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Boas Festas de São Francisco de Assis! PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL OUTUBRO 2014 • ANO LXI • Nº 10 COMUNICAÇÕES

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Boas Festas de São Francisco de Assis!

PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASILOUTUBRO 2014 • ANO LXI • Nº 10

ComuniCações

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14sumário

Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

mensagem do ministro Provincial Celebrar com São Francisco de Assis a vida evangélica ..............................................................................................................475

Formação Permanente“O Sínodo dedicado à família se aproxima - Ecos do Instrumentum Laboris”, texto de Frei Nilo Agostini ......................477

Formação e estudosFormadores se reúnem em Ituporanga e Conselho, em Rodeio ................................................................................................480Postulinter: último encontro do ano ..............................................................................................................................................481Retiro Semestral em Rondinha .......................................................................................................................................................482“Alegrai-vos, Vida Consagrada!” .....................................................................................................................................................483

sav/PvF2ª Caminhada Franciscana: Peregrinação e encontro com o próximo .................................................................................... 484Caminhada Franciscana da Juventude em SC ..............................................................................................................................489

savEncontro no Mês Vocacional ...........................................................................................................................................................491Entrevista com Frei Marcos Prado dos Santos ..............................................................................................................................492

FraternidadesFesta de São Francisco no Convento São Francisco ....................................................................................................................495Festa de São Francisco em Agudos .................................................................................................................................................495Encontro Regional de Agudos .........................................................................................................................................................496Regional Serra-Baixada se reúne no ITF .......................................................................................................................................497Regional do Leste Catarinense se reúne em Angelina .................................................................................................................498Festa Caipira no Seminário Franciscano Frei Galvão ..................................................................................................................499Cardeal do Rio faz encontro com padres no Convento Santo Antônio ...................................................................................499Encontro do Regional de Pato Branco ...........................................................................................................................................500Celebrando São Boaventura e a gratuidade da evangelização ....................................................................................................501Gaspar: Paróquia estuda o Canto Litúrgico ..................................................................................................................................502Gaspar: Encontro de Formação da OFS ........................................................................................................................................503Frei João Batista agradece .................................................................................................................................................................503Frei Carlos Lúcio homenageia Comunidade de Nossa Senhora do Pari ..................................................................................504

evangeliZação Assembleia do Sefras na 11ª edição ................................................................................................................................................506Novo serviço acolhe imigrantes ......................................................................................................................................................508Anselm Grün no Brasil .....................................................................................................................................................................510USF é a melhor na categoria internacionalização ........................................................................................................................517FAE: Ética e bioética são tema de Curso de Extensão .................................................................................................................517Curso: “A alegria de evangelizar na visão franciscana .................................................................................................................517Especial: 25 anos da Ordem dos Frades Menores em Angola ....................................................................................................518Entrevista com Frei Pedro Caron ....................................................................................................................................................520

cFmBConferência faz 2ª Reunião Ordinária ...........................................................................................................................................522

FalecimentoFrei Joel Sgarbozza falece em Petrópolis ........................................................................................................................................525Circunstâncias que envolveram a morte de Frei Joel ...................................................................................................................526Missa de 7º Dia com a Família de Frei Joel ....................................................................................................................................527

agenda ..........................................................................................................................................................................................528

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mensagem

Caríssimos irmãos e irmãs,Que o Senhor nos dê a Paz!

No ano passado, quando nas nossas Fraterni-dades e Comunidades celebrávamos a festa de São Francisco de Assis, os nossos olhos também esta-vam voltados ao Vale da Úmbria (Itália) e os ou-vidos do nosso coração atentos ao Papa Francisco na sua histórica visita à Assis de São Francisco e de Santa Clara.

Mais do que uma visita de cortesia de um Papa que assumiu perante a Igreja o nome de ‘Francis-co’ com todo o simbolismo profético presente nes-te nome, quis a providência de Deus que esta visita fosse acima de tudo uma peregrinação e um itinerá-rio espiritual para mostrar ao mundo de hoje os va-lores evangélicos fundamentais que não podem ser esquecidos na vida franciscana. E se um mês depois, no dia 29 de novembro de 2013, o Papa Francisco dizia aos superiores maiores das ordens e congrega-ções dos religiosos que a prioridade da vida consa-grada é “a profecia do Reino, que não é negociável”, também quero crer que essa peregrinação do Papa a Assis foi um marco importantíssimo onde ele pro-curou mostrar ao mundo, à Igreja e principalmente à grande Família Franciscana, os núcleos essenciais não-negociáveis do carisma franciscano, isso se quisermos ser coerentes com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo com a mesma intensidade com que Francisco de Assis viveu o profetismo do Reino no seu tempo.

E agora, um ano depois, por ocasião da Solenida-de do nosso Seráfico Pai São Francisco, refiz a leitura dessa histórica visita do Papa Francisco (leitura que certamente não é a única!), e tendo presente o cami-nhar da nossa Ordem que nos interpela nas orienta-ções das linhas-guia de preparação do Capítulo Geral de 2015 (“Lineamenta”), também nos perguntamos: Como ser “Irmãos Menores no nosso tempo”? Qual o segredo mais profundo da expressão “todos sejam chamados frades menores” (Rnb 6,3)?

Pois bem, se vivemos “um tempo de crise” (a crise do modelo econômico, a crise ético-cultural, a crise institucional, a crise do sujeito, a crise da plu-ralidade, a crise da Igreja e da Ordem), nesse tempo

de crise somos chamados “a crescer, não para mor-rer”. E nesse sentido vejo que o Papa Francisco nos convocou a fazermos uma releitura da história do nosso tempo e nela nos situarmos com o olhar di-vino presente no profetismo de São Francisco e de Santa Clara. Assim:• Devemos ter a ousadia profética de reafirmar e

CeLeBrar Com sÃo FranCisCo De assis

a ViDa eVangÉLiCa

“necessitamos reencantar-nos com a Cruz e o evangelho se quisermos viver com autenticidade a inegociabilidade

da profecia do reino”.

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sentir que Jesus continua presente e escondido nas chagas dos leprosos da modernidade, tão próxi-mos de todos nós, e reconhecer que neles se en-contra o princípio da nossa conversão evangélica e de real transformação daquilo que nos parece amargo, difícil e intragável, em doçura da alma e do corpo.

• Devemos a cada dia recriar dentro de nós a ou-sadia profética do despojamento (minoridade), principalmente neste nosso tempo que ostenta a vaidade e o luxo (inclusive nos ambientes eclesiais e da vida consagrada!) e que prega uma ‘religião da prosperidade’ (= riqueza). Talvez seja mais fácil encontrar devotos da ambição de ‘Pedro de Ber-nardone’ do que fiéis companheiros da pobreza evangélica, proclamada na fé por Francisco de As-sis no seu ato de despojamento: “Despiu-se ime-diatamente, jogou no chão suas roupas e as devol-veu ao pai.... É aqui que o nu luta com o adversário nu” (cf. 1Cel 15).

• Necessitamos reencantar-nos com a Cruz e o Evangelho se quisermos viver com autenticidade a inegociabilidade da profecia do Reino. A Cruz e o Evangelho ou, segundo São Boaventura, ‘o Evangelho da Cruz de Cristo’ (LM 4,3), itinerário espiritual que iluminou a vida do Poverello de As-sis e companheiros nos primórdios da história da Ordem Franciscana, continua a ser convite para que imitemos e testemunhemos o “Cristo que, sendo rico, se fez pobre por nós e nos enriqueceu por meio da sua pobreza”. A partir deste reencan-tamento, o olhar, o ouvido e a sensibilidade do co-ração nos darão a autoridade de sermos profetas e arautos do Cântico das Criaturas, isto é, da tota-lidade da vida com todos os seus valores (justiça, paz, partilha, direitos humanos, respeito à criação, cordialidade, etc.) contemplada a partir do olhar do Divino Criador.

• O Papa também nos convocou à escuta atenta da Palavra, ao caminhar apostólico (itinerância) e à missionariedade. São Francisco de Assis, que não era “surdo ao Evangelho, antes guardava tudo lou-vavelmente de memória e tratava de executá-lo à risca” (1Cel 22), começa a “pregar a todos a pe-nitência, com grande fervor de espírito e alegria da alma, edificando os ouvintes com a linguagem simples e a nobreza de coração”, também intuiu na fé que o Evangelho o autoriza à pregação e à missão. E como penitente de Assis e ao intuir por divina inspiração que o Evangelho é sua forma de vida, evangelicamente envia seus primeiros companheiros: “Ide, caríssimos, dois a dois pe-las quatro partes do mundo (em forma de cruz!), anunciando aos homens a paz e a penitência para

a remissão dos pecados; sede pacientes na tribu-lação, confiando que o Senhor (Evangelho) vai cumprir o que propôs e prometeu... E abraçava e dizia com ternura a cada um: ‘Põe teus cuidados no Senhor e ele cuidará de ti’” (1Cel 29). Fran-cisco de Assis entende que no centro da vida de cada cristão deve estar o Evangelho e o referencial maior da Cruz e que nós, como interpelou-nos o Papa Francisco, devemos “ir às periferias, fora dos feixes de luz dos holofotes, para lá levar e anun-ciar a luz do Evangelho”, com alegria (A Alegria do Evangelho!).

• Outro elemento indicado é a importância da con-templação, ou da vida contemplativa na Igreja. A unção da boa evangelização é consequência da verdadeira contemplação. Ao visitar a Basílica de Santa Clara, quis o Papa Francisco evocar o profe-tismo evangélico de Santa Clara de Assis, “mulher humana e mãe da Igreja”. A missão evangelizadora que deve brilhar na vida contemplativa das segui-doras de Santa Clara é autêntica quando ela irra-dia uma vida vivida em ‘comunhão com Cristo’, ‘em fraternidade’, ‘na largueza e no sorriso do co-ração’. Santa Clara e suas irmãs nos recordam a ta-refa permanente de toda a evangelização, tal como nos apresenta Tomás de Celano: “O pregador tem que haurir primeiro no coração, feito em segredo, aquilo que depois vai derramar em palavras sagra-das. Tem que se esquentar primeiro por dentro, para não proferir palavras frias” (2Cel 163).

• E o Papa, finalmente, concluiu a sua peregrinação a Assis junto à Porciúncula da Ordem Francisca-na. E uma palavra proclamada com ênfase pelo Papa foi: “Aqui em Assis, perto da Porciúncula, parece que podemos ouvir a voz de São Francis-co que nos repete: Evangelho, Evangelho!”. Sim, o Evangelho é vocação, o Evangelho é organização da mística da fraternidade (projeto fraterno de vida), Evangelho é Palavra partilhada, Evangelho é oração, Evangelho é sensibilidade e cuidado pelo irmão e pela irmã, Evangelho é missão da Igreja e da Ordem, muito particularmente junto à juven-tude e às famílias.

Caríssimos irmãos e irmãs, que nesta Solenidade do nosso Seráfico Pai São Francisco, mais uma vez possamos revigorar-nos no Evangelho “que convi-da-nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que inter-pela, com os seus sofrimentos e suas reivindicações, com a sua alegria contagiante, permanecendo lado a lado” (EG 88). E que o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor!

Frei Fidêncio vanboemmel, oFmMinistro Provincial

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FormaçÃo permanente

A FAMÍLIA NUM TEMPO DE MUDANÇAS

Frei niLo agostini

Está se aproximando a realiza-ção do III Sínodo Extraordinário dedicado à Família. Este realizar--se-á nos dias 5 a 19 de outubro próximo. Serão 253 os partici-pantes1. Os Padres sinodais se-rão 191, incluindo os 25 chefes de dicastérios da Cúria Romana e os 114 presidentes de Confe-rências Episcopais: 36 da África, 24 da América, 18 da Ásia, 32 da Europa e 4 da Oceânia. Serão 62 os outros participantes, incluindo 8 Delegados fraternos: dentre os quais, também Hilarion, presi-dente do Departamento para as relações exteriores do Patriar-cado de Moscou. Das Igrejas Orientais, virão treze expoen-tes, provenientes de países em conflito, como Iraque e Ucrânia, representados respectivamente pelo Patriarca caldeu, Louis Sako, e pelo Arcebispo maior greco--católico Shevchuk. E ainda treze casais de cônjuges que farão parte dos 38 auditores, com direito de palavra, mas não de voto. Outros dois casais fazem parte dos 16 pe-ritos, ou seja dos colaboradores do Secretário especial.

As nossas reflexões, veiculadas

todo mês pelas “Comunicações”, tiveram como objetivo abordar sempre um tema relacionado à família, como parte da formação permanente. O foco deste mês é o próprio Instrumentum labo-ris deste Sínodo. Este é fruto de uma vasta consulta a toda a Igreja, cujas contribuições foram reuni-das e sintetizadas no instrumento de trabalho2. Portanto, a seguir, apresentaremos alguns itens deste Instrumentum laboris (apenas IL para as menções e citações).

O IL organiza-se em três gran-des partes: I. Comunicar o Evan-gelho da família hoje; II. A pas-toral da família face aos novos desafios; III. A abertura à vida e a responsabilidade educativa. Cada uma destas partes é subdividida em capítulos. Há uma “apresen-tação” feita pelo Secretário Geral do Sínodo dos Bispos Cardeal Lo-renzo Baldisseri, seguida de uma “premissa”. Após as 3 partes que formam o corpo do documento, temos uma conclusão muito bre-ve, seguida de uma “Oração à Sa-grada Família”. Ao todo, perfilam--se 159 parágrafos.

Na “premissa”, remete-se para

o anúncio do Evangelho da famí-lia, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial, como parte integrante da missão da Igreja, em continuidade com as iniciativas já tomadas por Bento XVI, por ocasião da Assembleia sinodal sobre a nova evangelização para a transmissão da fé cristã e do Ano da fé. Citando a Dei Verbum n. 8, sublinha que “a tradição apostóli-ca progride na Igreja sob a assis-tência do Espírito Santo”, para en-fatizar, em seguida, que “a família constitui um recurso inesgotável e uma fonte de vida para a pas-toral da Igreja; por conseguinte, a sua tarefa primária é o anúncio da beleza da vocação para o amor, grande potencial também para a sociedade”.

Na primeira parte – Comuni-car o Evangelho da Família hoje –, o IL começa fazendo a leitu-ra do desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família. O dado bíblico torna-se a iluminação fun-damental, quer vindo do Antigo Testamento quer vindo do Novo Testamento. O próprio Jesus viveu e cresceu numa família, sendo sua pregação em favor do vínculo sa-

o sínoDo DeDiCaDo à FamíLia se aproxima – eCos Do instrumentum LaBoris

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cramental indissolúvel, Ele que as-sume o amor humano e o aperfei-çoa. “Na encarnação, Ele assume o amor humano, purifica-o, leva-o à plenitude, e doa aos esposos, com o seu Espírito, a capacidade de o viver, permeando toda a sua vida de fé, esperança e caridade” (IL n. 4). O amor nupcial passa a se refe-rir “ao grande mistério” que torna presente no mundo o amor entre Cristo e a Igreja (cf. Ef 5, 31-32). No decorrer da história, a Igreja sempre enfatizou o ensinamento sobre a dignidade do matrimônio e da família (cf. GS 47-52), defi-nindo o matrimônio como comu-nidade de vida e de amor (cf. GS 48). Para isso, se requerem sacer-dotes e ministros preparados para acompanhar os fiéis ante a riqueza deste sacramento, segundo o ensi-namento da Igreja.

Ainda na primeira parte, o IL reconhece ser problemático o uso do termo lei natural, referido à família, por sua perda de sentido, pelo seu uso equivocado, apontan-do ser desejável uma renovação da linguagem (cf. IL n. 20-30). Uma vez referida à pessoa de Cristo, a família “continua a ser um espaço privilegiado no qual Cristo reve-la o mistério e a vocação do ho-mem” (IL n. 31). E junto ao povo de Deus, “a família é reconhecida como um bem inestimável, o am-biente natural de crescimento da vida, uma escola de humanidade, de amor e de esperança para a so-ciedade” (IL n. 31); ela é a “célu-la básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na di-ferença e a pertencer aos outros” (EG n. 66). Buscando fundar a fa-mília na Trindade, o IL afirma que “a experiência do amor recíproco entre os esposos ajuda a compre-ender a vida trinitária como amor: através da comunhão vivida em família, as crianças podem divi-sar uma imagem da Trindade” (n. 35), sendo “o matrimônio o ícone do amor de Deus por nós” (n. 35).

Evidenciam-se os pais como os primeiros educadores, na fé vivida e explicitada, na oração própria da família como “igreja doméstica”, no desenvolvimento integral de seus membros, no vínculo dura-douro e estável ante a crise e ins-tabilidade atuais.

Finalizando a primeira parte, o IL aponta para “a necessidade de uma pastoral familiar que te-nha como objetivo uma formação constante e sistemática acerca do valor do matrimônio como voca-ção, da redescoberta da genitoria-lidade (paternidade e maternida-de) como dom”. E insiste que “o acompanhamento do casal não se deve limitar à preparação para o matrimônio, em relação à qual se aponta - aliás - a necessidade de rever os percursos” (n. 49).

Na segunda parte – A pastoral da Família face aos novos desafios –, o IL inicia citando a responsabi-lidade dos Pastores e a necessida-de de reunir os diversos carismas e ministérios na comunidade ecle-sial em prol da Pastoral Familiar;

busquem-se, inclusive, formas no-vas para uma presença efetiva da Igreja junto às famílias, uma Igreja com a coragem de “sair” de si, ani-mada pelo Espírito Santo (cf. IL n. 50). Encontra-se uma diversidade muito grande e uma riqueza ím-par na preparação para o matri-mônio, que deve ser levada a sé-rio e ser mais propagada. Merece apoio a piedade popular e a espiri-tualidade familiar que alimentam a vida de nossas famílias.

Nesta parte, há todo um ca-pítulo sobre os desafios pastorais da família (n. 61-79), começan-do por mencionar a crise da fé e a vida familiar, passando pelas situações críticas internas à famí-lia, pressões externas à família, até chegar a tratar de algumas situa-ções particulares. Outro capítu-lo inteiro ocupa-se das situações pastorais difíceis (n. 80-120), quer familiares, quer aquelas situa-ções que remetem para as uniões do mesmo sexo. Com relação às primeiras, “sobressai a conside-ração comum de que, no âmbito

Primeiro Sínodo do Papa Francisco

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daquelas que podem ser definidas situações matrimoniais difíceis, escondem-se histórias de grande sofrimento, assim como testemu-nhos de amor sincero. ‘A Igreja é chamada a ser sempre a casa aber-ta do Pai. [...] a casa paterna na qual há lugar para todos com a sua vida cansativa’ (EG 47). A verdadeira urgência pastoral é a de permitir que estas pessoas curem as feri-das, sarem e retomem o caminho juntamente com toda a comuni-dade eclesial” (IL n.

mossexuais ‘devem ser acolhidos com respeito, compaixão e deli-cadeza. Deve evitar-se, para com eles, qualquer atitude de injusta discriminação’» (CDF, Conside-rações sobre os projetos de reco-nhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais, 4)” (IL n. 110). Com relação ao “caso das pessoas que vivem nestas uniões pedirem o batismo para o filho, as respostas, quase unanimemen-te, ressaltam que o filho deve ser acolhido com a mesma atenção, ternura e solicitude que recebem os outros filhos. Muitas respostas indicam que seria útil receber di-retrizes pastorais mais concretas para estas situações” (n. 120).

