coletânea de resumos comunicação e relações interpessoais
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Compilação dos melhores resumos produzidos pelos alunos no âmbito da disciplina "Comunicação e Relações Interpessoais", no curso de Relações Públicas (UFPB).TRANSCRIPT
Fonte: Google Imagens
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CURSO: RELAÇÕES PÚBLICAS
DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Orgª. NARJARA XAVIER
COLETÂNEA DE RESUMOS
Apresentação
Esta coletânea é resultado da disciplina “Comunicação e Relações
Interpessoais”, ministrada no curso de Relações Públicas da Universidade Federal
da Paraíba (UFPB) pelo professor Doutor Severino Alves de Lucena Filho e pela
Estagiária Docente Narjara Bárbara Xavier Silva, durante o seu Mestrado em Ciência
da Informação pela UFPB, no período 2014.1.
Para o desenvolvimento das atividades e promoção das discussões
tomou-se como base teórica o livro denominado Gestão de Pessoas (2006), cuja
autora responsável pelo conteúdo é a Profª Drª Maria de Fátima Bruno de Faria. Com
o objetivo de incentivar a visão crítica dos alunos, o cronograma das aulas contou
com a elaboração de resumos por temas/capítulos e a discussão destes em sala de
aula. Os melhores resumos foram compilados e são apresentados a seguir.
TEMA 1: GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS E GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS Aluna: Josilene da Silva Félix
O tema 1 do livro “Gestão de pessoas”, gira em torno de uma discussão
acerca da “Gestão estratégica de pessoas e Gestão de pessoas por competência”, de
tal forma que exalta a importância das pessoas dentro de uma organização, num
contexto de que esta precisa daquela numa via de mão dupla.
Dando início ao primeiro tópico deste tema, “Visões de mundo e
concepções das pessoas no mundo do trabalho”, a autora expõe as diferentes
maneiras de como as pessoas eram tratadas no ambiente de trabalho em meio às
mudanças sofridas pelas organizações no contexto social, político, econômico e
cultural.
Faria (2006) nos apresenta diferentes autores com suas visões acerca
das mudanças de época no mundo. São estas as visões analisadas por eles: mecânica,
econômica e holística. Cada visão apresenta as formas como as organizações
interpretavam a realidade e as ações que realizavam para transformá-la. Percebe-se
que, ao mostrar essas diferentes concepções, o intuito da autora é chegar ao
desfecho de que as organizações perceberam que as pessoas são essenciais no
ambiente organizacional.
Em seguida, a autora aborda a questão de gestão ou gestores de
pessoas. Faria (2006) esclarece o conceito de gestão e como ser um bom gestor,
apresenta o indivíduo como gestor de si mesmo e faz uma ressalva também à
designação de gerenciados como colaboradores.
O tópico seguinte trás o tema Gestão estratégica de pessoas. A partir
do conceito de “estratégia”, Faria (2006) evidencia a importância de se traçar
estratégias no ambiente organizacional. Em seguida, a autora nos apresenta como
surgiu o conceito de gestão de pessoas, assemelhando a visão mecânica a qual já
vinha sido apresentada. No entanto, a autora mostra um novo conceito de gestão
estratégica de pessoas, o qual atribui importância à gestão de pessoas.
A gestão baseada em competências é o tópico usado para concluir o
tema deste primeiro capítulo. Num mercado cada vez mais competitivo e em
constante mutação, a autora chama atenção para a gestão de pessoas baseada em
competência. Faria (2006) evidencia, neste tópico, que uma organização precisa
fazer uso de estratégias organizacionais, com o intuito de que suas competências
satisfaçam o cliente e não deixem espaço para a concorrência. Para tanto, a autora
aponta a importância das pessoas neste aspecto, mostrando que elas contribuem, ou
seja, que a competência da organização dependerá da competência das pessoas, pois
uma não se mantém sem a outra. Dessa forma, Faria (2006) destaca as mudanças
que a gestão de pessoas baseada em competência precisa conter.
TEMA 1: GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS E GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS Aluno: Marcelo Bruno Oliveira da Silva
A tarefa de gerenciar pessoas não é de fácil compreensão e, atualmente,
vem tornando-se cada vez mais objeto de estudo para muitos estudiosos e
pesquisadores. A Profª. Drª. Maria de Fátima Faria (2006), em sua obra Gestão de
Pessoas, apresenta um esboço de como identificar diversas ações que facilitam no
processo de gestão de pessoas nas organizações. O tema inicial discursa sobre
“gestão estratégica de pessoas e gestão de pessoas por competência”, desenvolvido
em quatro tópicos que mostram a importância que as pessoas passaram a ter no
mundo do trabalho, bem como o relacionamento entre gestão de pessoas com as
estratégias organizacionais a partir do modelo de gestão por competências.
Inicialmente, Faria (2006) expõe que as organizações estão inseridas em
um macroambiente e que sofrem mudanças ao longo do tempo, ocasionadas por
mudanças no ambiente externo, e explica, citando algumas denominações, que os
diversos nomes atribuídos ao gerenciamento de pessoas é um dos efeitos dessas
mudanças, onde essa diversidade de nomes revelam diferentes visões de mundo.
