controle de pragas em sistema de armazenagem de
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CONTROLE DE PRAGAS EM SISTEMA DE ARMAZENAGEM CONTROLE DE PRAGAS EM SISTEMA DE ARMAZENAGEM DE DE GRÃOSGRÃOS
Prof. Adilio Flauzino de Lacerda FilhoUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Engenharia AgrícolaFones: (31)3899-1872 e 3899-2729E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
PRINCIPAIS PRAGAS PRESENTES NAS UNIDADESPRINCIPAIS PRAGAS PRESENTES NAS UNIDADESARMAZENADORASARMAZENADORAS
�� INSETOSINSETOS
�� FUNGOSFUNGOS
�� BACTÉRIASBACTÉRIAS
�� PÁSSAROS PÁSSAROS
�� ROEDORESROEDORES
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POR QUE A MASSA DE GRÃOS É O AMBIENTE IDEAL PARA TODASAS PRAGAS ?
� DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES;
� AMBIENTE UNIFORME E ESTÁVEL;
� TEMPERATURA E FAVORÁVEIS À REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO;
� FONTES DE ÁGUA:- umidade dos grãos- umidade do ar- água metabólica
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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SISTEMAS DE CONTROLE
ALGUNS PROCEDIMENTOS:
� CONHECER AS CARACTERÍSTICAS DA PRAGA TAIS COMO:. comportamento alimentar: preferência por alimentos e cadeia alimentar;. formas reprodutivas;. desenvolvimento e ciclos de vida;. órgãos sensores: tato, visão, audição, sensibilidades remotas, resistências a
agentes externos (químicos, físicos e biológicos);
� CONHECER AS CARACTERÍSTICAS DAS INSTALÇÕES
� RECURSOS TÉCNICOS PARA O COMBATE – técnica de combate, métodode aplicação, características do produto, influência sobre o alimento
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS DOS INSETOS EM RELAÇÃO AO ATAQUE
� PRIMÁRIOS - atacam os grãos sadiosa) Primários internos - perfuram os grãos, se alimentam dos
mesmos e se alojam em seu interior para se desenvolveremPrincipais espécies: Rhyzopertha dominica; Sitophilus oryzae e
Sitophilus zeameis.
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS DOS INSETOS EM RELAÇÃO AO ATAQUE
PRIMÁRIOS - atacam os grãos sadiosPrimários externos - destroem a parte externa dos grãos e se alimentam das partes internas sem se alojarem nela.Principais espécies: Plodia interpunctella
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS DOS INSETOS EM RELAÇÃO AO ATAQUE
SECAUNDÁRIOS - se alimentam de grãos danificados por outros insetos ou por causas mecânicas
Algumas espécies: Cryptolestes ferrugineus; Oryzaephilus surinamensis e Tribolium castaneum
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
CARACTERÍSTICAS DOS INSETOS EM RELAÇÃO AO ATAQUE
• ASSOCIADOS - são freqüentes na massa de grãos, entretanto se alimenta de
fungos. As principais espécies não fazem parte da classe de
insetos, são os ácaros.
• ACIDENTAIS - são aqueles presentes na massa de grãos mas raramente os atacam
• PARASITAS - vivem à custa de outros insetos
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE ALGUMAS ESPÉCIES
Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais
São as principais pragas dos grãos, provocam aquecimento da massa, umedecimento e fermentação.
S. oryzae - 300 a 400 ovos / fêmea
S. zeamais - 280 ovos / fêmea
Sitophilus spp
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE ALGUMAS ESPÉCIES
Sitotroga cerealella
Causam mais danos que as pragas anteriores, principalmente na fase de larvas
Depositam 400 ovos / fêmea
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE ALGUMAS ESPÉCIES
Acanthocelides obtectus
Causam muitos danos ao feijão, principalmente na fase larval, pelo fato do adulto depositar seus ovos no interior das sementes.
Depositam entre 1 e 7 ovos /fêmea
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DE ALGUMAS ESPÉCIES
Tribolium castaneum
Se alimentam de grãos avariados e farinhas, causando mais prejuízos que os insetos primários.