Na terceira parte – A abertura à vida e a responsabilidade educa-tiva –, são apresentados dois capí-tulos. O primeiro deles apresenta os desafios pastorais acerca da abertura à vida. Aqui, salienta-se a visão cristã da vida e da sexua-lidade e lembra-se da Humanae

vitae, quando afirma a união inseparável en-tre o amor conjugal e a transmissão da vida. Solicita-se, no IL, que se conheça o ensina-mento da Igreja neste particular, incluído o dos métodos de regu-lação dos nascimentos e o da discussão em torno da paternidade e maternidade respon-sáveis. Os desafios se avolumam nesta área, merecendo desdobra-mentos diversos, so-bretudo ante o fosso existente entre o ensi-namento da Igreja e a educação civil, espe-

NOTAS1 - Os detalhes da participação foram recolhidos no site: http://

pt.radiovaticana.va/news/2014/09/09/participar%C3%A1_no_s%C3%ADnodo_sobre_a_fam%C3%ADlia,_um_leigo_mo%C3%A7ambicano,_ativo_na/por-824360

2 - SINODO DOS BISPOS – III ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA. Os desafios pastorais da família no contexto da Evangelização. Cidade do Vaticano: Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos; Libreria Edirice Vaticana, 2014.

Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo

80). Enumeram-se aqui diversas situações e algumas questões: as convivências ad experimentum; as uniões de fato; os separados, di-vorciados e divorciados recasados; os filhos e quantos permanecem sozinhos; as mães solteiras; as situ-ações de irregularidade canônica; o acesso aos sacramentos; os sepa-rados e os divorciados; a simpli-ficação das causas matrimoniais; a atenção às situações difíceis; os não-praticantes e não-crentes que pedem o matrimônio; e solicita-ções diversas de orientação.

Com relação às uniões en-tre pessoas do mesmo sexo, o IL aponta que, “nas respostas das Conferências Episcopais, há refe-rências ao ensinamento da Igreja”. «Não existe nenhum fundamento para equiparar ou estabelecer ana-logias, mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus sobre o matrimônio e a fa-mília. [...] No entanto, os homens e as mulheres com tendências ho-

cialmente em regiões mais secula-rizadas. Relatam-se práticas pasto-rais, fazem-se considerações sobre a participação sacramental, enfati-zando a necessidade de promover uma mentalidade aberta à vida.

O segundo capítulo desta parte desenvolve o tema da Igreja e da família diante do desafio educati-vo, no qual se destaca a importân-cia de uma educação integral no seio de nossas famílias. Inserem--se neste âmbito a transmissão da fé e a iniciação cristã. Há uma preocupação particular com rela-ção à educação cristã em situações familiares difíceis. Afirma-se que “a Igreja é chamada a assumir um importante papel de mediação, através da compreensão e do di-álogo” (IL n. 144). Muitas são as indicações de que há necessidade de renovação, de criatividade e mesmo de alegria na maneira de a Igreja acompanhar de maneira adequada as diversas realidades familiares (cf. IL n. 147).

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14FormaçÃo e estuDos

No dia 1º de setembro, acon-teceu a reunião dos orientadores e mestres das casas de formação da Província no Seminário de Ituporanga. No período da ma-nhã, foi feita uma partilha muito espontânea sobre a realidade de cada uma das casas de formação. Depois do almoço, aconteceu um encontro dos formadores com todos os seminaristas do ensino médio e os aspirantes provenien-tes das FAVs. Nas diversas falas, os formandos expressaram que a convivência, nesse primeiro mês, tem sido de enriquecimento mú-tuo, de rejuvenescimento para os mais adultos e amadurecimento vocacional para os mais jovens. Dando continuidade à reunião, os formadores dedicaram-se so-

bretudo a completar o trabalho de reelaboração das diretrizes, ao menos no que diz respeito à for-mação inicial.

Depois, no final da tarde, se-guiram em direção a Rodeio. Assim, no dia 02, deu-se início à reunião do Conselho do Secre-tariado para a Formação e os Es-tudos, no Noviciado de Rodeio. Depois de um tempo de oração e reflexão sobre um texto das Li-nhas-Guia para o Capítulo Geral de 2015 sobre o tema da mino-ridade, passou-se à abordagem dos diversos assuntos da pauta: questões sobre os regimentos das casas de formação e sobre as diretrizes para a formação, uma partilha sobre as casas de forma-ção e os Institutos, os estágios na FIMDA e na missão no Vicaria-to de Requeña, assuntos propos-

tos pelos frades professos tem-porários do tempo da Filosofia e da Teologia, que começam a organizar um encontro com os formandos das duas etapas, a análise de alguns pedidos de retorno ao processo formativo da Província de ex-formandos, assuntos encaminhados pela CFMB e pelo SERFE, especial-mente o curso para Formado-res, Guardiães e Animadores do SAV, indicações de nomes para a formação e para estudos, etc.

Algumas ausências foram jus-tificadas e a reunião foi concluída até a noite do mesmo dia.

Aos confrades do seminário São Francisco de Assis e do Novi-ciado São José, os agradecimen-tos dos formadores e de todo o Conselho do Secretariado pela acolhida alegre e fraterna.

FormaDores se reÚnem emituporanga e ConseLho, em roDeio

FREI FÁBIO CÉSAR GOMES

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Atendendo ao pedido da Con-ferência dos Religiosos do Brasil, no Regional do Vale do Paraíba, realizou-se nos dias 10, 11 e 12 de setembro, no Seminário Frei Galvão, em Guaratinguetá, o úl-timo encontro anual do Postulin-ter, assessorado pelo professor do ITF e frade desta Província, Frei Fernando Araújo.

Contando com a presença de 24 Postulantes (Onze da Província Franciscana da Imaculada Con-ceição do Brasil; seis da Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz; três da Congregação do Di-

vino Mestre; três do Instituto das Filhas de Nossa Senhora das Gra-ças e uma da Terceira Ordem Se-ráfica) e de seus respectivos mes-tres e orientadores, o encontro foi iniciado com uma breve recorda-ção do encontro anterior, no qual foi ressaltada a relação do desejo e do anseio com a maturidade na escolha vocacional.

Sobre o tema “O Desenvolvi-mento Psicossocial Humano”, se-gundo a teoria do Psiquiatra Erik Erikson, Frei Fernando discorreu sobre os oito estágios do desenvol-vimento psicossocial do homem, desde sua concepção até a idade idosa, a partir de suas experiências

e educação recebida, mostrando como acontece sua evolução vital e a formação de sua identidade sexual, profissional e ideológica, sempre conforme as experiências vividas e de acordo com cada está-gio do desenvolvimento.

O tema, apresentado por Frei Fernando, com sua impecável di-dática, conduziu a todos os pos-tulantes presentes a uma melhor compreensão de suas histórias e de suas inspirações que os levaram a abraçar a vida religiosa. O encon-tro encerrou-se durante o almoço do dia 12. Todos foram unânimes em aprovar a assessoria do frade psicólogo.

FormaçÃo e estuDos

postuLinter: ÚLtimo enContro Do anoVÍTOR AMÂNCIO

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“Mas vós fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo Nome do Senhor Jesus Cristo e Es-pírito de Nosso Deus” (I Cor 6,11).

“Irmão sol, com irmã luz, trazen-do o dia pela mão...” Foi cantando este salmo da alegria, que iniciamos o retiro bimestral da nossa Fraterni-dade São Boaventura, às 8h30, do dia 10 de setembro. Após ouvirmos a mensagem dos Sermões de São Bernardo, abade, que se encontra no Ofício das Leituras, relatando “Os graus da contemplação”, con-cluímos o momento de oração com as palavras de São Francisco de As-sis: “Eterno Deus Onipotente”.

Era um belo dia, o sol brilha-va forte; tempo propício para fa-zermos este exercício espiritual e irmos ao encontro de Deus, con-forme a motivação de Frei Fábio: “Convido vocês para deixar tudo, até os afazeres mais importantes, porque o que resta agora é ouvir a voz de Senhor”. Momento oportu-

FREI LEÔNIDAS FELIX

retiro semestraL em ronDinhano para rever o projeto pessoal de vida, com o propósito de perceber, “qual a vontade de Deus na minha vida consagrada”.

Em seguida, acompanhamos a palestra de Dom João Braz de Aviz, com o tema: “Perfectae Caritatis”, gravada no Encontro: Alegrai-vos, Vida Consagrada, ocorrido nos dias 28 e 29 de agosto, em Curitiba--PR. Ela está disponível no Youtube. “Deus fala diferente para cada pes-soa e em cada época, por isso a vida consagrada precisa enfrentar os de-safios atuais”, afirmou Dom João. A sua apresentação resume-se em três aspectos: Retorno às fontes da

vida cristã; retorno ao carisma dos fundadores e atenção à realidade do mundo de hoje. Após ouvi-lo, certa-mente material não nos faltava. As-sim, cada um retirou-se para o seu deserto e meditação pessoal.

O grande momento da partilha aconteceu às 14h e foi uma belíssi-ma oportunidade para ouvir a ex-periência de cada irmão, que seria impossível descrever num simples papel. Em síntese, pode-se dizer que “Deus tem uma missão para realizar com cada um de nós. Ele conta co-nosco! É preciso reavivar o dom da vocação, iluminados pela busca da Palavra de Deus”.

Encerramos o nosso exercício espiritual às 15h30 com a Celebra-ção Eucarística, presidida por Frei Fábio, aos pés da Virgem Maria, na gruta da Imaculada Concei-ção. Que Deus nos ensine a viver a nossa vocação religiosa francis-cana, segundo a sua santíssima vontade, a exemplo de Maria que tanto meditou e viveu as Palavras do Senhor.

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Nos dias 28 e 29 de agosto ocorreu na Paróquia Bom Jesus do Portão, em Curitiba, o En-contro da Vida Consagrada do Brasil, com a temática “Alegrai--vos, Vida Consagrada”. O even-to contou com a participação do prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica do Vaticano, o Cardeal Dom João Braz de Aviz.

Inicialmente, o encontro seria somente para os consagrados do Paraná, porém o encontro tomou

uma proporção inesperada, con-tando com a presença de con-sagrados de praticamente todo o Brasil, totalizando aproxima-damente 900 consagrados. Esta surpresa foi motivo de grande alegria.

Num clima de familiaridade, simplicidade e descontração, o cardeal destacou em seu diálo-go, os temas da “Renovação da Vida Consagrada há 50 anos do Concílio Vaticano II”; “A Vida Consagrada, sinal de comunhão na Igreja e no Mundo, na Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal Vita Consecrata” e “Consagrados e

Consagradas, discípulos e dis-cípulas do Senhor, na Escola da Comunhão”.

Durante o encontro participa-ram com palestras e de uma mesa redonda, o monge trapista Dom Bernardo Bonowitz, Frei Clodo-vis Boff e a Irmã Márian Ambró-sio. Além disso, vários consagra-dos enriqueceram os intervalos das palestras com testemunhos de vida e missão.

Para nós fica a profunda ex-periência de comunhão fraterna com os demais religiosos. So-nhos partilhados, experiências, testemunhos de jovens e idosos mostraram-nos a força do Espíri-to que move homens e mulheres a darem um testemunho proféti-co do amor de Deus nos mais di-versos lugares e dos mais diversos modos. Uma experiência que nos marcou e nos motiva a nos doar-mos cada vez mais, a irmos cada vez mais fundo em nossa consa-gração como frades, que querem fazer e levar a experiência desse Deus que é o Tudo. Alegrai-vos, Vida Consagrada! Pois como diz Papa Francisco: “Onde estão os consagrados, sempre há alegria!”.

“aLegrai-Vos, ViDa ConsagraDa!”

FREI ROGER STRAPAZZON

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Nos dias 30 e 31 de agosto cer-ca de 110 pessoas, entre jovens, frades, religiosas e adultos, se reu-niram em Aparecida para partici-par da 2ª Caminhada Franciscana da Juventude, promovida pelo Serviço de Animação Vocacional (SAV) e pelo Pró-Vocações Fran-ciscanas (PVF). Um ônibus saiu de São Paulo na manhã de sábado e outro do Rio de Janeiro na ma-drugada de sexta-feira, trazendo os jovens de Petrópolis, Nilópo-lis, Rocinha e Duque de Caxias. Outros participantes foram direto para a Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Às 9h30, todos se reu-niram para receber as primeiras instruções e partir rumo ao Semi-nário Frei Galvão, em Guaratin-guetá. Muita expectativa entre os participantes!

Para Cristy Azevedo, que aju-dou na preparação da 2ª Cami-nhada, o encontro com o outro era a maior expectativa desde o início. “Saímos de nossas casas

com uma enorme vontade de, nesses dois dias de caminhada, ir ao encontro do outro, na aco-lhida, na convivência fraterna, na partilha de experiências e de nos-sa própria vida”, afirma a jovem.

Os 10 primeiros quilômetros foram repletos de alegria. Cantos, brincadeiras, muito riso e felici-dade entre os caminheiros. Uma breve parada para beber água, e recuperar o fôlego, na divisa entre as cidades de Aparecida e Guaratinguetá. Frei Alexan-dre Rohling e Lucas ficaram no apoio, ajudando no transporte de materiais e no abastecimento de água. A segunda parada aconte-ceu no convento Nossa Senhora das Graças, das Irmãs Francis-canas da 3ª Ordem Seráfica, em Guaratinguetá, que acolheram os peregrinos com água, suco, frutas e muito carinho.

De lá, os participantes con-tinuaram a caminhada rumo ao Seminário Frei Galvão, onde mais uma vez foram acolhidos com muita alegria. Pausa para

almoço, servido pelos freis e pos-tulantes, descanso e as instruções para a próxima etapa: a chegada à Fazenda da Esperança.

A Fazenda da Esperança é uma comunidade terapêutica de recuperação de dependentes quí-micos. Foi fundada há mais de 30 anos, e atualmente está presente em mais de 10 países. Os jovens partiram para lá, fazendo os pró-ximos 13 quilômetros da Cami-nhada, tendo como motivação o encontro de São Francisco com o leproso. No caminho, um texto do Frei Vitório Mazzuco, OFM, foi proposto para reflexão. Assim como Francisco em sua época, estes 110 jovens também foram ao encontro dos leprosos dos dias de hoje, excluídos e esquecidos pela sociedade.

Já era fim de tarde e o sol es-tava se pondo, quando os pe-regrinos ouviam ao longe uma cantoria alegre: eram as recupe-randas e voluntárias da Fazenda da Esperança fazendo uma gran-de acolhida para todos. Surpresa,

peregrinaçÃo e enContro

Com o prÓximoÉRIkA AuGuSTO

2ª Caminha FranCisCana

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emoção, gratidão, uma mistura de sentimentos estava presen-te nos rostos dos jovens. Muitos abraços, sorrisos e lágrimas!

Para Thaís Rozendo, a maior lição deste encontro foi ouvir as experiências das recuperandas. “Nós reclamamos muito dos nos-sos problemas, falamos que não aguentamos mais algumas situ-ações, e elas, que estão ali, pas-saram por algo pior, e disseram sim para a segunda chance. Pre-

mulheres nas casas onde ficaram hospedadas, pelas recuperandas que as acolheram. Para o Samuel, de Nilópolis, o gesto do lava-pés marcou sua chegada na Fazenda da Esperança. “A única coisa que eu sentia quando aquele rapaz la-vava o meu pé é que eu não era digno daquele gesto”, afirmou du-rante seu testemunho na celebra-ção de domingo. E acrescentou: “Aqui eu aprendi que não se deve conhecer o Evangelho, se deve vi-

acolhida feminino, onde aconte-ceu a Missa de encerramento. A celebração foi presidida por Frei Alvaci Mendes, coordenador do Pró-vocações, e concelebrada por Frei Diego Melo, coorde-nador do Serviço de Animação Vocacional, e por diversos frades que participaram da 2ª Caminha-da Franciscana. Em sua homilia, Frei Diego falou a respeito das leituras do dia. “As palavras da liturgia de hoje vêm ao encontro

cisamos dizer sim às coisas boas e dizer não às coisas más e que nos afastam de Deus”, acrescentou.

Em seguida, foi oferecido aos caminheiros um lanche. A aco-lhida aconteceu no centro fe-minino, onde as participantes ficaram hospedadas, nas casas das recuperandas. Os homens tiveram mais 6 quilômetros pela frente até chegar no centro de acolhida masculino, onde foram recebidos com mais cantos, mais alegria. Todos foram acolhidos com o gesto do lava-pés. Os ho-mens, numa celebração coletiva, onde os jovens lavaram e beija-ram os pés dos peregrinos, e as

ver o Evangelho”.Na noite de sábado, os dois

grupos partilharam um mo-mento de espiritualidade com as recuperandas e recuperandos, rezaram o terço e, em seguida, participaram de uma adoração ao Santíssimo Sacramento. No centro de acolhida feminino, duas jovens partilharam suas ex-periências de vida, uma recupe-randa e uma voluntária. Após o momento de espiritualidade, to-dos voltaram para as casas, para jantar e descansar.

O dia começou mais cedo para os homens, que tiveram que caminhar até o centro de

de tudo o que vive-mos, desde a manhã de ontem, ou muito antes ainda, quando nós lançamos esta proposta, de fazer uma Caminhada Franciscana da Ju-ventude, uma pere-grinação, um sair de si. Lá de Aparecida, da Casa da Mãe, e vir aqui, ao encontro do irmão Jesus que nós descobrimos em cada pessoa. Estas leituras vêm mostrar o quanto foi intenso tudo o que nós vive-mos aqui nestes dois dias. Não só para nós, que fizemos a Caminhada, mas

para toda a família da Fazenda da Esperança que nos acolheu”, afir-mou o frade.

Após a homilia, cinco jovens participantes da Caminhada fala-ram sobre sua experiência, parti-lhando com as recuperandas um pouco de suas vidas, deixando para elas palavras de ânimo, es-perança e gratidão. Irmã Van-derleia falou a respeito da impor-tância da vida comunitária para os religiosos e religiosas, e como a acolhida na Fazenda da Espe-rança deu um novo sentido para sua vocação. “Quando eu cheguei aqui eu tive uma nova visão do que é a vida comunitária, a aco-

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lhida de vocês, esse cuidado com o próximo. Uma cuidava do filho da outra, esta atenção que vocês têm umas com as outras, me to-cou muito. Eu realmente tive este encontro com o Evangelho”, disse a religiosa.

