cpprt/ - mtc-m12.sid.inpe.brmtc-m12.sid.inpe.br/col/sid.inpe.br/iris@1912/2005/07.15.22.34.23... ·...
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1.Classificaç5o INPE—COM3/7TE 2.Periodo
de 2 a 27/6/75 ..,.._
4.Critério de Distri .- buição:
3.Palavras Chave (selecionadas pelo autor) interna i 1
Sensoriamento Remoto Geomorfologia externa I X 1 Vegetaçao Uso Atual da Terra .
5.Relat6rio n9 6.Data 27/06/75 7.Revisado por -
INPE-671 -NTE/010 (----- / -
8.Titulo e Sub - Titulo
,
9.Au54iza o por -
RELATÓRIOS RESULTANTES DE ESTÁGIO NO INPE, NA ÁREA DE SENSORIAMENTO REMOTO-IMAGENS LANDSAT, y 6 7
91 ,
FernandC- de Mendonça POR TÉCNICOS DA SUDESUL Diretor Geral
10.Setor CPPRT/ Código 4.02 11.N9 de cópias
10 12.Autoria Irani Schorhofen Garcia >
Aida Terezinha Randazzo . 14.N9 de p5ginas
33
15. Preço
II 13.Assinatura Responsével 4frjfee,
16.Sumério/Notas
Trabalhos realizados durante estagio no mis dé junho de
1975, em convinio com á Ministério do Interior, por técnicos da SUDESUL.
17. Observações
ÍNDICE
Resumo ii
Programa iii
Utilização das Imagens MSS DO LANDSAT-1 (ERTS) no Mapeamento Geo-
morfolEgico - Aida T. Randazzo 1
Utilização das Imagens MSS do LANDSAT-1 (ERTS) no Mapeamento Geo-
morfoliigico - Irani S. Garcia 11
Mapeamento da Vegetação Natural - Irani S. Garcia 20
Utilização das Imagens MSS do LANDSAT-1 (ERTS) no Mapeamentó do
Uso Atual da Terra - Irani S.Garcia 26
- i -
RESUMO
O presente trabalho corresponde aos relatérios finais, refe
rentes is atividades desenvolvidas durante o estígio na Coordenação dos Pro
jetos de pesquisa de Recursos Terrestres (CPPRT) - IMPE, no periodo de 2 a
27 de junho de 1975, pelas técnicas Irani Schorhofen Garcia e Aida Terezi-
nha Randazzo, da Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul - SUDESUL.
Este estígio foi orientado especificamente por elementos do Grupo de Geo-
grafia e do Grupo de Agronomia, devido ao maior interesse das estagiírias
nos campos de pesquisas com sensoriamento remoto que estio sendo desenvolvi
dos pelos respectivos grupos no Programa de Pesquisa com Sensoriamento Remo
to em desenvolvimento na C.P.P.R.T.
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UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS MSSDO LANDSAT-1 (ERTS) NO MAPEAMENTO GEOMORFOLMICO
1 - INTRODUÇÃO
Trabalho realizado durante estígio no mis de junho de 1975
em convinió com o Ministirio do Interior pela técnica Aida Terezinha Ran-
dazzo.
2 - OBJETIVOS
Aquisição de metodologia para uso da imagem MSS do LANDSATA
em geomorfologia e chegar a uma compartimentação geomorfolégica atravis das
informaçães obtidas pela interpretação das imagens:
3 - ÃREA MAREADA
A 'área estudada esti recoberta pela imagem E-1392-12405 e
se localiza aproximadamente entre os paralelos de 90 e 11 05 e os meridianos
47°30' e 45W.
E situada na Chapada das Mangabeiras abrangendo os limites
entre os Estados de Gois, Maranhão, Piauf e Bahia.
Individualizam-se os divisores .de 'éguas das Bacias do Rio
São Francisco, Parnafba e Tocantins.
-2-
4 - MATERIAIS E METODOS UTILIZADOS
4.1 - MATERIAIS
- Imagens ERTS nos canais 5 e 7 de 19 de Agosto de 1973.
- Carta do Brasil ao MilionSsimo. Folha de Sio Francisco - IBGE 1971.
- Mapa GeolSgico - DNPM.
- Bibliografia.
