como reduzir os custos em transportes · • a torre de controle envolve o monitoramento de...

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Como Reduzir os Custos em Transportes Marco Antonio Oliveira Neves Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda [email protected] www.tigerlog.com.br Setembro/2013

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Como Reduzir os Custos em Transportes

Marco Antonio Oliveira Neves Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

[email protected] www.tigerlog.com.br

Setembro/2013

A “difícil” missão...

CUSTOS

NÍVEL DE SERVIÇO

O grande desafio do profissional de Logística é conseguir equilibrar duas importantes variáveis: custos e nível de serviço.

2

A Importância da Gestão de Custos em Transportes

REDUÇÃO DE CUSTOS NÃO É

PRATICAR

QUALIDADE INFERIOR OU

MENOS SEGURANÇA

3

Para REDUZIR CUSTOS é preciso aprimorar a atividade de GESTÃO DE TRANSPORTES

Motivações para uma melhor Gestão de Transportes

Transporte de

Carga

Operações cada vez mais complexas

Clientes Exigentes

Inovações Tecnológicas

Custos Operacionais

4

Valorização da Atividade de Gestão de Transportes

Dada a sua importância, a contratação, a atividade de transportes está se tornando cada vez mais estratégica para as empresas…

Baixo

Alto

Alto

Baixo

Importante, mas rotineira

Atividade de pouca importância Non-core activity

Crítica, alta visibilidade, estratégica

“Gargalo”

Imp

ac

to s

ob

re o

ne

cio

Complexidade da Contratação 5

Valorização da Atividade de Gestão de Transportes

ü  Re lações co laborat ivas ent re Embarcadores e Transportadoras

ü  Balanceamento entre foco estratégico, tático e operacional

ü  Trade-offs entre os modais rodoviário, ferroviário e aquaviário (inclusive cabotagem)

ü  Intens i f icação da ut i l i zação de soluções TMS – Transportation Management System

ü  Maior utilização de sistemas de roteirização e ferramentas de otimização da capacidade cúbica de carga

ü  Informação on-line, real time ü  Uso intensivo de KPIs

6

Foco da Área de Transportes Horizonte Temporal

Muito Antes

Antes Durante Depois

Planejamento Gestão Operação Controle

7

Atividades de Gestão de Transportes

Operacional Tático Estratégico

Gestão e Operação de Transportes

As atividades de transportes NÃO se restringem apenas à operação... 8

Atividades de Gestão de Transportes

GESTÃO DE TRANSPORTES

ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL

•  planejamento da demanda •  malha logística e modelo de distribuição •  área de abrangência do serviço •  nível do serviço (SLAs) •  modelo e políticas tarifárias •  tecnologia de apoio à operação •  i n v e s t i m e n t o s e m infraestrutura •  questões tributárias e fiscais

•  tamanho e perfil da frota •  quadro de pessoal •  d imens ionamento da infraestrutura de apoio à operação •  p o l í t i c a s d e s a ú d e , segurança e meio ambiente •  relatórios de performance / KPIs / metas •  p ro jetos de melhor ia contínua •  parcerias operacionais •  planos contingenciais •  gestão de contratos

•  roteirização / plano de rotas •  emissão de documentos •  alocação da tripulação (escala de motoristas) •  programação de viagens / rotogramas •  check-lists •  rastreamento •  gerenciamento de risco •  apoio a motoristas •  atendimento a Clientes

9

Foco da Área de Transportes

10%

20% a

30%

máx 70%

“IDEAL”

ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

= 0 ao

redor de

10%

90%

REAL na maioria das empresas

ESTRATÉGICO

TÁTICO

OPERACIONAL

10

Gestão de Transportes

P.C.O.T. PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS OPERAÇÕES EM TRANSPORTES

“Torre de Controle”

Administração da Frota Própria

Gestão de Terceiros

Monitoramento do Desempenho

Operacional

Projetos em Transportes

P.C.O.T.