Para Frei João Bunga, estu-dante de Teologia em Petrópolis, a convivência no centro mascu-lino foi uma experiência de con-versão. “A minha estadia durante a noite de ontem na Fazenda foi um momento de conversão. O que eu ouvi durante os testemu-nhos, e os conselhos que eles vie-ram pedir me deram mais entu-siasmo para que eu abrace ainda mais o carisma franciscano. Esta foi uma caminhada de dar e rece-ber esperança, de cultivar e forti-ficar mais a fé e o crescimento no amor”, afirmou o frade.

Já Graciela, uma das recupe-randas que está na Fazenda da Esperança há 3 meses, disse que acolher os participantes da Ca-minhada Franciscana foi um mo-mento muito especial. “Pra mim foi um presente de Deus, uma graça muito grande, a esperança que eles trouxeram, a troca de ex-periências foi muito verdadeira. Nós ficamos muito ansiosas para recebê-las, e elas também, e no final deu tudo certo, foi uma con-vivência harmoniosa, com Jesus

em nosso meio. Não tenho pa-lavras para expressar o carinho, a fé, e a confiança de perseverar que estes jovens trouxeram para todas nós e para mim principal-mente”, afirmou.

Para Sandra, uma recupe-randa da Colômbia, que está na Fazenda da Esperança há 1 mês, com sua filha, Samantha, a che-gada foi um momento de muita dúvida, mas agora está muito fe-

liz com esta chance que recebeu. “É uma nova experiência, tudo tem sido novo, a convivência, o trabalho, sofrer juntas, um novo encontro com Deus. Minha filha agora está feliz, posso ver em seus olhos. No começo tudo foi muito difícil, os dias demoravam a pas-sar, agora não. O encontro diário na Eucaristia, os atos de amor, os trabalhos na cozinha, acolher uma nova companheira, dividir as tristezas e alegrias, me faz re-cordar como eu cheguei no pri-meiro dia”, afirmou.

Sandra falou ainda com muita emoção sobre a convivência com sua filha. “Para ela tudo tem sido muito divertido, outras crianças, outro idioma, para ela é uma grande brincadeira! Aqui dormi-mos, comemos, rezamos juntas, coisa que antes não era possível fazer, por causa da minha relação com as drogas. Ficávamos muito separadas, ela com minha famí-lia, e eu envolvida com as drogas. Agora, ela passa todo o tempo agarrada a mim, me diz a todo

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todos fizeram um círculo e re-zaram, agradecendo a Deus pela experiência vivida e comparti-lhada nestes dois dias.

Houve ainda um momento de partilha, comemorando o aniver-sariante do mês, Frei Diego, que recebeu o abraço carinhoso de sua mãe, que participou de toda a Caminhada, e o aniversarian-te do dia, o postulante Matheus Borsoi. Os aniversariantes can-taram parabéns e cortaram um bolo, que foi servido para todos antes do retorno para suas cida-des de origem.

O organizador da Caminha-da, Frei Diego, destacou três pon-tos que chamaram sua atenção nesta 2ª Caminhada Franciscana da Juventude. O primeiro foi a adesão dos jovens, tendo em vista que esta foi uma segunda experi-ência, para a qual eram esperados cerca de 50 participantes. O frade destaca que a enorme procura é a confirmação de que esta é uma atividade que vale a pena o inves-timento, e também quanto os jo-vens gostam deste tipo de ativida-de, que une a espiritualidade com a realidade juvenil e seus anseios.

Outro ponto destacado foi a presença dos outros frades, de Guaratinguetá, de São Paulo, e do Rio de Janeiro. Para ele, isso demonstra que este não é um trabalho apenas do Serviço de Animação Vocacional e do Pró--Vocações, mas um trabalho re-alizado em sintonia com toda a Província.

O frade destacou também a experiência do encontro com o leproso. A caminhada é permeada pela espiritualidade franciscana, e esta caminhada teve como pano de fundo o abraço de Francisco com o leproso. “Muito mais do que beijar, São Francisco deixou-se ser beija-do. Percebendo a alegria, a emo-ção e o entusiasmo dos jovens, eles foram beijados e tocados por eles”, afirmou Frei Diego.

momento que me ama. Nos mo-mentos de dificuldades, ela tem sido meu sustento e minha ajuda, e ela está muito feliz” disse, com lágrimas nos olhos.

Após a Celebração Eucarísti-ca, os presentes foram convida-dos por Irmã Josefina, religiosa franciscana de Siessen, a visita-rem a Casa de Apoio Sol Nascen-te, onde ficam os portadores de

HIV, alguns num estágio bem avançado da doença. Frei Diego então foi à frente, com o Santís-simo Sacramento, seguido dos peregrinos e das recuperandas da Fazenda da Esperança. Foi um momento intenso, onde os jovens puderam rezar e estar ao lado destas pessoas, e levar para elas um pouco de esperança e carinho. Para Elaine Pereira, de

Petrópolis, a visita à Casa de Apoio foi o momento mais mar-cante da Caminhada. “Nunca tive contato com os portadores do HIV, e por mais que a gente diga que não, acabamos tendo pre-conceito. O olhar es-perançoso deles, tocar as pessoas, eu me senti como Jesus, tocando nas pessoas sem medo, e isso eu vou levar pro resto da minha vida”, afirmou.

Após o almoço, os participantes se despe-diram de todas, e par-tiram de volta para o Seminário Frei Galvão, onde chegaram qua-se no final da tarde do domingo. No jardim,

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Assim os peregrinos da Cami-nhada Franciscana da Juventude gritaram em alto e bom tom na querida comunidade de Teresó-polis, em Santa Catarina. Esta mesma frase, nesta mesma co-munidade, há 123 anos foi profe-rida pelos quatro primeiros mis-sionários alemães que vieram ao Brasil para restaurar a Província Franciscana da Imaculada Con-ceição do Brasil.

Mas vou provar para você, caro leitor, que esta frase foi dita com lábios e coração! Nossa ca-minhada começou na Comuni-dade Santa Cruz, em Águas Mor-nas. Lá cada grupo de peregrinos que chegava, tomava literalmente uma grande cruz preparada pela comunidade, e com muita alegria era recebido na capela da comu-nidade com um belíssimo coral.

Depois, um merecido lanche e no galpão da comunidade, quan-do todos os peregrinos inscritos chegaram, foi realizado um mo-mento de “mistura”, onde os par-ticipantes conheceram-se, com cantos e fraterna acolhida. Em se-guida, um delicioso almoço e um pouquinho de descanso. Destaco que houve uma grande participa-ção nossa, como frades menores, que totalizamos mais de 30 que, direta ou indiretamente, se fize-ram presentes na peregrinação, e também a alegre presença de as-pirantes e seminaristas.

Assim, na capela da comuni-dade, escutamos o testemunho de um jovem, muito ousado, que fez sua peregrinação nos Cami-nhos de São Tiago de Compos-tela. Ele relatou com fotos e uma fala muito entusiasmada, como foi sua experiência e motivou--nos a caminhar com um espírito

fraterno e de oração. Logo em se-guida, tiramos uma foto com to-dos os participantes e colocamos o pé na estrada!

Nos primeiros cinco quilôme-tros, os vários grupos de peregri-nos passaram nas casas da comu-nidade, fazendo uma oração e convidando para a celebração da noite. Em todas as casas era visí-vel a alegria de acolher tantos jo-vens em missão! O ponto final foi a comunidade de Teresópolis, em Águas Mornas, onde o sino fazia festa, ecoando seu som pelas lin-das paisagens dessa região.

Nesta comunidade, a Pro-víncia iniciou a sua restauração em 1891. Naquele dia, sentimos como o trabalho dos nossos que-ridos missionários alemães deu fruto. A igreja estava lotada, com muitos jovens e povo da locali-dade. Então, na missa muito se agradeceu a Deus por esta opor-

“VeJam Como Deus É Bom!”

FREI GABRIEL DELLANDREA

Caminhada FranCisCana da Juventude/sC

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tunidade de estarmos ali. Até um fato curioso, pois os primeiros frades também receberam aju-da da comunidade dos nossos irmãos de confissão luterana, e naquela celebração, um casal representando-os recebeu uma calorosa salva de palmas, expres-sando a gratidão e a união que demonstraram em toda a história da comunidade e da Província.

Ali, após a deliciosa janta, os peregrinos também foram aco-lhidos nas casas do povo. Na ver-dade, faltou até peregrinos com-parando com a generosidade da comunidade, que se prontificou a abrir as portas dos seus lares.

Como o peregrino sempre se faz disposto, às cinco horas da manhã a caminhada recomeçou com a oração do terço lumino-so. Depois um café e a oração da manhã, quando o irmão sol já nos presenteava com sua luz, e

motivado talvez por nossos lou-vores, ficou presente o dia intei-ro, sendo muito fraterno em nos proporcionar um belíssimo dia. E assim, novamente na estrada, nos dirigimos a Rancho Quei-mado, SC.

No caminho os carros de apoio sempre se fizeram presen-tes, deixando-nos bem abasteci-dos de água e alimentos. Além disso, uma peregrina se propôs a fazer alguns alongamentos. E com muita simplicidade e alegria o caminho se dava a nós. A água fresca do morro, as sombras das árvores que nos acolhiam como uma mãe e o sorriso no rosto dos peregrinos foram as fotos que tiramos com os nossos próprios olhos!

Em Rancho Queimado, acre-dito que quem não sabia da cami-nhada, achou que era um “arras-tão”. Mas um “arrastão do bem”

que cantava e caminhava com alegria até a praça da cidade. Lá a comunidade local preparou um lanche e belas canções! Uma aco-lhida mais que especial!

Como o caminho até Ange-lina era grande, com uma ajuda motorizada nós fomos até a en-trada do Vale das Graças. Mais uma vez, cantando, com a voz rouca já, mas sem fechar a boca, fizemos literalmente um “auê” na bela cidadezinha! Mal sabí-amos que na praça da Paróquia e Santuário Nossa Senhora da Imaculada Conceição a banda da cidade, formada por jovens e crianças, nos esperava ao som de lindas músicas. Até escutei um jovem que me disse: “Me sinto na comitiva do Papa com essa aco-lhida maravilhosa!”.

Dessa forma, o cansaço foi abafado pela motivação e, sendo assim, subimos o morro que leva

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até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Lá, com uma bela ora-ção e palavras de agradecimento, Frei Diego Atalino de Melo fi-nalizou a caminhada! A emoção foi muito forte nesse momento! Tínhamos caminhado 22 quilô-metros e mais de duzentos pere-grinos se lançaram neste desafio! Viu, meu amigo leitor, COMO DEUS É BOM!?

Para fechar com chave de ouro, a comunidade preparou para nós um delicioso almoço e até o nos-so querido Frei Nestor Kuhn, com seus 93 anos, nos brindou com belas palavras e, com um es-pírito jovial, até aceitou fazer um self. Para finalizar, constatei que todos estávamos cansados, mas era nítido o sorriso e a alegria, seja nos peregrinos seja nas pes-soas que ajudaram nas comuni-dades. Deus seja louvado por esta caminhada tão especial e muito obrigado por todos aqueles que nos ajudaram a cumprir esta pe-regrinação!

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Janeiro. Data, a propósito, muito significativa para as Américas, pois é comemorada a primeira santa do continente: Santa Rosa de Lima, religiosa da Ordem Terceira Do-minicana.

A cerimônia foi presidida pelo Pe. Philippe-Marie Schoenenber-ger, Pároco da Basílica da Imacu-lada Conceição (Genebra, Suíça). O sacerdote destacou o valor do tesouro encontrado pela Irmã Jea-ne: a maravilha de estar imersa no infinito amor de Cristo. Segundo o celebrante, a generosidade vocacio-nal é manifestada pelo sim respon-dido à “batida na porta, que Jesus faz nos corações”. A alegria era visí-vel em todos os presentes, especial-mente na Irmã Jeane, seus fami-liares e amigos. Após a celebração, seguiram-se breves momentos de cumprimento à religiosa. A todos impressionou o semblante das ir-mãs que, embora em clausura, não deixaram de transparecer a alegria por viver em espontânea pobreza, como consagradas ao Senhor. Du-rante um rápido colóquio, as irmãs encorajaram os quatro jovens à perseverança, na descoberta voca-cional, nos passos de São Francisco de Assis.

No mês vocacional de agosto, o Serviço de Animação Vocacional do Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro reuniu seus vocacio-nados para um encontro no dia 24, domingo, no Convento de Santo Antônio do Largo da Carioca. A coordenação esteve a cargo do Frei Nazareno Lüdtke, com a presença de um vocacionado oriundo da cidade de Petrópolis. Os vocacio-nados tiveram a oportunidade de vivenciar as atividades da fraterni-dade local, pernoitando no Con-vento. As atividades tiveram início com a Santa Missa; após a celebra-ção, houve um momento de convi-vência e integração entre os jovens; a seguir, os vocacionados foram convidados ao almoço, junto à fra-ternidade do Convento.

No decorrer da tarde, sucede-ram-se momentos de oração, lei-tura, reflexão e de um proveitoso colóquio com o Frei Gilmar José da Silva, Reitor do Santuário de Santo Antônio. O religioso deu ênfase ao significado dos votos de pobreza, obediência e de castida-de, bem como ao caráter crítico e renovador, presente na vida de São Francisco, aspectos de uma im-pressionante atualidade. Frei Gil-mar destacou que São Francisco de Assis foi, talvez, um dos maiores “críticos” da Igreja (em obediência à voz de Cristo, no crucifixo de São Damião). Ao contrário de Lutero, Francisco, em seu amor pela Igreja, Místico Corpo de Cristo, manteve--se em comunhão e fidelidade ao Sumo Pontífice, sucessor de São Pedro; o mesmo prometem os seus filhos, no decorrer dos séculos.

Ao término das atividades, o promotor para as vocações, Frei Nazareno, recomendou maior assi-duidade às leituras (sobretudo com

enContro no mÊs VoCaCionaLFREI NAZARENO JOSÉ LüDTkE

temática vocacional), bem como à vida de oração. O religioso reco-mendou aos jovens a participação ativa e efetiva na vida paroquial de suas comunidades de origem. O próximo encontro vocacional está previsto para este mês.

O SAV, nas pessoas de Frei Na-zareno José Lüdtke (Fraternidade Franciscana Santo Antônio); Frei Ângelo José Luiz e Frei Robson Luiz Scudela (Fraternidade do Sa-grado, Petrópolis), participou da profissão temporária da Clarissa Irmã Jeane Maria de Jesus Sacra-mentado (Jeane dos Santos Silva), ocorrida no dia 23, sábado, no Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, no bairro da Gávea, Rio de

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Minas fala um pouco do ministério que vai assumir, dos desafios, e da orienta-ção do Papa Francisco para que ele te-nha o “cheiro das ovelhas”. Conheça um pouco mais o futuro presbítero da Pro-víncia, que escolheu como lema para a sua ordenação: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que mande trabalha-dores para a colheita” (Lc 10,2).

Comunicações - o que representa para você chegar à ordenação presbiteral depois de tantos anos de estudo?

Frei marcos - Depois de anos de es-tudo, da prática pastoral constante e de cada dia dedicado ao seguimento de Je-sus, sinto-me feliz por continuar a mis-são do discipulado, sendo fiel, colocan-do a minha vida a serviço da Província e da Igreja. Este momento especial em minha vida, de minha querida família, que está em São Lourenço, e de meus es-timados irmãos na fraternidade, não se resume apenas em mais uma conquista ou uma vitória, mas a maior conquista e vitória é a doação de vida, deixando-me modelar a cada dia pelo Evangelho e seu santo modo de operar. A maior rique-za, a vitória, é colocar-me a serviço pela causa do Reino de Deus. Este tesouro

entreVista: Frei marCos praDo Dos santos

“a ViDa De um presBítero somente tem sentiDo se É ViViDa

Junto Da ComuniDaDe De FÉ”

não se corrompe, muito menos é entregue às traças. E, quando olho para vida de São Francisco de Assis, enxergo uma grande virtude franciscana: ser capaz de viver em constante desapego, ser capaz de seguir o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo desta felicidade constante do desapego; tenho a feli-cidade de saber que a luta não é para mim mesmo, mas para o povo de Deus. Por isso, tenho consciên-cia de que não tenho que estar em primeiro lugar, mas, pelo contrário, talvez o lugar que me é conce-

No dia 18 de outubro, às 16 horas, Frei Marcos Prado dos Santos será ordenado presbítero pelo bis-po Dom Diamantino Prata de Carvalho, OFM, da Diocese de Campanha (MG). No domingo, 19 de outubro, ele vai celebrar a Primeira Missa às 10 ho-ras. Tanto a ordenação como as primícias serão na Paróquia São Lourenço, no centro de São Lourenço (MG). Nesta entrevista, esse mineiro de Carmo de

MOACIR BEGGO

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dido seja o último. Porque, na luta para ser servo, o mais importante é servir. E sei que neste mundo poucos são os operários e poucos ainda querem lu-tar para serem servos! Para mim o ser servo signifi-ca: “não levar consigo coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem ter duas túnicas” (Lc 9,3). Minha felicidade não se resume em ser servo de quem eu sou, mas de quem me escolheu, por isso, para alcançar esta plenitude do múnus apostólico, sei que quem me escolheu, me dará tudo e, ao mesmo tempo, não de-verei ter nada, senão somente o desejo e a vontade de fazer a Sua vontade, ou seja, pregar com fervor o Evangelho. E, desta maneira, com o nada ser fe-liz em tudo. Por isso, minha felicidade e alegria em servir se reflete na segurança de quem descobriu o maior de todos os tesouros: estar sempre a serviço de Jesus e do povo de Deus.

Comunicações – o que você acha da frase do Papa de que o presbítero tem que ter o “cheiro das ovelhas”?