Analisando a obra de Mato, Santamaría e Souza Silva (2001), a Profª. Faria (2006)
aponta três tipos de visões de mundo que determinam o modo como as organizações
interpretam a realidade e as utilizam em seu dia a dia, tais visões são: mecânica,
econômica e holística. Na visão mecânica, as pessoas são vistas como recursos
humanos. Já na visão econômica, os gerentes são percebidos como capital
intelectual. Por último, na visão holística, os gerentes são considerados talentos
humanos.
O tópico seguinte trata das mudanças ocorridas na área da gestão de
pessoas e seus impactos, pois anteriormente a preocupação era com os aspectos
disciplinares e a máxima obtenção de produtividade dos trabalhadores. Baseada na
perspectiva de Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), a autora destaca que
atualmente cabe aos gestores estimular o desenvolvimento, a participação e a
criatividade dos funcionários no processo decisório das organizações. No entanto,
segundo a autora, todo e qualquer profissional é responsável pela gestão de sua
carreira e do seu próprio desenvolvimento. Novamente, Faria (2006) cita alguns
nomes para os que coordenam equipes e explica que hoje em dia poucas
organizações tratam as pessoas que são gerenciadas por subordinados, comentando
que é mais comum vermos a denominação de colaboradores.
Dando continuidade, a autora discursa sobre gestão estratégica de
pessoas, onde inicia com alguns conceitos de estratégia, gestão estratégica e gestão
estratégica de pessoas. Parafraseando Fleury e Fleury (2000), Faria (2006) explica
que na gestão estratégica de pessoas as políticas de gestão de pessoal não devem ser
integradas às estratégias de negócio, contudo devem ser parte integrante desta
estratégia. A seguir, a professora aponta algumas mudanças no ambiente
organizacional ocasionadas pela gestão estratégica de pessoas e nos informa sobre
como devemos relacionar a gestão de pessoas à estratégia organizacional. A autora
explica que antes, a área de gestão de pessoas era dividida em várias subáreas e que,
com o passar do tempo, essa área deixou de atuar em um núcleo isolado para ser
parte integrante de um todo. Faria (2006) nos chama a atenção para o fato de que
foi na década de 90 que definitivamente alinhou-se as políticas de gestão de recursos
humanos às estratégias empresariais, mas para isso, foi acrescentado à prática
organizacional o conceito de competência servindo como base o modelo para se
gerenciar pessoas.
Finalizando, a Profª. Faria ressalta que como qualquer outro tema de
grande importância, a gestão por competências possui diversas concepções teóricas
e que se pode observar a sua adoção por inúmeras organizações brasileiras. Um dos
principais aspectos desse modelo de gestão é associar as competências individuais
ou das equipes com as estratégias organizacionais. Faria (2006) assinala que são
várias as categorizações de tipos de competências e destaca que as competências
organizacionais se referem a atributos que tornam a organização única no mercado.
Contudo, não devemos esquecer que, quando se fala em organização
pública, o foco deixa de ser na vantagem competitiva e recai na qualidade do
atendimento. A autora conclui seu texto afirmando que é a partir do desempenho no
trabalho que o profissional demonstra as competências que possui e que, no caso do
modelo de gestão por competências, a lógica comum é associar a gestão de pessoas
à estratégia organizacional.
TEMA 2: MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO E COMPROMETIMENTO NO TRABALHO TEMA 3: LIDERANÇA E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES EFETIVAS Aluna: Marília Eulália Borges Bezerra
No terceiro capítulo do livro Gestão de Pessoas, a autora trata da
motivação, satisfação e comprometimento no trabalho e mostra que, para a maioria
dos autores, a motivação é algo interno e, por isso, há a dificuldade de se conseguir
motivar os indivíduos. Como já foi visto no primeiro capítulo, "a preocupação dos
gestores com a motivação, tal como se conhece hoje, é relativamente recente".
(CASADO 2002, p. 249). Já a autora Amabile (1983) caracteriza a motivação em
intrínseca, que pode ser entendida como o prazer gerado pela realização de uma
determinada tarefa, pelo próprio prazer que essa atividade traz para o indivíduo; e
a extrínseca, em que o envolvimento do profissional seria temporário e
consequentemente não o levaria a ter uma produção criativa de maior nível.
A satisfação é tratada por Schermerhorn Jr., Hunt e Osborn (1999, p. 93)
como "o grau segundo o qual os indivíduos se sentem de modo positivo ou negativo
com relação ao seu trabalho. É uma atitude, ou resposta emocional às tarefas de
trabalho assim como às condições físicas e sociais de trabalho". Os autores acima
citados também fazem uma relação entre a satisfação e o número de faltas do
indivíduo, ou seja, funcionários mais satisfeitos com seu trabalho tendem a faltar
menos.