- AB'Saber, Azis Nacib, "O Relevo Brasileiro e seus Problemas" in Brasil,
a Terra e o Homem Vol.!, Cap. III, Companhia Editora Nacional, São Pau
lo, 1964.
- Almeida, Fernando F.M - , "Os Fundamentos GeolEigicos", in Brasil, a Ter
ra e o Homem", Vol. I, Cap. II, Comapnhia Editora Nacional, São Paulo,
1964.
- Vidos Autores, "RelatSrio do Projetfladam", Vol. I, M.M.E, D.N.P.M.,
1974.
- Moraes, Evlyn Mgrcia Leão, "Contribuição ao Conhecimento Geomorfolggico
da Chapada das Mangabeiras e Região Adjacente, Atravís da Imagem ERTS-1
INPE-591-RI/280-SERE/GRUGE-Janeiro/1975.
4.2 - METODOLOGIA APLICADA
4.2.1 - MAPEAMENTO MINUCIOSO DA REDE DE DRENAGEM
Para interpretação da rede de drenagem foram utilizados
os canais 5 e 7. Atravgs do canal 7 foi identificada a drenagem principal
e no canal 5 os afluentes através da mata de galeria.
Padres de drenagem identificados nas bacias higrogrífi
cas.
Naabacia do Tocantins identifica-se um padrão de drenagem
dendritico e sub-dendritico, apresentando uma drenagem bastante densa e
encontrando-se grande nOmero de afluentes classificados como insequentes.
Na bacia do rio Parnaiba identifica-se o padrão dendrrtico
-paralelo que apresenta como principais afluentes os rios Agua Quente,Rio
zinho, Parnaibinha e Uruçé-Vermelho.
Na bacia do rio São Francisco não hé condicées para se classificar
o padrão de drenagem devido o pequeno espaço que ocupa na imagem. Os rios
-4-
sio encaixados, longos e pouco ramificados.
A divisão em bacias hidrogrgficas e a identificação dos i
padriies de drenagem foram elementos fundamentais para compartimentar as
unidades fotogeomorfolOgicas.
4.2.2 - ANALISE DA TEXTURA E TONS DE CINZA
Para divisão em unidades fotogeomorfolígicas foi usado o
canal 5 nos diferentes tons de cinza que apresenta na imagem. Com o canal
7 identificam-se as estruturas e formas do relevo pelas diferenças textu
rais.
4.2. 3 - ESTABELECIMENTO PRELIMINAR DA COMPARTIMENTAÇA0
Localização da imagem na carta topogrífica ao •miliongsimo
para informaçges adicionais: cidades, limites interestaduais, junção de
afluentes com rios principais que auxiliam na interpretação.
Atravgs da comparação de perfis esquemíticos das unidades
mapeadas obtem-se a altimetria aproximada dos níveis topogrificos das
unidades mapeadas.
-5-
5 - UNIDADES GEDMORFOLftICAS IDENTIFICADAS
5.1 - CHAPADDES CRETACEOS
Essa unidade e de fãcil identificação tanto no canal 5 co
mo no 7, apresentando uma tonalidade cinza-escura e uma textura lisa.
Estende-se em forma de morros testemunhos tabuliformes a
travgs de outras unidades. Sua maior extensão localiza-se no quadrante
direito inferior da imagem.
Os limites se fazem atraves de escarpas e onde estes cha
padóes apresentam um contato mais suave, a unidade foi delimitada segun
do os divisores de ígua.
A drenagem da írea g pouco densa, mostrando um baixo grau
de dissecação do relevo.
Esta unicláde seomorfolegica g caracterizada por um exten
so planalto tabuliforme, apresentando escarpamentos de erosão e em alguns
pontos o contato com as unidades inferiores se faz atravgs de extensas
superfícies de pedimentação.
-6-
Grande parte da unidade foi correlacionada com as rochas
da Formação Itapecuru, datadas do cretSceo superior com predominíncia de
arenitos depositados em camadas horizontais.
5.2 - CHAPADAS MODELADAS EM ROCHAS TRIASSICAS COM ALTO GRAU DE DISSECAÇA0
Esta chapada 5 limitada a Sudoeste pela escarpa de erosão
e apresenta a Noroeste a falha de Lizarda. A.NW 5 dificil identificar oh
mite, sendo definida pelos divisores de ãguas e nascentes de rios.
