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Page 1: Créditos - Instituto Arte na Escola · Sebrae-PB. Ano de produção: 2002. Duração: 14’. Sinopse O documentário apresenta depoimentos das rendeiras1 dos municípios de Camalau,
Page 2: Créditos - Instituto Arte na Escola · Sebrae-PB. Ano de produção: 2002. Duração: 14’. Sinopse O documentário apresenta depoimentos das rendeiras1 dos municípios de Camalau,

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Renascença: rendas do Cariri / Instituto Arte na Escola ; autoria de Dora

Maria Dutra Bay ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –

São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 52)

Foco: SE-1/2006 Saberes Estéticos e Culturais

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-34-2

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artesanato 3. Cultura Popular 4. Cariri

(Paraíba, Brasil) I. Bay, Dora Maria Dutra II. Martins, Mirian Celeste III.

Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

RENASCENÇA: rendas do Cariri

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Dora Maria Dutra Bay

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDRENASCENÇA: rendas do Cariri

Ficha técnica

Gênero: Documentário a partir de entrevista com as artesãs.

Palavras-chave: Regionalismo; artesanato; cultura popular;procedimentos tradicionais; heranças culturais.

Foco: Saberes Estéticos e Culturais.

Tema: O trabalho das artesãs na produção da renda renascença.

Artistas abordados: Artesãs rendeiras do agreste pernambucano eda região do Cariri, Paraíba.

Indicação: A partir da 5a série do Ensino Fundamental e Ensi-no Médio.

Direção: Durval Leal Filho.

Realização/Produção: Parai’wa, João Pessoa / ConvênioSebrae-PB.

Ano de produção: 2002.

Duração: 14’.

SinopseO documentário apresenta depoimentos das rendeiras1 dosmunicípios de Camalau, Monteiro, São João do Tigre, SãoSebastião do Umbuzal e Zabelê, no Estado da Paraíba, e dePesqueira e Poção, em Pernambuco. Mostra a vida cotidianasimples e o esforço das artesãs para manter a tradição familiarde fazer rendas, e deixa entrever a relação entre a atividadedelas e o meio social e natural circundante. Documenta o tra-balho das artesãs que produzem rendas do tipo renascença,algumas já organizadas em associações e participantes dosprogramas de políticas públicas de apoio ao artesanato, cria-dores de Escola-Oficina.

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Trama inventiva

Há saberes em arte que são como estrelas para aclarar o cami-nho de um território que se quer conhecer. Na cartografia, parapensar-sentir sobre uma obra ou artista, as ferramentas sãocomo lentes: lente microscópica, para chegar pertinho davisualidade, dos signos e códigos da linguagem da arte, ou len-te telescópica para o olhar ampliado sobre a experiência esté-tica e estésica das práticas culturais, ou, ainda, lente com zoomque vai se abrindo na história da arte, passando pela estéticae filosofia em associações com outros campos de saberes. Porassim dizer, neste documentário, tudo parece se deixar ver pelaluz intermitente de um vaga-lume a brilhar no território dosSaberes Estéticos e Culturais.

O passeio da câmeraNum primeiro momento, o documentário apresenta as artesãsdo agreste pernambucano em suas casas, onde desenvolvem otrabalho familiar de rendeiras. As imagens mostram o dia-a-diade suas vidas simples, enfocando o clima seco da região, e aopção do trabalho como “cachaça de sobrevivência”, que cul-mina na feira de rua, onde são comercializados tanto os traba-lhos já feitos, quanto os fios, linhas e os desenhos para as ren-das. As rendeiras explicam as peculiaridades do material, linhade algodão, e do cuidadoso trabalho artesanal, para o qual dãoênfase à necessidade do “trabalho bem feito”, o que se revelana delicadeza das peças criadas.

A câmera nos move à observação do ambiente de trabalho, aointerior da casa e ao quintal, demonstração da integração daatividade artesanal com a vida cotidiana no agreste. Os depo-imentos mostram o gosto das rendeiras pelo ofício, a compe-tência e a segurança delas em relação às suas criações, e evi-denciam as dificuldades e a pouca valorização das obras.