Depositam entre 400 e 500 ovos / fêmea
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOSALGUNS DANOS CAUSADOS PELOS INSETOS
� DANOS DIRETOS1 - PERDA DE PESO;2 - MENOR QUANTIDADE DE NUTRIENTES DISPONÍVEIS;3 - REDUÇÃO DA GERMINAÇÃO E VIGOR DAS SEMENTES;4 - MENOR COTAÇÃO DO PRODUTO NO MERCADO.
� CONTAMINAÇÕES1 - INSETOS INTEIROS;2 - FESES;3 - ODORES;4 - TEIAS.
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
INSETOS
ALGUNS DANOS CAUSADOS PELOS INSETOS
� DANOS INDIRETOS1 - AUQECIMENTO DA MASSA DE GRÃOS;2 - MIGRAÇÃO DE UMIDADE NA MASSA DE GRÃOS;3 - FERMENTAÇÃO DOS GRÃOS4 - REGEIÇÃO DO PRODUTO PELO MERCADO
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
O INSETO E O AMBIENTE DE ARMAZENAGERM
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
O INSETO E O AMBIENTE DE ARMAZENAGERM
33 - 3724Trogoderma granarium
32 – 3523Rhyzoperta dominica
32 – 3523Cryptolestes ferrugineus
20 – 3322Cryptolestes pusilus
32 – 3522Lasioderma sarricorne
32 – 3522Tribolium castaneum
30 – 3321Tribolium confusum
31 – 3421Oryzaephiluis surinamensis
31 – 3420Oryzaephilus mercator27 – 3117Sitophilus orizae
ÓTIMASMÍNIMASESPÉCIES
TEMPERATURAS - °C
Fonte: Howe e Stor (1965).
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
Tempo de exposição à temperaturas (°C) baixas necessárias para matar todosos estágios de vida evolutiva de vários insetos que atacam grãos armazenados
-90188531P. interpunctella
-116247431E. kueniela
----111S. cerealella
17851111T. castaneum
171251111T. confusum
262373311O. surinamensis
16863111S. oryzae
73463314-31S. granarius
-1,1 a 1,6-3,8 a -1,1-6,6 a -3,8-9,4 a -6,6-12,2 a -9,4-15,0 a -12,2-17,8 a -15,0Espécies
Número de dias de exposição
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Efeito da temperatura e da umidade dos grãos sobre a progênie de 100 S. oryzae e 100 S. granarius, com infestação separada, após 5 meses
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
219393219321102675517869219151413
319410950109501355136451074596495114
1250509850989661282648271631812
0151015108851258704011
04224223261500010
01222000009
S. granariusS. oryzaeS. granariusS. oryzaeS. granariusS. oryzaeS. granariusS. oryzae
32,2 °C26,6 °C21.1 °C15.5 °Cumidade% b.u.
Fonte: Cotton (s.d.)
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
Eficiência da alguns tipos de embalagens visando a proteção de café contraAraecerus fasciculatus (Bitran, s.d.)
51,6510,419frasco plástico
6
6
9
6
9
6
armazenagem - meses
tempo de
14,962,98juta com e sem malation
12,102,64papel kraft
36,218,24juta e papel kraft
15,913,46juta e papel kraft
37,498,90juta
17,193,78juta
%%Tipo de embalagem
Grãos perfuradosPerda de peso
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGASRedução de massa (%) de trigo submetido ao ataque de R. dominica e T. confusum,durante 9 meses
49,613,61,01642,612,8-1433,87,5-12Kentana 54
com impurezas
51,69,6-1650,412,4-1448,215,7-12Kentana 54
limpa
54,218,22021637,612,1-1445,215,5-12Lerna roxa
com impurezas
38,417,12,21640,317,3-1445,816,7-10Lerna roxa
limpa
9 meses6 meses3 meses5 b.u.VariedadesRedução de massa - %Umidade
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
Desenvolvimento de Acanthocelides obtectus em diferentes variedades de feijão, após infestação durante 15 dias, 12 e 24 semanas de armazenagem
127,88*46,63251,0066,5024,2552,008,0030Liborino
45,45*25,25117,0033,7518,7574,757,7530Calima
13,1738,37112,758,5024,7564,5010,2530Nima
14,5727,11123,7510,7520,0073,7510,5030Sangretoro
0,006,72100,000,004,5066,509,7530Andino
Pupas
Adultos
posturasPupasAdultosiniciaisvivosinsetos
Novas PosturasAdultosinicial de
Variedades
24 semanas12 semanas15 diasNúmero
Notas – experimento realizado no México
(*) pelo desenvolvimento do inseto foi possível encontrar pupa da segunda geração
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Influência do teor de água ( % b. u.) do trigo sobre a infestação de Sitophilus oryzae em diferentes temperaturas, após 5 meses.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
39343230223398441312032,2598364365090-00029,4
135511026796818853260026,61244492444262000023,810745869248278700021,1
951514584000015,5141312111098
População inicial de insetos – 100 carunchosTemperatura°C
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Respiração de trigo limpo e infestado, com diferentes teores de água, àtemperatura de 25 °C ( massa de trigo = 100 g)
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
27,727,313,2015,7
25,627,41,0015,2
25,026,70,6714,0
25,620,1traços10,7
18,110,1traços8,7
Sitophilus grnariusSitophilus oryzaelimpo% b. u.