O comprometimento organizacional trata da fidelidade que o indivíduo
tem com o seu gestor, ou seja, é o vínculo criado entre os funcionários de uma
organização, juntamente com oportunidades que o servidor tem de poder crescer
profissionalmente e que refletem em sentimentos como: comprometimento,
identificação, apego, etc. que fazem com que o colaborador se sinta motivado a
trabalhar em prol da causa da organização.
Concluindo, esses três sentimentos tratados durante o terceiro tema são
essenciais e beneficiam tanto o funcionário quanto a organização, pois um
funcionário motivado, satisfeito com seu ambiente de trabalho e comprometido
desempenha melhor sua função e, com isso, a organização pode se desenvolver com
mais qualidade.
Já no sexto capítulo do livro, a autora nos mostra a diferença entre grupo,
equipe e time, na visão de Casado (2002). Nos grupos, encontram-se pessoas ligadas
por laços afetivos, na equipe o objetivo é o resultado e no time, a preocupação
extrapola a realização de tarefas, visto que os indivíduos possuem um alto grau de
comprometimento. Para que o trabalho em equipe seja realizado com êxito é
necessário que a equipe seja efetiva e possa mostrar os resultados nos padrões
desejados pela organização.
Podemos ver várias definições de teorias comportamentais que definem
vários tipos de líderes, começando pelo autocrático, que toma decisões sem
consultar seus liderados, passando pelo líder democrático, que envolve seus
liderados nas decisões que assim podem obter a capacidade de se desenvolver, e por
último, o líder com o estilo laissez-faire, que não interfere em nada, deixa seu grupo
trabalhar como desejarem.
Há também três denominações para os estilos de liderança:
relacionamento, situacional e tarefa. No estilo relacionamento, o líder valoriza as
relações de trabalho e há confiança mútua, amizade e valorização da individualidade
entre ele e seus liderados. Já no estilo situacional, o gerente tem a capacidade de
mudar sua atitude de acordo com as exigências. O estilo tarefa mostra a habilidade
do líder em definir seu papel e os empregados, tendo como foco o cumprimento de
metas estabelecidas.
O líder tem papel fundamental na efetividade do trabalho em equipe, e
assume papel de mentor e facilitador, estimulando e reconhecendo os esforços de
seus empregados, sendo importante também atuar na gestão dos conflitos. Outro
elemento importante para que as equipes da organização possam obter sucesso em
suas atribuições é o grau de confiança que tem em seu líder, contribuindo para o
desenvolvimento do comportamento criativo dos colaboradores.
Para concluir, pudemos ver a necessidade de o gestor estimular a
participação de sua equipe para que estes possam ser pessoas críticas. A convivência
com pessoas que têm diferentes experiências e pensamentos ajuda na aceitação da
opinião alheia e também na reflexão de suas próprias opiniões. E é necessário que
essas pessoas tenham um gestor preparado para poder intervir em situações de
conflitos para criar um ambiente favorável de trabalho.
É possível notar similaridades entre os dois textos, pois os dois mostram
qualidades necessárias para que as demandas de uma organização sejam cumpridas
com êxito. É preciso que os funcionários sejam bem liderados, com um gestor que
possa se adequar às necessidades do seu ambiente de trabalho e que consiga
trabalhar bem com os diferentes tipos de funcionários existentes. Nota-se também
que para um colaborador se sentir confortável em seu ambiente de trabalho, é
necessário haver uma relação de troca de confiança entre ele e seu gestor, para que
assim possa criar o sentimento de ligação com a organização, tendendo a trabalhar
pelo bem da organização e ainda se sentir apegado e realizado com seu trabalho.
TEMA 2: MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO E COMPROMETIMENTO NO TRABALHO Aluno: Marcelo Bruno Oliveira da Silva
Diante de um dos assuntos mais debatidos no âmbito organizacional
atualmente, a Profª. Faria (2006) nos apresenta alguns conceitos sobre motivação,
satisfação e comprometimento no trabalho, mostrando a importância que esses
fenômenos exercem no contexto do trabalho. Contudo, podemos perceber que há
uma certa dificuldade na diferenciação entre esses três temas, ocasionadas pela
forte inter-relação entre eles, na qual nota-se nitidamente a associação da satisfação
e da motivação para definir clima organizacional.
Ao dissertar sobre motivação, Faria (2006) menciona Casado (2002)
destacando que não se tem clareza quanto à efetividade das ações organizacionais
destinadas a motivar as pessoas no trabalho, por se tratar de um dos temas mais
controversos na gestão de pessoas, onde há uma diferença entre conceitos teóricos
e prática organizacional. A autora entende motivação como algo interno (intrínseco)
ao indivíduo e explica que a preocupação dos gestores com a motivação como se
conhece hoje é algo recente, tendo em vista que antes da Revolução Industrial a
mesma tinha forma de medo de punição (modelo tradicional), acarretando em
diversos problemas para os trabalhadores após amplo uso nas organizações. Faria
(2006) comenta também sobre o modelo das relações humanas e o modelo de
recursos humanos, descrevendo as principais características de ambos.