Num segundo momento, o documentário exibe as rendeiras par-ticipantes das Escolas-Oficinas implantadas pelo Sebrae, em

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RENASCENÇA – RENDAS DO CARIRI

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alguns municípios paraibanos, cujo programa visa, além da con-tinuidade e preservação do artesanato de renda, a melhoria daqualidade de vida da população rural, a eliminação dos“atravessadores”, a capacitação de jovens e adolescentes,enfatizando o conceito da qualidade nas técnicas da renda re-nascença. Nesta parte do documentário, fica evidente o interes-se e engajamento das artesãs no seu ofício e algumas conquis-tas já efetivadas, além dos objetivos futuros. Há o destaque paraa confecção de bonecas e outros brinquedos, por parte das cri-anças e adolescentes, juntamente com o depoimento deles.

A partir do documentário, é possível detectarmos algumas in-dicações para as proposições pedagógicas, focalizando espe-cialmente Saberes Estéticos e Culturais, abrangendo arte-sanato, regionalismo, cultura popular, políticas culturais e ques-tões de gênero, entre outros aspectos. Territórios comoLinguagens Artísticas (bordado da renda renascença, designtêxtil) e Materialidade (os procedimentos tradicionais) se so-mam ao de Patrimônio Cultural (preservação, memória coleti-va, heranças culturais) e Conexões Transdisciplinares (arte eciências humanas, estabelecendo relações entre a história darenda e a colonização do Brasil), desafiando para a compreen-são de Brasis nem sempre conhecidos.

Sobre as rendeiras“(...) eu tava assistindo a novela Terra Nostra, eu tava vendo um man-drião que uma criança tava vestido, eu falei pra elas: tá vendo ondeestá a renda que a gente fez? Onde tá? Na Globo! Se soubessem queé um matuto lá do Cariri que fez a renda... quer dizer, ela chegou lá emcima, criou valor, mas ninguém sabe de onde vem aquela renda”.

Francisca Conrado

Rendas, tecidas por mãos tão prestimosas das rendeiras, ornamas vestes de cenários da televisão. A rendeira Francisca fala:“Ninguém sabe de onde vem aquela renda”. A justeza da indig-nação não esconde o sentimento de ausência de reconhecimen-to pelo trabalho das artesãs. O que conhecemos sobre as ren-deiras e as rendas como parte integrante da cultura brasileira?

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O artesanato é originalmente arte popular, resultado do traba-lho manual na elaboração de objetos que visam o conforto ecarregam expressões da cultura, na conceituação de RaulCórdula2 . Ele observa que, apesar de marginalizado pelos pro-gramas de desenvolvimento, o artesanato continua sendo umaatividade cultural de grande importância econômica no país,acontecendo nas casas dos artesãos, na periferia das grandescidades e na zona rural.

As artesãs rendeiras, vistas no documentário, são mães de famí-lia, adolescentes e crianças que trabalham em conjunto, confir-mando que, de um modo geral, são as mulheres as produtoras derendas. Demonstram gostar e sentir prazer com a atividade querealizam. Trabalham com dedicação, tanto no desenho, no alinha-vo, quanto no bordado da renda com agulha, e no acabamentodas peças. Queixam-se da pouca valorização do trabalho artesanalna sociedade, parecendo secretamente saber que trazem dentrode si um saber estético e cultural incomum e tradicional.

Lá na região do Cariri, onde a seca prejudica a agricultura desubsistência, são as rendas que oferecem fôlego econômicoaos habitantes. Tradicionalmente, a região sempre foi um pólodo artesanato da renda renascença, confeccionada com agu-lha, linha e lacê. O processo se divide em três passos: é feitoum desenho em papel grosso, o lacê é aplicado e os pontossão tecidos. Sua origem remonta ao século 16. A ilha deBurano, em Veneza, na Itália, é o berço deste tipo de renda,que chega ao Brasil, e ao Cariri, graças às mulheres dos co-lonizadores portugueses.

Nos últimos anos, a atividade entra em declínio por causa doschamados atravessadores, para quem as rendeiras vendemsuas peças a preços irrisórios. Segundo os moradores da re-gião, os atravessadores nunca revelam por quanto repassamas peças no mercado, mas eles estimam que seja pelo triplo dovalor pago às mulheres. Como conseqüência, muitas jovensparam de se interessar pelo trabalho histórico e de retorno tãobaixo, prejudicando a renovação das rendeiras.