Miligramas de CO2 produzido durante 24 horasUmidade dos grãos
Fonte: Shepard (s.d.)
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ESTIMATIVA DA PROGÊNIE DE INSETOS
( ) ( ) ( ) ( )BAABAABAABAP nn ⋅+++⋅++⋅+++= −1232 ...
EXEMPLO:
A = B = 10 insetos
A = número de machos
B = número de fêmeas
Número de gerações = 6
Fêmea com postura normal = 50 ovos
Admitir a média de 20 ovos / fêmea
Resultado Final: progênie = 2.222.220 novos insetos
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MÉTODOS DE CONTROLE DE INSETOS EM UNIDADESARMAZENADORAS
� QUARENTENA- manter os insetos longe dos limites ecológicos;
� SANIDADE- adota-se medidas higiênicas que envolvam:
1. colheita na época certa;2. desinfecção dos veículos de transporte;3. desinfecção dos equipamentos de colheita;4. limpeza e higienização dos grãos e dos armazéns;5. não misturas produtos de safras diferentes;6. inspeções freqüentes.
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MÉTODOS DE CONTROLE DE INSETOS EM UNIDADESARMAZENADORAS
� MECÂNICOS E FÍSICOS1. umidade e temperatura da massa;2. impacto ou movimentos;3. armazenamento hermético;4. transilagens;5. envoltórios resistentes;6. pós abrasivos;7. radiação;9. variedades resistentes
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MÉTODOS DE CONTROLE DE INSETOS EM UNIDADESARMAZENADORAS
� TRATAMENTOS QUÍMICOS - considerações.
1.1 - CUSTO. INSETICIDA;. MÃO-DE-OBRA: PREPARAÇÃOE APLICAÇÃO;. EQUIPAMENTOS E APARELHOS ESPECIAIS.
1.2 - RESÍDUOS. MÃO-DE-OBRA E EQUIPAMENTOS PARA AVALIAÇÃO E
EXTERMÍNIO. TRATAMENTO DO EXCESSO DE RESÍDUOS E
EMBALAGENS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
� TRATAMENTOS QUÍMICOS
1) MÉTODO CURATIVOexpurgo
. produto sólido - comprimidos ou pastilhas
. produtos gasosos
2) MÉTODOS PREVENTIVOS. polvilhamento. pulverização. nebulização.
3) FORMULAÇÕES. pó seco e pó molhável;. concentrado emulcionável;. aplicação em ultra baixo volume;. aplicação em "spray";. aplicação em nebulização
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
� TRATAMENTOS QUÍMICOS
TIPOS DE INSETICIDAS
1) LÍQUIDOS. tetracloreto de carbono. dibrometo de etileno. dicloreto de etileno. brometo de metila
2) SÓLIDOS. fosfeto de alumínio. foefeto de magnésio. cianeto de cálcio
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
� TRATAMENTOS QUÍMICOS
TIPOS DE INSETICIDAS
3) CONFORME A PENETRAÇÃO. por ingestão;. por contato;. por fumigação.
4) CONFORME A NATUREZA QUÍMICA4.1) DE ORÍGEM VEGETAL - píretros. nicotina e rotenonas4.2) DE ORIGEM MINERAL - sílica gel, óxido de magnésio, óxido de alumínio
argilas.
