.), cf. Cl 2.16 sg, 20sgs; Rm 14.17 (§35 sg); 1 Tm 4.1( §40); são, porém, ritos por eles mes­mos escolhidos, obras próprias (Ap15.18). Ê citada a controvérsia da igre­ja antiga a respeito da data da Pás­coa ( §§40-44; cf. §32). Caso, porém,ordenanças universais não possam sermodificadas, então isto vale especial­mente da ordenança de Cristo na San­ta Ceia, a saber, de uma cerimônia or­denada por Deus que os adversáriosmodificaram (§46). Com respeito ao ar­tigo 8 da Confissão de Augsburgo hou­ve consentimento (§47 sg). A vida dossacerdotes não devia levar a cismas( §49). Quem causa cisma, por ser ne­gado, por exemplo, aos sacerdotes pos­suirem propriedade, é rebelde; pois aposse de bens ou não é ordenança se­cular (civil) e nisso os cristãos estãolivres. Tais ordenanças, assim como asleis da natureza, são preservadas porDeus contra o diabo ( §50) . SegundoApologia 11 §4, todos aqueles devemser excomungados que vivem em vi­cios manifestos e que desprezam os sa­cramentos .

Artigo IlI, 122 sgs ("Do amor ecumprimento da lei") discute, entre ou­tras Cl 3.14: O amor como vínculo daperfeição de nossas obras, que porven­tura nos poderiam salvar, mas Paulose refere à união da igreja: "Assimcomo num país, cidade ou casa a uni­dade é preservada, que um conviva emharmonia com o outro, e não pode per­sistir paz nem sossego, se um não per­doar ao outro, onde não nos suporta-

mos uns aos outros - assim Pauloaí quer admoestar-nos ao amor cris­tão, que um tolere e agüente os errose fraquezas do outro; que se perdoemmutuamente, a fim de que a união naigreja seja mantida, que a cristandadenão seja dilacerada e separada, dividin­do-se em diversas turbas e seitas, re­sultando isto, afinal, em grande des­graça, ódio, inveja, toda espécie deamargura, venenos nocivos e heresiamanifesta" ( § § 111, 114, 122). Como"a santa igreja católica cristã" ensinae confessa, não nos salvamos atravésas nossas obras, mas pela misericórdiade Deus (§197; cf. Ap. XX §§79, 86).

3. Os Artigos de FJsmalcaldo

Nestes, Lutero define a igreja comas palavras conhecidas (parte IlI, art.XII §2 sg): " ... louvado seja Deus,que uma criança de sete anos sabe oque seja a igreja, a saber, os crentessantos e os cordeirinhos que ouvem avoz de seu Pastor. Pois as criançasoram assim: "Creio uma única santaigreja cristã". Esta santidade não con­siste em cerimônias, mas na palavrade Deus e na fé verdadeira. Estas duascousas demonstram a igreja verdadei­ra, e isto, porque os luteranos, em seupróprio beneficio, não necessitam de umconcílio cristão, se bem que Lutero gos­taria ter visto um para o esclarecimen­to de muitas causas e para o auxíliode muita gente. Pois "nossa igreja",pela graça de Deus, é iluminada e fun­damentada com o uso puro dos meiosda graça e com o conhecimento a res­peito das classes sociais (Stande) edas obras corretas (Pref. §10). A igre­ja romana, ao invés, é vinculada (amar­rada) ao papa, que pretende derivarsua reivindicação do prinwto de jltredivina (parte lI, IV,especialmente §4).De jure humana ele pode ser "reco­nhecido", a fim de que a unidade doscristãos possa ser mantida contra asturbas e heresias (§7). Então ele po­de, quando falhado, ser deposto, comoaconteceu no Concílio de Constança.Mas agora isto é diferente, e as or­dens do papa devem ser obedecidasna igreja, senão a "gente está arriscan­do a bem-aventurança" (§12 sg). Des­ta maneira não lhes é outorgado o di­reito de que sejam a igreja, e não obe­decido o que eles ordenam ou proibem

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em nome da igreja (Parte lU. XII§1). A igreja somente então pode sergovernada e preservada quando todosnós vivemos sob o cabeça, Cristo, "etodos OS bispos, iguais no oficio (sebenl" que podenl ser difel'entes q-:..;.antoaos dons) diligentemente conservarem­se unidos eln unidade de do-cr'c.l'inas, fé~sacramentcs1 orações e obras de cari­dade .. " (§9).

4. O Tratado

o TI'ats.,do, que especialmente tratado podel~ e pl~imado "do papa, declaraque o Ofício das Chaves é entregue epertence a toda a igreja (§ § 24, 67 sg).O papa, entretanto~ usurpou este poder( § § 40, 49). Desta :rn.aneira., C0l11.0 re­sultado de sua tirania" n1.uitas a.l:rnas

se perderam (§51). Onde, porém. exis­te igreja, ai h.á a ol~demde anuncial~o eVf1ngelhol e por isso as igrejas (ascongregações) devem prese:r'var o po­der de charflarerll. elegerenl e instala~relTI ministros ("I~ircl1endienel'''). I'~e~nhuma autoridade humana pode an-e­batar da igreja esta dádiva divina (§67). A autoridade da igreja de elegerministros é derivada de Ef 4.8; Mt 18.20; 1 Pe 2.9 - neste últirno "versículoa igl'>eja é chamada Hsacerdócio real"( § § 67-69). Doutrina e tirania ateístados bispos poden1 causar CiS111a e dis­córdia na igreja (§72).

5. Os Catecismos

Nestes, Lutero fala da igreja emconexão com o 3' artigo do Apostóli­co. Este trata da santificação comosendo oficio do Espírito Santo (Cat.lvíaior, parte lI, art. 111 § §35 sgs):"que ele prímeiro nos guia para den­tro de sua comunidade santa e nos co­loca no regaço da igreja, onde ele nosprega e leva a Cristo." É a igreja aITlãe que gera a cada cristão e o sus­tenta mediante a palavra de Deus, pormeio da qual o Espírito Santo "ilumi­na e acende os corações, assim que oagarrem, aceitem, nela se apeguem enela permaneçam" (§42, cf. Cat. Me­nor II §6). Debaixo do papado, o Es­pírito Santo não foi presente, mas, sim,homens e espíritos malvados que nosensinaram sermos salvos mediante nos­sas obl'as ... Por isso lá não existiaigreja cristã, pois onde não se auncia

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Cristo, JJ.ãohá Espírito Santo que cria;cllar.!18..e congrega a igreja cristã.,· fo­ra da qual ninguérn pode vir ao Se­n11ol' C:t'isto (§§43 sgs). ~4..palavra "igre­jan de fato significa assBlnbléia, con­gregação ; cOIl1.unidade e devia ser as­sim traduzida (§§L17 sg), C01110 tarn~bém a palavra latina HCOD1.HIunio" as-­sim devia ser traduzi da (§ §49 sg). "Éesta a significação e o reSUID.O destafrase: Creio que na terra existia umgTUpO santo e U1YlacOIllunidade de san­tos sob unI cabeça, Cristo, convocadapelo Esp:í:rito Santo em urna só fé, lYlel1­

te e cOlll,preel1são, possuind.o vá:-dosdons, ma,'s unida er:o. an101") SBlTI seitase cis111as. Desta eOil'lunidade tan1béI:'1eu sou uma parte e D1.ernbro, unl par­ticipante e parceiro de todas as bên­çãos que ela p03StÜ . .A_ela fu.i juntadopelo Espírito Santo e incorporado pOI'ter ouvi,do a palavra de Deus e aindaa estou ouvindo. o que constitui o pri­lneiro passo para nela entraT'. A.ntes determos chegad.o até aíl éran'1os intei"ra­luente do diabo, como tais que nadasabialTI de Deus e de Cristo. Desta ma­neira o Espírito Santo pe:trnanece coma santa cOYllul1idad~-3ou cristandade atéao derrgdeiro dia. Por lneio dssta (co­munidade) ele nos congrega e a lisa,a fim de pregar e ensinar a palavra,mediante a qual ele a cria e aumentaassim que ela diariarnente creça e fi­qne fortalecida :na fé e nos frutos damesma fé que ele, o Espírito Santo,cria" (§ §51~53). Na cristandade temosperdão dos pecados, garantido pelos sa­crarnentos e a. absolvição. Constante~mente necessitamos do perdão, porqueainda estamos carregados com nossacarne, e por isso nunca estan10S sempecado ( § §54 sg). Onde o evangelhonão está, i.e. fora da cristandade, nãohá perdão dos pecados; por isso todosaqueles que se querem tornar santosmediante suas obras, a si mesmos sesenararam e se exc1uiram da i2Teja(§.55). o

6. A FÓl'mula de Concórdia

Esta, nos seus artigos, em diversoslugares, se refere à doutrina da igreja.Primeiro é demonstrada a razão de sere a significação de confissões na igre­ja. Por causa da invasão de heresiasjá nos tempos dos apóstolos foram for­mulados os Símbolos, i.e. confissões da

"fé unânima catoll'~s.da "igreja ortodoxa oigreja luterana con.i,"~~:.da igreja antiga 'E, ;:SD Summ. Begr. H -:­critura Sagrada de) _".'Testamento contilL:"gra e norma,única pedra denas hão de e dey~'e julgadas, as bcê.~ou erradas. As ce,~':~~:critos citados "ap,":-c,e exposições da fé'·Se na igreja de'·:e:-,-_doutrina pura e s.então não só de-,-o __retamente a do'_,::~::ê.bém é necessáI'::':tes, os que ensin&-:-,cisam ser rep:·ee:­Nisso deve sey:c>relas desnecessáloi~_~

a igreja, e disc-.~~~:,peito de artigos .~,:ctantes da douLi:-'ra Pl-eservação C:',futada douÜina c:I §15).

No artigo __rI) é citada a pa':o _acima referidaa fim de ilustl2c:­frente ao Livre c'"

tudo ao Espil·ir,:o ministério da ::,para dentro danos santifique ç _"­diariamente na ::~(II §38). - Q-_:s.:::Altar, enfatica:-::2:-_:VII) que a ~2:-_::C

nem pela fé (.--a do sacerdote '":-:tra o sacran:en:­de sorte que a _~_to dos meios às.vamente o E~-:.:­Em conexão cc.:--_

ma do que os ::'.'.'Ceia - assimvra do evange::::Cristo e incol-l>:C-s._:" -­to, que é a igle~:co direito de me,c;:::':-,-_do ou aumentan:': : ~ ­como a todo o r,":-:-:-:­mais útil, edifics.::::~ ~boa ordem, disc':::"-=-~

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ele Concórdia

"teUS artigos, em diversos_0:e1-e à doutrina da igreja..<c'Gnstrada a razão de ser

~J) de confissões na igre­da invasão de heresias

_" dos apóstolos foram for­~:''-10010s,1.e. confissões da

dos cristãos, o decoro evangélico e edi­ficação da igreja" (SD X §9). Em tem­pos de perseguição a comunidade deDeus, assim como cada cristão indivi­dualmente e, de maneira especial, osministros da palavra, como líderes dacongregação, com base na palavra deDeus, devem confessar "a doutrina eo que pertence à religião verdadeira"por palavras e obras, e não ceder aosadversários, também não em 'adiaphora'(SD X §10). Palavras de Lutero refe­rentes à igreja são citadas dos Artigosde Esmalcalde (§19). Cerimônias dife­rentes não dividem a igreja (§31). ­A doutrina da eleição por graça ~SDXI) afirma que a igreja permanecerácontra todas as portas do inferno, e en­sina qual é a igreja verdadeira de Deus,a fim de que não nos escandalizemoscom o grande prestígio da igreja fal­sa, Rm 9.8 sgs (SD XI §50).

n.Depois de termos apresentado as

afirmações das Confissões a respeitoda doutrina da igreja, seguirá agorauma breve avaliação.

Está bem claro que a "uma santaigreja cristã", como artigo de fé, seacha no centro de todas as afirmaçõeseclesiológicas. A realidade da igreja im­pírica se deve orientar por esta. Estaexigência não é proposta com radicalfanatismo; os reformadores sabem quena "igreja visível" sempre se achammisturados maus e hipócritas e que nãose pode eliminar estes tótalmente. Masnão deixam dúvida sobre o fato de queestes não fazem parte daquela "umaigreja", a saber, da "comunhão dos san­tos", mas devem ser contados com o"regnum diaboli", do reino de Satanás.Ser institucionalmente associado à igre­ja não garante a salvação, e isto deveser declarado e anunciado claramente.Ensinadores em erro, pecadores obsti­nados e desprezadores do sacramentodevem ser excomungados.

As Confissões Luteranas, ao defini­rem a igreja, dão ênfase aos meiosda graça como distintivos da igreja.Pois por meio destes o Espírito San­to cria a fé e conduz à comunidade .Onde o evangelho de Cristo não é anun­ciado, aí não existe igreja. E quem osrecebe sem, entretanto, crer, tambémse acha fora do "regnum Chr:isti", do

"fé unânima católica (geral) cristã"da "igreja ortodoxa e verdadeira". Aigreja luterana confessa estes símbolosda igreja antiga (Ep. Summ. Begr. §3;SD Summ. Begr. §4). Entretanto, a Es­critura Sagrada do Antigo e do NovoTestamento continua "o único juiz, re­gra e norma, segundo a qual, sendo aúnica pedra de toque, todas as doutri­nas hão de e devem ser compreendidase julgadas, as boas ou más, corretasou erradas. As confissões e outros es­critos citados "apenas são testemunhase exposições da fé" (Ep. §7 sg SD §9).Se na igreja devem ser preservadas adoutrina pura e a unidade verdadeira,então não só deve ser anunciada cor­retamente a doutrina pura, mas tam­bém é necessário que os contradizen­tes, os que ensinam diferentemente, pre­cisam ser repreendidos (SD I § 14) .Nisso deve ser distinguido entre que­relas desnecessárias, que só perturbama igreja, e discussões necessárias a res­peito de artigos da fé e partes impor­tantes da doutrina cristã, "quando pa­ra preservação da verdade deve ser re­futada doutrina contrária errônea" (SDI §15).

No artigo "Do Livre Arbítrio" (SDlI) é citada a parte do Catecismo Maioracima referida (lI, art. III §52 sg),a fim de ilustrar a posição de Luterofrente ao Livre Arbítrio: Ele "entregatudo ao Espírito Santo que, medianteo ministério da pregação, nos conduzapara dentro da cristandade, na mesmanos santifique e faça que aumentemosdiariamente na fé e em boas obras"(lI §38). - Quanto ao Sacramento doAltar, enfaticamente é declarado (SDVII) que a Santa Ceia não é criadanem pela fé ou falta de fé, incluindoa do sacerdote em erro que adminis­tra o sacramento (SD VII §24 sg),de sorte que a igreja não cria o efei­to dos meios da graça, porém exclusi­vamente o Espírito Divino (cf. §89).Em conexão com 1 Co 10.16 sg é afir­mado que os fiéis, mediante a SantaCeia - assim como mediante a pala­vra do evangelho - são unidos comCristo e incorporados no corpo de Cris­to, que é a igreja (§59). A igreja temo direito de modificar os ritos, abolin­do ou aumentando os mesmos, "assimcomo a todo o tempo é considerado omais útil, edificante e melhor para aboa ordem, disciplina e boa conduta

cria,fo-

__·:0

_-;....~)2ja"Tl-a "igre­;?~S2;2l11bléialcon-

.. c. (ce ::= cle\~ia ser as­- ;;S:!. corno tanl~

-~:?~ ;;COD:IH1unio" as--::i52., (§§49 sg). "Ê

s o resumo destaterra existia um

cGn,unidade de san­C:dsto, convocada

e:::n t:lna só fé, D'1en­Dossuindo v8.lcios

'::~-~1H1110I"J S811.1 seitas'-=:~)~11Unidadeta.rnbéL'1

F ro.s111bl"o, u:r..'1. par~de todas a.s bên­

oó-4... ela fui juntadoe incorporado por

de Deus e alndaconstitui o pri­

entrar. Antes de;"_,-,a.í! éranlos int.eira-

CGrno tais que nada;::-0..2 Cristo. Desta ma.­Ss-nto pel'rnanece com

:~_'-3 ou cl'istandade até___, Por meio desta (co­::-:;;)congrega e a usa,

8 ensinar a palavra,=_~ ele. a cria e aUTnenta:;'s.:,iam.ente creça e fi­

:"'_.?~, fé e nos frutos da~ ,,:e. o Espírito Santo,

:\.Tacristandade temos_ c ::GS, garantido pelos sa­

3.bso1vição. Constante­. °,"':)5 do perdào, porque

cHl':regados COTI1nossa:",,0 nunca cstamos sem

25;'.\. Onde o evangelho::"a da cristandade, não

_o: " )8cados; por isso todos.~o querem tornar santos

'" obras, a si Inesmos se,2 excluiram da igreja

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reino de Cristo. Assim, por exemplo,não é possivel definir a igreja como"coetus baptizorum", i.e. congregaçãodos batizados.

A igreja cristã é uma só igreja,consistindo de todos aqueles que têm afé salvadora em Jesus Cristo. Estesfiéis não se limitam a uma determina­da instituição eclesiástica. Desta ma­neira rejeita-se a pretensão de uma de­terminada igreja ou congregação comosendo a instituição da salvação.

O conteÚdo da fé da "uma igreja"recebe sua expressão nas Confissões, in­dependente do fato se estas por todosos corpos empiricos eclesiásticos oficial­mente forem aceitas ou não. Pois esteé o conteÚdo da fé extraida da reve­lação divina e que corresponde à atua­ção do Espirito Santo. Estas Confis­sões incluem os simbolos da igreja an­tiga, assim como as Confissões Lute­ranas. Estas Últimas não têm caráterparticular, mas afirmam aquilo que a"igreja ortodoxa e verdadeira" crê.

As confissões da igreja são explica­ções e testemunho da fé cristã; per­manecem sujeitas à Escritura Sagradaque exclusivamente é "juiz, regra enorma". Pertencem à confissão da féverdadeira "eo ipso" (naturalmente) àrejeição e condenação da doutrina fal­sa. Isto vale, segundo demonstram asconfissões, com respeito às heresias naesfera da mensagem integral divinamen­te revelada. Esta é entendida desde ocentro do evangelho, a saber, a justi­ficação do pecador por graça, por amora Cristo, mediante a fé; a justificação,

porém, não está na posição "pars pI'Ototo", assim como todas as demais afir­mações biblicas fossem de importânciasecundária e como se ai ensinamentoserrôneos não precisassem ser rejeitados.De acordo com as confissões, pluralis­mo na doutrina na igreja de Cristo éuma contradição em si.

Para a unidade da igreja é sufici­ente o anunciamento correto do evan­gelho e administração dos sacramentossegundo o evangelho. Não é necessáriaa uniformidade de cerimônias. Quem asquer conseguir à força, dilacera o cor­po de Cristo. Isto também vale de as~suntos constitucionais eclesiásticos (po­sição e direitos dos bispos) ou de tra­dições na igreja.

A unidade da igreja, como assem­bléia (communio) dos crentes, é man­ti da mediante a fé cristã que habilitapara perdão e prontidão para auxíliosmÚtuos. Mas não por este amor, mas,sim, exclusivamente pela misericórdiade Deus nós somos salvos.

Nega-se à igreja papal a designaçãode ser igreja verdadeira, pois derrubao fundamento da cristandade, a saber,a Cristo e à fé (1 Co 3.11); quemedificar pensamentos e opiniões huma­nas iguais a feno e restolho, mas nãoderrubar o -fundamento, continua cris­tão, como isto pode ser observado commuitos pais eclesiásticos.

