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Educação Física 4ª Etapa
2º ano Ensino Médio
TEMA 1: ESPORTES ESCOLARES
Práticas das aulas com os principais esportes coletivos (futsal; handebol; basquete; vôlei), suas respectivas regras
básicas, fundamentos e situações de jogo.
Consulte:
http://regrasdoesporte.com.br/regras-do-basquete-da-fiba-e-nba-fundamentos-quadra-e-historia.html
http://regrasdoesporte.com.br/tudo-sobre-volei-de-quadra-regras-fundamentos-e-historia.html
http://regrasdoesporte.com.br/conheca-as-regras-do-futsal-fundamentos-e-historia.html
http://www.pronoticia.com/esporte/regras-handebol.html
TEMA 2: FONTES DE ENERGIA DO CORPO
A Educação Física não se restringe ás atividades práticas, como jogar, correr, saltar etc., mas envolve
também o entender, o modificar e o adaptar-se para praticar as atividades físicas de uma maneira adequada,
prazerosa e principalmente com benefícios biológicos. Para que essa prática se torne habitual, também na vida
adulta, é fundamental praticarmos de forma consciente, considerando aspectos fisiológicos (fontes de energia para
o corpo e condicionamento físico). É relevante, também, compreender que a prática de exercícios físicos é
envolvida por diversos mitos e estes devem ser esclarecidos.
Carboidratos, gorduras e proteínas que consumidos ao longo do dia fornecem a energia necessária ao
organismo para manter as funções corporais tanto em repouso quanto durante a prática de atividade física. Durante
a atividade física uma combinação dessas três fontes energéticas é utilizada de acordo com a intensidade, duração
e tipo de atividade. A dieta prévia do praticante também influencia sobre qual fonte energética está sendo utilizada
em determinado momento da prática da atividade.
Existem duas maneiras de consumo de energia, quando o ATP já está armazenado na célula muscular (anaeróbio),
e quando o mesmo é destinado de outras partes, principalmente do fígado, para que seja fonte de energia da célula
muscular (aeróbio).
Abaixo descrevemos as fontes energéticas, e como elas são consumidas pela célula, assim como
alimentos, onde elas podem ser encontradas e exemplos de atividades onde o consumo é via anaeróbio ou aeróbio.
Metabolismo
O conjunto de reações químicas e de transformações de energia, incluindo a síntese (anabolismo) e a
degradação de moléculas (catabolismo), constituí o metabolismo.
Toda vez que o metabolismo servir para a construção de novas moléculas que tenha uma finalidade
biológica, falamos em anabolismo. Por exemplo: a realização de exercícios que conduzem a um aumento da massa
muscular de uma pessoa envolve a síntese de proteínas nas células musculares.
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Por outro lado, a decomposição de substâncias, que ocorre, por exemplo, no processo de respiração celular, com
a liberação de energia para a realização das atividades celulares, constituí uma modalidade de metabolismo
conhecida como catabolismo.
ATP
Cada vez que ocorre a desmontagem da molécula de glicose, a energia não é simplesmente liberada para
o meio. A energia é transferida para outras moléculas (chamadas de ATP - Adenosina Trifosfato). O ATP consiste
em um componente de adenosina e três partes denominadas grupo fosfato. A energia para contração muscular é
gerada através da quebra da molécula de ATP pelo músculo.
Carboidrato
Primeira forma de consumo de energia dos músculos durante a sua contração. É armazenado nos
músculos e no fígado em forma de Glicose. Nos músculos são transformados em ATPs a fim de gerar a energia
necessária para a contração muscular.
São fontes de Carboidratos: cereais (arroz, trigo, milho, aveia), os tubérculos (batatas, mandioca,
mandioquinha) e os açúcares (mel, frutose, etc.).
Lipídios (Gordura)
É a segunda fonte de energia. É utilizada em paralelo com o carboidrato. A sua utilização como fonte de
energia aumenta de acordo com o tempo de exercício e a diminuição da utilização de carboidratos. Os exercícios
mais indicados para queima dos Lipídios são os de intensidade baixa e duração prolongada. Pelo fato da queima
de Lipídios se darem de forma lenta e gradual, se o exercício for de longa duração e com intensidade moderada
ou alta ocorre também à participação das proteínas como forma de gerar energia. O Ideal é manter uma atividade
prolongada com intensidade entre 40 a 65% do Vo² Max.