5) SINTÉTICOS. clorados. fosforados. carbamatos
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
� TRATAMENTOS QUÍMICOS
6) MÉTODOS DE APLICAÇÃO. em mistura com os grãos;. aplicação superficial;. aplicações pontuais por sondas;. penetração por sondas;. distribuição forçada.
7) CUIDADOS NA APLICAÇÃO. evitar a respiração de moléculas tóxicas. utilizar equipamentos de proteção individual;. aplicar o inseticida á favor dos ventos;. não comer e não fumar;. lavar-se com água fria e sabão;. procurar um médico em casos de intoxicação
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS
FUNGOS E BACTÉRIAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS
1. CONCEITO
CONSTITUÍDA POR FUNGOS E BACTÉRIAS QUE, SOB CONDIÇÕESFAVORÁVEIS, SÃO CAPAZES DE SE DESENVOLVEREM,
OCASIONANDO PREJUÍSO TOTAL À MASSA DE GRÃOS.
2. DETERIORAÇÃO DOS GRÃOS PELA AÇÃO DA MICROFLORA
2.1 REDUÇÃO DO PODER GERMINATIVO2.2 DEGRADAÇÃO DO MATERIAL GRAXO2.3 AQUECIMENTO DA MASSA2.4 MIGRAÇÃO DE UMIDADE
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS
3. PRODUÇÃO DE TOXINAS
4. FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE DA MICROFLORA4.1 UMIDADE DO PRODUTO4.2 TEMPERATURA DO PRODUTO4.3 TAXA DE OXIGÊNIO PRESENTE NA MASSA DE GRÃOS4.4 CARACTERÍSTICAS DO TEGUMENTO DOS GRÃOS4.5 CONDIÇÕES FÍSICAS DO TEGUMENTOP DOS GRÃOS4.6 INDICE DE IMPUREZAS DO PRODUTO
5. CONTROLE DA MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS5.1 CUIDADOS DURANTE A COLHEITA5.2 LIMPEZA DO PRODUTO5.2 SECAGEM DOS GRÃOS
5.3 HIGIENE DAS INSTALAÇÕES
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS
Umidade relativa mínima para o desenvolvimento de fungos encontradosem grãos armazenados, sob condições ótimas de temperatura (26 - 36 °C)
80 - 90Penicillium
85Aspergillus flavus
80Aspergillus candidus
73Aspergillus glaucus
70Aspergillus restrictus
68Aspergillus halophilicus
Umidade relativa – %Espécies
Fonte: Storage of Cereal Grains
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
MICROFLORA DOS GRÃOS ARMAZENADOS
Influencia do teor de umidade sobre o desenvolvimento de Aspergillus sp e percentagem de grãos de trigo deteriorado após 14 meses de armazenamentoem ambiente com temperatura variando entre 20 e 25 °C
5302814,9100810015,1
2202014,7330514,2120313,8
0013,20012,3
grama de grãos - milharesdeteriorados - %Umidade dos grãos - % b.u.Colônia de fungos porMassa de grãos
Fonte: Christensen (1974)
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
PRINCIPAIS ESPÉCIES:
1) Rattus norvégicus
. ORIGEM: supostamente originário da Ásia (China)
. PROLIFERAÇÃO: surgiu na Europa no início do século 18 e no final deste século na América do Norte;
. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: pesa aproximadamente 350 g, tem coloraçãoacinzentada, estabelece uma área de atuação entre 10 e 15 m ao redor da toca; faz sua toca em encostas; pode nadar à procura dealimentos durante 72 horas a uma velocidade de 1,4 km / h
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ROEDORES
PRINCIPAIS ESPÉCIES:
2) Rattus rattus
. ORIGEM: Sudeste da Ásia. É a espécie hospedeira da pulga que transmite apeste bubônica
. PROLIFERAÇÃO: chegou às Américas em navios de descobridores
. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: pesa aproximadamente 250 g e é chamado de ratode telhado. Tem as almofadas plantares cheias de calosidades e o rabo maiorque o corpo, o que lhes permite escalar superfícies. Podem subir em canos comdiâmetro entre 4 e 10 cm. Correm muito e saltam verticalmente até 1,5 m e podem cair de 20 m de altura sem se machucarem. Podem escalar superfícies distantes de 7,5 cm entre si.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