11

Conceito da Torre de Controle •  É uma metodologia de gestão que tem como objetivo primário

agilizar o processo de tomada de decisão em transportes, fornecendo à equipe operacional informações de forma rápida, objetiva e em tempo real, integrando os três níveis de decisão: operacional, tático e estratégico.

•  A Torre de Controle envolve o monitoramento de variáveis-chave da operação em tempo real; esse modelo de gestão permite que alterações significativas em indicadores de alta e média criticidade sejam rapidamente identificadas e corrigidas.

12

A “Torre de Controle” E  A Torre de Controle atuará no planejamento dos recursos,

no monitoramento da disponibilidade de veículos e motoristas, no acompanhamento dos parâmetros de operações dos motoristas, no nível de utilização dos ativos operacionais e no nível de serviço e custos obtidos.

13

Variáveis Chaves de Monitoramento na Torre de Controle E  Atendimento da demanda por transporte E  Tempos improdutivos (espera para carga e descarga nos

Clientes) E  Aproveitamento do frete-retorno E  Produtividade da frota (quilometragem rodada mensalmente /

número de viagens realizadas / total de coletas e entregas feitas)

E  Comportamento do motorista E  Nível de aproveitamento da capacidade do veículo E  Controle do consumo e do rendimento dos insumos produtivos

(diesel, peças de veículos e pneus) E  Custos operacionais E  Indicadores de avarias, furtos e extravios E  Nível de serviço ao cliente (pontualidade na entrega,

documentação correta, nenhum material faltante) E  Turn-over e Absenteísmo de motoristas E  Reclamações de Clientes 14

Fluxo da Informação na Torre de Controle

GPRS - General Packet Radio Services

Telemetria GPRS / WEB e WAP GPS

•  Localização do Veículo •  Registros da Viagem (Diário de Bordo) •  Produtividade

Sistema Informatizado

Acidentes / Sinistros

Custos Operacionais

Outros KPIs

Flux

o d

e In

form

õe

s

15

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

Volume (m³)

Transportadora Viagens Toneladas VolumeT00187 103 1.900 6.643 T00993 126 2.523 8.701 T10976 95 1.801 7.008 T11855 80 1.677 5.498 T23241 120 2.395 8.038

Movimentação por Transportadora

Período: Dez/2012

Rota Viagens Toneladas VolumeSAO-RIO 237 4.503 15.491 SAO-VIX 88 1.783 6.344 SAO-BHZ 108 2.128 7.406 SAO-RAO 70 1.502 5.214 SAO-FLN 20 380 1.433

Movimentação por Linha

Período: Dez/2012

Nível de Avarias

0,92%

Aproveitamento do Frete-Retorno

56,8%

Coletas no Prazo

82,3%

On Time In Full

96,1%

Custo Operacional

R$ 2,08/km

Indicadores-Chave

Sinistros

Entregas no Prazo

95,8%

<1 a cada 250.000 km

98,7%

Nível de Aproveitamento do Veículo

Consulta

Filial São Paulo (SP)

Período 01/12/2012 a 31/12/2012

104

16

Composição da Tarifa no TRC

TARIFA

FRETE-PESO FRETE-VALOR GRIS

TAXAS OU GENERALIDADES

MARGEM DE LUCRO E

IMPOSTOS

DESPESAS ADM. e

TERMINAIS

CUSTOS OPERAC

17

CUSTOS FIXOS +

CUSTOS VARIÁVEIS

Custos Fixos em Transporte

Motorista e Ajudante (Salários, Encargos e Benefícios)

