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ABCD

Concessionária da Ponte Rio-Niterói S.A.

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007 e 2006

ABCD

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Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007 e 2006

Conteúdo Relatório da administração 3 - 4 Parecer dos auditores independentes 5 - 6 Balanços patrimoniais 7 Demonstrações de resultados 8 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 9 Demonstrações das origens e aplicações de recursos 10 Demonstrações dos fluxos de caixa (método indireto) 11 Notas explicativas às demonstrações financeiras 12 - 30

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Relatório da administração

Senhores Acionistas,

Submetemos à vossa apreciação o relatório das principais atividades do exercício de 2007, acompanhado das Demonstrações Financeiras da Concessionária da Ponte Rio Niterói S.A. referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2007.

A inauguração da Ponte Rio - Niterói, em 1974, iniciou uma nova era de desenvolvimento para o Estado do Rio de Janeiro. Vinte anos depois, a sua concessão à iniciativa privada - quando já apresentava claros sinais de cansaço estrutural e abandono operacional - colocou-a entre as melhores e mais modernas rodovias do país, pronta para as demandas e desafios de transporte da região no século XXI. Ao prestar serviços de infra-estrutura e operação rodoviária de qualidade, a Ponte S.A. está contribuindo efetivamente para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento das comunidades lindeiras, municípios e do Estado.

Os programas de conservação, manutenção e operações, bem como as novas tecnologias e contribuições da engenharia para a Ponte Rio Niterói, despertam bastante interesse acadêmico e de áreas técnicas de todo o Brasil. Em 2007, a Ponte S.A. recebeu 1.240 visitantes e realizou 11 palestras para técnicos, engenheiros e estudantes de engenharia. Parte das visitas foi de estudantes de escolas públicas e particulares dos ensinos médio e fundamental de Niterói e São Gonçalo. Os futuros motoristas e usuários da rodovia recebem orientações de educação para o trânsito e conhecem o Museu da Ponte, as ambulâncias de resgate e o Centro de Controle Operacional (CCO) da Concessionária.

Gestão do Patrimônio

Dentre os serviços executados ao longo de 2007, no âmbito do Programa de Exploração da Ponte (PEP), destacam-se: construção das bases operacionais avançadas no trecho sobre o mar da Ponte Rio - Niterói; recuperação dos dolfins de concreto para proteção dos pilares do vão central da ponte e instalação de defensas elastoméricas para proteção contra choque de embarcações; início da aplicação de micro-revestimento asfáltico sobre o pavimento flexível e recomposição das faixas de sinalização horizontal da ponte; monitoração do pavimento de concreto do Vão Central; substituição e recuperação das placas de sinalização vertical e aérea; conclusão da restauração do pavimento das rampas de acesso à Ponte Rio Niterói.

Gestão de Atendimento

Visando garantir ainda mais conforto, segurança e satisfação aos usuários, em 2007 foram aprimorados os processos de atendimento, compreendendo o treinamento dos colaboradores, novos procedimentos de abordagem, melhorias nas áreas de resgate e a substituição da frota de guinchos - agora com cabine dupla e climatizada, para maior conforto dos usuários. Os resultados foram imediatos e muito positivos: o retorno dos usuários para elogios ou agradecimentos, por meio do Cartão de Atendimento, aumentou 31% em relação a 2006.

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Destaque para o início de um inédito Programa de Relacionamento com os diversos segmentos de usuários - stakeholders. Foram contatados e conduzidos ao Centro de Controle Operacional da Ponte representantes das empresas de ônibus, cooperativas de vans e empresas de entregas rápidas que empregam os chamados motoboys. Por meio de palestras, discussões e da observação das imagens das pistas que chegam ao CCO, ao vivo, de imprudências e infrações cometidas nas pistas, buscam-se a conscientização e a ajuda dos próprios usuários para se evitar acidentes e melhorar as condições de tráfego na Ponte Rio - Niterói. Após a implantação do programa, as empresas de ônibus acusaram a redução no número de multas de seus profissionais na Ponte e redução de acidentes.

Demos início a presença do Policial Rodoviário Federal (PRF), durante 24 horas no Centro de Controle Operacional, para monitoramento com a finalidade de fiscalizar as irregularidades cometidas pelos condutores, principalmente no tráfego de caminhões. Em relação ao ano 2006, reduzimos em 90% o número de infrações desta modalidade por trafegar fora do horário permitido. Além disso, a PRF realizou operações na praça de pedágio visando conscientizar aos usuários sobre normas de trânsito.

Foi autorizado pela ANTT, celebração de convênio entre a Ponte S.A. e a Polícia Rodoviária Federal - PRF, onde foram doados dentre outros equipamentos, veículos, motocicletas e computadores, com o objetivo de proporcionar maior segurança aos usuários que trafegam pela Ponte Rio Niterói.

