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Construindo o conhecimento geográfico através de recurso lúdico Graciele Souza Duarte UFG-Regional Catalão Unidade Acadêmica Especial Instituto de Geografia [email protected] Resumo: O presente artigo tem como finalidade mostrar que a utilização de jogos lúdicos em sala de aula e aguçar no aluno a vontade em aprofundar seus conhecimentos no conteúdo trabalhado em sala de aula, desde o momento que o professor sai do método tradicional de mediar suas aulas e busca novas metodologias dinamizadas. É notório o envolvimento e a participação dos alunos. Esses recursos vem estimular os alunos a não limitar-se a aprender o conteúdo, mas sim fazer uma construção de seus próprios conceitos. Desta forma o problema encontrado é, como motivar os alunos a se sentirem interessados aos conteúdos propostos pelo professor em sala de aula? A contribuição desses recursos é uma junção entre vontade e o prazer durante a prática das atividades propostas, ao ser utilizados os recursos didáticos torna a sala de aula mais atraente, um ambiente interativo e prazeroso, servindo como estimulo para o desenvolvimento integral dos alunos. Infelizmente o que vemos e observamos nas escolas hoje é a presença muito forte do ensino tradicional, sendo o professor o centro das atenções, utilizando da oralidade, quadro e giz para ministrar suas aulas, tornando-as monótonas, cansativas e nada produtivas. Acarretando a má qualidade do ensino e consequentemente cidadãos alienados. Ensino diferenciado com metodologias inovadoras ajudam e podem mudar a realidade do ensino brasileiro, contribuindo para dinamizar e enriquecer as aulas, chamando a atenção e despertando o interesse dos alunos para o conteúdo proposto pelo professor. Recurso didático é importante para que se possa refletir sobre o modo de como ensinar os conteúdos de Geografia, paralelo com as metodologias empregadas, não havendo abdicações aos instrumentos tecnológicos, mas sim trabalhar com as várias possibilidades e alargamento dos conhecimentos adquiridos. Sendo assim, o uso desses recursos vem aproximar o professor, conteúdo e alunos. Palavras-chave: Ensino, Lúdico, Geografia. INTRODUÇÃO A Geografia Tradicional tem referências históricas perpassando pelas escolas brasileira e até hoje tem grande influência no ensino-aprendizagem, suas características

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Construindo o conhecimento geográfico através de recurso lúdico

Graciele Souza Duarte

UFG-Regional Catalão – Unidade Acadêmica Especial Instituto de Geografia

[email protected]

Resumo: O presente artigo tem como finalidade mostrar que a utilização de jogos lúdicos

em sala de aula e aguçar no aluno a vontade em aprofundar seus conhecimentos no

conteúdo trabalhado em sala de aula, desde o momento que o professor sai do método

tradicional de mediar suas aulas e busca novas metodologias dinamizadas. É notório o

envolvimento e a participação dos alunos. Esses recursos vem estimular os alunos a não

limitar-se a aprender o conteúdo, mas sim fazer uma construção de seus próprios

conceitos. Desta forma o problema encontrado é, como motivar os alunos a se sentirem

interessados aos conteúdos propostos pelo professor em sala de aula? A contribuição

desses recursos é uma junção entre vontade e o prazer durante a prática das atividades

propostas, ao ser utilizados os recursos didáticos torna a sala de aula mais atraente, um

ambiente interativo e prazeroso, servindo como estimulo para o desenvolvimento integral

dos alunos. Infelizmente o que vemos e observamos nas escolas hoje é a presença muito

forte do ensino tradicional, sendo o professor o centro das atenções, utilizando da

oralidade, quadro e giz para ministrar suas aulas, tornando-as monótonas, cansativas e

nada produtivas. Acarretando a má qualidade do ensino e consequentemente cidadãos

alienados. Ensino diferenciado com metodologias inovadoras ajudam e podem mudar a

realidade do ensino brasileiro, contribuindo para dinamizar e enriquecer as aulas,

chamando a atenção e despertando o interesse dos alunos para o conteúdo proposto pelo

professor. Recurso didático é importante para que se possa refletir sobre o modo de como

ensinar os conteúdos de Geografia, paralelo com as metodologias empregadas, não

havendo abdicações aos instrumentos tecnológicos, mas sim trabalhar com as várias

possibilidades e alargamento dos conhecimentos adquiridos. Sendo assim, o uso desses

recursos vem aproximar o professor, conteúdo e alunos.

Palavras-chave: Ensino, Lúdico, Geografia.