Licenciamento Seguro Obrigatório

IPVA

Seguro do Veículo

Depreciação do Cavalo Mecânico

Remuneração do Capital do Veículo e do Equipamento

Seguro do Equipamento

Independem do deslocamento do caminhão

Depreciação do Equipamento 18

Custos Fixos em Transporte

Variável TEMPO

Custos FIXOS

Disponibilidade

Velocidade Operacional

Tempo de Carga / Descarga

Jornada de trabalho Dias trabalhados

Potência / Peso Rel. Transmissão Aerodinâmica

Tempos de Esperas na Coleta e Entrega

19

Tempo em Trânsito

Impacto do Fator TEMPO nos Custos Fixos em Transporte •  Veículo Scania R440 A 6x2 equipado com Baú Frigorífico (Carrier 2100 APX) •  Trecho: Araucária (PR) – Porto Alegre (RS) – 687 km •  Custo Fixo Mensal: R$ 21.008,45 •  Custo Variável: R$ 1,54/km •  23 dias trabalhados por mês, 10 horas por dia •  Quilometragem de ida e volta para efeito de custeio

Km Vel. Média Tempo Tempo Tempo Tempo Custo Fixo Custo Número de Custo por VariaçãoRodado (km/h) Coleta Trânsito Entrega Trabalhado Mensal Variável Viagens/Mês Viagem %

1.374 50 8 27,48 8 230 21.008,45R$ 1,54R$ 5,29 6.087,20R$ 1.374 50 6 27,48 6 230 21.008,45R$ 1,54R$ 5,83 5.721,83R$ -6,0%1.374 50 4 27,48 4 230 21.008,45R$ 1,54R$ 6,48 5.356,47R$ -12,0%1.374 50 2 27,48 2 230 21.008,45R$ 1,54R$ 7,31 4.991,10R$ -18,0%1.374 50 - 27,48 - 230 21.008,45R$ 1,54R$ 8,37 4.625,74R$ -24,0%1.374 60 8 22,90 8 230 21.008,45R$ 1,54R$ 5,91 5.668,85R$ -6,9%1.374 60 6 22,90 6 230 21.008,45R$ 1,54R$ 6,59 5.303,49R$ -12,9%1.374 60 4 22,90 4 230 21.008,45R$ 1,54R$ 7,44 4.938,12R$ -18,9%1.374 60 2 22,90 2 230 21.008,45R$ 1,54R$ 8,55 4.572,76R$ -24,9%1.374 60 - 22,90 - 230 21.008,45R$ 1,54R$ 10,04 4.207,40R$ -30,9%

20

Custos Variáveis em Transporte

Pneus, Câmaras e Recapagens

Combustível Lavagens e Graxas

Óleo do cárter Manutenção

Variam de acordo com a distância percorrida

Pedágio

21

Custos Variáveis em Transporte

Km percorrida

Consumo dos insumos

Distância

Estrada

Clima

Qualidade Manutenção Idade do Veículo Qualidade do Insumo Velocidade Operacional

Asfaltada / Terra Plana / Acidentada Curvas / Reta

Quente / Frio Úmido / Seco

Tipo de Veículo

Custos Variáveis por KM

22

Estrutura dos Custos em Transportes Média e Longa Distância

Exemplo: MBB Axor 2036 4x2 c/ Carreta Baú Randon Custos

5.000 km 10.000 km 12.500 km

Custos FIXOS 69,6% 53,4% 47,8%

Mão de Obra 32,8% 25,1% 22,5%

IPVA/DPVAT/Licenciamento 1,5% 1,1% 1,0%

Depreciação dos Equipamentos 12,6% 9,7% 8,7%

Remuneração do Capital 15,1% 11,6% 10,4%

Seguros 6,9% 5,3% 4,8%

Outros 0,6% 0,5% 0,4%

Custos VARIÁVEIS 30,4% 46,6% 52,2%

Combustível 20,0% 30,7% 34,4%

Óleo do Motor 0,4% 0,7% 0,8%

Pneus 3,9% 6,0% 6,8%

Manutenção 4,9% 7,5% 8,4%

Lubrificação e Lavagem 1,1% 1,6% 1,8%

Quilometragem Mensal

23

Estrutura dos Custos em Transportes Média e Longa Distância

Mão de Obra 20% a 25%

ITEM % CUSTO TOTAL

Depreciação e Remuneração Capital ao redor de 20%

Combustível 30% a 35%

Manutenção e Pneus 10% a 15%

24

Qual deve ser o foco para a redução de custos na média e longa distância?