A igreja não sucumbirá, mas fica­rá até ao derradeiro dia, segundo a pro­messa de Cristo, também -quando aquiapareça em forma miserável e oprimi­da.

REPORTAGEfI

--:0:--

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22tá na posição "pars promcomo todas as demais afir­

~~:,"s fossem de importância_ ó como se aí ensinamentos:~~: precisassem ser rejeitados.

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REPORTAGEM

IGREJAS LUTERANAS

QUEREM EV ANGELIZAR

O MUNDO-

Durante os dias 15-25 de janeiro úl­timo realizou-se, em Hong-Kong, a Con­sulta Luterana Mundial para Planeja­mento Missionário. Participaram desteencontro 33 representantes de 18 igre­jas luteranas, todas elas filiadas a "TheLutheran Church ~ Missouri Synod",A Igreja Evangélica Luterana do Bra­sil também esteve presente através dedois representantes: Prof. Walter Otto­mar Steyer, Secretário Executivo doDepartamento de Missão e professor noSeminário Concórdia de Porto Alegre,e o Prof. Christiano Joaquim Steyer,10 Vice-Presidente da Igreja Evangéli­ca Luterana do Brasil e professor noInstituto Concórdia de São Leopoldo.O professor Walter fala de sua partici­pação no Mensageiro Luterano. O pro­fessor Joaquim respondeu assim as nos­sa~ perguntas:

o cenário

~ A cidade de Hong-Kong foi es­colhida para hospedar a Consulta, poisos gastos com passagens para os par­ticipantes, em virtude das longas dis­tâncias, num outro local, seriam maio­res.

Pelo tratado de Nanking, em 1842,a China cedeu, oficialmente, aos ingle­ses esta ilha de 16 Km de comprimen­to e 12 Km de largura, localizada naBaía de Cantão, ao sul da China.

Em 1860, a península de Kowloon,fronteira à ilha de Hong-Kong, foi in­corporada à colônia britânica de Hong­Kong. Desde 1898, os ingleses recebe­ram, por um período de 99 anos, aregião dos Novos Territól'ios, que selocaliza ao norte de Kowloon. Toda acolônia mede 1034 Km2.

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Estudos e S8SSC-""

Pnrticipantes

- Participa':.::.sentantes de igl"':2.~si!, Ceilão, COl,ói:. -=­

dos Unidos, ?::.=-:­Guatemala, Hc::;--::':-::na Polonesa Di

ra, Libano. ~•.~~.Taiwan.

tradução literaltes da Confel·êr:':ê. =-.cional se reunilc::-'. C"

E desejo d.?. L::-·':= ­da Conferêncl2 L"~~:O'desenvolvam u"cada vez mais =::: .~=.vista técnico 2:: ll~ = ".

ra tanto, cony·:.-:.,,: c

tas igrejas. j',::":.~ :.::-.: .'

rios de mis.-.?': "de janeiro de F·--ra uma co1'.s:::;ê.

jamento missi·::-.Rev. Johanne.3 .:-:.imperiosos. n2.·: :ll,,~razão porque ",._ ::~sentante.

- A Carta 2.:õ ?de estudo em :;:-.:~::manhã e da t2:j~ .'.0foram utilizadascada igreja p,-:i=" c~de suas ativids ..:i-=.3~nar-se o quant') ,__"'.'mais. Feito isto.mento para a 2.'~~lmente foram ~.:.:-,'.:.::,:""cada igreja de~.'''''::' .turo.

- Segue o .:5.: -~_o2."Nós, 33 rep:~:,-=::.:..:...:. .""

jas co-irmãs .;;2. ::~~ "'"vemos reunidcs ~::: ==- .. --'-'c.:Ete 11 dias. e::-, ~:.~~::. 1:uma consulta ::: ~ -= __~~

mento missicn.:i~·~,.:: - -~.~.-~Igreja Luterana - 3..:c. '=

Como irmãos >:'~ ,~_ ;:&

critura e sob a ::'.~:=-:":' _ .•:=:;terana, reconhece::::: ::.:::, .... ~

Resoluções dn c-:dial parei Pl!i!U,-

- Quase todas as missões que aLC-MS iniciou fora dos Estados Uni­dos tornaram-se igrejas administrativa­mente independentes, embora continuemrecebendo subvenção financeira da pró­pria LC-MS. A LC-MS tem todo o in­teresse de se manter ligada a estasigrejas, pois que, através delas, pre­tende continuar anunciando ao mundoa palavra de Deus em sua pureza. Pa­ra que a comunhão fosse mantida, aLC-MS organizou a Conferência Lute­rana Internacional (ILC), na qual con­grega estas igrejas que passaram a serdenominadas de "partner churches"(igrejas co-irmãs, ou igrejas sõcias, em

A convocação dn Consultn LuteranaMundinl peira Planejamento Missionário

- O início da missão da "The Lu­theran Church-Missouri Synod" (LC­MS) está ligada à vinda dos refugia­dos do território chinês para Hong­Kong em 1949. Seria muito difícil pa­Ta as igrejas cristãs atingir os refugia­dos chineses com a mensagem do evan­gelho sem lhes oferecer assistência so­cial. Nossa igreja está utilizando estaporta. Mantém 26 escolas de diversosníveis, nas quais estudam 16.938 alu­nos. Tem uma escola para surdos-mu­dos em Hong-Kong e Macau e uma es­cola para cegos em Hong-Kong, com195 alunos.

A estatística da Igreja Luterana ­Sínodo de Hong-Kong indica que em1976 possuía 3.099 comungantes e 6.072membros batizados, atendidos por 25pastores chineses.

Nos diversos cursos oferecidos pOTnosso Seminário estão arrolados 124alunos, 6 para o programa de mestra­do, 53 para o curso de bacharel emteologia, 21 para a área educacional e44 para o programa de treinamento deleigos.

e à herança. Os participantes da Con­sulta Missionári2, tiveram oportunidadede ouvir, numa reunião de uma de nos­sas congregações, o testemunho de umasenhora, que relatou de como foi des­prezada pelos seus familiares, por ter­se tornado cristã, e, de como finalmen­te foi expulsa de casa.

NOSSCi-i[/rejci em Hong-Kong: a IgrejciLuterana - Sínodo de Hong-Kong

- A atividade comercial é intensaem Hong-Kong, possuindo um dos por­tos marítimos e um dos aeroportos maismovimentados do Oriente. Hong-Kongapresenta-se como um elo entre a Chi­na comunista e o comércio dos paísescom os quais esta potência não man­têm relações diplomáticas.

O parque industrial de Hong-Kongestá em constante expansão. Está vol­tado, entre outros, ao setor de calça­dos, têxteis, plásticos e material elé­trico.

São em torno de 300.000 turistasque visitam Hong-Kong anualmente.Atrai-os a beleza da paisagem, a co­mida chinesa, o baixo preço dos pro­dutos à venda nas lojas, os cassinosda vizinha colônia portuguesa de Ma­cau e o contato com o mundo oriental.

Religião

Econo1nic,

- Considerando o povo de Hon­Kong quanto à religião, apenas um dé­cimo da população é adepto do cristia­nismo. A maioria é, ou budista, ou tao­ísta, ou confucionista ou de outras re­ligiões menos conhecidas. Aqueles queaceitam a fé cristã precisam, muitasvezes, renunciar ao convívio familiar

Na ocasião em que a China conti­nental se tornou comunista, em 1949,Hong-Kong foi um dos locais para on­de os chineses, por vários motivos, serefugiaram. A colônia que, em 19,19,possuia 500.000 habitantes, hoje soma4.500.000. Os refugiados foram um de­safio ao governo inglês. Apenas a re­gião dos Novos Territórios se prestapara a agricultura, em virtude de nãoser tão montanhosa. Em Hong-Kong eKowloon, as favelas se multiplicaramrapidamente. Os ingleses compreende­ram que novas indústrias precisavamser instaladas capazes de dar ocupaçãoa tanta gente e, as favelas, foram sen­do susbtituidas, gradativamente, porgrandes conjuntos residenciais com pe­quenos apartamentos.

Em virtude da vinda de refugiadosdo território chinês, a grande maioriada população de Hong-Kong é chinesae, consequentemente, é o idioma chinês(dialeto cantonês) a língua mais fa­lada.

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., participantes da Con­. o tiveram oportunidade

___: c;cunião de uma de nos­'>. o testemunho de uma: clocou de como foi des­o~'-,s familiares, por ter­

e, de como finalmen­.c casa.

Hong-Kong: a Igrejaoelo ele Hong-Kong

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Seria muito difícil pa­.";stãs atingir os refugia­

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--:: escola para surdos-mu­:.>Kong e Macau e uma es­

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_,C, ') 099 comungantes e 6.072-, :'zados, atendidos por 25-.~:-:7ses.

'C' O'os cursos oferecidos por'.. ::'.é.l'i° estão arrolados 124C.c·ao programa de mestra­

. .:. o curso de bacharel em:. para a área educacional ep'ograma de treinamento de

'j da Consulta LuteranaPlanejamento Missionário

. todas as missões que a';on fora dos Estados Uni­

',:::-se igrejas administrativa­.::endentes, embora continuemO"J)Vençãofinanceira da pró­

:'2. A LC-MS tem todo o in-se manter ligada a estas

tis que, através delas, pre­:innar anunciando ao mundo·:;e Deus em sua pureza, Pa­·:omunhão fosse mantida, a

2anizou a Conferência Lute-::::acional (ILC), na qual con­,s igrejas que passaram a serle,s de "partner churches":-1rmãs, ou igrejas sócias, em

tradução literal). Em 1975, os presiden­tes da Conferência Luterana Interna­cional se reuniram em Porto Alegre.

m desejo da LC-MS que as igrejasda Conferência Luterana Internacionaldesenvolvam um trabalho missionáriocada vez mais eficiente do ponto devista técnico e confessional. Foram, pa­ra tanto, convocados os presidentes des­tas igrejas, juntamente com os secretá­rios de missão, para os dias 15 a 25de janeiro de 1977, em Hong-Kong, pa­ra uma consulta mundial para plane­jamento missionário. Nosso presidente,Rev. Johannes H. Gedrat, por motivosimperiosos, não pôde se fazer presente,razão porque eu fui como seu repre­sentante.

Participantes

- Participaram da Consulta repre­sentantes de igrejas da Argentina, Bra­sil, Ceilão, Coréia, El Salvador, Esta­dos Unidos, Filipinas, França, Gana,Guatemala, Hong-Kong, Igreja Lutera­na Polonesa no Exílio, índia, Inglater­ra, Líbano, Nigéria, Nova Guiné eTaiwan.

Estudos e sessões

- A Carta aos Romanos foi objetode estudo em grupos nas sessões damanhã e da tarde. As sessões plenáriasforam utilizadas, inicialmente, para quecada igreja pudesse dar um relatóriode suas atividades e, desta forma, tor­nar-se o quanto mais conhecida das de­mais. Feito isto, pás sou-se ao planeja­mento para a ação missionária e final­mente foram tomadas resoluções quecada igreja deverá observar para o fu­turo.

Resoluções da Consultc[ Luterana Mun­dial para Planejamento Missionário

- Segue o documento em tradução:"Nós, 33 representantes das 18 igre­

jas co-irmãs da família luterana esti­vemos reunidos em Hong-Kong duran­te 11 dias, em janeiro de 1977, parauma consulta mundial para planeja­mento missionário, patrocinada pelaIgreja Luterana - Sínodo de Missouri.

Como irmãos em Cristo, sob a Es­critura e sob a mesma Confissão Lu­terana, reconhecendo nossa mútua in-

terdependência, analisamos certas preo­cupações comuns e desejamos, pela gra­ça de Deus, perseguir os seguintes ob­jetivos.

1. Pedir [6 comissão representativadc[ ILC (Conferência Lnterana Interna­oiO'1wl) qu,e nomeie uma comissão commembros das diversas regiões do mit'n­do, que se dedique ao aspecto do rela­ciona.mento das igrejas co-irmãs.

A comissão dará atenção a assun­tos tais como, base e natureza da par­ticipação das igrejas, incluindo questõescomo o papel dos missionários america­nos e comunhão eclesiástica.

Cada igreja preparará um documen­to no qual se pronunciará sobre comoentende a participação das igrejas naILC e submeterá este documento à co­missão acima mencionada, a qual, porsua vez, elaborará um documento uni­ficado. Este será enviado às igrejas co­irmãs para exame; devolverão o mes­mo com eventuais observações. A co­missão fará nova redação e a subme­terá às igrejas co-irmãs, o mais tar­dar, até 3 meses antes da reunião daILC em Papua, Nova Guiné, em agos­to de 1978.

2. Encorajar cada igreja. co-irmã aelaborar um planejamento para ativi­dade missionária.

Para auxiliar nesta tarefa solicita­mos os Doutores Andrew Chiu, J. C.Gamaliel, e E. George Pearce, cada umindividualmente, para preparar diretri­zes, visando a elaboração do planeja­mento e enviar as mesmas para as igre­jas co-irmãs.

Os planejamentos de cada igreja,abrangendo não menos de 10 anos, de­verão ser elaborados tendo em vista oseu intercàmbio, até fins de outubro de1978 e, analisados em conjunto, em umapossível futura consulta missionária, emabril de 1979 (imediatamente após aPáscoa).

3. Solicitar ao departamento ou co­missão de evangelisrtw 01[ de missão decada igreja co-irmã., para identificar ecatalogar técnicas evangelisticas em usoem S61t país.

Este material deverá estar prontoaté agosto de 1977. Além disto pedi-

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mos que os membros do Departamen­to de Missão da LC-MS atuem comocoordenadores para o intercâmbio detais informações.

4. AuxiUar-se mutuamente no tre'i­namento teológico.

Este será efetuado, primeiramente,pela troca de informações, tais comometas, objetivos, curriculos e progra­mas de nossa formação teológica.

Em segundo lugar, solicitamos dosecretário para as respectivas áreasmundiais da LC-MS que receba, de ca­da um de nós, uma relação na qualconstem a disponibilidade, as qualifica­ções, o interesse e os conhecimentos lin­güísticos dos elementos agora envolvi­dos no treinamento teológico. O mes­mo deverá compilar uma relação quecontenha tais informações que nos se­rão participadas e o mesmo deverá,periodicamente, atualizar estes dados.

5. OontinuCLr o debate em torno dotema: centros l1éteranos pCéra esÍ1ulosmissionários e sondar o alcance dos mes­mos.

Solicitamos ao DI'. Gamaliel que emconsulta com as igrejas co-irmãs, es­tude a viabilidade da criação de cen­tros regionais de estudos missionários.

6. Oomprometer-nos (1 envolver maisos leigos no trabalho missionário daigreja e treiná-los com vistas a estealvo.

Cada uma das igrejas co-irmãs de­verá ser animada a desenvolver umprograma, visando instruir seus mem­bros, aprofundando-os nas Escrituras,objetivando o evangelismo. Para tantopodem adaptar e utilizar programascomo Bethel Bible Series, World Ho­me Bible League e Theological Educa­tion by Extension.

7. Solicit(1rà Oomissão que p1"epa­rOit (1 presente Oonsulta que esÍ1ule (1possibilid(1de de re(1liz(1r reuniões t(1iscomo: a) uma consulta dos tesoureirosou administradores das igrejas co-ir­mãs e b) um congresso visando o tes­temunho aos muçulmanos em todo omundo.

82

8. Pedir ao Departcm1,6nto de As­sistênci(1 Soci(1l (lct LO-MS e ao WorldRelief que forneçmn uma relação dasentidades q1W poderão (1uxiliar as igre­jas co-innãs, desejosas de prestar as­sistênci(1 aos que se encontr(W1 em ne­cess'idades materiais.

o pedido formal para a solicitaçãodestas informações deverá ser feito pe­lo CONCAP (Conselho da AméricaCentral e Panamá), que por sua vezfornecerá estas informações às igrejasque as desejarem."

Outras atividades dunmte (L con­Sitlta

A igreja de Hong-Kong foi mui­to solícita para com os participantesda Consulta. Programou para a parteda noite reuniões especiais com o ob­jetivo de tornar conhecidas as suas ati­vidades. Desta forma foi possível se­rem visitadas diversas escolas, congre­gações, o Seminário e a escola parasurdos-mudos. Além disto, nos dois do­mingos do período da Consulta, cadaparticipante foi escalado para tomarparte no culto de duas congregações erelatar algo de sua igreja.

Br(1sil

- Quando ouvimos das dificuldadesque nossos irmãos em todo mundoenfrentam em seus campos de missãoe os comparamos com nossas condiçõesde trabalho, temos muitos motivos pa­ra agradecer e louvar a Deus.

Muitos ficaram admirados que emum pais tão vasto como o nosso, comraras exceções, é possivel comunicar­se com todos, de norte a sul, de lestea oeste, na língua portuguesa. NasFilipinas, na índia, na Nova Guiné eem outros países falam-se dezenas dedialetos, fato que dificulta, tremenda­mente, a atividade da igreja sobrema­neira na divulgação da palavra de Deuspelo rádio, na impressão de literaturae na formação teológica.

No Brasil, as portas encontram-seabertas para o trabalho da igreja. Orepresentante da igreja da França, po­rém, falou com lágrimas nos olhos, di­zendo que seu país vive já agora na

(Cont. na pág. 84)

T

ESTUDO BIBi

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ficaram admirados que em:~G vasto como o nosso, com"~'~ões, é possível comunicar­: ::os, de norte a sul, de leste~a língua portuguesa. Nas,,8, Índia, na Nova Guiné e

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com lágrimas nos olhos, di­~ seu país vive já agora na

(Cont. na pág. 84)

iT

ESTUDO 81BLICO

PAULO E O

"VERDADEIRO ISRAEL"

Johannes H. Rottmann

Havia sempre, durante a história dateologia cristã, teólogos que, à base depassagens neotestamentárias, queriamprovar que para o povo de Israel ha­veria ainda, durante a história do mun­do, especialmente pouco antes do fim,uma época em que ele seria reconsti­tuído como o "verdadeiro povo deDeus" na sua terra, dominando virtual­mente, em nome do seu Deus, todos ospovos da terra.

Essa idéia ganhou novo ímpetoquando, ainda durante a Segunda Guer­ra Mundial, pelos então Aliados, espe"cialmente Inglaterra e os Estados Uni­dos, foi fundado o novo Estado de Is­rael. Depois de mais ou menos doisdecênios de relativa calma ( os teólogostiveram outros problemas a resolver)recrudesceram as afirmações do imi­nente reestabelecimento do Israel deDeus na Terra da Promissão entre osteólogos - especialmente entre os e­vangelicais - baseadas nas vitóriassensacionais do pequeno Israel contraas nações árabes nas últimas guerrasdo Oriente Próximo.

O engano fundamental destes teó­logos que, sem dÚvida, são fundamen­talistas e querem ser fiéis à EscrituraSagrada como sendo a palavra verda­deira de Deus, é a identificação abso­luta, infelizmente errada, da nação Is­rael, assim como esta se demonstra ho­je, com o "verdadeiro Israel", do qualfala o apóstolo Paulo em muitas pas­sagens e, como julgamos nós, inequivo­camente.

Antes de - para termos a doutrinabíblica claramente definida - se voltara nossa atenção para profecias difíceise, sem dúvida, algo escuras· de Daniel,Ezequiel ou até do Apocalipse de João,

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=

4. ISTC!fi.

5. A morcçparede de Ségentio

"E Israeltiça, não chesocquê? Porque ~'sim como qc:'2ncc pedra de ti'Eis que ponh.:tropeço e roeI'" c

que nela crê r:?' 009.30-33.