INTRODUÇÃO

A Geografia Tradicional tem referências históricas perpassando pelas escolas

brasileira e até hoje tem grande influência no ensino-aprendizagem, suas características

tem como principal fundamento o professor como o centro das atenções onde só ele é o

detentor do conhecimento, o professor fala e o aluno ouve sem direito a questionar e

criticar.

Ao longo dos anos a Geografia Tradicional foi adquirindo um caráter diferenciado

passando de Tradicional para Nova Geografia, onde está se baseava em dados

quantitativos para suas análises e referências, estes dados adquiridos eram utilizados a

favor dos governantes para manipular a sociedade. Posteriormente surge a Geografia

Crítica com novas propostas e métodos diferenciados onde o aluno também é construtor

do conhecimento e pode criticar desenvolvendo um raciocínio diferenciado do que está

sendo proposto pelo professor.

Mas infelizmente o que vemos e observamos nas escolas hoje é a presença muito

forte do ensino tradicional, sendo o professor o centro das atenções, utilizando da

oralidade, quadro e giz para ministrar suas aulas, tornando-as monótonas, cansativas e

nada produtivas. Acarretando a má qualidade do ensino e consequentemente cidadãos

alienados.

Ensino diferenciado com metodologias inovadoras ajudam e podem mudar a

realidade do ensino brasileiro, contribuindo para dinamizar e enriquecer as aulas,

chamando a atenção e despertando o interesse dos alunos para o conteúdo proposto pelo

professor.

Novos recursos didáticos pedagógicos como jogos, maquete, fotografias,

dinâmicas, uso de bonecos de pano contribuem para a construção do conhecimento. A

utilização dos bonecos de pano em algumas aulas fez com que alunos do 7º ano da escola

Maria das Dores Campos em Catalão Goiás, despertasse o interesse e fez com que os

alunos interagisse com a aula.

É notório o envolvimento, a participação e entusiasmo quando o professor chega

em sala de aula com novos recursos e metodologias diferenciadas.

REFERÊNCIAL TEORICO

A Geografia tradicional também chamada de clássica é pautada no método de

ensino que valoriza a memorização, o decorar das informações e conteúdo, dessa maneira

os alunos não são capazes de estabelecer relações entre natureza e sociedade resultando

no afastamento da realidade do estudante. Como (Brasil, 1988) nos coloca.

Essa Geografia traduziu no ensino (e ainda hoje traduz) pelo estudo descritivo

das paisagens naturais e humanizadas, de forma dissociada dos sentimentos

dos homens pelo espaço. Os procedimentos didáticos adotados pelos

professores levavam o estudante a desenvolver a descrição e a memorização

dos elementos que compõem as paisagens como dimensão observável do

território e do lugar. Dessa maneira, com o ensino da Geografia neutra, evitava-

se a compreensão ou subjetividade que confundisse o observador com o objeto

de análise. Essa perspectiva marcou também a produção dos livros didáticos

até meados da década de 1970 e muitos ainda apresentam em seu corpo ideias,

interpretações e expectativas de aprendizagem defendidas pela Geografia

tradicional (BRASIL, 1988).

Diante do que foi colocado torna evidente que o ensino tradicional forma cidadãos

incapazes de questionar e problematizar situações que são decorrentes no seu dia-a-dia

como políticas públicas envolvendo educação, saúde, moradia, emprego, segurança entre

outros. Cidadãos esses alienados incapazes de formar sua própria opinião.

Nos dias atuais a educação escolar não deixa de ser um meio do governo

manipular as crianças e jovens. Com a interferência do governo através de retirar

disciplinas que faz os alunos pensarem e tornar cidadãos críticos, disciplinas como:

Geografia, História, Filosofia, Sociologia.

Por outro lado a falta de motivação que os professores recebem do governo é

muito grande são baixos salários, carga horária muitas vezes elevada, corte em alguns

benefícios, isso reflete dentro de sala de aula onde o professor sobrecarregado com várias

funções não desempenha seu papel de forma a garantir um bom aproveitamento por parte

dos alunos em relação ao conteúdo ministrado.

Diante de tantos problemas e falta de tempo o professor acaba recorrendo ao

método tradicional o que não desperta a atenção e/ou curiosidade do aluno para as aulas.

Porém a alguns professores que em meio à tantas dificuldades encontram tempo e

maneiras de dinamizarem suas aulas pensando no futuro de seus alunos.