PRINCIPAIS ESPÉCIES:
3) Mus musculus
. ORIGEM: originário da Ásia Central. Conhecido desde o Antigo Egito
. PROLIFERAÇÃO: Foi introduzido nas Américas pelos espanhois e portugueses
. CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: Pesa aproximadamente 35 g e tema área de atuação em torno de 5 m ao redor da toca. Alimenta-se pouco, mas estraga muito os alimentos em função da sua curiosidade. Vive me lã de vidro de fogões, atrás de motores de geladeira, dentro de sofás, atrás de cochos de comida de animais etc. Entram em qualquer orifício que passar a sua cabeça. Vivem durante 1 ano, têm 6 ninhadas por ano, com 10 a 12 filhotes por ninhada, com período gestacional de 21 dias e atingem a maturidade sexual aos 2 meses
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ROEDORES
CARACTERÍSTICAS GERAIS
. Apresentam um par de dentes incisivos no maxilar superior e outro no inferior, que cresce entre 10 e 12 cm / ano. Não tem caninos e pré-molares. A dureza dos dentes é classificadaem 5.5 (igual a do alumínio) e podem ruem argamassa no traço 3:1;
. Podem dectar movimentos em até 10 m de distância, com percepção de profundidade de 1m, sendo capazes de aliar o esforço necessário para um salto;
. Enxergam em tom cinza e não têm sensibilidade ao vermelho, podendo ser observadoscom o uso de iluminação em vermelho, sem incomodá-los .
os camundongos podem identificar objetos a uma distância de 15 m.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
1) OLFATO
. ODORES SOCOAIS: impactos diretos no comportamento e na fisiologia deferomônios primários;
. ODORES FUNCIONAIS: produzidos pela urina, fezes, secreções de glândulasapócrinas e sebáceas (costa, prepúcio, olhos). Algumasespécies respondem naturalmente aos odores depredadores. Marcam com cheiro seu território e trilha. Oolfato é importante na transferência de informação entre indivíduos.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
2) TATO
. TIGMOTAXIA: movimentos regulados por estímulos táteis. Altamente desenvolvido em ratos e camundongos, através das vibrissas e pêlos táteis, permitindo deslocamentos guiados por contato em superfícies.;
. QUINESTESIS: relação do sentido tato ao músculo "ciente do perigo", isto é, o roedor é capaz de perceber o perigo em seu ambiente físico através de uma memória combinada de movimento e tato. Utilizado para escapadas rápidas
do predador.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
3) AUDIÇÃO
. FREQUÊNCIA: camundongos podem ouvir sons de 90 kHz e os ratos de 100 kHzenquanto o homem apenas 20 kHz;
COMUNICAÇÃO: podem emitir sons ultra-sônicos sem alertar seus predadores;
. LOCOMOÇÃO: estes sons podem ser úteis para se movimentarem no escuro
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
4) PALADAR E HÁBITOS ALIMENTARES
. PREFERÊNCIA ALIMENTAR:reflete sua preferência alimentar, podendo afetar a eficácia daiscagem. Tem paladar apurado, podendo detectar substâncias tóxicas em baixas concentrações (0.5 ppm);
. MEMÓRIA GUSTATIVA: experimentando certos sabores, dificilmente ele será mascarado;
. PALATABILIDADE: é uma combinação entre os sentidos visual, olfatório e gustativo;
. COMPORTAMENTO ALIMENTAR: é o mais importante do ponto de vista prático, emfunção do uso de iscas envenenadas;
. PERÍODOS: alimentam-se mais nos períodos de início e final da noite.