·'Porquan:.:.o.ça de Deus. e >'sua própria,vem de Dens.Cristo para j'.:s:'crê", Rm 10.3.~

"Ora} tend::·que Deus jU5-'"'tios, preanunci:'"ão: Em ti 5;o'õ"'

~~:~~~ ~Oel1'~~::_':2:- ~: ,c.

"Pois tod,:·smediante a f2==:~ :,todos quanto3 :=: 5-, ~ _. __to, de Crist c' c::"não pode /;O"é""

escravo, nenl 2~::---=.'~­

mulher; pOi,,!,' .. =Cristo Jesus. E ~""bérnJ 80'i.8 âq~--r:·':.­

herdeiros segc,;:-"::26-29. -

"Mas agOl'2que antes está"~:.',ci1nctdos pelo .<:

tes, sendo Íl1:3êcpersuadido deluz dos que se

Rm 2.17-18."Qual é. rc,:"

ou qual a '.:~:Muita, sob t0:épalmente poc·~..=fiados os Olá:"'::.",

"São iSl'2.e::'-=---=::~

ção, e tam1:,,~:','.legislação. 0les são osdescende oqual é sobretodo o sempc=,

"Se, porém, tu que tens por sobre­nome judeu, repousas na lei e te glo­rias em Deus; que conheces a suavontade, e aprovas as cousas excelen-

"PorqlLe não é judeu quem o é ape­nccs e.Tteriormente, ·nem é circuncisão aque é somente na cccrne. Porém judeué aquele que o é interiormente, e cir­cuncisão a que é do coração, no espí­rito, não segundo a letra, e cujo louvornão procede dos homens, mas de Deus",Rm 2.28,29.

"E não pensemos que a palavra deDeus haja falhado, porque não todosos de Israel são de fato israelitas, nempor serem descendentes de Abraão sãotodos seus filhos; mas: Em Isaque se­rá chamada a tua descendência. Istoé, estes filhos de DelLs não são propricc­mente os dcccccrne, mas devem ser con­siderados como descendência os filhosda promessa", Rm 9.6-8.

2. Qj{6 significa "IsTCcelEspÜ'ittLccl"?

" ... judeu. é aquele que o é interior­mente, e a circuncisão a que é do co­ração, no espírito, não segundo a letra,e cujo louvor não procede dos homens,mas de Deus", Rm 2.29.

"Portanto, lembrai-vos de que ou­trora vós, gentios na carne, chamadosincircuncisão por aqueles que se inti­tulam circuncisos, na carne, por mãoshumanas, naquele tempo, estáveis semCristo, separados da comunidade de Is­rael, e estranhos às alianças da promes­sa, não tendo esperança> e sem Deusno mundo. Mas agora em Cristo Jesusvós que antes estáveis longe, fostesaproximccclos pelo sangue de Cristo.>' ­Ef 2.11-13.

" ... a saber, que os gentios são co­herdeiros, membros do mesmo corpo eco-participantes da promessa em Cris­to Jesus por meio do evangelho"Ef 3.6.

"Sabei, pois, que os da fé são fi­lhos de Abraão. Ora, tendo a Escrituraprevisto que Deus justificaria pela féos gentios, preanunciou o evangelho aAbraão: 'Em ti serão abençoados to­dos os povos'. De modo que os da fésão abençoados com o crente Abrahão".Gl 3.7,8.

3. Ê verdade: Israel gozava de cer­tos privilégios

L.

IGREJAS LUTERANAS QUEREMEV ANGELIZAR O MUNDO

"Mas os judeus, vendo as multidões,tomaram-se de inveja e, blasfemando,contradiziam o que Paulo falava. En­tão Paulo e Barnabé, falando ousada­mente disseram: Cumpria que a vósoutros em primeiro lugar fosse prega­da a palavra de Deus; mas, posto quea rejeitais e a vós mesmos vos julgaisindignos da vida eterna, eis aí que nosvolvemos panL os genNos", At 13.45,45.

"Tanto é assim, irmãos, que vostornastes imitadores das igrejas deDeus existentes na Judéia em CristoJesus; porque também padecestes, daparte dos vossos patrícios as mesmascousas que eles por sua vez sofreramdos judeus, os quais não somente mcc­taram o Senhor Jesus e os profetccs,como também nos perseguiram, e nãoagradam a Deus, e são adversários detodos os homens, a ponto de nos impe­direm de falar aos gentios para queestes sejam salvos a fim de irem sem­pre enchendo a medida de seus peca­dos. A ira, porém, sobreveio contTCceles definitivamente", 1 Ts 2.14-16.

"Acautelai-vos dos cães, acautelai­vos dos maus obreiros, ccccwJelai-vosda fcclsa circuncisão. Porque nós é quesomos a circuncisão, nós que adoramosa Deus no Espírito, e nos gloriamosem Cristo Jesus, e não confiamos nacarne", Fp 3.2,3..

1. Que significa o "Israel Nat1ual"?

era pós-cristã, pois o povo francês na­da quer saber do evangelho.

Deus está dando ao nosso país opor­tunidades únicas, que possivelmentenunca mais poderão ocorrer.

Poder viver e trabalhar no Brasilseria considerado um grande prêmiopara muitos missionários de outras ter­ras. Se, pois, somos chamados paracolaborar no trabalho da igreja, somos,em verdade, convidados a participar deum grande privilégio.

deixemos o próprio Paulo falar em ter­mos claros, que nem precisam de nos­sa interpretação,

Diga, Paulo:

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6, Uma ressalvei importante: Nem

que ele é a nossa paz, o que de ambosfez um; e, tendo derrubado a parede desepamção que estava no meio, a ini­mizade, aboliu na sua carne a lei dosmandamentos na forma de ordenanças,para qUE: dos dois c"zass6 el1l· s'i. 1n68'1nO'Um novo l;OiiU'ií1) fazendo a paz, e re­conciliasse fUi[ tos ernlnn· só corpo comDeus. pOl~ inte.rnlédio da cruz, destruin­do por' ela a inimizade", Ef 2.13-16.

aA ..881:n (100 soi8 estrangeiros e pe­loegTinos. nu!.")' cOllciducldos dos sa.ntos)e sais da .fUi" li!u de Deus"'. Ef 2.19.

"O,'a, as Dl'omessas foram feitas aAbraão e ao seu Descendente. Não diz:E aos descendentes, como se falandoem muitos. porém de um só; E aoteu Descendente, que é Clisto", GI 3.16.

"Onde nào pode haver grego nemjudeu, circuncisão nem incircllncisão,bárbaro, cita, escravo, livre; poré1nCristo é tuclo em todos". CI 3.11

"E não pensamos que a palavra deDeus há falhado, porque nem todos osde Israel são de fato israelitas; nemp01' serem descendentes de Abraão sãotodos seus filhos, mas: em Isaque se­rá chamada a tua descendência. Istoé, estes filhos de Dens não são propria­mente os da carne, mas devem ser con­siderados como descendência os filhosda pr01nessci". Rm 9.6-8.

"Ê o caso de Abraão, que creu emDeus, e isso lhe foi imputado parajustiça. Sabei, pois, que os da fé é qnesão filhos de Abraão". Gl 3.6,7.

"Pois está escrito que Abraão tevedois filhos, um da mulher escrava, eoutro da livre. Mas o da escrava nas­ceu segundo a carne, o da livre, me­diante a promessa. Estas causas sãoalegóricas: porque estas mulheres sãoduas alianças; uma, na verdade, se re­fere ao monte Sinai, que gera para aescravidão; esta é Hagar. Ora Hagaré o monte Sinai na Arábia, e corres­ponde à Jerusalém atual que está emescravidão com seus filhos. Mas c, Je­rnsalém lá de cimrt é livre, a qual énossrt mãe", GI 4.22-26.

"Vós, porém, irmãos, sais filhos dapromessa, como Isaque. Como, porém,

de A braão sãoos que, cornopromessas de

todos 08 descendentessalvos, n~as soment;eA braão, crêem nrtsDens.

"Ora, tendo a Escritura previstoque Deus justificaria pela fé os gen­tios, preanunciou o evangelho a Abra­ão: Em ti serão abençoados todos ospovos. De modo que os da fé são aben­çoados com o crente Abraão", GI 3.8,9.

"Pois todos vós sais filhos de Deusmediante a fé em Cristo Jesus; porquetodos quantos fostes batizados em Cris­to, de Cristo vos revestistes. Dessartenão pode ha,ver jltden nem grego, nemescravo, nem liberto; nem homem, nemmulher; porque todos vós sais um emCristo Jesus. E se sais de Cristo, tam­bém sais descendentes de Abraão, eherdeiros segundo a promessa". GI 3.26-29.

"Mas agora em Cristo JeSltS, vósque antes estáveis longe, fostes apro­ximados pelo scmgue de Cristo. Por-

"E Israel que buscava a lei de jus­tiça, não chegou a atingir essa lei. Porquê? Porque não decorreu da fé, e,sim como que das obras. Tropeça.ramne, pedra de tropeço, como está escrito:Eis que ponho em Sião uma pedra detropeço e rocha de escândalo, e aqueleque nela crê não será confundido". Rm9.30-33.

~'Po:rquanto, desconhecendo a justi­ça de Deus, e procurando estabelecer a,SlW própria., não se sujeitan,m à qnevem de Dens. Porque o' fim da lei éCristo para justiça de todo aquele quecrê", Rm 10.3,4.

4. Israel, porém, desfez a aliança

5. A morte de Cristo derrubou ape,rede de separação entre judeu egentio

tes, sendo instruido na lei; que estáspersuadido de que és guia dos cegos,luz dos que se encontram em trevas ..."

Rm 2.17-19."Qual é, pois, a vantagem do judeu?

ou qual a utilidade da circuncisão?Muita, sob todos os aspectos. Princi­palmente porque aos judeus foram con­fiados os oráculos de Deus", Rm 3.1,2.

"São israelitas. Pertence-lhes a ado­ção, e também a glória, as alianças, alegislação, o culto e as pl'Omessas; de­les são os patriarcas e também delesdescende o Cristo, segundo a carne, oqual é sobre todos. Deus bendito paratodo o sempre. Amém", Rm 9.4,5.

"c "- ~),,-lavra de: . ::,:e não todos

~.sl-aelitas! nem~:-.~~S ,:e Abraão são.' s Em Isaque se­

'c" -endência, Isto"'10 são propria­

u_~_.3 devem ser con­:,:,:::lência os filhosc'.0-8.

'1pe­,~<oa",,'ceu

que os gentios são co­.c:,::':,,'os do mesmo corpo e'.'" da promessa em Cris­

:neio do evangelho"

[.'J(wl Espiritual"?

',:,!de: Israel gozava de cer-

c' c que o é interior­.são a que é do co­:-.ão segundo a letra,~'l'ocede dos homens,

~.:':: 2.29..' .. bé'ai-vos de que ou­, : s na carne, chamados

aqueles que se inti­. '" Yla carne, por mãos~.~ tempo, estáveis sem'" da comunidade de Is-

)8 alianças da promes­~'5jJerança, e sem Dens

___ 5 agora em Cristo Jesusestáveis longe, fostes

,:'-:) sangue de Cristo." -

que os da fé são fi­Ora, tendo a Escritura

- ='eus justificaria pela fé: :eanunciou o evangelho a

::::::::ti serão abençoados to-De modo que os da fé

'-:,8 com o crente Abrahão".

::~m, tu que tens por sobre­repousas na lei e te glo­

_'e"s; que conheces a sua?.'}rovas as causas excelen-

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outrora, o que nascera segundo a car­ne perseguia ao que nasceu segundo oEspírito, assim também agora. Contu­do, que diz a Escritura? Lança foraa escrava e seu filho, porque de mO­do algum o filho da escrava será her­deiro com o filho livre. E assim, ir­mãos, somOs filhos, não da escrava, e,sim, da livre." GI 4.28-31.

7. ConfoT1ne as promessas, os gen­tios faziam parte do propósito originalde Deus

"Os quais somos nós, a quem tam­bém chamou, não só dentre os ju,deu's,mas também dentre os 'gentios. Assimcomo diz em Oséias: Chamarei povomeu ao que não era meu povo; e ama­da à que não era amada". Rm 9.24,25.

"Para que a bênção de Abraão che­gasse aos gentios em Cristo Jesus, afimde que recebessemos pela fé o Espíritoprometido". GI 3.14.

"Mas agora, sem lei, se lnanifestoua justiça de Deus testemunhada pelalei e pelos profetas; justiça de Deusmediante a fé em Jesus Cristo, paT(~todos e sobre todos os que crêen~; por­qu.e não há distinção, pois todos (ju­deus e gentios) pecaram e carecem daglória de Deus". Rm 3.21-14

"E recebeu o sinal da circuncisãocomo selo da justiça da fé que teve

88

. quando ainda incircunciso; para vir aser o pai de todos os que crêem, em­bora não circuncidados, afim de quelhes fosse imputada a justiça". Rm4.11-13

8. É evidente, então, q~,e nem todosos descendentes de Abraão são salvos,mas somente os que, como Abraão,crêem nas promessas de De1ts.

"E daí? Se alguns não creram, aincredulidade deles virá desfazer a fi­delidade de Deus? De maneira nenhu­ma. Seja Deus verdadeiro, e mentiro­so todo homem". Rm 3.3,4.

"Mas relativamente a Israel, deleclama Isaías: Ainda que o número dosfilhos de Israel seja como a areia domar, o Temanescente é que seTá scilvo".Rm 9.27.

"Assim, pois, também agora, notempo de hoje, sobr'evive 1tm Temanes­cente segundo a eleição d(~ graça". Rm11.5.

Ê isto ai. A Bíblia não conheceuma salvação de uma nação que se cha­ma Israel. Os que entre os do povo deIsrael hoje são salvos, são salvos uni­camente pela fé à base da eleição dagraça de Deus. - Todo o resto, à. esterespeito, é sonho humano de teólogosdo século XX.

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o SONO DE ÊUTICO(At 20.7-12)

Oswaldo Ramos

o pavor de qualquer pregador que sepreze é ver sua congregação cair no sonoem pleno sermão. Mas, um famoso prega­dor americano diz, obviamente como galho­fa, que se sente feliz quando consegue pôra congregação a dormir, com seu sermão,porque, vivendo numa época de tanta an­siedade neurótica, tanta insônia e perturba­ção de espírito, um sermão soporífero temexcelente aplicação.

Outro pregador gravou o sermão quepregaria no domingo seguinte e começoua ouví-Io, para corrigir eventuais deficiên­cias. Diz ele que em meio ao sermão su­cumbiu de sono.

O apóstolo Paulo teve um famoso dor­minhoco em seu auditório: Êutico. Foi. um ­sono de conseqüências trágicas, porque omoço desabou da janela onde se empolei­rara, e morreu na queda, para gl-imde cons­ternação dos crentes.

Felizmente. o pregador tinha credenciaisespecialíssimas: Paulo ressuscitou o jovem.

Este fato neotestamentário apresenta as­pectos interessantes, que convém analisarbrevemente.

e:utico absolvido - Tinha de dormir

Imaginemos um tribunal a determinar ograu de culpa ou de inocência do dormi­nhoco Êutico. Seria ele culpado ou inocen­te por ter dormido em pleno culto um sonoque lhe custou a própria vida?

Levanta-se o advogado de defesa. Eleaponta as razões porque Êutico dormiu.São razões atenuantes ou justificantes.Avaliemo-Ias.

- Êutico estava cansado demais

Era domingo. Provavelmente Êutico tra­balhara o dia todo. Não havia lei trabalhis­ta proibindo o trabalho aos domingos. Ha-

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via apenas a b;-utal exploração de trabalhoescravo, enquanto os homens livres (aminoria) sujeitavam-se a condições de tra­balhos bárbaros, insuportáveis hoje,

Êutico, se fosse um rapaz típico do po­vo, trabalharia sete dias por semana, quan­tas fossem' exigidas pelo patrão, sem direi­to a férias, descanso semanal remunerado,benefícios socíais, aposentadoria, etc., con­quistas de nosso século.

O evangelho de Jesus Cristo, à seme­lhança do fermento que leveda toda a mas­sa, influiu poderosamente na humanizaçãodas condições de trabalho, onde quer que

.esse evangelho te"ha florescido.Jesus Cristo é a influência moral mais

poderosa do mundo, A ele se deve a liber­tação da mulher, a valorização da criença,a abolição da escravatura, a estruturaçãodo lar, a humanização do homem.

Examinemos as culturas de nossa épo­

ca que ainda não receberam a influênciacristã, onde predominam as religiões pa­gãs, politeistas, sistemas humanos alheiosao verdadeiro evangelho de Cristo. ,11,1 i amulher ainda é escrava do homem, a crian­ça é um mal necessário, a escravidão éprática normal, as relações familiares sãoaviltantes, o hé)mem explora e degrada opróprio homem.

Êutico - cansado demais - dormiu à

janela, enquanto o apóstolo pregava o evan­gelho. Evangelho que, gradativamente, a­través dos séculos, haveria de mudar ascondições sociais -, inclusive estipular queo domingo, dia do Senhor para os crentes,seria dia de descanso para todos.

Êutico deve ser absolvido. Despencouda janela porque o sono foi superior ao seuanseio de ouvir a prédica.

Dificilmente os crentes sinceros de ho­

je teriam uma desculpa, diante de Deus,para não participar de trabalhos da igreja,alegando trabalho dominical.

2 - Êutico - Vítima das circunstâncias

Examinemos o aposento onde se reali­zava o culto. Era pequeno, mal ventilado,mal iluminado, inadequado para abrigar opovo de Deus. Lamparinas a óleo poluiamo ambiente. Não havia, com certeza, mo­biliário adequado à congregação, que res­pirava ar viciado. Muitos permaneceriamde pé, outros sentados no chão. t:utico«acomodou-se» à janela. Pobre Êutico.

Estão nossas igrejas, hoje adequadas aoculto? Temos boas instalações para a es­cola dominical? Nossas crianças dispõem

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de material didático, de mobiliário apropria­do à idade, há condições mínimas para umbom aprendizado?

E os nossos jovens? Têm eles suaspróprias instalações adequadas à recrea'ção, ElO convívio social, esportes, etc?

Quando nossa comunidade planeja cons­truir um templo, é quase certo que pensaem termos de «um barracão serve, Deusnão quer luxo". Compra-se um terreno exí­guo, contrata-se meia dúzia de «ajudantes»de pedreiro, e ergue-se um balTacão tosco,mal planejado e ma! acabado. Enquanto oscrentes habitam «casas bem estucadas», aexemplo do povo no tempo do profetaAgeu.

O jovem Êutico continua pendurado àjanela, em muitas igrejas. Não éde se es­tranhar, portanto, a alta mortalidade espi­ritual entre nossos jovens ...

3 - Êutico - E o sermão comprido demais

Um crente brincalhão - ou cinico ­dizia que «quem não se salva nos primei­ros vinte minutos do sermão, não se salvamais». Representava, esse irmão, o elevadonúmero de crentes para os quais o sermão,via de reg,-a, é apenas uma caceteação.

Inegavelmente, há pregadores que abu­sam da paciência do auditório: falam, fa­lam e falam sem parar. Julgam-se inspira­dos de modo especial, para comunicar aopovo de Deus uma mensagem de vida emorte. Em geral, a mensagem é realmente"de morte».

Tais pregadores fingem não perceberemsinais de fadiga do auditório, que todo oraodor consciencioso, deveria respeitar: eledeve ir parando quando os primeiros boce­jos se desprenderem, a despeito dos esfor­ços dos sonolentos ouvintes em reprimi-Ios.É bom procurar um fecho qualquer, grama­tical, poético ou apelante mesmo, quandoo povo começa a consultar o relógio. Edeve parar de qualquer jeito quando o pes­soal leva o relógio ao ouvido. Se o sermãoé bom, não precisa ser longo. Se é mal,tem de ser CUI'tO. O mau pregador marti­riza .seu auditório quando a prédica ultra­passa os limites toleráveis.

