cosoantes palatais geminadas wetzels

11
Consoantes palatais como geminadas fonológicas no Português Brasileiro* W. Leo Wetzels Universidade Livre de Amsterdam Instituto de Lingüística Gerativa da Holanda (HIL) Abstract ln this paper we observe that 1ft! behaves in many respects differently from Im,nI. Whereas Im,nl can be preceded by a branching rhyme, /fi/ cannot. When /fi/ occurs between the last two vowels of a word that is at least trisyllabic, stress can never 'skip' the prefinal syllable. On the other hand, when Im,nI occupy the onset of a word-final syllable, proparoxitonic stress does occur (ébano, ágamo). Also, lfi/ does not occur word-initially, in which position Im,nI are frequendy found. Furthermore, syllable structure typically splits a Nli,ul/ sequence into two syllables before [,(] and [fi], but not before Im,nI. Finally, before the palatal nasal, allophonic nasalisation of a preceding unstressed vowel is obligatory, whereas allophonic nasal spreading does not affect unstressed vowels before Im,nI. We will show that all these facts are readily explained by the hypothesis that the palatal sonorants of BP are gerninate consonants at the lexical leveI.

Upload: aline-neuschrank

Post on 13-Sep-2015

18 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

.

TRANSCRIPT

  • Consoantes palatais comogeminadas fonolgicasno Portugus Brasileiro*

    W. Leo WetzelsUniversidade Livre de Amsterdam

    Instituto de Lingstica Gerativa da Holanda (HIL)

    Abstract

    ln this paper we observe that 1ft! behaves in many respectsdifferently from Im,nI. Whereas Im,nl can be preceded by abranching rhyme, /fi/ cannot. When /fi/ occurs between the lasttwo vowels of a word that is at least trisyllabic, stress can never'skip' the prefinal syllable. On the other hand, when Im,nI occupythe onset of a word-final syllable, proparoxitonic stress does occur(bano, gamo). Also, lfi/ does not occur word-initially, in whichposition Im,nI are frequendy found. Furthermore, syllable structuretypically splits a Nli,ul/ sequence into two syllables before [,(] and[fi], but not before Im,nI. Finally, before the palatal nasal, allophonicnasalisation of a preceding unstressed vowel is obligatory, whereasallophonic nasal spreading does not affect unstressed vowels beforeIm,nI. We will show that all these facts are readily explained bythe hypothesis that the palatal sonorants of BP are gerninateconsonants at the lexical leveI.

  • WETZELS

    1. INTRODUO

    6

    A s soantes palatais Iii, f..1 do Portugus Brasileiro (PB) secomportam, sob muitos aspectos, diferentemente dassoantes no palatais. Em se tratando da nasalizao da vogalprecedente, a nasal-palatal se comporta como se fosse uma consoantena coda, embora ela ocorra exclusivamente em posio intervoclica.Acrescentado a isso, as slabas que precedem uma soante palatal sosempre leves, como pode ser observado no s na completa ausnciade rimas pesadas precedendo uma soante palatal intervoclica, comotambm no algoritmo de silabificao, que cria hiato no caso deseqncias de Vogal + Vogal Alta que precedem Iii, f..1 (moinho,falha), enquanto antes de Im,n,r,lI, os ditongos decrescentessurgem obrigatoriamente (queima, baila). Alm disso, se uma soantepalatal ocorre como onset de uma slaba em final de palavra, comoem alcunha, o acento da palavra nunca cai na antepenltima slaba,embora o acento proparoxtono seja um padro possvel no PB.

    Neste texto, apresentarei uma explicao unificada para todosesses fatos, propondo que as soantes palatais so, de fato, geminadasfonolgicas.

    2. A RESTRiO DE RIMA MXIMA DO PBAssumirei que a estrutura da slaba do PB como em 0,2), em

    que apenas a estrutura da rima formalmente explcita, porque sessa parte da slaba relevante para nossa discusso, (veja tambmWETZELS, 1991). Em (1), V representa uma unidade de peso (oumora) que domina um segmento [+voclico), enquanto C na Rimarepresenta uma unidade de peso (ou mora) que domina umsegmento definido pelos traos [-voclico, -aproximante, +soante) ouIs/. Linhas pontilhadas representam elementos opcionais.

  • Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.5- 15, jul./dez. 2000

    (1)

    7

    C L

    Rima

    ~V C s

    A restrio mais importante para o resto de nossa discusso que a rima da slaba do PB pode conter no mximo duas posies,apenas excepcionalmente trs, e o terceiro elemento deve ser/ sI. Chamarei isso de Restrio de Rima Mxima (RRM).

    J se observou que, abstraindo-se o comportamento excepcionalde /s/, a slaba do PB permite apenas duas posies na rima. Almdisso, a posio de no-ncleo exclusivamente reservada asegmentos soantes (vogais, lquidas e a mora nasal) ou /sl. A rimada slaba do PB pode, portanto, ser representada formalmente comoem (2):(2) Rima da slaba no PB .

