conferencia infecções das vias aereas superiores

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CONFERENCIA: INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES Lívia Rioja Módulo de AC2 1. RESFRIADO COMUM: Síndrome benigna autolimitada. Incidência aumentada na fase pré-escolar. Etiologia: são mais de 200 vírus associados, em especial: Rinovírus Coronavírus Adenovírus Enterovírus Transmissão: Contato de mãos Pequenas partículas expelidas Grandes partículas expelidas. Incubação: 24 a 72 horas Transmissão: Coincide com o pico dos sintomas ( 2º e 3º dia) Clínica: Rinite e congestão nasal Dor de garganta Tosse seca (4º e 5º dia) Calafrios Febre baixa. FR para severidade: Doenças crônicas Desnutrição Tabagismo Imunossupressão congênita Diagnóstico diferencial: Influenza Coqueluxe Faringite bacteriana Rinite alérgica ou sazonal.

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Page 1: Conferencia infecções das vias aereas superiores

CONFERENCIA: INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES

Lívia Rioja Módulo de AC2

1. RESFRIADO COMUM: Síndrome benigna autolimitada. Incidência aumentada na fase pré-escolar.Etiologia: são mais de 200 vírus associados, em especial:

Rinovírus Coronavírus Adenovírus Enterovírus

Transmissão:

Contato de mãos Pequenas partículas expelidas Grandes partículas expelidas.

Incubação:

24 a 72 horas

Transmissão:

Coincide com o pico dos sintomas ( 2º e 3º dia)

Clínica:

Rinite e congestão nasal Dor de garganta Tosse seca (4º e 5º dia) Calafrios Febre baixa.

FR para severidade:

Doenças crônicas Desnutrição Tabagismo Imunossupressão congênita

Diagnóstico diferencial:

Influenza Coqueluxe Faringite bacteriana Rinite alérgica ou sazonal.

Complicações:

Sinusites Doenças do TRI principalmente em idosos e crianças

Page 2: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Otite média aguda

Tratamento:

Sintomáticos Antitérmico Reidratação oral Lavar o nariz com SF 0,9%

Não indicado: Anti Histamínico, antitussígeno, expectorante, descongestionante nasal, corticoide nasal, vitaminas e medicamentos naturais!

Prevenção: lavar as mãos usa de lenços e de álcool gel.

2. GRIPE:

Etiologia

Influenza A (possui mais mutações genéticas) Influenza B Influenza C

Neuroaminidase – lise do muco

N1 – N9

Hemaaglutinina – adesão na célula

H1- H16

Alterações virais:

Variação antigênica menor (antigenic drift) - anualVariação antigênica maior (antigenic shift) – alteração completa

Page 3: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Incubação:

1 a 4 dias

Transmissibilidade:

24 horas antes do início dos sintomas e até 3 dias após a febre

Duração:

4 a 7 dias

Transmissão:

Contato de mãos Pequenas partículas expelidas Grandes partículas expelidas.

Clínica:

Início abrupto de:

Febre, Cefaleia Mialgia Calafrios

Incapacidade para atividades diárias.

Sinais de agravamento:

Dispneia ou taquipnéia ou hipoximeia Persistência da febre ou maior que 3 dias. Piora da clínica Desidratação Exacerbação de sinais e sintomas do TGI em crianças.

3. SRAG

FR:

Gestantes Indivíduos < 19 anos em uso de aas Pessoas > 60 anos e crianças < 2 anos. População indígena Pneumopata, cardiopata...

Complicações:

Page 4: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Pneumonia viral Miosite, rabdomiólise Envolvimento do SNC Complicações cardíacas.

Diagnóstico:

Clínico e Laboratorial (PCR, Imunoflorescencia, cultura de secreção e teste rápido para influenza).

Tratamento:

Inibidores da neuroaminidase

Zanamivir : disk- haler -> inalada -> 10 mg de 12/12 horas por 3-7 dias.

Oseltamivir: cp -> vo -> 75 mg de 12/12 horas -> 3 -7 dias.

Prevenção:

Lavar as mãos, uso de lenço e uso de álcoolgel. Vacinação (vírus inativos, 3 fragmentos A e 2 fragmentos B).

Contraindicação:

4. RINUSSINUSITE BACTERIANA AGUDA: A rinossinusite pode ser clinicamente definida como uma resposta inflamatória da membrana mucosa que reveste a cavidade nasal e os seios paranasais, podendo em ocasiões extender-se para o neuroepitélio e osso subjacente. (projeto diretrizes – diagnostico e tratamento da rinussinusite).

Etiologia:

Streptococus pneumoniae Haemophilus influenzae Moraxella catarralis.

Clínica:

A rinossinusite bacteriana foi definida clinicamente pela presença de pelo menos dois critérios maiores ou um critério maior e dois ou mais critérios menores. Quando os sintomas respiratórios altos duravam até 4 semanas, tratava-se de um caso de rinossinusite bacteriana aguda, mas se os sintomas fossem crônicos e tivessem piorado nas últimas 4 semanas, tratava-se de um caso de exacerbação da rinossinusite crônica.

( Scielo - J. bras. pneumol. vol.34 no.6 São Paulo June 2008 – disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132008000600002&script=sci_arttext)

Critérios maiores foram os seguintes:

Page 5: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Congestão facial; Dor facial; Obstrução nasal; Secreção pós-nasal purulenta ou rinorréia purulenta; Hiposmia ou anosmia.

Critérios menores :

Febre, Odor fétido, Dor dentária, Dor de ouvido, Dor de cabeça e tosse.

Congestão

RINUSSINUSITE BACTERIANA = RINUSSINUSITE VIRAL Febre tende a melhorar

Secreção clara

Exames complementares:

Radiografia dos seios da face

Incidências: Frontonaso ( osso frontal e etmoidal) e Mentonaso (Osso maxilar e frontal).

TC dos seios da face

Em caso de: complicações, pré operatório e ausência de melhora mediante ao tratamento).

Aspirado da secreção dos seios paranasais = padrão ouro

($$$$).

Tratamento:

Medicação

Irrigação salina a 3%, SF 0,9%

Complicações:

Page 6: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Orbitárias Ósseas Intracranianas.

5. RINITE

Inflamação da mucosa nasal.

Classificação:

Alérgica Infecciosa Ocupacional Medicamentosa Hormonal (comum em gestantes).

Clínica:

Prurido Espirros Rinorréia Obstrução nasal.

Tratamento:

Anti histamínicos Corticoide tópico Vasoconstrictor inalatorio ( no máximo 2 dias – somente para alivio) Higiene local com SF

6. FARINGITE:

Inflamação da faringe.

Etiologia:

Viral Estreptococus Beta hemolítico do grupo A (não dá tosse).

Epidemiologia:

Crianças Adultos ( viral) Sazonal.

Clínica:

Dor de garganta – para engolir Febre alta Linfonodomegalia cervical

Ao exame:

Page 7: Conferencia infecções das vias aereas superiores

Tonsilas hiperemiadas Petéquias Amígdalas hiperemiadas.

Diagnostico diferencial com quadro viral:

Tosse* Coriza Inflamação da esclera conjuntival. Rouquidão Diarreia Ulcera da faringe.

Diagnostico laboratorial:

Swab para cultura

Swab para teste com antigeno

Tratamento:

Até 27 kg – amoxacilina 2x ao dia, penicilina potássica.

Tem alergia? Sim. Azitromicina, clindamicina e cefalexina.

> 27 Kg – amoxacilina 1g/dia – 3x ao dia

Tem alergia? Sim. Cefalexina 500mg 2x ao dia por 7 dias.

Recorrência: amoxacilina + clavulonato.