conformism o

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Conformismo: é uma forma de influência social que resulta do facto de uma pessoa mudar o seu comportamento ou as suas atitudes por efeito da pressão do grupo. O conformismo como forma de influência social, é inerente á vida dos grupos. O respeito pelas normas é uma manifestação de conformismo, sendo condição de sobrevivência dos próprios grupos. Obediência: é uma manifestação da influência grupal que ocorre quando as pessoas não se sentem responsáveis pelas ações que cometem sob ordens de uma figura de autoridade. Inconformismo: é o contrário de conformismo. Consiste em manter uma opinião, uma atitude, um comportamento ou um pensamento meso contra a pressão do grupo. É a ocorrência de comportamentos de inconformismo que gera, muitas das vezes a mudança social, que traz a inovação. O efeito das minorias: o efeito das minorias no processo de mudança social tem sido objeto de varias investigações, designadamente as orientadas por Moscovici, que considerou que a sua influência depende da consistência e firmeza das suas propostas. O objetivo das minorias não é o simples desrespeito das normas vigentes, mas a proposta de alternativas. A inovação consiste precisamente nesse processo que visa a mudança. Características que as minorias têm de deter para favorecerem as mudanças: -tem de ser coerentes; -relativamente a uma norma ou a um comportamento os membros do grupo, da minoria, têm que ser coerentes na opinião que formulam, para poderem gerar a mudança; -tem de ser consistentes; -tem de se manter coesos em torno da posição que defendem. Atração- é a avaliação cognitiva e afetiva que fazemos dos outros e que nos leva a procurar a sua companhia, a sua proximidade para interagirmos. Fatores que influenciam a atração- fatores como a proximidade, a familiaridade, a atração física, as semelhanças interpessoais, as qualidades positivas, a complementaridade e a reciprocidade, mas também o respeito, a

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Conformismo: uma forma de influncia social que resulta do facto de uma pessoa mudar o seu comportamento ou as suas atitudes por efeito da presso do grupo. O conformismo como forma de influncia social, inerente vida dos grupos. O respeito pelas normas uma manifestao de conformismo, sendo condio de sobrevivncia dos prprios grupos.Obedincia: uma manifestao da influncia grupal que ocorre quando as pessoas no se sentem responsveis pelas aes que cometem sob ordens de uma figura de autoridade.Inconformismo: o contrrio de conformismo. Consiste em manter uma opinio, uma atitude, um comportamento ou um pensamento meso contra a presso do grupo. a ocorrncia de comportamentos de inconformismo que gera, muitas das vezes a mudana social, que traz a inovao.O efeito das minorias: o efeito das minorias no processo de mudana social tem sido objeto de varias investigaes, designadamente as orientadas por Moscovici, que considerou que a sua influncia depende da consistncia e firmeza das suas propostas.O objetivo das minorias no o simples desrespeito das normas vigentes, mas a proposta de alternativas. A inovao consiste precisamente nesse processo que visa a mudana.Caractersticas que as minorias tm de deter para favorecerem as mudanas:-tem de ser coerentes; -relativamente a uma norma ou a um comportamento os membros do grupo, da minoria, tm que ser coerentes na opinio que formulam, para poderem gerar a mudana;-tem de ser consistentes;-tem de se manter coesos em torno da posio que defendem.Atrao- a avaliao cognitiva e afetiva que fazemos dos outros e que nos leva a procurar a sua companhia, a sua proximidade para interagirmos.Fatores que influenciam a atrao- fatores como a proximidade, a familiaridade, a atrao fsica, as semelhanas interpessoais, as qualidades positivas, a complementaridade e a reciprocidade, mas tambm o respeito, a aceitao, a estima e a gratido so fatores que nos levam a preferir algumas pessoas para interagirmos.Agresso- a agresso um comportamento que visa causar danos fsicos ou psicolgicos a uma pessoa ou pessoas, e que reflete a inteno de destruir.Diferentes tipos de agresso:-> Quanto inteno do sujeito:-agresso hostil- um tipo de agresso emocional e impulsiva que visa causar danos ao outro independentemente de qualquer vantagem ou desvantagem que dai possa advir.-agresso instrumental- um tipo de agresso que visa um objetivo diferente do dano que pode causar. Por exemplo, o jogador que rasteira o adversrio com o objetivo de impedir que ele marque golo.-> Quanto ao alvo:-agresso direta- quando o comportamento agressivo dirige-se pessoa ou ao objeto que causou a agresso. Por exemplo, chateei-me com algum e agredi-a.