coletânea de atualidades -...
TRANSCRIPT
Acidente em Mariana (MG) e
seus impactos ambientais
Em 05 novembro de 2015, ocorreu o pior
acidente da mineração brasileira no
município de Mariana, em Minas Gerais. A
tragédia ocorreu após o rompimento de
uma barragem (Fundão) da mineradora
Samarco, que é controlada pela Vale e pela
BHP Billiton.
O rompimento da barragem provocou
uma enxurrada de lama que devastou o
distrito de Bento Rodrigues, deixando um
rastro de destruição à medida que avança
pelo Rio Doce. Várias pessoas estão
desabrigadas, com pouca água disponível,
sem contar aqueles que perderam a vida
na tragédia. Além disso, há os impactos
ambientais, que são incalculáveis e,
provavelmente, irreversíveis.
→ Principais impactos ambientais
O acidente em Mariana liberou cerca de 62
milhões de metros cúbicos de rejeitos de
mineração, que eram formados,
principalmente, por óxido de ferro, água e
lama. Apesar de não possuir, segundo a
Samarco, nenhum produto que causa
intoxicação no homem, esses rejeitos
podem devastar grandes ecossistemas.
A lama que atingiu as regiões próximas à
barragem formou uma espécie de
cobertura no local. Essa cobertura, quando
secar, formará uma espécie de cimento,
que impedirá o desenvolvimento de muitas
espécies. Essa pavimentação, no entanto,
demorará certo tempo, pois, em virtude da
quantidade de rejeitos, especialistas
acreditam que a lama demorará anos para
secar. Enquanto o solo não seca, também é
impossível realizar qualquer construção no
local.
A cobertura de lama também impedirá o
desenvolvimento de espécies vegetais,
uma vez que é pobre em matéria orgânica,
o que tornará, portanto, a região
infértil.Além disso, em virtude da
composição dos rejeitos, ao passar por um
local, afetarão o pH da terra e causarão a
desestruturação química do solo. Todos
esses fatores levarão à extinção total do
ambiente presente antes do acidente.
O rompimento da barragem afetou o rio
Gualaxo, que é afluente do rio Carmo, o
qual deságua no Rio Doce, um rio que
abastece uma grande quantidade de
cidades. À medida que a lama atinge os
ambientes aquáticos, causa a morte de
todos os organismos ali encontrados,
como algas e peixes. Após o acidente,
vários peixes morreram em razão da falta
de oxigênio dissolvido na água e também
em consequência da obstrução das
brânquias. O ecossistema aquático desses
rios foi completamente afetado e,
consequentemente, os moradores que se
beneficiavam da pesca.
A grande quantidade de lama lançada no
ambiente afeta os rios não apenas no que
diz respeito à vida aquática. Muitos desses
rios sofrerão com assoreamento,
mudanças nos cursos, diminuição da
profundidade e até mesmo soterramento
de nascentes. A lama, além de causar a
morte dos rios, destruiu uma grande região
ao redor desses locais. A força dos rejeitos
arrancou a mata ciliar e o que restou foi
coberto pelo material.
Por fim, espera-se que a lama, ao atingir o
mar, afete diretamente a vida marinha na
região do Espírito Santo onde o rio Doce
encontra o oceano. Biólogos temem os
efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de
Abrolhos, um local com grande variedade
de espécies marinhas.
Fonte: Brasil escola
Tarefa Mínima
1- Em novembro de 2015 ocorreu um dos maiores desastres ambientais do nosso país: O acidente em Mariana (MG). Sobre esse acidente, marque a alternativa correta:
a) O acidente em Mariana ocorreu em virtude da liberação de uma grande quantidade de petróleo no mar, o que causou a morte de várias espécies.
b) O acidente em Mariana ocorreu porque vários produtos radioativos foram liberados no local sem a devida proteção.
c) O acidente em Mariana refere-se ao desmatamento de uma grande área de floresta nesse local, o que causou a morte de várias espécies.
d) O acidente em Mariana ocorreu em razão do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração.
e) O acidente em Mariana ocorreu por causa da explosão de uma usina nuclear no local.
2- O acidente em Mariana (MG), em 2015, provocou uma série de impactos negativos no meio ambiente. O rompimento da barragem de rejeitos de mineração levou lama, por exemplo, aos rios, afetando diretamente a cadeia alimentar. Sobre esse assunto, marque a alternativa incorreta:
a) O acidente de Mariana, apesar de causar grades danos a outras áreas, causou pouco prejuízo no que diz respeito ao ambiente aquático, uma vez que a lama liberada não possuía produtos tóxicos, não afetando, portanto, os peixes no local.
b) A lama que chegou aos rios provocou a morte de peixes, pois o produto obstruía a brânquia desses organismos. Com a morte de várias espécies, a cadeia alimentar ficou prejudicada.
c) A cadeia alimentar ficou prejudicada porque muitos indivíduos de diferentes espécies morreram tanto em terra quanto nos ambientes aquáticos atingidos pela lama da mineradora.
d) Algas e plantas aquáticas também morreram nos rios atingidos pela lama que foi liberada com o rompimento da barragem, o que afetou diretamente a cadeia alimentar dos ambientes aquáticos.
e) A lama diminuiu o oxigênio dos rios atingidos, o que causou a morte dos organismos aquáticos.
3- O homem, frequentemente, provoca danos ao meio ambiente. Um dos mais recentes e também mais devastadores foi o acidente em Mariana, em 2015. Entre os pontos listados abaixo, marque um problema que não pode ser atribuído ao rompimento da barragem de rejeitos.
a) Modificação da cadeia alimentar dos rios da região.
b) Assoreamento dos rios da região.
c) Alteração do pH do solo da região.
d) Alteração da fertilidade do solo da região.
e) Aumento de oxigênio disponível nos rios da região.
Tarefa Complementar
1- O acidente em Mariana foi considerado um dos maiores desastres ambientais da nossa história. Segundo alguns estudiosos, serão necessários mais de 10 anos para recuperar os danos causados, por exemplo,
ao rio Doce. Sobre o tema, marque o item correto:
a) O rio Doce foi afetado apenas em sua fauna, uma vez que apenas peixes morreram em decorrência do desastre.
b) A oxigenação da água do rio Doce não foi alterada, uma vez que a grande quantidade de lama sedimentou-se logo após o acidente.
c) A recuperação do rio Doce depende, principalmente, da recuperação da oxigenação da água, pois só assim organismos poderão voltar ao rio.
d) A destruição de algas e plantas aquáticas presentes no rio Doce não afeta a vida aquática e, portanto, o foco da recuperação deve ser o restabelecimento dos peixes no local.
e) O rio Doce, após o acidente, morreu completamente, não havendo a menor chance de recuperação daquelas águas.