Tenhamos pena de Êutico. O culto na­quela noite de domingo foi dos mais com­pridos na história da igreja. Diz a Palavrade Deus que Paulo «alargou o sermão atéa meia-noite» (Atos 20.7), que Êutico «caiudo tet'ceiro andar tomado de um sono pro­fundo que .Ihe sobreveio durante o extensodiscurso de Paulo». (Atos 20.9) e que Pau-

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Êutico - Nosso espe:~o

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(Atos 20.9) e que Pau-

10 «ainda lhes falou lal'gamente até a alvo­rada» (verso 11).

Quando uma professora de escola do­minical perguntou à classe de crianças quala principal lição que ti,aríamos desse inci­dente, uma garotinha de oito anos respon­deu: «que os pastores não deveriam pregarsermões muito longos».

Êutico deve ser absolvido de qualquerculpa, por ter dormido em pleno culto, por­que o sermão foi longo demais.

Êutico condenado - Não deveriater dormido

Senta-se o advogado de defesa de Êu­tico. Levanta-se o promotor público, e ali­nha os argumentos que comprometem o jo­vem dorminhoco.

Em 19 lugar, inicia o promotor, Êuticonão deveria ter dormido porque, sendo jo­vem, teria mais energias do que os anciãospresentes ao culto, que não dormiram, ape­sar da extensão do culto. Um jovem can­sado, enquanto os mais velhos estão aler­tas, vigilantes, é inconcebível. Um soldadonão pode dormir no cumprimento do dever.Êutico, como sentinela sonolento, seria sub­metido à corte marcial.

Em 29 lugar, Êutico jamais deveria sen­tar-se à janela. É lugar perigoso. Janelanão é poltrona, menos ainda cama. É ele­mento essencial à ventilação e iluminaçãode uma casa. Êutico comprometeu a higie­ne do ambiente contribuindo para piorar ascondições já críticas de ar viciado, poluídode fumaça, quente, estagnado, irrespiráveL

Finalmente, Êutico não deveria ter dor­mido porque estava ouvindo um sermão domaior pregador de todos os tempos: o a­póstolo Paulo. Que não daríamos nós, ho­je, para podermos ouvir, se pudéssemos,um sermão de Paulo, o campeão do evan­gelho?

Nunca mais aquela congregação veriaou ouviria Paulo. Foi uma leviandade deÊutico, o sono naquele memorável culto:Ele não tem desculpa.

Êutico - Nosso espelho

Há, na África, uma doença estranha ­a doença do sono - a que Schweitzer sereferiu freqüentemente. A mosca tse-tsepica a pessoa, inocula germes da doençae, em breve, um sono mortal vence o doen­te - a morte sobrevém em pleno sono .

(<<Expositor Cristão»)

OS CRISTÃOS E A

REVOLUÇÃ\O EMPORTUGAL

(Em torno cio protestantismonos somos)

Dimas Almeída

Os Cristãos e a Revolução

Até que ponto o movimento libertadordesencadeado com o 25 de abril terá liber­tado ou não a igreja portuguesa, é coisaque uma perspectiva histórica mais amplado que aquela de que dispomos agora viráa julgar inevitavelmente.

Do que não há dúvida é de que, no ta­blado eclesiástico dos últimos dois anos,a memória e a voz da hierarquia católicatêm exigido sem fundura própria, num pro­fissionalismo que parece não poder existirautenticamente senão no espaço específicocriado por uma ideologia cênica de cincodécadas. Memória e voz, ambas coordena­das de referência para uma direita que, ór­fã e desorientada a princípio, manifesta-seagora senhora de uma agressividade segu­ra de si mesma.

Sopros Proféticos

Alguns dias depois do 25 de abril de1974, numa assembléia livre de cristãosrealizada em Lisboa, dizia o dominicanoBento Domingues: «As condições de vidado país já não podem servir de desculpade ninguém - nem para o papa, nem paraos bispos, nem para o núncio, nem para osmovimentos, nem para os padres, nem paraninguém; mas ímpõem-se que no interiordos grupos, dos movimentos, das paróquiase dioceses, nas congregações religiosas,não se deixe medrar o medo da liberdade,que não fiquemos assustados com o queestá a acontecer. Que dizer de uma reli­gião, de uma fé, de uma igreja, que se sen­tia à vontade, sem problemas, salvo algunscasos, dentro da ditadura, dentro do fascis­mo, e treme, agora em face da liberdade,em face de um povo que luta pela constru­ção de um país com perspectiva de demo­cracia real? De onde vem agora o medo?»

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Assim falou o dominicano Bento Domin­

,gues no entusiasmo do princípio, Se o me­do, a que ele se referia, chegou a existir,é coisa de que não sei. O que parece evi­dente é, no princípio, a hierarquia católicater acreditado com Spínola no poder, queas mudanças não seriam tão profundas quenão lhe permitissem uma adaptação ao no­vo regime,

A ser assim, essa adaptação era umadas opções possíveis. A opção que con­siste em a igreja procurar recapitular, emcada momento da história, o que se estápassando na sociedade civil numa tentativapara batizar à sua marleim as forças aí de­sencadeadas,

Sopros proféticos, porém, indicavam ou­tra opção possível e outra forma originai dese estar presente na sociedade concreta eem transformação acelerada. Eram os queanimavam tomadas de pOSição muito claras,por parte de variados grupos de cristãos,conscientes do pecado da igreja - referên­cia - ideológica na defesa da chamada ci­vilização cristã neste canto da PeninsulaIbérica. Muitos cristãos, alguns deles re­sistentes ao fascismo destronado, interro­garam-se sobre se a igreja contará em si,enquanto igreja, possibilidades revolucioná­rias e o que poderão elas significar no a­tual contexto português: para que formasde atuação e de comportamento apontamelas.

Estas tomadas de posição não podiamnem podem deixar de colidir com a insis­tência numa presença institucional da igre­ja, em que a afirmação das verdades e dosvalores a salvagual'dar e a transmitir, comodepósito recebido de Deus, suplanta, quan­do não mata, uma vida comunitária em quea prioridade é dada ao anúncio do reino, eem que é reconhecida e aceita a seculari­zação do politico e a autonomia das reali­dades terrestres.

Ainda que fissuras no catolicismo por­tuguês já existissem, em boa medida, antesdo 25 de Abril, a partir dessa altura elasaparecem mais em evidência. t: o dramade muitos militantes de movimentos cristãosque abandonaram as instituições de suaigreja para continuarem a ser igreja nosseus postos de combate. O que há de p3­radoxal é que são precisamente motiva­ções cristãs que os forçam a abandonar lu­gares cristãos.

O Protestantismo Português

Quando, no século XIX, começaram asurgir em Portugal as primeiras comunida-

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des pmtestantes, a sua debilidade teológi­ca, a sua insipiente existência debaixo dahostilidade e da perseguição do meio am­biente, começaram desde logo a desenharas dimensões paradoxais do protestantismolusitano: realizar a Reforma entre nós, trêsséculos depois da Reforma, e sem que sereproduzissem as condições históricas daReforma.

Continuando extremamente minoritária- menos de um por cento da população ­a generalidade do protestantismo portuguêsdefine-se mais como assembléia de eleitosdo que como corpo de profetas.

Pode dizer-se que a generalidade dasigrejas protestantes saudaram o 25 de abrilcom entusiasmo - o entusiasmo de julga­rem ver nesse acontecimento uma promes­sa de sairem da sua ancestral condição decomunidades desfavoráveis, quando nãoroubadas nos seus direitos, pelo anteriorregime. Sem se desinteressarem da polí­tica, não parece, contudo, muito elevado onúmero de protestantes pessoalmente com­prometidos numa linha revolucionária.

Pelo seu não enfeudamento ao antigoregime, pela relativa flexibilidade das suasestruturas eclesiásticas, pela sua situaçãode diáspora, as comunidades protestantespoderiam, não obstante a sua acentuadaminoria, desempenhar um papel válido. Masisso parece ameaçado, principalmente por:

- um fundamentalismo teológico acom­panhado de um conservantismo em matériasocial existentes na maior parte das comu­nidades;

- o individualismo protestante, funda­do sobre a salvação pessoal, que não dei­xa de ter uma certa afinidade com a ideo­

logia burguesa privilegiadora da importân­cia do indivíduo; nesta perspectiva com­preendem-se as apreensões protestantesdiante de um tipo de sociedade socialista,comunista, na medida em que tal socieda­de é redutora do papel do individuo.

- a divisão acentuada do protestantis­mo português que tem contribuído para fa­zer nascer em muitos dos seus grupos umcerto comportamento de seita. Tomo a pa­lavra seita no seu sentido de:

- não comunicação com os outros; ofechar-se sobre si própria numa incapaci­dade de abertura à racionalidade e às exi­gências da vida, pretensão à exclusividade;

-- dificuldade em aceitar o outro talcomo ele é;

- adoção de uma atitude em que sejulga que proclamar o evangelho é fazer

propaganda do 2 ~ ,dista é caracee",,' :: _

- recuse -. o ,

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vimento dos 0"7 -= -:,: - , __

surgidos em Po--':,.~=operação mu!t!o ~tre outras, irnG:,'::~= =lógicas. Trabi':':':(S pOSsa ve;- 2 "tanto esteja de'.'::--=": ::vez, então, se ::-",'=­mais clareza ::s ::.-----=do que cham3mcs • : '- =

As reflexÔe2 ",:_sões não têm d: : _e , u _ •

ender. E comore= - : =dendo levar-nosinesperados.

Uma Minoria M3rs>'~==::,=

Sabe-se qU2 : :: __da nação portUg.3:: õreligioso, ViSCE-~ -3 -:,mlnio ancestr2-: .: ':­romano-catolicjs-: - -:­com uma eS03S2_-= -= .­configuraç30 :ce: - ..não podem ser .'compreenSi\'2cionar a eX:2:~' _ ê , ~

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lemizando sempre contra o mais ou menosacidental no romano-catolicismo português,foi anticatólico de uma maneira inverti­da, isto é escamoteou sempre - salvo,talvez uma ou outra atitude pontual ou pes­soal - o que houve de mais monstruosodurante a longa era salazarista-caetanista,no catolicismo lusitano: o suporte ideoló­gico dado ao fascismo, a simbiose visceral,orgânica, consenti da e desejada realizadaentl'e este catolicismo e o fascismo, que seligava por todas as fibras ao tecido socialportuguês.

Escamoteou o essencial. Nem, prova­velmente, poderia ter sido de outro modo,A "política do reino de Deus» do nossoprotestantismo não era outra senão a deum evangelho castrado - coisa então es­pantosamente paradoxal; - naquilo que ti­nha sido uma das ênfases fundamentais daReforma do século XVI: a gratuidade deDeus, O "Deus gratuíto mas não supérfluo»(na fórmula de um cristão espanhol), teste­munhado pelos profetas e pelos apóstolos,ficou sepultado, nos arraiais protestantes,debaixo dos escombros de uma polêmicaestéril por não conduzir a parte nenhuma.A alternativa de uma igreja-outra eclipsava­se, O Deus o:'atuito dos reformadores ca­Iava-se no sel:J potencial revolucionário. Olegalismo soerguia-se. O feitiço de umalinguagem doutrinária de tipo fundamenta­lista mantinha cativo um evangelho livre elibertador. Julgava-se que a salvação dapessoa se podia operar em detrimento domundo, e aí a valorização do individuo ea desvalorização da comunidade, Em suma,a grelha de leitura do evangelho adaptadapor nós, protestantes, tinha a marca inde­lével do fundamentalismo, e, a este respei­to, termino por hoje citando um cristão bra­sileiro (Rubem Alves); "Fundamentalismo éuma atitude que atribui um caráter últimoàs suas próprias crenças. O mais impor­tante não é o que o fundamentalista diz mascomo ele diz (. .. ). O fundamentalista é ohomem consistente, incapaz de jogar umapitada de humor sobre si mesmo, que Ko­lakowski descreve como sendo o "sacerdo­te» em oposição ao "bufão». O que impor­ta na caracterização do fundamentalismonão são as idéias que ele afirma, mas oespírito com que ele as afirma. Não bastamudar as garrafas na prateleira. Se as pra­teleiras não são modificadas o "arranjo»permanece o mesmo ( ... ). O fundamenta­lismo é, talvez, a grande tentação que nosassalta. "Sereis como deuses, conhecendoo bem e o mal», disse a serpente ao hoc

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mem. Qual é a pessoa que não anseia portrocar seus palpites por visões da realida­de, suas dúvidas por certezas, sua proviso­riedade por eternidade, suas inquietações eincompletude por paz e realização? A so­lução fundamentalista nos liberta do dolo­roso confronto com uma realidade sempreinacabada, sempre questionadora. Conver­ta-se ao fundamentalismo (não importa deque tipol) - e você descobrir-se-à livre doprocesso sem fim de construir, destruir, pa­ra começar tudo de novo da estaca zero».

Acrescentaria eu: o que està nisto tudoem jogo é a questão do futuro. E não seti'ata de uma questão para brincadeiras I

(eEi - Documentos 73, Janeiro 1977)

--:0:--

GRANDESDESCOBERT AS

ARQUEOLÓGICASEM TELL MARDIKH

VItimam Sanford Lasor

Informações transpiraram sobre umadescoberta arqueológica que alguns erudi­tos pensam ser a mais importante até ago­ra. Se ela provará ser maior que a dos Ro­Ias do Mar Morto, os Tabletes do Dilúvioou que qualquer de um número de outrasdescobertas que influenciaram o estudo daBíblia, resta ser verificado. Que ela eclip­sará as descobertas de Heinrich Schlie­mann - que revolucionou o estudo da An­tigüidade - parece inviável, mas faríamosbem em manter uma mente aberta.

As novas descobertas, que têm sido tra­zidas à luz desde 1974, são os resultadosdo trabalho de arqueólogos italianos e si­rios em Tell Mardikh, no noroeste da Síria,lugar da antiga Ebla. O arqueólogo chefeé o Dr. Pado Matthiae, da Universidade deRoma. Por causa das complexidades deuma publicação conjunta nos dois paísesenvolvidos na escavação, nenhum texto a­pareceu ainda. impresso e somente informa­ção esporádica tem sido liberada.

Um grande número de tabletes foi en­contrado (co'nforme relatório, 15.000 até

agora) e há __arquivos o'::: :escavação

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EOLÓGICAS:L.L MARDIKH

William Sanford Lasor

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agora) e há uma promessa de abertura dosarquivos oficiais na próxima ten:po:sda deescavação. Estes tabletes estão datadospor volta da prlmei(8 djnasti8 da .Â.códia(aproximadamente 2.300 a. C.) ou dois acinco séculos antes do tempo de Abraão.Estão escritos em caracteres cuneiformese pertencem ao grupo Iingüístico que podeser semítico do noroeste. A importãnciadisto pode não ser evidente para aquelesque não lidam com estudos semíticos. Porísso, deíxem-me explicar.

Até agora nossas primeiras descobertasescritas do Antigo Oriente Próximo são do­cumentos cuneiformes em acadiano antigoe sumeriano (línguas não relacionadas) eem inscrições hieroglíficas em egípcío. Es­tes materiais já conhecidos são, geografi­camente falando, das fronteiras do mundobíblico. E numa relação lingüística estãobem distanciados do hebraico e aramaicobíblicos. O material mais antigo que temose que está mais proximamente relacionadoao mundo biblico são os tabletes ugaríticosde Ras Shamra, datando por volta do 159século a. C. Entretanto, o ugarítico é es­crito em alfabeto cuneiforme que nos for­nece apenas as consoantes. O hebraicobiblico foi escrito apenas com as consoan­tes, enquanto que as vogais foram adicio­nadas pelos massoretas algum tempo entreo 69 e o 109 séculos d. C. Nós, portanto,temos muito pouca evidência segura de co­mo o hebraico era falado no tempo dos pro­fetas. O hebraico se relaciona bem deperto com o ugarítico nas suas consoantese sua relação com os dialetos assírios ebabilônicos do acadiano é mais remota, masbem estabelecida.

As novas descobertas, datando ao fimdo 39 milênio antes de Cristo, são escritasem cuneiformes silábicos, que fornecemtanto as vogais como as consoantes. Oslogogramas sumerianos (sinais que repre­sentam palavras) são explicados em sila­bogramas "eblaicos" (sinais que represen­tam sílabas na língua recentemente desco­berta), que oferecerão um importante di­cionário bilíngüe para muitas palavras. Serealmente a língua provar ser semítico donoroeste ela estará relacionada bem deperto ao aramaico e ugarítico e razoavel­mente aproximada ao hebraico - mas vaiantedatar em centenas de anos todos osremanescentes que temos dessas línguas.O impulso que isto dará aos estudos semi­tícos vai além da nossa imaginação .

Um dos reis de Ebla chamava-se Ibrum(ef. Éber em Gênesis 10.24), que era con­ten"'po~àneo de SargãoJ da Acádia. Pareceter eie dominado grande parte ou toda aPale.st1na, Skja, Suméria e Acádia e ter ti­do relações comerciais com a terra deHattu (hititas) e Elão Centenas de nomesde lugares são mencionados, incluindoUrusalima (Jerusalém) e muitos nomes depessoas, inclusive ab-ra-mu (Abrão), ís-ra­ilu (Israel), e-sa-um (Esaú?) sa-u-lum (Saul),da-u-dum (Davi? e mi-ka-ilu (Miguel) comotambém mi-ka-ya (Miquéias). Visto que -iluparece ser a palavra para «deus» e estáposta em paralela com -ya nas duas pala­vras, a conclusão de que o nome divinoYah (ou Yahu ou Javé) já era conhecido émuito tentadora. Se isto for verificado, en­tão a posição de que o nome divino Javénão era conhecido até sua revelação a Moi­sés em Midiã terá de ser reconsiderada.O nome Javé é encontrado em Gênesis, an­terior ao tempo de Moisés, mas isto temsido freqüentementedescartado à luz deÊxodo 6.3.

Conforme a informação, vários artigossobre as descobertas em Tell iviardikh es­tão a caminho da publicação e temos cer­teza de que o texto e tradução de váriostabletes estarão em breve à disposição.Visto que a descoberta inclui textos sobreeconomia, documentos legais (portanto ocódigo legal mais antigo), textos sobre mi­tologia, tratados e provavelmente outrosgêneros literários, muitos eruditos esperamansiosamente a publicação.

Sabemos que havia vários povos na re­gião da Síria e Palestina anteriores à che­gada de Abraão e os patriarcas e que es­tes povos tiveram uma participação impor­tante na formação dos eventos registradosna Escritura. Não é mais posslvel pensarde Abraão como a criação de escritorespós-exílicos. As descobertas de Tell Mar­dikh certamente não "provam a Bíblia". Enenhuma descoberta arqueológica poderáfazê-Ia. A única maneira de provar a Bíbliaé aceitá-Ia com fé e aplicá-Ia na vida. Elaprovará, por si própria, ser verdadeira. MasTell Mardikh provavelmente trará muita luzsobre parte do pano de fundo do livro deGênesis e sobre os acontecimentos que es­te livro reg istra.

(<<Christianity Today», Vol. XX, 1976)

Trad. Acir Raymann

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AS MULHERES VIOV AS

As autoridades estão preocupadas como número surpreendentemente alto de pes­soas acima de 55 anos que vivem sozinhas,sem o cônjuge. a grupo é formado de sol­teirões, viúvos e divorciados. A predomi­nância é de mulheres: em 1971, nos EUA,para cada homem solteiro havia quatro mu­lheres solteiras, para cada homem viúvohavia quase cinco mulheres viúvas. NaInglaterra, na mesma ocasião, para cadaviúvo havia quatro viúvas. Naturalmentemuitos destes sozinhos têm problemas deordens diversas.