Com o passar dos tempos a Geografia tradicional foi perdendo espaço para a Nova

Geografia onde se baseava em dados estatísticos e se preocupava com a quantidade e não

a qualidade das informações adquiridas em pesquisas e ensino. Se baseava mais em

conceitos teóricos usando de técnicas estatísticas e matemática para analisar os dados

coletados e as distribuições espaciais dos fenômenos foi uma das primeiras características

da Nova Geografia, (Fontanailles, 2012) nos diz que:

A geografia Pragmática é um instrumento da dominação burguesa. Um aparato

do Estado capitalista. Suas características têm bases técnicas e planejamentos,

uso da razão para orientar o desenvolvimento capitalista, tornando o

conhecimento geográfico abstrato; assim os modelos matemáticos servem para

analisar o espaço, agir sobre a natureza e fortalecer os investimentos do Estado

em regiões homogêneas e funcionais, através de meios estatísticos.

(FONTANAILLES, 2012).

Ressaltando o que o autor disse os dados adquiridos nas pesquisas eram utilizados

pelo governo para manipular as pessoas conforme eles achavam oportuno. Dessa forma

eles acreditavam na ciência conforme o governo divulgava.

Posteriormente surge a Geografia Crítica, vem para se opor as ideias estabelecidas

e concretizadas da Nova Geografia durante a Guerra Fria em meados do século XX. Essa

proposta da Geografia veio para desenvolver um pensamento e um raciocínio critico na

sociedade capitalista pelo estudo do espaço e das formas de apropriação da natureza,

despertando nas pessoas uma nova maneira de enxergar como o poder é capaz de alienar

e manipular seus interesses. De acordo com (Vesentini, 2008).

Essa geografia radical ou crítica coloca-se como ciência social, mas estuda

também a natureza como recurso apropriado pelos homens e como uma

dimensão da história, da política. No ensino, ela se preocupa com a criticidade

do educando e não com "arrolar fatos" para que ele memorize. (VESENTINI,

2008).

Diante disso fica evidente que a Geografia Crítica está preocupada com o

desenvolver da criticidade dos alunos e da sociedade em geral, com o objetivo de formar

cidadãos capazes de entender o contexto social em que vive, e dessa maneira reivindicar

seus direitos diante de injustiças. Tornando mais evidente a fala de (Vesentini, 2008) ele

nos coloca que:

E se o professor não raciocinar em termos de "ensinar algo", e sim de

"contribuir para desenvolver potencialidades" do aluno, ele verá que o

Conhecimento também é poder, serve para dominar ou combater a Dominação,

e que o educando pode e deve tornar-se coautor do saber (com estudos

participativos do meio, debates frequentes, textos e conteúdo adequados à

realidade social e existencial dos alunos, etc.). (VESENTINI, 2008).

Como colocado o professor, em especial de Geografia contribui para desenvolver

no aluno um olhar crítico sobre as questões que envolve seu cotidiano e ou questões que

pode influenciar direto ou indiretamente na sua vida. E assim o aluno torna coautor do

saber e não é alienado por ele.

Partindo para os dias atuais, nas escolas é possível observar que a Geografia

Tradicional ainda e muito forte e predomina, onde as informações e os conteúdos

ministrados são por grande parte dos alunos decorados, afim de obter bons resultados em

provas e trabalhos. Passado as provas e trabalhos o conteúdo é esquecido por grande

maioria dos educandos prova de que o ensino tradicional não consegue firmar nos alunos

a compreensão e garantir um ensino de qualidade e emancipador. Conforme aponta (Silva

e Silva, 2011).

A Geografia Tradicional, também chamada de Clássica é caracterizada pelo

método de ensino que supervaloriza a memorização das informações,

resultando no afastamento da realidade do estudante. Essa prática tradicional

de ensino difundiu-se ao longo da história do ensino de Geografia, e na

contemporaneidade ainda é possível encontrar seus vestígios. Outrossim, as

raízes desse período ainda refletem na sala de aula, fazendo permanecer a ideia

da Geografia ser uma disciplina “decoreba”, portanto de pouca importância

para os discentes. (SILVA e SILVA, 2011).

Reforçando o que foi dito pelos autores, não só a Geografia mas várias outras

disciplinas até hoje na maioria das escolas visa obter resultados nas provas impostas pelo

governo como: Prova Brasil, simulados, olímpiadas de Matemática, Português entre

outros, onde a nota é o que importa e não o que o aluno conseguiu absorver para o seu

conhecimento e que possa ajudá-lo a compreender a sociedade como ela realmente é.

Outro fato que ultimamente contribui para a má qualidade do ensino e dispersão

dos alunos é o uso da tecnologia que está presente em todos os lugares. Nas salas de aula

a presença de celulares, tablete, smartphone, iphone entre outros, é muito grande,

atrapalhando o rendimento do educando e do educador, assim as atenções ficam todas

voltadas para os aparelhos e o conteúdo ministrado pelo professor passa em branco.