. NEOFOBIA: aversão a coisas novas (o alimento não deve matar antes de 16 horas)
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ROEDORES
ASPECTOS SANITÁRIOS E ECONÔMICOS
. PODEM COMER 10 % DO SEU PESO POR DIA E CONTAMINAM 5 VEZES A QUANTIDADE QUE COMEM;
. FAO (1986) - ESTIMATIVA DE ESTRAGO DE 33 MILHÕES DE TONELADAS, O SUFICIENTE PARA ALIMENTAR 130 MILHÕES DE PESSOAS / ANO;
. OMS - ESTIMOU QUE UM RATO DÊ UM PREJUÍZO DE U$ 10,00 / ANO E QUE EXISTEM 3 RATOS POR HABITANTE;
. BRASIL - ESTIMA-SE QUE 4 % DA PERDA DE GRÃOS É DEIVIDA AOS RATOS (ARROZ, FEIJÃO E MILHO);
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
OUTROS DANOS CAUSADOS
. DANIFICAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E INSTALÇÕES;
. PERFURAÇÕES DE PISOS E SESTRUTURAS, CAUSANDO INFILTRAÇÕES;
. ENFRAQUECIMENTO DE ESTRUTURAS;
. ROMPIMENTO DE CABOS ELÉTRICOS;
. INCÊNDIOS;
. DANOS AÀ SAÚDE HUMANA.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
DOENÇAS PARA O HOMEM
Fonte: Lorine et al. (2002)
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ROEDORES
MEDIDAS DE CONTROLE
. CONTROLE FÍSICO
. CONTROLE BIOLÓGICO;
. CONTROLE QUÍMICO
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
CONTROLE FÍSICO. visa impedir a entrada de roedores nas instalações;
. não permitir a existência de orifícios que possibilitem a entrada dos ratos;
. as instalações devem ser sólidas, com pisos de concreto, sem possibilidades alternativas para o alojamento dos ratos;
. as portas, janelas e grades devem ser bem ajustadas para evitar fendas;
. todos os orifícios devem ser protegidos com telas metálicas de malha igual ouinferior a 5 mm;
. instalação de equipamentos de ultra-som em ambientes específicos.
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEORES
CONTROLE BIOLÓGICO
. uso de agentes biológicos controladores de reprodução;
. os predadores não têm a capacidade de frear uma população de presas emexpansão;
. seu principal impacto é adiar a recuperação das presas, mantendo um nível populacional mais baixo em comparação com outra situação;
Fonte: Urrego e Uruena, citados por Matias (2002)
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEORES
CONTROLE QUÍMICO - raticidas
AGUDOS
. Matam os ratos em um intervalo de tempo muito curto. Os que não ingerirem adose letal, relacionarão o raticida como causador de doenças (neofobia);
. Todo e qualquer raticida na forma líquida é proibido pelo Ministério da Saúde;
. É proibido o uso de raticidas que não tenham antídotos.
. Exemplos: sete vidas, seta belo, mata sete etc
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ROEORES
CONTROLE QUÍMICO - raticidas
ANTICOAGULANTES
. Atuam pela interrupção do ciclo de vitamina K no fígado;
. É seguro e eficaz no controle de ratos;
. O principio é a hidroxicumarina
. Produto: warfarina, difaciona, cumacloro etc
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
CONTROLE QUÍMICO - raticidas
ISCAS PELETIZADAS
. grãos inteiros, quebrados e moídos são muito utilizados nas formulações de iscas;
. são utilizadas em áreas secas de interior ou exterior das instalações ou abrigos;
. as iscas devem ser coloridas, por força de lei;
. o uso de iscas com grãos integrais pode ser perigos em função de se confundidacom alimento sadio
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
CONTROLE QUÍMICO - raticidas
ISCAS PARAFINADAS
. surgiram com a finalidade de suprir as desvantagem das iscas peletizadas;
. permitem a exposição em áreas úmidas e até chuvosas, em telhados etc;
. o bloco de parafina permite manter o paladar, o cheiro, a cor, o ingrediente ativo etc
. possuem entre 25 e 40 % de parafina
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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ROEDORES
CONTROLE QUÍMICO - raticidas
PÓ DE CONTATO
. raticida de primeira geração, portanto necessita de consumo sucessivo durantealguns dias;
. são aplicados em trilhas, entrada de tocas, próximo a fontes de água e alimentos;
. baseiam-se no fato de que os ratos tem que se lamberem e uns aos outros antes de entrarem nas tocas;
. são produtos altamente concentrados, entre 0,75 e 1,0 % de princípio ativo, enquanto os pellets possuem concentração de 0,005 %.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