Frei marcos - Ser presbítero é ter sempre intimi-dade com Jesus, tendo uma vida profunda de ora-ção, fé e devoção, mas o ser presbítero também é se ocupar a cada dia com as páginas da história de vida de cada um que faz parte da comunidade de fé, ou seja, o povo de Deus. O ouvir constantemente a Deus traduz-se no ouvir também o constante apelo do povo de Deus, porque os efeitos da amizade, da intimidade com Deus, estarão profundamente mer-gulhados na relação de auxílio, atendimento da co-munidade, e na vida de cada fiel, que necessita en-contrar a Jesus. Basta olhar ao redor da paróquia de Santo Amaro, e a partir desta realidade visualizar as muitas necessidades do povo de Deus. Quando se assume a missão de Jesus, se assume também a mis-são da comunidade de fé, e neste sentido é essencial para o pastor ter o “cheiro das suas ovelhas”; por-tanto, acredito que a vida de um presbítero somente tem sentido se é vivida junto da comunidade de fé, encontrando na comunidade o sentido maior de se viver: sendo sentinela, servindo sempre, pois um sacerdote missionário que ama a Jesus deve assumir a cada dia o serviço e missão da Igreja, uma Igre-ja que é comunidade e conversão. Eu tenho certeza que a cada dia devemos exercer o serviço ao povo de Deus, descobrindo e redescobrindo o chamado de nossa vocação, onde quer que Deus nos condu-za, “pregar a palavra, insistir oportuna e inoportu-namente, repreender, exortar com toda a paciência e empenho de instruir” (2 Tm 4,2) e com amor. O

Papa Francisco com a expresão “cheiro das ovelhas” quer que o Presbítero sempre seja amigo de Deus e de seu povo, cuidando de cada coração, aproximan-do-se e aproximando cada um da morada paterna.

Comunicações - Quais os desafios que um jovem presbítero tem neste momento da igreja?

Frei marcos - Um jovem presbítero deve sem-pre se manter fiel ao povo de Deus. E, a partir desta fidelidade, mergulhar de coração na evangelização, levando a Palavra de Deus a todas as pessoas. Hoje, principalmente no contexto da evangelização atu-al, deve-se atender aos sinais dos tempos. Eis um grande desafio, atender aos sinais dos tempos na fraternidade, na comunidade, na dimensão ecle-sial. Como dizia Santa Clara: “Não perca de vista o ponto de partida”, não se pode permitir perder de vista o ponto de partida, o primeiro amor, o desejo e a vontade de fazer a vontade daquele que envia. O presbítero de hoje é aquele que, na Igreja, povo de Deus, coloca-se como servidor, em uma vocação permanente e decidida, com discrição, para aten-der aos pobres e ricos, em sentido material e prin-cipalmente espiritual. Alimentar, com a Palavra de Deus, o povo, que está sedento. E para um jovem presbítero, posicionar-se diante de uma sociedade em constante mudança, é um grande desafio, uma sociedade centralizada no econômico, onde mui-tas vezes a religiosidade está se deslocando para o anonimato, e a maioria das pessoas não veem mais sentido na esfera religiosa, ou seja, não se cultiva mais a fé, a devoção, a caridade, enfim, o amor ao próximo parece tender a um enfraquecimento. O Deus que é amor deixa de ser o essencial da vida das pessoas. É nesta dimensão de vida que se deve manter fiel, para ajudar no anúncio do Evangelho, para resgatar o coração das pessoas perdidas, e, a partir da experiência pessoal, ser um exemplo de fé e devoção como São Francisco de Assis. Tenho certeza de que ser presbítero na sociedade de hoje é dar prioridade à comunidade formada pelo Povo de Deus, levando a mensagem do Evangelho a todas as pessoas, fazendo nascer o fruto em ter-ra seca, e desta forma demonstrar que somente se encontra segurança nas mãos de Deus. Jesus, para mim, sempre foi um porto seguro, e na hora em que eu mais precisei, Ele estava presente em minha vida. Quero levar este Jesus, presente na Eucaristia, a todas as pessoas necessitadas. A Eucaristia hoje deve ser um sinal da presença de Deus entre nós, não de maneira superficial, mas em profundidade, dando-nos uma identidade pessoal de abertura e diálogo constante com Deus. Ser um jovem pres-

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bítero hoje é levar o Cristo eucarístico para dentro do coração de cada fiel! Assim como Ele habita em nosso coração.

Comunicações - como se deu o seu discernimento vocacional?

Frei marcos - Eu era bem jovem quando come-cei a participar dos encontros vocacionais com Frei Diamantino, hoje bispo da Diocese de Campanha, no Sul de Minas. Naquela época, buscando o dis-cernimento vocacional, também estava em conta-to com os Redentoristas, já que, com apenas nove anos, tive contato com eles quando fui com minha avó Maria Aparecida ao Seminário Santo Afonso, na cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba (SP). Fui, durante um longo tempo, assistido pelos Re-dentoristas, sem deixar de fazer todos os encontros vocacionais na Paróquia de São Lourenço Már-tir, que era franciscana. Sempre ouvia falar de São Francisco de Assis e o admirava por seu exemplo de vida. Aos poucos, fui nutrindo certa paixão pela vida franciscana. Mesmo assim decidi entrar na Congregação do Santíssimo Redentor e morei no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. Mas não fiquei muito tempo. Saí em 1999 e, nos anos seguin-tes, continuei a fazer os encontros vocacionais com Frei Perceval Canuto. Amadureci minha vocação franciscana e me decidi pelo carisma franciscano, bem diferente do carisma de Santo Afonso, princi-palmente em relação ao modo de vida, à vivência dos votos na vida religiosa. Para exercer tudo isso com gratidão de coração, decidi seguir os passos de Jesus Cristo, a exemplo de São Francisco de Assis.

Comunicações - como são Francisco entrou em sua vida?

Frei marcos - A minha catequese toda foi as-sistida por Frei Aymoré Dalmédico, que morava e trabalhava na Paróquia de São Lourenço. Portanto, sempre estive perto dos frades, sempre vivenciei a vida e os valores da fraternidade que conhecia. Mesmo durante a catequese, depois na época dos encontros vocacionais, com Frei Diamantino e, mais tarde, com Frei Perceval, aprofundei-me nos escritos e na vida de São Francisco, grande santo e patrono de todas as criaturas. Antes, ainda, conheci um São Francisco na escola que amava a natureza e cuidava de todos os animais. E quando era coroi-nha, na Paróquia de São Lourenço, sempre admirei a maneira como os frades celebravam e falavam dos valores da vida. Suas pregações e homilias eram ca-tivantes. Era uma extensão da vida de São Francisco

de Assis na sua simplicidade e amor a todas as coi-sas criadas por Deus.

Comunicações - Fale um pouco de sua família e de sua cidade, carmo de minas.

Frei marcos - Em linhas gerais, quando era peque-no, minha família morava em Carmo de Minas. Meus pais, avós e todos os parentes ainda estavam no cam-po, mas foram seduzidos por uma vida longe daquele lugar, talvez uma vida melhor. Eu tinha pouca idade quando minha família iniciara um êxodo de Carmo de Minas. Alguns decidiram ir para o Rio de Janeiro, e até hoje moram por lá, outros foram para São Paulo e alguns residem no Triângulo Mineiro. Mas, escapei de morar no Rio de Janeiro, pois minha mãe achou que era muito longe. Fomos para a cidade mais próxima, São Lourenço. Meus pais se separaram. Meu pai conti-nuou em Carmo de Minas e depois foi para Belo Ho-rizonte, e minha mãe com meus avós, uma tia e meu irmão, ficamos em São Lourenço. Desde pequeno, cresci em São Lourenço, onde minha família se dedi-cou ao trabalho no Hotel Beira Parque.

Comunicações – deixe uma mensagem aos sobre esta missão que está assumindo.

Frei marcos - Santo Agostinho dizia: “Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu, lá fora, a procurar-Vos!”. Vejo que os jovens de hoje andam meio preocupados com a beleza, ou seja, um pa-drão de beleza, onde as pessoas querem, dentro de um contexto, serem lindas, perfeitas, evidenciando apenas a exterioridade da existência. Mas, às vezes, se esquecem da maior perfeição que um dia conhe-ceram: o Deus que habita com seu Espírito Santo o coração de cada pessoa. Deus proporciona uma felicidade que não passa, que não é uma vitrine, que não muda de acordo com a moda. Ao encontrar a Deus, muitos jovens deveriam se preocupar menos com a beleza e tentar buscar primeiramente a ale-gria e o prazer em viver as coisas únicas e simples do dia a dia. Como a mulher samaritana, cada um de nós tem a oportunidade de viver no dia a dia o ver-dadeiro Amor, não aquele que oprime e que deixa estagnado no lugar, mas aquele Amor que dá asas. Este é o amor que nos ensina a agarrar-nos às coisas de Deus; as coisas de Deus não são passageiras. O Papa Francisco nos diz que “a grande esperança que a fé nos dá é saber que mesmo em meio às dificul-dades Deus atua e nos surpreende”. Portanto, jovem, não tenha medo, caminhe sempre com o coração voltado para Deus!

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Festa De sÃo FranCisCo De assis

“Louvados sejas, meu Senhor, por todas as tuas criaturas!” Apro-xima-se mais uma Festa de São Francisco, tempo de intensa cele-bração para a imensa Família Fran-ciscana presente em todas as partes do mundo. Ocasião de olharmos com carinho para o nosso Pai e Fundador e rendermos graças a Deus por ter suscitado no coração da Igreja e do mundo presença tão especial e inspiradora.

Os festejos começam no dia 27

ConVento sÃo FranCisCo - sp

FraterniDaDes

A Paróquia São Pau-lo Apóstolo de Agudos vai celebrar São Francis-co de Assis com tríduo religioso, Missa festiva, procissão, bênção dos animais, quermesse, al-moço e leilão.

As festividades tive-ram início no dia 19 de setembro com a quer-messe e se estenderá nos dias 20, 21, 26, 27 e 28, sempre às 20 horas.

O tríduo religioso marca o início da parte religiosa, no dia 1º de

de setembro (sábado), às 12h, com a Missa Nordestina em louvor a

São Francisco das Chagas e, a par-tir das 14h, tarde de prêmios. Nos dias 01, 02 e 03 de outubro, tríduo em honra a São Francisco, com ce-lebrações às 15h e às 18h. No dia 04, a grande Festa, com atrações durante todo o dia: missas, música, bênção de animais, brincadeiras para as crianças, presença do Zoo-lógico de São Paulo, do Clube dos Vira-Latas e muito mais! Venha participar conosco da Festa de São Francisco 2014!

Festa De sÃo FranCisCo De assis em aguDos

outubro (quarta-feira) com a bênção das rosas, seguindo no dia 2, com a bênção das crianças e, no dia 3, com a bênção da família. Todos os dias às 19h30.

No dia 4 de outubro (sábado), dia de São Fran-cisco de Assis, haverá uma programação espe-cial que contará com a bênção dos animais logo pela manhã (das 9h às 10h) e Missa festiva se-guida de procissão no período da noite, às 19h.

O encerramento da festa será no dia 19 de outubro (domingo), a partir das 11h, com almoço e leilão de gado, realizado pela Comitiva 100 Destino.

Isabela Gaspar

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No dia 1º de setembro, os frades do Regional de Agudos se reuniram na residência de D. Caetano Ferrari, Bispo de Bau-ru, conforme solicitação do pró-prio D. Caetano, desde o último encontro, em junho deste ano. Era um desejo dele que pudés-semos conhecer sua nova casa. Estiveram presentes 21 frades, contando também o Definidor Frei Mário Tagliari. Apenas uma ausência, a de Frei Paulo Borges, do Seminário, que se encontrava em viagem.

Na primeira parte da manhã trabalhamos e refletimos com a ajuda do subsídio provincial para os Regionais. Leitura oran-te da Palavra de Deus, partilha do texto e comentários feitos pelos frades. Em seguida, após o intervalo, dedicamos tempo para a questão principal: redi-mensionamento das frentes de trabalho: Onde e como concen-trar mais forças (pessoas, recur-sos). Tivemos como pano de fundo para ajudar na reflexão um texto do subsídio, de autoria de Enzo Biemmi. Foram várias as questões levantadas, preocu-pações relacionadas à Igreja e à Província. Há muitos desafios e pouca gente disponível. Há acomodação por outro lado. Fa-zemos pastoral de manutenção e nos faltam novas propostas, novas iniciativas. Este parece ser o consenso. O que fazer, com quem e como? Essa questão não tem resposta pronta, nem fácil.

Depois passamos a ouvir o re-lato das casas do Regional, sem muitas novidades. O contrato do aluguel do Seminário com a Polí-cia Militar ainda não foi assinado. Falta acertar alguns detalhes.

Frei Mário deu alguns infor-

mes provinciais e nos lembrou o Capítulo das Esteiras nos dias 23, 24 e 25 de setembro em Agu-dos. D. Caetano aproveitou para agradecer a presença de todos e se mostrou feliz em poder rece-

ber os frades em sua casa. Disse que a casa é da Província e que somos sempre bem-vindos. Ter-minamos o encontro às 13h00 com oração, bênção do Bispo e nos dirigimos para o almoço.

Eu sempre tive um céu de estrelas, luas,Dentro de mim, me lembro, já em criança,Na minha vida, sempre as minhas ruas,Noites e dias, claros, de esperança.

Fui destinado, penso, é o SenhorQue me destinou para uma missão;E no meu lar, lição, carinho e amor,Recebi pra cantar essa canção.

Canção da graça, bênção, desde cedo,Pra cultivar no meu peito um segredo,O dom de Deus, esse mistério em mim...

Que o amanhã me seja bom, quem dera,E assim possa eu inventar primavera,E ser fiel ao dom que Deus me deu.

Frei Walter Hugo de Almeida

enContro regionaL De aguDosFREI JORGE L. MAOSkI

CançÃo Da graça

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Nos dias 5 e 6 de setembro, os frades do Regional Baixada-Serra reuniram-se para celebrar o ter-ceiro encontro do ano, que ocor-reu na Fraternidade São Francis-co junto ao Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis, RJ, para a pensar a vida e questões que tocam seus trabalhos e os da Província.

Com uma pauta mais simpli-ficada, o encontro foi mais ocu-pado com a partilha das frater-nidades e o estudo e discussão, em grupos, do Subsídio nº 3, que abordava a ação evangelizadora da Província a partir das cinco frentes elencadas no Capítulo Provincial de 2012 - questão que tomou toda a manhã do dia 6.

No dia anterior, os frades que vivem e trabalham em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, demonstraram sua preocupação com o aumento da violência no

local, o que tem mobilizado o povo e as duas Dioceses (Caxias e Nova Iguaçu) no sentido de se di-rigirem ações e reflexões em tor-no da promoção de uma cultura de paz, que é um campo impor-tante de contribuição dos frades.

Foi oportunamente recorda-do que nesse mês de outubro, dia 3, acontece a defesa da tese de doutorado do Frei João Fer-nandes Reinert, na PUC-Rio, com o tema “Paróquia e inicia-ção cristã: uma relação urgente. A interdependência entre reno-vação paroquial e mistagogia catecumenal”, orientada pelo Pe. Mário de França Miranda. No mesmo mês, entre os dias 7 e 11, será realizada a Semana Teoló-gica, na PUC-Rio, com o tema “teologia e laicato”, motivando--se, assim, grande participação dos confrades do Regional no evento.

Frei Antônio Moser lembrou que o monge beneditino alemão

Anselm Grün esteve no Rio e sua palestra superou as expectativas em termos de público. O mesmo sucesso repetiu-se em Brasília (1.200 pessoas) e Fortaleza (600 pessoas), concluindo sua visita ao Brasil, em São Paulo. Seu recente lançamento, “Reconciliar-se com Deus – curando as feridas da alma” já está perto de um milhão de exemplares vendidos.

Não se pode, claro, esque-cer dos peregrinos, Frei Ronal-do Fiuza, que no mês de julho percorreu o Caminho da Fé, de Ribeirão Preto a Aparecida, to-talizando 600 km, e os confrades estudantes, que participaram da Caminhada Vocacional, em Gua-ratinguetá, nos dias 30 e 31 de agosto, num total de 36 Km.

Não se pôde deixar de notar a gentil e alegre hospitalidade dos confrades da fraternidade, que brindaram todo o Regional com uma deliciosa lasanha na noite de sexta.

regionaL BaixaDa-serra se reÚne no itFFREI RAFAEL T. NASCIMENTO

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Realizou-se nos dias 1º e 2 de setem-bro, em Angelina, o terceiro encontro do Regional do Leste Catarinense deste ano. Iniciamos o encontro do Regional com o almoço, oferecido pela Fraternidade Nos-sa Senhora da Conceição, de Angelina. Em seguida, às 15h nos encontramos para um momento de oração, conduzidos por Frei Gentil de Lima Branco, coordenador da Fraternidade de Angelina.

Após o momento de oração e as boas vin-das a todos os frades, foram-nos apresenta-dos Frei André Luiz da R. Henriques, novo membro da Fraternidade Franciscana Santo Antônio, de Florianópolis, e Frei Augusto Luiz Gabriel, que antes de continuar os seus estudos, passará este segundo semestre na Fraternidade de Santo Amaro da Imperatriz. Depois das apresentações e acolhidas, Frei Nilton Decker, coordenador do Regional, pe-diu que definíssemos o horário para o encon-tro. E, logo em seguida, foi feita a leitura e a discussão da Ata.

Iniciamos a partilha de todas as fraterni-dades que compõem o nosso Regional. Em especial, neste mês de setembro, diante da

com as opções do Capítulo Provincial de 2010 (espe-cialmente as cinco frentes) e o compromisso fraterno de assumir a evangelização como e a partir da fraterni-dade? 3) Onde e como (em quais frentes) deveríamos concentrar mais as forças: pessoas, recursos, etc.?

Todas as respostas e anseios surgidos em nossa dis-cussão nos fizeram parar, pensar, refletir sobre nossa realidade: a vida de serviço à evangelização, a vida na fraternidade, a vida na comunidade de fé, e a vida na Província, como irmão menor. Diante de tudo isso, é preciso buscar sempre transformar a nossa vida, na disponibilidade e no desapego, assemelhando-nos a São Francisco de Assis, no anúncio do Evangelho.

Frei Nilton, às 11h50, encerrou este momento de reflexão, entoando o canto: “Quando o dia da paz re-nascer”, do Livro Irmão Sol. E, neste cultivo do espírito missionário de convivência e consciência, as fraterni-dades de Forquilhinha, Angelina, Santo Amaro e Flo-rianópolis encerraram o encontro do Regional com um almoço festivo, que foi oferecido pela Fraternidade N. Sra. da Conceição, de Angelina.

reGiOnaL dO Leste Catarinense

em angeLina, o 3º enContro Do anoFREI MARCOS PRADO DOS SANTOS

partilha da caminhada realizada em cada fraternidade de nosso Regional, nas suas dificuldades, mas também nos diversos frutos colhidos pelo anúncio da Palavra de Deus, pedimos força e coragem a Deus, da mesma forma que São Francisco pede na Legenda Maior: que os irmãos possam crescer na pureza da simplicidade.

O primeiro dia de nosso encontro regional encer-rou-se com a Celebração Eucarística, presidida por Frei André, na capela das irmãs Franciscanas de São José, em Angelina.

O segundo dia de nosso Regional iniciou às 9h, na manhã de terça-feira, e para este segundo momento foi-nos proposto, por Frei Germano Guesser, defini-dor, o estudo do subsídio n° 3, como sugestão enviada pela Província, o Agir.