As equipes do SOS Usuário realizaram, em média, 140 atendimentos por dia, chegando até 400 às vésperas de feriados prolongados. Em 2007 foram realizados mais de 54 mil atendimentos, que resultaram em 19 mil guinchamentos. As principais causas são provocadas principalmente por: pane mecânica (46%), pneus (21%) e pane seca (7%).

Foi concluída a revitalização da identidade visual do Sistema CCR, no layout da praça de pedágio, veículos, uniformes dos colaboradores e dos terceirizados.

Destaque também para o recorde de fluxo no ano de 2007 de 25 milhões de veículos, o que representa um crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior.

Responsabilidade Social

Na área de Responsabilidade Social, o Projeto Caminhos para a Vida - criado no ano de 2001, a partir do trabalho voluntário dos colaboradores, já qualificou para o mercado de trabalho mais de mil jovens e adultos de comunidades carentes localizadas na região de influência da Concessionária. Na Escola de Vida os alunos recebem aulas de informática, telemarketing, música, artes plásticas e orientações sobre planejamento pessoal, saúde, ética e cidadania.

A Administração da Ponte S.A. agradece aos seus acionistas, aos diversos órgãos do poder público, em especial a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), aos usuários, financiadores e instituições financeiras, colaboradores e parceiros, pelo apoio, confiança, empenho e comprometimento que contribuíram para os resultados alcançados pela Concessionária em 2007.

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Parecer dos auditores independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Concessionária da Ponte Rio-Niterói S.A. Niterói - RJ Examinamos os balanços patrimoniais da Concessionária da Ponte Rio - Niterói S.A., levantados em 31 de dezembro de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Em nossa opinião as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Concessionária da Ponte Rio-Niterói S.A. em 31 de dezembro de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

ABCD KPMG Auditores Independentes R. Dr. Renato Paes de Barros, 33 04530-904 - São Paulo, SP - Brasil Caixa Postal 2467 01060-970 - São Paulo, SP - Brasil

Central Tel 55 (11) 2183-3000 Fax Nacional 55 (11) 2183-3001 Internacional 55 (11) 2183-3034 Internet www.kpmg.com.br

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International, uma cooperativa suíça.

KPMG Auditores Independentes is a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International, a Swiss cooperative.


Balanços patrimoniais

em 31 de dezembro de 2007 e 2006

(Em milhares de Reais)

Ativo Nota 2007 2006 Passivo Nota 2007 2006

Circulante CirculanteDisponibilidades 4 13.310 19.159 Empréstimos 8 45.599 31.561Contas a receber 5 708 1.035 Contas a pagar - operações de "hedge" 13 3.512 11.046Contas a receber - partes relacionadas 9 3.014 3.295 Fornecedores 4.563 2.185Impostos a recuperar 100 81 Fornecedores - partes relacionadas 9 31 357Imposto de renda e constribuição social diferidos 6 b 1.413 - Impostos e contribuições a recolher 973 842Despesas antecipadas 496 594 Obrigações sociais e trabalhistas 1.764 1.277Outros créditos 147 75 Provisão para imposto de renda e contribuição social 879 1.134

Provisão para contingências 11 - 308Total do ativo circulante 19.188 24.239 Outras contas a pagar 991 1.519

Total do passivo circulante 58.312 50.229 Não Circulante

Realizável a longo prazo Não CirculanteImposto de renda e contribuição social diferidos 6 b 128 - Exigível a longo prazoDepósitos judiciais 225 1.027 Provisão para contingências 11 377 -

353 1.027 Total do passivo não circulante 377 -

PermanenteImobilizado 7 72.198 59.095 Patrimônio líquidoDiferido 164 - Capital social 12 22.073 21.752

Reservas de lucros 12 2.302 1.22672.362 59.095 Lucros acumulados 12 8.839 11.154

Total do ativo não circulante 72.715 60.122 33.214 34.132

33.591 34.132

91.903 84.361 91.903 84.361

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações de resultados

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006

(Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma)

Nota 2007 2006

Receita operacional bruta 96.251 91.703

Deduções da receita bruta (8.309) (7.468)

Receita operacional líquida 87.942 84.235

Custos dos serviços prestadosDepreciação e amortização (9.019) (8.126)Serviços (11.036) (8.222)Custo com obrigações da concessão (6.652) (5.980)Custo com pessoal (5.524) (5.839)Materiais, equipamentos e veículos (1.900) (1.528)Outros (2.127) (1.938)

(36.258) (31.633)

Lucro bruto 51.684 52.602

Outras (despesas) receitas operacionaisDespesas administrativas (17.464) (18.550)

Despesas financeirasResultado com operação "hedge" 15 (9.861) (7.553)Juros e variações monetárias 15 (1.935) (1.226)Taxas, comissões e outras despesas financeiras 15 (929) (893)