    Rima

    ~~Nr CO~Vogal ? r

    [+soantel s

    o PB tem slabas abertas e travadas. As vogais nasais secomportam como rimas pesadas com relao quelas regras do PBque so sensveis ao peso da slaba. Para o PB, podemos usar a noode "rima pesada" em sua interpretao mais geral, que aquelasegundo a qual qualquer slaba que tenha duas posies preenchidasna rima conta como pesada. Uma lista exaustiva de rimas do PB fornecida em (3):

  • WETZELS

    (3) Rimas pesadas no PB

    Rimas possveis

    VrVIVsDitongos oraisDitongos nasaisVogais nasais

    IlustraesFinal de palavraabajuranelcortsheriirmoirm

    Pr-finalabertoasfaltoadestroeleitocibramacumba

    8

    Claramente, se a rima do PB contm maximamente duasposies, previsto que as slabas que contenham vogais nasais ouditongos no possam ser seguidas por uma lquida tautossilbica, ouque slabas que terminem em uma lquida no possam ser seguidas poruma consoante nasal na mesma slaba. Essa previso confirmadapelos fatos.

    3. A ASSIMETRIA NA REGRA DE NASALIZAO ALOFNICAAlm das vogais nasais contrastivas, que so usualmente!

    representadas na ortografia por uma consoante nasal na coda daslaba (campo,pente, banco), o PB apresenta outro tipo de nasaliza-o, que desencadeada por uma consoante nasal intervoclica, emque o trao nasal se espraia para o(s) elemento(s) voclico(s) daslaba aberta imediatamente precedente (men[i]na, d]ma, etc.).Enquanto a nasalizao contrastiva obrigatria em algum ponto naseqncia em que ocorre, como pode ser visto em palavras comoC!Jmpinas e c[Jmpo, em que o acento na slaba pr-final em ambasas palavras e a nasalizao antes da coda nasal 1m! obrigatria, anasalizao alofnica o resultado de uma regra varivel, sensveltanto variao lingstica quanto no-lingstica (MORAES &WEfZELS, 1992; ABAURRE&PAGOTIO, 1996). Para todos os dialetosdo PB, a nasalizao alofnica mais sistemtica nas vogais

  • Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.5-15, jul./dez. 2000 9

    acentuadas. Na verdade, muitos falantes do PB realizam umaalternncia entre a raiz laml do verbo amar, como em formas dotipo mo, com uma nasal I/, e amrem que lal oral (VANDRESEN,1975). Exemplos2 que mostram nasalizao alofnica so fornecidosem (4).

    tamanco

    (4) Nasalizao alofnica(4a) Acentuada antes de In,mI[si nu] sino[lemi] leme

    [kma] cama(4b) No-acentuada antes de In,mI[pin::>ja] pinia[tens] tenaz

    [tam.ku]

    [fumu][dnu]

    [kumarl[bonEka]

    fumodono

    cumariboneca

    [kundu] cunhado[veXgnzu] vergonhoso

    canhoto

    (4c) Acentuada antes de Inl[kozina] cozinha[azena] azenha

    [arna](4d) No-acentuada antes de lf./[dinjru] dinheiro[senX] senhor

    [kntu]

    [awkuna][segna]

    aranha

    alcunhacegonha

    Como pode ser observado nas palavras apresentadas em (4),a distino entre a coronal e a plosiva nasal labial, por um lado, e aplosiva nasal palatal, por outro lado, motivada por uma diferenana escolha de seus alvos para o espraiamento da nasalidade. Muitosurpreendentemente, a nasalizao muito mais geral antes de Inldo que antes de In,m/. Para ser mais preciso, a nasalizao alofnicaantes de nasais palatais ocorre independentemente da posio do acentoprimrio, como a nasalizao contrastiva. A fora desse fenmenofoi confirmada por uma pesquisa desenvolvida recentemente noBrasil, cujos resultados so relatados em ABAURRE & PAGOTIO

  • WETZELS 10

    (996). Os pesquisadores observaram que a nasalidade contrastivafoi realizada em 100% dos casos. Alm disso, a nasalizao alofnicafoi categrica em slabas de acento primrio. Eles ento observam:"A nasalizao categrica quando a vogal precede uma consoantenasal palatal, independentemente do contexto tnico ou tono"(ABAURRE & PAGOrrO, 1996:24).

    Caso se permita explicar o comportamento similar da nasalidadecontrastiva e a nasalizao alofnica antes de /fi/, em termos de umarepresentao lexical similar, deve-se admitir a idia de que nos casosdo /fi/ a nasalidade tambm localizada na coda, como em campo,etc. Uma forma de codificar essa hiptese fonologicamente considerar as soantes palatais como geminadas lexicais /flfl, li!.Certamente, a conseqncia imediata dessa proposta que aocorrncia de uma soante palatal tornar a slaba precedente pesada.Levando-se em conta a RRM, as soantes palatais nunca poderiam serprecedidas por uma slaba pesada.