Diante da provocação e discussão do texto propos-to, foram respondidas três questões para nossa refle-xão: 1) Somos capazes de olhar a realidade (as crises do mundo, da Igreja, da Ordem e da Província) e estamos dispostos a acolher e assumir o imperativo positivo do momento histórico que vivemos? 2) Identificamo-nos

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Em Guaratinguetá, nos dias 23 e 24 de agosto, no pe-ríodo da noite, aconteceu a 2ª edição da nossa Festa Caipi-ra.

O cenário preparado para festa deixou o pátio externo do Seminário com um ar de “arraiá do interior”, com di-reito a estandartes com os Santos Franciscanos e Missa Sertaneja. As doze barracas deram espaço para as várias comidas típicas, muitas brin-cadeiras e brinquedos, sósia do Mazzaroppi, apresenta-ções artísticas de música e dança, num clima de muita fraternidade e alegria.

Contamos com a presença de 1.600 pessoas, e o apoio de quase 100 voluntários que auxiliaram na arrecada-ção, preparo dos alimentos e atendimento nas barracas.

Somos gratos a todos aqueles que nos ajudaram para que tudo transcorres-se tão bem antes e durante a festa. Contamos com o apoio direto dos seguintes grupos: Equipes de Nossa Senhora de Guaratinguetá, Lorena e Cunha; OFS; Família Scro-soppi; Irmãs Franciscanas Seráficas; Irmãs da Divina Providência; Equipe de litur-gia e comunidade local; além dos frades, postulantes e fun-cionários. Tivemos, ainda, a colaboração de mais de 20 empresas, além da mobiliza-ção do grupo de benfeitores do Seminário.

Sem dúvidas este foi um final de semana inesquecí-vel que deixou um gosto de “quero mais”!

No dia 05 de setembro, o Cardeal D. Orani João Tempes-ta, Arcebispo do Rio de Janeiro, e D. Pedro Cunha, bispo auxiliar, com o clero do Vicariato Urba-no, estiveram presentes no Con-vento Santo Antônio em reunião pastoral.

Frei Gilmar José da Silva, Reitor do Santuário e Vigário

forâneo da primeira forania do mesmo vicariato, recepcionou o Cardeal, o bispo auxiliar e os padres na sala capitular.

A reunião foi conduzida pelo Vigário Episcopal Padre Wagner Toledo e pelo Cardeal. Ao final, D. Orani agradeceu a recepção e o almoço oferecido pelo convento.

CarDeaL Do rio FaZ enContro Com paDres no ConVento santo antÔnio

Festa Caipira no seminárioFranCisCano Frei gaLVÃo

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Já às 08h45, do dia 8 de se-tembro, depois de um bom café, quatorze dos quinze frades do Regional, mais Frei Evandro Ba-lestrin, definidor, recitávamos Laudes, na sala de recreio da fraternidade de Mangueirinha, a hospedeira da vez. Registramos, em especial destaque, a presen-ça de Frei Fidêncio, em visita às nossas casas.

Definida a pauta, o estudo do Subsídio 3 propôs a Leitura Orante (1Cor 9,16-23), centrada no alerta do Apóstolo. A refle-xão de Paulo, em sequência ao “ai de mim se não evangelizar”, suscitou perguntas quanto ao formato rotineiro de ser e agir, dentro e fora das fraternida-des. Deduz-se que a eficácia do anúncio não resultaria de ação personalista, mas de um proje-to de vida, de que somos parte, com Cristo e São Francisco. Em Paulo, bem como no apelo do Papa Francisco, pede-se respei-

enContro Do regionaL De pato BranCo

FREI NELSON RABELO to ao contexto multicultural, à diversidade, por uma Igreja “em saída”, evangelizadora, mais pela atração do testemunho, que pela força do discurso. A Igreja, a fraternidade, primeiro se deixa evangelizar, para qualificar-se ao anúncio eficaz da boa-nova, numa época de prenúncio do fim do cristianismo sociológico.

No “agir” do subsídio 3, o gru-po referiu-se à urgência de rever as razões de nossas estruturas, de reavaliá-las, pelo critério da efi-ciência, e não, da nostalgia, ou apego ao passado. O momento requer comunhão das frentes, das estruturas. Surgem experiên-cias bem sucedidas: “O Bom Je-sus” e “Bragança” somam forças; as nossas emissoras de rádio pla-nejam eventos em comum, auxi-liam confrades na produção de programas de rádio em suas pa-róquias. Outro ponto, nas refle-xões: Inovar as paróquias supõe investir na formação e capacita-ção de frades também para esta frente. Poucos frades se especia-

lizaram na área pastoral, aliando teoria e prática, na gestão e ani-mação de suas comunidades.

as propostas do regional:• A formação, como eixo alimen-

tador, deve ser igualitária para todas as frentes;

• Priorizar o “relacional”, com a desburocratização dos serviços paroquiais e empenho no aco-lhimento;

• Cultivar o exercício da autori-dade necessária, como tarefa, não de um frade só, mas de toda a fraternidade.

• Ativar a comunhão entre as frentes, em atitude constante “de saída” rumo à unidade em torno de Cristo.

Na sequência ao estudo do subsídio 3, as fraternidades fi-zeram um relato sucinto de suas atividades internas e externas. Mangueirinha, como sempre, é um fervo na sua programação pastoral, com ênfase na for-mação de lideranças e na cate-quese para crianças e adultos. Chopinzinho se preocupa com a vida fraterna, com base no prin-cípio de que não basta viver, é preciso conviver. A paróquia mantém seus cursos de formação e catequese, visitas e bênção dos lares e pastoral do acolhimento. Pato Branco, com suas frentes de serviço - paróquia, comunicação, SOS e Missão Vida Nova - exi-ge muito dos frades. Apesar da correria, a fraternidade preserva seus momentos de oração e con-vívio.

Encontrar-se é confrontar-se com presenças, com diferenças que, na somatória, enriquecem nossas fraternidades. Como toda arte, exige treino! O Regional é um destes momentos, desta vez, enobrecido com a visita fraterna do Provincial, Frei Fidêncio.

Igreja e Fraternidade de Mangueirinha

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Na manhã de 25 de agosto, reuniram-se os confrades do Re-gional de Curitiba na Fraternida-de São Boaventura para a realiza-ção do terceiro encontro de 2014, sob a temática “Ai de mim se não evangelizar!”

Significativa foi a participação de todos e a presença dos frades estudantes de Filosofia, sobretu-do no momento da celebração eucarística, onde o Definidor do Regional, Frei João Mannes, re-cordou o entusiasmo de São Bo-aventura por Jesus Cristo e seu evangelho.

A reflexão proposta pelo sub-sídio da Formação Permanente

levou os presentes a reavaliarem sua ação pastoral em termos de passagem. No dizer do Papa Francisco, de uma pastoral de conservação para uma pastoral de proposta.

Como havemos de transfor-mar a crise que ameaça nossas instituições em uma oportuni-dade de discernimento e mu-dança? Diante da provocação lançada pelo coordenador do Regional, Frei Nelson Hille-sheim, os frades puderam parti-lhar suas esperanças, dificulda-des e alegrias.

Muitos são os desafios que se apresentam às frentes de evan-gelização presentes no Regional de Curitiba: a formação, a paró-

quia, a educação e a ação social. Numa época em que, mais do que a obrigatoriedade da tradi-ção, acentua-se a liberdade das opções, a gratuidade da evange-lização deve perpassar todos os nossos trabalhos.

As boas-novas apresentadas pelas fraternidades que com-põem o Regional apenas refor-çaram a importância de não se reconstruirem campanários, mas se valorizarem as pedras vi-vas, as pessoas mesmas queridas por Deus e protagonistas elas mesmas da evangelização. Oxa-lá possamos, na tarefa do redi-mensionamento, deixarmo-nos orientar por Deus.

Em louvor de Cristo. Amém!

CeLeBranDo sÃo BoaVentura e a gratuiDaDe Da eVangeLiZaçÃo

FREI VAGNER SASSI

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Com o tema “O Canto Litúrgi-co”, realizou-se, no dia 31 de agosto de 2014, mais uma etapa de forma-ção para as equipes de Liturgia da Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar.

Frei Paulijacson deu início ao encontro invocando as luzes do Espírito Santo e agradecendo, an-tecipadamente, ao Felipe Bohn que seria o assessor da formação.

Prosseguindo, Felipe cumpri-mentou os participantes dizendo estar ali para partilhar sua experiên-cia adquirida pelos anos de estudo e participação no Coral Santa Cecília de Gaspar e o conhecimento acu-mulado através das leituras que faz para organizar as missas na Matriz.

Acompanhado do tecladista e regente do Coral Santa Cecília, Dayro Bornhausen, Felipe discor-reu sobre a importância da escolha correta dos cantos para cada parte da Celebração Eucarística. Cada momento celebrado tem seu esti-lo próprio e, por isso, requer um canto que esteja de acordo com o que determina a Liturgia. Enfati-zou que antes de escolher os cantos

é importante conhecer o conteúdo das leituras bíblicas que serão pro-clamadas na celebração.

Simulando uma Celebração Eucarística, Felipe convidou os participantes para cantar, acres-centando as orientações em cada momento celebrado. Observando e ouvindo os participantes can-tarem, salientou ainda que não se canta por cantar, o canto deve ex-pressar o mistério de Cristo e a sa-cramentalidade da Igreja.

Na Liturgia, o canto une as pes-soas e dá vida à celebração, como afirma Ione Buyst. Facilita passar de “uma só voz” a “um só coração” e, finalmente, “a uma só alma”, como se vê na espiritualidade das comu-nidades primitivas (cf. At 4,32).

Na linguagem bíblica e litúr-gica, canto se associa ao Espírito Santo, e espírito tem relação com sopro, vento. O Espírito de Deus suscita em nós o “som”, a vibração correta, que nos faz pensar e sentir em uníssono com o próprio Deus. O canto produz, pois, a harmonia universal. Assim, podemos dizer que a criação, na sua harmonia,

é um canto de louvor a Deus, e a Liturgia, nas palavras de Paulo VI “é o louvor de Deus, na linguagem de um povo orante”. E com razão Bento XVI sublinha que “a música sacra tem que nos levar para ou-tro mundo, para uma nostalgia do transcendente”.

O canto amplia o sentido das palavras e, por outro lado, sonda o mais profundo da interioridade do ser, cativa e faz brotar os senti-mentos mais puros e profundos da alma humana. Ele liberta-nos dos limites da palavra, do racionalismo intelectual, do mero conceito, para dar-nos uma projeção do infinito e do indizível, na alegria que faz o coração exultar diante do misté-rio. É nesse sentido que São Tiago pergunta e, ao mesmo tempo, res-ponde: “Está alguém alegre? Então cante” (Tg 5,13b).

Encerrando o encontro, Frei Germano foi convidado para tecer suas considerações e dar a bênção.

Pela Equipe de Liturgia da ParóquiaSão Pedro Apóstolo de Gaspar,

Leonor Darós

Gaspar

parÓQuia estuDa o Canto LitÚrgiCo

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Os irmãos e as irmãs da Ordem Franciscana Secular de Gaspar – Fraternidade Santo Antônio de Pádua, as Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição de Gaspar e

membros da Paróquia São Pedro Apóstolo que apreciam a Espiritu-alidade Franciscana, reuniram-se para uma manhã de formação, no dia 16 de agosto de 2014.

enContro De FormaçÃo Da oFsO encontro realizou-se no

Clube 50, na Localidade do Ma-cuco. Apesar da manhã ser de chuva intensa, em nada atrapa-lhou. O lugar é ideal para refletir sobre a vida de São Francisco, pois há muito verde e se pode contemplar a beleza da criação presente na natureza.

O Diácono Frei Paulijacson Pessoa de Moura, abordou o tema: O modo de Francisco rezar.

No Evangelho podemos per-ceber inúmeras situações onde Jesus está dedicando seu tempo à oração, fazendo dela a força prin-cipal do seu Reino.

Francisco de Assis, seguidor e imitador de Jesus Cristo, também se faz homem-oração. Rezava muito, com paixão, com discipli-na. Sua oração é muito despojada, simples, direta, espontânea, um rezar como trabalho de espírito. Ele louvava a Deus em todas as circunstâncias, nas coisas boas e também nas horas de sofrimento.

Em todos os momentos de sua vida, a oração sempre desempe-nhou um papel particularmente decisivo. Para ele, era irrelevante o modo de oração no que se re-fere a lugar, tempo, posição, ora-ção vocal ou em silêncio, oração do tipo litúrgica ou espontânea. A oração de Francisco é, antes de tudo, escuta. Quer saber o que Deus deseja dele. É simplicidade, é humildade “profunda” diante do Deus Altíssimo, até o fim de sua vida. É louvor, ação de graças, alegria.

Para finalizar este encontro formativo, houve a Celebração da Palavra, presidida por Frei Pauli-jacson.

Paz e Bem!

Gertrudes Crescencia SpenglerCoordenadora de Formação/OFS

Aos 92 anos, encaminhado para Bragança Paulista para tratamento de saúde, Frei João Batista de Araújo Campos pede que conste o seu agradecimento tanto aos confrades da Frater-nidade do Largo São Francisco, em São Paulo, pela convivência

Frei JoÃo Batista agraDeCee pelos cuidados recebidos nos últimos tempos, como aos de Bragança, pela recente acolhida generosa. Antes de ser transfe-rido para São Paulo, Frei João Batista vivera grande parte dos anos em casas de formação da Província. Só em Guaratingue-tá, no Sevoa e atual Postulanta-do, foram 18 anos de dedicação aos formandos. Mas, além de Rio Negro (três vezes) e Rodeio (duas vezes), Frei João também trabalhou em Curitiba (duas vezes), Petrópolis (duas vezes), Agudos e Vila Velha. Nós todos é que, na verdade, temos a agra-decer a Frei João a sua presença tão marcada pelo testemunho franciscano, hoje como ontem.

Frei Walter de Carvalho Júnior

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A Paróquia Santo Antônio do Pari está celebrando 100 anos. A sua única Comunidade, Nossa Se-nhora Aparecida, celebra no próxi-mo dia 12 de outubro 80 anos de fundação. Para homenagear sua Padroeira, Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa compôs um hino à Padro-eira da Comunidade e do Brasil.

Frei Carlos começou a se dedi-car à música quando estudava em Petrópolis, em 1999. “Tivemos al-gumas aulas com o saudoso Frei José Luiz Prim. Embora não tí-

nhamos aula de Música na Teolo-gia, nos momentos vagos, depois do almoço, nos reuníamos com ele para aprender a ler partitura, canto e saber ‘colocar as bolinhas na pauta’. Já tocava violão, mas foi lá que aprendi a mexer com a pau-ta musical. Em Petrópolis tam-bém tive o privilégio de participar de quatro Encontros de Cantos Franciscanos pela FFB, no antigo Cefepal. Trabalhamos e ajudamos nestes quatro eventos, sendo que três deles resultaram em CDs”, conta Frei Carlinhos.

Segundo Frei Carlos, depois

que se ordenou e se tornou páro-co, não se dedicou mais à músi-ca. No Pari, a inspiração voltou e neste ano ele compôs um hino a Santo Antônio devido ao cente-nário e tem outras composições, entre elas duas sobre São Francis-co. Gravar um CD não está nos planos agora, mas vai continuar como um sonho.

A Capela de Nossa Senhora Aparecida era conhecida antiga-mente como Capela do Alto do Pari. Fica a 10 minutos da Paró-quia e foi inaugurada em 12 de outubro de 1934.

Frei CarLos homenageia ComuniDaDe De nossa senhora apareCiDa Do pari

ref: nossa senhora de aparecida, imaculada, mãe de Jesus,roga por todos, somos teus filhos,Bendita sejas, és a mãe de toda luz.nossa senhora de aparecida, vir-gem morena deste Brasil,roga por todos, somos teus filhos,Bendita sejas com teu manto azul de anil.1. Em tua casa, Mãe Maria, hoje

viemos te louvar. Guarda sempre nossa vida, nos-sos filhos, nosso lar. Cantem todos, cantem todos à Senhora Aparecida. (bis)

2. Em tua casa, Mãe Maria, quere-mos te bendizer. Guarda sempre nossa vida na saúde e no sofrer. Louvem todos, louvem todos à Senhora Aparecida. (bis)

3. Em tua casa, Mãe Maria, nossa fé vamos dispor. Guarda sempre nossa vida com carinho e muito amor. Amem todos, amem todos a Senhora Aparecida. (bis)

HINO A NOSSASENHORA DE APARECIDA

MOACIR BEGGO

80 Anos

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hino a nossa senhora aParecida(L. e M. Frei Carlos Lúcio Nunes Corrêa)

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Entre os dias 3 e 5 de setembro, o Serviço Franciscano de Solida-riedade (Sefras) realizou a sua 11ª Assembleia. Contou com a presen-ça de trabalhadores (coordenado-res, assistentes sociais, psicólogos, educadores sociais e frades) dos estados de São Paulo, Rio de Janei-ro e Paraná. Ocorreu no Centro de Formação das Aldeias Infantis SOS Brasil, em Póa, São Paulo. O objeti-vo da Assembleia deste ano foi dar continuidade à formação, iniciada no ano de 2013, sobre a mística e a utopia no trabalho social do Sefras. No ano anterior, foram discutidos os temas do direito, da justiça e da caridade a partir da ótica evangé-lica. Neste ano, a instituição apro-funda os valores franciscanos no trabalho social.

Desde o início, uma das ma-

neiras de o Sefras se organizar foi através da construção coletiva, re-lembrou o vice-diretor do Sefras, Frei Mario Tagliari. Ele também recordou aos participantes da As-sembleia que o próprio Francisco de Assis não se sentou numa cadeira e escreveu o seu projeto de vida de forma isolada. Daí a importância de o Sefras construir a proposta de tra-balho franciscana de forma coletiva.

Para Frei Mário, que ajudou a construir a proposta da insti-tucionalização do Sefras, estar participando da Assembleia é motivo de grande alegria. Afi-nal já se passaram quase 15 anos. Novamente presente, es-tamos refletindo e repensando os valores e a missão da nossa instituição. “Eu vim aqui para reaprender”, disse Frei Mário e ainda afirmou que a construção coletiva do Sefras é uma forma

de permanentemente ele se re-fazer e se reconstruir’’.

memória das assembleiasA Assembleia Geral está em

sua 11ª edição. A cada ano, um tema norteia a formação que contribui para fundamentar o trabalho da instituição a partir da sua natureza franciscana, eclesio-lógica e da dimensão social.