2- O rompimento de barragem em
Mariana causou mortes em Minas Gerais,
e a lama atingiu o Rio Doce até o Espírito
Santo e chegou ao oceano. Sobre a
tragédia em Mariana, analise as
afirmações abaixo e identifique a(s)
correta(s):
I- Mais de 10 pessoas morreram em razão desse rompimento, considerado um dos maiores desastres ambientais do país, resultado de uma combinação de negligência e descaso. II- Um dos prejuízos desse rompimento se refere à remoção e ao comprometimento de trechos significativos da vegetação ciliar, associados a rios, córregos e solos saturados. III- A Samarco é a empresa que opera o complexo de barragens na região de Mariana (MG), e suas acionistas são a
brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. IV- Não se trata de um desastre natural, mas, sim, de um desastre provocado por uma atividade econômica e, nesse caso, cabe reparação de danos, além das multas decorrentes.
a) Apenas a afirmação II estão corretas.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
c) Apenas as afirmações II e IV. d) Apenas as afirmações I e III. e) Todas as afirmativas estão
corretas.
Gabarito
TM
1-D
2-A
3-E
TC
1-C
2-E
Como a crise de refugiados
pode aparecer nos
vestibulares e Enem
O mundo vive atualmente a mais grave
crise de refugiados desde a Segunda
Guerra Mundial. A Organização das Nações
Unidas (ONU) estima que mais de 300 mil
pessoas tentaram cruzar o Mar
Mediterrâneo para chegar à Europa em
2015. A maioria dos migrantes vem da
África e do Oriente Médio, fugindo de
perseguições políticas e guerras, como a
que castiga a Síria desde 2011. Mas nem
todos conseguem chegar ao seu destino
final. A travessia é perigosa, feita em
embarcações precárias geralmente
superlotadas. Em 2015, cerca de 2,5 mil
pessoas já morreram afogadas no Mar
Mediterrâneo. Entre as vítimas está o
garoto sírio Aylan Kurdi. A imagem de seu
corpo estendido na praia turca de Bodrum
comoveu o mundo e chamou a atenção
para o drama dos refugiados.
Os países europeus têm dificuldade em
lidar com este enorme fluxo de
estrangeiros e tentam estabelecer uma
ação coordenada para receber os
refugiados. Os migrantes geralmente
aportam na Europa pela Grécia ou pela
Itália e, de lá, muitos tentam chegar à
Alemanha. O país mais próspero da União
Europeia prometeu abrigar 800 mil
refugiados em 2015, a maioria sírios. No
entanto, para chegar até a Alemanha, os
migrantes precisam atravessar diversos
países, onde nem sempre são bem
recebidos. Em nações como Hungria,
Eslovênia e Áustria, os governos resistem
em deixar que os estrangeiros cruzem as
fronteiras e dificultam sua movimentação
pelo continente, agravando a crise.
Como você pode perceber, a migração
internacional é um dos temas mais quentes
da atualidade. Na verdade, a crise que
afeta a Europa já se desenvolve há alguns
anos e tem sido explorado com alguma
frequência por vestibulares como a Fuvest
e pelo Enem. Com a exposição que ganhou
na mídia em 2015, o tema não deve passar
em branco pelos exames mais importantes
do país.
Além de se tratar de um assunto urgente, a
atual crise migratória é um fenômeno
bastante complexo, que se entrelaça com
diversas questões contemporâneas. Os
examinadores podem formular questões
que relacionem o drama dos refugiados
com alguns dos seguintes temas:
Geopolítica: A maioria dos migrantes que
chegam atualmente na Europa são sírios
que fogem da guerra. O conflito envolve
diversos interesses geopolíticos no Oriente
Médio entre os países que apoiam o
regime do ditador sírio Bashar al-Assad e as
nações que querem derrubá-lo. Além disso,
o cenário caótico na Síria e no Iraque
permitiu o fortalecimento de organizações
extremistas como o chamado Estado
Islâmico (EI).
Demografia: A taxa de natalidade em
muitos países na Europa está entre as mais
baixas do mundo, o que deve gerar
pressões demográficas no futuro. Com o
envelhecimento da população e o baixo
índice de fecundidade, a perspectiva é que,
em países como a Alemanha, haja uma
diminuição da população, o que também
afetaria o número de trabalhadores ativos
para manter a produção e sustentar a
previdência. Diante dessa perspectiva, a
chegada dos migrantes pode ajudar a
reverter a queda populacional e manter a
economia girando nos próximos anos.
Crise econômica: Muitos países europeus
ainda não se recuperaram da crise
econômica que atingiu o continente em
2008. A taxa de desemprego em países
como Grécia e Espanha supera os 20%.
Neste cenário, os migrantes são vistos
pelos setores mais xenófobos da sociedade
como concorrentes na disputa pelas
poucas vagas no mercado de trabalho.
Muitos partidos de extrema-direita vêm se
apoiando neste discurso para ganhar
eleitores insatisfeitos com a crise.
Choque cultural: A adaptação dos
migrantes muçulmanos na sociedade
europeia é outro tema relacionado à atual
crise. Na França, o uso do véu islâmico em
lugares públicos é vetado e a Suíça proíbe
os minaretes (torres no alto das mesquitas
para chamar os fieis para as orações). Sem
conseguir integrar-se entre os europeus,
muitos migrantes acabam vivendo de
forma segregada, na periferia de grandes
cidades como Paris. Além disso, o governo
de países como a Hungria resiste em
permitir o ingresso maciço de refugiados
muçulmanos, alegando que é preciso
defender as raízes e os valores cristãos da
Europa.
Globalização e tecnologia: O tema da
migração também pode ser explorado nos
vestibulares a partir da ótica da
globalização. O desenvolvimento
tecnológico permitiu avanços nos meios de
transporte e de comunicação que ajudou a
intensificar os movimentos migratórios. A
facilidade das transferências bancárias, por
exemplo, permite a um imigrante africano
que mora na Europa enviar parte de seu
salário mensalmente para ajudar os
familiares que vivem em sua terra natal.
História: Os movimentos migratórios fazem
parte da história da humanidade desde que
o homo erectus deixou a África rumo à
Europa e à Ásia há 1,8 milhão de anos. Com
as grandes navegações, nos séculos XV e
XVI, o fenômeno se intensificou e no
período entre o final do século XIX e início
do século XX ocorreu a maior migração em
massa da história. Os examinadores podem
cobrar nas provas as principais relações
entre os fluxos migratórios históricos e
atuais.
Brasil: O Brasil é uma nação formada por
imigrantes – dos portugueses, que
chegaram aqui a partir de 1500, passando
pelos africanos trazidos como mão de obra
escrava, até a onda de europeus, japoneses
e árabes que chegou ao país entre o final
do século XIX e início do século XX.