Quanto às viúvas, é intemssante lem­brar que a Bíblia está cheia delas e algu­mas foram notáveis. No Velho Testamentohá um livro inteiro que conta a história detrês viúvas: Noemi, arfa e Rute. Foi aviúva de Sarepta, na Fenícia, que susten­tou o profeta Elias durante os três anos emeio de fome em Israel (1 Rs 17.8-24). amilagre da mulher do azeite realizou-se emcasa de uma mulher viúva e endividada,mãe de dois filhos (2 Rs 4.1-7). Em Jeru­salém, quando Jesus nasceu, havia umaviúva de 84 anos, que «não deixava o tem­plo, mas adorava noite e dia em jejuns eorações". Esta piedosa mulher, Ana, viveucom seu marido apenas sete anos (Lc 2.36-38). Jesus chamou a atenção dos dis­cípulos para a oferta depositada no gazo­filácio por uma viúva pobre: ela havia da­do mais do que todos os ofertantes (Me12.41-44). A ressurreição do filho único daviúva de Naim, na hora do enterro, revelao sentimento de terna compaixão que Je­sus teve por ela (Lc 7.11-17).

a que mais impressiona na Biblia é alegislação sobre as viúvas. "A nenhumaviúva nem órfão afligireis. Se de algummodo os afligirdes, e .eles clamarem a mim,eu Ihes ouvirei o clamor; a 'minha ira seacenderá, e vos matarei à espada; vossasmulheres ficarão viúvas, e vossos filhosórfãos» (Ex 22.22-24). a judeu era proi­bido de fazer uma colheita completa, dedeixar os ramos limpos, sem fruto algum.A sobra pertencia ao estrangeiro, ao ór­fão e à mulher viúva (Dt 24.19-22). Rutefez uso deste direito e entrou no campode Boaz para rebuscar espigas para si esua sogra (Rt 2.1-7). Havia, além desta,outras providências para socorrer as viú­vas (Dt 14.28,29). De vez em quando opovo ouvia a leitura das maldições e di-

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zia "Amém». Uma delas referia-se às viu­'Ias: Maldito aquele que perverter o di­reito do estrangeiro, do órfão e da viúva»(Dt 27.19).

As leis de proteção às viúvas eramboas e justas. Mas muitas vezes foramquebradas peios homens. Por esta razãovinha o juizo de Deus e os profetas colo­cavam à descoberto o pecado cometido:«Aprendei a fazer o bem; atendei à jus­tiça, repreendei ao opressor; defendei odireito do órfão, pleiteai a causa das viú­vas» (Is 1.17).

Em o Novo Testamento a preocupaçãocom as mulheres viúvas continua. Jesusdenuncia os escribas e fariseus porque de­voravam as casas das viúvas e ainda ten­tavam encobrir este crime com longas ora­ções (Mt 23.14). a livro de Atos mostraciaramente que a igreja primitiva dava as­sistência diária às viúvas. Com o cresci­mento do nÚmero dos fiéis, as viÚvas dosjudeus de língua grega começaram a serprejudicada, ralta que roi imediatamente re­parada com a eleição dos primeiros diáco­nos (AI 6.1-6). Mas é Paulo quem forneceuma orientação detalhada sobre o compor­tamento das viúvas e o trato que elas de­veriam receber (1 Tm 5.3-16). a apóstolofaz distinção entre «as viúvas verdadeira­mente viúvas» e as demais. a primeirogrupo inclula as viÚvas que não contavamcom o auxilio de parentes e tinham umavida religiosa autêntica. Estas deveriamser sustentadas pela igreja. Leva-se aindaem consideração o passado e a idade de­las (<<ao menos 60 anos»). As outras viú­vas não seriam pesadas à igreja, pois ti­nham filhos e netos que poderiam se en­carregar de suas necessidades. O aspectomoral merece também uma palavra dePaulo. Eie se preocupa com as viúvasmais novas, que se entregam aos prazeres,vivem ociosas, tagarelas, intrigantes, falan­do o que não devem, andando de casa emcasa e dando ao adversário ocasião favo­rável de malediscência. Tais viúvas deve­riam se casar outra vez, criar filhos e serboas donas de casa, porque «já algumasse desviaram, seguindo a Satanás».

Como se vê, há tanto material sobre aviuvez feminina na palavra de Deus quese pressupõe um número muito grande deviúvas. Aliás, Jesus disse que «muitasviúvas havia em Israel no tempo de E!ias»(Lc 4.25) e Jeremias afirmou que, em Je­rusalem, lia época dele, as viúvas «semultiplicaram mais do que as areias dosmares» (Jr 15.8). A impressão que se tem

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- -- A impressão que se tem

("Ultimato» Abril 77, 17)

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PACTOEm 1752, um grupo de homens apelida­

dos «metodistas», entre os quais João Wes­ley, assinou o seguinte pacto, que cada umcolocou na parede de seu escritório:

«Fica estabelecido entre nós, que assi­namos este documento:

que não ouviremos, nem procuraremossaber de más informações a respeitouns dos outros;

~~es, t~~ail~;~,t:O~ uP~~~IV:~'cr~t~~U;i ~:~~~acusada, aquilo que ouvimos:

que, enquanto não tivermos feito isso,não comunicaremos a qualquer outrapessoa uma só sílaba do que ouvimos;

que nem tampouco o mencionaremos,depois, a outra pessoa qualquer;

que não faremos exceção a nenhumadestas regras, a não ser que nos jul­guemos absolutamente obrigados, emreunião de grupo, a fazê-Io.»

Em 1977, muitas pessoas poderiam as­sinar o mesmo pacto, para o bem de todoo mundo.

(Mensagem da Cruz, Nr. 39)

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DEVOCIONALo ~_

JESUS CHOROU(Lc 19.28-44)

Vilson Scholz

resDondencic·larenl, ascontinua.

E eis '>"çando o tor~na-se dianêe

derüaisos telJ.scalern ade Hoje':. ~

lua estupCll:=2:.;.morn.ento es~2.."·.ante dos c,'"_~Uma senSa(LL,_~ta! Em prin-i.::-~:~brilho! E os rei,era a visào (;~~._~=U~.

nhaln a Jel'",o:cvj. sah:nodias2:::junto às tE2.:3

rusalénl, ql~2 2.<dade compaC:2-,tribos '" el.,. ::::...,

derem g1.~~lÇ8.S.visão digne" .).;0 : ..._~.

E no meioquando havi2. :-:~entes pare. l~:..2:'::':~~_

JESUS QUEB?':i-,'- "nao reSpelI-OU ::: -:._do. Ele se '·de~~=.;= _

maior euforia. ;'-0'.DO A CIDADE, CE _.ou melhor, "cc:~:-~.,:.~elan•

Em meio à ;'-'.-.i:. __sempre constr8.n~~::_chorando. Até rr:;,-o~,dos ambientes .sil.s::voz de choro. O"sagrado": os hOll~-=::neste caso é t ai,,- ,~,= __

Parece que Jesus finalmente enve­redou pela estrada do triunfo. Seus se­guidores parece que conseguiram des­viá-Ia de sua estrada cheia de miséria,uma estrada que começou numa estre­baria e teve seu ponto alto numa cruz.Parece que finalmente conseguiram ti­rá-Ia da estrada povoada de miseráveis,desprezados, leprosos e pecadores, paraempurrá-Ia ao longo da avenida do tri­unfo, por entre o crepitar dos aplau­sos e o sacudir de ramos festivos. Or­ganizaram uma festa em grande es­tilo: "A entrada triunfal de Jesus emJerusalém".

Uma multidão seguia Jesus. Um ou­tro tanto, saído de Jerusalém, vinha aoseu encontro. O Mestre era esperadoem Jerusalém. Agora, estes que fize­ram a festa mui provavelmente nãoeram habitantes de Jerusalém. Eramperegrinos, visitantes da Páscoa (Jo12.12). Turistas. Logo, é muito poucoprovável que se tratasse das mesmaspessoas que nestas ocasião cantavam"hosana" e na sexta-feira gritaram"crucifica-o!" Quem gritou "crucifica­o!" mui provavelmente foi o povo deJerusalém, hostil a Jesus; quem can­tou "hosanas" eram seus seguidores daGaliléia que estavam em Jerusalém porcausa da festa. Identificar estes doisgrupos certamente causa impressão enos deixa perplexos ("Como é possívelque mudaram de opinião tão rapida­mente?"), mas pode não condizer coma verdade.

A. multidão vem ao encontro de Je­sus cantando o hino de boas-vindas aosperegrinos que vinham para a festa, oSalmo 118. 25 ss:

"Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pe­dimos; '"

Bendito o que vem em nome do Se­nhor.'

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é a nossa

CHOROULc 19.28-44)

Vilson Scholz

:i'J,e Jesus final1nente enve­~~trada do triunfo. Seus se­c_,-eceque conseguiram des­'3. estrada cheia de miséria," que começou numa estre­2 seu ponto alto numa cruz.

finalmente conseguiram ti­cada povoada de miseráveis,

leprosos e pecadores, paraao longo da avenida do tri­

éntre o crepitar dos aplau­'.',dir de ramos festivos. 01'­llma festa em grande es­:l'ada triunfal de Jesus em

::idão seguia Jesus. Um ou­sido de Jerusalém, vinha ao:0. O Mestre era esperado-:'m. Agora, estes que fize­:a mui provavelmente nãoantes de Jerusalém. Eramvisitantes da Páscoa (Jo:stas. Logo, é muito pouco,8 se tratasse das mesmas2 nestas ocasião cantavam

na sexta-feira gritaram_" Quem gritou "crucifica­~\'avelmente foi o povo dehostil a Jesus; quem can­:5" eram seus seguidores da

estavam em Jerusalém por'esta. Identificar estes doisamente causa impressão eel'plexos ("Como é possível".m de opinião tão rapida­:nas pode não condizer com

::ao vem ao encontro de Je­o hino de boas-vindas aos

C(elevinham para a festa, o25 ss:

:-:a-nos, Senhor, nós te pe-

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o SENHOR e ""',,-,luz;

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~~~lt(~:El~~O a~~~ r'a~os, boas-vindasaue se da\T81TIa UlTI rei, UD1 libertador.~ -'-~multidão certan1811te não teve no=ção do significado lnessiânico desta fes~ta, não se deu conta de q"U.e estava cum~prindo a profecia. Tanlbéln pudera, poisnem os discípulos compreenderarD. (Jo12.16) .

Os fariseus querem acabar com afesta.. Ah! eles estavaITI lá, no Dlelo dopovo. Nào podiaL.'1 falta.r. E aquilo erademais para eles. /'Ivlestre, repreendeos teus discípulos" I isto é, Hrnande quecalem a boca!H (Bíblia na Linguagemde IIoje). E Jesus, que até então seconserva-;la em silêncio, liquida corn eles,respondendo secalnente: "Se eles se ca­laren1, as pedras gritaràon• E a festacontinua. A procissão a-vança.

E eis que num de repente, alcan­çando o topo de uma colina, descorti­na-se diante de seus olhos um panora­ma estupendo. Jerusalénl, que até estemomento estava "escondida", surge di­ante das olhos COTI1. todo seu fulgor.Uma sensacional visào àa cidade sal1~ta! Em primeiro plano o Templo. Quebrilho! E os palacetes então ' .. Estaera a visão que extasiav-a os que vi­nham. a Jerusalém e fez com que Da­vi saln10diasse: "Paral'am nossos pésjunto ftS tuas portas, Ó Jerusalénl! Je­rusalém, que estás construí da como ci­dade compacta, para onde sobem astribos .. , do SENHOR ... para ren­derem graças ... " - Salmo 122. Umavisão digna de maior alegria ainda.

E no meio daquele ambiente alegre,quando havia motivos rüais que sufici­entes para uma maior alegria ainda,JESUS QUEBROU O PROTOCOLO,não respeitou o que estava programa­do. Ele se "desligou" no momento damaior euforia, estragou a festa. VEN­DO A CIDADE, CHOROU SOBRE ELA,ou melhor, "começou a chorar sobreela".

Em meio à euforia, o choro. - 1!:sempre constrangedor ver uma pessoachorando. Até mesmo os mais anima­dos ambientes silenciam diante de umavoz de choro. O choro tem um quê de"sagrado": os homens, o respeitam. Masneste caso é também Deus, o Deus-

Horüem quem chora. Aí a cousa se tor­na Yllais terrível ainda.

Jesus cOlueçou a chorar. Os Evan­gelhos nos relatalTI expreSSalYlente duasocastões en'l que Jesus chorou: ante otúmulo de Lázaro (Jo 11.35) e à vis~ta de Jerusalém (Le 19.41). Dia,nte dotÚmulo de Lázal'o; seu amigo, .Jesus co­nl0veu-se, ficou emocionado, cho:rou. dp~Slágrilnas vie:rfull aos olhos de JesusH•Foi UIU choro "meio sem querer:;;. Na­da de desesljero. A Dlorte reinargl 80­ben:tna .. T1..'1aS ele viel~a para d.estroná~Ia. - Â vista de Je:rusalénl seu choroé diferente, r-Jão se tratava de U111 cho~ro leve, um. choro de emoçã.o~ algumaslágrirI1as furtivas apenas. Não! rrrata­Vfi...S8 de tUU C·HORO ElvI VOZ P.~L·TA,UIYl choro soluçal1te, UIna lamentação~UlvI PROFUNDO DES_~Bi1_FO. U1TI cho-­1"0 la.llll"iZ'iante c0111parado ao de urnamàe diante do esquife de seu filhinho.Quantas vezes ele não fizera. silenciarvozes de choro dizendo: 1ne kla,iey Hnãochore;); rne J-clwietey unão chorem"! Eagora ele luesmo COIYleCa a chorar(ék};:,la.'u·sen) .

Por que Jesus c.hora? Jesus chorapOl~que JeTllsa.lém n§~o havia c.hol'ado,n8~o se havia arrependido, :não tiveralugar para ele (Lc~2.7; Jo 1.11). Porisso ele chora e diz:

AH! SE CONHECERAS POR TIMESMA AINDA HOJ}I; O QUE ÊDEVIDO A PAZ! NfAS IS'1'O ES­TÁ AGORA OCULTO AOS TEUSOLHOS. POIS SOBRE TI VIRAODIAS EM QUE OS TEUS INIMI­GOS TE CERCARA O DE TRIN­CHEIRAS E. POR TODOS OS LA­DOS, TE APERTARAO O CERCO;E TE ARRASARÃO E AOS TEUSFILHOS DENTRO DE TI; 1'-YAODEIXARAO E:rvr TI PEDRA SO­BRE PEDRA PORQUE NAO RE­CONHECESTE A OPORTUNIDA­DE DA TUA VISITAÇAO.Jerusalém não reconheceu (ginósko)

não teve olhos para ver a oportunida­de, o "kairós» que Deus estava ofere­cendo.

Naquele dia, disse alguém, as pe­dras de Jerusalém suaram frio. As lá­grimas de Jesus minaram os alicercesda cidade. Daquele dia em diante oreboco não mais resistiu, os arcos sen­tiram sua própria fragilidade. Naqueledia a cidade morreu. 40 anos depoisefetivamente aconteceu: não ficou pe-

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dra sobre pedra. Os romanos arrasa­ram a cidade (70 A. D.). Meio milhãode mortos; 90 mil vendidos .como es­cravos. A rejeição do "]{aiTós" de Deustivera seu desfecho.

Jesus estava chorando em meio àfesta. Um repórter pegou-o em flagran­te, ouviu seu lamento. (Sua foto esta­ria na primeira página do jornal coma lllancl1ete: "Jesus chorou".) Muitosoutros certamente também presencia­ram a cena constrangedora e viram suaalegria sendo transformada em silên­cio, em embaraço.

Alguém pegou-o em flagrante, e Lu­cas, o historiador, relata o fato. E eleé o único evangelista a fazê-Io. (Selhe peTguntássemos, Hpor quê?" 1 elecertamente responderia: "Ué, vocês nãome conhecem por historiador? E de umhistoriador sempre se pode esperar umdetalhe a mais!). Pelo sim e pelo não,a passagem está aí ... PARA NOSCUTUCAR. Para mostrar que ELECHORA SOBRE NãS TAMBÊM:, emnosso lugar. Porque nós não choramos.

Jesus chora porque nós não chora­mos

a nossa hipocrisia (hipocrisia éo pecado bem nosso, peculiar ao cris­tão)

- o nosso cristianismo satisfeito,triunfalista (vivemos mais como se es­tivéssemos na igreja triunfante que namilitante)

- nossa ingratidão- nosso cristianismo feito mais de

conversa do que de vidaJesus chora porque nós não chora­

mosnosso orgulhonossa cegueira (a pouca compre­

ensão de sua obra e a desobediência asua, vontade)

- nossos hábitos ao invés de fé.Ele chora sobre mim. Tenho cer­

teza disto. Chora quando eu não cho­ro. Ele chora sobrê o mundo - sobrenossa cidade - quando este rejeita aoportunidade, o "hoje", o "kairós" queDeus está oferecendo. Chora ele sobreti também?

QUANDO IA CHEGANDO, VEN­DO A CIDADE, COMEÇOU A CHO­RAR.

Jesus espera que unamos nosso pran­to ao dele. Que choremos com ele. Jun­tos. Que choremos nossa condição, nos­so pecado. Mas '" seria nossa vida,

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então, uma vida de choro? Não é bemisso. Porque, de repente, começaremostambér.'1. a rir. Ao vern1.0S a salvaçãoque ele nos trouxe. Ao vermos que háperdão. Ao vermos que, diante do pe­cado, Deus não faz vistas grossas maspassa a tOlTacha; que ele não colocauma cortina transparente diante delemas lança-o no fundo do mar, colocan­do ainda a plaquinha: ·"Proibido pes­car!"

Continuaremos assim: chorando erindo ao mesmo tempo. Em toda nos­sa vida e especialmente nesta semanada Paixão. Choro, sim; mas não porele e sim por nós (Lc 23.28). Nossoshinos de Paixão são chorosos, é verda­de. Contudo, choramos apenas porqueencaramos a Paixão através do prismada nossa nulidade, da nossa insignifi­cância. Choramos quanào dizemos, HFoiminha toda a carga que foste tu le­var, com morte a mais amarga pudes­te me salvar. De fato eu sou culpado,castigo mereci. Perdão do meu pacadoimploro só de ti" (Hino 65.4).

Choro e riso. Esta é a nossa vida.Até que o riso tome conta de nossavida, quando estivermos com Ele. En­quanto estivermos aqui, convém saberchorar, Amém.

"Bem-aventurados os que agora cho­rais, porque haveis de rir" - Jesus(Lc 6.21).

(Devoção proferida na capela do Se­minário Concórdia, 2"-feira da SemanaSanta - 04-04-77)

--:0:--

EISO HOMEM!Már'io L. Rehfeldt

Existem lugares santos. Moisés pre­cisou tirar as sandálias no monte Ho­rebe. Há também tempos sagrados,quando é necessário descalçarmos nãosandálias de nossos pés, mas preocu­pações terrenas de nossas almas.