Durante a mística de abertu-ra, os participantes fizeram uma caminhada recordando os temas das Assembleias anteriores. Este momento teve o objetivo de fazer memória da caminhada, cons-truindo assim os fundamentos teóricos da instituição. Para con-cluir este momento, em forma de cordel, alguns trabalhadores apresentaram parte dos valores franciscanos, da solidariedade e da história do Sefras.

eVangeLiZaçÃo

assemBLeia Do seFras na 11ª eDiçÃoFABIANO VIANA

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os valores franciscanosPara introduzir o debate e o

estudo dos valores franciscanos no trabalho social, os trabalhado-res assistiram ao filme “Frances-co” da diretora e roteirista Liliana Cavani. Em seguida, divididos em grupos de trabalhos, os parti-cipantes estudaram alguns textos da vida de Francisco de Assis.

Antes de iniciar o longa--metragem, o diretor do Sefras Frei José Francisco de Cássia dos Santos expôs de forma sin-tética a contextualização eclesial da época de São Francisco. Ele contou que a Igreja tinha como papa, Inocêncio III, um dos ho-mens mais poderosos, conforme relatos da história eclesial. Neste período, a Igreja era forte politi-camente e espiritualmente fraca e cada vez mais decadente. De acordo com ele, foi neste contex-to, que nasceram os movimentos pauperísticos, que pregavam o despojamento, a pobreza e a ab-negação de tudo.

Frei Brayan Filipe fez uma preparação do grupo para en-tender a literatura hagiográficada das Fontes Franciscanas que foi lida nos grupos.

carisma e instituição“Tudo é aprendizado. Nada

nasce pronto… não existe cami-

vida de Francisco a gente desta-cou os valores que vão dar corpo ao Sefras”.

Segundo Frei James, sempre irá acontecer um conflito entre os processos institucionais e o ca-risma. “Uma coisa é o Sefras que é uma instituição, outro aspecto é o carisma que alimenta a ins-tituição. Não existe carisma sem instituição. O carisma é dinâmi-co, é o espírito e é livre”. Mas, o frade alertou que a instituição corre um grande risco – por isso precisa sempre fazer a revisão – porque ela pode se engessar, se transformar em algo burocrático, cansativo e velho. “Ela pode atra-palhar o carisma, envelhecer e até morrer e, ainda, matar todo o so-nho do espírito”, disse.

“Qual é o corpo que sustenta a nossa instituição?”, indagou Frei James Girardi aos participantes. “Este esqueleto vai ser preenchi-do com os valores franciscanos que levantamos nesta Assem-bleia”. Para concluir, ele lembrou que uma instituição vazia, sem carisma ou valores pode morrer. “Ela não tem sentido, como mui-tas já morreram e ou já deveriam ter morrido. Se não morrem, elas vivem sem eco e não dizem mais nada e não fazem a diferença”, concluiu.

eVangeLiZaçÃo

nho, passo a passo, pouco a pou-co o caminho se faz. Todos os passos são valorizados e fazem parte da construção que passa pela esperança, pela solidarieda-de e pela promoção da vida dos mais pobres, no modo francisca-no de ser”, enfatizou Frei James Girardi, da diretoria do Sefras, ao fazer a conclusão da temática dos valores franciscanos.

Ele considerou que há quase 15 anos de Sefras, percebe-se um crescimento institucional. Expli-cou que cada organização social espalhada pelo Brasil tem uma ótica específica e uma mística do trabalho. “A nossa ótica é fran-ciscana. Por isso, dos estudos da

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seFras

O Serviço Franciscano de So-lidariedade (Sefras), em convênio com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sma-ds), da Prefeitura de São Paulo, assumiu a gestão de um novo serviço no bairro da Bela Vista, centro da cidade. A solidarieda-de franciscana tem agora em sua rede de serviços a gestão de uma casa de passagem e acolhida para imigrantes e refugiados.

No dia 29 de agosto, o serviço abriu as portas de maneira emer-gencial para acolher os imigran-tes transferidos do abrigo provi-sório da prefeitura, localizado no Glicério, desativado às pressas no dia 28, por causa do contrato de aluguel que se encerrava naque-le dia. O Sefras ainda realizava a finalização da reforma da casa quando foi solicitada pela Sma-das a abertura emergencial para acolher os imigrantes a fim de não deixá-los sem referência de moradia na cidade.

acolhida e cuidadoO Sefras será responsável pela

acolhida, cuidado, alimentação e convivência na casa de passagem para os diversos estrangeiros que chegam à cidade, na maioria, hai-tianos e também uma parcela de africanos sem referência de mo-radia e emprego. O centro tem a capacidade de acolher 110 pesso-as para dormir e 80 para os aten-dimentos durante o dia.

A Secretaria Municipal de Di-reitos Humanos também utilizará o espaço para o Centro de Referên-cia e Apoio ao Imigrante (Crai) e oferecerá durante o dia o serviço de atendimento para a regularização de documentação, intermediação de trabalho, formação (profissional e em idiomas), orientação jurídica, bem como atendimento de saúde e apoio psicológico aos recém-che-gados ao país.

a solidariedade com os imigrantes

Tendo como ponto de partida a missão do Sefras, a solidarie-

dade da instituição no trabalho social se baseia no modo francis-cano de viver e anunciar o evan-gelho. Entre os muitos valores da prática cristã, vivida e promovi-da por Francisco de Assis, en-contra-se a acolhida ao estran-geiro: “…eu era um estrangeiro e me acolheste” (Mt 25, 31-46). No entanto, além do evangelho, a própria espiritualidade fran-ciscana tem a figura de Fran-cisco como um peregrino, um estrangeiro – uma característica diferente daquela popularmen-te conhecida, como: o pobre de Assis, o despojado e o humilde. “São Francisco não queria ser pobre, simplesmente por ser po-bre. Ele entendia que todos nós somos peregrinos nesta vida e o caminhante não pode ter gran-des bagagens. Então, aquele que caminha – o transeunte – é sem-pre um estrangeiro”, explicou o coordenador geral do Sefras, Frei José Francisco de Cássia dos Santos.

Segundo Frei José, promover

noVo serViço aCoLhe imigrantesFABIANO VIANA

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o atendimento também aos imi-grantes está em plena consonân-cia com a espiritualidade fran-ciscana. “Quando São Francisco organizou os primeiros grupos de frades, a primeira experiên-cia missionária foi em terras es-trangeiras. Fazer a experiência do imigrante, de estar em um lugar estranho, para Francisco foi uma forma de desapego e de aproxi-mação da verdade que é a vida”, destacou o frade.

Para o coordenador do Sefras, a opção de aceitar um trabalho com imigrantes, ou seja, abrir as portas e acolhê-los em parceria com o poder público foi uma for-ma de devolver a solidariedade franciscana em um tempo opor-tuno diante da crescente imigra-ção de pessoas em busca de novas expectativas de vida. Elas são ví-timas de perseguições ou de tra-gédias ambientais em seus países.

são Paulo e a imigraçãoHistoricamente a cidade de

São Paulo tem a característica de acolher constantemente mui-tos imigrantes. Mas, nos últimos anos o número de imigrantes haitianos cresceu devido ao ter-remoto que devastou o país em janeiro de 2010, e também de africanos em busca de refúgio devido a perseguições em seus territórios.

uma casa de passagemPreocupados com este ciclo de

imigração, Luciana Temer, secre-tária municipal de assistência de desenvolvimento social, contou que para responder a esta nova demanda foi preciso acolher os imigrantes através um serviço específico, com a finalidade de ajudá-los na questão do idioma e no direcionamento para o traba-lho. “A ideia é que seja uma casa transitória e consigamos dar um encaminhamento para o que eles vieram buscar: a estabilidade e o emprego. A preocupação de um espaço específico foi para que essas pessoas não viessem a se juntar com a tradicional popula-ção de rua porque são perfis e de-mandas diferentes”, considerou.

um país acolhedorDe acordo com Luciana Te-

mer, o Brasil não é um país xe-nofóbico. O trabalho e a orien-tação que serão destinados aos imigrantes têm o objetivo de apresentar o Brasil como um país acolhedor e que tem condições de receber com dignidade essas pessoas, vítimas de tragédias em seus países.

“A função da assistência é dar o acolhimento e, no caso dos haitia-nos, qualificar para a vida no Brasil. A gente entendeu que a questão do imigrante tinha que ter um olhar

específico. A ideia é que essa casa de acolhida seja de fato transitória para que eles sejam preparados a assumir a responsabilidade no país e que tenham a mínima condição para isso”. A secretária ainda afir-mou que existe uma preocupação no sentido de que os paulistanos não os rejeitem. De acordo com Luciana, houve em São Paulo certa rejeição e incômodo com a chega-da dos haitianos. A população se sentiu invadida pelos imigrantes. “A nossa ação também é para que esse pensamento não se perpetue e que a gente tenha sim condições de acolher essas pessoas, pois elas merecem o nosso apoio até o mo-mento de adquirirem condições de caminharem sozinhas”, enfatizou.

seguros e acolhidosNo dia 29 de agosto, os imi-

grantes chegaram ao serviço, encaminhados pelo Centro de Referência Especializado em As-sistência Social (Creas). Ainda apreensivos e assustados, devido à retirada emergencial do abrigo do Glicério, eles foram recepcio-nados pela equipe de trabalhado-res do Sefras que cuidaram do es-paço para que se sentissem bem recebidos e seguros. Atualmente são cerca de 80 acolhidos entre haitianos, nigerianos, senegaleses e congoleses. Todos estavam im-pressionados com a qualidade do espaço, apesar das reformas ain-da estarem em decurso. Agrade-ciam com o “obrigado, thank you e/ou merci”!

equipe bilíngueA equipe de trabalhadores

que conduzirá o atendimento na casa de passagem é compos-ta por uma coordenação geral, educadores sociais, advogado, assistentes sociais – alguns de-les bilíngues para facilitar a co-municação com os acolhidos, e também uma equipe de serviços gerais e cozinheiras.

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anseLm grÜn no BrasiL

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O monge beneditino Anselm Grün traçou um itinerário para se reconciliar com Deus em pa-lestra proferida no sábado, 6 de setembro, em São Paulo: Curar as feridas, recuperar a imagem posi-tiva de Deus e exercitar o perdão. O evento, realizado pela Editora Vozes, Paulus e Paulinas, lotou o auditório da Fapcom, na Vila Mariana, e foi aberto, às 15 horas, pelo provincial dos Paulinos, Pe. Valdir José de Castro, que deu as boas vindas e falou da alegria de sediar um encontro como esse exatamente no ano do centenário de fundação dos Paulinos.

Com mais de cem títulos tra-

duzidos no Brasil e mais de 2 milhões de exemplares vendi-dos, Anselm Grün termina em São Paulo sua ‘turnê’ pelo Brasil proferindo palestras e fazendo o lançamento simultâneo de três livros: “Reconciliar-se com Deus – Curando as feriadas da alma”, “O poder da decisão – Na vida, nos relacionamentos, no traba-lho e no cotidiano”, e “Vinho – Um presente do Céu e da Terra”. Acessível e esbanjando simpatia, o monge beneditino não econo-mizou em atenção aos seus leito-res: abraçou, fez ‘selfies’ sem pa-rar, abençoou e autografou suas obras.

O ‘best-seller’ da Editora Vo-zes, com 14 milhões de livros

traduzidos em 30 idiomas no mundo, publicou o primeiro li-vro em 1998, quando ‘explodiu’ com “O Céu começa em você”. “O Brasil é o país onde se tradu-ziu a maior parte de meus livros e isso mostra, de certa forma, que temos um parentesco espiritu-al”, elogiou o alemão. Desta vez, Grün falou durante duas horas de como podemos lidar com as ima-gens e representações doentias de Deus que se encravaram profun-damente em nossa alma.

Anselm teve ao seu lado o diretor da Vozes, Frei Volney Berkenbrock, que fez a tradução consecutiva do alemão. “A ima-gem de Deus que temos sem-pre corresponde à nossa própria

sáBaDo, 6 De setemBro, sÃo pauLo

grün ensina como reconciliar-se com DeusMOACIR BEGGO

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imagem. As imagens foram in-culcadas em nós e as carregamos conosco”, disse. “Muitas pessoas, em suas histórias de vida, tive-ram imagens negativas de Deus e, sobretudo, uma imagem de Deus controlador e castigador”, reforçou. Para fugirem das feri-das, muitas pessoas preferiram se afastar totalmente de Deus como uma forma de se libertarem da-quelas imagens dolorosas que os feriram.

Um exemplo disso é ia magem de Deus que muitos pais passam para os seus filhos com o preten-so objetivo de educar. “Muitos pais não conseguem controlar os filhos e passam a imagem de que Deus controla tudo, até os pensa-mentos mais íntimos da criança. E esse Deus que tudo enxerga, controla e castiga causou muito medo às pessoas”, lamentou.

Grün citou que, na década de 70, na Alemanha, o psicotera-peuta Tilmann Moser escreveu um livro com o título “O enve-nenamento de Deus”, criticando duramente sua educação evangé-lica. Segundo Grün, ele dizia que Deus foi envenenado através de imagens ruins. “Deus é encara-do como um patriarca violento e sem misericórdia”, contou.

“Deus está por toda a parte, e vê tudo. Do Deus todo-poderoso e onipotente a criança não pode escapar. Deus sempre tem as crianças em suas mãos. Uma ima-gem de Deus desse tipo conduz ao envenenamento”, lamentou. Outro “envenenamento” é o da decepção que muitas pessoas têm com a Igreja: “Deus é tão fraco a ponto de não poder mais preen-cher com seu Espírito a sua Igre-ja? A gente rezou durante anos e foi fielmente à missa. Apesar dis-so, parece que Deus não nos deu atenção”, analisa o monge.

Outra imagem que afasta de Deus é a que transmite o senti-mento de culpa. “Ou seja, o sen-

timento de que somos culpados. Muitas pessoas interiorizaram isso na infância: eu sou uma pes-soa ruim, um pecador, sou uma pessoa negativa”, disse. Segun-do ele, é uma ilusão achar que o ser humano pode viver sem cul-pa e que a culpa é uma emoção humana primária em todos nós. “A questão é como eu lido com a culpa e com o sentimento de cul-pa. Eu não posso lidar com isso

sem perder a minha autoestima”, destacou, lembrando que muitos cristãos infundiram em si senti-mentos profundos de culpa.

Mas, segundo Anselm, a ima-gem central da salvação e da absolvição da culpa é a imagem da cruz. “Nela não devemos ver tanto uma imagem dos pecados, mas antes uma imagem do amor de Jesus Cristo com o qual Ele nos amou perfeitamente”.

Grün com os seminaristas dehonianos

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O religioso alemão lembrou que há correntes que tratam a espiritualidade de forma fanáti-ca e fundamentalista. Segundo ele, fundamentalismo não é o mesmo que fanatismo. “No fun-damentalismo, a fé é construída sobre uma fundação firme. Isso é muito bom. Mas, infelizmente, os fundamentalistas se atêm tão firmemente à sua fundação, que se tornam rígidos. Eles confun-dem Deus com os dogmas sobre Deus”, explicou. “Já no fanatismo – a palavra vem do latim fanum (lugar sagrado) – as pessoas são tomadas profundamente por Deus e caem em êxtase. O proble-ma é que quem foi transportado para um entusiasmo arrebatador é cego para a realidade. Negligen-cia todas as leis e mandamentos e as necessidades das pessoas.

Os fanáticos precisam refugiar--se em fantasias de grandeza para encobrir a sua pequenez”, diag-nosticou o monge.

Segundo Anselm, todos so-mos chamados à tarefa de tornar Deus perceptível às pessoas, de modo que o anseio espiritual de-las seja atendido. “Somente atra-vés de uma descoberta honesta, as nossas imagens podem ser transformadas e nós podemos nos reconciliar com nós mesmos e com Deus”, frisou o monge.

Perdão e “a despedida do pa-pel de vítima” estão no caminho desta reconciliação. E um passo para se livrar dessa condição, se-gundo Grün, é abençoar a quem causou a ferida. “Ao abençoar, saio da condição de vítima para um papel ativo, em que transmito força para o outro”, ensinou.

No final da palestra, Grün lembrou que uma das formas de se enxergar Deus de forma positiva é através da beleza, per-cebendo esse valor no ser huma-no, na arte, na liturgia. “Às vezes nos esquecemos de fazer a teo-logia do belo. Pela beleza, con-seguimos perceber Deus”, disse o escritor. Segundo ele, a tradi-ção cristã tem muitas imagens positivas de Deus, mas não se deve tomá-las como absolutas, pois são janelas para percebê-lo. “Ele permanece como mistério”, completou.

Depois da palestra, ele res-pondeu algumas perguntas que foram selecionadas e fez um momento de oração que emo-cionou as pessoas, citando as fe-ridas que marcaram e marcam a nossa vida.

O auditório da Fapcom ficou lotado para ouvir Grün no sábado

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A visita ao Brasil do monge beneditino Anselm Grün termi-nou com um retiro no domingo, 7 de setembro, no Espaço Anhan-guera, uma casa de encontros dos Jesuítas a 25 km de São Paulo. Como em todos os eventos que teve no Brasil (Rio, 2/9; Belo Ho-rizonte, 03/9; Brasília, 04/9; For-taleza, 05/9), Grün encontrou mais um auditório lotado. Foi

o único retiro desta viagem e o monge falou durante toda a ma-nhã sobre como curar as nossas feridas, um prolongamento do tema que abordou ainda no sá-bado no Auditório da Fapcom, quando falou das imagens nega-tivas que as pessoas têm de Deus.

Frei Volney Berkenbrock, que fez a tradução do alemão, presi-diu a celebração eucarística ao

meio-dia, tendo como concele-brante Anselm Grün.

Segundo o monge da Abadia de Münsterschwarzach, na Ale-manha, não existe vida sem fe-ridas, sem sofrimento. “Quando olhamos nossas feridas, o impor-tante é que não fiquemos acusan-do outras pessoas, nossos pais, por exemplo, por nossas feridas”, disse o autor de mais de 100 livros

Domingo, 7 De setemBro, retiro no espaço anhanguera

Como curar as feridas, segundo anselm grün

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publicados pela Editora Vozes. O último lançamento é exatamente o tema de suas palestras: “Recon-ciliar-se com Deus, curando as feridas da alma”.

Grün enumerou uma série de situações onde há ferimentos e dor. Por exemplo, nas relações familiares, quando uma mãe não tem um bom relacionamento com seu esposo e acaba tomando a filha como sua pessoa de con-

fiança. A filha, que tem um bom relacionamento com o pai, expe-rimenta uma situação de estra-nhamento quando ouve da mãe coisas ruins sobre o seu pai”.

“Nós também temos as raízes envenenadas dessas experiências de ferimentos e elas precisam ser purificadas. A questão é como conseguimos sanar nossas feri-das?”, perguntou Anselm.