Em seguida, a professora apresenta algumas definições sobre satisfação
no trabalho, dando ênfase à definição apresentada por Locke (1976) que expõe
satisfação como “um estado emocional positivo decorrente de avaliações acerca do
próprio trabalho”. Adiante, a autora questiona o leitor sobre o porquê as
organizações se preocupam com o grau de satisfação dos empregados e indica
utilizando a visão dos autores Schermerhorn Jr., Hunt e Osborn (1999) que a
satisfação no trabalho está associada ao absenteísmo e à rotatividade, e cita outras
variáveis do ambiente organizacional como: condições salariais, condições de
trabalho, qualidade da supervisão, entre outros. Ressaltando que são vários os
motivos que levam as organizações a buscarem informações, a fim de conhecer o
grau de satisfação de seus empregados, Faria (2006) comenta que a satisfação no
trabalho é apenas uma dentre as atitudes importantes que influenciam o
comportamento humano no trabalho e que está ligada ao comprometimento
organizacional.
No que diz respeito ao comprometimento organizacional, a autora
comenta que no Brasil predominam as pesquisas sobre comprometimento voltadas
para o foco organizacional, visto que o comprometimento apresenta inter-relações
com motivação e satisfação. Citando Muchinsky (2004), Faria (2006) explica que “o
comprometimento organizacional se refere ao grau de fidelidade de um funcionário
com o seu empregador”, a autora comenta também que na literatura internacional
os autores têm discutido o comprometimento a partir de diferentes enfoques, sendo
que a maioria é centrado no vínculo com a organização e aponta alguns vínculos que
os indivíduos possuem nas empresas, tais como: afetivo; instrumental e normativo.
Concluindo esse tema, a professora nos adverte sobre o desafio de gerenciar
pessoas, que são diferentes umas das outras, e que percebem o contexto que
trabalham de formas singulares.
TEMA 3: LIDERANÇA E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES EFETIVAS Aluno: Marcelo Bruno Oliveira da Silva
Atualmente faz-se necessário identificar a importância do líder (gestor)
na efetividade da equipe de trabalho, visto que são vários os tipos de grupos ou
equipes no âmbito organizacional, embora predomine, na maior parte das
organizações, as equipes de pessoas que atuam juntas no dia a dia, denominadas
equipes de trabalho.
Diante disso, Faria (2006) nos apresenta algumas diferenças conceituais
sobre grupos e equipes. Apoiando-se na definição de Casado (2002), a autora define
equipe como “grupo estruturado que busca atingir objetivos previamente
determinados”, uma vez que o trabalho em equipe tem sido bastante valorizado no
contexto organizacional, pois tem por finalidade a produtividade retratada pelo
alcance das estratégias organizacionais. Mas para que isso ocorra, é necessário que
a equipe funcione plenamente e seja efetiva em suas ações.
Nessa concepção, a autora nos expõe algumas variáveis que apresentam
correlação com a efetividade de equipe e alguns critérios para a avaliação dessa
efetividade. Diante disso, percebe-se que a efetividade da equipe se encontra
relacionada ao desempenho do grupo e à satisfação dos membros, no qual para
Robbins (1999) uma equipe não deve ter mais de doze membros como
componentes. Outro aspecto que Faria (2006) ressalta diz respeito às habilidades
dos membros da equipe, pois deve contar com pessoas que tenham habilidades
diversas. Para facilitar a atuação das equipes de trabalho, faz-se necessário a
presença de gestores que atuem como líderes, conclui Faria (2006).
De acordo com a autora, os gestores das equipes de trabalho devem atuar
como verdadeiros líderes para que se obtenha o máximo desempenho de excelência
nas organizações. Com isso, a autora apresenta algumas teorias de liderança mais
utilizadas atualmente, dentre elas estão: A Teoria dos Traços, onde o líder é visto
como alguém que possui algumas características inatas; Teorias Comportamentais,
que buscam explicar a liderança através dos comportamentos apresentados pelas
pessoas e que é dividia em teoria dos estilos de liderança e a do grid gerencial;
Teorias Contingenciais, onde concentra o foco no fenômeno da liderança,
destacando o modelo do caminho-objetivo; a Teoria da Liderança Situacional e o
Modelo de Participação do Líder; e por último destaca a Liderança Carismática,
Transformacional e Transacional.
Finalizando, Faria (2006) aborda o papel do líder na efetividade da
equipe de trabalho, onde ressalta que um líder desempenha papel fundamental,
tanto na construção quanto no desenvolvimento das equipes de trabalho.
Mencionando Cavalcante et al. (2005), a autora destaca os aspectos referentes à
gestão de pessoas, no qual o líder assume o papel de mentor (ou daquele que
orienta) e o de facilitador, destacando a importância da gestão de conflitos, visto que
o líder deve tentar compreender os motivos que levaram ao surgimento do conflito
e estimular a equipe na busca de soluções que valorizem as diferentes contribuições
de seus membros.