-agresso deslocada- o sujeito dirige a agresso a um alvo diferente do que lhe causou a ira. Por exemplo, o treinador de futebol que zangado com uma deciso do rbitro pontapeia a bola de futebol.-autoagresso- O sujeito dirige o comportamento agressivo para si prprio. Por exemplo, o sujeito que zangado com o pai decide no almoar.-> Quanto forma de expresso:-agresso aberta- quando praticado de forma explcita, por exemplo, espancamentos, ataque autoestima ou humilhaes.-agresso dissimulada- recorre a meios implcitos para agredir. Por exemplo, atravs de sarcasmos, a ironia ou o cinismo.-agresso inibida- o sujeito no manifesta a agresso para com o outro mas dirige-a contra si prprio, desenvolvendo, por exemplo, o sentimento de rancor.Varias teorias sobre a agressividade:-Freud: a agresso teria origem numa pulso inata, a pulso da morte. Os comportamentos agressivos seriam explicados por uma disposio instintiva e primitiva do ser humano.-Lorenz: a agressividade humana estava programada geneticamente, sendo desencadeada em determinadas situaes. O ser humano no teria mecanismos reguladores da agressividade como os animais, o que explicaria as guerras.-Dollard: a agresso seria provocada pela frustrao. Quando o sujeito no conseguia atingir os seus objetivos pretendidos, recorria agresso.-Bandura:o comportamento agressivo era aprendido por observao e imitao de modelo. A criana, no seu processo de socializao, imitaria o comportamento dos pais, dos professores e dos seus pares, incluindo os comportamentos agressivos. Origem da agressividade:-matriz biolgica herana gentica;-matriz social, cultural;-personalidade- A nossa historia pessoal.Ao longo dos tempos varias teorias sobre a origem da agressividade foram colocando enfase ora em fatores biolgicos, ora em fatores sociais e culturais. Percebemos quando analisamos cada uma das teorias por si que esta correta mas no esgota a explicao da agressividade. Assim, se quisermos compreender a origem da agressividade temos que procurar perceber de que forma que a nossa matriz biolgica, herana gentica, juntamente com a nossa matriz social e cultural e a forma como cada um de nos integra estes fatores no seu desenvolvimento (historia pessoal) esto na origem de respostas comportamentais agressivas.Esteretipos: so crenas que do uma imagem simplificada das caractersticas de um grupo ou dos membros de um grupo. Tm uma funo sociocognitiva porque, ao categorizar a realidade social, tendo por funo simplificar a interpretao que fazemos do real. Tm uma funo socio afetiva porque do um sentimento de identidade social ao grupo que os partilha. Reforam o sentimento do ns por oposio aos outros.Preconceitos: so atitudes que envolvem um pr juzo, um pr-julgamento na maior parte das vezes negativo, relativamente a pessoas ou a grupos sociais. Tem uma funo socio afetiva, assumindo frequentemente, posies radicais contra grupos sociais. Na sua expresso mais ativa pode conduzir a atos de discriminao.Discriminao: o comportamento que decorre do preconceito. No limite pode conduzir eliminao fsica do objeto de descriminao. Na base disto est o preconceito que a fundamenta: racial, sexista, religioso, tnico, etc.Conflito: uma tenso que envolve pessoas ou grupos quando existem tendncias ou interesses incompatveis. Ocorre em relaes prximas e/ou interdependentes em que existe um estado de insatisfao entre as partes.Estratgia para a soluo de conflitos- A cooperao: consiste em promover a interao, a entreajuda a interdependncia entre as partes em conflito em ordem a um objetivo comum. Esta estratgia procura diminuir os efeitos negativos nas relaes provocadas pelos conflitos de interesses e redireciona as motivaes das partes em conflito para atingir um objetivo comum.- A mediao: consiste no recurso a um suporte, um mediador, que no esta envolvida no conflito para resolver as divergncias entre as partes em conflito. Por exemplo, um casal que recorre ajuda de um psiclogo para resolver conflitos matrimoniais.- Negociao: o processo que procura diminuir os efeitos negativos numa relao entre partes gerada pela divergncia de interesses que levou ao conflito. Na negociao as partes vo ter que fazer cedncias para minorar a tenso. Por exemplo, num processo de divrcio o casal no chega a acordo sobre a custdia dos filhos mas e negociaes, normalmente no tribunal acorda que os filhos passaro um perodo com a me e um perodo com pai.Modelo ecolgico do desenvolvimento: este modelo considera a importncia que os contextos e que a interao entre contextos tm no desenvolvimento do individuo. Traz para o centro do modelo ou estudo do desenvolvimento o individuo, na sua singularidade, por isso, quando muda o individuo que estudado mudam os contextos que fazem parte dos diferentes nveis deste modelo, bem como a influncia mais ou menos direta que tm no seu desenvolvimento. Considera, tambm as interaes entre contextos diferentes, considerando por isso o individuo na sua dimenso social.