Atualmente, o país vem recebendo
imigrantes de países vizinhos como Bolívia
e Paraguai, além de africanos e haitianos.
O governo também está concedendo asilo
a milhares de sírios que chegam aqui desde
2013. Durante seus estudos, vale a pena
estabelecer comparações entre a situação
dos refugiados no Brasil e na Europa.
*Texto Fábio Sasaki
Tarefa mínima
1) (UFG-GO/2010)
Um dos principais traços da dinâmica demográfica mundial é a migração internacional, que recria conflitos espaciais de diferentes ordens. Esse tipo de migração é explicado
a) pela incorporação de valores ocidentais no Oriente e de valores orientais no Ocidente, diminuindo as fronteiras simbólicas.
b) pela facilidade do fluxo de trabalhadores condicionados pelos novos meios de comunicação e transportes.
c) pela aprendizagem de idiomas dos países ricos como forma de incorporação às novas demandas da indústria.
d) pelo livre acesso dos indivíduos no interior dos países signatários de acordos de livre comércio e cooperação.
e) pelo aumento global do desemprego, que gera miséria nas nações de baixo índice de desenvolvimento humano.
2) (UEPA) Leia o texto para responder a questão.
“As pessoas tendem a fugir quando sentem que suas vidas e comunidades estão sob risco. Assim, uma grande movimentação de
populações pode ser um sinal de alerta para a ameaça ou a concretização de um genocídio”.
United States Holocaust Memorial Museum, Washington, D.C. Os Refugiados Hoje. IN: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/ article.php. Acesso em 14/09/2013.
A partir da análise do Texto e a compreensão de como a globalização tem gerado transformações econômicas, políticas, sociais e culturais que alteram a dinâmica espacial das diferentes regiões do mundo contemporâneo, afirma-se que:
a) o sucesso moral quanto à ajuda aos judeus e a outros grupos étnicos e religiosos que já fugiam da perseguição nazista antes da Segunda Guerra e a necessidade de lidar com as muitas pessoas deslocadas, sem ter para onde retornar, após a Guerra, explicam a expansão dos campos de refugiados no atual contexto de globalização mundial.
b) a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados classifica a situação desse grupo como responsabilidade dos governos locais, daí as organizações dos direitos humanos serem desfavoráveis à determinação de políticas internacionais para resolver os problemas gerados pelos refugiados.
c)no contexto da globalização, refugiados são todas as pessoas que vivem em áreas periféricas de seus países e temem serem perseguidas por motivos étnicos, religiosos, de nacionalidade, de grupos sociais ou opiniões políticas e, por isso, temem valer-se da proteção de seu país de origem, necessitando da ajuda das organizações internacionais.
d) a quantidade e a magnitude das crises de refugiados em todo o mundo – assim como a expectativa por ajuda – geralmente são menores do que a capacidade da comunidade internacional em auxiliar, o que explica o crescente número de refugiados concentrados em diversos locais do espaço geográfico mundial.
e) sempre que as populações correm risco, existem aqueles que tentam fugir para países mais seguros, porém os problemas relativos às respostas adequadas quanto à proteção dos direitos dos refugiados, tais como lugares seguros para viver e o fornecimento de ajuda em momentos de grande desordem mundial, são sempre garantidos.
3) (UNIOESTE) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:
I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.
II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc
III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.
IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.
V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).
Assinale a opção que contem as afirmações corretas.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) IV e V.
e) V e I.
4) (Unifesp) Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, os refugiados chegaram a 9,9 milhões em meados de 2007. O país assinalado no mapa. Observe o mapa-múndi. Trata-se
a) da Síria, que abriga refugiados da Palestina e do Líbano.
b) do Paquistão, que abriga refugiados da Índia e da China
c) do Irã, que abriga refugiados do Iraque e do Afeganistão.
d) do Iraque, que abriga refugiados da Síria e do Afeganistão.
e) da Turquia, que abriga refugiados do Iraque e do Irã.
Tarefa Complementar
1) (U.E.SANTA CRUZ) Aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem hoje fora de seu país de origem. Esse número engloba tanto os que deixam sua terra natal por vontade própria e decidem viver no exterior — de forma legal ou ilegal —, quanto os refugiados. IMIGRANTES e refugiados.
Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2009. Adaptado.
Considerando-se as informações contidas no texto, é correto afirmar:
(A) O aumento da imigração ilegal da África subsaariana para a Europa está relacionado aos conflitos étnicos naquele continente e à expansão da economia europeia, registrada nos últimos cinco anos.
(B) O Brasil se tornou um país receptor de imigrantes sul-americanos devido ao bom
desempenho de sua economia e da pobreza verificada nos países emigrantes vizinhos.
(C) A China, na última década, teve a emigração vetada à população, em consequência do desenvolvimento econômico alcançado, que determinou um aumento, cada vez maior, da necessidade de mão de obra.
(D) A Austrália vem tomando duras medidas contra refugiados e imigrantes ilegais, em função da exiguidade de seu território e da concorrência no mercado de trabalho.
(E) Os Estados Unidos, nos dias atuais, devido à crise econômica, apresentam-se como o país de maior emigração do globo.
2) (UFSCAR) Leia o texto seguinte, sobre a questão das migrações internacionais e dos refugiados.
Em relação ao passado, há pelo menos três fatores que modificaram a abordagem sobre a temática dos refugiados: o fim da guerra fria, os atentados de 11 de setembro e o acirramento dos fluxos migratórios internacionais (...) A queda do Muro de Berlim reduziu as razões ideológicas que estavam na origem do compromisso de alguns países em abrigar refugiados e refugiadas. Por sua vez, os atentados das Torres Gêmeas de Nova York provocaram um endurecimento das políticas imigratórias, inclusive aos solicitantes de proteção internacional. Finalmente, a intensificação dos fluxos migratórios, além de exarcebar medos e preconceitos xenófobos, contribui para dificultar os procedimentos de determinação da condição de refugiados.
O texto faz referência à questão dos refugiados e das migrações internacionais. Sua leitura permite-nos afirmar que:
(A) a queda do muro de Berlim e o atentado das Torres Gêmeas de Nova Iorque, por terem a mesma motivação
ideológica, provocaram o endurecimento na concessão de asilo a refugiados.
(B) o compromisso de alguns países em abrigar refugiados durante a Guerra Fria decorria da orientação ideológica, por isso as concessões de abrigo ocorriam entre os países de um mesmo bloco político-ideológico.
(C) os preconceitos xenófobos contra refugiados decorrem do fato de que estes têm sido responsabilizados por ataques terroristas recentes, ocorridos em países receptores de migrantes.
