contabilidade ambiental: estudo sobre sua … · 2016. 3. 3. · congresso nacional de excxi...
TRANSCRIPT
CONTABILIDADE AMBIENTAL: ESTUDO SOBRE SUA
IMPORTÂNCIA PARA OS PROFISSIONAIS CONTÁBEIS DE TANGARÁ DA SERRA – MT
Área temática: Gestão Ambiental & Sustentabilidade
Mikael Vieira Veroneze
Vanderléia Aparecida da Silva
Flávio Amaral Oliveira
Edinéia Souza Nunes
Resumo: Este estudo teve Como Objetivo evidenciar a importância da Contabilidade ambiental parágrafo OS
Profissionais de Contabilidade de Tangará da Serra - MT. Para tanto, foi realizada Pesquisa de campo, atraves da
Aplicação de 37 Questionários com Perguntas Fechadas Sobre Contabilidade ambiental, um hum contador de Cada
Escritório. Apos uma Coleta, tabulados were OS DADOS, e, realizada Análise descritiva. Atraves da Pesquisa
constatou-se Que OS Escritórios Já reconhecem a importancia da Contabilidade ambiental, todavia o nivel de
Conhecimento foi considerado Baixo, POIs NÃO exercem nenhuma Atividade relacionada a ESSA temática em
cotidiano Seu, Simplesmente POR Haver nenhuma DEMANDA.
Palavras-chaves:
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
2
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do homem, de suas atividades e os avanços tecnológicos tem ocasionado impactos
negativos ao meio ambiente ao longo dos séculos, pois os recursos naturais antes considerados fontes
infinitas começaram a não mais atender as necessidades humanas. Desta forma, as preocupações
relativas ao meio ambiente passaram a serem discutidas no mundo inteiro, Maciel et al., (2009) explica
que as empresas, os indivíduos e o governo não se preocupavam com a preservação ambiental e hoje
este é considerado vital para a sustentação das futuras gerações.
Mas a preocupação com os riscos e danos ao meio ambiente estão além dos limites dos grupos
ambientalistas e da sociedade, que não focam somente na preservação dos recursos ainda existentes,
mas alertam o mundo, principalmente as empresas, quanto à consciência sobre as novas riquezas.
Neste sentido, Rover e Borba (2006), explica que este processo será possível, se a informação, o
conhecimento e transformação, tornarem-se o diferencial para que o ciclo de prosperidade da
sociedade seja possível nos séculos atuais. A principal vertente é o combate à degradação do meio
ambiente, nesse sentido, diversas ciências e áreas do conhecimento se mobilizam e contribui em prol
desta causa, inclusive a contabilidade.
Ainda nesse contexto, Kraemer (2001) explica que, a contabilidade ambiental exerce um importante
papel através de seus instrumentos de identificação, registro, acumulação, análise e interpretação das
operações empresariais, viabilizando a classe, possíveis soluções através de uma gestão empresarial a
variável ambiental, não somente com o objetivo de constar na legislação, mas por uma verdadeira
conscientização ecológica. E para esta informação ambiental chegar aos usuários, Franco (1999)
menciona a necessidade dos profissionais de contabilidade serem inseridos no contexto de
sustentabilidade e atenderem a demanda de informações ambientais, a qual se torna possível utilizando
a ferramenta da contabilidade para auferir os resultados das atividades empresariais e sua interação
com o meio ambiente.
Diante da importância e da necessidade de gerar informações ambientais para conscientização e
tomada de decisões surge o seguinte problema: Qual a importância da contabilidade ambiental para os
profissionais da contabilidade de Tangará da Serra - MT?
Desta forma o objetivo geral da pesquisa consistiu em demonstrar a importância da contabilidade
ambiental para os profissionais da contabilidade de Tangará da Serra – MT, para tanto, foi descrito os
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
3
conceitos sobre a contabilidade ambiental e suas particularidades e levantado às informações que
demonstram a importância da contabilidade ambiental para estes profissionais.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Contabilidade Ambiental
A preocupação com os impactos ambientais já vinham sendo discutidas pelo mundo desde a década de
50, sendo considerado objeto de estudos e preocupação internacional, mas conforme explica Maciel et
al., (2009), a contabilidade ambiental surge como uma nova ferramenta contábil em fevereiro de 1998,
com o término do “Relatório Financeiro e contábil sobre passivos e custos ambientais” desenvolvido
pelo Grupo de Trabalho Intergovernamental das Nações Unidas de Especialistas em Padrão
Internacionais de Contabilidade e Relatórios.
O surgimento desta nova área contábil veio para auxiliar os contadores no desenvolvimento de
ferramentas voltadas à interação com o meio ambiente, onde Faroni et al., (2010) enfatiza, que a
contabilidade ambiental não se trata de uma nova contabilidade, mas sim um conjunto de informações
que expõe em termos econômicos as ações praticadas pelas empresas com objetivo de mensurar seu
patrimônio ambiental e fornecer aos seus usuários informações econômicas e financeiras no que se
refere à proteção, preservação e recuperação ambiental, além de proporcionar relatórios que auxiliem
seus gestores na melhor tomada de decisão para a empresa (COSTA; MARION, 2007).
Maciel et al., (2009) acrescenta, que o contador exerce um papel de suma importância, cujo objetivo é
incorporar nos relatórios contábeis as informações pertinentes sobre o meio ambiente visando à
manutenção do planeta. Desta forma, cabe a contabilidade ambiental divulgar informações relevantes e
que afetam o patrimônio da empresa. De acordo Ribeiro (2005), do ponto de vista da contabilidade nas
demonstrações contábeis devem constar os eventos e transações econômico-financeiros que refletem a
interação da empresa como o meio ambiente, assim proporcionando aos usuários um relato real dos
empenhos praticados pela empresa para a preservação do meio em que esta inserida.