O projeto Rendas do Cariri surge para incentivar a prática

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RENASCENÇA – RENDAS DO CARIRI

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associativa e a busca por novos mercados. Foi criado primeira-mente no município de Camalaú, em 1999, por meio da ONGParai’wa e do Sebrae paraibano, com o apoio da UniversidadeFederal da Paraíba e das prefeituras municipais. Hoje, o proje-to é um conjunto de associações de rendeiras que se estendeaos municípios Monteiro, São João do Tigre, São Sebastião doUmbuzeiro e Zabelê.

Trabalhando sob encomenda, as rendeiras do Cariri confeccio-nam peças clássicas, como toalhas de mesa, guardanapos,capas de almofadas, golas e formas diversas para aplicação emoutro tecido. Constroem as peças a partir de desenho quegeralmente segue um modelo formal, obedecem às etapas jáconhecidas do processo tradicional. Após a instalação das Es-colas-Oficinas, há um aumento na diversificação de produtos,tornando-os mais apropriados aos padrões e modas atuais, taiscomo vestidos, tops, bonecas, etc.

A arte da renda é atividade feminina por excelência em diferen-tes etnias e culturas. Em outros tempos, as rendeiras marcamépoca pelas mãos femininas de delicadas donzelas e senhoras,em escolas da alta corte que, com ricos enfeites com rendas,ornavam as vestes dos nascidos em nobres berços. Nos tem-pos de hoje, as mãos obreiras das rendeiras marcam a resis-tência por assegurar a continuidade de um saber cultural; tan-to por meio da organização em escolas e associações, comolevando o seu labor rendeiro nos pequenos quadrados, triângu-los ou círculos que, delicadamente, se desprendem das terrassecas para buscar novos mercados. A renda e as rendeirascontinuam a fazer história.

Os olhos da arteHá no artesão um potencial de criatividade. Cada artesão que se dêao lavor por um princípio quase amoroso do seu trabalho, do seumodelo, das coisas que faz, atinge a vizinhança de ele vir a ser, deeclodir como artista. É só assim é que podemos entender essa coin-cidência que há entre artistas populares, ou que poderíamos chamarde genuínos artesãos.

Clarival do Prado Valladares 3

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Por caminhos ancestrais, a renda prende destinos: ser rendei-ra. Nas rendas de agulha e linha, prevalece o silêncio de pontosbem cerrados e calados das rendeiras. No tecer das tantas evariadas rendas, o desejo escondido, oculto: a valorização dotrabalho artesanal.

As criações artesanais produzidas pelas rendeiras caracterizam-se como peças de origem popular e tradicional, elaboradas semintenção de se tornarem objetos artísticos. No âmbito da pro-dução cultural e, igualmente, da material, o artesanato tradici-onal é um artefato expressivo da cultura de um determinadogrupo populacional, sendo representativo de suas tradições emodo de vida. A expressão artesanal permite às gerações pre-cedentes a apropriação dos códigos simbólicos e elementoscognitivos, de maneira que possam ler e reler tal patrimôniocultural, promovendo atualização sem prescindir dos referenciaissocioculturais.

Atualmente, a tendência é ver o artesanato como portador nãosó de sentido cultural e simbólico, mas também como um fatosocioeconômico, que gera comercialização, dividendos, e inclu-são social.

No Brasil, encontramos diversificada e criativa produçãoartesanal, elaborada a partir de matérias-primas regionais, edesenvolvida nos moldes da diversidade cultural e modo de vida

Durval Leal Filho - Imagem do DVD

Renascença: rendas do Cariri

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RENASCENÇA – RENDAS DO CARIRI

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local, fato que a torna parte da identidade nacional. Clarival doPrado Valladares entende que o artesanato brasileiro se dife-rencia um pouco do conceito internacional de trabalho feito àmão simplesmente. Para ele, há sempre algo de criativo envol-vido, algum interesse estético que vai além do nível primárioligado a modelos e repetições.

Presente em diversas regiões do país, a renda artesanal che-gou até nós vinda da Europa através da colonização e das con-gregações religiosas, sofrendo uma forma de aculturação quepermitiu sua continuidade como expressão universal. Atualmen-te, os principais focos de produção de renda artesanal estão nolitoral e no agreste nordestino. As técnicas têm sido passadasde uma geração à outra, sendo as duas formas mais difundi-das, a renda de bilro e a renda de agulha ou renascença, tam-bém conhecida como renda irlandesa.