(D) o aumento do fluxo migratório, baseado, sobretudo em razões de ordem econômica, fez endurecer as políticas de recepção, o que acaba se refletindo na redução de concessões de asilo a refugiados.
(E) com o fim da Guerra Fria e a redução dos conflitos armados, quase não há populações na condição de refugiados e sim migrantes econômicos que se “disfarçam” de refugiados para entrarem legalmente em outros países.
7) (UEPA) Leia o texto para responder a questão.
“As pessoas tendem a fugir quando sentem que suas vidas e comunidades estão sob risco. Assim, uma grande movimentação de populações pode ser um sinal de alerta para a ameaça ou a concretização de um genocídio”.
United States Holocaust Memorial Museum, Washington, D.C. Os Refugiados Hoje. IN: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/ article.php. Acesso em 14/09/2013.
A partir da análise do Texto e a compreensão de como a globalização tem gerado transformações econômicas, políticas, sociais e culturais que alteram a dinâmica espacial das diferentes regiões do mundo contemporâneo, afirma-se que:
(A) O sucesso moral quanto à ajuda aos judeus e a outros grupos étnicos e
religiosos que já fugiam da perseguição nazista antes da Segunda Guerra e a necessidade de lidar com as muitas pessoas deslocadas, sem ter para onde retornar, após a Guerra, explicam a expansão dos campos de refugiados no atual contexto de globalização mundial.
(B) A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados classifica a situação desse grupo como responsabilidade dos governos locais, daí as organizações dos direitos humanos serem desfavoráveis à determinação de políticas internacionais para resolver os problemas gerados pelos refugiados.
(C) No contexto da globalização, refugiados são todas as pessoas que vivem em áreas periféricas de seus países e temem serem perseguidas por motivos étnicos, religiosos, de nacionalidade, de grupos sociais ou opiniões políticas e, por isso, temem valer-se da proteção de seu país de origem, necessitando da ajuda das organizações internacionais.
(D) A quantidade e a magnitude das crises de refugiados em todo o mundo – assim como a expectativa por ajuda – geralmente são menores do que a capacidade da comunidade internacional em auxiliar, o que explica o crescente número de refugiados concentrados em diversos locais do espaço geográfico mundial.
(E) Sempre que as populações correm risco, existem aqueles que tentam fugir para países mais seguros, porém os problemas relativos às respostas adequadas quanto à proteção dos direitos dos refugiados, tais como lugares seguros para viver e o fornecimento de ajuda em momentos de grande desordem mundial, são sempre garantidos.
8) (FUVEST) Tendo em vista a dinâmica mundial dos movimentos migratórios na atualidade, qual das afirmações a seguir pode ser considerada correta?
a) As graves crises econômicas e políticas que estão ocorrendo na África, têm feito com que as fronteiras de alguns países sejam palco de afluxo de milhares de refugiados, produzindo o que podemos chamar de "fronteiras em caos".
b) A fronteira que separa a Europa do Noroeste da África mantém a mesma abertura da década de 50 e essa situação é de suma importância para o fluxo migratório em direção à Europa.
c) Na África, as migrações entre países pobres não encontram impedimentos por parte dos Estados, fato que provoca uma grande mobilidade da população em todo o território africano.
d) As migrações oriundas da região do Caribe, em direção à América do Norte, não conhecem nenhum tipo de obstáculo, fato que tem contribuído para o aumento dos fluxos migratórios.
e) As "fronteiras abertas" dos países da Europa Ocidental têm permitido o livre fluxo de imigrantes oriundos, principalmente, dos países do Caribe e da África que apresentam graves problemas econômicos.
Gabarito:
TM-
1-E
2- C
3- A
4- C
TC-
1-B
2-D
3-C
4- A
Guerra na Síria
A Guerra na Síria começou em 2011,
dentro do contexto da Primavera Árabe
quando houve uma série de protestos
contra o governo de Bashar al-Assad (1965-
).
A guerra afetou 23 milhões de pessoas nos
primeiros cinco anos e ainda não terminou.
Motivo
A Guerra na Síria foi deflagrada quando um
grupo de cidadãos se indignou com as
denúncias de corrupção reveladas pelo
WikiLeaks.
Em março de 2011 são realizados protestos
ao sul de Derra em favor da democracia. A
população revoltou-se contra a prisão de
adolescentes que escreveram palavras
revolucionárias nas paredes de uma escola.
Como resposta ao protesto, o governo
ordenou às forças de segurança que
abrissem fogo contra os manifestantes
causando várias mortes. A população
revoltou-se contra a repressão e exigiu a
renúncia do presidente Bashar al-Assad.
A região do Oriente Médio e Norte da
África era sacudida por uma onda de
protestos contra o governo que ficaram
conhecidas como Primavera Árabe.
Em alguns casos, como o da Líbia, o
dirigente máximo do país foi afastado.
Entretanto, o presidente sírio respondeu
com violência e usou o Exército para se
reprimir os manifestantes.
Por sua vez, a oposição começa a se armar
e lutar contra as forças de segurança.
Brigadas formadas por rebeldes começam
a controlar cidades, o campo e as vilas,
apoiados por países ocidentais como
Estados Unidos, França, Canadá, etc.
Milhares de pessoas deixam a Síria e se
refugiam na Turquia
Os dois lados do conflito começam a impor
o bloqueio de alimentos aos civis. Também
é interrompido ou limitado o acesso à
água. Por diversas vezes, as forças
humanitárias são impedidas de entrar na
zona de conflito.
Além disso, o Estado Islâmico aproveita a
fragilidade do país e se lança a conquistar
cidades importantes em território sírio.
Sobreviventes relatam que são impostos
duros castigos para quem não aceita suas
regras. Entre eles estão espancamentos,
estupros coletivos, execuções públicas e
mutilações.
Forças Beligerantes
É preciso entender que quatro forças
distintas atuam no conflito:
República Árabe Síria – liderados pelo
presidente Bashar al-Assad, as Forças
Armadas sírias tentam manter o presidente
no poder e enfrentam três inimigos
distintos. Tem o suporte do Iraque, Irã,
Hezbollah libanês e Rússia.
Exército Síria Livre – está formado por
vários grupos que se rebelaram contra Al-
Assad após o começo do conflito em 2011.
Recebem apoio da Turquia, Arábia Saudita
e Quatar.
Partido da União Democrática – formado
pelos curdos, este grupo armado reivindica
a autonomia do povo curdo dentro da Síria.
Desta maneira, curdos iraquianos e turcos
se envolveram nesta luta. Tanto o Exército
Síria Livre quanto os curdos recebem o
apoio de Estados Unidos, União Europeia,
Austrália, Canadá, etc. No entanto, o
presidente Barack Obama e seu sucessor,
Trump, se recusam a intervir militarmente
na região.