2.2 Responsabilidade Ambiental
A responsabilidade ambiental refere-se a atividades e atitudes praticadas pelas empresas e pessoas para
com a sociedade e o meio ambiente, conforme afirma Alberton; Carvalho e Crispim (2004, p. 6) “[...]
as empresas não estão mais só visualizando o lado da comunidade, mas também outro lado, em que
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
4
estas investem nos funcionários, clientes, fornecedores, meio ambiente, e outros”, desta forma, toda
preocupação que abrange a sociedade atual, torna-se de grande relevância, destacando a consciência
com a preservação do meio ambiente e com o comprometimento na execução de praticas sustentáveis.
Para Vellani e Ribeirão (2006) o desenvolver sustentavelmente, significa promover o desenvolvimento
econômico juntamente com a preservação do meio ambiente, satisfazendo as necessidades da
sociedade presente sem comprometer os recursos das sociedades futuras.
Nesse contexto Silva et al., (2009) explica, que a contabilidade ambiental assume a função de
manutenção desta responsabilidade, pois além de proporcionar informações em termos monetários,
também fornece em contra partida ações de conservação e preservação do bem maior da humanidade,
o meio ambiente, e para que esta função seja bem desempenhada, o contador também deve exerce sua
parcela de responsabilidade ambiental.
Kraemer (2001-2002) complementa que contador, sendo detentor do controle contábil, devera fornecer
e divulgar informações pertinentes as execuções da empresa, referente aos impactos ambientais e sobre
as pessoas, não apenas com o objetivo de atender a legislação, mas pela conscientização ecológica tão
necessária nos dias atuais.
2.3 Balanço Ambiental
O balanço ambiental surge dentro da contabilidade ambiental como importante instrumento que visa
melhor entendimento e integração entre a empresa e o meio ambiente e a sociedade, onde de acordo
com Pereira; Couto e Galvão (2009), este demonstrativo informa o grau de envolvimento da gestão
empresarial no desenvolver de ações eficientes com o meio ambiente, deixando evidente, toda e
qualquer interação da entidade com o meio ambiente para análise. Ainda neste sentido, Marcondes e
Campos (2005) explicam que o balanço ambiental também torna público, para fins de avaliação de
desempenho, toda e qualquer atitude praticada pela entidade com ou sem fim lucrativo, que possa
impactar o meio ambiente, sendo assegurado que estes fatos sejam reconhecidos no momento de sua
identificação.
Assim, permite que seus usuários tenham o real entendimento da interação da empresa com o meio
ambiente, e com o seu funcionamento. Freire; Crisóstomo e Rocha (2006) acrescentam que este
demonstrativo também permite qualificar, monitorar e propor melhorias para os passivos identificados
num único processo fabril, onde com ele, é possível também identificar oportunidades por meio da
valorização de ativos ambientais.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
5
O balanço ambiental torna-se um espelho das atitudes e esforços em relação às atividades da
empresa e seus efeitos no meio ambiente, onde através de seus ativos ambientais a empresa visa
diminuir os prejuízos causados por suas atividades. Neste sentido Kraemer (2001), conceitua ativo
ambiental, como sendo um conjunto de bens adquiridos pela organização com o intuito de controlar,
preservar e recuperar o meio ambiente devendo ser segregados no Balanço Patrimonial, já na visão de
Faroni et al., (2010), estes ativos ambientais são destinados ou provenientes da atividade de
gerenciamento ambiental, ou seja, são os bens da empresa que visam à preservação, proteção e
recuperação ambiental, para que estes recursos naturais ainda existentes possam ser usufruídos pelas
gerações futuras.
Em contrapartida aos ativos ambientais, os passivos ambientais de acordo com Galdino (2002),
estão frequentemente ligados a desembolsos da empresa no que se referem a multas, penalidades ou
violações as leis ambientais, sendo muito comum a sua associação entre custos e cumprimentos de
regulamentações. Mas, esta definição não destaca todo o conceito destes passivos, Vellani (2008)
afirma que os passivos ambientais se referem aos gastos incorridos em atividades que visam o
equilíbrio do ecossistema afetado pelas atividades da empresa, já Rover e Borba (2006) dizem que o
passivo ambiental refere-se a eventos ou transações da empresa que reflitam a interação da
organização e o meio ambiente, e ocasionem benefícios econômicos cuja seus sacrifícios ocorram no
futuro.
Diferentemente dos ativos e passivos ambientais, o qual a empresa consegue realizar sua
separação e destinação de acordo com sua finalidade, o patrimônio líquido ambiental apresenta maior
complexidade no que tange a separação, conforme explica Maciel et al., (2009), esta obtenção de
capital é originada do acúmulo de ativos e passivos ambientais, mas, embora existente, é de difícil
separação, pois estes recursos são formados ao longo do tempo e utilizados pelas empresas sem
distinção, tornando-se inviável e de pouco sentido realizar sua separação, tendo em vista que todo este
patrimônio, seja ele ambiental ou não, é de propriedade da empresa.