Receitas financeirasVariação cambial 15 6.489 2.903Juros e outras receitas financeiras 15 1.898 2.071

Lucro operacional 29.882 29.354

Resultado não operacional (223) 959

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 29.659 30.313

Imposto de renda e contribuição social - correntes 6 a (11.532) (9.924)

Imposto de renda e contribuição social - diferidos 6 a 1.541 -

Lucro líquido do exercício 19.668 20.389

Lucro líquido por ação (em reais - R$) 1,01 1,05

Quantidade de ações ao final do período (em unidades) 19.421.340 19.421.340


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Demonstrações das mutações do patrimônio líquido



Capital Reserva Reserva Lucrossocial legal estatutária acumulados Total

Saldos em 1º de janeiro de 2006 20.392 1.312 153 43 21.900

Aumento de capital 1.360 (1.207) (153) - - Lucro líquido do exercício - - - 20.389 20.389 Destinações:

Constituição de reserva legal (nota 12 b) - 1.019 - (1.019) - Constituição de reserva estatutária (nota 12 b) - - 102 (102) - Dividendos antecipados (nota 12 c) - - - (8.157) (8.157)

Saldos em 31 de dezembro de 2006 21.752 1.124 102 11.154 34.132

Aumento de capital (nota 12 a) 321 (219) (102) - - Lucro líquido do exercício - - - 19.668 19.668 Destinações:

Constituição de reserva legal (nota 12 b) - 984 - (984) - Constituição de reserva estatutária (nota 12 b) - - 413 (413) - Dividendos distribuídos (nota 12 c) - - - (11.153) (11.153) Dividendos antecipados (nota 12 c) - - - (9.433) (9.433)

Saldos em 31 de dezembro de 2007 22.073 1.889 413 8.839 33.214


Reservas de lucros

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Demonstrações das origens e aplicações de recursos



2007 2006

Origens de recursosDas operações

Lucro líquido do exercício 19.668 20.389 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante

Imposto de renda e contribuição social diferidos (128) - Depreciação e amortização 9.019 8.124 Variação cambial de empréstimos - (2.514) Juros sobre empréstimos - 575 Baixa do ativo imobilizado 525 964 Resultado com operação de "hedge" - 5.884 Constituição de provisão para contingências 377 55

Recursos originados das operações 29.461 33.477

De terceirosDiminuição do ativo realizável a longo prazo 802 -

Total das origens 30.263 33.477

Aplicações de recursosAquisições de imobilizado 22.647 9.357 Adições ao ativo diferido 164 - Aumento do ativo realizável a longo prazo - 135 Transferências do passivo não circulante para o circulante - 41.573 Distribuição de dividendos 11.153 - Dividendos antecipados 9.433 8.157

Total das aplicações 43.397 59.222

Redução do capital circulante líquido (13.134) (25.745)

Demonstração das variações do capital circulante líquidoAtivo circulante

No fim do exercício 19.188 24.239 No início do exercício 24.239 20.400

(5.051) 3.839

Passivo circulanteNo fim do exercício 58.312 50.229 No início do exercício 50.229 20.645

8.083 29.584

(13.134) (25.745)


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Demonstrações dos fluxos de caixa



2007 2006

Fluxos de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do exercício 19.668 20.389

Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionaisImposto de renda e contribuição social diferidos (1.540) - Depreciação e amortização 9.019 8.124 Baixa do ativo imobilizado 525 964 Variação cambial sobre empréstimos (6.489) (2.898) Juros sobre empréstimos circulante e não circulante 1.935 1.225 Juros sobre impostos a recolher e contingências 91 - Resultado com operação de "hedge" 9.861 7.553 Constituição de provisão para contingências (22) 363

13.380 15.331 Variações nos ativos e passivos

(Aumento) diminuição dos ativosContas a receber 327 (1.035) Contas a receber - partes relacionadas 281 1.587 Impostos a recuperar (20) 475 Despesas antecipadas e outras 829 684

Aumento (diminuição) dos passivosFornecedores 2.377 (1.595) Fornecedores - partes relacionadas (326) (1.597) Obrigações sociais e trabalhistas 487 151 Impostos e contribuições a recolher (124) (20) Outras contas a pagar (528) (58)

Disponibilidades líquidas geradas nas atividades operacionais 36.351 34.312

Fluxos de caixa das atividades de investimentosAquisições de ativo imobilizado (22.647) (9.357) Adições ao ativo diferido (164) -

Disponibilidades líquidas aplicadas nas atividades de investimentos (22.811) (9.357)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentoLiquidação de operação de "hedge" (17.394) - Pagamento de dividendos (11.153) (7.575) Dividendos antecipados (9.433) (8.157) Liquidação de provisão para contingências - (828) Empréstimos