A renda de bilro, originária dos colonizadores açorianos, é lar-gamente confeccionada no litoral catarinense. A técnica con-siste em fixar fios, que têm bilros nas pontas, em uma almofa-da cilíndrica sobre um apoio tipo cavalete. Os bilros, pequenaspeças de madeira presas na ponta do fio, facilitam o trançar. Arendeira fixa o desenho a ser tecido na almofada e os locais aserem contornados pelos fios são modelados com alfinetes.Feito isso, ela vai entrelaçando os bilros até marcar todo odesenho, criando a renda. Existem diversos pontos, os fios uti-lizados podem ser de espessuras diferentes, e a renda confec-cionada em branco e em diversas outras cores.

Já a renda renascença concentra sua maior produção na Paraíba,Pernambuco, Sergipe e Bahia, e sua redescoberta acontece nosanos 50 do século 20. A criação acontece a partir de linha dealgodão puro, fita fina chamada lacê, almofada cilíndrica, papeltranslúcido, conhecido como de risco, e papel grosso para su-porte. O desenho é feito no papel de risco, colado ao papel su-porte, depois, é alinhavado com o lacê, e o conjunto é fixado naalmofada, que está pronta para a tecelagem. Após a conclusão,a renda é lavada e engomada para dar rigidez. A renda de agulha

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é predominantemente branca, por causa da durabilidade dela eda falta de uniformidade das tinturas utilizadas nas linhas.

Como vimos no documentário, a renda renascença está rece-bendo algumas modificações por parte da criatividade das ren-deiras, tais como elaboração de novos desenhos e denomina-ção de pontos, como xerém, malha de cabecinha, traça,vassourinha, nervura, dois-amarrados, torre, ponto sol, ponto

lua, folhagem, dentre outros. Os nomes surgem de associaçõescom figuras e formas do cotidiano interiorano e da cultura po-pular local.

Conhecer as rendas e as mulheres-rendeiras que vivem pertoou longe, assim como as louças e as mulheres-louceiras doCariri4 , nos move ao diálogo cultural com o artesanato e comquem o faz. Tal diálogo é necessário não para salvar as tradi-ções culturais do esquecimento, mas para interpretá-las comofonte de conhecimento a respeito de nós mesmos no traçadocultural. Certamente, não existe ponto sem nó em cada deta-lhe da manufatura tão diversificada da teia cultural brasileira.

Durval Leal Filho - Imagem do DVD Renascença: rendas do Cariri

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O passeio dos olhos do professorSugerimos que você faça uma leitura detalhada e cuidadosa dodocumentário antes de planejar seu uso em sala de aula. Reco-mendamos que anote suas impressões, como num diário debordo, que poderá, ao longo do trabalho, servir como auxiliar eguia para o pensar pedagógico. A pauta do olhar que apresen-tamos é apenas uma sugestão, já que sempre muitas outrasserão possíveis.

O que o documentário desperta em você? Quais questõesele provoca?

Como, ao mostrar a fala e o trabalho das artesãs, você uti-lizaria o documentário na sala de aula?

Você percebe a relação entre a vida e a obra das rendeiras?

O documentário mostra a renda artesanal como técnica elinguagem visual tradicional? Você percebe algumas articu-lações entre arte/artesanato e outros saberes culturais?

O aspecto do “fazer bem feito” aparece na fala das rendei-ras como uma preocupação de valor estético. Para você essapreocupação está presente também no fazer dos artistas? Epara os alunos?

Os alunos gostariam de assistir ao documentário? Teriaminteresse no artesanato de rendas? O que poderia ser maisrelevante para eles?

Qual o foco de trabalho em sala de aula que o documentáriopode desencadear?

Quais indicadores de proposições pedagógicas você extrai dele?

Vale, aqui, retomar as anotações, já que é possível comple-mentá-las com alguns desenhos ou esquemas que possamauxiliar na opção do foco de trabalho e na criação de uma pautado olhar para seus alunos.