-contextos de existncia dos indivduosMicrossistema- do microssistema fazem parte os contextos mais imediatos de maior proximidade, onde os indivduos participam diretamente em relao face a face. A famlia, a escola, o grupo de amigos so alguns exemplos dos contextos que fazem parte do nosso microssistema. Percebes que uma alterao num destes contextos produzir uma alterao quase imediata na tua vida, dado o grau de influncia que exercem sobre o teu comportamento.Mesossistema- o mesossistema no tem existncia prpria, isolada. constitudo pelas interaes entre os contextos do microssistema. Pode dizer-se que surge das relaes entre contextos e da forma como estas relaes influenciam os nossos comportamentos. Por exemplo, aprendizagens que fazemos na escola podem modificar comportamentos na famlia. A reciclagem de lixos domsticos est hoje em muitas famlias por via das crianas que aprenderam na escola a separar o lixo domstico. Exossistema- tal como o mesossistema, um sistema de ligao entre contextos, neste caso a pessoa em desenvolvimento participa diretamente apenas num deles. O Exossistema reporta-se a contextos que no implicam a participao ativa do sujeito mas que o afeta.Macrossistema- so os outros sistemas que veiculam os valores, crenas, padres socioculturais, influenciando os costumes e os estilos de vida. Tambm faze parte do Macrossistema os recursos materiais e simblicos que se encontram disponveis num determinado contexto de desenvolvimento.Cronossistema- permite incorporar no contexto de vida uma dimenso temporal. A dimenso tempo permite leituras a vrios nveis de relao. Percebemos que o desenvolvimento de um jovem no inicio do seculo XXI esta condicionado de forma diferente do que o de um jovem do seculo XVI.A readaptao do modelo ecolgico do desenvolvimento em modelo bio ecolgico: Brofenbrenner nos finais da dcada de 90 reforou a importncia do individuo na sua singularidade de pessoa na determinao das relaes entre contextos e da influncia destes no seu desenvolvimento. Reforou ainda a importncia da pessoa no desenvolvimento dos processos proximais. Assim, a influncia efetiva dos processos proximais implica entre outras: 1 os indivduos se comportem com empenho em atividades; 2 as relaes entre indivduos e contextos sejam regulares; 3 haja reciprocidade nas relaes interpessoais. Mente: na histria do pensamento ocidental, o conceito mente esteve ate aos finais do seculo XX associado atividade cognitiva do ser humano. Assim, associvamos a este conceito atividades como o pensamento, a aprendizagem, a memria, os nossos ideais, os nossos conhecimentos. A mente estava associada atividade racional do ser humano. Durante este perodo o homem era visto como um corpo mais uma alma (corpo + uma alma) ou um corpo + uma mente, um corpo + pensamento. A mente estava associada alma, sobretudo nas culturas judaico-crist, ao pensamento. O que se fazia neste tempo, sobretudo ao nvel da filosofia e da psicologia era procurar a mente no corpo humano, ou ento procurar perceber de que forma a mente interagia com o corpo, animando-o. Nos nossos dias, muitos por influncia tambm do neurocirurgio portugus Antnio Damsio, a mente comeou a ser vista, no como uma parte que acrescentvamos ao corpo ou que localizvamos no corpo, mas antes como um resultado. A mente o que resulta do funcionamento integrado das nossas dimenses cognitivas, emocional e cognitiva, em interao com a realidade atravs do nosso corpo. A mente deixou de ser vista como algo que diferente do corpo, que lhe acrescentado. Passou a ser visto coo algo que no existe sem o corpo inclusivamente.Processos mentais:-processos cognitivos- esto relacionados com o saber, pensamento, aprendizagem, memoria, perceo, processos que esto relacionados com a transformao e utilizao da informao do meio interno e exterior;-processos emocionais- esto relacionados com o sentir, reportam-se s emoes, aos afetos, aos sentimentos;-processos conativos- esto relacionados com o fazer, expressam-se em aes comportamentais.Perceo- um processo cognitivo atravs do qual contactamos com o undo atravs dos rgos dos sentidos. A perceo no reproduz o mundo tal como ele : este representado no crebro como imagem. A perceo uma representao. Perceo humana- a perceo designa um conjunto de mecanismos fisiolgicos e psicolgicos cuja funo geral a apreenso e interpretao de informao proveniente do meio ou do prprio organismo.Fatores que levam a percees diferentes:-experiencias de vida;-informaes, conhecimentos de sujeito;-as aprendizagens;-os nossos contextos;-cultura;-religio;-valores;-crenas;-desejos;-expectativas.