Essas tecnologias são importantes meios de obtenção das informações, e cada

vez mais as crianças estão tendo acesso a essas ferramentas de informação. Mas

infelizmente as escolas públicas do Brasil não estão acompanhando esses instrumentos

que podem auxiliar no ensino e aprendizagem de jovens e crianças. Como aponta

(Anhussi, 2009):

Em meio a essa revolução tecnológica e informacional, a maioria das

escolas públicas continua com um ensino livresco, no qual predomina

o giz e a lousa, por não oferecer aos professores recursos necessários

para uma prática diferenciada. Em decorrência dessa limitação,

desenvolve-se um descompasso entre as práticas escolares e as

mudanças ocorridas na sociedade emergente, porque elas não priorizam

as informações propagadas pelos meios de comunicação como fonte

que pode gerar conhecimento. (ANHUSSI, 2009).

Ressaltando a fala da autora, em alguns casos de escola que recursos tecnológicos

se restringe a meia dúzia de computadores, somente os professores tem acesso, e data

show, esse último recurso é mais raro ainda, em escolas principalmente no interior do

Brasil.

Para que a escola dialogue na mesma linguagem dos seus alunos, faz-se necessário

a acessibilidade tecnológica vinculado com o ensino/aprendizagem, proporcionando

acesso aos conteúdos de forma diferenciada, através de computadores, tablete,

smartphone, o data show que mais usado nas aulas, e tantas outra tecnologias saindo da

tradição conteudista e enciclopédica que rege a educação formal.

Porém, não somente as tecnologias proporciona uma aula diferenciada e moderna,

a outros meios de envolver e prender o olhar do aluno, através de jogos educativos,

charges, poemas, música, entre outros tantos. Nesse ambiente de mudanças na

transmissão e recebimento de informação acelerados, a escola pode adotar práticas

pedagógicas como esses recursos ou outros que não envolve diretamente a tecnologia,

mas um recurso simples de ser elaborado e desenvolvido em sala de aula, como é o caso

do boneco de pano. Desenvolvidos no PIBID e levado para sala de aula.

METODOLOGIA

Os bonecos de pano foram confeccionados pelos bolsistas e levamos três deles

para a escola Maria das Dores Campos em Catalão Goiás onde foi ministrada uma aula

de Migração para alunos do 7º ano do ensino fundamental II, com o intuito de enriquecer

a aula e torna-la mais prazerosa.

Uma semana antes de levar os bonecos para a sala de aula, conversamos com eles

sobre o conceitos de migração, emigração e imigração, suas diferenças e seus respectivas

particularidades. Na semana seguinte levamos os bonecos e dividimos a turma em três

grupos, onde cada grupo ficou com um boneco, os alunos tiveram a liberdade de escolher

os nomes e a cidade que cada um representava.

A dinâmica aconteceu da seguinte forma: Os bolsistas responsáveis pela turma

naquele momento, perguntaram para o primeiro grupo da cidade do Rio de Janeiro se a

Maria (boneca) fosse visitar sua amiga Angélica (boneca) em Fortaleza para as pessoas

do Rio ela era uma imigrante ou emigrante e para as pessoas de Fortaleza? E assim foi

desenvolvido com os outros grupos, diante de perguntas e respostas e alguns momentos

tirando dúvidas dos alunos, trabalhamos não somente com esses conceitos mas também

referente ao que foi ministrado na semana anterior.

A partir do que observamos na sala essa dinâmica com o lúdico proporcionou uma

interação maior entre os alunos com o trabalho em equipe, envolvimento de todos os

alunos com o conteúdo e o mais importante observamos o imediato aprendizado dos

alunos.

Figura 1: Confecção dos Bonecos de Pano Figura 2: Confecção dos Bonecos de Pano

Materiais utilizado na confecção dos bonecos.

1- Tecido para confecção dos bonecos

2- Linha, agulha

3- Tecido para confecção das roupas

4- Lã para o cabelo

5- Olhos de plástico

6- Canetinha para desenhar bocas.