Morfologicamente 5 formada de chapadas de pequena extensão
muito dissecadas pela drenagem e com amplo desenvolvimento.de superficies
de pedimentação.
5.3 - BAIXAS CHAPADAS MODELADAS EM ROCHAS PERMIANAS
Para delimitação da unidade foi levada em conta a alta den
sidade da drenagem e a tonalidade escura.
A drenagem 5 dendritica, apresentando-se intensamente rami
ficada, inferindo-se alto grau de dissecação do relevo da írea.
Morfologicamente essa unidade corresponde a chapadas bai
xas e dissecadas.
-7-
Pertence a Bacia do Tocantins e g drenada pelos afluentes
do rio do Sono. .
5.4 - CHAPADAS MODELADAS EM ROCHAS TRIASSICAS POUCO DISSECADAS
Essa unidade apresenta na imagem uma tonalidade cinza mg
dia no canal 5 e cinza clara no canal 7, apresentando uma drenagem sub-
paralela.
Pertence a bacia sedimentar do Piauf, Maranhío, e g atra
vessada pela falha de Barreiras.
Ao norte g limitada por uma grande linha de escarpamentos
mantidos por intrusaes basílticas.
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UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS MSS DO ERTS-1 NO MAPEAMENTO GEOMORFOLGGICO
1 - INTRODUÇÃO
O presente relatOrio é o resultado do trabalho desenvolvi
do no programa de estãgio no Projeto SERE, INPE, durante o mês de junho de
1975, por Irani Schorhofen Garcia, tícnica da SUDESUL.
2 - OBJETIVO
Aquisição de capacitação tícnica para o uso das imagens,ten
como, testar sua interpretabilidade na identificação de unidades geomorfo
lOgicas e posterior mapeamento.
3 - ÃREA DE ESTUDO
A írea de estudo do presente relatario se localiza entre
9° e 100 da latitude Sul e 45 °30' e 47° de longitude W. Situa-se na Chapa
da das Mangabeiras, região limite dos ntados de Gois, PiauT, Maranhão e
Bahia. r caracterizada pela presença de dois grandes interfliivios que divi dem a Bacia do Rio Tocantins com as Bacias do ParnaTba e Rio São Francisco.
4 - MATERIAIS UTILIZADOS
- Imagem ERTS n4 1392-12405 nos canais 4,5,6 e 7, de 19/08/1973 e es-
cala 1:1.000.000.
-12-
- Carta ao Milionesimo da Folha do Rio São Francisco - IBGE 1971.
- Mapa Fotogeolegico da Região do Alto e Medio São Francisco, baseado
na imagem MSS do ERTS-1, elaborado por Carraro e outros - 1975.
5 - IDENTIFICAÇÃO DOS PARÃMETROS DE INTERPRETAÇÃO
5.1 - DRENAGEM
A identificação da drenagem foi iniciada no canal 5, onde
os afluentes aparecem em tom cinza escuro bem definido pela presença • de
vegetação. Quando a planIcie de inundação apresenta dimenseles a considerar,
a calha do rio se apresenta com a mesma tonalidade das ãreas úmidas adja-
centes e com a vegetação existente no flood-plain e torna-se necessgrio re
correr ao canal 7. Neste canal o rio vai aparecer em negro, salientando-se
bastante dos demais elementos e e possivel traçg-lo com maior acuidade.
A drenagem dendritica que identificamos na Bacia do Rio
Tocantins, sobre a Formação PiauT, constituida de folhelhos, conglomerados
e arenitos conglomergticos datados do Perme:no, apresenta alta densidade
hidrográfica, dificultando o estabelecimento do sentido de escoamento, com
grande úmero de afluentes classificados como insequentes. Recorre-se en-
tão es bandas 6 e 7 para a identificação da junção dos verias afluentes com .
o rio principal, pois neste canal o talvegue do rio melhor definido.
atraves do canal 5 que podemos traçar as bacias e_sub-bacias e retificar,
-13-
face ã. pequena escala, os traçados das nascentes que aparecem quase unidas.
O exame das estradas e caminhos possibilita a identificação das sub-bacias,
pois muitos se encontram localizados nos divisores de ígua.