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qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpan

ferramentas

natureza da matéria

linha de algodão

agulha de costura, lace,almofada cilíndrica, bilro

Materialidade

procedimentos técnicos

procedimentos tradicionais,transformação de técnicas

preservação e memória

acervo de memória,heranças culturais,memória coletiva Patrimônio

Cultural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

antropologia, história, sociologia

ndo

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte cultura popular

programas especiais,leis de benefício à cultura

questões de gênero, artesãopolítica cultural

criadores e produtores de arte e cultura

práticas culturais

artesanato, comercialização, multiculturalidade,feira de artesanato, cooperativa regionalismo, estética do cotidiano

Linguagens Artísticas

meiostradicionais

linguagensconvergentes

desenho, bordado,renda (renascença)

design têxtil

artesvisuais

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Percursos com desafios estéticosO mapa potencial oferece possíveis caminhos para o foco Sa-

beres Estéticos e Culturais, com base nas indicaçõesfornecidas pelo documentário. Esse enfoque tem relevânciajá que a renda artesanal é, ao mesmo tempo, um saber locale universal. As propostas são sugestões que convidam você apesquisar e experimentar, conforme os interesses dos alunose da escola. Não há ordem seqüencial nos percursos, e a or-ganização da entrada dos tópicos, ou da interpenetração en-tre eles, estará atrelada às proposições que podem ser re-criadas por você.

O passeio dos olhos dos alunosAlgumas possibilidades:

Rendado e rendilhado

Uma forma possível e lúdica de entrada para o documentárioé sugerir uma atividade simples de dobra e recorte de umatira de papel, de modo que, ao ser desdobrada e aberta,pareça uma “renda” de papel. É um jogo simples que requercerto cuidado na dobra, em lados alternados, e no recortar,sobre um desenho prévio ou não, deixando as margens liga-das. Em várias regiões de colonização européia, o rendadode papel era utilizado como adorno nas casas. Numa outraforma, feito de madeira ou de ferro, as “rendas” tambémenfeitam e arrematam bordas de telhados e sacadas, cer-cas e portões. Partindo daí, você poderá introduzir o as-sunto relativo à renda, ao rendado e ao rendilhado, prepa-rando para a exibição do documentário.

Re-descobrindo o cotidiano

Outra maneira de introduzir o tema é, antes da exibição dodocumentário, solicitar aos alunos que procurem em casa e

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RENASCENÇA – RENDAS DO CARIRI

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tragam para a aula peças de renda artesanal, atuais ou per-tencentes aos antepassados. Comece interrogando sobrea forma de criação das mesmas, sobre o profissional queproduz as peças, a matéria-prima, as formas de trabalho eoutras questões pertinentes. Procure descobrir o interessedos alunos em conhecer a atividade artesanal de renda. Nomomento em que se fala dos materiais com os quais as peçassão feitas, já é possível introduzir comentários e questõesrelativas à arte e ao artesanato, dando ênfase aos elemen-tos de memória e de estética do cotidiano, presentes noobjeto artístico/artesanal. Após a exibição do documentário,você poderá, juntamente com o grupo, analisar o que foivivenciado e visto, problematizando e já encaminhando pro-posições para a continuação do trabalho.

Tramas e intervalos

Aqui a proposta é fazer algumas cópias, tipo xerox (na co-piadora da escola), das peças trazidas pelos alunos, colo-cando a renda sobre o vidro e uma folha de papel preto sobreela. O resultado é a “renda em alto-contraste”, que permiteanalisar os desenhos e elementos da visualidade, tais comopontos, linhas, tramados, texturas, transparências, padrões,espaços cheios e os vazios dos intervalos, etc. Ao final, apósos comentários, poderá ser criado um painel sobre papel,utilizando conjuntamente as “rendas” recortadas e as copi-adas, de modo a salientar elementos de forma e fundo. Nestemomento, você poderá introduzir sua pauta do olhar, levan-tando questões que ampliem a temática e a exibição dodocumentário.

As sugestões apresentadas são indicativos para você gerarcuriosidade nos alunos antes da exibição do documentário. Elasprocuram despertar novos olhares, incentivando opiniões dife-renciadas e sentidos que alarguem o entendimento de ques-tões sobre o artesanato e as tradições populares.

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Desvelando a poética pessoalA proposta é criar uma série de trabalhos a partir de materiaisdiversos e simples, procurando, com eles, estabelecer pontespara com os tópicos do mapa do documentário. A sua orienta-ção é importante para que o aluno desenvolva atitude investi-gativa e poética pessoal, para o incentivo de percepções sin-gulares e posterior avaliação apreciativa.