2.4 Custos e Despesas Ambientais
Os custos são gastos incorridos no executar de uma determinada atividade, e voltando este
desembolso à área ambiental, Faroni (2010) conceitua custos ambientais, como sendo os gastos em
aplicação direta no sistema de gerenciamento ambiental do processo produtivo e nas atividades
ecológicas da empresa. A sua aplicação diante do processo produtivo classifica-se de acordo com
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
6
Santos; Silva e Souza (2001), como custos internos provenientes do processo produtivo e como custos
externos que se caracterizam pelos impactos ocasionados pelas atividades da empresa ao meio
ambiente e a sociedade. Esta classificação apesar de parecer simples, na maioria das vezes é
contabilizada como despesa, pois, por mais que esta proteção ao meio ambiente venha a ter benefícios
futuros, sua mensuração é difícil de ser feita com clareza (MACIEL et al., 2009).
Já a despesa ambiental, conforme explica Tinoco (2006), se dá através de recursos consumidos, na
forma de bens ou serviços necessários à produção de receitas em um dado período, independente da
forma ou momento do desembolso. Ainda neste sentido Kraemer (2001) complementa que, estas
despesas são decorrentes de esforços que visam diminuir, combater ou prevenir a degradação do meio
ambiente decorrente das atividades da empresa, pois toda atividade tende a degradar o meio ambiente,
e torna-se fundamental que em contra partida as empresas desempenhe atividades visando minimizar
esta degradação.
2.5 Receitas Ambientais
A geração de receitas é o propósito de toda empresa com fins lucrativos, sendo considerado fator
essencial para sua sobrevivência, já a contabilidade ambiental não tem por objetivo principal de gerar
receitas, e sim desenvolver políticas que resolvam os problemas ambientais, contudo isso não impede
que a empresa obtenha proveito econômico.
Na visão de Faroni et al., (2010), receita ambiental origina-se do acréscimo de benefícios econômicos
durante o exercício financeiro na forma de entrada de recursos ou decréscimo de exigibilidade, que
resulta em aumento do patrimônio líquido. Esta receita ambiental pode se originar de diversas formas,
onde Santos, Silva e Souza (2001), consideram que as principais formas de se gerar receita ambiental
são através de prestação de serviços especializados em gestão ambiental, venda de produtos elaborados
a partir de sobras de insumos do processo produtivo e participação no faturamento total da empresa
que se reconhece como sendo devida sua atuação responsável com o meio ambiente.
Nota-se que, além das empresas exercerem seu papel desenvolvendo a preservação do meio
ambiente, elas também conseguem obter resultados econômicos positivos em decorrência destas
atitudes de caráter ambiental.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
7
2.6 Exigências de Mercado: Vantagem Competitiva
Nos dias atuais com toda a preocupação com o meio ambiente e sua preservação, as empresas que já
reconhecem sua responsabilidade ambiental estão um passo a frente dos demais, Kraemer (2001-2002)
explica, que as empresas além de desenvolverem novas tecnologias em relação ao processo produtivo
sustentável, também angariam benefícios adicionais com colaboradores e a sociedade, podendo
explorar sua vantagem competitiva.
Esta relação da empresa com o público interno e externo gera benefícios a todos, Lourenço e Schroder
(2003) complementam que, cada dia que se passa, o mercado fica mais exigente e o consumidor mais
informado, de forma que, busquem cada vez mais por empresas e produtos que dão destaques a valores
ambientais. É notório que neste novo patamar de mercado responsável, as empresas não devem
somente seduzir seus clientes, mas também funcionários, fornecedores, stakeholders e a sociedade de
modo geral, gerando vantagem sobre a concorrência (CAMPANHOL; ANDRADE; ALVES, 2003).
Portanto, a preservação ambiental além de trazer benefícios ao meio ambiente e ao homem,
torna-se uma grande ferramenta de publicidade, garantindo assim uma melhor visibilidade à empresa
diante do mercado e abrindo portas neste novo cenário mundial.
2.7 Legislação Ambiental
O Brasil possui uma ampla legislação ambiental, Schenini; Santos e Oliveira (2007) afirmam, que esta
legislação é considerada por muitos com uma das melhores do mundo, mas isso somente não basta,
esta legislação deve ser respeitada e aplicada de forma rígida. E no que se refere às legislações no
âmbito ambiental, uma das mais citadas leis sancionada em 1998 é a Lei Federal n. 9.605, conforme
explicam Costa e Marion (2007), esta lei trata especificamente de sanções penais e administrativas
para casos de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, conhecida como Lei de Crimes
Ambientais que é aplicada tanto a pessoa jurídica como a pessoa física responsável pelas ações
praticadas. Ainda Schenini; Santos e Oliveira (2007) informam, que esta lei veio complementar a lei
6.398/81, a qual trata apenas de reparações civis decorrentes de atos danosos ao meio ambiente.
Além da lei 9.605/98, outra legislação que demonstra a preocupação com o meio ambiente é vista na
Constituição Federal, editada em 1988, no capítulo VI art. 225, a qual destaca a importância de
preservação do meio ambiente, onde afirma que, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
8
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
É notório que a preservação deve ser continuada pelos estados e municípios, pois eles exercem um
papel de suma importância para o desenvolvimento sustentável de cada região, através das Secretarias
de Meio Ambiente de cada estado e município se podem fiscalizar, licenciar, autorizar e controlar os
recursos naturais existentes em cada região.
3. METODOLOGIA
Quanto aos objetivos este estudo se caracteriza como descritivo, pois de acordo com Lima
(2008), este método expõe características do fenômeno estabelecendo correlações entre variáveis.
Sendo classificada de natureza quantitativa, pois de acordo com Gil (2011), corresponde a uma das
formas de estudo que possibilita explicar um fenômeno através de sua exploração intensa e exclusiva,
além de possibilitar a utilização de instrumentos numéricos e estatísticos para coleta e análise dos
dados (JUNG, 2004).