Concluindo podemos dizer que a imagem fornece uma rique-
sa de detalhes e maior acuidade, não encontradas na carta Topogrãfica da
mesma escala.
Os padrões de drenagem identificados foram os seguintes:
DENDRITICO - SUB-DENDRITICO
- Na Bacia do Rio Tocantins identificamos a presença do padrão dendritico
e sub-dendritico. Este apresenta inGmeras ramificações, principalmente
na Bacia do Tocantins, nas cabeceiras do Rio do Sono. Apresenta pequenos
controles secundãrios, ora estruturais ora topogrãficos,caracterizado-os
- como sub-dendritico, ocorrendo nas zonas do Cretãceo, nas sub-Bacias
do Rio Soninho e Brejão. Nesta ãrea verificamos a possibilidade da ocor-
renda de captura pelo avanço erosivo das cabeceiras do' Rio Brejão, atin
gindo o Rio Formoso, que atualmente í afluente do Rio do Sono. Nesta re-
gião se identifica tambím a presença de padrão de drenagem anelar.
DENDRTTICO SUB-PARALELO
- Na Bacia do Rio Parnaiba, identificamos o padrão dendritico e sub-para-
-14-
lelo com os afluentes principais, Rio Riozinho, Parnaibinha e Rio Agua
Quente apresentando um certo paralelismo entre si e seus afluentes com
características dendriticas. Apresentam-se em áreas da Formação Orozinho
e SambaTba, a primeira com basaltos e diabásios e a segunda por arenitos
potro argilosos.
O estudo da drenagem, textura e tom de cinza, a divisão
em sub-bacias e bacias hidrográficas e a identificação dos padrões formam
parâmetros decisivos para a delimitação da compartimentação geomorfolõgica
da região.
5.2 - TONALIDADE E TEXTURA
Associando os critérios de tonalidade e textura podemos
identificar a presença de morros testemunhos, datados do Cretáceo,Formação
Urucuia Superior,que aparecem numa tonalidade cinza escuro nos 2 canais e
textura lisa. Já a Formação Urucuia Média e Inferior aparece em tonalida
de cinza claro não uniforme, com zonas mais escuras pr6ximas às regiõesdm
Vertentes. Uma terceira área apresenta uma tonhlidade cinza médio, com tex
tura irregular, correspondente à Formação PiauT, da Borda da Bacia Sedimen
tar do Maranhão - PiauT.
A tonalidade auxilia a inferência dos contatos entre as
chapadas e chapadões quando existe uma extensa zona de sedimentos.
- 15 -
5.3 - IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E FORMAS
Com a utilização dos canais 5 e 7, identificamos os gran-
des lineamentos estruturais como a Falha de Lizarda, as escarpas de falha
e as escarpas de erosão.
6 - RESULTADOS
Com a superposição dos parãmetros de drenagem, tonalidades,
estruturas e dados litolagicos, fizemos a delimitação das Unidades.geomor-
folagicas presentes na área estudada.
1 - Chapadóes Cretãceos
Uma série de chapadEes são identificados nas imagens ERTS,
pela sua tonalidade cinza escuro e textura lisa, principalmente no cana15.
A drenagem é sub-paralela mostrando um baixo grau de dissecação do relevo.
Apresentam Morros testemunhos tabuliformes, distribuídos espacialmente des
contínuos. Estes chapadEes aparecem em maior extensão no canto direito in-
ferior da imagem, onde apresentam uma escarpa de erosão em forma de "front
de cuestas". Mais ao norte, estes chapad5es apresentam um contato muito
suave com as ãreas adjacentes onde 6 traçado'deste limite é inferido pelos
contrastes dos tons de cinza e o lineamento do divisor de águas.
Mais a nordeste e norte, este - chapadão apresenta novamente
escarpas de erosão, onde se localizam nascentes dos rios Riozinho, Ãgua
-16-
Quente, Parnaibinha e Urucui-Vermelho.
Esta unidade geomorfolegica se caracteriza por um planal-
to tabuliforme com altitude media de 750m, com zonas escarpadas a norte,
nordeste, sudoeste e a leste Com uma extensa superfície de sedimento.