Estado Islâmico – seu principal objetivo é
declarar um califado na região. Apesar de
terem capturados cidades importantes
foram derrotados pelas potências
ocidentais.
Além disso, o conflito é alimentado pela
diferença sectária de sunitas e xiitas.
Números do Conflito
4,8 milhões de refugiados. A maior parte se
dirige ao Líbano, Jordânia e Turquia.
10% dos refugiados foi à Europa.
6,5 milhões de pessoas foram deslocadas
internamente.
1,2 milhão de sírios foram obrigados a
deixar suas casas somente em 2015.
70% da população não têm acesso à água
potável.
2 milhões de crianças estão fora da escola.
Antes da guerra, a população síria era de
24,5 milhões. Agora, calcula-se que seja de
17,9 milhões.
Antes de 2011, o desemprego chegava a
11% da população. Em 2016, 50% da
população estava desempregada.
A pobreza atinge 80% a população, que
não têm condições de acesso a alimentos
básicos.
A inflação dificulta o acesso aos alimentos,
o leite ficou 20 mil vezes mais caro, o pão 3
mil vezes e os ovos 6,5 mil vezes.
15 mil militares de 80 nações estão na
linha de frente do conflito.
Mais de 2 mil pessoas morreram afogadas
no Mar Mediterrâneo, tentando chegar à
Europa. Entre os mortos no mar, 30% eram
crianças.
Fonte: BBC
Tarefa Mínima
1. (UNIOESTE) Desde março de 2011,
estima-se que o conflito na Síria tenha
causado a morte de 100 mil pessoas,
segundo o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Direitos
Humanos (ACNUDH).
Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA. a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano. b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe. c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem
amplo apoio ao seu governo democrático. d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio. e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.
2. (UEL) Recentemente, o mundo
assistiu a uma série de revoltas
populares nos países árabes. A
imprensa internacional destacou o
papel das redes sociais nessas
mobilizações contra os ditadores e a
repressão dos governos sobre a
população civil.
Sobre esses conflitos, assinale a alternativa correta. a) A Jordânia viu seu rei ser deposto devido ao apoio dos países ocidentais e de Israel aos movimentos revoltosos. b) Na Tunísia, o processo revoltoso de setores populares foi sufocado por empréstimos vultosos da União Europeia. c) No Marrocos, a permanência da violência deve-se aos conflitos entre cristãos, muçulmanos e membros de religiões tribais. d) O Egito manteve Hosni Mubarak no poder devido à intervenção da Liga Árabe, com apoio norte-americano. e) O governo da Síria, apesar dos protestos internacionais, atacou os revoltosos com a anuência do Irã, da Rússia e da China.
(UFSJ) Observe o mapa abaixo.
http://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2010/07/mapa- siria.gif. (Adaptado).
Assinale a alternativa que apresenta fatos sobre a região em destaque que ocuparam os noticiários dos jornais ao longo de 2012. a) O governo de Israel apoia a formação de um governo xiita na Síria como alternativa à radicalização do terrorismo. b) Desde o começo da revolta contra o presidente Sírio Bashar al Assad, milhares de sírios se refugiaram em países vizinhos. c) China e Rússia encaminharam ao Conselho de Segurança da ONU pedido de apoio para uma intervenção militar na Síria. d)Síria,Israel,Líbano,JordâniaeIraquefazemparteda“PrimaveraÁrabe”,quese caracteriza por manifestações populares contra governos ditatoriais.
Tarefa Complementar
1. (Ufrgs 2016) Desde 2011, a Síria tem
sido palco de uma guerra civil entre o
governo de Bashar al-Assad e vários grupos
armados de oposição, com motivações
ideológicas e políticas diversas.
Entre essas agrupações, uma das principais
é o Estado Islâmico do Iraque e do Levante
(EIIL), cuja meta é
a) a formação de repúblicas democráticas e
seculares na Síria e no Iraque.
b) a instauração de um califado mundial
com autoridade sobre todos os
muçulmanos.
c) a unificação do Iraque e da Síria sob um
regime socialista e laico.
d) o auxílio às forças ocidentais no
combate ao fundamentalismo islâmico, no
Oriente Médio.
e) o apoio militar e político à ocupação
norte-americana do Iraque e da Síria.
2. De acordo com a Organização das
Nações Unidas, a população global
submetida a deslocamentos forçados
cresceu substancialmente durante os
últimos decênios, passando de 37,3
milhões para 65,3 milhões em 2015. Desse
total, os refugiados representam 16,1
milhões de pessoas, 1,7 milhão a mais que
o total registrado 12 meses antes. Mais da
metade dos atuais refugiados do mundo
(54%) procede de três países afetados por
conflitos armados. (Adaptado de Agência
da ONU para Refugiados – ACNUR –
Documento Tendencias Globales, 2015.)
Indique quais são esses três países.
a) Myanmar, Síria, Somália.
b) Afeganistão, Síria, Somália.
C) Afeganistão, Grécia, Macedônia.
d) Grécia, Macedônia, Myanmar.
Gabarito
TM
1- E
2- E
3- B
TC
1- B
2- B
ISIS – Estado Islâmico
Em 29 de agosto de 2014, o grupo
terrorista sunita Estado Islâmico (EI) – que
já foi denominado também como Estado
Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) e Estado
Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) –
anunciou que seu líder, Abu Bakr al-
Baghdadi, autoproclamou-se califa da
região situada ao noroeste do Iraque e em
parte da região central da Síria.
O título de califa era dado aos antigos
sucessores de Maomé, que possuíam
autoridade política legitimada pela religião
islâmica. O Estado Islâmico, desde então,
está sendo largamente abordado pela
mídia ocidental, sobretudo por causa de
suas ações extremas contra a população
civil da Síria e do Iraque, como estupros e
massacres de cristãos, xiitas e outras
minorias religiosas e étnicas. Além disso,
esse grupo está por trás de uma série de
ataques terroristas na Europa e em outras
partes do mundo. Um dos mais recentes
ataques aconteceu na cidade inglesa de
Manchester, no dia 22 de maio de 2017,
com saldo de 22 mortos.
Origens do Estado Islâmico
A história do grupo terrorista Estado
Islâmico está relacionada com o processo
de crise política que se desencadeou no
Iraque após a guerra iniciada em 2003. A
Guerra do Iraque ocorreu dois anos após
os atentados terroristas de 11 de setembro
de 2001, chefiados por membros da
organização Al-Qaeda, então liderada por
Osama Bin Laden. A Al-Qaeda possuía
grande espaço de atuação no território
iraquiano e em parte da Síria.