São fontes de Lipídios: Margarinas, Óleos, Frituras.
Gordura - Colesterol
HDL e LDL são as siglas utilizadas para designar o colesterol. Colesterol é um tipo de gordura presente no
organismo dos seres humanos, e é essencial para o bom funcionamento do mesmo. O HDL é chamado de o bom
colesterol, e o LDL de mau colesterol.
Proteínas
As proteínas são grandes compostos de unidades menores chamadas aminoácidos. É o principal
componente dos tecidos estruturais, como pele e colágeno. No processo de formação da energia, é a última a ser
utilizada. Sendo comumente chamada de “perda de massa magra” acontece quando os estoques de Carboidratos
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estão baixos, e a intensidade do exercício é elevada a ponto dos Lipídios não conseguirem fornece toda a energia
necessária.
São fontes de proteínas: Todo tipo de carne, queijo, leite e ovos.
Fonte Anaeróbia
É uma fonte de energia imediata, onde o ATP já está armazenado no músculo, usada em exercícios de
alta intensidade e baixa duração. Não se utiliza de oxigênio, sendo considerada uma fonte anaeróbia.
Exemplos: Musculação, levantamento de peso, saque no tênis, cortada no voleibol, soco no boxe.
Fonte Aeróbia - Oxidativo
Quando se pratica um exercício de baixa intensidade e grande duração, é preciso usar ATPs além
daqueles que já estavam armazenados nos músculos, para o transporte e absorção da glicose que irá se
transformar nesses ATPs é necessária à utilização do Oxigênio, por isso é considerada uma fonte aeróbia de
energia. A utilização dos Lipídios (gorduras) como fonte de energia acontece em sua maioria durante a atividade
aeróbia.
Exemplos: Caminhada, Corrida, Natação, Spinning.
TEMA 3: CONDICIONAMENTO FÍSICO
O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase (situação de
equilíbrio interno), pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e,
consequentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias
adaptações fisiológicas são necessárias (BRUM ET al. 2004). Logo abaixo, serão vistas resumidamente algumas
dessas importantes adaptações no sistema fisiológico humano às atividades físicas.
Frequência cardíaca de repouso: representa a quantidade mínima de batimentos cardíacos necessários
para profundir todos tecidos numa situação de repouso (de gasto energético mínimo pelo organismo, sem
exercícios físicos; ex. quando a pessoa está descansando, sentada no trabalho, assistindo tv,... etc.). Uma pessoa
que pratica atividade física possui uma frequência cardíaca de repouso menor do que uma pessoa sedentária. O
que significa que, numa situação de repouso, o coração da pessoa que se exercita possui uma capacidade de
bater menos vezes (exige menos do coração) para alimentar o organismo. Isso porque esse coração consegue
enviar um maior volume de sangue para o corpo a cada batida, pois o músculo cardíaco (miocardio) possui uma
maior capacidade de contração. Entre outras palavras, é um coração mais sadio e forte, que possui uma melhor
capacidade de contratilidade e distribui melhor o sangue para o corpo. Desta forma, é um coração menos exigido
no dia a dia e com menores riscos de doenças cardíacas.
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Frequência cardíaca submáxima: um coração mais sadio e forte, também apresenta uma menor
frequência cardíaca submáxima, ou seja, quando se está próximo da exigência máxima do músculo cardíaco, o
coração de uma pessoa que se exercita irá bater menos vezes também. Assim, essa pessoa irá demandar menores
exigências ao coração em atividades próximas do esforço máximo, o que acarreta em menores riscos ao músculo
cardíaco e a saúde. Já a frequência cardíaca máxima tende a não se alterar (pois esta é determinada pela idade
e pelo sexo), enquanto valores menores podem ser vistos em repouso e, principalmente, durante um exercício
submáximo, provavelmente relacionados a mecanismos como aumento do retorno venoso (sangue que retorna
dos tecidos para o coração) e da contratilidade miocárdica.