Captação 20.553 - Pagamentos (1.962) (2.710) Conta Reserva - 820

Disponibilidades líquidas aplicadas nas atividades de financiamento (19.389) (18.450)

Demonstração da (redução) aumento nas disponibilidades (5.849) 6.505 No início do exercício 19.159 12.654

No fim do exercício 13.310 19.159

Divulgação suplementar às informações do fluxos de caixaValores pagos durante o exercício

Juros (1.962) 71 Imposto de renda e contribuição social 10.054 8.317


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Notas explicativas às demonstrações financeiras Exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006 (Em milhares de Reais)

1 Contexto operacional A Companhia tem como objeto exclusivo, sob o regime de concessão por um prazo total de 20 anos até 31 maio de 2015, a exploração da Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói) e dos respectivos acessos integrantes da BR 101/RJ, que totalizam 23,3 km, compreendendo sua recuperação, reforço e monitoração das estruturas, melhoramentos, manutenção, conservação e operação, sendo remunerada por meio de cobrança de pedágio.

2 Apresentação das demonstrações financeiras a. Apresentação

As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação societária.

b. Informação suplementar Com o objetivo de aprimoramento das informações prestadas ao mercado, a Companhia apresenta a demonstração dos fluxos de caixa preparada de acordo com a NPC 20 - Demonstração dos fluxos de caixa, emitida pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

3 Resumo das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. A receita operacional é reconhecida quando da utilização da ponte ou da prestação de serviços. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa quanto à sua realização.


Notas explicativas às demonstrações financeiras (Em milhares de Reais)

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b. Estimativas contábeis

A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para contingências e valorização de instrumentos derivativos. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa as estimativas e premissas, pelo menos, trimestralmente.

c. Moeda estrangeira

Os passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para Reais pela taxa de câmbio da data de fechamento do balanço e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas no resultado do exercício.

d. Ativos circulante e não circulante

• Aplicações financeiras As aplicações financeiras são demonstradas ao custo acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço.

• Provisão para devedores duvidosos A provisão para devedores duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela Administração para fazer face às eventuais perdas na realização dos créditos.



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• Imobilizado O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido das depreciações e amortizações acumuladas. As principais melhorias são capitalizadas e os gastos com manutenção e reparos são debitados no resultado, quando incorridos. Os custos com projetos de expansão, construção e melhorias, enquanto não finalizados, são contabilizados como obras em andamento. A depreciação e a amortização são computadas pelo método linear por taxas consideradas compatíveis com a vida útil e/ou prazo da concessão. As principais taxas de depreciação estão demonstradas na nota explicativa nº 7.

• Diferido Os gastos associados com a implantação do sistema SAP estão sendo diferidos. A amortização relativa aos gastos incorridos em 2007 será iniciada em janeiro de 2008.

• Demais ativos circulante e não circulante São apresentados pelo valor líquido de realização.

e. Passivos circulante e não circulante

• Provisões Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.

• Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos são calculados com base na alíquota de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 ao ano para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido.



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Os impostos diferidos ativos decorrentes de diferenças temporárias levam em consideração o histórico de rentabilidade e a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentados em estudo técnico de viabilidade.

• Demais passivos circulante e não circulante São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data dos balanços.

4 Disponibilidades 2007 2006 Caixa e bancos 2.750 1.185 Aplicações financeiras 10.560 17.974

13.310 19.159 As aplicações financeiras referem-se aos fundos de investimentos de renda fixa, remunerados à taxa média de 10,41 % ao ano (15,17% ao ano em 2006).

5 Contas a receber

2007 2006 Circulante

Vale pedágio e cupons a receber 430 732 Utilização de Infraestrutura 318 303 Provisão para perdas - Receitas acessórias (a) ( 40) -

708 1.035



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(a) Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) - É constituída para títulos vencidos há mais de 90 dias.

6 Imposto de renda e contribuição social a. Conciliação do imposto de renda e da contribuição social - Correntes e diferidos

O imposto de renda e a contribuição social no resultado estão conciliados com as respectivas alíquotas, conforme demonstrado a seguir: 2007 2006 IRPJ CSLL IRPJ CSLLRegime fiscal de lucro real anual Lucro antes do IRPJ e CSLL 29.659 29.659 30.313 30.313 Ajustes para o cálculo dos impostos

Adições 8.048 8.048 709 709Exclusões ( 2.905) ( 2.905) ( 858) ( 858)

Base de cálculo dos impostos 34.802 34.802 30.164 30.164

Total de Impostos correntes 8.401 3.131 7.244 2.680 Diferenças temporárias (4.531) (4.531) - -Impostos diferidos (1.133) ( 408) - -

Total de impostos correntes e diferidos 7.268 2.723 7.244 2.680 Alíquota efetiva 25% 9% 25% 9%