O grupo Estado Islâmico nasceu como uma
derivação da Al-Qaeda (os dois grupos
romperam relações em fevereiro de 2014)
e fundamenta-se nos mesmos princípios
dessa organização, que remontam à
ideologia pan-islâmica de Sayyid Qutb,
antigo líder da Irmandade Muçulmana. No
entanto, além da influência do
fundamentalismo de Sayyid Qutb, o EI tem
suas raízes ideológicas relacionadas com o
wahabismo.
O movimento wahabista surgiu na Arábia
Saudita no século XVIII a partir das
pregações de Muhammad ibn ‘Abd al-
Wahhab e defendia a “purificação da fé”
islâmica com o retorno de práticas do
islamismo do século VII. O principal ponto
da ideologia wahabista é a interpretação
literal dos preceitos do Corão. Hoje o
wahabismo é a raiz ideológica para grande
parte dos grupos fundamentalistas
islâmicos existentes.
Objetivos e alvos do Estado Islâmico
O objetivo principal do Estado Islâmico é
expandir o seu califado por todo o Oriente
Médio, que se pautaria pela sharia, a Lei
Islâmica interpretada a partir do Corão.
Além disso, o EI busca estabelecer
conexões na Europa e outras regiões do
mundo, com o propósito de realizar
atentados que lhe possam conferir
autoridade por meio do terror.
A concepção de Jihad, ou Guerra Santa
para o Islã, que o EI possui é a mesma de
outras organizações terroristas, como a Al-
Qaeda ou o Boko Haram: expandir o
modelo teocrático radical islâmico de
governo pelo mundo por meio dos
métodos terroristas, sobretudo contra
alvos civis.
É curiosa a grande adesão de simpatizantes
não islâmicos e, frequentemente, de
origem europeia às causas do EI. Muitos
jovens do Ocidente ofereceram-se para
integrar o grupo e servir ao seu propósito
jihadista. Recentemente, o caso que mais
chamou a atenção foi a adesão de muitos
jovens nascidos na ilha caribenha de
Trinidad e Tobago ao EI.
Esse tipo de comportamento preocupa
vários chefes de Estado de todo o mundo,
sobretudo pela possibilidade de infiltração
que tais jovens, treinados como terroristas,
possam realizar em diferentes partes do
mundo, principalmente na Europa. A
adesão de grande número de jovens pode
estar relacionada à sua marginalização na
sociedade, aliada à alienação que estão
sujeitos no contato com ideologias
fundamentalistas presentes em algumas
comunidades islâmicas.
Domínio e enfraquecimento do Estado
Islâmico
O Estado Islâmico chegou a dominar
grandes e importantes cidades iraquianas,
como Mossul, Tal Afar, Kirkuk e Tikrit. Um
grande contingente populacional migrou
dessas cidades para cidades ou vilas
vizinhas, fugindo da expansão brutal do
Estado Islâmico. Entretanto, algumas
dessas cidades foram retomadas pelo
exército iraquiano ou por outras milícias
paramilitares. Segue abaixo o status de
cada uma dessas cidades atualmente:
Mossul: atacada pelas forças iraquianas. O
EI perdeu controle sobre quase toda a
cidade, mas ainda concentra resistência em
uma zona de Mossul. A resistência do
grupo pode estar prestes a ser derrotada;
Tal Afar: dominada pelo EI;
Kirkuk: controlada pelos curdos desde
março de 2017;
Tikrit: controlada por um grupo paramilitar
xiita, conhecido como Rede Khazali.
Atualmente, estima-se que o EI tenha
perdido cerca de 14% do território que
controlava ao final de 2015. Tanto forças
iraquianas e sírias quanto outras milícias
têm, aos poucos, retomado territórios
desse grupo. Além disso, há a atuação
estrangeira na luta contra o EI, como a
coalizão liderada pelos EUA, que, desde
2014, conduziram mais de 11 mil ataques
aéreos contra o grupo no Iraque e mais de
9 mil ataques aéreos na Síria|1|.
O enfraquecimento do Estado Islâmico
também afetou as suas formas de
financiamento. Acredita-se que o EI tenha
sofrido um empobrecimento em relação a
2014 e 2015, porém, o orçamento desse
grupo terrorista ainda está acima de dois
bilhões de dólares, obtidos,
principalmente, a partir da venda de
petróleo|2|.
Fonte: historiadomundo.uol.br
Tarefa Mínima 1- (FALM) “O terrorismo é o grande assunto do momento. Ele afetou as bolsas de valores e as perspectivas de crescimento das economias, a começar pela norte-americana - a mais poderosa do globo - e vem suscitando uma série de discussões sobre como evitá-lo, com algumas propostas que, se adotadas, vão certamente alterar algumas de nossas rotinas do dia a dia. E também a ordenação geopolítica mundial começa a sofrer significativas modificações em função do desenrolar dos acontecimentos, em especial da luta contra o terrorismo”.
VESENTINI, José William. Terrorismo e Nova Ordem Mundial, 2002.
O terrorismo, assim, é uma ação desesperada e violenta, feita por grupos (ou eventualmente por um indivíduo) que almejam determinados ideais. De acordo com as alternativas abaixo, assinale qual NÃO corresponde aos ideais terroristas. a) Mudar alguma coisa na vida política e social, derrubar um regime, lutar contra uma potência colonialista ou imperialista. b) Lutar pela união dos povos, com objetivos de liberdade mundial, evitando atingir inocentes. c) Alterar radicalmente os valores de uma sociedade. d) Alcançar uma independência nacional ou controlar um território. e) Semear o pânico, desestabilizar as instituições e com isso suscitar mudanças radicais.
2- A pretensão do Islã de criar Estados islâmicos e tornar-se uma nova força mundial, exigindo uma unidade entre religião e política nos países por ele governados, pode ser designada como b) fundamentalismo. e) laicização. a) racionalismo. d) modernismo. c) positivismo.
3- O Estado Islâmico aspira tomar o controle de muitas regiões de maioria islâmica, a começar
pelo território da região do Levante, que inclui, exceto: a) Jordânia b) Israel c) Palestina d) Irã e) Líbano
4. O Estado Islâmico: a) é um grupo jihadista no Oriente Médio b) é um Estado da província da Turquia c) é um grupo cristão de Israel d) é um grupo muçulmano do Líbano e) é um grupo terrorista do Ocidente
5 Leia: I. O Estado Islâmico tem atualmente ligações estreitas com a Al-Qaeda. II. Aqueles que se recusam a seguir a religião do Estado Islâmico podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte. III. O Estado Islâmico cresceu significativamente pela sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. a) apenas a I está correta b) a I e a II estão corretas c) a I, a II e a III estão corretas d) a II e a III estão corretas e) Nenhuma está correta.