A professora evidencia dois elementos que têm sido destaque nos
estudos sobre equipes de alta performance, que são: confiança e comportamento de
líderes que podem ser nocivos ao desempenho da equipe. Ao final do tema, a autora
discorre sobre determinados comportamentos dos líderes que são considerados
eficazes na busca dos resultados desejados pelas organizações e na manutenção de
um clima cordial e ético, e finaliza lembrando que, para que uma equipe possa se
desenvolver de forma efetiva, é imprescindível a atuação de um líder que seja capaz
de estimular e apoiar o desenvolvimento da equipe.
TEMA 2: MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO E COMPROMETIMENTO NO TRABALHO Aluna: Thâmara Roque dos Santos Sousa
Este tema trata como a organização pode trabalhar a motivação, satisfação e
comprometimento do seu público interno para que, com isso, traga mais qualidade ao
desempenho organizacional de uma forma geral. A autora Casado (2002) explica que
motivação é um dos assuntos mais estudados em gestão de pessoas, porém, nas
organizações, é um dos pontos que gera mais desarmonia, pois não se sabe aplicar a teoria
na prática e cada indivíduo possui uma característica interna variável.
Os problemas relacionados à motivação nas organizações são um reflexo de
como o público era tratado na época da Revolução Industrial, com uma visão mecânica,
trazendo diferentes problemas. Quando surge um modelo das relações humanas é que a
motivação passa a ganhar espaço, no qual o trabalhador tem maior abertura para dialogar
em diversos setores da organização. Em seguida surge o modelo de recursos humanos,
sendo uma abordagem “mais complexa da natureza humana segundo o qual diferentes
fatores se inter-relacionam no processo motivacional” (CASADO, 2002 apud FARIA,
2006, p. 31).
Faria (2006) discute a relação existente entre motivação, satisfação e o
comprometimento no trabalho de forma geral. Assim, para a autora, a motivação pode ser
classificada em intrínseca (do próprio indivíduo) e extrínseca (meios externos de
motivação). A satisfação no trabalho está relacionada à sensação de bem-estar do
trabalhador quanto à atuação da organização. Já o comprometimento é a identificação que
o trabalhador tem com a organização, demonstrando o desejo de estar e permanecer fiel
como empregador.
De acordo com Faria (2006), os estudos apontam que as organizações que
oferecem oportunidades de crescimento aos seus colaboradores tornam o
comprometimento maior, pois estes poderão desenvolver habilidades e continuar sendo
fiéis à organização. Em suma, existem diversos aspectos que podem interferir no
desempenho organizacional, dentre eles estão a satisfação e a motivação, alinhados ao
comprometimento do colaborador.
TEMA 3: LIDERANÇA E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES EFETIVAS Aluna: Thâmara Roque dos Santos Sousa
Este tema busca mostrar a importância que o líder tem na organização
frente a uma equipe, refletindo como é seu papel na questão ética e sua postura na
liderança. No início do texto, Casado (2002) aponta dois tipos distintos existentes
nas organizações: grupo (conjunto de pessoas que compartilham valores
semelhantes) e equipe (pessoas que tem o mesmo objetivo). A autora acrescenta
também o time (possuem certas habilidades e compartilham os mesmos valores)
como conceito que relaciona os outros dois tipos. Já para Machado (1998), a equipe
se caracteriza como grupo, sem distinção tendo o mesmo pensamento e finalidade.
A organização tem cada vez mais valorizado o trabalho em equipe,
fazendo com que ela seja efetiva a fim de ter melhores resultados e ganhos na
produção e nos padrões da organização. Segundo Machado (1998), para uma equipe
ser efetiva, é preciso que ela tenha características individuais e evidenciadas,
refletindo a satisfação e a qualidade de cada um da equipe. Puente-Palacios (2001)
classifica dois tipos de comportamento: de manutenção (sustentado socialmente) e
de tarefa (voltado para execução de tarefas), no qual o autor reflete que, para obter
melhor desempenho organizacional, é necessário a satisfação e o do grupo. Já
Robbins (1999) acrescenta que, para um bom desempenho, é bom que a quantidade
de membros seja reduzida, possibilitando maior comprometimento e menor
distração. Casado (2002), assim como Robbins (1999), também diz que o excesso de
membros pode gerar menor rendimento.
A maioria dos autores abordados por Faria (2006) traz o conceito de
líder como uma pessoa que influencia sua equipe para a realização de algo em busca
de um objetivo. É um tema complexo e que traz diferentes pensamentos, muitas
vezes divergentes. Alguns autores retratam a teoria dos traços, onde o líder possui
características inatas, o diferenciando dos demais. Encontramos também as teorias
comportamentais, que abre um leque para outras subteorias, onde mostra a teoria
dos estilos de liderança que mostra o líder centralizador, líder democrático e o líder
laissez-faire. Cada um com sua peculiaridade e distinção de características. Já Melo
(2001) classificou três tipos de líder: relacionamento (o líder valoriza as relações
humanas), situacional (é o líder que tem flexibilidade em mudar de acordo com as
exigências da situação que ele se encontra) e o tarefa (habilidade do líder em definir
as etapas do trabalho a ser realizado).