Para o escritor, somente quan-

do nos defrontamos com as feri-das e as olhamos podemos desco-brir os caminhos para a cura. “É preciso reconhecer que temos es-sas feridas e pedir para que Deus as cure”, disse. Para isso, um ca-minho é buscar um espaço inter-no que todos nós temos, um es-paço interior de silêncio no qual Deus habita em nós. “Cada um de nós gostaria muito de ir para esse espaço interior. Mas para

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percorrer esse caminho e chegar lá é preciso passar e se confron-tar com nossas verdades e com nossos ferimentos. Um caminho concreto pelo qual a gente con-segue fazer isso é o caminho da oração”, ensinou.

Na oração e no encontro com Jesus, a cura acontece. “Essas curas acontecem sempre em en-contros com Jesus. Encontrar-se com Jesus é curar as próprias fe-ridas. Um espaço importante da cura é o da celebração eucarísti-ca. Então é importante levar essas imagens de feridas para a cele-bração e perceber que, na comu-nhão, acontece o encontro com Cristo”, acrescentou.

Segundo Grün, na busca por Deus, podemos seguir o caminho terapêutico da devoção. “Todos sabem o que é devoção: é ser to-mado por algo que me diz respei-to profundamente”.

Anselm Grün lembrou que na nossa tradição cristã existe a de-voção às Cinco Chagas de Jesus. “Essa piedade é uma forma de se conseguir curar as próprias feridas, porque nas cinco chagas de Jesus conseguimos reconhecer os nossos próprios ferimentos”, disse, expli-cando o significado de cada chaga.

Mãos: Jesus pregado na cruz. Do mesmo modo nos sentimos presos; Pés: Não aceitação de si mesmo; e Coração: Dificuldade de amar e ser amado.

Durante o retiro, Grün tam-bém fez uma reflexão com gestos sobre o sinal da cruz. “A cruz sig-nifica a realização do amor. Não devemos ter uma visão negativa da cruz, a cruz é o sinal do abra-ço”, explicou.

Depois do almoço, o escritor não parou e recebeu a todos os participantes para uma sessão de autógrafos e bênçãos. Disposto, mesmo depois do dia cheio, ele seguiu direto para o Aeroporto, de onde viajou às 19 horas para a Alemanha.

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Curso De FranCisCanismoa aLegria De eVangeLiZar

na VisÃo FranCisCanaLoCaL e DataFraternidade Franciscana São Boaventura - Rondinha 21 a 24 de outubro de 2014

proFessoresFrei Fábio Cesar Gomes, Frei Fidêncio Vanboemmel, Frei João Mannes.

ConteÚDo programátiCo1. A Exortação Apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium; 2. O Evangelho de Jesus Cristo como fonte de alegria; 3. A evangelização nas Fontes Franciscanas; 4. A alegria como virtude do evangelizador franciscano; 5. Leitura de textos de São Francisco e de Santa Clara de Assis sobre a alegria; 6. Desafios do mundo atual e contribuição franciscana para uma “nova evangelização”.

CustoHospedagem, alimentação e Curso = R$ 200,00

insCriçÕes:Frei JoÃo [email protected]: (041) 9134-4969

A Universidade São Francisco (USF) é destaque no Ranking Universitário Folha (RUF) 2014, realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, em que 192 instituições de ensino superior foram avalia-das. A Universidade conquistou o 1º lugar na categoria Interna-cionalização entre ins-tituições privadas do país e o 2º lugar, con-

Ética e Bioética são um dos módu-los do curso de Extensão em Teolo-gia que podem ser cursados separa-damente. O objetivo desse programa de ensino é oferecer conteúdos e te-mas teológicos para contribuir com o aprimoramento da vivência cristã, discutir as principais questões do ser humano e da sociedade contemporâ-nea, à luz da fé e em perspectiva ecu-mênica.

Confira a seguir as datas dos pró-ximos cursos de extensão em Teolo-gia:• Ética e Bioética – 04 e 11 de outubro;• Cristologia – 18 e 25 de outubro;• Antropologia Teológica – 01 e 08 de novembro.Mais informações: (21) 2105-4013 | [email protected]

Fae

ÉtiCa e BioÉtiCa sÃo tema De Curso De extensÃo

usF É a meLhor na Categoria internaCionaLiZaçÃo

siderando as universidades públi-cas e privadas. Além disso, a USF também é considerada referência no quesito Pesquisa, ocupando a 1ª colocação entre as universidades privadas do Estado de São Paulo e a 3ª do país.

Na categoria Internacionaliza-ção, foi avaliada a quantidade de citações internacionais por docente e, também, a proporção de publi-cações em coautoria internacional. Já na categoria Pesquisa, o RUF ve-rifica o número total de pesquisas

publicadas, de citações, de citações por publicação, de publicações por docente, de citações por docente, o número de publicações em revistas nacionais, os recursos recebidos e a proporção de pesquisadores com alta produção científica.

“Nosso compromisso com a educação se traduz em resultados como esse. Estamos colhendo os frutos de uma política e uma gestão voltada para a qualidade de ensino”, destacou o reitor da USF, prof. Hec-tor Edmundo Huanay Escobar.

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A Província Franciscana da Imaculada Conceição e a Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola já iniciaram os preparativos para celebrar os 25 anos da presença francis-cana naquele país. No número anterior das Comunicações, o Ministro Provincial, Frei Fi-dêncio Vanboemmel, rememorou a motivação que fundamentou o envio dos primeiros frades.

Para marcar este primeiro jubileu, estas Comunicações darão início a uma série de re-portagens e entrevistas sobre esses 25 anos da Missão. Publicaremos todo mês uma parte da cronologia e entrevistas com os missionários que estiveram em Angola.

Neste número, um dos primeiros missioná-rios, Frei Pedro Caron, fala de sua experiência.

25 anos Da orDem Dos FraDes menores em angoLa

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especiAl

Orde

m dos Frades Menores

Brasil - 25 anos -

A

ngol

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1988O Capítulo Provincial (moção 6) aprova a criação de uma fra-ternidade missionária na Guiné--Bissau.

Carta do Ministro Provincial, Frei Estêvão Ottenbreit, “A Áfri-ca nos espera”, sobre a missão na Guiné-Bissau.

12.12Viagem de Frei Estêvão e Frei Anacleto Gapski para Angola, com o objetivo de iniciar conta-tos para a abertura da missão.

1990Carta do Ministro Provincial, Frei Estêvão, “Nosso envio missioná-rio”, sobre a primeira viagem dele e Frei Anacleto para Angola e as razões da mudança de local para o início da missão (Com/fev., p. 3). Primeiro convite aos possíveis candidatos à missão, para um en-contro de reflexão sobre a missão na África, em São Paulo, dias 22-24.06.

Primeiro encontro de prepara-ção para a missão na África.Frades presentes: Estêvão Ot-tenbreit, Simão Laginski, Sa-muel Ferreira de Lima, José Ademir Fonseca, Adelson Mo-reira, Plínio Gande da Silva, Antônio Andrietta, Odorico Decker, José Zanchet, Pedro Caron, Dilson Adão Geremia, Cláudio Loes, Marcos Estevão de Melo, David Raimundo San-tos, Jorge Schafaschek e Lotá-rio Neumann (RS).

03.07O Definitório Provincial apro-vou o envio dos três primeiros missionários: Pedro Caron, José Zanchet e Plínio Gande da Silva.

23.08O Definitório Geral aprovou o início da missão em Angola. Carta do Ministro Geral, John Vaughn. 16.09Às 18h, Celebração do Envio Missionário, em Agudos, durante

o 4º Encontro de Revigoramento.

24.09Conduzidos pelo Definitório até o Aeroporto de São Paulo, os três primeiros missionários embar-cam para o Rio de Janeiro. Lá, uniu-se a eles Frei David Rai-mundo dos Santos, de onde em-barcaram para Luanda. Chegada no dia 25.09.1990.Chegada a Malange: no mesmo dia 25.09.

05.111º Encontro Nacional da Família Franciscana de Angola (FFA), em Luanda. Representando a OFM, Frei José Zanchet e Frei Davi.

29.12Frei Juvenal Sansão, vindo de Guiné-Bissau (via Lisboa), che-ga a Angola para integrar-se ao grupo de missionários em Ma-lange.

CronoLogia Da missÃo em angoLa

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Frei Plínio, Frei José e Frei Pedro chegam a Malange no dia 25 de setembro de 1990

continua noPrÓXimo nÚmero

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Natural de Água Doce, em Santa Catarina, Frei Pedro Caron nas-ceu no dia 6 de agosto de 1942 e vestiu o hábito franciscano no dia 19 de dezembro de 1964. No dia 13 de dezembro de 1970 era or-denado presbítero. No dia 24 de setembro de 1990, iniciava a sua primeira experiência missionária ao viajar para Luanda, em Ango-la, onde chegou no dia 25. Nesta entrevista, Frei Pedro fala deste tempo em terras angolanas.

Comunicações - Como foi a chegada e o início do trabalho missionário?

Frei Pedro Caron - Minha che-gada em Angola foi em tempo de guerra civil. Se não me enga-no aos 24 de setembro de 1990, pela manhã. Do aeroporto fomos à sede da CEAST (Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe). Mal chegamos e a polícia apareceu exigindo a má-quina fotográfica, uma vez que havia sido fotografado no aero-porto. Logo vimos que era tempo de guerra mesmo. O bispo Dom Eugênio Salessu, que nos acolhe-ra, intercedeu por nós. Ficamos com a máquina, mas perdemos o filme. No mesmo dia conse-guimos partir para Malange, nosso destino missionário, mais ou menos uns 400 km da capital Luanda. Chegamos em Malange de avião e algumas senhoras nos acolheram (parece que não es-peravam a chegada tão cedo). O pároco angolano da Katepa não estava ali na ocasião. Fomos bem recebidos, aos poucos ia surgin-do cada vez mais gente, também

vieram as irmãs franciscanas que lá tinham morada. No início das atividades algumas questões se apresentaram: a. A orientação que tínhamos era de ser “presença” franciscana sem assumir paróquia. Porém, na primeira assembleia diocesana que participamos Dom Eugênio falou: “Não sabemos ainda a que vieram frades”. b. Foi nos dada uma área do ta-manho de uma diocese. Nos de-ram uma missão (interior) muito extensa com muitas aldeias. As estradas eram precárias e mina-das. Muitas dificuldades devido ao clima de guerra. O trabalho

missionário era de acolher bem o povo (alegre e festivo) no meio da penúria. Levar paz era a meta.c. Éramos três frades: Frei Plí-nio (irmão), Frei José Zanchet e eu. Um grande desafio foi eu ser “quase imposto” como pároco e guardião. Depois vieram dois fra-des gaúchos para se juntar a nós, nos primeiros meses da nossa es-tadia. Eu sentia muito a pressão para a ação pastoral. Chegou a um ponto que eu não suportei e renunciei! Assumiu o meu lugar Frei Evaldo Melz, da Província gaúcha. Não houve votação. Es-tive na missão por doze anos e meio, em três períodos.

entreVista: Frei peDro Caron

DoZe anos em angoLa

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FREI JEÂ PAuLO ANDRADE

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Comunicações - Como surgiu a possibilidade de fazer parte desse primeiro grupo?

Frei Pedro - Talvez porque eu re-zava muito pela evangelização dos povos, pela união dos cristãos. Foi numa conversa com Frei Estêvão Ottembreit, então ministro pro-vincial, sobre missão ad gentes. O Frei me desafiou: você não quer ir para a missão? (Guiné Bissau era a primeira proposta). Eu falava da China. Admirava o país, mas o problema era a língua. Diante do desafio fui rápido no pensamento e disse: “Topo”! Mais tarde, Frei Estêvão me falou que eu havia sido o primeiro a se apresentar e que a missão seria em Angola. Comunicações - Quais os desafios que enfrentou na Missão?

Frei Pedro - O povo é acolhedor. Recebiam-nos sempre bem nas visitas às aldeias (nos viam quase como “anjos”). Mas tínhamos o desafio de não desanimar no meio de toda a situação que o povo vi-

virtude da paciência, da alegria, a valorizar o canto, a dança, a família “alargada”, os símbolos religiosos. Foi muito positiva a comunhão com os mais sofridos (visitar os doentes, idosos, os lascados da vida). Merecer a confiança das pessoas. No último período que estive em Angola (Palanka), pude ouvir muita gente, pois vinham buscar orientação sobre tudo: pro-blemas pessoais, familiares, tribais, opinião sobre negócios. Procura-

via. Era preciso espírito de sacrifício, para supor-tar as necessidades, fome, pobreza e insegurança. Precisávamos estar com o povo, dando-lhe seguran-ça com a nossa presença, alimentando nele a fé, a busca da paz, da reconci-liação. Era preciso acredi-tar no fermento do Reino de Deus dentro de sua cultura. Exigia dos frades missionários uma paciên-cia “histórica”.

Comunicações - Quais os aprendizados e experiências vividas na missão que mais o marcaram?

Frei Pedro - Aprendi a

va dar a melhor mensagem à luz do Evangelho. Duas experiências marcaram. Numa ocasião em Ki-bala Frei José Zanchet, eu e mais alguns homens fomos enterrar cadáveres que jaziam ao sol numa espécie de rotatória de carros, jun-ta à vila. Estavam aí insepultos há duas semanas devido um confron-to de guerra civil. Eram quatro defuntos. Foi uma experiência de fé. Eu propus que fizéssemos essa obra de misericórdia, era um do-

mingo. Quando estava em Malange, durante a guerra, tivemos a oportunidade de voltar para casa com pas-sagem paga pelo governo brasileiro. Nós, frades, nos reunimos e decidimos con-tinuar junto do povo. Comunicações - Que mensagem você deixaria para quem quer ser missionário em Angola?

Frei Pedro - Que acredite de verdade no Cristo. Que viva a espiritualidade de São Francisco que é igual-mente evangélica. Que seja simples. Que saiba acolher as pessoas, ouvindo-as quando o procuram. Seja frade menor!

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Frei Pedro, Frei Plínio, Frei Estêvão e Frei José

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CUIABÁ, DE 25 A 29 DE AGOSTO DE 2014A segunda reunião ordinária da CFMB deste ano de 2014 foi realizada em Cuiabá, MT, no Centro de For-mação do Regional da CNBB, entre os dias 25 a 29 de agosto. Estavam presentes: Frei Nestor, Definidor Geral e os Ministros: Frei Bernardo, Frei Roberto, Frei Fran-cisco, Frei Paixão, Frei Inácio, Frei Marconi, Frei Fidên-cio, Frei Flaerdi, Frei Marco Aurélio. Frei Ezimar justi-ficou sua ausência devido a um diagnóstico de dengue. Após a oração das Laudes Frei Roberto deu boas vindas a todos e Frei Bernardo iniciou os assuntos da Pauta. Aqui apresentamos a síntese da pauta e os respectivos encaminhamentos:

1. atuaLiZaçÃo Das situaçÕes Das entiDaDes

a) A integração da Fundação Nossa Senhora das Gra-ças com a Província de Nossa Senhora da Assunção foi concluída com a celebração no último dia 25 de Julho de 2014.

b) A integração da Fundação Nossa Senhora de Fátima com a Custódia Sagrado Coração de Jesus está em processo: assembleia com os frades das duas entida-des, formação das comissões de serviços com frades das duas entidades, etc. Frei José Francisco de Cássia,

da Província da Imaculada, foi nomeado Delegado Geral para acompanhar o processo.

c) A Província Santo Antônio está no processo capitu-lar, tendo Frei Estêvão Ottenbreit como visitador. O Capítulo acontecerá nos dias 03 a 13 de novembro de 2014.

d) A Custódia das Sete Alegrias também está prepa-rando o Capítulo Custodial que será de 13 a 17 de outubro deste ano, e tem Frei César Külkamp como Visitador.

e) A Província da Imaculada realizará o Capítulo das Esteiras de 22 a 25 de setembro próximo no Seminá-rio Santo Antônio de Agudos e conta com a presença do Ministro e Definidor Geral. Comunica também que Frei Valmir Ramos foi nomeado Visitador para o Capítulo Provincial de janeiro de 2016.

f) A Custódia São Benedito acolheu Frei Sebastian, da Argentina, para a missão na Amazônia. Acontecerá o Capítulo das Esteiras de 10 a 15 de março de 2015, celebrando 25 anos de entidade autônoma.

g) A Província do Santíssimo Nome já marcou o Ca-pítulo Provincial Intermediário para janeiro de 2015.

h) A Província São Francisco está no processo pós-Ca-pítulo, tratando da reestruturação e também estão preparando um Centro de Evangelização para for-

CFmB FaZ 2ª reuniÃo orDinária

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mar a Província na perspectiva da Missão e JPIC. Em 2016 será celebrado o Jubileu dos 50 anos.

i) A Província Santa Cruz terá Capítulo em 2016.

2. serFeCom a saída do Delegado do SERFE, Frei Sérgio Hen-rique, foi nomeado Frei Inácio Dellazari, Ministro que acompanha o SERFE, como responsável até que acon-teça nova eleição.

3. preparaçÃo Do CapítuLo geraL Da orDem

De 10 de maio a 07 de junho de 2015, em Assis.a) O Lineamenta. Deverá ser trabalhado por todos os

frades das Entidades. b) Videoclip. Cada Entidade produzirá um vídeo de 5

minutos de apresentação da Entidade. c) Frei Walter de Carvalho Júnior, da Província da Ima-

culada, foi nomeado como representante dos Frades de opção laical da CFMB para o Capítulo Geral.

d) O Presidente da CFMB deverá elaborar a apresenta-ção da Conferência.

e) A CFMB solicita à Secretaria do Capítulo um tradu-tor de Língua Portuguesa.

4. a missÃo em roraima Frei Jacó, da Custódia São Benedito, deixou a missão. Atualmente estão Frei Armando e Frei Pedro da Pro-

víncia São Francisco e mais dois forman-dos da Província Santa Cruz.

5. unDer-ten em santarÉm

Está preparado com a programação e frades responsáveis. Foi aprovado que o Fundo da Coleta da Amazônia poderá ser utilizado para ajudar a custear as despesas.

6. enContro Dos eCÔnomos

Aconteceu de 18 a 22 de agosto em Cam-po Grande. Apresentaram as propostas:

a. Propostas para a ordem• Cada entidade disponibilize parte da sua

receita bruta para projetos de solidarie-dade.

• A Ordem, no âmbito das conferências, promova encontros de ecônomos das entidades, para fomentar uma economia de comunhão e solidariedade.

• Nas ações de solidariedade, considere-se a participação em políticas públicas. Não sejam apoiados projetos personalistas.

b. Propostas para a cFmB e seus ecônomos• Continuar a fomentar e apoiar fraternidades de

menores entre os menores (princípio de subsidia-riedade)

• Incentivar o estudo, nas fraternidades, do subsídio da CFMB (“Economia Fraterna”) e do Governo Geral (“A administração franciscana da economia”).