ROEDORES
PROGRAMA DE CONTROLE
. toda a área deve ser objeto de controle afim de que um unidade não tratadacomprometa a efetividade do controle;
. realizar controle simultâneo de área interna e externa;
. aplicar quantidade de isca suficiente para a população (observar se o consumo foi integral em um intervalo de tempo);
. observar os sinais em toda a área a fim de distribuir as iscas;
. colocar as iscas em postos protegidos - tubos de PVC
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ROEDORES
CONTROLE QUÍMICO – raticidas
DL50 aguda oral de vários anti-coagulantes, em gramas de isca comercial
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
18,514,0 a 300Warfarina
0,3 a 2,651,25 a 3,64Flocoumafem
0,405,6Difenacoum
1,295,6Difetialone
0,95,5 a 9,0Bromadiolone
0,21,1 a 1,4Brodifacoum
Camundongos – 25 gRatos – 250 gRaticidas
Fonte: Matias et al (2002)
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ROEDORES
ETAPAS DE DESRATIZAÇÃO
. definir a área que será trabalhada;
. definir um responsável para a realização dos trabalhos;
. definir outras pessoas da unidade envolvidas no processo;
. definir as tarefas individuais e de grupo e realizar treinamentos;
. identificar os locais onde verificou-se os sinais dos ratos: trilhas, fezes, tocas,roeduras, odores etc;
. escolher o raticida apropriado aos locais secos e úmidos e internos e externos;
. observar até que não haja mais consumo de iscas;
. divulgar os resultados observados;
. continuar o trabalho preventivamente
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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PÁSSAROS
POMBOS
. São aves do gênero Columba, com mais de 50 espécies. A mais conhecida é a Columba livia;
. As espécies domésticas são originárias de cruzamentos com pombos selvagensdenominados de pombos de rocha;
. As espécies selvagens habitam o Mediterrâneo, Oriente Médio e Norte da África;
. Já domesticados foram trazidos para o Brasil pela família real portuguesa;
. Se adaptam em áreas urbanas em estruturas arquitetônicas que se assemelhamà rochas;
. Alimentam-se de grãos detritos urbanos e resíduos domésticos;
. Nas estruturas de armazenagem encontram o alimento e o habitat favorável;
. São monogâmicos, postura com dois ovos, período de choca entre 17 e 18 dias, com 2 a 3 oviposições anuais.
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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PÁSSAROS
POMBOS
RAZÕES BÁSICAS PARA A PREFERÊNCIA HURBANA
. oferta abundante de abrigo - disponibilidade de uma grande quantidade defrestas em estruturas arquitetônicas, simulando ohabitat natural;
. ausência de predadores - a ausência ou o pequeno número de aves de rapina nomeio urbano contribuem para a sua proliferação;
. disponibilidade de alimentos - lixo, derrame de grãos farelos, restos domésticos. Podem também se alimentar em áreas ruraispróximas das áreas urbanas
CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
POMBOSDOENÇAS
PARASITAS
. Piolhos de pombos, percevejos e carrapatos - causam problemas alérgicos,respiratórios, rinites a asmas;
. Psitacose - doença causada pela Chlamydiae psittaci. O pombo infectado apresenta este microorganismo no sangue, fezes e penas. A transmissão para o homem ocorre por inalação do aerossol proveniente de fezes secas contaminadas. A infecção inicial é pulmonar disseminando-se, posteriormente, para o baço e fígado e para outras partes docorpo.
. Salmonelose - Doença causada por várias espécies de Salmonella. Estas bactérias colonizam o trato gastrintestinal, sendo as fezes a fonte de infecção;
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
PÁSSAROS
DOENÇAS
PARASITAS:. Histoplasmose - causada pelo fungo Histoplasma capsulatum. É um fungo
saprófita encontrado no solo. A infecção ocorre por inalação ao remover detritos com fezes de pombos;
. Criptococose - causada pelo fungo Cryptococcus neoformans. A infecçãoocorre por inalação.
. Toxoplasmose - causada pelo protozoário Toxoplasma gonddi
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CONTROLE DE PRAGASCONTROLE DE PRAGAS
PÁSSAROS
COMBATE
TÉCNICAS
. não podem sofrer eliminação letal;
. recursos que provoquem dispersão - luz, sons, produtos químicos não letais;
. IBAMA