Gabarito:
TM
1-B
2-A
3-D
4-A
5-D
Tarefa Complementar
Assistir o documentário: O financiamento do Estado Islâmico (nº18)
BREXIT
Ao virar as costas para a UE, os britânicos
anunciam que a participação no maior
bloco econômico do planeta não lhes traz
benefícios, em um sonoro “não” ao
processo de globalização. Por trás da
decisão dos britânicos está a insatisfação
com os mecanismos de integração da UE,
que, segundo seus críticos, impõem
restrições à autonomia e ferem a soberania
das nações. Os eurocéticos britânicos são
contra a imigração por achar que os
estrangeiros representam uma
concorrência em um mercado de trabalho
saturado. E questionam os repasses
financeiros que os países-membros devem
fazer à UE. Por isso, não surpreende que o
perfil demográfico dos britânicos que
votaram a favor do Brexit seja bem
parecido com o dos eleitores de Trump. Ou
seja, de modo geral, trata-se de cidadãos
britânicos mais velhos, do sexo masculino,
sem nível superior e de renda média.
Entre operários e desempregados, o voto
também foi majoritariamente pela saída do
bloco – novamente, extratos da população
mais afetados pela crise econômica (veja
infográfico acima).
Eleitores do Brexit criticam a União
=Europeia por impor restrições à
autonomia do Reino Unido Interessante
também é notar como a distribuição do
voto variou geograficamente. O Reino
Unido é composto de quatro unidades
políticas. Na Inglaterra e no País de Gales
prevaleceram o voto pelo Brexit. Já a
Escócia e a Irlanda do Norte votaram
expressivamente a favor da permanência
na UE. Esse resultado expôs a forte divisão
política no país. Desapontado com o Brexit,
o governolocal da Escócia cogita realizar
um novo plebiscito, desta vez para decidir
se deve permanecer ou deixar o Reino
Unido. Em 2014, os escoceses já haviam
ido às urnas e decidiram ficar no Reino
Unido. Mas, desta vez, a insatisfação com a
saída da União Europeia pode estimular
uma debandada escocesa.
Logo após o plebiscito, o primeiro ministro
conservador David Cameron, que fez
campanha pela permanência na UE,
renunciou e foi substituído pela ex-ministra
do Interior, Theresa May, que ficou
responsável por encaminha a retirada do
bloco. O início da separação está previsto
para março, quando o Reino Unido deverá
acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa da
UE, dando início formal à saída. De acordo
com as regras do bloco, o processo deve
durar até dois anos.
Não por acaso, Trump comparou sua
vitória ao Brexit, por terem o mesmo
sentido de defesa nacionalista dos
interesses do país. Num primeiro
momento, tanto no Reino Unido quanto
nos EUA, os eleitores responsáveis pelos
resultados surpreendentes foram
considerados xenófobos, racistas ou
simplesmente ignorantes. Mas há também
algo mais profundo: um recado do homem
comum, que não se vê representado pelos
políticos e instituições atuais. São pessoas
que acham que há algo de errado na
globalização, e deixaram isso evidente por
meio de seu voto.
Fonte: Guia do estudante
Tarefa Mínima 1- “Em 23 de junho de 2016, os cidadãos do Reino Unido votaram sobre a permanência ou a saída do país da União Europeia. Na madrugada do dia seguinte, o Brexit foi confirmado. Isto se tornou algo inédito na UE, que até agora falava de um maior alargamento. Várias podem ser as reações internacionais e nacionais desse processo.” (Disponível em: https://br.sputniknews.com/trend/brexit_2016/.) Dentre as principais consequências do Brexit, tanto para a Inglaterra quanto para a Europa, está: a) A separação política entre a Inglaterra, Reino Unido, Escócia e Irlanda, devido à discordância dessas nações com o Brexit. b) O endurecimento da política de imigração inglesa. Com a saída da UE aumentariam as barreiras migratórias. c) O fim do conflito entre Inglaterra e Alemanha, gerado pela disputa dessas duas nações pela hegemonia entre os países membros da União. d)A volta, na Inglaterra, do uso da Libra Esterlina, moeda tradicional, substituída
pelo euro no período em que a Inglaterra fazia parte da União Europeia.
2- Em plebiscito histórico, os britânicos
decidem deixar a União Europeia, abrindo
um período de incertezas para o país e
para o maior bloco econômico do planeta.
O resultado final foi apertado, com uma
diferença de menos de 4% em favor do
Brexit, uma contração das palavras
“Britain” e “exit”, algo como “saída
britânica” em inglês. Sobre a conjuntura
atual da União Europeia e a saída britânica
do bloco é CORRETO afirmar que:
a) A saída de um país membro do bloco
não é um fato inédito, já tendo ocorrido
com a Sérvia em um processo de ruptura
que durou dois anos.
b) Com a saída britânica o bloco passará a
contar com 27 países, dos quais 8
compondo a zona do Euro, ou seja,
compartilhando a moeda única.
c)Para os partidários da saída do Reino
Unido os imigrantes representam uma
concorrência em um mercado de trabalho
saturado.
d)Os eurocéticos, composto basicamente
por líderes sindicais e demais movimentos
sociais, configuraram o principal grupo de
oposição ao Brexit.
3- “Do ponto de vista internacional, a integração europeia, tão desacreditada no início, acabou servindo de exemplo para o resto do mundo. Com o seu sucesso, associações semelhantes – pelo menos em parte, pois em nenhum outro lugar a unificação avançou tanto quanto na Europa – surgiram em vários continentes: o Nafta, na América do Norte; o Mercosul, na América do Sul; a Apec, na Ásia e no Pacífico, etc. O processo de unificação europeia mostrou ao mundo a importância de associações desse tipo”.
Vesentini, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012. p.372.
O sucesso da União Europeia em níveis de integração mencionado pelo autor deve-se ao fato de esse bloco econômico, diferentemente dos demais, apresentar:
a) uma política alfandegária que permite a redução ou isenção de impostos sobre produtos negociados entre os países-membros.
b) uma Tarifa Externa Comum, que representa a coesão do bloco em taxar os produtos advindos de outras regiões do mundo.
c) a livre circulação de pessoas, capitais e mercadorias entre os países-membros, demonstrando o elevado grau de unificação que os países europeus conseguiram alcançar.
d) uma política de controle produtivo, em que as empresas – em maioria estatais – são fortemente controladas pelas ações do Estado Europeu.
Tarefa Complementar
1- As origens da oposição dos britânicos à União Europeia (UE), que estão na justificativa do Brexit, remontam ao fato de que, historicamente, eles nunca abraçaram uma identidade europeia. O Brexit representa um duro golpe ao projeto de integração europeu cujas origens datam do pós Segunda Guerra Mundial. BBC Brasil, junho de 2016. Adaptado.
a) Aponte e explique o contexto geopolítico relacionado à origem do projeto de integração europeia.
b) Aponte um motivo de ordem econômica e outro de ordem social relacionados ao interesse dos britânicos na saída da UE.