As teorias contingenciais consideram três aspectos: líder, liderados e
contexto da liderança. Cavalcanti et al. (2005) destaca três modelos: caminho-
objetivo (o líder é a ponte para conseguir os objetivos, apoiando e dando
motivação), teoria da liderança situacional (o líder usa a maturidade dos
seguidores para se adequar às diversas situações) e o modelo de participação do
líder (o líder pode participar de diversas formas para contribuir na relação com os
liderados, sendo consultor, autocrático, influenciando ou não os liderados). Segundo
Limongi-França e Arellano (2002), o líder pode ser: carismático (tem boa relação e
aceitação com seus liderados), transformacional (abre espaço para
transformações e envolve a auto-realização do grupo) e o transacional (tem
abertura para transações gratificantes tanto para o líder quando para equipe).
Finalmente, o líder tem um papel muito importante frente a sua equipe,
coordenando seus liderados e desempenhando excelência no seu trabalho. O líder é
visto como o facilitador e gerenciador de conflitos na gestão, identificando os
problemas da equipe para promover ações de harmonia incentivando, estimulando,
dando ideias e valorizando a equipe.
TEMA 4: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO TEMA 5: GESTÃO DE DESEMPENHO TEMA 6: GESTÃO DE CARREIRAS TEMA 7: SISTEMAS DE RECOMPENSA: REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS Aluno: Marcelo Bruno Oliveira da Silva
De acordo com Faria (2006), o recrutamento e a seleção de pessoal são
considerados atividades fundamentais em toda organização, tendo em vista que estas
buscam atrair pessoas com qualidades que sejam coerentes com seus propósitos e
estratégias, destacando ainda que no Brasil é escassa a produção científica a respeito de
recrutamento e seleção. Segundo a autora, selecionar e recrutar são processos
indissociáveis, uma vez que selecionar implica comparar as características do candidato
com um padrão preestabelecido pela organização. Nesse sentido, Faria (2006) ressalta a
importância do recrutamento, que ocorre quando se inicia o processo de preenchimento
de uma vaga e destaca que esse processo deve ser bem elaborado e que cabe ao gestor
escolher qual tipo de recrutamento será mais apropriado à seleção que fará. Faria (2006)
aponta dois tipos de recrutamento, que são: interno e externo, e apresenta algumas
características inerentes a esses dois tipos.
A autora lembra que a seleção é o momento em que se deve escolher as
pessoas que melhor atendem aos critérios da organização e para isso é essencial planejar
bem o processo seletivo, pois este contempla diversas fases. Faria (2006) adverte que em
todo teste ou seleção há uma margem de erro e cita algumas técnicas diferenciadas usadas
em processos seletivos, como: provas de conhecimento; análise de currículo; entrevista;
testes psicológicos e técnicas de vivencias. Outro ponto que a autora destaca diz respeito
ao valor da ética nesses processos, pois devemos respeitar e valorizar as competências de
cada candidato, mesmo que no momento não atendam aos pré-requisitos da vaga.
Parafraseando Almeida (2004), a autora expõe que o mercado de trabalho se tornou mais
competitivo e que maiores são as exigências para contratação. Por fim, Faria nos alerta
afirmando que não há garantia de desempenho excelente no trabalho apenas atraindo e
selecionando profissionais de alto nível.
Segundo a autora, após o ingresso do funcionário na organização, é preciso
avaliar o desempenho desse profissional em relação às atividades a ele atribuídas. Faria
(2006) comenta que a gestão de desempenho surgiu no lugar de avaliação de desempenho,
pois não basta apenas avaliar, mas sim gerenciar o desempenho, a fim de identificar os
fatores que contribuem e os que impedem o desempenho de excelência, sabendo que nem
sempre o desempenho apresentado no trabalho é compatível com o que a organização
espera. A autora aponta também alguns fatores que interferem no desempenho do trabalho
e nos mostra os erros mais comuns cometidos na hora da avaliação, tais como: efeito halo;
leniência; erro de tendência central; falsidade e critério único. Para gerenciar o processo
de avaliação, as organizações utilizam sistemas informatizados e instrumentos formais de
avaliação.
Desse modo, conforme apresenta Faria (2006), é possível encontrar vários
tipos de avaliação no contexto atual das organizações, destacando-se os seguintes:
avaliação 360 graus – são utilizadas várias fontes oriundas de diferentes profissionais que
se relacionam com o trabalhador avaliado; avaliação de competências e avaliação de
competências e resultados. A avaliação de desempenho pode ser feita com base em
competências, quando a organização utiliza tal modelo de gestão, onde a relação de
competência e desempenho evidencia como a gestão do desempenho se relaciona com
diferentes ações de gestão de pessoas. Faria (2006), citando Brandão e Guimarães (2001),
afirma que há uma complementaridade e interdependência entre competência e
desempenho e finaliza comentando que vários autores destacam como os resultados da
avaliação de desempenho contribuem para as demais ações da gestão de pessoas e nos
apresenta uma tabela com algumas dessas contribuições.