A semana mais santa do ano ini­ciamos ontem, Domingo de Ramos, re­lembrando a entrada triunfal de Jesusem Jerusalém. Que contraste com o que

aconte:-:'?-"DoL~:

ra.ve,tadas. D,disse: Ei,ra quecrÍn18 alg~~2::::.__do a C01'02,

púrpura. Üi,,~~,::',o:mem!" - .J~:::::~_--

As 'p218.';:~:~~nes que sóder con1 a

Jesus élatos depois

- lnocen;:·?

desprezo;- COffiD2..l'2.<.:-::

rabás, desfa,'(;:~preferiu Bal'l·a':"

- acoitadcra agradar' o ,::'esbofeteado f:Z:'

EnsangÜen-:?c:;:o rosto QU8Sf ::bofetEtdas dos ,,-::humano - c:i,,' -Ao vê-Io o dU1T.,padece. Levanea:c'sentá-Io ao pO'.':compaixão, l'êl::::c~homem! eSpf:lc:.':: ,compaixão da ::-,c',:'::,.::":',

Este farrapo h':,::-:-::c=.:contra Tibério C.o,,::,: '

o gentio, se cc-:;-:;:::...:=--~compaixão. Ma.,.sacerdotes e esc: :.: ,,-,c

cifica-o! CrucifiCe:<Eis o hOilU: fi:,'

homem qualque::- ::..::c.o .~

homem todo esr-e:c c: _, ~

res, desprezado. écomo os profeeas ... :~'­só isto. Ele é tal~:::_ga, o que panlGC:: __ ~voltará para julg:-.l'fim, e também o

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,. choro? Não é bem'epente, começaremos

vermos a salvação,:2, Ao vermos que há

u',::JS que, diante do pe­_s.z vistas grossas mas

:~~.: que ele não coloca:. :.:1sparente diante dele

='~lndo do lnar, colocan­)inha: ,"Proibido pes-

assim: chorando etempo. Em toda nos­

ialmente nesta semana___ ~;2.·OJ sim; mas não por

::ós (Lc 23.28). Nossos___:'-: são chorosos, é verda­

:':'_ol'amos apenas porque:= cixão através do prisma

': :'?ce, da nossa insignifí­C~,:,JS quando dizemos. "Foi, carga que foste tu le­,:2 a mais amarga pudes-

De fato eu sou culpado,, __. Perdão do meu pacado'-C ::1" (Hino 65.4).'i,o. Esta é a nossa vida."'O tome conta de nossa

estivermos com Ele. En­"~:-mos aqui, convém saber

c::::!rados os que agora cho­.-ó haveis de rir" - Jesus

: proferida na capela do Se­~,:órdia, 2"-feira da Semana~-':'-±-77 )

--:0:--

HOMEM!Mário L. Rehfeldt

LIgares santos. Moisés pre­s.s sandálias no monte Ho­:3.mbém tempos sagrados,'_2cessário descalçarmos não:2 nossos pés, mas preocu­e;'IaS de nossas almas.:-:2. mais santa do ano ini­':!1. Domingo de Ramos, re­'ó. entrada triunfal de Jesus::"1. Que contraste com o que

aconteceu dentro de Jerusalém dias de­pOis!

Hoje desejamos acompanhar nossoSenhor por uns nlorüentos na sua Sex­ta-feira, Santa.

"Então gritaram todos, novamente:Não este, mas Barrabás! Ora, Barra­bás era salteador. Então, por isso, Pi­latos tomou a Jesus e mandou açoitá­10. Os soldados, tendo tecido uma coroade espinhos, puseram-lha na cabeça, evestiram-no com um manto de pÚrpu­ra. Chegavanl-ss a ele e diziarl1.: "Sal­ve, rei dos judeus! e davam-lhe bofe­tadas. Outra vez saiu Pilatos e lhesdisse: Eis que eu vo-lo apresento, pa­ra que saibais que eu não acho nelec.rinle algU1l1. Saiu, pois, Jesus trazen­do a coroa de espinhos e ° manto depúrpura. Disse-Ihes Pilatos: Eis o ho­mem!" - João 18.40 - 19.5

As palavras são tão claras e sole­nes que só perdem em seriedade e po­der com a interpretação e a aplicação.

Jesus é apresentado à turba por Pi­latos depois de ter sido

- inocentado por Herodes, não semdesprezo;

- comparado com o agitador Bar­rabás, desfavoravelmente, pois o povolJl'eferiu :~ar!'abás; ,., L

- açOlLaao por ordem ae PllaLos pa­ra agradar o povo, cOI'oado de espinhos,esbofeteado e -zombado.

Ensangüentado, coroado de espinhos,o rosto quase irreconhecível dado asbofetadas dos soldados - um farrapohumano - Cristo é levado para fora.Ao vê-Io o duro romano Pilatos se com­padece. Levantando um braço para apre­sentá-Io ao povo, exclama num misto decompaixão, remorso e desprezo: Eis ohomem! esperando assim conseguir acompaixão da multidão. Eis o homem!Este farrapo humano vai se levantarcontra Tibério César? Não! -Pilatos,o gentio, se compadece e espera porcompaixão. Mas o coro treinado pelossacerdotes e escribas só repete: "Cru­cifica-o! Crudfica-o!

Eis o homem! Trata-se não de umhomem qualquer mas do home1n, um.homem todo especial. Homem de do­res, desprezado, é claro - exatamentecomo os profetas previram. Mas nãosó isto. Ele é também o Alfa e o ôme­ga, o que participou da criação, o quevoltará para julgar. Ele é o começo, ofim, e também o centro da história,

Nosso planeta é um planeta visita­do - pelo Senhor do Universo. O Se­nhor do Universo que a tal ponto seapiedou de nós, suas criatur'as, que poramor a nós pennitiu que homens in­justos e cruéis, aos quais poderia terdestruido com uma palavra, lhe cau­sassem tal sofrimento. E sobre sua ca­beça pesam, não só a coroa de espi­nhos, mas também os pecados.

Cada cena da paixão é um quadroem. que aparecenl vai~l:)S peysonagcns.O pintor Aldo LocatelIí, nos seus qua­dros da paixão, pintou também sapa­tos velhos. latas de Nescafé vazias eoutros objetos do lixo do século XXjogados contra Cristo para mostrar quetan1bém este s:éculo repudiou o Senhore colaborou no "crucifica-o! n

Se olharmos bem para estas cenasda paixão veremos no fundo um tantoborI'ados. ll1as reconhecíveis entre a tur­ba, tanlbén1. os nossos rostos. Sinl; taln­bém tu e eu estivemos lá. Também port.ua e minha causa a paixão aconteceu.Também os teus e meus pecados bra­daram: crucifica-o: Olhemos para estequadro, no qual estalTIOS dentro, paravermos quanto custou ao Senhor o per­dão de nossa culpa.

Olhemos para este quadro quando atentação nos seduzir para qualquer pra­zer efêmero do mundo, ou para o de­sespero, acomodação ou desistência.

Olhemos para este quadro quandoo Senhor permitir que, de uma ou deoutra maneira, nós nos tornemos umpouco semelhantes a ele, fazendo virsobre nós sofrimentos, angÚstia ou dore dele recebermos forças para aceitar­mos dele não só dias de sol, mas tam­bém dias de tormenta, como um pri­vilégio - de sofrermos por ele.

Todos sofrem no mundo, todos mor­rem; mas só nós cristãos sabemos por­que sofremos (porque Deus nos amae nos testa) e só nós cristãos triunfa­mos sobre a morte porque o coroadode espinhos e crucificado, ressuscitoupara nós coroado de glória.

Quando o Conde Zinzendorf, ao ter­minar os estudos em sua viagem pelaEuropa viu numa galeria o quadro do"Ecce homo" de Domenico Fetti, coma conhecida frase "Isto eu fiz por ti!- Que fazes tu por mim ?", decidiunada fazer na vida a não ser servir a

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Cristo. E ele o fez com um dinamismoe dedic8"ção como poucos na históriada igreja.

E nós, que faremos? Arném.

(Devoção proferida na capela do Se­minário Concórdia, em 04-04-77).

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A FUGA DOSDiScípULOS

(Mt 26.56)

V/aUer O. Steyer

Aparentemente era o fÍln da igrejado I".Jovo T"estarl1ento!

~/Então os discípulos todos. deixando­o .r.uairam n

, >E~tam~~ na época da quaresma. 40dias de reflexão espiritual: não apenassobre ·08 fatos históricos que envolve­ram a paixãc e morte de nosso SenhorJesus Cristo; mas principalmente nosignificado pessoal da obra redentorado Cordeiro divino em nossas vidas.

Neste context.o quaresmal, baseadosnas palavras bíblicas: "Ent.ão os dis­cípulos todos, deixando-o, fugiram,"cabe-nos fazer a intrigante pergunta,como discípulos de Jesus hoje: "Por­ventura também estamos fugindo dacruz?"

O profeta Jonas achou uma solu­ção para "fugir da cruz." Recebendoo chamado de ser o arauto divino emNinive, e imaginando problemas, difi­culdades e asperezas de tal incumbên­cia, simplesmente não assume o com­promisso. Segue seu próprio caminho.Embarca para Társis, e vai dormir nofundo do porão do navio.

Fugir para Társis é a grande atra­ção que o diabo apresenta aos cristãos.E sua agência de turismo vai de ventoem popa .. os navios para Társis sem­pre navegam com lotação completa.Calcula-se que 65% dos membros ins­critos nas igrejas sejam completamen­te inativos espiritualmente. Dizia-meainda estes dias um irmão leigo: "Es­tamos encontrando dificuldades de com­por a chapa da nova diretoria. Dificil

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alguém aceitar compromissos na con­gl'egaç.ão. Alegam. falta de tenlpoj ll'lui ...to tL'aba.lho, a farníHa .. , e a,ssim pordÜ:mte." São problemas que o pastorenIl'enta no seu nÜnistério: o crescen­te índice de congregados inativos. OjovelTI :pastor .. a~ de~)ar~r-se diante d~s­ta realldade, sorrera vlOlenta tentaçao.E talvez num mornento de fraquezaembarca também para Társis. É mui­to mais fácil trabalhar en1 Társis.

Na semana passada estive numa lo­ja de material esportivo. Olhando parauma raquete de tênis, chamou-me aten­ção o que nela estava escrito, aliásum antigo adágio popular: "Cedo co­meça quem quer ser Il1estre." Isto, 110entanto, tenl algo a. dizer" para nós.

Se os arn.igos durante o seu estu­do teológico, não tomarem parte ativanuma congregação, ou seja, se o fu­turo past.or não assum,e compromissoscongTegacionais, mais tarde no exercí­cio ão 111inistél'lO, ao deparar-se com ainatividade espiritual de congl'sgados,difIcilmente terá condições pessoais deenfrenta.r a situaçào. Quera senlpre per­maneceu no fundo do porào. ao ser cha­mado a assumir o leme do comando,fatalmente conduzirá o navio a lJ.ill trá­gico naufrágio.

Irmãos r Não é meramente uma ex­pressão retórica, mas de fato os tem­pos estào no fim. Não estamos viven­do em época de paz, mas de plenaguerra contra as forças satânicas. E oalvo primordial é o ministério. Satanásquer esvaziar o santo ministério.

Em vista disto, o santo ministério,não requer masoquistas mas servos con­sagrados. Não exige voto de pobreza,mas vot.o de fidelidade. Não reclamafanatismo, mas convicção pessoal noCordeiro divino.

Quaresma é penitência.Penitência é arrependimento.Sem arrependimento a cruz do Gól­

gota não é evangelho.Cristo morreu pelos nossos pecados

na cruz. Onde Cristo morreu, deve nas­cer o cristão. Nascer junto à cruz si­gnífica VIDA. porque tiveram esta VI­DA, junto à cruz, um apóstolo Paulopôde dizer: "Combati o bom comba­te ... " Um Lutero cantar: "Que tudose vá, proveito não lhes dá, os 'céusnos são deixados."

Irmãos, permaneçamos firmes, fiéisao chamado do Mestre. Fechemos os

nossos ouvidos asT'ársis. DEUS -'l.~r;:;..VE! Amém..

"Cristo mor:'e'­os que vivern n~ ~rn8smos, rnas ~::::::._~:.1110lT8U e reS:3-_~:;_

(Esboço ,,'pelo Rev. _,i:

CongregaçãoEàu Chaves. e::.-~-.é _

receu tragicaT.:.:;~':'~:·~automóvel. Feinho sensato, se~'~:C-_

Senhor do Cl'-,3,~ o O'"

guida a core:.?.

Introdução

diS.~i:QulO~lh~~~;~::~-~I_ga" ele S_.,o,u "van1 al1inlad8.T-'--':';~~-.é-.~.

pação dorr1il1a~-.:.:~·tauração do lEcil',:dencia que os" .::.perdido de todoreino materi8j,

O Mestre re,,<~cura mostrar E ~

com o que C:2\'C:-.:

fato. "Rece1jel'e~:Espírito SaneO:'TEl\'ÍUl'~H..;~Sra."

Enquant,-:-:alturas e é' :::0infínito. Fica:a:r-,lavras: "SEREI:"NHAS".

Cremos qlE:Stiveram dific',Üoi:o",cspalavras de Je~:~~

Mas no mo:::é':-.--ceram aos se,:" -,mundo, revoluci,:r-E-=-_~

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(Atos 1.6-11)

I - Testen~tlYtho

Em nossos dias, mais do que nunca,há necessidades de uma redescobel'ta do8onc8ito de testemunho." Conceito esteque dê relevância e sentido à nossa par­ticipaçào nos problelnas do IY1.undo, nãoC01TIO simples hon1ens ou políticos oupr'ofissionais deste ou daquele canlpo,lnas como testemunhas de Cristo,

Ê esta a dimensão da vida cristá quedeVe1110S enfrentar -'- à procura de um

conc.ei~o bási~o, seguu,do as Esc~:'itu:rasSagraGas, do t2steInunno que concempo­ranian1ente, o l1Tunc1o e os homens es­perarn de nós.

k...••.•..palavra testerrl1.1nho tem sua raizno veI'"bo an1Cl-rtY1'éoJ") em grego, que,

traduzido, si&"nifica: proclarnar,. ~l~~i,ciar~pJ:'ovar~ "Ces"Cen1unhar com flCCllCtade.Desta lnesma raiz, verfl o substantivo~~rná~·tir;Y; que significa .:r:es~oa que 80­1:re tormentos por um lQeal.

1-1. relação entre duas expressões bí­blicas a'ina-rtll"rÓ'rne'no'n e tnarty'réo)) nosrevela o penS8..Inento de Jesus quandoad;.rerte aos seus discípulos: üSereis mi­nhas testemunhas"~ É o preço do dis­cipulado: sofrer; sen1 ser TI1BTti:dzado,por amor do e'\langelho.

"Sereis minhas testemunhas". Estaspalavras foram pronunciadas pelo pró­plio Senhor Jesus, o que demonstraCO:nl evidência Clue no cristianisrno nun­ca ninguém falâ em seu próprio nome,mas eU1 nOTI18 de Cristo.

Não somos testeul1lnhas das nossasidéias ou de um lider qualquer, masde Cristo.

Quando a igreja de Corinto dispu­tava o primado de Paulo, de FedI'o, oude ApóIo, São Paulo repeliu tal pl'O­cedirüento, mostrando àqueles irmãosque Cristo é o Senhor da igreja.

O testelTIunho cristão é autêntico enão se confunde com nada. Toda e qual­quer tentativa de identificação do cris­tianismo com movimentos ideológicos éàesfigurar-Ihe a face. Tivesse Jesus talconceito de identificação, como queremalguns lideres mal avisados, teria reco­mendado aos discipulos que entrassempara·a seita dos saduceus, para o par­tido dos publicanos.

Mas não. Longe de defender tal me­diocridade, o Senhor mostrou que o cris­tão tem posição própria e entende aspalavras do Mestre quando adverte:

DOI~ todos. ~Jal'a Que~ , .••. .J.

"Cristo TIl0rren

(Esboço do últÍlno se'rrr"Ytf1.o pl'oferídopelo Re'v. Alva.ro D1.lGU:6 Estrada naêongregaç.§~o Independênte do F'a~~::!ueEdu Chave.s, em ~ào Paulo, qua:nl~o p~=receu traglcan'lente em unI desa.Stl~ea.eautomóvel. Foi o seu. últinl.0 testenlU­nho sensato, sereno; fiel ao seu Rei eSenhor do qual recebeu quase em se­guida a coroa da vida eterna, .. )

(Devoção profenaa na capela do Se­minário Concórdia em abril de 77)

nossos ouvidos às sirenes dos navios deTársis. DEUS NOS QUER EJ\'1 :t-JfNI­'TE! ÀIYlénl.

os que ViVelTI nào 'Vi'/ttTr1 rnais para sirnesmosJ TI1aS pal'a s..quele que por elesmorreu e ressuscitou." 2 Co 5.15

Introdução ~ Jesus estava com osdiscípulos no IvIonte das 01iveiI'asl lu~gar de sublimes recordações, Conveysa=vam anlmadanlente. Porérn, a pTeocu=pação dominante era o ten1pO da res=tauração do reino de Israel, o que evi­dencia que os discípillos não haviamperdido de todo, as esperanças de umreino Emterial.

O Mestre repele a indagação e pro­cura mostrar algo ll'1ais importante ecom o que deveriam preocupar-se, defato. "Recebereis o poder (virtude) doEspírito Santo, e sereis minhas TES­TEMUNHAS ... até os confins da ter­ra."

Enquanto dizia isto foi elevado àsalturas e uma nuvem o envolveu noinfinito. Ficaram, poréEl, as Últimas pa­lavras: "SEREIS MINHAS TESTEMU­NHAS".

Cremos que os discípulos, de início,tiveram dificuldades de entender estaspalavras de Jesus.

Mas no momento em que elas des­ceram aos seus corações, saíram pelomundo, revolucionando tudo.

=~ão é meramente uma ex­:"ca. mas de fato os tem­" fim. Não estamos viven-

de paz, mas de plena,c as forças satânicas. E o::aI é o ministério. Satanás

'u o santo ministério.:Esto, o santo ministério,

:',~3soquistas mas servos con­-',~, exige voto de pobreza,7 fidelidade. Não reclama~:E convicção pessoal no

_:::'0.

,~ é penitência.é arrependimento.

o::: ~ndimento a cruz do GóI­~--:,-angelho.':"'Em pelos nossos pecados. o Cristo morreu, deve nas-

:'\ascer junto à cruz si­l)orque tiveram esta VI­

Cl'UZ, um apóstolo Paulo"Combati o bom comba­:,;;;tero cantar: "Que tudo

~'~J não lhes dá, os céus:03."

',,::-naneçamos firmes, fiéisdo Mestre. Fechemos os

compromissos na con­~~_~'.:1falta de ten'lpo, mui­ianlÍlia '" e assLm por

:::obIemas que o pastor_:'-_-.rninistério: o crescen­

'~:Jngregados inat:lvos. O:,0 deparar-se diante des­

e 'JIl'erá violenta tentação.momento de fraqueza

_':2m, para Társis. É mui­::'2,balhar em Társis,

~-~2- passada estive nurna 10­esportivo. Olhando para

:C:'2 tênis, chamou-me aten­:-~'21a,estava escrito~ aliás:.:',é,gio popular: "Cedo co-:.:.~_lel~ser lnestre." Isto, no

sIgo a dizer para nós.durante o seu estu­tomarem parte ativa

ou seja, se o fu­assum.e compromissos

___~__. Inais tarde no exercí­-=~:-C'io)ao deparar-se com a::'3pÍl'itual de co~gTegados,~2:á condições pessoais de

-;_~açào. Quem senlpre per--":-nr:do do porào, a,o ser cha-."';" o leme do corüando,-:::1uzirá o navio a um trá-

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"Eu sou a videira e vós as varas ...sem mim nada podeis fazer."

Lembremo-nos, pois, que em qual­quer situação e o sentido do nosso tes­temunho é Cristo. Ele é o nosso pa­drão e por meio dele a.parece no mun­do como sal e luz.