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b. Imposto de renda e contribuição social diferidos - Ativo O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e seu respectivo valor contábil. O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem: 2007 IRPJ CSLLDemonstração de cálculo dos tributos diferidos e ativos: Diferenças temporárias Ativo circulante: Perdas/ganhos com operações de swap 3.512 3.512 Provisão para devedores duvidosos 40 40 Provisão participação nos resultados 602 602 Ativo não circulante:

Provisão para contingências 377 377 Base de cálculo 4.531 4.531 Alíquota 25% 9% Impostos diferidos 1.133 408

A partir deste exercício a Companhia atingiu o histórico de rentabilidade de três exercícios fiscais conforme requerido pela Instrução CVM 371/02. Consequentemente a Companhia registrou imposto de renda e contribuição social diferidos sobre as diferenças temporárias dedutíveis conforme acima demonstrado.



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7 Imobilizado

2006

Taxa média anual de

depreciação / amortização - % Custo

Depreciação e amortização Líquido Líquido

TangívelMóveis e utensílios 10 444 188 256 247 Máquinas e equipamentos 19 2.982 1.389 1.593 4.250 Veículos 20 2.305 1.796 509 684 Instalações e edificações 10 7.436 3.395 4.041 1.504 Dispositivos de proteção e segurança 0 51 51 - Pavimentos 7 19.189 8.608 10.581 8.023 Projetos e investimentos ambientais 10 2.445 1.966 479 30 Obras de arte especiais 10 6.049 1.833 4.216 151 Obras de arte correntes 7 22.235 11.001 11.234 12.158 Acessos, trevos, entroncamentos, instalações e mobilização de canteiros 7 - - - 418 Gerenciamento, fiscalização e obras de melhorias 10 5.920 1.669 4.251 19.205 Sinalizações 8 3.261 1.948 1.313 1.001 Obras preliminares e complementares 8 31.326 11.328 19.998 5.925 Imobilizações em andamento 7.354 - 7.354 839

110.997 45.121 65.876 54.435 Intangível

Sistemas operacionais 14 18.287 12.731 5.556 3.618 Direitos de uso e outros 20 1.444 678 766 1.042

19.731 13.409 6.322 4.660

130.728 58.530 72.198 59.095

2007

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo do custo dos bens totalmente depreciados/amortizados que se encontram em operação é de R$ 20.774 (R$ 22.114 em 31 de dezembro de 2006).



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Movimentação do custo

2006

Líquido Adições BaixasTransferências

e outros Líquido

TangívelMóveis e utensílios 425 97 (52) (26) 444 Máquinas e equipamentos 7.443 1.306 (322) (5.445) 2.982 Veículos 2.561 38 (612) 318 2.305 Instalações e edificações 2.079 346 (76) 5.087 7.436 Dispositivos de proteção e segurança - 36 - 15 51 Pavimentos 17.820 4.766 - (3.397) 19.189 Projetos e investimentos ambientais 34 27 - 2.384 2.445 Obras de arte especiais 169 3.928 (1) 1.953 6.049 Obras de arte correntes 21.804 1.937 - (1.506) 22.235 Acessos, trevos, entroncamentos, instalações e mobilização de canteiros 695 - - (695) - Gerenciamento, fiscalização e obras de melhorias 26.536 737 - (21.353) 5.920 Sinalizações 2.861 483 - (83) 3.261 Obras preliminares e complementares 10.336 7.716 (3) 13.277 31.326 Imobilizações em andamento 839 534 (81) 6.062 7.354

93.602 21.951 (1.147) (3.409) 110.997 Intangível

Sistemas operacionais 16.761 682 (2.565) 3.409 18.287 Direitos de uso e outros 1.443 14 (13) - 1.444

18.204 696 (2.578) 3.409 19.731

111.806 22.647 (3.725) - 130.728

2007



20

Movimentação da depreciação e amortização

2006Depreciação/

amortização Adições Baixas

Transferências

e outros

Depreciação/

amortização

Móveis e utensílios 178 45 (39) 4 188 Máquinas e equipamentos 3.193 1.125 (297) (2.632) 1.389 Veículos 1.877 346 (517) 90 1.796 Instalações e edificações 575 198 (41) 2.663 3.395 Pavimentos 9.797 1.204 - (2.393) 8.608 Projetos e investimentos ambientais 4 10 - 1.952 1.966 Obras de arte especiais 18 26 - 1.789 1.833 Obras de arte correntes 9.646 1.465 - (110) 11.001 Acessos, trevos, entroncamentos, instalações e mobilização de canteiros 277 50 - (327) - Gerenciamento, fiscalização e obras de melhorias 7.331 2.201 - (7.863) 1.669 Sinalizações 1.860 242 - (154) 1.948 Obras preliminares e complementares 4.411 959 - 5.958 11.328