Mão de Obra

Depreciação e Remuneração

de Capital

Combustível

•  Treinamento •  Controle individualizado e gestão •  Premiação para o motorista e familiares •  Manutenção preventiva / alinhamento, balanceamento e calibragem dos pneus •  Uso de defletores •  Aplicação tecnológica (telemetria)

•  Formalização de procedimentos e políticas da empresa •  Monitoramento dos tempos improdutivos •  Remuneração variável atrelada à produtividade •  Maior controle sobre gastos dos motoristas (acerto de contas) •  Aplicação tecnológica (rastreamento / telemetria) •  Aprimoramento das políticas de gestão do capital humano

•  Perfil e dimensionamento da frota •  Otimização da capacidade de carga disponível •  Viabilidade técnica de utilização de terceiros •  Parcerias operacionais 25

Estrutura dos Custos em Transportes Distribuição Urbana

Exemplo: Accelo 1016 c/ Carreta Baú Carga Geral Custos

2.000 km 3.500 km 5.000 km

Custos FIXOS 90,3% 84,1% 78,8%

Mão de Obra 63,6% 59,3% 55,5%

IPVA/DPVAT/Licenciamento 1,3% 1,2% 1,1%

Depreciação dos Equipamentos 8,9% 8,3% 7,8%

Remuneração do Capital 10,7% 9,9% 9,3%

Seguros 4,9% 4,6% 4,3%

Outros 0,9% 0,8% 0,8%

Custos VARIÁVEIS 9,7% 15,9% 21,2%

Combustível 6,3% 10,3% 13,7%

Óleo do Motor 0,2% 0,3% 0,4%

Pneus 1,1% 1,8% 2,3%

Manutenção 1,4% 2,3% 3,0%

Lubrificação e Lavagem 0,8% 1,3% 1,7%

Quilometragem Mensal

26

Estrutura dos Custos em Transportes Distribuição Urbana

Mão de Obra 55% a 65%

ITEM % CUSTO TOTAL

Depreciação e Remuneração Capital 15% a 20%

Combustível ao redor de 10%

Manutenção e Pneus 2% a 5%

27

Custo da Distribuição Urbana Exemplo Prático n  Veículo tipo Iveco Daily 35 S14 cumpre o seguinte roteiro:

28

Itinerário Distância (km) Peso (kg) Volumes Tempo (min) Tempo (min)Percorrida Transportado Transportados em Trânsito no Cliente

Partida - Origem - - - - - Cliente 1 8,5 320,0 25,0 15,0 22,0 Cliente 2 12,7 350,0 29,0 12,0 25,0 Cliente 3 15,8 330,0 34,0 10,0 41,0 Cliente 4 18,7 305,0 20,0 9,0 24,0 Cliente 5 24,3 290,0 27,0 10,0 35,0 Cliente 6 28,4 320,0 24,0 12,0 61,0 Cliente 7 29,7 320,0 22,0 9,0 30,0 Cliente 8 35,5 345,0 31,0 11,0 35,0 Cliente 9 39,5 380,0 32,0 15,0 107,0 Cliente 10 42,8 420,0 36,0 12,0 40,0 Retorno - Origem 52,3 - - 15,0 -

Total 52,3 3.380,0 280,0 130,0 420,0

n  Representação Esquemática:

Origem

Cliente 1

Cliente 2

Cliente 3

Cliente 4

Cliente 5

Cliente 6

Cliente 7 Cliente 8

Cliente 9

Cliente 10

•  52,30 km rodados •  3.380 kg transportados •  280 volumes transportados

29

Roteiro em forma de gota d água

Custo da Distribuição Urbana Exemplo Prático

Custo fixo diário: R$ 350,00 Custo por km rodado: R$ 0,60 Tempo total em trânsito: 550 min.