II - Conceito de testermmho envolvetambérn rtrn lugar

Jesus mencionou aos discipulos al­guns lugares. O primeiro deles foi Je­rusalém.

Jerusalém representa aqui, no pen­samento do 1vIestre, o ambiente familiar,o local onde vivemos. Pode significaro nosso meio, a vida entre os "nossos".

Judéia sugere nação, povo, uma de­terminada região: é muito mais que afamília, que a nossa cidade.

Samaria levanta a necessidade donosso testemunho, até mesmo junto da­queles dos quais estamos separados pe­las muralhas dos nossos preconceitos deraça, de língua, de sexo, de posiçãosocial.

E os confins da terra? E a frater­nidade universal dos homens e aí estápresente o sacerdócio universal dos cren­tes. Foi contemplando este panoramaque Wesley um dia exclamou: "Minhaparóquia é o mundo!"

III - O testemunho pc;ra ter valorprecisa, ser prático

E o servíço em nome de Deus aprimeira tarefa da igreja.

Foi preocupado com este aspecto devida cristã que Jesus, em certa ocasiãodo seu ministério, levantando-se da ceia,tirou os vestidos e cingindo-se com umatoalha, lavou os pés dos discípulos.

Voltando à mesa, Cristo inquiriu:Entendeis o que vos tenho feito? Euvos dei o exemplo. "Se sabeis estascoisas, bem-aventurados sois se as fi­zerdes."

Esse é o sentido em que a igrejase identifica com Cristo e com os ho­mens. discernir o corpo de Cristo nornundo não é unJa idéia vaga, e super­ficial no pensamento da igreja, porém,concreta e real. Testemunhar a Cristoé servir.

Conclusão - Como a comunidade doEspírito Santo, a igreja é criada porDeus para demonstrar ao mundo estetestemunho. Somente através do Espí­rito Santo pode ser dado o testemunhocristão. Deus é assim, a própria teste­munha.

A igreja dá testemunho através desua própria existência: na adoração,comunhão e serviço, na vida pessoal efamiliar de seus membros, na procla­mação da palavra, e mesmo, atravésde seu silêncio. Pela ação gratuita desua graça, Deus criou o céu e a terra,sustenta todas as coisas e salva os ho­mens, reconciliando assim o mundo con­sigo mesmo - para que seu nome se­ja glorificado.

Que Deus está fazendo isso em Je­sus Cristo através do Espírito Santoé a verdade na qual se baseia o teste­munho cristão. Portanto, quando os ho­mens encontraram seu verdadeiro des­tino em Jesus Cristo, participam destaforma da ação divina. Descobrem quesão membros da comunidade cuja vo­cação é anunciar as boas novas.

Sua mensagem é a proclamação dosgrandes atos de Deus: seu chamado épara demonstrar a soberania de Cristo;a sua esperança é a vinda reino.

(Transcrito do "O Estandarte")

DISPOSIÇÕE~

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o. mesa, Cristo inquiriu:que vos tenho feito? Eu

ô-xemplo. "Se sabeis estas'-syenturados sois se as fi-

J sentido em que a igreja'. com Cristo e com os ho­ô-,nir o corpo de Cristo no

2 uma idéia vaga, e super­=,',samento da igreja, porém,,eal. Testemunhar a Cristo

=,0 - Como a comunidade do'.!lto, a igreja é criada por

demonstrar ao mundo esteSomente através do Espi­

)ode ser dado o testemunho':,s é assim, a própria teste-

~ dá testemunho através de-'- existência: na adoração,

serviço, na vida pessoal eseus membros, na procla­

Dalavra, e mesmo, através!leio. Pela ação gratuita deDeus criou o céu e a terra,das as coisas e salva os ho­:ciliando assim o mundo con­:. - para que seu nome se­,jo.'.éS está fazendo isso em Je-

através do Espírito Santoe na qual se baseia o teste­tão. Portanto, quando os ho­:.:raram seu verdadeiro des­sus Cristo, participam destaação divina. Descobrem que'os da comunidade cuja vo­',meiar as boas novas.".sagem é a proclamação dosos de Deus: seu chamado élstrar a soberania de Cristo;,'ança é a vinda reino.cito do "O Estandarte")

DISPOSiÇÕES PARA SERMÕES

lBr; DOJningo após a Trindocle -Mt 15.21-:28

Grciçei para todos - Graça de nós pa­ra todos.

I - A mulher cananéia - repre­sentante de um povo pagão.

a - Ela estava atormentada porum demônio, porque sua filha estavapossessa por um demônio. Pouco adi­anta discutir quanto à origem do malou como um Deus gracioso pode con­denar os que tiveram menos chancesque nós. O fato é que o demônio temalguns em sua mãos, e outros ele afli­ge com as agonias que disto resultam.

b - Ela clamou por misericórdiapara si mesma, embora o demônio es­tivesse perseguindo sua filha. Há mui­tos gritos por socorro que chegam aosnossos ouvidos. Nós deveríamos aten­dê-Ias, especificamente nas necessida­des imediatas. Mas nós deveríamos sem­pre estar cientes que o real inimigo éo demônio, que nega para sua vítimaa alegria de ser possuído por Deus.

II - Os cristãos - representantesde Cristo.

a - Nós admitimos o mistério. Porque Deus se preocupou com judeus?Como podia Jesus mesmo ver seu mi­nistério como exclusivo para aquele po­vo escolhido? Para nós é vital que re"conheçamos que a salvação, que é dosjudeus, seja preservada e compartilha­da em seu poder com todos no mundo.

b - Nós participamos na ação gra­ciosa. A necessidade desta mulher al­terou os planos de Jesus mesmo. Aqui­lo que seria dado a todo o mundo (asalvação), após sua morte por todos,ele ofereceu para ela, ali e então. Eassim nós devemos agir, sempre.

c - Nós fazemos como ele fez ­nós trabalhamos para resolver o pro­blema imediato, enquanto temos emmente a causa de todos.

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13' Dorningo após a Trindade -NU 16 . .13-20

Deus tem di.rei,to de pergu.ntar.

Pedra fala por nós todos, quct.:ndodiz: "Tu és o Cristo, o Filho de De-~"!-s

vivo," Esta é a Única resposta à :>=l'­gunta de Cristo que De1-;;;[éu~';o cx,ir.

Deus te111 o direito de jX?i',;;-,-,_"ó:aI - Ele fez r0.uite: 1";8108

Jer:mias:r~~o p~'~~ete:;áeIl~~;~ ~~~i~~~:b - T",Jdo que é concedido aos 110­

lTIen.s at::'avés da obra de seu Filho Je-SUE:: Cristo.

c - Tudo que é feito continuamen­te pela revelação do Pai a todo o Inun­do por intermédio do Espirito Santo eda igreja.

II - Ê demais esperar fé?a - A pergunta é bem direta: Hl\/(as

quen1 dizes que eu sou? n Não se per­gunta sobre o que a Bíblia diz, nemsobre o que os outros cl1zem, :rna.s éuma pergunta que cada um de nós en­frenta.

b - Há perdão dos pecados pamcada U111 que o aceita.

c - Este é o caminho para a bem­aventurança.

14' Domingo CipÓSC! Trindade -JIIlt 16.21-27

Quem quer scÜvc!r) perde; quem julgaperder) salva.

r - o chamado de Jesus ao disci­pulado é um chamado de decisão entreDeus e o lnamon.

a - O evangelho nos convida aabandonar os falsos deuses em nossavida e aceitar as surpresas do gover­no de Deus.

b - A surpresa é que a vida comDeus é por ele concedida como um dom(cf. Lc 1.52 13; Ef 2.8 e 9; 1 Co 1.27 13).

c - Se o homem tenta ganhar avida, ele fracassa. Se o homem tentaachá-Ia, ele a perde. Somente quandoele deixa de querer merecê-Ia, ele sa­be que ela lhe foí dada.

II - Tal boa nova facilmente nosimpressiona como sendo boa demais pa­ra ser verdade.

a - Porque temos que abandonarnossa própría maneira de obter a vidacom Deus.

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- Para Pedra o reino r.üessiánicode Jesus de"':liaser diferente.

- :fJ difícil de reconhecer que todanossa justiça é como urn trapo de imun­clÍeia.. 18 64.6.

b -- 1':'[-\.1:[118.. sociedade voltada paI'a

() sucesso. El5s 501110Sfacillnente d0111i...nados pelo :fazer', e o 'receber' está laTI=

ge de nó,s,e - Pa,ulo afirrúa que querü con­

fia no 'fazer' 1 está n1orto, Gl 3 e Rnl 7.d - Para Jesus querer salvar é

perder e julgar perder é achar.IIr - A surpresa do evangelho é

que nós somos libertos de nós ruesmos,de nossos próprios padrões, de nossosprópl'ios esfol'ços.

a - A vida com Deus é um dom.b -- POI' anlor de Jesus (v. 25)

significa "seja feita a tua vontade" ­a alegre antecipação de todas as sur­presas de Deus.

c - O evangelho significa que nos­sas vidas devem ser modeladas e re­1110deladas pelo amor perdoado!' deDeus.

15'; Domingo CI.pÓS a Tri,ncZade -~Mt 18.15-20

SalvCir e recuperCir o irmão.

r - Comunhão cristã envolve queum ganha ao outro.

a - Porque Cristo nos salvou, v.12-14.

b - Cristo agora age na comunhãocristã, v. 20.

c - O agir na comunhão cristã tema promessa de aprovação por parte deDeus, v. 18 e 19.

II - Comunhão cristã não significauniformidade completa.

a - Diferenças de opinião pode serbom.

b - Diferenças de opinião pode serprejudicial, quando não motivada peloEspírito de Cristo; quando os objetivosda comunhão são esquecidos.

rII - Cristo transformou nossasperdas em ganhos.

a - Através de sua obra salvadora;b - Através do esforço de reconci­

liação;c - Através do acesso que temos

com ele a seu Pai no céu, v. 19.

r

aQuais

b -respü~·c.e::.

de viver nogria dae a durezaOs limites da .trastam COlE csparábola: o pÜ(le,- _~vida daquele se,'_-~a misericórdia ,::~ ~.::­para com seu cC':-_cê':-­

vía apenas 20 :2-,ç~_servo.

-~

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u o reino rf.18SSUlTIICO0,0,0 diferente.:',0 reconhecer que toda:"10 um trapo de imui1-

16' Domingo avós

Vi'vendono ]JEi'UOO,

I:i),-/nc II A vida em comunhão cristã su­cumbe quando nós esperarnos apenas~·at·p r.:-:'1" perdão e não querenlos viver

:3ocledade voltada para,l'mos facilmente domi­

e o 'recebe:r' está lon-

afirlYla Que auern COl1­=,::i morto, GI 3 e Rm 7.

Jesus querer salvar éperder é achar.

::presa do evangelho élibertos de nós rnesrí10S,

_~:~,:.-·iospadrões, de nossos

com Deus é um dom.,comor de Jesus (v. 25)

'c~:'ofeita a tua vontade" ­'~:ipação de todas as sur-

=0 :c:lgelho significa que nos­,_".'em ser moÜeladas e re­~~:::loamor perdoador de

:,pós a Trindade -NIt 18.15-20

-- _-o >: pe'i'ar o i,rl1tão.

=:::unhão cristã envolve que0,0 outro.

l:~que Cristo nos salvou, v.

',:0 agora age na comunhão

I Em ?\lt 13 as palaYl·as de Je-sus, sobre o l,"'iy"el' enl cornunhao cTis­tã, concluenl COIll a parábola do 110SS0texto sobre o viver no perdão.

a - Pedro levanta a pergunta:Quais são os limites do perdão '? Ondedevemos parar?

b -- A resposta de Jesus é umaresposta típica sua para este legalismocasuístico, cheio de humor, mas espe­cífica na questão. - "Setenta vezessete" não sugere uma lista de 490 per­dões.

c - A pal'ábola sugere a alegriade viver no perdão. - Contrasta a ale­gría da conduta de Jesus com o povoe a dureza da justiça dos soberbos. ­Os limites da pergunta de Pedro con­trastam com os aspectos ilimitados daparábola: o poder do rei; a grande di­vida daquele servo (10 mil talentos);a misericórdia do rei; a ira do servopara com seu conservo, o qual lhe de­via apenas 20 talentos; o castigo doservo.

Q - É inconcebíyel que o selvo, maltendo r8c-ebide: o pel'dão de sua. dívida,se comporta de rnaneira insensível comseu conservo. - ~~mbos eraríl igual­mente servos. _4...mbosestavam subor­dinados à autoridade e às leis do mes­mo rei.

b - Ê fácil pedir para nós mes­mos o perdão de Deus, mas tão dificilestender este perdão para os outros.

c - Este egoismo, que quer ape­nas receber e não dar, fa.z sucumbira comunhão cristã, v. 31.

IIr - A comunhão cristã vive noperdão ilimitado de seu Senhor que deusua vida por ela.

a - Este perdão não devemos ape­nas receber e possuir, mas viver.

b - Este perdão faz-nos ver nos­sas próprias fraqueza.s e corrigi-Ias.

c - Este perdão faz que aceite­mos os' outros e que sejamos aceitospor eles.

(Traduzido e adaptado do CTM 1972A. J. Schmidt)

:',2 ir na comunhão cristã temde aprovação por parte de8 19.

::-::mnhão cristã não significa:le completa.:'81'enças de opinião pode ser

:l2renças de opinião pode sercyando não motivada peloCristo; quando os objetivos

.';.0 são esquecidos.Cristo transformou nossas~·anhos.

:a,,'és de sua obra salvadora;:avés do esforço de reconci-

:,avés do acesso que temos,eu Pai no céu, v. 19,

--:o:-~

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tal' a l"2'C~.

e U'11a _.c,:

cado e das ck:- .. -c.~

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A epidemia alcoólicci em nossos diascertamente é tão perniciosa como asgnmdes epidemias que assolaram a hu­manidade durante sua história. - Se­gundo um parecer da OMS (Organiza­ção Mundial de Saúde), o problema"álcool" obrigatoriamente deve recebermaior atenção. Um estudo realizado em25 paises mostrou que 1 a 9% da po­pulação, com idade superior a 15 anos,toma diariamente o equivalente a 150milímetros de álcool puro. No Canadá,EUA e Finlândia 10 a 15% de todosos pacientes internados em hospitaissofrem de doenças de alguma maneirarelacionadas com o álcool, e nos EUAe Canadá o álcool é o causador de 50%de todos os acidentes de trânsito. Igual­mente cada vez mais crianças nascemcom deformações ou problemas men­tais, porque suas mães abusaram doálcool durante a gravidez ... Segundoespecialistas, as conseqüências do abusodo álcool seriam muito piores que asda Talidomida. Cada terceira mulherque bebe regularmente, teria que es­perar que seu filho nasça com proble­mas ou deformações. Os principais pro­blemas que surgem são os seguintes:baixa estatura, defeitos nos dedos, mo­dificações do crânio, dificuldades de vi­são e distúrbios nervosos. O embriãoestaria muito ameaçado principalmen­te nos primeiros três meses. - A re­vista "Chamada da Meia Noite", apóster dado estas informações verdadeira­mente assustadoras, acrescenta o se­guinte comentário de cunho nitidamen­te pastoral: "Mas quem quer que es­teja preso neste terrivel demônio doálcool, não deve desesperar. Jesus Cris­to venceu também este poder! Ele quer,sim, ele te libertará completamente ­se tu, na tua impotência te voltarespara ele. Ele disse: "Se, pois, o Filhovos libertar, verdadeiramente sereis li­vres" (J o 8.36). Sim, justamente emtais situações desesperadoras, em quenão vês mais sai da, em que ameaçasarruinar a ti e ao teu ambiente, e mes­mo a criança em formação no teu ven­tre, tens li oportunidade de experimen-

A IGREJA NO MUNDO

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alcoólica em nossos dias~ tão perniciosa como as

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" vez mais crianças nascem':'.ações ou problemas men­e suas mães abusaram do:~te a gravidez., Segundos, as conseqüências do abuso~e:'iam muito piores que asÜda. Cada terceira mulher"egularmente, teria que es­~eu filho nasça com proble­'ormações. Os principais pro­': surgem são os seguintes:',tra, defeitos nos dedos, mo­'Ia crânio, dificuldades de vi­::1'bios nervosos. O embrião.ito ameaçado principalmen­neiros três meses. - A re­:'nada da Meia Noite", após~tas informações verdadeira­:~cadoras, acrescenta o se­entário de cunho nitidamen-

"Mas quem quer que es­neste terrível demônio dodeve desesperar. Jesus Cris­ambém este poder! Ele quer,libertará completamente ­

tua impotência te voltares=1e disse: "Se, pois, o Filho

verdadeiramente sereis li­S ' 36). Sim, justamente em=,es desesperadoras, em queais saída, em que ameaças:i e ao teu ambiente, e mes­ça em formação no teu ven-oportunidade de experimen-

tal' a realidade da vitó:'ia de Jesus. J:Jão

é uma teo:::'ia cinz3:nta q"L1ediz :-:118 oFilho de DeEs c.estl".ÜU o nader d.o ne-~ ~cado e das do::cninaç:5es demoníacas, masa completa -\lerdade: Torna na fé a suamão tr'anspassada, e lhe agradecerás atua libertação." - H. R.

"Centenas de cristãos chacinados porArnin" - Sob este título "Folha daTarde" de Porto Alegre, tem as se­guintes informações em sua edição de18-02-77: "Nairobi (UPI-AP-FT) - In­forrnações chegada,s) hoje, a Nairobi di­zem que o governo do presidente IdiP....nlin está perseguindo os cristãos deUganda (um dos paises "libertados'; naÁfrica Oriental). - O jornal 'DailyNation' l de l'Tairobi, declarou que cen­tenasde cristãos fOralTI chacinados pe­las forças de segurança no norte dopaís, nas últimas sen1anas. 'Os solda­dos estão matando homens, mulherese criança,s com I:flet:.ealhadoras' J disse ojornal de Quenia, citando testemunhasocularesl - ·Uma das testemunhas con­tou ao jornal que viu pessoalmente oscorpos de 34 pessoas assassinadas nacidade de Gulu, perto da fronteira corI1.

o Sudão. - Informações parecidas es­tão sendo recebidas de Ugal1da. de di­versas fontes, há r:"lais de un1a sern.ft­

na. Ê dificil, potém, obter-se informa­ção oficial das noticias. - Na noitede quarta-feira (16 de fevereiro), a rá­dio Kampala anunciou a morte, numdesastre de trânsito, do arcebispo an­glicano de Uganda, Janani Luwum. Opresidente Idi Amin tinha acusado oarcebispo de participar de uma conspi­ração contra seu governo. Luwum es­tava sob prisão quando morreu. - Fa­lando à rádio Kampala, Amin tinha de­claradoque dois comerciantes de Gu­lu, envolvidos na conspiração, forammortos ao resistir à prisão. - Segun­do o 'Daily Nation', o norte de Ugan­da está vivendo num clima de terror,em conseqÜência da chacina indiscrimi­nada de cristãos pelas forças do go­verno. Em sua edição de hoje, o 'DailyNation' publica um editorial afirmandoque Uganda foi 'violentada e arruina­da' pelos seis anos do governo de Amin.- 'Centenas de milhares de habitantesdo país foram alvejados com armas defogo e mortos das maneiras mais bár­baras que existem'. - 'Quando escre­vemos estas linhas, há uma onda de

assassínios no norte de Uganda. O san­glle, mtÜto dele de pessoas inocentes,estt sendo derralnado para que UDl re­gin1e de.spótico possa lnanter-se no po­der~, -- .....6..•.. perseguição aos cristãos ti­nha sido prevista, antes do aparecimen­to da edição do 'Daily l'-:Jation', pelocônego BUl'gess Carr, secl"etádo geralda conferência africana de igrejas. ­'Estamos alarmados e atelTorizados comindicações de que o assassínio do arce­bispo (Luwum) possa ser parte de umacampanha de terror lançada contra oscristãos de Uganda', declarou". - H. R.

ltã.z.i,(l. 1',)otCb ,pnTa ti.rar o catoTi,oi.sT!10como relig'ião olicial. "- De Roma vema notícia que os 111aiores· partidos doparlanlento italiano concordararíl em eli­minar o catolicismo romano como a re­ligião oficial do país. A instrução reli­giosa agora é voluntária e os padresdesligad.os do ofício, porque se casa ...ram, serão novalnente aceitos nos seusantigos cargos corno ensinadores de re­ligião nas escolas estaduais. - Revi­sando o a,cordo de 1929, assinado ain­da pelo ditador facista Benito lVIussoli­ni e o Vaticano, o partido DemocrataCristão ao TI1CnOS ganhou a ç;..uestãode que não fossem cortadas todas asrelações entre o governo italiano e oVaticano. Os partidos socialistas e co­lTIunistas queriam uma reforma nluitomais radical, aceitaram, no entanto, aproposta do governo como ponto de par­tida para uma revisão completa do acor­do mencionado. - H, R.