    Consideremos, para verificar esse fato, as palavras em (5):(5) alma vulnervel *VlflV

    arma adorno *VrVabismo cisne *VsfVteimar reino *eifVfleuma eunuco *eufVandaime paina *aifVtrauma baunilha *aufV

    No difcil ver que /fi/ se comporta diferentemente de /m,nI.Os exemplos em (5) mostram que /m,nI podem ser precedidos poruma rima ramificada (ou slaba pesada), mas que /fl/ no pode.Devido Restrio da Rima Mxima, e sob a hiptese de que asconsoantes palatais so geminadas fonologicamente, predizemosque a ltima pode apenas se superficializar precedida por uma rimano-ramificada, isto , uma s vogal. Isso porque a primeira parteda consoante palatal, que , por hiptese, uma consoante dupla, jocupa a segunda posio de rima da slaba imediatamente prece-

  • Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.5-15, jul./dez. 2000 11

    dente. Conseqentemente, h, naquela slaba, apenas uma posiodisponvel, que pode ser ocupada somente por uma vogal.

    A hiptese da geminada no s explica por que as consoantespalatais nunca podem ser precedidas por uma rima pesada. Elatambm implica que, se lN ocorre entre as duas ltimas vogais deuma palavra que seja pelo menos trissilbica, o acento nunca poderpular a slaba pr-final. Isso porque no PB as palavras proparoxtonascom uma slaba pesada pr-final (por exemplo, hipoteticamente,*rpndo, *mexa, *Graldo, etc.) no existem. Mais uma vez, essapreviso corroborada pelos fatos:

    (6) alcnhacamnhocoznhadesnhofanha

    Como previsto, palavras com a estrutura como as de (6) nuncapoderiam ter acento na terceira slaba da direita.

    Alm disso, lN no ocorre em incio de palavras. Interessanteobservar que uma palavra como nhoque, emprestada do italianognocchi, pronunciada por alguns falantes como (ifl:)ki], e pormuitos outros como [0-)j:)ki]. Obviamente, lN considerado sercomplexo em algum sentido, e sua complexidade apenas toleradaem posio intervoclica. Provavelmente porque sua articulaocomplexa pode ser dividida sobre duas slabas.

    obvio que a hiptese de que lN se divide sobre duas slabasteria fora se fosse o caso de que a outra soante palatal do PB, apalatal II lh, mostrasse um comportamento paralelo a Ifl/.Antes de I /, as rimas ramificadas de qualquer tipo, incluindo vogaisnasais, so proibidas. Quando o II aparece entre as duas vogaisfinais de uma palavra que contenha mais de duas slabas, o acento invariavelmente na slaba pr-final. Finalmente, exceto para algunsc1ticos como lhe, lhes, lha lhe+a) e lho lhe+o), que sodificilmente usados no PB coloquial, 01I em incio de palavra ,

  • WETZELS 12

    muitas vezes, pronunciado com um Iii prottico, como em lhama,emprestado do espanhol /lama, pronunciado como [i] lhama.

    4. A SILABIFICAO DAS VOGAIS ALTAS DIANTE DAS SOANTESPALATAIS

    Lembro que em (5) foi ilustrado que Iii, I no podem serprecedidas por uma rima ramificada. Isto, certamente, no equivalea dizer que essas consoantes no podem ser precedidas por umaseqncia de vogais do tipo NH,li}/. No PB, de fato, este um padromuito comum, como mostram as palavras em (7):3(7) rainha

    ladainhamoinhofuinhagralho

    bainhamoinhatainhafuinhofalha

    Normalmente, seqncias de Vogal + Vogal Alta so obrigato-riamente silabificadas no PB para formar ditongos decrescentes,como pode ser visto em teimar, reino, fleuma, eunuco, andaime,paina, rauma, baunilha, etc. Por outro lado, as mesmas seqnciasso analisadas como bissilbicas, se elas so seguidas por um grupoconsonantal que no pode funcionar como onsetde slaba complexaou quando a seqncia de vogais seguida por uma consoante nofinal da palavra. Considere, para ver isso, as palavras em (8), em que$ marca uma fronteira silbica:(8) pau$lo Paulo pa$l paul

    ra$l Raulse$l Seoul

    jai$ro Jairo ja$r Jairada$l adailalda$r Aldairada$r Adairvalte$r Valteirra$lda Railda

  • Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.5-15, jul./dez. 2000 13

    A diferena na silabificao entre Paulo, com um ditongodecrescente, por um lado, e paul, com hiato, por outro, regularmenteresulta da RRM. A seqncia luI! em paul analisada como umaslaba independente, porque a acumulao de lauI! em uma s slabaformaria uma rima triposicional de um tipo que excluda pela RRM.De forma interessante, a estrutura geminada que reivindicada paraas soantes palatais prev que a estrutura da slaba sempre partir aseqncia IVi,ul em duas slabas antes de 1ft!. Isso, na verdade,sempre acontece. Em minha opinio, as palavras em (7) sointeressantes por duas razes. Primeiro, crticas ao apresentado aquipodero especular que o fato de I fi! nunca ser precedido por umaconsoante fechando a slaba precedente poderia ser atribudo aacidente histrico, e, sincronicamente, ser considerado como umalacuna acidental. Contudo, como as palavras em (7) mostram, omesmo no pode ser reivindicado com vistas ao fato de que lfi! nopode ser precedido por um ditongo, uma estrutura que as regras desilabificao obrigatoriamente se constroem antes de Inl ou Imlintervoclicos. Apenas sob a hiptese de que as palatais representamgeminadas fonolgicas pode-se explicar a falta sistemtica de ditongosantes de lfi!. Segundo, o fato de que soantes palatais nunca permitemque o acento caia na slaba antepenltima resulta do fato de que suaestrutura geminada torne a slaba pr-final pesada. Conseqente-mente, a propriedade de stress-attracting de 1ft, I no tem nada aver com a palatalidade desses sons, mas com sua natureza geminada.

    5. CONCLUSONa discusso precedente, vimos que as soantes palatais so, em

    muitos aspectos, diferentes de todas as outras soantes. Elas solimitadas posio intervoclica no contedo das palavras, desenca-deiam obrigatoriamente a nasalizao alofnica da vogal precedente,no permitem uma slaba pesada precedente, a vogal que imediata-mente as precede sempre acentuada, foram uma seqncia Vogal+ Vogal Alta precedente para silabificar como um hiato e tendem a

  • WETZELS 14

    ser "abrasileiradas", se ocorrem no incio de palavras emprestadasde outras lnguas. Mostramos que a hiptese de que esses sonsrepresentam geminadas fonolgicas fornece uma explicaounificada para todos esses fatos.

    NOTAS Meus agradecimentos a Dermeval da Hora por traduzir o texto original em inglspara portugus. Este texto representa uma verso revisada de parte de um estudomaior sobre a representao da nasalidade em portugus, publicado comoWETZELS (997).I No caso especfico de lal, quando final da palavra ou parte de um ditongo nasal,o diacrtico ortogrfico usado para marcar nasalidade contrastiva: l, me,etc. No interior de palavra [jl a prtica ortogrfica permite tanto como, como visto em cibra versus caimbra.2 A limitao da nasalizao alofnica a slabas acentuadas atpica nos dialetosdo Norte e Nordeste. Os fatos, como apresentados em (4), no se aplicam aosdialetos falados naquelas partes do Brasil.3 As convenes ortogrficas do PB prescrevem o uso de um acento agudo sobrea vogal alta, se a ltima no combina com a vogal precedente em um ditongo:sado, pas. Contudo, nenhuma marca de acento ortogrfico exigida, se a vogalalta que falta para formar um ditongo com a vogal precedente seguida por umanasal em final de palavra ou consoante lquida (paul, amendoim), por umaseqncia no interior da palavra de uma consoante soante + consoante (ainda,Railda 'id'), ou antes de (rainha). Suficientemente estranha, essa prticaque parece claramente inspirada na fonologia no se estende a : deve-seescrever falha com o acento agudo.

  • Rev. Est. Ling., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.5- 15, jul.!dez. 2000

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    15

    ABAURRE, M. Bernadete, PAGOTIO, Emlio G. Nasalizao no Portugus doBrasil. ln: KOCH, I. V. CEd.). Gramtica do portugus/alado VI. Campinas:Editora da UNlCAMP, 1996.

    MORAES, ]., WETZELS, W. Leo. Sobre a durao dos segmentos nasais enasalizados em Portugus: um exerccio de fonologia experimental. Cadernosde Estudos Lingsticos, UNlCAMP, 23, p.153-166,1992.

    VANDRESEN, Paulino. O vocalismo portugus: implicaes tericas. RevistaBrasileira de Lingstica, 2, p.8-l3, 1975.

    WETZELS, W. Leo. Mid vowel neutralization in Brazilian Portuguese. Cadernosde Estudos Lingsticos, UNlCAMP, 23, p.19-55, 1972.

    __o Mid vowel alternations in the Brazilian Portuguese verbo Phonology, 12,p.281-34, 1995.

    __o The lexical representation of nasality in Brazilian Portuguese. Probus, 9,p.23-232, 1997 .

    __o 1be sound structure o/Brazilian Portuguese. Cem preparao).