• Em nossos investimentos, usar critérios da economia sustentável.

• Apresentar um instrumento de prestação de contas para as fraternidades locais, onde sejam apresentadas as receitas, despesas e saldos, sem o formato e o rigor contábil, mas, que espelhe o quotidiano da fraternida-de.

• Cada entidade otimize os seus espaços ociosos para apoiar os trabalhos de solidariedade para com os em-pobrecidos.

• Transformar o grupo de ecônomos da CFMB em um serviço com identidade própria.

c. Proposta para o próximo encontro do grupoData: 24 a 28/8/2015. Local: São Luís, MA.

7. traDuçÕes Foi aprovado que sejam traduzidos os Documentos “A administração Franciscana da Economia” e também o Volume IV de Diálogos.

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14CFmB

2014

Setembro 21 a 27 - Encontro das Américas do JPIC na Co-lômbia; 10 a 25 - Experiência Under Ten da CFMB em Santarém; 12 - Encontro da Pastoral Educativa da CFMB em Curitiba/PR; 21 a 23 - Visita do Ministro Geral na Custodia de MT ;23 a 27 - Visita do Ministro Geral à Província da Imaculada;

Outubro13 a 17 - Capítulo da Custódia das Sete Alegrias;

Novembro03 a 13 – Capítulo da Província Santo Antônio;

2015

Janeiro 05 a 30 - Missão Amazônia em Orellana;16 a 30 - Curso de Formação Missionária CE-FRAM, Bacabal; Fevereiro09 a 11 - Executiva do SIFEM em São Paulo, Pari; Março 10 a 15 - Celebração dos 25 anos da Custódia In-dependente de São Benedito; 09 a 21 - I Etapa do Curso de Formadores da

CFMB, em Petrópolis; 24 a 27 - Assembleia da CFMB em São José do Rio Preto-SP; Maio 10/05 a 07/06 - CAPÍTULO GERAL DA OFM, EM ASSIS, ITÁLIA;

Junho 22 a 26 - Assembleia do SIFEM em Bacabal; 28 a 02/07 - Congresso da Comissão Educativa da CFMB, Curitiba, FAE; 29 a 11/07 – II Etapa do Curso de Formadores da CFMB; Julho09 a 12 - II Encontro Nacional de Jovens da CFMB, em Anápolis; Agosto 24 a 28 - Encontro dos Ecônomos da CFMB, em São Luís, MA; Setembro01 a 04 - Assembleia da CFMB, em Manaus, AM; 2016

Maio16 a 20/05/2016 - UCLAF em Cochabamba, BolíviaReviver o Dom da Vocação ;Congresso Latino Americano da Comissão Edu-cativa da OFM; Seminário sobre a Amazônia da CFMB;

10. CaLenDário CFmB

8. siFema) II Encontro Nacional de Jovens Franciscanos em ní-

vel de CFMB será realizado de dias 09 a 12 de julho de 2015, em Anápolis, GO.

b) Seminário Nacional na Amazônia Brasileira volta-do para as questões socioambientais e seus impactos atuais. Deverá ser agendado para o ano de 2016.

c) Coleta Missionária da Amazônia. Os dias da Cole-ta este ano serão 06 e 07 de setembro. Cada entidade confeccionou o material elaborado pelo SIFEM.

d) Encontro Latino Americano dos Religiosos – CLAR, sobre a JPIC. Será em Lima, Peru, nos dias 03 a 05 de novembro de 2014. Frei Wilson participará em nome da CFMB.

e) Under-Ten. Deverá ser assumido e preparado pelos dois Serviços: SERFE e SIFEM.

f) Pastoral Educacional. Este serviço faz parte do

SIFEM com representante das entidades: Santa Cruz: Frei Jonas; Santíssimo Nome; Frei Flávio; N. Sra. da Assunção: Fr. Wagner; Imaculada: Frei Claudino. Todos os representantes de cada Enti-dade deverão participar da Assembleia anual do SIFEM e um membro deverá compor a executiva do SIFEM.

g) Missão na Amazônia Peruana em Orellana. Será de 05 a 30 de janeiro de 2015. Solicita-se que estes pedi-dos sejam encaminhados ao SIFEM e este possa fazer o trabalho de motivação nas entidades.

9. CoLeta Da amaZÔnia O Presidente da CFMB e o Coordenador do SIFEM devem motivar as entidades para a Coleta anual da Amazônia e também motivar os Projetos para que este fundo possa ser utilizado.

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Frei JoeL sgarBoZZa* 13/05/1968 + 08/09/2014

Foi encontrado morto, na segunda--feira, 8 de setembro, por volta das 18 horas, no vão de ventilação e luz, junto ao convento do Sagrado, em Petrópolis, o corpo de Frei Joel Sgarbozza. No do-mingo à noite ele participara normal-mente do recreio da Fraternidade. Um funcionário da limpeza, da Vozes, é que viu por primeiro o corpo. Os bombeiros e a Polícia foram chamados, pois não se tinha certeza da identidade do corpo, e tampouco das circunstâncias da morte.

O corpo de Frei Joel foi liberado na terça-feira (9), ao meio-dia, pelo IML, foi celebrada a Missa de Exéquias às 15 horas, seguida do sepultamento.

A causa mortis, segundo o laudo, foi traumatismo crânio-encefálico e politraumatismo. A morte ocorreu segundos após a queda.

Nossas preces pelo confrade, cuja vida, aos nossos olhos, foi tão precocemente colhida.

Frei FidÊncio visita FamÌliaRetornando do Regional de Pato Branco (PR), que

tinha sido realizado na Fraternidade de Mangueirinha (PR) na segunda (8), o Ministro Provincial Frei Fidên-cio Vanboemmel e o Definidor Frei Evandro Ballestrin passavam por Água Doce, em Santa Catarina, quando foram informados do falecimento de Frei Joel. Imedia-tamente, eles foram até Concórdia (SC) para visitar a Fa-mília de Frei Joel e especialmente a mãe Dona Lourdes. “Foi muito triste dar este recado a esta nossa mãe com 82 anos de idade! Chegamos no mesmo instante em que o Frei César Külkamp (guardião de Petrópolis) estava comunicando a notícia da morte à família. Permanece-mos na casa por cerca de duas horas. Todos estávamos cheios de incertezas sobre o “porquê” e o “como” daque-le acidente. A família, principalmente a mãe, não tenha condições de viajar até Petrópolis. Claro que o sonho da mãe e familiares seria a realização do sepultamento em Concórdia ou na Comunidade do Planalto (terra do Frei Clodovis e Leonardo Boff). Propusemos à família a realização de uma missa na terça à noite em Concórdia e depois a missa de 7º dia na segunda-feira (15) na Co-munidade do Planalto”, disse o Provincial.

dePoimentoFrei Vitório Mazzuco fez o seguinte depoimento so-

bre o confrade falecido:Estou voltando das exéquias de Frei Joel Sgarbozza

• Nascimento: 13.05.1968 (46 anos de idade), em Concórdia, Planalto, SC;

• Admissão ao Noviciado: 10.01.1986, em Rodeio, SC;• Primeira Profissão: 10.01.1987 (27 anos de Vida

Franciscana);• Profissão Solene: 17.09.1992;• Ordenação Diaconal: 24.04.1993;• Ordenação Presbiteral: 26.02.1994 (20 anos de

Sacerdócio);1987 - 1989 – Rondinha – Estudos de Filosofia;1990 - 1993 – Petrópolis – Estudos de Teologia;14.12.1993 – Xaxim – vigário paroquial;10.01.1995 – Concórdia – vigário paroquial;29.11.1997 – Petrópolis – Auxiliar na Editora Vozes, serviços de biblioteca;23.11.2007 – Vigário paroquial em Paty do Alferes, nos finais de semana.

DaDos pessoais, FormaçÃo e atiViDaDes

OFM. Aos 46 anos de idade ele fez a Tra-vessia para a Eternidade, numa queda fatal, num dos vãos do Convento do Sa-grado. Sugeriram que eu falasse duran-te a homilia partilhada, mas as palavras travaram em minha garganta. Escrevo, então. Fui Mestre do Joel no período da Profissão Temporária de 1990 a 1993. Depois trabalhei com ele na Editora Vo-zes. Ele era um frade único. Inteligente. Cheio de humor e dor. Um sábio meio underground. Nos labirintos dos cami-

nhos da Formação quase que não foi aprovado, mas venceu por ser bom, generoso e dedicado. Andava por caminhos solitários nas estrias do dia a dia, mas voltava sempre para o lugar da Convivência Fraterna. Plantava arbustos, ervas e flores em discretas hortas. Equilibrava--se entre a poesia e o perigo. Muitos o pensavam um louco; e era mesmo um participante desta loucura pró-pria do ser franciscano: a coragem de ser diferente, com excesso de energia. Um frade que lia muito; sua leitura horizontava um mundo mais amplo para nós. Amei o que a Lúcia Barbosa, da OFS de Paty do Alferes, es-creveu, pois são palavras espelhadas. Joel e eu nos en-contrávamos pouco, mas nos sintonizamos muito. To-dos os anos ele nunca esqueceu do meu aniversário e telefonava. Eu fiz o mesmo no aniversário dele. Era um ritual de presente e presença. Agora há uma misteriosa lembrança, mas eterna! Finalmente, Joel, as respostas às suas perguntas vieram em forma da Paz que você sem-pre buscou!

R.I.P.

FaLeCimento

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FREI JEÂ PAuLO ANDRADE

Os frades do Regional do Contestado celebraram justa-mente na memória de Nossa Senhora das Dores a Missa de Sétimo Dia de Frei Joel Sgarbozza na sua comunidade de origem, juntamente com seus familiares. A família havia se mos-trado muito sensível à Fraternidade de Pe-trópolis na ocasião da morte e não prolon-gou a agonia dos fra-des que ansiavam por poder sepultar o con-frade.

Assim, mesmo após o sepultamento, os dois

irmãos foram a Petrópolis para tentar entender o ocorrido, visi-tar o seu túmulo e buscar fotos e objetos pessoais. Trouxeram o seu hábito franciscano que, de al-

guma forma, acalentou o coração da mãe que o colocará junto ao jazigo da família em Concórdia e ali poderá rezar pelo filho.

Durante a Missa foi lido seu histórico, foram lem-brados os primeiros anos de vida em Pla-nalto e sua caminha-da franciscana, en-quanto se projetavam imagens que conta-vam sua peregrinação terrena. E, no estilo mais franciscano pos-sível, Dona Lourdes fez questão de prepa-rar um jantar para os frades, celebrando a vinda da irmã morte para um dos seus fi-lhos.

missa De 7º Dia Com a FamíLia De Frei JoeL

FaLeCimento

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CirCunstÂnCias Que enVoLVeram a morte De Frei JoeLFREI CÉSAR küLkAMP, OFM

Passada uma semana do choque e da perplexidade vividas por nossa fraternidade com o falecimento trá-gico de Frei Joel Sgarbozza, com to-das as implicâncias próprias de um caso como este (bombeiros, polícia civil e militar, IML, imprensa) e pro-vidências para o funeral, achamos por bem apresentar algumas infor-mações sobre as circunstâncias deste acontecimento.

Somente nos dias seguintes al-gumas particularidades relativas ao episódio ficaram mais claras. Porém, pouco depois que o corpo foi en-contrado e, ainda em meio à perícia policial, a imprensa local e regional já estava divulgando na internet in-formações sobre o caso, baseadas em primeiras suposições.

As ocupações principais de Frei Joel eram a secretaria da Revista Concilium e a assessoria ao Edito-rial Vozes. Nas horas vagas cultivava frutas e hortaliças em vasos e espaços dos mais diversos. Há dias falava em capturar um gambá que estaria ata-cando seus canteiros.

A funcionária responsável pela arrumação do apartamento dos fra-

des da Editora Vozes, constatou que ele havia regado as plantas ainda nas primeiras horas da segunda-feira, coisa que fazia todas as manhãs.

Seu corpo foi encontrado com trajes que usava para trabalho com a terra e com chinelos de dedo, um deles arrebentado. A perícia consta-tou que ele estava com uma luva na mão e, junto dele, encontraram um saco plástico de lixo. Viram também pegadas do chinelo sobre a pequena marquise do lado interno do muro que protege o fosso, onde ele caiu. A equipe que fez a limpeza do local, no dia seguinte, encontrou também um pedaço de pau. Durante os trabalhos de resgate do seu corpo e coleta de material para investigação, o animal em questão chegou a atravessar a marquise e subir para o telhado do andar superior.

Tudo isso nos leva a crer que Frei Joel tenha sido vítima de um aciden-te, possivelmente na tentativa de apa-nhar o tal gambá.

Frei Joel teve morte instantânea, provocada por traumatismo crânio--encefálico e de outras partes do cor-po na queda de uma altura de cerca de 13 metros.

Seu sepultamento aconteceu na

terça-feira, 09 de setembro, com par-ticipação de grande número de fra-des, funcionários da Editora Vozes e paroquianos. Durante a missa, vários frades destacaram aspectos da vida e do trabalho do nosso confrade.

Na quarta-feira, dia seguinte ao sepultamento, sua irmã, Eli, e seu irmão, Josemar, vieram a Petrópolis, conviveram e rezaram conosco e, muito emocionados, visitaram a se-pultura do irmão e também os locais que faziam parte da rotina de Frei Joel. Levaram consigo algumas lem-branças dele e, mais de tudo, a certe-za de que nestes 17 anos passados em Petrópolis, Frei Joel viveu com alegria sua consagração religiosa e desempe-nhou um trabalho fecundo na Igreja e na Ordem Franciscana.

Nesta segunda-feira, dia 15, ce-lebramos o sétimo dia de seu faleci-mento aqui em Petrópolis e, os frades de Concórdia, SC, terra natal de Frei Joel, celebram com seus familiares.

Que Maria, Mãe das Dores, cele-brada neste dia por toda a Igreja, con-forte os corações de seus confrades, amigos, familiares, e especialmente de sua mãe, Dona Lourdes que, aos 82 anos, sofre com a partida precoce de seu filho franciscano.

Falece Frei Berardo, com 101 anos

Aos 101 anos, faleceu na quarta-feira de manhã, dia 10 de setembro, Frei Berardo Paolino, frade menor da Custódia do Sagra-do Coração de Jesus, com sede em São José do Rio Preto (SP). Ele foi sepultado no Convento Santa Maria dos Anjos, na mesma cidade. Ele ti-nha 101 anos, a mesma idade de Frei Serafim Prein, da Província de Santo

Antônio, que agora é o mais idoso do Brasil. Ele fará 102 anos no dia 30 de janeiro.

Frei Fidêncio Vanboemmel, Mi-nistro Provincial desta Província da Imaculada Conceição, enviou men-sagem ao Ministro Custodial Frei Flaerdi: “Paz e Bem! Em nome da Província da Imaculada quero com-partilhar com a Custódia do Sagrado Coração de Jesus nossa solidarieda-de e comunhão nesta celebração da Páscoa do Confrade sênior, o nosso irmão Frei Berardo Paolino. Ao ler a síntese biográfica que você nos enviou, lembrei-me das palavras de

Cristo: “Eu vos bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos”. Se ele assim viveu no ‘agrado de Deus’, que ele continue a interceder pela Custó-dia e por todos nós a partir da pleni-tude do amor de Deus”.

irmã de noviço Falece em caBinda

Faleceu no dia 15 de agosto em Cabinda, Angola, Cândida Antónia Kamussamba, com 15 anos de idade. Ela é irmã do Noviço Frei Paulino Kamussamba Sopindi.

FaLeCimentos

FaLeCimento

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aGenda 2014Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão sublinhados

outubro

09 Reunião do Conselho Gestor da Província (Sede Provincial);

13 e 14 Encontro Provincial da Frente de Evangelização da Comunicação (Rondinha);

18 a 19 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei Marcos Prado (São Lourenço - MG);

20 a 24 Retiro no Eremitério (Rodeio);21 a 24 Curso de Franciscanismo (Rondinha);28 a 30 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);

novembro

03 a 15 Tempo Forte do Definitório Geral;04 a 09 Missões Franciscanas (PVF/SAV) (Niterói);06 Encontro do Regional do Vale do Paraíba

(Recreativo);10 a 11 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Forquilhinha);12 e 13 Encontro do Regional de Pato Branco

(recreativo);13 a 16 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;14 a 16 Encontro dos Irmãos Leigos;17 Encontro do Regional do Vale do Itajaí -

Recreativo (Gaspar);17 e 18 Encontro do Regional do Planalto Catarinense

e Alto Vale do Itajaí - Recreativo (Piratuba);20 a 23 Encontro Vocacional em Ituporanga;22 Ordenação Diaconal de Frei Sérgio Silas

Damasceno (Campo Largo, PR);24 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo;24 e 25 Reunião do Conselho do Secretariado da

Evangelização;24 a 28 Retiro no Eremitério (Rodeio);25 a 27 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);29 e 30 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Paulijacson Pessoa de Moura (São Miguel - RN);

dezembro

01 Encontro do Regional do Espírito Santo (Recreativo);

01 Encontro do Regional de Curitiba (Recreativo - Caiobá);

01 Encontro do Regional de São Paulo (Recreativo - Guarujá);

01 Encontro do Regional do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense - Recreativo;

01 e 02 Encontro do Regional do Contestado (recreativo);

07 Profissões Solenes (Petrópolis);08 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Taquara);15 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;

2015

2016

JAneIro 5 Primeira Profissão (Rodeio - SC)05 a 30 Missão Amazônia (Orellana)15 Admissão ao Noviciado 2015

(Rodeio - SC)16 a 30 Curso de Formação Missionária

CEFRAM (Bacabal)22 a 25 Missões Franciscanas da Juventude

(Concórdia)FevereIro09 a 1 Executiva do SIFEM (São Paulo,

Pari)mArço 09 Encontro do Regional São Paulo

(Vila Clementino - SP)09 a 21 1ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)24 a 27 Assembleia da CFMB (São José do

Rio Preto-SP)mAIo 10 a 07 Capítulo Geral (Assis)Junho 22 a 26 Assembleia do SIFEM (Bacabal)28 a 02/07 Congresso da Comissão Educativa

da CFMB (Curitiba, FAE)29 a 11 2ª etapa do curso de formadores -

SERFE - CFMB (Petrópolis)Julho 22 a 26 Encontro SIFEM/JPIC (Bacabal -

MA)Agosto 24 a 28 Encontro dos Ecônomos da CFMB,

(São Luís, MA)setembro01 a 04 Assembleia da CFMB (Manaus,

AM)

JAneIro 16 a 20 UCLAF (Cochabamba, Bolívia) 18 a 26 Capítulo Provincial