Esta pesquisa procurou evidenciar a importância e o conhecimento da contabilidade ambiental
para os escritórios de contabilidade de Tangará da Serra – MT. Desta forma, buscou os principais
conceitos a cerca do fenômeno que se desejou investigar, pois o pesquisador não se restringe somente
a uma única fonte de informação, mas sim, a um conjunto de autores que o auxilie na construção e
embasamento de sua pesquisa possibilitando que além da concretização da pesquisa, que se possa
também atingir um nível interpretativo e analítico da questão (LIMA, 2008).
A coleta de dados foi através de levantamento, pelo método survey, pois de acordo com Gil
(2002), é um método de interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer,
sempre levando em consideração que nenhuma amostra é perfeita. Os dados foram levantados
mediante pesquisa de campo, o qual consiste na observação dos fatos ou de possíveis informações que
sejam úteis para a pesquisa (LAKATOS; MARCONI, 2010). Como instrumento de coleta de dados foi
utilizado questionário fechado, com 17 (dezessete) perguntas elaboradas utilizando-se da opinião,
conceitos e teorias sobre contabilidade ambiental.
Para universo da pesquisa, foram escolhidos os escritórios de contabilidade de Tangará da Serra
– MT, tendo como população-alvo, somente os escritórios devidamente registrados no setor de alvará
da prefeitura do município, totalizando 37 (trinta e sete) escritórios devidamente regularizados. A
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
9
amostra selecionada foram os contadores responsáveis ou devidamente capacitado em cada um dos
escritórios.
O período de aplicação do questionário ocorreu durante o mês de abril de 2014, nos escritórios
de contabilidade de Tangará da Serra – MT. Após a coleta de dados foi realizada a análise e
interpretação, sumarizando e transformando as informações a fim de responder o problema do estudo,
com objetivo de se descobrir as características do fenômeno estudado. Os dados da pesquisa após
serem coletados, foram selecionados e tabulados e explicitados em tabelas e quadros.
4. RESULTADOS
4.1 Perfis dos Contadores
A pesquisa buscou identificar o perfil dos 37 profissionais entrevistados, contadores
proprietários ou capacitados para atender os objetivos da pesquisa, dentro de cada escritório de
contabilidade selecionado como amostra. Essas informações foram primordiais para entender qual o
conhecimento dos entrevistados sobre a contabilidade ambiental (TABELA1).
Tabela 1: Perfil dos Entrevistados
Questões Variáveis Entrevistados Percentuais
Idade
20 anos a 25 anos 3 8%
26 anos a 30 anos 12 32%
31 anos a 40 anos 10 27%
Acima de 40 anos 12 32%
Total 37 100%
Sexo Masculino 18 49%
Feminino 19 51%
Total 37 100%
Graduação em instituição Pública ou
Privada
Pública 19 51%
Privada 18 49%
Total 37 100%
Especialização
Não Possui 23 62%
Pós-Graduação 12 32%
Mestrado 2 5%
Doutorado 0 0%
Total 37 100%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Quanto à faixa etária do entrevistado, as que mais se destacaram foram as de 26 a 30 anos (jovens) e
acima de 40 anos (experientes), ambas com 32%. Resultado este, que demonstrou parilidade entre
contadores jovens e experientes, respectivamente, atuantes no mercado tangaraense.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
10
Constatou-se que 51% dos entrevistados são do sexo feminino e, os demais, masculino. Embora
se observe competitividade entre os sexos, as mulheres se sobressaem e conforme dados divulgado
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2014), 41% dos profissionais registrados nesse órgão
são do sexo feminino, enquanto os homens somam 59%, sendo que destes 62% são bacharéis em
Ciências Contábeis e 38% são técnicos em contabilidade. O Estado de Mato Grosso possui, de acordo
com dados do CFC, 7.754 contadores, sendo 49,97% do sexo masculino e 50,03% de mulheres,
resultado bem próximo ao encontrado nessa pesquisa.
Diante da formação do contador observa-se, que 51% dos profissionais são formados em
instituições públicas e 49% em instituições privadas. Quanto à especialização, 62% dos
entrevistados informaram não ter nenhum tipo de especialização na área contábil, 32% já possuem
pós-graduação em algumas áreas como de contabilidade tributária, auditoria, controladoria, gestão de
pessoas e perícia contábil, apenas 5% possui mestrado nas áreas de administração e tributária (Tabela
1). Mesmo com um percentual de entrevistados considerável que possui algum tipo de especialização,
observa-se, que nenhum dos escritórios possui contador com especialização em contabilidade
ambiental, ou direcionada a tal, confirmando que esta é uma área da contabilidade ainda é pouco
explorada pelos contadores do município Tangará da Serra - MT.
4.2 A Importância e conhecimento da contabilidade ambiental para os escritórios
Esta etapa do estudo foi desenvolvida com perguntas que visaram demonstrar a importância e o
conhecimento a cerca do tema contabilidade ambiental para o escritório de contabilidade. Notou-se,
que grande parte dos escritórios (57%) já teve contato com material de contabilidade ambiental,
enquanto 43% afirmaram que não tiveram nenhum contato. Esse dado foi divergente do que se observa
na Tabela 1, já que todos afirmaram possuir graduação em Ciências Contábeis e devem ter cursado a
disciplina ou lido, discutido sobre o tema contabilidade ambiental na graduação, e, vai de encontro
com Tabela 2, onde 43% afirmaram que não participam de eventos direcionados a contabilidade
ambiental.