A partir de retalhos de rendas industrializadas, solicitadosnas lojas locais, criar desenhos por meio da frottage, utili-zando diversos tipos de papéis e giz de cera. Os desenhospodem resultar numa série de trabalhos que tenham comomote a pesquisa de padrões, repetições, sobreposições ealternâncias, conforme o direcionamento da renda que ser-ve de suporte e as cores escolhidas. As composições po-dem ser recortadas, ampliadas e refeitas em outro meio ex-pressivo tradicional, como gravura, ou por meios mais atu-ais ligados à computação.

Aproveitando os retalhos, a proposição é costurá-los, cri-ando uma grande renda, uma espécie de “colagem renda-da”. O tecido resultante poderá servir como cenário ou palcopara diversas outras criações, explorando a transparência,filtragem da luz, opacidade, recobrimento e vários jogos develar/ocultar/revelar. É também o momento para que searticulem os conhecimentos e experiências anteriores esejam exploradas as potencialidades expressivas e estéti-cas do material, numa construção de significados culturais.

Com fios e cordões de diversas espessuras, materiais ecores, a criação em grupo de uma instalação pode ser pro-posta, espécie de trama ou teia espacial. É interessante queela permita entrar, penetrar e interagir com os fios, estimu-lando “enredamentos”, envolvendo as sensações táteis docorpo. Estas experiências oportunizam relações e descober-tas acerca da arte contemporânea, como, por exemplo, aobra True rouge de Tunga, entre outras.

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Ampliando o olharRecorrer ao documentário para retomar o tema, esclareceralgum ponto importante, ou enfatizar determinado aspecto,é uma possibilidade também para a ampliação do olhar. Con-gelar a imagem pode possibilitar apreciação ou discussãomais prolongada.

A partir da fala das rendeiras sobre a desvalorização dotrabalho manual, você poderá introduzir a discussão sobrea inserção do artesão no mercado de trabalho, a comer-cialização das obras, as políticas públicas de apoio ao arte-sanato, como as do Sebrae, e a influência da demanda ex-terna de consumidores sobre os artesãos, principalmenteaquela ligada ao turismo, que pode ocasionar uma produ-ção-criação dirigida e estereotipada.

A afirmação de Clarival do Prado Valladares, de que o arte-são traz um potencial de criatividade que o leva a atingiruma vizinhança com o artista, oportuniza a discussão sobrea autenticidade das criações. A conversa sobre isso comartesãos locais que possam vir até a escola, ou a visita aoambiente de trabalho deles, é um modo de ampliar os sabe-res sobre a criação artesanal.

Quando dizemos que a produção artesanal geralmente podeser vista como uma das mais ricas manifestações da culturamaterial de um determinado grupo étnico, estamos tratandode saber estético e cultural. Aqui é a oportunidade para exa-minar o papel desses saberes nas diferentes culturas. O quepodemos conhecer com os objetos e informações que elestrazem? E com os valores culturais que representam?

O artista Aldemir Martins é conhecido por seus temas donordeste, dentre eles, as rendeiras. Suas “mulheres-rendei-ras” podem gerar um encontro estético para apreciação eleitura dos alunos, percebendo a palheta colorida do artis-ta. O que Aldemir Martins nos revela poeticamente sobreas rendeiras?

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Quais relações o design contemporâneo estabelece com aestética do cotidiano? O designer têxtil utiliza como refe-rência as possibilidades formais da renda para a criação deestamparia para tecido industrializado? O que os alunospodem descobrir sobre isso na busca em sites na internet?

Conhecendo pela pesquisa

Conhecer pesquisando proporciona o aprofundamento dasquestões aqui levantadas sobre o artesanato e as tradiçõespopulares como saberes estéticos e culturais. Sugerimos ativi-dades de estudo e investigação, preferencialmente envolven-do variadas fontes de informações, como entrevistas, pesqui-sas in loco, via internet, etc.

Conta-se que em 1928, em Água Branca, numa pequenalocalidade de Alagoas, Lampião e seus cangaceiros toma-ram as ruas e, pela primeira vez, entusiasmados pela vitó-ria, cantaram o hino de guerra, de autoria de Lampião,Mulher rendeira, um xaxado ritmado pela batida forte dosrifles batendo no chão, que tem como refrão:

Olé mulé rendeira,

Olé mulé rendá.

Tu me ensina a fazer renda,

Que eu te ensino a namorá.