O que mais impacta na distribuição urbana, o custo fixo ou variável?

n  Custos calculados: n  Custo fixo total: R$ 350,00 n  Custo variável total: R$ 0,60 x 52,30 km = R$ 31,38 n  Custo total: R$ 381,38

30

Na operação de distribuição a parcela de custos FIXOS é mais representativa do que os custos variáveis devido à baixa km rodada no atendimento do roteiro de coletas / entregas.

Custo da Distribuição Urbana Exemplo Prático

91,8%

8,2%

Custo Fixo

Custo Variável

Comportamento dos Custos na Coleta e Entrega

31

KM Fixo Variável Total %CF %CV50 350,00R$ 30,00R$ 380,00R$ 92,1% 7,9%75 350,00R$ 45,00R$ 395,00R$ 88,6% 11,4%

100 350,00R$ 60,00R$ 410,00R$ 85,4% 14,6%125 350,00R$ 75,00R$ 425,00R$ 82,4% 17,6%150 350,00R$ 90,00R$ 440,00R$ 79,5% 20,5%175 350,00R$ 105,00R$ 455,00R$ 76,9% 23,1%200 350,00R$ 120,00R$ 470,00R$ 74,5% 25,5%225 350,00R$ 135,00R$ 485,00R$ 72,2% 27,8%250 350,00R$ 150,00R$ 500,00R$ 70,0% 30,0%

92,1% 88,6%

85,4% 82,4%

79,5% 76,9%

74,5% 72,2%

70,0%

7,9% 11,4%

14,6% 17,6%

20,5% 23,1%

25,5% 27,8%

30,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

50 75 100 125 150 175 200 225 250

%CF %CV

Qual deve ser o foco para a redução de custos na curta distância?

32

Mão de Obra

Depreciação e Remuneração

de Capital

•  Perfil e dimensionamento da frota •  Otimização da capacidade de carga disponível •  Viabilidade técnica de utilização de terceiros •  Parcerias operacionais para atendimento dos canais de distribuição mais complexos (atacado, varejo, shopping centers, etc.)

•  Formalização de procedimentos e políticas da empresa •  Monitoramento dos tempos improdutivos •  Remuneração variável atrelada à produtividade •  Maior controle sobre gastos dos motoristas (acerto de contas) •  Aplicação tecnológica (uso intensivo de ferramentas de rastreamento e roteirização de cargas) •  Aprimoramento das políticas de gestão do capital humano

Variação da Participação do Diesel nos Custos Totais

33

5,3%

10,0%

14,3%

18,2%

21,7%

25,0%

28,0%

30,8%33,3%

35,7%37,9%

40,0%41,9%

43,8%45,5%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 11.000 12.000 13.000 14.000 15.000

% Participação do Combustível no Custo Total

Veículo de grande porte

Distância Percorrida por Mês

Variação do Preço do Diesel

Fonte: ANP 34

Período R$/litro % Var Anual % Var. Acum.Jan/1995 0,340R$ Jan/1996 0,376R$ 10,6% 10,6%Jan/1997 0,413R$ 9,8% 21,5%Jan/1998 0,426R$ 3,1% 25,3%Jan/1999 0,416R$ -2,3% 22,4%Jan/2000 0,603R$ 45,0% 77,4%Jan/2001 0,767R$ 27,2% 125,6%Jan/2002 0,868R$ 13,2% 155,3%Jan/2003 1,507R$ 73,6% 343,2%Jan/2004 1,399R$ -7,2% 311,5%Jan/2005 1,677R$ 19,9% 393,2%Jan/2006 1,886R$ 12,5% 454,7%Jan/2007 1,874R$ -0,6% 451,2%Jan/2008 1,888R$ 0,7% 455,3%Jan/2009 2,118R$ 12,2% 522,9%Jan/2010 2,006R$ -5,3% 490,0%Jan/2011 2,000R$ -0,3% 488,2%Jan/2012 2,050R$ 2,5% 502,9%Jan/2013 2,150R$ 4,9% 532,4%