Embora, a contabilidade ambiental seja uma área da contabilidade, ainda pouco explorada pelos
escritórios, notou-se, que o assunto está cada dia mais em evidência, e que os contadores entrevistados
buscam conhecimento e atualizações participando de eventos, palestras ou congressos (57%) onde o
contexto contábil ambiental já se mostra presente.
Tabela 2: Importância da Contabilidade Ambiental
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
11
Questões Variáveis Entrevistados Percentuais
Participaram de palestras, congressos ou
seminários sobre contabilidade ambiental Sim 21 57%
Não 16 43%
Total 37 100%
Materiais existentes sobre contabilidade
ambiental abordam o assunto de forma clara e
objetiva
Não 16 43%
Não sabe dizer 13 35%
Sim 8 22%
Total 37 100%
A relevância da contabilidade ambiental no
exercício da profissão contábil
Grande Relevância 5 14%
Relevância 15 41%
Pouca Relevância 13 35%
Sem Relevância 4 11%
Total 37 100%
Ramo da contabilidade que tende a ser
destaque no futuro
Contabilidade
Fiscal/Tributária 16 43%
Contabilidade Gerencial 9 24%
Contabilidade Ambiental 4 11%
Contabilidade Custos 3 8%
Contabilidade Rural 3 8%
Contabilidade 3º Setor 0 0%
Outras 0 0%
Não informaram 2 6%
Total 5 100%
O escritório presta algum serviço na área
ambiental
Sim 0 0%
Não 37 100%
Total 37 100%
Fonte: Dados da pesquisa .
No entanto, nota-se que o entendimento sobre o assunto ainda é pouco ou superficial, pois de
acordo com os resultados da Tabela 2, 43% disseram que os materiais disponíveis não expõem o
assunto de forma clara e objetiva, 35% não souberam informar, e apenas 22% disseram que sim.
Assim é evidente o conhecimento acerca do tema contabilidade ambiental, contudo a maioria (78%)
apresentam dificuldades em absorver as informações contidas nos materiais existentes.
Conforme exposto na Tabela 2, a relevância da contabilidade ambiental já é entendida pelos
escritórios de contabilidade, visto que 41% consideram relevante esta nova área contábil e 14%
consideram de grande relevância para o exercício de sua profissão. Com a dimensão atual da
necessidade de serem sustentáveis em todos os aspectos, inclusive nas diversas áreas do conhecimento
os profissionais se deparam com a necessidade de adequar-se as exigências do mercado de trabalho.
Na década passada, essa necessidade ainda não era percebida pelos profissionais, conforme resultados
obtidos por Franco (1999), onde 35% dos escritórios ainda viam como pouco relevante e apenas 14%
já a trata com uma área de grande relevância para a contabilidade.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
12
O entendimento acima é validado, quando o ramo da contabilidade ambiental aparece na terceira
posição (11%), dentre os ramos da contabilidade a serem tendências futuras, e, demonstrou que a
mesma já esta ganhando espaço, pois conforme explicam Lourenço e Schroder (2003), o mercado está
cada vez mais exigente e o consumidor mais informado, isso exige que as empresas possuam produtos
e estejam inseridos no contexto ambiental. Em primeiro lugar está a contabilidade fiscal/tributária com
43%, seguido da contabilidade gerencial com 24%, que pode ser explicado pela revolução na forma de
atuação do fisco e na necessidade das empresas serem cada vez mais competitivas para ser manterem
no mercado, respectivamente.
O percentual de pouca relevância (35%), que foi observado Tabela 2, pode ser entendido,
quando se identificou que demanda por serviços na área ambiental pelos clientes dos escritórios é nula,
ou seja, nenhuns dos 37 entrevistados desempenham algum tipo de serviço ambiental, e, por mais que
reconheçam a contabilidade ambiental como uma área de relevância, a necessidade por serviços
ambientais ainda não faz parte do cotidiano dos escritórios de Tangará da Serra-MT.
É notório que a contabilidade ambiental gera benefícios tanto para as empresas, como cliente e
principalmente ao meio ambiente conforme Kraemer (2001-2002), mas o comercio tangaraense ainda
não sente a necessidade de serviços ambientais, pois é formado por clientes do comercio varejista e
pequenos empreendedores e pelo fato da ambiental ser exigida somente de sociedades anônimas e
grandes empresas voltadas ao agronegócio, que fazem parte de outro mercado, conforme exposto por
Campanhol, Andrade e Alves (2003).
Da mesma forma que a demanda por serviços de caráter ambiental não é realidade dos escritórios de
contabilidade, os mesmos também não exercem nenhum tipo de responsabilidade ambiental, pois
nenhum dos escritórios desenvolve algum tipo de projeto ambiental interno, demonstrando que por
mais que a sustentabilidade esteja em evidência, à prestação de serviços e atitudes não são exercidas.
De acordo com Silva et al., (2009) a contabilidade ambiental estimula a atividade ambiental e promove
a responsabilidade ambiental, além de proporcionar aos usuários informativos oriundos destas
atividades conforme Kraemer (2001-2002).
No que se refere à qualificação na área de contabilidade ambiental, nota-se que 62% dos escritórios
não possuem pessoal qualificado para exercer tal função, 24% disseram que possuem pessoal pouco
qualificado. Este resultado retratou bem a realidade dos escritórios, tendo em vista que pelo fato de não
exercem nenhum tipo de serviço de caráter ambiental, não veem no momento a necessidade de se
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
13
qualificar na área. Apenas 14% dos escritórios alegaram ter pessoal suficientemente qualificado a tal
atividade (Tabela 3).