Resistência periférica: a resistência periférica trata-se da resistência ao fluxo sanguíneo que chega aos
vasos periféricos (inúmeros vasos espalhados por todo corpo), ou seja, é a facilidade com que o sangue flui das
arteríolas para dentro dos capilares para levar O2 para os tecidos. Com a prática de exercícios físicos, os vasos
sanguíneos tornam-se mais elásticos e limpos de gordura, facilitando assim a circulação do sangue e sua
dissipação pelos tecidos, gerando uma menor resistência periférica.
Pressão arterial: a pressão arterial representa a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias.
Com a prática regular de atividade física, ocorre uma diminuição da pressão arterial por causa de uma melhoria
no fluxo sanguíneo e de uma melhora na contração do coração. A pressão arterial sistólica, que é a pressão mais
alta gerada pelo coração e que ocorre durante a contração dos ventrículos, representa a força que o sangue exerce
contra as paredes das artérias quando o coração bombeia sangue para o organismo (em repouso, geralmente
varia em torno de 110 a 140 mmHg). Após a sístole, os ventrículos se relaxam (diástole), as artérias sofrem um
recuo e a pressão arterial declina continuamente à medida que o sangue flui para a periferia e o coração volta a
encher-se de sangue. A pressão mais baixa alcançada durante o relaxamento ventricular representa a pressão
arterial diastólica (em repouso, geralmente varia em torno de 60 a 90 mmHg). Portanto, a pressão arterial diastólica
é a pressão exercida pelo volume de sangue que permanece nas artérias após o esvaziamento dos ventrículos.
Débito cardíaco: O débito cardíaco é o volume de sangue que o coração é capaz de bombear (volume
sistólico de ejeção) multiplicado pelo número de batimentos do coração (frequência cardíaca), durante o período
de 1 minuto (DC= VE x FC). Com a prática regular de atividade física, o débito cardíaco de uma pessoa se torna
maior, devido à capacidade do coração de bombear um maior volume sanguíneo para mesmos valores de
frequência cardíaca.
VO2 máx.: O VO2máx é o volume máximo de oxigênio que o organismo consegue captar e transformar
em energia. Quanto melhor condicionado fisicamente é um indivíduo, mais o seu corpo consegue usar o oxigênio
e melhor é aproveitada a energia produzida. Hoje, à luz da ciência, não se pode negar que o condicionamento
físico tende a proporcionar melhoras no consumo máximo de oxigênio, provocadas, pelo menos em parte, por um
aumento do débito cardíaco, principalmente à custa de um aumento do volume sistólico.
Taxa de colesterol: A atividade física regular gera uma diminuição na taxa de colesterol e gordura no
organismo (tanto na gordura corporal quanto principalmente no colesterol sanguíneo). A atividade física gera um
aumento na produção de H.D.L. (High Density Lipids), abreviação em inglês de lipídeos de alta densidade (mais
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conhecido como o “bom” colesterol), que por serem de alta densidade, juntamente com o fluxo sanguíneo na
circulação, fazem uma ação de limpeza nos vasos, retirando a gordura que provoca os entupimentos nas artérias,
causando enfartes. Essa gordura que provoca o entupimento das artérias e vasos é conhecida como L.D.L. (Low
Density Lipids), abreviatura em inglês de lipídeos de baixa densidade. Por ser de baixa densidade, essa gordura
tende a se instalar facilmente nas paredes dos vasos e artérias, gerando uma camada de gordura que pode
interromper a circulação sanguínea e o fluxo de oxigênio para os tecidos.
Número de mitocôndrias: as mitocôndrias são as células onde o oxigênio é usado para transformar os
nutrientes em energia para o corpo. Com o aumento do condicionamento físico, ocorre o aumento do número de
mitocôndrias e a melhora na capacidade de aproveitamento do oxigênio em energia pelo corpo.
A atividade física regular, também gera um aumento do número de enzimas oxidativas, que são enzimas que
ajudam a transformação dos nutrientes e do oxigênio em fonte de energia para o corpo.
Reserva de substratos energéticos: o organismo utiliza de alguns tipos de fontes de energia, de acordo
com a demanda (intensidade e duração) da atividade, que tendem a aumentar em quantidade com a prática regular
de atividade física, podendo ser utilizadas quando necessário. Algumas dessas fontes energéticas são o ATP
(Adenosina Trifosfato), CP (fosfocreatina), e o glicogênio muscular.