Em 1953, a música foi adaptada pelo compositor Zé do Norte(Alfredo Ricardo do Nascimento) para ser a trilha sonorado longa-metragem O cangaceiro de Lima Barreto. Desdeentão, Mulher rendeira recebe um grande número de gra-vações, inclusive fora do Brasil. Há até uma gravação de1957, de um antigo cangaceiro do bando de Lampião, o can-gaceiro Volta Seca, relançado em CD, como Cantigas de

lampião. O que os alunos podem descobrir e conhecer maissobre Lampião e essa música?

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material educativo para o professor-propositor

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O que os alunos podem descobrir sobre a renda brasileira?Quais as suas origens, as diferenças regionais? Quais astécnicas de desenho, bordado ou tramado, acabamento edecoração? Quais as finalidades? O que diferencia a rendapara uso doméstico, festivo e ritual?

Quais artistas brasileiros contemporâneos trabalham comrendas, tramas, tecidos e outros materiais e técnicas asso-ciados. A artista Leda Catunda, entre outros, está envolvi-da no que a crítica de arte Katia Canton denomina “sensi-bilidade feminina”, relacionada com a leveza das obras, osmateriais escolhidos e uma dimensão miniaturizada, intimistae internalizada.

A artista Caroline Harari estabelece uma interessante rela-ção entre renda e argila, imprimindo a textura de rendas embarro, obtendo objetos que guardam certas característicasde ambos os materiais. O que suas obras provocam emnosso olhar sobre a cultura popular?

A partir das bonecas criadas por crianças e adolescentesmostrados no documentário, entrevistar e documentarartesãos locais que confeccionem bonecas de pano. Daí épossível relacioná-las, também, com as bonecas auto-retratoda artista Keila Alaver.

A pesquisa sobre o papel representado pelas rendas nosretratos e auto-retratos, ao longo da história da arte, podegerar uma boa investigação sobre as conotações de nobre-za, espiritualidade, feminilidade, efemeridade e sensualidadeque a renda pode receber.

Amarrações de sentidos: portfólio

Sugerimos a organização de um portfólio em uma forma trama-da, tecida, enlaçada, ou outra maneira de entrelaçamento.Assim, será possível remeter a produção, ao mesmo tempo, à

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renda, rendilhado, rendado, e às pesquisas da arte contempo-rânea. As tramas e entrelaços podem abrigar todo o trabalhodesenvolvido, como testemunho da poética individual, e memó-ria da herança dos saberes estéticos e culturais aí representa-dos. A montagem e a organização do “portfólio trama” já de-mandam seleção de trabalhos, elaboração e cuidado estético,constituindo uma “amarração dos sentidos.” O resultado po-derá ser exposto, e o “desamarrar” ou desfazer da trama cons-tituir-se numa performance para a comunidade escolar.

Valorizando a processualidadeQuais mudanças e avanços ocorreram? O que os alunos perce-bem do que conheceram, e de que forma avaliam o processo detrabalho? Houve transformações no entendimento e no conhe-cimento dos alunos a respeito de saberes estéticos e culturais?

O “portfólio trama”, ao ser apresentado e “desamarrado”, ofe-receu elementos para a avaliação. Juntos, o diário de bordo doprofessor-propositor e as anotações feitas ao longo do proces-so, levam a reflexões e a novas idéias para projetos. Igualmen-te, você poderá repensar e reavaliar sua prática docente. É esteo momento de sedimentar, reorientar descobertas e idéias ino-vadoras ou construtivas que tenham surgido no decorrer doprocesso, nos “alinhavos” e nas “tramas dos fios”.

GlossárioArtesanato – é considerado todo trabalho manual, cuja peça foi fruto datransformação da matéria-prima pelo próprio artesão. Além disso, esseproduto normalmente reflete a relação desse artesão com o meio ondevive e sua cultura. Fonte: <http://pt.wikipedia.org>.

Frottage – (termo francês = “fricção”) “Técnica de desenho na qual um pa-pel é colocado sobre qualquer material áspero, como pedaços de madeira oupedra, e tratado com lápis até adquirir a qualidade superficial da substânciaabaixo. O padrão resultante é em geral utilizado como estímulo à imaginação,servindo como ponto de partida para a criação. Fonte: CHILVERS, Ian. Dici-

onário Oxford de arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 202.