39.167 7.871 (894) (1.023) 45.121

Sistemas operacionais 13.143 862 (2.298) 1.024 12.731 Direitos de uso e outros 401 286 (8) (1) 678

13.544 1.148 (2.306) 1.023 13.409

52.711 9.019 (3.200) - 58.530

2007



21

8 Empréstimos

Item Pagamentos até 2007 2006

Moeda estrangeira:

Banco ABN Amro Real S.A. (US$ + 6,37 % a.a.) (1) Julho de 2008 25.535 31.561 Banco ABN Amro Real S.A. (US$ + 6,37% a.a.) (2) Julho de 2008 20.064 -

Total circulante - empréstimos 45.599 31.561

Total geral 45.599 31.561

(1) Em 26 de julho de 2005 a Companhia firmou contrato de empréstimo em dólares norte-

americanos junto ao ABN AMRO Real S.A., no montante de US$ 13.999 mil, com encargos financeiros de 3,75% a.a., com vencimento em parcela única em 16 de julho de 2007. Em 16 de julho de 2007 ocorreu o pagamento dos juros e do hedge vinculado a este contrato e aditou-se seu vencimento para 14 de julho de 2008 e o juros para 6,3713% a.a., com contratação de novo hedge à taxa de 103,40% da variação do CDI.

(2) Em 16 de julho de 2007 a Companhia firmou também novo contrato de empréstimo em

dólares norte-americanos junto ao ABN AMRO Real S.A, no montante de US$ 11.001 mil, com encargos financeiros de 6,3713% a.a. Este contrato vencerá em parcela única em 14 de julho de 2008.

9 Partes Relacionadas Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, bem como as transações que influenciaram o resultado do período, relativas a operações com partes relacionadas, decorrem de transações entre a Companhia, sua controladora e demais empresas pertencentes ao grupo, as quais foram realizadas em condições usuais de mercado para os respectivos tipos de operações.



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Despesas administrativas

Manutenção e aquisição de imobilizado

Custos dos serviços prestado

Contas a Receber Fornecedores

Companhia de Concessões Rodoviárias (d) 1.855 - - - - Via Lagos - 87 - 1 - Actua Serviços Compartilhados Ltda. (a) 1.811 - - - - Actua Assessoria Ltda. (a) 2.638 - - - - Engelog Centro de Engenharia Ltda. (b) 650 190 6.234 - 30 CGMP-Centro de Gestão de Meios de Pagto.S.A. (c) - - - 838 1 SGMP-Soc. de Gestão de Meios de Pagamento Ltda. (c) - - - 2.175 -

Total, 31 de dezembro de 2007 6.954 277 6.234 3.014 31

Total, 31 de dezembro de 2006 8.380 - 3.286 3.295 357

Transações Saldos

(a) Prestadores exclusivos de serviços de contabilidade, assessoria jurídica suprimentos,

tesouraria e recursos humanos ao Sistema CCR; (b) Prestador exclusivo de serviços de administração de obras de investimento, conservação e

manutenção ao Sistema CCR. A partir de 1º de janeiro de 2007 os serviços de informática deixaram de ser executados pela Actua Assessoria Ltda., e passaram a ser realizados por esta empresa.

(c) Refere-se aos valores de tarifa de pedágio cobrados de usuários do sistema de pedágio

automático, os quais serão repassados a Companhia no período subseqüente. (d) Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico e financeiro visando a otimização do

cumprimento do contrato de concessão.



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10 Compromissos vinculados à concessão (não auditado) A Companhia assumiu o compromisso de realizar novos investimentos, melhorar e expandir os recursos oferecidos aos usuários da Ponte Rio-Niterói. Conforme orçamento de capital estabelecido entre a Companhia e o Poder Concedente, em 31 de dezembro de 2007, esses compromissos estavam estimados em R$ 50.692 (R$ 80.705 em 31/12/06).

11 Provisão para contingências A Companhia é parte em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos. Em 24 de setembro de 2002, a Secretaria da Receita Federal do Estado do Rio de Janeiro autuou a Companhia em aproximadamente R$ 58.315, uma vez que entendeu que determinados valores recebidos em decorrência de empréstimo externo deveriam ser reconhecidos e tributados como receita. Os antigos assessores jurídicos da Companhia impugnaram o auto de infração que foi decidido em primeira instância administrativa contrariamente à Companhia. Através dos atuais assessores jurídicos, a administração da Companhia apelou para a segunda instância, tendo recebido decisão desfavorável em um dos autos de infração e favorável em outro. Foram apresentados recursos para a Câmara Superior do Conselho de Contribuintes, pela Companhia e pela Fazenda Nacional, ambos pendente de julgamento. A Companhia não provisionou valor discutido neste procedimento administrativo, pois seus assessores jurídicos entendem que a probabilidade de obter resultado desfavorável na esfera judicial é remota. A Companhia possui outras contingências passivas relativas as questões tributárias e cíveis avaliadas pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível no montante estimado de R$ 6.148 (R$ 3.815 em 31/12/06) para as quais nenhuma provisão foi constituída tendo em vista que as práticas contábeis adotadas no Brasil não requerem sua contabilização. Em 31 de dezembro de 2007 o saldo da provisão para contingências de R$ 377 é referente a uma ação cível, cujo risco de perda é provável.