Mesmo que os serviços ambientais ainda não sejam requisitados, a qualificação e informação na área
tornam-se um diferencial conforme explicam Rover e Borba (2006), assim possibilitando que o
escritório esteja um passo à frente dos demais concorrentes no cenário contábil de Tangará da Serra e
região.
Tabela 3: Conhecimento sobre Contabilidade Ambiental
Questões Variáveis Entrevistados Percentuais
O escritório tem algum projeto
relacionado ao meio ambiente
Sim 0 0%
Não 37 100%
Total 37 100%
Em seu escritório existe pessoal
qualificado para realizar trabalhos em
contabilidade ambiental
Não possui pessoal Qualificado 23 62%
Possui pessoal pouco Qualificado 9 24%
Possui pessoal suficientemente
Qualificado 5 14%
Possui pessoal muito Qualificado 0 0%
Total 37 100%
Pretende investir em qualificação na área
de contabilidade ambiental Sim 10 27%
Não 27 73%
Total 37 100%
Objetivo da contabilidade ambiental é: Desenvolver projetos ambientais;
Fornecer informações aos usuários em
termo econômicos e financeiros sobre a
relação da entidade e meio ambiente;
Controlar a poluição causada pela
empresa; Fiscalizar a compra de matéria
prima ecologicamente correta.
Certo 30 81%
Errado 4 11%
Não Informaram 3 8%
Total 37 100%
A finalidade do Balanço Ambiental é: Evidenciar de forma sintética a relação do
patrimônio com o meio ambiente para fins
de avaliação; Explicar o comportamento
das empresas para com a sociedade;
Demonstrar o conjunto de bens adquiridos
pela empresa com a finalidade de
preservação; Demonstrar os gastos da
entidade em prol do meio ambiente;
Todas as alternativas estão corretas.
Certo 6 16%
Errado 29 78%
Não Informaram 2 5%
Total 37 100%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Apenas 27% dos escritórios pretendem realizar investimentos em qualificação na área ambiental, e
73% dos escritórios não pretendem realizar tal investimento, isso torna mais evidente que a
importância dada à contabilidade ambiental, pelos escritórios no momento, não é suficiente a ponto
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
14
buscar aperfeiçoamento para sua equipe. Mas conforme Lourenço e Schroder (2003) a qualificação na
área torna-se um diferencial para os escritórios diante deste ramo que vem ganhando cada vez mais
espaço no cenário contábil (TABELA 3).
Para verificar o conhecimento dos escritórios, foram indagados sobre o objetivo desta nova área
contábil (Tabela 3), e, 81% dos escritórios concordaram que o objetivo da contabilidade ambiental é de
fornecer informações aos usuários em termos econômicos e financeiros sobre a relação da entidade
com o meio ambiente. De acordo com Maciel et al., (2009) trata-se de uma nova ferramenta que vem
para auxiliar o contador no desenvolver de seus relatórios ambientais, e, embora as atividades não
façam parte da sua rotina de trabalho, o objetivo é entendido pela grande maioria dos escritórios, pois é
papel do contador informar aos seus usuários sobre esta interação da empresa com o meio ambiente
conforme Kraemer (2001-2002).
Quando questionado sobre o conhecimento mais aprofundado no assunto, os resultados forma
diferentes se comparados com o anterior, pois apenas 16% dos escritórios concordaram que o balanço
ambiental visa evidenciar de forma sintética a relação do patrimônio com o meio ambiente para fins de
avaliação. Afirmam Pereira, Couto e Galvão (2009) que é através deste informativo, que é
demonstrado o grau de envolvimento da empresa com o meio ambiente, 78% não concordam, e 5%
não informaram.
É notório que o conhecimento dos escritórios sobre o assunto é superficial, quando comparado
com características mais aprofundadas, devido a sua pouca utilização cotidiana, observada nos
resultados de indagações anteriores. O quadro 01 retrata o fluxo de serviços que são mais solicitados
pelos clientes.
Quadro 01: Ramo da Contabilidade mais solicitado pelos clientes
Ranking Pontos
Contabilidade Fiscal/Tributária 1º 190
Contabilidade Rural 2º 155
Contabilidade Gerencial 3º 145
Contabilidade de Custos 4º 142
Contabilidade Ambiental 5º 69
Contabilidade 3º Setor 6º 61
Outras (Comercial) 7º 31
Fonte: Dados da Pesquisa.
Em primeiro lugar com 190 pontos apareceu à contabilidade fiscal/tributária, seguida da contabilidade
rural com 155 pontos, e em terceiro a contabilidade gerencial com 145 pontos (Quadro 01), retratando
a atual realidade dos serviços prestados pelos escritórios, que estão de acordo com as tendências da
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
15
contabilidade para o futuro da profissão, mencionadas na Tabela 3. Novamente a contabilidade
ambiental não se faz presente na realidade desses escritórios.
Novamente objetivando validar o conhecimento aprofundado em contabilidade ambiental,
foram solicitados aos escritórios que relacionassem cada área com sua finalidade Quadro 02, de acordo
com Kraemer (2001), os imobilizados ambientais que são os bens destinados ao combate a degradação
do meio ambiente, além dos passivos ambientais definidos. Rover e Borba (2006) definem como
interação da entidade com o meio ambiente que ocasione benefícios futuros, que proporcionam que a
empresa exerça sua atividade gerando custos ambientais sobre os insumos ecologicamente corretos e
reflitam em produtos, que vendidos gerem receitas ambientais finalizando o ciclo da empresa.