2 - Chapadas Areniticas
Estas chapadas aparecem no canal 5, num tom cinza claro,
descontinuo mosqueado e com uma textura relativamente lisa, com drenagem
sub-dendritica nas emas de influencia estrutural (a presença de falhas e
fraturas) ou topogrãficas, nas zonas de vertentes.
Esta chapada é bem definida a sudoeste pela escarpa de ero
são e apresenta a noroeste a Falha de Lizarda, onde em alguns pontos sur-
gem escarpas por falhamento. A norte e nordeste a delimitação com os chapa
dees g de forma suave.
Esta chapada pertence ã Formação Urucuia Médio e Inferior,
datados do Creteceo Superior. Apresenta uma drenagem bastante densa, com
padrão dendritico, sub-dendritico e anelar. Verifica-se a existencia de
duas planicies aluviais no Rio do Sono e nas nascentes do Rio Sabão.
- 17 -
3 - Baixas Chapadas Sedimentares PaleozOicas
Ocorrem numa faixa de 300 km a oeste da imagem apresentan
do uma drenagem bastante densa, dendrTtica com a predominincia de rios in-
sequentes e subsequentes, quando condicionados a pequenas fraturas. Esta
região é caracterizada por um relevo bastante dissecado pela drenagem. A-
parecem no canal 4 e 5, numa tonalidade de cinza médio. Estas chapadas per
tencem ã Formação PiauT e Pedra do Fogo datadas do PaleozOico.
4 - Chapadas Triãssicas
Ocorrem a noroeste da imagem, nas bordas da Bacia do Rio
ParnaTba, em tonalidade cinza médio e textura regular.
São caracterizadas pela presença de drenagem sub-paralela
dos cursos principais e dendrTticos nos pequenos afluentes. Estes terrenos
são pertencentes ã Formação SambaTba.
7 - CONCLUSÃO
Como resultado final do presente trabalho apresentamos em
anexo o mapa de compartimentação geomorfolOgiça atingindo assim aos objeti
vos propostos.
A utilização da imagem MSS do Satélite ERTS-1 em combina-
- 18 -
ção com outras fontes de informação possibilitou a elaboração destes ma-
pas com bastante acuidade, permitindo a visualização de uma extensa ãrea
e o seu comportamento geomorfoliigico proporcionando um excelente mapeamen
to.
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- 20 -
MAPEAMENTO DA VEGETAÇÃO NATURAL
1 - OBJETIVO
Opresente trabalho teve como finalidade a aquisição de
capacitação tecnica para uso de IMAGENS ERTS na identificação da cobertura
vegetal, e o mapeamento desta cobertura.
A grande superfície que abrange uma imagem permite uma vi-
são conjunta e em datas precisas da ãrea a ser estudada, possibilitando di
ferenciar os habitats predominantes. Com o uso de imagens periOdicas é pos
sitiei estudar o comportamento da cobertura vegetál nas diversas estações
do ano, bem como inferir as tendências do avanço do desmatamento.
2 - LOCALIZAÇÃO DA AREA
A -a-rea analisada se localiza ao Sul de Mato Grosso e ã no-
roeste de São Paulo, com o Rio Paranã cortando no sentido Norte-Sul. As
coordenadas geogrJficas do centro da ãrea são: 21 °22'S e 52012 1 W.
3 - MATERIAL UTILIZADO
Imagens ERTS - escala 1:1.000.000 nos canais 4,5,6,7
Bibliografia: - Mapeamento da Vegetação Natural do Brasil
(trabalho em-desenvolvimento no IMPE)
-21 -
- K. Heck - As Florestas da America do Sul.
4 - FASES DO TRABALHO
4.1 - ESTUDO INTENSIVO DA IMAGEM
O trabalho foi iniciado pela identificação da drenagem e
a anelise do seu comportamento, associado às diferenças de tonalidade e
textura, tentando chegar a um zoneamento geomorfolEgico da írea. Identifi
cou-se na região Sul de Mato Grosso a predominância do padrão paralelo com
rios consequentes, apresentando afluentes desaguando em ângulo reto o que
denota pequeno controle topogrífico. Nestas íreas ocorre o Cerrado, que
aparece no canal 5 num tom cinza medio a escuro e no canal 7 num tom cinza
claro a esbranquiçado.