Estaria Ci Igreja Católica Ronwna,1La. HolCl'nda· se aproxi.1'nando da Reforr­1n[[.? Sob esta pergunta, conlO título,publica "Chamada da Meia Noite" (Fev.77) um comentário sobre a situaçãoda igreja católica na Holanda, incluin­do parte de uma entrevista com o pa­dre Koopmans, que merece nossa aten­ção. Há anos existem na Holanda mo­vimentos a favor de uma reforma davida e da doutrina da igreja católicanaquele país. As tendências de indepen­dência de Roma cresceram notavelmen­te. De acordo com a tendência mun­dial, cada vez mais pessoas na igrejacatólica holandesa buscam o evangelhoclaro. "Assim, o jornal mensal "A RuaDireita" (At 9.11) do ex-padre e atualpastor Hechter encontra cada vez maisreceptividade em círculos católico-roma-

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nas igrejas lutec'::'=-,,-'ôtistas (não do "'..:..:sombrios, casos r5..::'-:-~ _=

não suportam os .j:~"~:=-.......::;

facelamento do s:;:--:===cdo pastorado - -ô ,,~ ==-:- "'i

persegmçoes que a igreja católica ro­mana moveu contra os protestantes ecantou-se o hino de Lutero 'CasteloFalte é nosso Deus'. Por isso a próxi­ma pergunta foi: - '0 senhor cantouconosco. de todo o eOl'açàü o hino 'Cas­telo F01"te é nosso Deus ... 7' - 'Sim,pois este hino me vem do fundo docOl"ação.' -'lHas Lutero é segundo aigreja católica romana um herege? l- 'O próprio Senhor diz: nào julgueispara que não sejais julgados. Cristosabe tudo!' - 'O senhor parte do prin­cípio que Lutero era um filho de Deus?'- 'Senl dÚvida~ ele era.' - Estas pou­cas partes desta impressionante entre­vista fizeram nascer em mim o arden­te desejo: que bom que tivéssemos nocampo protestante homens tão decidi­dos quanto este padre católico!" - Semdúvida, este ano do jubileu da Fórmu­la Concórdia dá-nos a nós todos ense­jo e muita oportunidade de não nos en­vergonharmos do evangelho de Cristo,seguindo desta maneira os confessoresde 400 anos atrás. - H. R.

Livro de leis secretas sobre religiãotorna-se pÚ.blico. - Da Revistci "Koí­nonia" reproduzimos a seguinte notíciade Londres; A edição de 9 de dezem­bro (1976) de "Religião nos países co­munistas", periódico da Universidade devVeston, afirma que um livro de leissecretas soviéticas sobre religião tor­nou-se público no oeste. Este livro deleis, chamado de "Legislação de SeitasReligiosas", provavelmente afeta até umterço da população soviética. Uma edi­tora reconhecidamente idônea relatouque este livro de leis foi mandado se­cretamente pan'. alguém na Grã-Bre­tanha. A pessoa encarregada disse: "Eujá vi o livro, mas o meio pela qualchegou não vai ser revelado, pois es­tas coisas são perigosas." - Em 1971vinte e uma cópias foram publicadas,cada uma cuidadosamente numeradapara ajudar no processo de recolhimen­to, caso fosse necessário. O númeroda cópia que chegou a Grã-Bretanhafoi apagado. - A publicação, distri­buida pelo "Washington Post" e "LosAngeles Times" calculou que até 80%dos decretos secretos não são publica­dos e que o livro das leis trás contri­buições importantes, para que o oestecompreenda a política religiosa sovié­tica. - Não conhecemos o livro, po-

nos. Recentemente encontramos no jor­nal holandês reformado 'Koers' umaimpressionante entrevista com o padreKoopmans, que ficou conhecido, entreoutros, pelo fato de sair à rua comum megafone para protestar con(nr [{legislciÇclo do ciborto na Holanda. Sabi­damente muitas jovens mulheres estran­geiras se dirigenl às clínicas holande-

't .. -sas, que 8e111lnUl a,s conslcel'aç.oes exe-cuta.m o aborto. O padl~e KoopJnans pro­testou e exclamou ; 'Deste modo faze­mos do nosso pais o maior cemitérioinfantil da Europa Ocidental.' - O quenos llY'.l.p:(8ssionou principalmente nestehOrne111.. foranl suas claras respostasevangélic.as, que em outra ocasião deudiante das perguntas de um jornalistaevangélico crente. Por exemplo, depoisque o padre Koopmans afirmou: 'Naminha própria igreja católica encontromuitas pessoas diante das quais mepergunto: será que conhecem o Se­nhor?' foi-lhe perguntado: 'O que osenhor entende por 'conhecer o Senhor'?- 'Nossa fé não é um sistema ou umaorganização. Que tu o recebes na tuavida, é o que interessa. F'ico tristequando vejo que pessoas católico-roma­nas andam completamente com o mun­do. Sua leitura é composta por revis­tas de baixo nivel. Eles consomem qua­isquer filmes e mesmo assim se deno­minam católicos, imaginando que real­mente são bons cristãos.' - '0 senhorse pergunta, portanto, se tais pessoasalcançarão o céu?' - 'Se alguém estásentado no sol, sei que vai se bronzear.Se alguém anda com o mundo, diz João,ele se torna 'mundo'. Ninguém podeservir a dois senhores. Tenho medo dis­to. E quando ouço então nosso Senhorordenando a vigilância e advertindo, evejo que sacerdotes se calam, as con­seqüências não deixarão de, acontecer.'- "Com relação ao seu próprio peca­do, o senhor confia unicamente no sa­crifício de Jesus Cristo?' - 'Sim, so­mente nisto.' - ' ... não, talvez, nassuas próprias obras?' - 'Não. Mas te­nhamos cuidado: o Senhor me enchecom seu Espirito e espera de mim quesua graça frutifique em mim. Nestesentido 'boas obras'. IVI:aspor boas obrasnenhum homem se salva. Vejo que naigreja católica são cometidos inúmeroserros ... ' - (A entrevista foi realiza­da num chamado 'dia de Lutero', on­de, entre outros, falou-se das terríveis

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·. _ igreja católica 1'0­,:,',:l'a os protestantes e

de Lutero 'Castelo=e',5'. Por isso a próxi­

- 'O senhor cantou:' C> coração o hino 'Cas-

e :-,',,50 Deus ... ?' - 'Sim,,'18 vem do fundo do

::ss Lutero é segundo al'omana um herege?'

:':'2nhor diz: não julgueissejais julgados. Cristo

'O senhor parte do prin­:' era um filho àe Deus?'

ele era.' - Estas pau­e o~,a im.pressionante entre­

: ~,', :-:ascer em mim o arden­'2 bom que tivéssemos no

::',~·2.ntehomens tão decídi­~5:'2padre católico!" - Sem

3,,,0 do jubileu da Fórmu-:lá-nos a nós todos ense­

':: :dunidade de não nos en­n: 5 do evangelho de Cristo,o~,'3, luaneira os confessores

o,trás. - H. R.

:"Is secretas sobre relig'ião'ico. - Da Revista "Koi­

: :'clzimos a seguinte noticiaA edição de 9 de dezenl­

:,e "Religião nos paises co-::e:iódico da Universidade de

:':',[;8, que um livro de leis",-:éticas sobre religião tor­:::20 no oeste. Este livro de':'0 de "Legislação de Seitas

::'l'ovavelmente afeta até um: ::,~llação soviética. Uma edi­'j'"ecidamente idônea relatou'~:o de leis foi mandado se-

Dare. alguém na Grã-Bre­7Õsoa encarregada disse: "Eu. ','O, mas o meio pela qual" vai ser revelado, pois es­5ão perigosas." - Em 1971

~.a cópias foram publicadas,2uidadosamente numerada

:' no processo de recolhimen­:5se necessário. O número

chegou a Grã-Bretanha- A publicação, distri-

"'Washington Post" e "Los:mes" calculou que até 80%:,s secretos não são publica­o livro das leis trás contri-

,::ortantes, para que o oeste3. a política religiosa sovié­~ão conhecemos o livro, po-

rém é evidente que seu impacto atin­ge em primeiro lugar as igrejas e cris­tãos evangélicos, visto a Igreja Orto­doxa, ao menos no que diz respeito asua administração, em grande escalajá se conformou às exigências do es­tado marxista-comunista. - H. R,

Pastores Divorciados. - L~" ::'aba­lho sobre ministros religiosos di':cl'cia­dos nos EUA, assinado pOl Leri 8"1;'­vant e publicado por um jClT~al s'ecu­lar de Minneapolis, mosLa (> seg'uime:1) A taxa de diyó:'cic,s e,,-,'e clérigosé baixa quando compan:;da com o res­to da população. - 2, As possibilida­des de um nlinistr'o continuar comopastor de uma congreg'ação após o di­vórcio são fracas na maioria das de­nominações; mesmo aquelas que oficial­mente toleram a separação conjugalde seus ministros. O pastor divorciadocorre o risco de perder seu pastorado,sua profissão, sua casa, sua seguran­ça financeira e sua própria estima. Na­turalmente este risco não estimula odivórcio. - 3) O que geralmente acon­tece com o ministro divorciado é queele deixa o ministério por alguns anose então volta de novo, talvez após ou­tro casamento. Esta prática é comumnas igrejas luteranas, metodistas e ba­tistas (não do sul). Mas há casos maissombrios, casos raros de ministros quenão suportam os dois traumas - o es­facelamento do matrimônio e a perdado pastorado - e se entregam ao al-

coolismo. - 4) O número de divórciosentre clérigos tende a aumentar.("Ultimato" - abril 77,17)

N avel Estreitégie~ Missionária pe~raA)),érica Lotina foi sugeri da em umaConsulta em Quito, que reuniu 25 li­deres evangélicos dos Estados Unidos e7 países latino-americanos. Uma decla­ração de 12 pontos sugere que as atuaisestruturas sejam modificadas e que seentre em uma nova etapa de interde­pendência. O documento critica a de­pendência teológica, econômica, cultu­ral e estrutural que prevalece em mui­tas igrejas latino-americanas, produtode uma obra missionária dirigi da des­de uma perspectiva completamente alie­nígena à realidade latino-americano.Critica também a proliferação de lite­ratura, principalmente traduzi da, irre­levante à situação do continente e aimposição de estruturas e instituiçõesque nunca poderão sustentar-se por simesmas e que requererão ajuda exter­na indefinidamente. O documento su­gere que as missões norte-americanassubmetam seus "habitos e expectativasa um esquadrinhamento cuidadoso; re­eduquem seus membros e dirigentes ecomecem um processo de 'redescobri­mento dos princípios bíblicos' que fo­ram esquecidos". A maioria dos parti­cipantes da reunião procedem de igre­jas e missões classificadas em muitoslugares como conservadoras e funda­mentalistas. (cei)

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LIVROS

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Ebel:1wrd Busch - KARL BARTH'SLEBENSLAUF - MÜnchen, Kaiser,1975 - 555 páginas - DM 38.00

Eberhard Busch apresenta umabiografia de 555 páginas do teólogo quese projetou nos conturbados anos daprimeira parte deste século. E inten­ção do trabalho evitar generalizaçõesabstruídas do tempo e compreenderKarl Barth no confronto com situações

TValter G. K1mstmann

cipação pleiteada. Lamentavelmentepouco mais do que nada encontramosde ética cristã nestas páginas. Umaquestão discutida é, para dar um exem­plo, a "Ehe auf Zeit" (casamento tem­porário); isto assim como a educaçãodos filhos é completamente racionaliza­do. Um título (pg. 77) diz: "A Disso­lução de Ideologias Atravancantes". Is­to serve para caraterizar o teor do tra­balho.

Lemos, por exemplo, na pg. 82 ;"Tabus religiosos p. expl. lá se podemconcretizar onde em uma família to­das as manifestações diretamente rela­cionadas com a fé, todos os' exercíciosde_ devoção como as orações à mesaproferidas em conjunto, devoções do­mésticas, freqüência de cultos religiosospodem ser experimentados como cor­pos atmosféricos estranhos na disposi­ção básica costumeira do grupo." ­De maneira nenhuma é rejeitada umaopinião citada na pg. 79 : "Nossos fi­lhos não sofrerão debaixo da educaçãoreligiosa costumeira, nem que até fôs­semos obrigados a desligá-Ios como úni­cos da sua aula da matéria correspon­dente." O autor apenas teme que taispais talvez iriam complexa r os seusfilhos, isolando-os desta maneira doscolegas.

Achamos que estes exemplos típicosbastam para caracterizar a presenteobra como não recomendável para nóse nossa gente. Não deixa, porém, deser interessante para o estudioso empsicanálise, sociologia e matérias afim.

110

Winkler, Klaus: EMANZIPATIONIN DER - F AIJIIlLIE (Emancipação naFamília), Beratungsreihe 6 (Seqüência"Aconselhamento" n° 6), KaiserGrünewald, Mainz, 1976; brochura, 96pgs.; DM 9,50.

A coleção "Aconselhamento", da qualnosso livrinho leva o número 6, é, ouquer ser, "ecumênico no sentido maislato da palavra", tem por autores re­presentantes de diversas confissões edirige-se ao homem em doença e con­flitos da toda a espécie, mas não dásoluções finais, antes encaminha os seusleitores s. um aconselhamento pessoale especial.

DI'. Klaus Winkler, nosso autor, nas­cido em 1934, é doutor em teologia epsico-analitico. Desde 1973 é o encarre­gado do Serviço Pastoral-psicológico daRegião Hannover na Alemanha.

O seu livrinho se dirige à casais,pais, jovens maduros, curas d'alma, a­conselhadores, pedagogos etc. Opõe à ro­tina e aos clichés que geralmente re­gem a vida familiar, a emancipaçãopessoal que se livra de preconceitos rei­nantes.

Subdividiu seu trabalho em três te­ses ilustradas com exemplos; 1) As in­certezas e os problemas com respeitoà emancipação na família são conse­qüências de uma série de conflitos deambivalência não assimilados. 2) Parase encontrar a si mesmo, o homem ne­cessita o grupo; é, entretanto, umaquestão aberta, se a nossa vida fami­liar costumeira se comprove como sen­do a experiência do grupo da melhormaneira possível (optimales Gruppen­erlebnis). 3) A fim de aumentar aschances individuais de poder sempremais realizar a sua emancipação, deveser ambicionado uma família muito maisamplamente aberta, com relações parafora variáveis e com distribuição depapéis mais flexíveis. - Depois de de­senvolvida cada tese, acha-se anexadoum questionário que se dirige ao leitor.

A nós, logicamente, interessa o la­do de aconselhamento pastoral comotambém a base religiosa-moral da eman-

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'J'eiteada. Lamentavelmente:-" do que nada encontramos:Üstã nestas páginas. Uma

."cutida é, para dar um exem­:'.e auf Zeit" (casamento tem­i"to assim como a educaçãoé completamente racionaliza­

i:ulo (pg. 77) diz: "A Disso-Ideologias Atravancantes". 1s­-3.ra caraterizar o teor do tra-

por exemplo, na pg. 82 :eligiosos p. expl. lá se podemi:' onde em uma família to­2.nifestações diretamente rela­c·om a fé, todos os exercícios3.0 como as orações à mesa" em conjunto, devoções do-freqüência de cultos religiosos

,,1' experimentados como cor­"/éricos estranhos na disposi­2a costumeira do grupo." ­ira nenhuma é rejeitada umaitada na pg. 79:. "Nossos fi-30frerão debaixo da educaçãocostumeira, nem que até fôs­

ligados a desligá-los como úni­::a aula da matéria correspon­) autor apenas teme que tais-ez iriam complexar os seus'olando-os desta maneira dos

,10S que estes exemplos típicospara caracterizar a presente~10 não recomendável para nósgente. Não deixa, porém, deessante para o estudioso em3e, sociologia e matérias afim.

Walter G. Kunstrnann

"lrd Busch - KARL BARTH'S<LAUF - Miinchen, KciÍser,

555 páginas - DM 38.00:hard Busch apresenta uma

de 555 páginas do teólogo que·:ou nos conturbados anos da

parte deste século. E inten­trabalho evitar generalizações

3.3 do tempo e compreender:-:h no confronto com situações

precisas nas quais procurou formularrespostas teológicas adequadas. Maisdo que a criação de um sistema, im­portava-lhe, desde o início de sua ati­vidade pastoral em Safenwil, a contí­nua indagação provocada por um tem­po de profundas transformações. O au­tor insíste no sentido que desvenda notermo Lebenslauf. A palavra denotauma série de dados objetivamente dis­postos, referentes a uma vida. Esta ob­jetividade interessa-lhe muito. Em vezde juízos críticos, preocupa-se em apre­sentar o que observou com toda isen­ção. Mas entende Lebenslauf também

como mapeamento que deverá orientaro leitor nos caminhos e andanças, pen­samentos e obras do biografado. A bio­grafia auxilia a entender o pensamen­to de Barth. Embora preciso, e pene­trante, o trabalho é dirigido tanto aespecialistas como a leitores não espe­cializados. Na opinião de críticos auto­rizados, Karl Barth's Lebenslattf é aprimeira obra que oferece a leitores damais variada categoria as circunstân­cias políticas e religiosas em que seformou o pensamento do teólogo suíço.

DOnaldo Schüler

Page 53: CRE - Seminário Concórdia · a igreja cristã e para o exercício de um ... no texto alemão conforme estampado ... e a reconheceram como o único e antigo consenso,

Apresentando

ÍNDICE

Pág.

61

Editorial: Suportar a sã doutrina , , , 61

Destaque: 40 Centenário da Fórmula de Concórdia

Prefácio à Fórmula de Concórdia e ao Livro Concórdia , .. 63

A doutrina da Igreja segundo as Confissões Luteranas 73

Reportagem:

Igrejas Luteranas querem evangelizar o mundo 79

Estudo Bíblico:

Paulo e o «verdadeiro Israel» 83

Comentários:

Devocional:

o sono de Êutico ' .

Os cristãos e a revolução em Portugal , .. " .

Grandes descobertas arqueológicas em TeU Mardikh .

As mulheres viúvas .

Pacto

87

89

92

94

95

Jesus chorou 96

Eis o homem! , 98

A fuga dos discípulos 100

Conceito de testemunho , 101

Disposições para Sermões:

Do 129 ao 169 domingo depois da Trindade , .

A Igreja no mundo

Livros

112

............................................ , .

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