Acerca de gestão de carreiras, a professora identifica algumas formas de
administração de carreiras que estimulam o desenvolvimento profissional. No entanto,
falar em gestão de carreiras envolve tratar de aspectos relacionados às ações
organizacionais e aquelas inerentes ao próprio indivíduo no trabalho. Citando Souza et
al. (2005), a autora entende carreira como “uma sequência de funções e cargos que os
indivíduos assumem ao longo de sua vida profissional”. Nesse sentido, a ideia de carreira
guarda uma relação com o plano de cargos e salários de uma organização. Com isso, Faria
(2006) nos apresenta alguns modelos e tipos de carreira, tais como: carreira por linha
hierárquica; carreira em Y; carreira por linha generalista e por linha de polivalência;
burocrático; profissional; empreendedor e sociopolítico. Os modelos referem-se às
características fundamentais da carreira e os tipos dizem respeito as diferentes opções
oferecidas ao profissional em um ambiente de trabalho.
A autora lembra, ainda, que as principais mudanças ocorridas na gestão de
carreiras são reflexo daquelas ocorridas no mundo do trabalho e que as pessoas deixaram
de ser passivas e submissas para assumirem um papel ativo e fundamental para as
organizações. Desse modo, a gestão de carreiras tem a finalidade de fazer frutificar
melhor os interesses das empresas e de seu pessoal, lembrando que a gestão de carreira
deixa de ser uma preocupação apenas dos gestores e passa a ser uma questão de interesse
do próprio funcionário que é responsável pela carreira que pretende assumir em uma
organização. Faria (2006) ressalta a importância de o profissional planejar bem a sua
carreira e nos aponta alguns passos essenciais a serem seguidos na realização de um plano
de carreira. A professora finaliza comentando que, após planejada a carreira, o
profissional deve negociar com a organização sobre os seus interesses profissionais.
No tocante aos sistemas de recompensa, a autora disserta a respeito da
importância dos tipos de remuneração como forma de valorização das pessoas no
trabalho, tendo em vista que antes controlavam-se os custos dos salários, mas não se
pensava em incentivos financeiros para os funcionários de acordo com a performance no
trabalho. Nos dias atuais, os objetivos da política de remuneração são atrair, reter e
motivar com eficiência os empregados para alcance de vantagem competitiva na busca
por maior produtividade. Diante disso, Faria (2006) apresenta algumas diferentes formas
de remuneração predominantes no mundo do trabalho, que são: remuneração funcional –
forma mais tradicional de remuneração; remuneração baseada em competências – típica
das organizações contemporâneas; remuneração variável – forma encontrada pelas
empresas para valorizar as diferentes contribuições de seus empregados.
Faria (2006) salienta que os tipos de remuneração variam de acordo com a
cultura organizacional, a política de gestão de pessoas e o modelo de gestão adotado pelas
organizações e que, se tratando do setor público, predominam os planos de incentivo e
premiação por produtividade. A autora questiona se todos os tipos de premiações
realmente estimulam a criatividade e nos adverte que cabe ao gestor identificar o que
motiva cada empregado e assim buscar formas distintas para valorizar o desempenho no
trabalho. A autora conclui nos lembrando sobre a necessidade de formas flexíveis de
remuneração, a fim de que os profissionais possam escolher as que mais lhes interessam.
TEMA 8: GESTÃO DO CONHECIMENTO E O CAPITAL INTELECTUAL TEMA 9: TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO Aluno: Marcelo Bruno Oliveira da Silva
De acordo com Faria (2006), a discussão sobre a gestão do conhecimento
e o capital intelectual ganhou espaço atualmente devido ao cenário de constantes
mudanças no ambiente de trabalho, onde os aspectos centrais dessas duas áreas
referem-se às vantagens competitivas que as organizações podem ter contando com
o conhecimento que seus funcionários possuem e que são gerenciáveis. Buscando
retratar a importância do conhecimento para as organizações, a autora disserta a
respeito da gestão do conhecimento sobre a ótica do capital intelectual ou humano,
tendo em vista que essas duas visões, intelectual e humana, compreendem as
competências dos indivíduos e grupos e as condições propícias do ambiente
organizacional à sua expressão. Faria (2006) destaca a vantagem competitiva como
uma situação de superioridade e considera a inteligência competitiva como a
capacidade que a organização possui de monitorar as informações do ambiente. A
autora ressalta também as diferenças entre dados, informação, conhecimento e
inteligência.