Quadro 02: Área x Finalidade
Entrevistados Percentual
Certo 0 0%
Errado 32 86%
Não Informaram 5 14%
Total 37 100%
Estoque Ambiental; - Insumos utilizados visando reduzir e controlar os impactos
ambientais;
Imobilizado Ambiental; - Bens utilizados visando reduzir a degradação do meio ambiente;
Passivo Ambiental; - Financiamento, multas e penalidades referentes ao meio ambiente;
Custos Ambientais; - Gastos oriundos do combate a degradação no processo produtivo;
Receitas Ambientais; - Venda de Produtos ecologicamente corretos;
Despesas Ambientais - Gastos gerados de acessórias ambientais.
Fonte: Dados da Pesquisa.
Mesmo com algum conhecimento na área, 86% dos entrevistados responderam errado e 14%
não informaram, demonstrando que o conhecimento aprofundado sobre a contabilidade ambiental é
pequeno (QUADRO 2).
Por fim, foram questionados sobre as vantagens de se investir em projetos ambientais internos, em
primeiro lugar com 145 pontos, os escritórios veem tais esforços como sendo uma ferramenta de
marketing para a empresa; em segundo lugar com 119 pontos, buscam conquistar novos clientes, e em
terceiro lugar a fidelização de clientes, com 117 pontos, conforme Quadro 3.
Quadro 03: Vantagens para empresas que inventem em projetos ambientais internos
Ranking Pontos
Marketing da empresa 1 145
Conquista novos clientes 2 119
Fidelização de clientes 3 117
Redução de custos 4 107
Fidelização de colaboradores 5 73
Não possui vantagens 6 38
Fonte: Dados da Pesquisa.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
16
Observa-se que a visão dos escritórios de contabilidade sobre este investimento é totalmente voltada ao
cliente em questão de propaganda e fidelização. É importante salientar que conforme Vellani e Ribeiro
(2006) iniciativas ambientais além de trazer o cliente consciente para junto da empresa, também
possibilita que as novas gerações desfrutem dos recursos ambientas, mas é notório observar que estes
projetos ainda não são praticados pelos escritórios de contabilidade e seus clientes.
Desta forma o objetivo geral da pesquisa consistiu em demonstrar a importância da contabilidade
ambiental para os profissionais da contabilidade de Tangará da Serra – MT, para tanto, foi descrito os
conceitos sobre a contabilidade ambiental e suas particularidades e levantado às informações que
demonstram a importância da contabilidade ambiental para estes profissionais.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade ambiental surge com o objetivo demonstrar os resultados da interação das
atividades de empresas com o meio ambiente, buscando encontrar a melhor maneira para um
desenvolvimento sustentável e equilibrado. Diante do exposto, os objetivos da pesquisa foram
alcançados, pois demonstrou as particularidades e a importância da contabilidade ambiental para os
escritórios de contabilidade de Tangará da Serra-MT.
Quanto à problemática da pesquisa, concluiu-se, que a contabilidade ambiental, apesar de ser
um novo ramo da contabilidade, já tem sua importância reconhecida pelos escritórios, mas esta se
torna pequena, pois os escritórios não a exercem nenhuma atividade relacionada a essa temática em
seu cotidiano, simplesmente por haver nenhuma demanda.
Sugere-se que uma nova pesquisa sobre o assunto seja feita, direcionada a empresas do ramo de
agronegócios do município de Tangará da Serra – MT, com base na legislação ambiental, Lei
9.605/98, buscando conhecer qual a importância dada pelas empresas a sanções penais sobre crimes
ambientais, visto que, a contabilidade ambiental nos dias atuais tem sua aplicação voltada
principalmente a este segmento.
6. REFERÊNCIAS
ALBERTON, L.; CARVALHO, F.; CRISPIM, G. Evidenciação da responsabilidade
social/ambiental da perspectiva de um novo contexto empresarial. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina, 2004. Disponível em: <nemac.paginas.ufsc.br/files/2012/11/2-151.pdf>.
Acesso em: 21 set. 2013.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
17
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado,
1988. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 21 set.
2013.
CAMPANHOL, E.M.; ANDRADE, P.;ALVES, M.C.M. Rotulagem Ambiental: barreira ou
oportunidade estratégica? 3. ed. São Paulo: Revista eletrônica de Administração – Facef, 2003.
Disponível em: < periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea/article/download/171/480>. Acesso em: 21
set. 2013.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Profissionais Ativos nos Conselhos Regionais de
Contabilidade agrupados por Gênero, 2015. Disponível em:
<http://www3.cfc.org.br/spw/crcs/ConsultaPorRegiao.aspx?Tipo=0>. Acesso em: 10 mar. 2015.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Brasil conta com meio milhão de profissionais
da contabilidade, 2014. Disponível em: < http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=16758>. 10
mar. 2015.
COSTA, R. S.; MARION, J. C.. A Uniformidade na Evidenciação das Informações Ambientais.
Revista Contabilidade e Finanças – USP. São Paulo, n.13, p.20-33, jan./abr.2007. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-70772007000100003&script=sci_arttext>. Acesso em: 21
set. 2013.
FARONI, W. et. al.. A contabilidade ambiental em empresas certificadas pelas normas ISO 14001 na
região metropolitana de Belo Horizonte-MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 34, n. 6, dez. 2010.
Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
67622010000600018&script=sci_arttext>. Acesso em: 21 set. 2013.
FRANCO, H. A. Contabilidade na Era da Globalização: Temas Discutidos no XV Congresso
Mundial de Contadores, Paris, de 26 a 29 Out. 1997. São Paulo: Atlas, 1999.