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Existem também outras contingências passivas relativas às questões cíveis e trabalhistas, cuja mensuração do valor e a probabilidade de desfecho não puderam ser determinadas com suficiente segurança em decorrência do estágio em que se encontram e, portanto, nenhuma provisão para perdas foi registrada nas demonstrações financeiras.

12 Patrimônio líquido a. Capital social

O capital social é composto por 19.421.340 ações nominativas, sem valor nominal, sendo 9.710.670 ações ordinárias e 9.710.670 ações preferenciais. Em 27 de abril de 2007, conforme ata de Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária a Companhia aumentou seu capital social, sem efeito na quantidade de ações, em R$ 321, mediante a capitalização de parte da reserva legal, no montante de R$ 219, e da totalidade da reserva estatutária, no montante de R$ 102. O estatuto social determina que as ações deverão sempre manter a proporção de 50% para as ordinárias e 50% para as preferenciais e que estas últimas não terão direito a voto na Assembléia Geral, mas terão prioridade na distribuição do dividendo obrigatório. A distribuição de dividendos ficará condicionada aos limites fixados pela Lei nº 6.404/76.

b. Reservas de lucros • Reserva legal

É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social.

• Reserva estatutária

É constituída à razão de 0,5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do art. 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 10% do capital social, para restituição de capital aos acionistas, nos casos de extinção da concessão.



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c. Dividendos As ações preferenciais não têm direitos a voto e gozam de prioridade na distribuição de dividendos que são, no mínimo, 10% (dez por cento) superiores aos atribuídos às ações ordinárias, conforme disposto § 1º do inciso II do art. 17 da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 10.303/01. O estatuto social determina a distribuição de um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do art. 202 da Lei nº 6.404/76.

O dividendo mínimo obrigatório foi calculado conforme segue:

Lucro líquido do exercício 19.668

(-) Reserva legal (984)

(-) Reserva estatutária (413)

Base de cálculo 18.271

Dividendos obrigatórios 25% 4.568

Tendo em vista que já foram distribuídos antecipadamente R$ 9.433 durante o exercício, por conta do resultado de 2007, não houve, portanto, a consignação de dividendos mínimos obrigatórios. Aos acionistas é garantido, estatutariamente, dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, deduzido da parcela constituída como reserva legal. Em 31 de julho de 2006, a Companhia distribuiu dividendos antecipados no montante de R$ 8.157 sobre o saldo de lucros acumulados entre 1º. de janeiro de 2006 e 30 de junho de 2006, conforme Assembléia Geral Extraordinária realizada na mesma data. Em 30 de março de 2007 e em 31 de agosto de 2007, a Companhia distribuiu dividendos no montante de R$ 11.070 e R$ 83, respectivamente, sobre o saldo de lucros acumulados no exercício de 2006, conforme Assembléia Geral Extraordinária realizada na mesma data.



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Em 31 de agosto de 2007, a Companhia distribuiu dividendos antecipados no montante de R$ 9.433 sobre o saldo de lucros acumulados entre 1º. de janeiro de 2007 e 30 de junho de 2007 conforme Assembléia Geral Extraordinária realizada na mesma data.

d. Lucros acumulados A destinação dos lucros acumulados será definida na Assembléia Geral Ordinária. A Companhia possui orçamento de capital de giro e de operação que suporta o valor retido dos lucros acumulados.

13 Instrumentos financeiros

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como conseqüência, as estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes metodologias de mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados. A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. a. Exposição a riscos cambiais

A Companhia financia parte de suas operações com empréstimos em moeda estrangeira vinculadas ao dólar (EUA), equivalentes em 31 de dezembro de 2007, a R$ 45.599 (R$31.561 em 31/12/2006) (nota explicativa nº. 8). Desse montante, a Companhia contratou operações de “hedge” no montante de R$ 3.512.