No Estado de São Paulo, a noroeste, os afluentes do rio
Parane da margem esquerda mantem certo paralelismo, porem, surge o padrão
dendritico nas regiões de encostas prOximas às nascentes dos rios. Nestas
íreas de encostas, predominam campos onde originalmente havia formações de
matas. As zonas de interfltivio formam extensas regiões planas ou levemente
onduladas sobre o arenito-, aparecendo no canal 5 e 7 em tom cinza clarorião
continuo. Aqui se localizam os campos limpos decerta altitude, correspon-
dendo ã antigas ãreas de vegetação de cerrado.
A planidie de inundação do Rio Paraní com cerca de 15 km
- 22 -
'de largura apresenta drenagem com caracteristicas anastomozadas, com cam-
pos alagados em certos periodos do ano, com uma tonalidade cinza escuro no
canal 5 e cinza claro irregular no canal 7.
Foram identificados, principalmente nos canais 4 e 5, as
íreas urbanas, bem como as ligações de transporte rodoviírio.
4.2 - MAPEAMENTO
Apõs a conclusão da identificação dos parímetros e apoia-
dos nos trabalhos efetuados pelo INPE, delimitaram-se as manchas de vege-
tação natural, considerando os aspectos de relevo e drenagem.
5 - RESULTADOS
Como resultado, apresentamos o mapa da írea estudada onde
foram identificadas e mapeadas as formações de ceitado, campo limpo, cam-
po de Pantanal e campos de encosta.
Cerrado:
o tipo de Savana, segundo Kurt Hueck "com vegetação ar-
bõrea bem esparsa e que se distingue de todas as outras comunidades vege-
tais pela sua fisionomia"
- 23 -
tambgm 'definida pela ocorrincia de pequenas Srvores e
inGmeros arbustos que crescem em meio g presença de ervas e capins. Fre-
quentemente tem uma casca grossa e tronco retorcido, folhas corigceas ou
revestidas de pelos. Predomina em solos arenosos. Foi codjficada no mapa
como 2.1.1, segundo a chave de identificação utilizada no trabalho de ve-
getação do INPE.
Campos Limpos:
Ocorrem em ãreas de antigos cerrados onde não se verifica
a presença de vegetação arbgrea. São caracterizados por se situarem nos
interflGvios, em altitudes mais elevadas (2.1.2).
Campos de Pantanal:
São definidos fisionomicamente como tipos de vegetação her
bgcea, sem a presença de ãrvores, sujeitos a inundaçiíes, aparecem em greas
planas e na grea estudada ocorre, na planície de inundação do Rio Parang-
(3.2).
Campos de Encosta:
Estes campos aparecem ao longo dos rios nas planícies sedi
mentares estendendo-se ao longo das encostas nos vales intermontanos e zo-
nas de pediplanos. Geralmente são greas cultivadas. Tal designação na
- 24 -
escala'regional define as regiões de desnivel entre o talvegue do Rio e a
linha de interflGvio. Correspondem geralmente i íreas desmatadas (3.3).
- 25 -
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Legenda
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-26-
UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS MSS DO LANDSAT-1 (ERTS)
NO MAPEAMENTO DO uso ATUAL DA TERRA
1 - OBJETIVO
De conformidade com o programa de estãgio estabelecido, de-
senvolver um trabalho de interpretação do uso atual a fim de propiciar a ca
pacitação técnica e inferir o grau de acuidade oferecida pela imagem do
LANDSAT-1 nesta érea de estudo.
2 - REGIÃO TRABALHADA E MATERIAIS UTILIZADOS
Os trabalhos se desenvolveram na região de Dourados, Estado
de Mato Grosso, cujas coordenadas de centro das imagens LANDSAT utilizadas
sio 21 045 1 5 e 54056%; 21 °31'S e 55 °05'W.
Esta érea foi escolhida face a existincia de dados comple-
mentares, como o levantamento de reconhecimento de solos e fotografias In-
fravermelho da Missão 99 (SKYLAB).
As imagens LODSAT-1, na escala de 1:1.000.000, utilizadas
foram:
- n9 1054-13073 - canais 5 e 7, 15 de setembro •de 1972 -
estação seca.
- 27 -
- n9 1234-13083 - canais 5 e 7, 14 de março de 1973 -
estação chuvosa.