Ações para a Redução do Custo com Combustíveis n  Diversos fatores interferem diretamente no consumo e no

custo de combustível, porém, na grande maioria deles o Transportador tem alguma ingerência:

35

•  Estilo de condução •  Treinamento de motoristas •  Potência do caminhão / Torque do motor •  Tipo de Implemento •  Idade do veículo •  Manutenção •  Caixa de câmbio (escalonamento de marchas) / Caixa automática •  Rodízio de pneus •  Calibragem dos pneus •  Defletor de ar •  Qualidade do combustível •  Velocidade •  Piloto automático •  Excesso de peso •  Gestão / Foco na produtividade e em custos •  Negociação com distribuidores e postos

•  Congestionamento •  Conservação das estradas •  Chuva •  Topografia •  Altitude

AÇÃO DA TRANSPORTADORA SEM AÇÃO DA TRANSPORTADORA

Resultados Obtidos Redução do Consumo de Diesel E  Foco na gestão do diesel, controle individualizado, conforme

tipo de veículo, rota, perfil da carga, etc. – entre 5% e 15%

E  Treinamentos (reciclagem) voltados ao estilo de condução dos caminhões – até 15%

E  Uso de defletores – até 10%

E  Calibragem correta dos pneus, rodízio, alinhamento e balanceamento – até 25%

E  Manutenção – até 7%

E  Excesso de carga – ao redor de 5% 36

Redução do Consumo de Diesel Caso Prático Dalla Valle

37

n  Ações: n  parceria com a Centronor (Vacaria) no treinamento dos

motoristas / adoção do motorista instrutor n  adoção de um sistema de incentivo aos motoristas, utilizando

indicadores de consumo de diesel no monitoramento do desempenho, dividindo meio a meio a economia gerada

n  utilização de aerofólios n  alocação dos pneus novos (mais borracha, maior arrasto) no

semirreboque, até que apresentem um desgaste de 3,0 mm; após, são instalados no eixo de tração

n  Resultados obtidos:

Motorista 2010 2011 2012 2013 EconomiaMotorista 1 2,55 2,60 2,70 2,75 7,8%Motorista 2 2,55 2,65 2,70 2,80 9,8%Motorista 3 2,40 2,50 2,55 2,80 16,7%Motorista 4 2,20 2,30 2,30 2,30 4,5%

Comportamento dos Custos com a Manutenção da Frota

38

Custo médio de manutenção como um % do valor de um veículo 0 km Valor do veículo: R$ 250.000,00

Ano Custo Médio Custo Anual Custo Médio

de Manutenção de Manutenção Média/Mês Média/Ano por km

1 9,6% 24.000,00R$ 12.400 148.800 0,16R$

2 10,7% 26.750,00R$ 12.020 144.240 0,19R$

3 12,1% 30.250,00R$ 11.450 137.400 0,22R$

4 13,7% 34.250,00R$ 10.805 129.660 0,26R$

5 15,5% 38.750,00R$ 9.970 119.640 0,32R$

6 17,6% 44.000,00R$ 9.200 110.400 0,40R$

7 19,9% 49.750,00R$ 8.380 100.560 0,49R$

8 22,4% 56.000,00R$ 7.605 91.260 0,61R$

9 25,2% 63.000,00R$ 6.895 82.740 0,76R$

10 28,4% 71.000,00R$ 6.280 75.360 0,94R$

11 31,9% 79.750,00R$ 5.660 67.920 1,17R$

12 35,8% 89.500,00R$ 5.120 61.440 1,46R$

Quilometragem

Decisão na Utilização da Frota

39

Cus

to p

or k

m R

od

ad

o

Nível de Utilização do Ativo

REALOCAR

DESATIVAR SUBSTITUIR

PRESERVAR

Ações para a Redução dos Custos com a Manutenção da Frota E  Monitoramento das quebras não previstas e controle por

placa, modelo e tipo de veículo E  Automação dos controles e utilização de soluções

informatizadas E  Realização de auditorias internas e junto aos parceiros E  Desenvolvimento de um programa de manutenção

preventiva E  Treinamento dos motoristas em direção econômica E  Monitoramento do uso do veículo à distância, através de

telemetria E  Atualização constante dos mecânicos e ajudantes E  Terceirização de serviços de manutenção E  Benchmarking com outras empresas E  Implantação do programa 5S (housekeeping) na oficina 40