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b. Exposição a riscos de taxas de juros e índices A Companhia está exposta a taxas de juros flutuantes, principalmente relacionadas às variações do Certificado de Depósito Interbancário - CDI relativo aos empréstimos em reais. As taxas de juros nas aplicações financeiras são em sua maioria vinculadas à variação do CDI.

c. Concentração de risco de crédito Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia a concentrações de risco de crédito consistem primariamente de depósitos bancários à vista, aplicações financeiras e contas a receber. A Companhia mantém contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras, de acordo com critérios objetivos para diversificação do risco de crédito.

d. Valor de mercado de instrumentos financeiros Em atendimento à Instrução CVM nº. 235/95, os saldos contábeis e os valores de mercado dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007 estão identificados a seguir: 2007 2006 Valor Valor de Valor Valor de contábil mercado contábil Mercado Disponibilidades 13.310 13.310 19.159 19.159 Empréstimos 45.599 45.599 31.561 31.561 Contas a pagar - Operações de “hedge” 3.512 3.140 11.046 8.579

Os valores de mercado informados não refletem mudanças subseqüentes na economia, tais como taxas de juros e alíquotas de impostos, e outras variáveis que possam ter efeito sobre sua determinação. Os seguintes métodos e premissas foram adotados na determinação do valor de mercado:



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• Disponibilidades e aplicações financeiras- Os saldos em conta corrente mantidos em bancos têm seus valores de mercado idênticos ao saldos contábeis.

Para as aplicações financeiras o valor de mercado informado foi apurado com base nas cotações de mercados desses títulos; quando da inexistência, foram baseados nos fluxos de caixa futuros, descontados às taxas médias de aplicação disponíveis.

• Empréstimos - não foi determinado o valor de mercado pelas seguintes razões:

- Não são objeto de transação em nenhum mercado; - Eventuais antecipações de pagamentos (pré-pagamentos) só podem ser feitos

mediante aprovação do credor, e pelo saldo devedor atualizado, acrescido de taxa especificada no contrato.

• Contas a pagar - Operações de “hedge” - O método de mensuração do valor de

mercado foi apurado considerando-se a expectativa de liquidação e as taxas de mercado vigentes na data do balanço.

14 Cobertura de seguros A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, conseqüentemente não foram auditadas pelos nossos auditores independentes. As principais coberturas de seguros referem-se a modalidade de todos os riscos “All Risk”. Cobertura de eventuais perdas decorrentes de: • Ações de indenização (Responsabilidade Civil);

• Sinistros durante e na execução de serviços de construção (Riscos de Engenharia);



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• Sinistros envolvendo bens patrimoniais, e roubo nas praças de pedágio (Riscos Patrimoniais);

• Acidentes associados às coberturas de engenharia e patrimoniais (Perda de Receita).

Em 31 de dezembro de 2007, as coberturas proporcionadas pelas apólices de seguros da Companhia estão resumidas conforme abaixo: • Riscos de Engenharia: Conservação e manutenção - R$ 23.377. • Riscos Patrimoniais e Responsabilidade Civil: R$ 425.000 e R$ 15.000. • Perda de Receita - R$ 46.500.

Além disso, a Companhia possui um seguro garantia de R$ 30.121, cobrindo riscos relativos às obrigações previstas no contrato de concessão, tendo como beneficiário o Poder Concedente.

15 Eventos subseqüentes a. Lei nº 11.638/07- Alterações de dispositivos da Lei nº 6.404/76 sobre matéria

contábil Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei 11.638 que altera a Lei 6.404 no capítulo relativo à divulgação e preparação de demonstrações financeiras, que vem a modificar, entre outros aspectos, o critério de reconhecimento e valorização de ativos e passivos. Estas mudanças de práticas contábeis entrarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2008 e podem ser, substancialmente resumidas como segue: • Ativos e passivos financeiros pré-fixados devem ser ajustados a valor presente quando os

efeitos forem relevantes; • Arrendamentos financeiros passam a ser contabilizados como ativo imobilizado; • Determinados instrumentos financeiros e derivativos deverão ser contabilizados a valores

justos;



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• Ativos adquiridos em processos de aquisição de controle em sociedades, entre partes independentes, passam a ser valorizados a valores justos na sociedade adquirente;

• A equivalência patrimonial passa a ser registrada em função da influência significativa e

em sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que esteja sob controle comum; • A reavaliação de ativos não é mais permitida;

Os efeitos da aplicação da referida Lei sobre as demonstrações financeiras da Companhia encontram-se sob análise da Administração, assim como a aplicação de determinadas modificações depende de uma regulação posterior a ser emitida pelos órgãos competentes. Assim, os impactos de todas as modificações trazidas por esta nova lei ainda não podem ser mensurados.

b. Manual de Contabilidade - ANTT

A Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, promoveu a revisão das normas e procedimentos contidos no Plano de Contas do Serviço Público de Exploração da Infra-Estrutura Rodoviária Federal, instituindo um documento denominado “Manual de Contabilidade do Serviço Público de Exploração da Infra-Estrutura Rodoviária Federal”, contendo o Plano de Contas, instruções contábeis e Manual para divulgação de informações econômico-financeiras. As normas contidas no referido Manual são de aplicação compulsória a partir de 1° de janeiro de 2008.

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