Instalação – tipo de obra de arte na qual o espaço de exposição é integra-

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material educativo para o professor-propositor

RENASCENÇA – RENDAS DO CARIRI

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do como mais um elemento componente da estética. Fonte: BURKHARD,Reimschneider. Arte actual. Köln: Taschen, 2001, p.185.

Mandrião – casaco curto e leve de uso doméstico, geralmente vestidopor mulheres e crianças. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua

portuguesa.

Performance – trabalho artístico apresentado ao público através de umaação do tipo teatral. As primeiras performances remontam aos anos 60,ao grupo Fluxus e ao propósito de alargar o conceito de arte. Fonte:BURKHARD, Reimschneider. Arte actual. Köln: Taschen, 2001.p. 187.

Políticas públicas – “um conjunto de ações ou normas de iniciativa governa-mental, visando determinados objetivos. Nesta perspectiva, política pública temsempre caráter estatal, ainda que sua execução através de programas, proje-tos e atividades possa envolver agentes privados”. Fonte: <www4.prossiga.br/Politicas-Publicas/oquee.html>.

Rendado – guarnecido ou feito de rendas, o conjunto das rendas que guarne-cem uma peça. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.

Rendilhado – que tem lavores ou ornamentos que se assemelham a rendilha,delicadamente trabalhado e ornado. Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da

língua portuguesa.

Simbólico/símbolo – o que é portador de significação e se caracterizapela versatilidade e não pela uniformidade. A linguagem verbal, a arte, omito e a religião para o filósofo Cassirer (1874-1945) são parte do univer-so simbólico construído pelo ser humano. Fonte: CASSIRER, Ernest. En-

saio sobre o homem. São Paulo: Martins Fontes. 2001, p. 47-49.

Bibliografia

AGUILAR, Nelson (org.). Arte popular. Mostra do Redescobrimento.São Paulo: Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Vi-suais, 2000.

CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar esair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1998.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes do fazer. Petrópolis:Vozes, 2002. v. 1.

RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no

ensino de artes visuais. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

SALLES, Vicente. Artesanato. In: ZANINI, Walter (org.). História geral da

arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 2.

VALLADARES, Clarival do Prado (org.). Artesanato brasileiro. Rio de Ja-neiro: Edições Funarte, 1980.

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Catálogos

Bienal Naïfs do Brasil/2004. Piracicaba: Sesc/SP, 2004.

Seleção de endereços sobre artistas, arte e artesanato na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 23 ago. 2005

ALAVER, Keila. Disponível em: <www.joycelarronda.com.br/1bienal4/keila03.jpg>.

ARTE & DESIGN. Disponível em: <www.nds.ufrgs.br/index.php>.

ARTESANATO. Programa de Artesanato do SebraeDisponível em: <www.artesanatobrasil.com.br>.

___ PARAIBANO. Disponível em: <www.paraiwa.org.br>.

CATUNDA, Leda. Disponível em: <http://sergioeleda.sites.uol.com.br/pagina2limagens.html>.

HARARI, Caroline. Disponível em: <www.arcdesign.com.br/ed26/1.htm>.

LAMPIÃO. Disponível em: <www.pontodevista.jor.br/historia/lampiao.htm>.

MARTINS, Aldemir. Disponível em: <www.masp.art.br/default.asp?PG=EXP&IT=26>.

MUSEU DAS RENDAS. Disponível em: <www.geira.pt/MRendas/>.

POLÍTICAS PÚBLICAS para as Culturas Populares. Disponível em:

<www.culturaspopulares.com.br/quem.php>.

RENDAS DO CARIRI. Disponível em: <www.paraiwa.org.br/rendas/>.

TUNGA. Disponível em: <www.bombmagazine.com/tunga/tunga.html>.

Notas1 O documentário apresenta o depoimento das seguintes rendeiras:Francisca Conrado, Guiomar Dantas, Maria Lourinete, Beliza de Oliveira,Amélia Ferreira, Fátima Suelene, Juliana Dias, Maria José Farias, MariaRodrigues Farias, Marli Farias, Marilene Leopoldino, Layana de Lima eLígia Maria.2 Crítico de arte, professor da UFPB e delegado do Conselho Mundi-al de Artesanato. O texto integral pode ser encontrado no site citadona bibliografia.3 Clarival do Prado VALLADARES (org.), Artesanato brasileiro. p.19.4 Sobre as Louceiras, veja DVD Ocaso das louceiras, disponível naDVDteca Arte na Escola.

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