Ações para a Redução dos Custos com a Manutenção da Frota E  Rejuvenescimento (renovação) da frota E  Premiação de motoristas que apresentem ideias ou soluções

para a redução dos custos com manutenção da frota E  Desenvolvimento e implantação de indicadores específicos

para a gestão da frota: E  custo total / km rodado E  custo de manutenção / km rodado E  horas trabalhadas por veículo E  km rodado por veículo E  taxa de indisponibilidade operacional E  intervalo médio entre falhas E  reincidência de manutenção (número de retornos de um

mesmo veículo no mês) E  custo financeiro do estoque de peças de reposição E  idade média da frota 41

Como melhorar a gestão dos motoristas?

n  Definição clara e inequívoca dos procedimentos rotineiros e das políticas de gestão da empresa

n  Treinamento em direção segura e econômica, em legislação de trânsito, e no conhecimento do veículo

n  Utilização do motorista instrutor ao longo da preparação e reciclagem dos motoristas

n  Implantação de programas de remuneração variável, atrelados a fatores quantitativos (com medidas financeiras e não financeiras) e qualitativos

n  Auxílio financeiro na mudança de categoria da CNH n  Monitoramento à distância (telemetria) n  Roteirização das cargas e monitoramento via GPS n  Videomonitoramento

42

Como melhorar a gestão dos motoristas?

n  Implantação de programas relacionados à saúde e segurança dos motoristas, como exames de saúde periódicos, ergonomia da cabine, medicina do sono, palestras e visitas domiciliares para tratar da alimentação e da convivência no lar, etc.

n  Criação de canal para contato direto com os motoristas da empresa

n  Reforço dos meios formais para comunicação com os motoristas e seus familiares, eliminando o efeito da “rádio peão”

n  Acompanhamento permanente de psicólogos

43

Coloque-se no lugar de um motorista...

n  Profissão pouco valorizada e muitas vezes mal vista n  Poucas perspectivas de crescimento n  Alta exposição a riscos (roubo, acidentes de trânsito,

consumo de drogas, prostitutas, agressão por parte de outros motoristas, corrupção policial, etc.)

n  Solidão n  Pouco ou nenhum conforto n  Dificuldade em manter uma rotina saudável n  Condições estressantes de trabalho (jornadas excessivas,

trânsito intenso, pressa constante, etc.) n  Sujeito a descontos unilaterais, em função de avarias, furto

de cargas, extravios, etc.

44

Treinamentos para Motoristas ü  Políticas de saúde, segurança e meio ambiente ü  Primeiros socorros ü  Simulados de emergência ü  Direção defensiva ü  Direção econômica ü  Gerenciamento de risco ü  Procedimentos operacionais (manual do motorista) ü  Manutenção de veículos ü  Normas SASSMAQ / Transqualit ü  Curso MOPP (transporte de produtos perigosos) ü  Legislação de trânsito ü  Ergonomia na operação ü  Uso da tecnologia ü  Postura / comportamento em Clientes 45

Exemplo de Resultados Obtidos com o Treinamento de Motoristas

12,9 8,1

Frenadas

37,2% menos frenagens efetuadas

27,2 15,0

Troca de Marchas

44,8% menos troca de marchas

35,3 31,3

Tempo Gastos no Percurso

11,5% menos tempo gasto (min)

2,22 2,50

Consumo de Diesel

12,6% de melhoria no consumo

Fonte: Centronor (5.700 alunos)

46

Encerramento

n  Experiências?

n  Dúvidas?

n  Sugestões?

Muito Obrigado!

47 BOM TRABALHO!