Ácido lático: O ácido lático forma-se como resíduo nos músculos devido às reações celulares durante as
atividades físicas (principalmente atividades com uma intensidade e esforço maiores), dificultando assim a
contração muscular e a manutenção do desempenho. O condicionamento físico através da prática regular de
atividades físicas gera uma melhora na capacidade de remover esse ácido e uma maior capacidade de resistir a
sua atuação no organismo. Assim, os músculos passam a suportar os exercícios por um tempo maior, gerando um
aumento na força e resistência muscular.
Sudorese: a sudorese é a eliminação de suor pelo organismo. Geralmente, esse mecanismo ocorre como
uma ferramenta do corpo para perder calor para o ambiente e poder manter a temperatura corporal dentro dos
limites saudáveis. Durante a atividade física, o corpo aumenta sua temperatura devido reações celulares e
vasodilatação periférica, para nutrir melhor os músculos e tecidos de oxigênio. Com a prática regular de atividade
física, o organismo com o tempo, começa a aumentar a taxa de produção e liberação de sudorese, sendo o suor
mais bem distribuído pelo corpo, o que possibilita seu resfriamento mais rápido. Como adaptação a um programa
de exercícios, o suor passa a ter menos sais minerais, ou seja, o organismo perde menor quantidade de sais, que
são importantes para as reações celulares e contrações musculares.
TEMA 4: PRÁTICAS CORPORAIS
Para a prática esportiva há dois pré-requisitos básicos: prazer e regularidade. E um decorre do outro.
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O primeiro passo é descobrir uma atividade alinhada ao seu perfil, de modo que a pratique de forma
despretensiosa. Você até poderá competir em torneios, participando de ligas segmentadas por sexo e idade,
conquistando troféus e medalhas e cultivando novas amizades. Porém, atente para não fazer da busca pela
excelência um fim em si mesmo, ou o prazer poderá dar lugar à angústia e à frustração. Essa é uma atribuição
para esportistas profissionais.
O condicionamento do corpo pode ser realizado em academias, em casa ou em áreas públicas. Você pode
optar por atividades aeróbias (corrida, bicicleta, esteira), aquáticas (natação, hidromassagem), de resistência
muscular (musculação) ou para flexibilidade (alongamento, ioga).
Nada de praticar exercícios em locais com poluição intensa, como ruas e avenidas movimentadas. Prefira horários
com menor tráfego, áreas arborizadas quando disponíveis ou deixe para se exercitar em uma academia ou em
casa. Fuja também do calor excessivo, para não sofrer desidratação: beba água e utilize roupas leves que facilitem
a transpiração, bem como calçados adequados.
Por fim, a regularidade traz mais benefícios à saúde do que a intensidade da atividade física. Você terá
que encontrar algo capaz de mexer com seus pulmões e seu coração, praticando com frequência. O ideal seriam
30 minutos diários de atividade. Contudo, você pode optar pela prática duas ou três vezes por semana.
Lembre-se de que você deve buscar uma orientação individual com um médico e um acompanhamento com um
profissional de Educação Física.
Seja paciente com seu corpo, ouça sua respiração e monitore sua frequência cardíaca. Além disso, faça
uma avaliação cardiovascular, respiratória e ortopédica antes de iniciar qualquer atividade física, incluindo um teste
ergométrico conduzido por um cardiologista habilitado.
As aulas de Educação Física na escola constituem-se em tempos e espaços de práticas corporais, na
forma de esportes, danças, lutas, ginásticas e os jogos e brincadeiras. Foi possível vivenciar e experimentar
diferentes práticas corporais nas aulas e a partir daí modificá-las, virá-las de ponta a cabeça, construindo, nesse
processo, novos sentidos e significados.
Mas as práticas corporais têm um alcance amplo, podendo abranger modalidades diversas e com vários
sentidos, que não foram contempladas durante o Ensino Fundamental, como: corrida, caminhada, musculação,
slackline, esportes de aventura, skate, patins, jazz, danças afro, hip-hop, yoga e outras.
Atividade física: prática corporal ou hábito de vida?