Outras fontes de informação:
- Levantamento de reconhecimento dos solos do Sul do Estado
do Mato Grosso - Ministgrio da Agricultura - 1971.
- Relatgrio: "Resultados Preliminares obtidos com Imagens do
Satglite ERTS-1, para encaminhamento à COBAE - IMPE-1973
- Carta ao Miliongsimo do IBGE - Folha Rio Apa - 1971
3 - METODOLOGIA
Com vistas à obtenção do zoneamento ouso atual da Região
de Dourados, realizou-se a identificação dos parãmetros de drenagem, rede
viria e vegetação. Acrescido com as diferenças de tonalidade, textura e
com dados de trabalhos regionais sobre a geologia da região, fez-se uma
primeira delimitação das grandes mancha g de solo, visíveis na imagem.
Com a carta do IBGE se elaborou o mapa da região com a to-
ponimia e as curvas de nivel. Atravís do relatírio de solos, selecionou-se
os perfis tipicos que se sobrepunham às manchas delimitadas e montou-se um
quadro com dados de classificação de solos, litologia e material originãrio:
altitude, relevo, drenagem e vegetação.
- 28 -
Como produto final delimitou-se o uso atual como somatirio
dos dados citados acima.
4 - INTERPRETAÇÃO
Para a interpretação utilizou-se duas passagens do satíli-
te sobre a mesma região, uma passagem na estação seca e outra na chuvosa.
Na primeira imagem (n9 1054-13073), estação seca, a drena-
gem aparece bem nitida, principalmente os grandes afluentes do Rio Paranã,
pela presença da mata ciliar ao longo dos rios. As florestas nos interf1G- .
vios, constiturdas por matas sub-perenifílias são identificadas pelo tom
escuro no canal 5. Por outro lado, o Cerradão, formado por mata seca sub-
caducifglia não aparecem nesta passagem mas na imagem da estação chuvosa
(n9 1234-13083) g bem identificada a Noroeste da região num tom cinza escu . —
ro, no canal 5 e cinza claro no canal 7.
A identificação dos pequenos afluentes foi bem mais fãcil
na imagem da estação chuvosa, facilitada pela presença de maior umidade
ao longo destes afluentes, aparecendo em tom cinza escuro no canal 5.
Face ao comportamento da vegetação, bem mais visivel na g-
poca chuvosa, utilizou-se esta passagem para a elaboração do mapa de vege
tação. Identificou-se, a Noroeste da inagem, zonas de Cerradão bem comomal
chas isoladas ao longo, do interfluvio dos Rios Inhandui e Vacaria, a Nor-
-
deste , por cerrados. Nas zonas centro-leste encontram-se reservas flores-
tais sub-perenifElias. Igualmente, comparando o traçado vigrio nas duas
passagens, canais 5 e 7, este apresenta maior interpretabilidade na esta-
ção chuvosa, aparecendo em tom cinza claro no canal 5 e cinza escuro no ca
na) 7.Deste fato deduz-se que as rodovias nesta região funcionam como arté
rias no escoamento das gguas superficiais (a retirada da cobertura vegetal
propicia maior escoamento superficial do que infiltração).
Para a delimitação dos grandes grupos de solos utilizou-se
o canal 7, nas duas passagens.
As ireas de atividade agricola api-esentam-se em tom cinza
claro quase branco no canal 5 e cinza escuro no canal 7, para a gpoca chu-
vosa. Caracterizam-se pela definição de suas formas retilineas e pequena éx
tensão. A identificação de greas de cultivos ou pastagem artificial sõ g
possivel com consuita de dados de campo constantes nos perfis levantados.
Somando as informações obtidas e através da anglise das in
terpretações efetuadas, chega-se ao seguinte quadro do uso atual da terra.
na região de Dourados, a nivel exploratõrio:
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- 31 -
- CONCLUSÃO
As imagens LANDSAT-1 oferecem alta acuidade para um zonea-
mento regional do uso atual desde que considerados outros.parãmetros checa
dos em campo. Ela permite a extrapolação do dado para regiíes circunvizi -
nhas possibilitando a visão global em curto prazo e servindo de base a de-
limitação espacial de íreas a serem beneficiadas com estudos mais detalha-
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