FREIRE, F. S.; CRISÓSTOMOS, V. L.; ROCHA, E. S.. Proposta de Modelo de Balanço Ambiental.
Revista UnB Contábil-UnB, Brasília, v. 9, n. 1, jan./jun.2006. Disponível em: < http://www.cgg-
amg.unb.br/index.php/contabil/article/view/158/pdf_93>. Acesso em: 15 jan. 2014.
GALDINO, C. A. B. et. al.. Passivo Ambiental das Organizações: uma abordagem teórica sobre
avaliação de custos e danos ambientais no setor de exploração de petróleo. XXII Encontro Nacional
de Engenharia de Produção. Curitiba - PR. 23 a 25 de outubro de 2002. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2002_tr100_1263.pdf>. Acesso em: 28 set. 2013.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
18
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas 2002.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
JUNG, C. F. Metodologia para pesquisa & Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004.
KRAEMER, M.E.P. Contabilidade Ambiental como sistema de informações. Revista Contabilidade
Vista & Revista. Belo Horizonte – MG, v. 12, n. 3, p. 71-92, dez. 2001. Disponível em: <
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=197018331005 >. Acesso em: 18 set. 2013.
KRAEMER, M. E.P. Contabilidade Ambiental: O Passaporte para a Competitividade. CRCS&Você –
Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 25-40, dez/2001 – mar/2002. Disponível em:
<http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/CRCSC/article/view/971>. Acesso em: 18 set.
2013.
LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia cientifica. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
LIMA, M. C. Monografia: a engenharia da produção acadêmica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
LOURENÇO, A. G. e SCHRODER, D. S. (2003). Vale investir em responsabilidade social
empresarial? Stakeholders, ganhos e perdas. Em Responsabilidade social das empresas: a
contribuição das universidades. (Vol. 2, pp. 77-119). São Paulo/Petrópolis: Instituto Ethos.
Disponível em: <
http://ethos.org.br/_Uniethos/Documents/VALE%20INVESTIR%20EM%20RESPONSABILIDADE
%20SOCIAL%20EMPRESARIAL%20_.pdf >. Acesso em: 21 set. 2013.
MACIEL C.V. et. al.. Contabilidade Ambiental: um estudo exploratório sobre o conhecimento dos
profissionais de contabilidade. Revista Contemporânea em Contabilidade, vol. 1, num. 11, 2009,
PP. 137-157. Disponível em: < http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76219797007 >. Acesso em: 10
set. 2013.
MARCONDES, N. A.e CAMPOS, J. C. Contabilidade Ambiental. IX Encontro Latino Americano
de Iniciação Científica e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do
Vale do Paraíba, 2005. Disponível em:<
http://biblioteca.univap.br/dados/INIC/cd/inic/IC6%20anais/IC6-55.PDF>. Acesso em: 18 de set.
2013.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
19
PEREIRA, V. P; COUTO, J. G.; GALVÃO H. M., Balanço Ambiental: ferramenta de crescimento
sustentável. Revista de administração da Fatea, v. 2, n. 2, p. 47-60, jan./dez.,2009. Disponível em:
< http://www.fatea.br/seer/index.php/raf/article/viewFile/217/174>. Acesso em: 30 Abr. 2014.
RIBEIRO, M. de S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2005.
ROVER, S.; BORBA, J. A.. A evidenciação das informações ambientais nas Demonstrações Contábeis
das empresas que atuam no Brasil e que negociam ADR’s na Bolsa de Valores dos Estados Unidos:
uma análise das DFP’s (CVM) e do relatório 20-F (SEC). In: Congresso USP de iniciação científica
em contabilidade, 2006, São Paulo. Anais. São Paulo: USP, 2006.
SANTOS, O. S; SILVA, F. B; SOUZA, S. Contabilidade Ambiental: Um Estudo sobre sua
Aplicabilidade em Empresas Brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, FEA-USP, São Paulo,
FIPECAFI, v. 16, n. 27, p. 89-99, set./dez.2001. Disponível em: <
http://www.revistas.usp.br/rcf/article/download/34064/36796%E2%80%8E>. Acesso em: 28 set. 2013.
SILVA et. al.. A Auditoria como Instrumento Gerencial de Apoio à Preservação do Meio Ambiente.
Contabilidade Gestão e Finanças – Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, jul/dez 2009. Disponível em: <
http://www.facc.ufrj.br/csear2009/01.pdf >. Acesso em: 21 set. 2013.
SCHENINI, P. C; SANTOS, J. A; OLIVEIRA, F. V.. A Importância da Auditoria Ambiental nas
Organizações. XLV Congresso da sociedade brasileira de economia, administração e sociologia
rural. 22 A 25 de Julho de 2007, Londrina – PR. Disponível em: <
http://www.sober.org.br/palestra/6/394.pdf >. Acesso em: 29 set. 2013.
TINOCO, J. E. P.Balanço social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade publica
das organizações. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
VELLANI, C. L. Passivo ambiental e a eco eficiência. Facef Pesquisa, v. 11, n. 3, Set./Dez.
2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-
70772009000100003&script=sci_arttext >. Acesso em: 28 set. 2013.
VELLANI, C. L.; RIBEIRÃO, M. S. A Sustentabilidade e a Contabilidade. In: Simpósio de
administração da produção, logística e operações internacionais, 2006, São Paulo. Anais do IX
SIMPOI. São Paulo: FGV/EAESP, 2006. Disponível em: <
http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2006/artigos/e2006_t00241_pcn74374.pdf>. Acesso em: 28 set.
2013.