Todos nós, em algum momento de nossas vidas, fomos apresentados à atividade física como simples
prática corporal pontual. Alguns, na educação física escolar, outros, na iniciação esportiva. Há também quem tenha
sido apresentado no trabalho, nas tarefas domésticas ou, até mesmo, por indicação médica, como componente de
um tratamento para determinadas doenças.
Todavia, poucos de nós fomos apresentados à atividade física como um hábito de vida.
Hábitos de vida são as tarefas que as pessoas realizam em seu cotidiano, rotineiramente, como almoçar em
determinado horário, escovar os dentes, tomar banho, estudar, entre outros. Esses hábitos, geralmente, são
adquiridos desde a infância e levados conosco pelo resto de nossas vidas.
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O fato que leva à adoção e sustentação de um hábito de vida é a necessidade de sua repetição frequente
para promover saúde, qualidade de vida ou até mesmo a sobrevivência. No caso de sua interrupção, algum desses
aspectos pode ser prejudicado. Por exemplo, se uma pessoa ficar sem escovar os dentes por 1 ano, todos os
efeitos das escovações realizadas antes desse ano serão perdidos, ou seja, os benefícios da escovação dos
dentes só se fazem presentes diante do hábito diário.
A atividade física funciona da mesma maneira. Todos os efeitos benéficos da atividade física sobre nosso
organismo somente se fazem presentes diante de sua prática regular. Do mesmo modo, se uma pessoa que
praticou atividade física durante anos interromper sua prática por um ano, todos os efeitos orgânicos conquistados
nos anos anteriores serão revertidos. Portanto, o entendimento do conceito de atividade física deveria ser diferente
na sociedade. Deveríamos pensar na atividade física como um hábito de vida e não, simplesmente, como uma
prática corporal.
Dessa forma, todos, ricos ou pobres, negros ou brancos, crianças ou idosos, pessoas físicas ou jurídicas,
enfim, todos entenderiam a atividade física como uma necessidade constante.
Lembre-se que a saúde integral depende de um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e a atividade
física regular é capaz de promover benefícios simultâneos nesses três aspectos.
Eu, particularmente, não conheço nenhuma outra intervenção capaz de promover saúde de modo integral. E você,
conhece? Fica a dica...
TEMA 5: Suplementos e anabolizantes
Quando o assunto é aumentar a massa muscular, sempre tem quem busque um resultado mais rápido do
que os simples treinos de musculação oferece. Essa "ajuda" pode vir de duas formas: com anabolizantes ou
suplementos nutricionais. Mas qual é a diferença entre eles?
São dois produtos completamente diferentes. Os anabolizantes são feitos a partir de hormônios e
proporcionam maior força. Já os suplementos são extraídos dos alimentos e vêm para completar a dieta. O
anabolizante é ilegal e geralmente conseguido no "mercado negro", enquanto os suplementos são liberados - disse
a nutricionista esportiva Elisa Berkenbrock.
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Ter o corpo perfeito é o desejo da maioria das pessoas e muitas
vezes pressionados pelos padrões de beleza os (as) jovens lotam
as academias em todo país, mas os resultados costumam
demorar. É necessário disciplina, treino e muita paciência, um
conjunto de fatores separado da maioria dos seres humanos por
grandes quantidades de ansiedade e imediatismo. Às vezes, e
não muito raramente, mesmo seguindo um treinamento com
rigor, os efeitos acabam ficando distantes do esperado,
principalmente para os tipos físicos fadados pela genética a uma
constituição mais enxuta.
É nessa hora que uma ajuda extra pode ser bem-vinda e muitas pessoas acabam utilizando substâncias
que prometem resultados em pouco tempo. Estes, além de suprir possíveis carências da dieta, ainda podem
apresentar bons resultados no ganho de massa muscular, mas os estudos da área não são conclusivos em relação
aos benefícios.
O uso de suplementos alimentares, tem como princípio complementar a alimentação quando ela deixa de
fornecer a quantidade suficiente desses nutrientes. Pode acontecer quando se praticam atividades físicas regulares
como musculação, dança, esportes ou por problemas de saúde. Mesmo apoiando o uso, os profissionais ressaltam
que eles são devidamente indicados para grupos específicos, como atletas de alto nível, gestantes e pessoas
desnutridas ou vegetarianas. Um erro dos usuários é adotar o uso de suplementos sem ter consultado um
especialista e assim seguir uma alimentação adequada.
A presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, Heloisa Guarita, adverte que o grande
problema da autosuplementação é que nem sempre o usuário conhece seu funcionamento e, principalmente, seus
componentes.
Atualmente, é comum encontrar os enormes potes de suplementos à venda na internet, em farmácias,
lojas especializadas e supermercados. Os principais são: Pré–treinos, suplementos utilizados antes da prática
física com a característica de aumentar o ânimo, oferecendo aos usuários mais energia e força para a realização
das atividades físicas / Termogênicos, que são substâncias, que ajudam o corpo a consumir energia de forma mais
rápida acelerando o metabolismo, pois, aumentam a temperatura do corpo e auxiliam na queima de gorduras / E
o muito popular Whey Protein, que é feito a partir do soro do leite da vaca, onde se extrai a melhor proteína e vários
aminoácidos, que por ser de fácil absorção, promove rápida reconstrução muscular.
Porém, o uso destes pode causar dependência e consequentemente prejuízos à saúde, como por exemplo:
alteração da pressão arterial, tremores, insônia, agressividade, arritmia, cefaleia, falta de concentração, enjoo,
problemas renais e no fígado.
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Não satisfeitos com os suplementos, algumas pessoas passam a fazer o uso de anabolizantes. O que mais
preocupa é que a utilização dos anabolizantes está acontecendo cada vez mais cedo. Segundo o centro brasileiro
de informações sobre drogas psicotrópicas nos últimos oito anos dobro o numero de jovens que usam os essa
substâncias. As historias são parecidas eles são jovens que querem ficar fortes em pouco tempo e acabam
apelando para os esteroides, porém á aparência saudável dos corpos esconde um risco grande à saúde.
Os esteróides anabolizantes são também conhecidos
simplesmente como anabolizantes, são substâncias sintéticas
similares aos hormônios sexuais masculino que provocam um
aumento da massa muscular e a capacidade do corpo de absorver
proteína, além de reter líquido provocando o inchaço dos
músculos.
Entre os anabolizantes mais utilizados estão o
Hormônio do crescimento (GH), ele é um dos
hormônios mais anabólicos do corpo humano, sendo
responsável pelo crescimento dos músculos
(hipertrofia) e pode aumentar queima de gorduras.
Já Deca-Durabolin, é utilizada para ganho de massa
muscular e pré-competição, porém, alguns atletas
tendem a reter muito líquido com esta droga. Outros
como Stanozolol, mais conhecido como Winstrol, é
uma das drogas mais conhecidas entre aqueles que
praticam o fisiculturismo.
Gregg Valentino
Muitas pessoas acreditam ser montagem ou ainda algum
tipo de anomalia, mas não. Valentino é conhecido por ser o
homem com os braços mais musculosos do planeta. A
perfeição para ele nunca foi o bastante, chegando aonde
chegou e sendo até motivo de chacotas.
Exemplos como os de Valentino chegaram ao Brasil e são
retratados no jornal e na internet (com a febre do Youtube)
a todo momento.
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Após o acidente
Além de injetar hormônios de todos os gêneros, também
injetava ADE ou Synthol, como é conhecido em outros
países, é um tipo de óleo injetável, de uso veterinário,
enquanto gravava vídeos para a internet. Mas Valentino
também não terminou bem, por fim, os seus braços
“explodiram” e começaram a jorrar pus, ele chegou a quase
morrer, acabou tendo que drenar as inflamações dos
braços e hoje ficou com as marcas do que ele considera ter
sido uma grande irresponsabilidade.
Alguns efeitos colaterais do uso indevido dos anabolizantes estão listados no quadro a seguir:
Impotência sexual
Infertilidade
Agressividade
Nervosismo
Calvície
Derrames
Ginecomastia
Dificuldade ou dor para urinar
Alterações ou ausência de ciclo menstrual
Aumento do clitóris
Problemas de fígado ou pâncreas
Limitação do crescimento
Enrijecimento das articulações
Dentre outros...