RESULTADOS PRELIMINARES

Metodologias diferentes como a que usamos pode mudar a forma dos alunos

enxergarem determinada disciplina escolar, seja ela Português, Matemática, História,

Filosofia entre outras. Com a Geografia não é diferente, observamos isso na aula

ministrada, em que usamos os Bonecos de Pano para alunos do 7º ano do ensino

fundamental da escola Maria das Dores Campos em Catalão-Goiás, reforçando o que foi

dito anteriormente, (Rupel, 2008) afirma que;

As atividades lúdicas no contexto escolar, propiciam atingir os objetivos

educacionais, a curto, médio e longo prazos, como o desenvolvimento do

Figura 3: Bonecos de Pano prontos para serem

trabalhados em sala de aula

raciocínio, do pensamento crítico, da criatividade, da formação de indivíduos

proativos, que buscam soluções e as apresentam no cotidiano. (RUPEL, 2008

P. 122.).

Neste sentido é notório o envolvimento, a participação, o prazer dos alunos em

assistir as aulas, quando está, apresenta para eles novidades, novas formas de ministrar o

conteúdo, saindo assim do método tradicional em que é utilizado apenas o quadro, giz e

a oralidade.

No dia em que foi aplicado os Bonecos para os alunos do 7º ano, a aula tomou um

caráter dinâmico, atraente e envolvente. Foi possível observar na forma com que os alunos

participavam da aula, interagiam com o conteúdo e os colegas. Fica evidente quando o

uso de novas metodologias, seja o jogo, dinâmica, teatro entre outras, despertam o

interesse e a curiosidade dos alunos e, assim, a aula rende, flui e comprova que o método

tradicional não aguça a vontade e o prazer nos alunos em adquirir conhecimento.

Diante disso é possível reafirmar que professores devem utilizar de metodologias

diferenciadas para emancipar o conhecimento, mesmo em meio a várias dificuldades e

percalços encontrados na carreira docente pela precarização de seu trabalho.

Brincadeira simples como essa, citada anteriormente, com baixíssimo ou zero

custo, pode ajudar a reavivar e provocar nos alunos o interesse pelo conhecimento, e,

assim, transformar a atual educação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho relembra uma pouco da história da Geografia, onde observa-se que

muito da postura e a forma que os professores de hoje têm de ministrar suas aulas, está

ligada ao comportamento dentro da sala de aula, dos professores do século passado, como

acontece na Geografia Tradicional e na Nova Geografia. No entanto, para quebrar o esse

ciclo de “só o professor é único a ter conhecimento”, surge a Geografia Crítica, trazendo

um novo olhar sobre o ensino e buscando uma interação entre o professor e aluno, entre

o conhecimento de ambos, e trazendo a realidade dos alunos para as salas de aulas.

Nos dias em que vivemos é importante que o professor faça a diferença na sua

aula, pois, as crianças e jovens cada vez mais cedo estão conectadas com a tecnologia,

tornando, o quadro, giz e a oralidade do professor uma aula, enfadonho para aqueles que

tem o conhecimento em suas mãos com apenas um clique. Por isso que os professores

devem sempre está trazendo novidades, mesmo que seja coisas simples, mas que

proporcione uma interação entre aluno/professor/aluno/construção do conhecimento.

O professor para fazer o diferencial nas suas aulas, não precisa necessariamente,

usar algum recurso tecnológico caro ou complicado, muitas vezes uma simples música,

charge, poema e tantos outros recursos simples e de fácil acesso pode tornar uma aula,

mas divertida e os alunos absorverão muito mais o conteúdo.

O objetivo principal desse trabalho é mostrar que pequenas mudanças podem

deixar as aulas mais leves e interessantes. Pensando nisso, levamos para a escola Maria

das Dores Campos em Catalão-Goiás, com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental,

os Bonecos de Pano, considerado um recurso simples, mas que proporcionou para os

alunos uma aula diferente, onde todos aprenderão os conceitos de Migração brincando.

Isso nos estimula a buscar sempre novidades para ser trabalhado em sala de aula. O jogo

se tornou um recurso fácil de ser produzido e de baixo custo financeiro.

O PIBID nos oferece uma oportunidade de, enquanto graduandas em licenciatura

em Geografia, conhecer o ambiente escolar e aprender novas metodologia para que

futuramente, possamos pôr em pratica o que estamos aprendendo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Geografia. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1988.

FONTANAILLES, G. Evolução do pensamento geográfico IV-Nova Geografia ou

Geografia Teórica-Quantitativa. Março de 2012. Disponível em

http://geografalando.blogspot.com.br/2012/03/assunto-evolucao-do-

pensamento_16.html. Acessado em 06/08/2015.

SILVA, M.S.F.S. DA. SILVA, E.G.DA. Um olhar a partir da utilização de dinâmicas

como ferramentas para o ensino da Geografia escolar. Caminho de Geografia revista

on line, Uberlândia Minas Gerais, 2012.