Nesse sentido, Faria (2006) considera o conhecimento como um
conjunto de informações reconhecidas e integradas pelo indivíduo dentro de um
esquema preexistente e destaca os tipos de conhecimentos abordados por Nonaka
e Takeuchi (1997) que são: o explícito e o tácito. O conhecimento explícito é aquele
que independe do contexto e é transmitido de maneira formal, como por exemplo
nos livros. O conhecimento tácito refere-se ao saber prático o qual incorpora as
experiências individuas ao longo da vida. Nonaka e Takeuchi (1997) sugerem quatro
formas de conversão do conhecimento que são: socialização, combinação,
internalização e externalização. Esses autores, representam essas formas de
conversão de conhecimento em uma espiral de criação do conhecimento que
começa no nível individual, passa pelo grupal até chegar ao nível da organização.
Faria (2006) destaca que é importante que as organizações propiciem
oportunidades de interação entre as pessoas no trabalho, a fim que possam
compartilhar conhecimento e que as empresas devem buscar formas de valorizar os
conhecimentos das pessoas, assim como fortalecer ou desenvolver o desejo de
aprimoramento contínuo.
Segundo a autora, quanto mais conhecimento as organizações
possuírem, maiores serão as chances de enfrentar as adversidades e os desafios do
ambiente em que atuam, e que para gerenciar o conhecimento é importante saber
como este é produzido e como pode ser estratégico. Faria (2006) expõe que, na
formulação das estratégias, as organizações buscam identificar os conhecimentos
que são essenciais, os existentes em seu ambiente e as competências dos indivíduos
e da organização como forma de obter vantagem competitiva. Para a autora, a gestão
do conhecimento busca formas de coletar, organizar, analisar e estimular o
compartilhamento entre as pessoas com o intuito de alcançar seus objetivos
estratégicos, e para isso três aspectos são considerados fundamentais, são estes:
aquisição e desenvolvimento de conhecimento; disseminação do conhecimento;
construção da memória organizacional. Por fim, Faria (2006) comenta que a gestão
do conhecimento se torna vital para as organizações que desejam obter vantagem
competitiva nos tempos atuais.
Acerca de treinamento, desenvolvimento e educação, Faria (2006)
comenta que este assunto é a essência da área de gestão de pessoas no contexto
organizacional, enfatizando os aspectos estratégicos da gestão de pessoas. A
professora explica que o treinamento tem sido associado à resolução de problemas
de desempenho dos empregados, como também à preparação para novas funções e
as adaptações a novas tecnologias. O treinamento é mais voltado para a melhoria do
desempenho no trabalho, enquanto que o desenvolvimento se relaciona ao
crescimento do indivíduo, desvinculado de um trabalho específico. Já a educação diz
respeito às todas oportunidades oferecidas pela organização para que o funcionário
aprenda novas habilidades.
Diante disso, Faria (2006) aponta três fases que compreendem o
treinamento em um enfoque sistêmico, como um processo cíclico, que são: avaliação
de necessidades; planejamento do treinamento; e, avaliação do treinamento. No que
diz respeito à avaliação de necessidades, a autora destaca diferentes formas de se
realizar levantamento de necessidades de T&D das pessoas no trabalho e que devem
estar presentes no diagnóstico dessas necessidades, tais como: análise
organizacional; análise de operações e tarefas; análise individual e por equipes. A
autora destaca também alguns aspectos essenciais para realizar uma boa
programação de treinamento e esclarece que normalmente as ações de treinamento
são planejadas por um grupo de profissionais com formações distintas. Outro
aspecto sobre as etapas do processo de treinamento diz respeito à avaliação do
treinamento, pois essa tem mostrado efeitos benéficos para as empresas que podem
ser percebidos na melhoria de desempenho no trabalho, no aumento da eficiência e
produtividade da organização. Faria (2006) ressalta o modelo de quatro níveis de
avaliação proposto por Kirkpatrik (1959), no qual o primeiro nível refere-se à
avaliação de reação, o segundo nível avalia a extensão da aprendizagem, em seguida
temos o nível de comportamento, e por último temos o nível que em que extensão
os resultados ocorrem devido ao treinamento.
A professora lembra que as ações de T&D atualmente emergem a
concepção de Educação Corporativa ou Empresarial. Nesse sentido, a organização
passa a ser vista como um lugar em que o adulto continua o seu processo de
educação. A autora expõe que a ideia de T&D é ampliada e incorporada à ideia de
educação, adotando-se então o conceito de educação corporativa para caracterizar
as ações de treinamento e desenvolvimento de pessoal, englobando tanto as que são
feitas a distância como as presencias.
Outro conceito exposto por Faria (2006) diz respeito à Universidade
Corporativa, que é um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão
de pessoas por competências e que existe com a finalidade de auxiliar as
organizações no alcance de suas metas. Para que possamos ter uma visão mais
compreensiva da educação no contexto do trabalho, Faria (2006) retrata a ideia de
educação em uma visão holística e complexa, pressupondo que devem ser
consideradas para caracterizar o processo de educação empresarial, nos advertindo
também que o termo “educação empresarial” não deve ser tomada no sentido de
educar somente para o trabalho, pois nossas ações educacionais têm repercussão
em todas as áreas, além daquelas profissionais. Finalizando, a autora disserta acerca
do papel do educador, comentando que um líder educador é aquele que não teme
ser superado pelas pessoas que coordena.