Foto do efeito Ginecomastia
(aumento da glândula mamária)
Fonte: IRIART e ANDRADE (2009); SILVA, DANIELSKI e CZEPIELEWSKI (2002); RIBEIRO (2001)
À aparência saudável dos corpos muitas vezes esconde um risco grande à saúde. O uso destas
substâncias só deve ocorrer com o devido acompanhamento médico, nutricional e de um profissional de Educação
Física.
Históricamente o uso de anabolizantes foi registrado pela utilização na 2º Grande Guerra, pelas tropas
alemãs, para aumentar a agressividade dos soldados. Mas, também, foram e ainda são usados no tratamento de
pacientes submetidos a grandes cirurgias, acidentes sérios, e para condições crônicas debilitantes, como o câncer
e a AIDS.
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Embora não ocorra com todos, muitos atletas aliam o uso de anabolizantes ao treinamento. Pesquisas
entre atletas que participam de competições menos importantes demonstram que a extensão do abuso dessas
substâncias também acontece entre esses grupos.
Um dos casos de grande repercussão na mídia foi o do
atleta Ben Jonhnson, em 1988, o corredor canadense que nas
olimpíadas de Seul, depois de ganhar medalha de ouro nos 100
metros rasos, foi realizado exame que detectou a presença de
anabolizante. O ouro não durou mais que 48 horas. Johnson
testou positivo para um esteroide proibido, perdeu a medalha e
teve de cumprir dois anos de suspensão.
A International Association of Athletics Federations barrou a equipe da Rússia de competir nas Olimpíadas
2016 no Rio de Janeiro, por causa de um programa de doping endossado pelo próprio governo russo. Esse não é
o primeiro caso de atletas usando esteroides em competições olímpicas.
Mas uma pergunta continua sem resposta: SERÁ QUE SE REALMENTE EXISTISSE ALGO QUE MODELASSE
O CORPO OU DEIXASSE FORTE SEM EFEITOS COLATERAIS ESSE PRODUTO JÁ NÃO PODERIA SER
USADO POR TODOS?
Para que se atinjam os objetivos desejados (emagrecimento, hipertrofia, etc.) é necessário
acompanhamento, dedicação e treinamento dentro da atividade (dança, musculação, esportes, etc.) que você
pratica. Especialistas afirmam que uma dieta saudável e atividades físicas devidamente orientadas é o suficiente
para que jovens conquistem o corpo definido que desejam.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, M. B.; ARAÚJO, C. G. S. Efeitos do treinamento aeróbico sobre a frequência cardíaca. Rev Bras Med
Esporte. v. 9, Nº 2 – Mar/Abr, 2003.
BRUM, P. C.; FORJAZ, C. L. M.; TINUCCI, T.; NEGRÃO, C. E. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
no sistema cardiovascular. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.21-31, ago. 2004.
CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, v. 4, p 170-173.
GUEDES, D. P.; GONÇALVES, L. A. V. V. Impacto da prática habitual de atividade física no perfil lipídico de
adultos. Arq. Bras Endocrinol Metab. 2007; 51/1.
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GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Atividade física, aptidão cardiorrespiratória, composição da dieta e fatores de
risco predisponentes às doenças cardiovasculares. Arq. Bras Cardiol. 2001; 77:243-50.
MAUGHAN, R. Bioquímica do Exercício e Treinamento. São Paulo: Editora Manole Ltda., 2000. MCARDLLE, W.
D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: energia, nutrição e desempenho
humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 1112 p.
MIRAGAYA, A. M. Relação Entre Atividade Física Sistemática e Tensão Pré- Menstrual em Mulheres Não-Atletas
De 18 a 50 Anos. Dissertação Apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade
Gama Filho Como Requisito Parcial à Obtenção do Título de Mestre em Educação Física. Julho, 2001.
PATIL, R. D.; KARVA, S. V.; DICARLO, S. E. Fisiologia Cardiovascular Integrada: um exercício de laboratório. AM.
J. PHYSIOL., 265 (ADV. PHYSIOL. EDUC. 10): s20-s31, 1993. Texto traduzido por profa. Danusa Dias Soares e
adaptado pelos professores do Laboratório de Fisiologia do Exercício da UFMG.