Gabarito
TM
1-B
2-C
3-C
TC
1- a) O contexto geopolítico é entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, momento em que a Europa necessitava de um projeto de integração para que pudesse se reconstruir mais rapidamente. Podemos citar também a pretensão de se integrar devido à ascensão dos EUA e da URSS e a diminuição das rivalidades nacionais para se evitar uma terceira guerra mundial.
b) Os britânicos aprovaram em referendo a saída do Reino Unido da União Europeia com o objetivo de diminuir a interferência de Bruxelas (sede da organização) nas políticas econô- micas britânicas. Com relação ao fator de ordem social, a população atribuía o aumento do desemprego e a queda do padrão de vida local ao crescimento da entrada e permanência de estrangeiros.
Notícias falsas e pós-verdade: o
mundo das fake news e da
(des)informação
Notícias falsas sempre existiram, não é
mesmo? Principalmente no ramo da
política, onde não é novidade um
candidato plantar uma informação sobre
seu adversário para que ele perca votos ou
que boatos sobre a vida privada dessas
figuras sejam espalhados. Historicamente,
diversas fake news foram disseminadas
com determinados objetivos. Mas fiquem
tranquilos, não estamos deduzindo isso:
tiramos essa informação de uma entrevista
do historiador Robert Darnton para a Folha
de São Paulo.
O historiador Robert Darnton, que
é professor emérito da Universidade
Harvard , conta que as notícias falsas são
relatadas pelo menos desde a Idade
Antiga, do século 6: “Procópio foi um
historiador bizantino do século 6 famoso
por escrever a história do império de
Justiniano. Mas ele também escreveu um
texto secreto, chamado “Anekdota”, e ali
ele espalhou “fake news”, arruinando
completamente a reputação do imperador
Justiniano e de outros. Era bem similar ao
que aconteceu na campanha eleitoral
americana”, diz Robert Darnton ao jornal
Folha de São Paulo.
Notícias que aparentam ser verdadeiras,
que em algum grau poderiam ser verdade
ou que remontam situações para tentar se
mostrar confiáveis: isso são as fake
news que vemos atualmente. Por isso há
de ser ter cuidado: as notícias falsas não
são apenas aquelas extremamente
irônicas, que têm o intuito de serem
engraçadas e provocar o leitor. As notícias
falsas atualmente buscam disseminar
boatos e inverdades com informações que
não estão 100% corretas sobre pessoas,
partidos políticos, países, políticas
públicas… Elas não vão aparentar ser
mentira, ainda mais se nós acreditamos
que elas podem ser verdadeiras – mas não
são.
Pós-verdade foi eleita a palavra do ano em
2016 pelo Dicionário Oxford. De acordo
com o Dicionário Oxford, pós-verdade
é: um adjetivo “que se relaciona ou denota
circunstâncias nas quais fatos objetivos
têm menos influência em moldar a opinião
pública do que apelos à emoção e crenças
pessoais”. Um mundo com a pós-verdade é
uma realidade em que acreditar, ter crença
e fé de que algo é verdade é mais
importante do que isso ser um fato
realmente.
A explicação da palavra pós-verdade de
acordo com o Oxford é de que o composto
do prefixo “pós” não se refere apenas ao
tempo seguinte a alguma situação ou
evento – como pós-guerra, por exemplo –,
mas sim a “pertencer a um momento em
que o conceito específico se tornou
irrelevante ou não é mais importante”.
Neste caso, a verdade. Portanto, pós-
verdade se refere ao momento em que a
verdade já não é mais importante como já
foi.
O termo pós-verdade já existe desde a
última década, mas as avaliações do
Dicionário Oxford perceberam um pico de
uso da palavra exatamente no ano de
2016, no contexto do referendo de saída
do Reino Unido da União Europeia – o
Brexit – e das eleições estadunidenses.
Além disso, é bastante usado com o termo
política depois, então, pós-verdade
política. Seu uso foi destacado durante
esses eventos pois diversas notícias falsas
foram publicadas em sites na internet, em
páginas de Facebook, vídeos no Youtube e
o público as absorveu como verdadeiras
exatamente porque gostariam que fossem
verdadeiras.
Dois acontecimentos que tiveram
relevância internacional em 2016 foram o
Brexit – saída do Reino Unido da União
Europeia – e as eleições presidenciais
estadunidenses. Além de serem os
principais motivos do crescente uso da
palavra pós-verdade, também foram onde
o próprio fenômeno das notícias falsas foi
muito intenso.
Em se tratando de política e da polarização
ideológica generalizada, as notícias falsas
foram usadas para causar tumulto e
reforçar posicionamentos – ou mesmo,
acentuá-los. No caso do Brexit e das
eleições, os nervos estavam ainda mais à
flor da pele por serem assuntos
determinantes ao futuro daqueles países.
Há de se considerar também que as redes
sociais e seus algoritmos formam bolhas
sociais – e também ideológicas. Esses
algoritmos reúnem no seu painel de
notícias do Facebook, por exemplo, as
pessoas com que você mais interage e os
assuntos mais pertinentes ao que você
publica ou curte, assim como notícias,
reportagens, vídeos e histórias sobre
posicionamentos que você já endossa,
também politicamente. O algoritmo,
portanto, não dá lugar ao contraditório. A
sua visão de mundo é confirmada
repetidamente e, se um amigo seu
compartilha uma “notícia”, mesmo que
falsa, você pode acreditar. Esse fenômeno
une a notícia falsa à pós-verdade e foi um
episódio recorrente no Reino Unido e nos
Estados Unidos em 2016.
Em 2016, 33 das 50 notícias falsas mais
disseminadas no Facebook eram sobre a
política nos Estados Unidos, muitas delas
envolvendo as eleições e os candidatos à
presidência. Durante a campanha
presidencial, notícias falsas foram
espalhadas sobre os dois candidatos: o
republicano Donald Trump – depois eleito
– e a democrata Hillary Clinton. No
monitoramento de 115 notícias falsas pró-
Trump e 41 pró-Hillary, os economistas
Hunt Allcott e Matthew Gentzkow
concluíram que as postagens pró-Trump
foram compartilhadas 30 milhões de vezes,
enquanto as pró-Hillary 8 milhões.
Sobre Trump, a “notícia” de que o Papa
Francisco havia apoiado sua candidatura e
lançado um memorando a respeito foi a
segunda maior notícia falsa sobre política
mais republicada, comentada e a qual as
pessoas reagiram no Facebook em 2016.
Outra notícia falsa, diretamente
relacionada com Trump, afirmava que ele
oferecia uma passagem de ida à África e ao
México para quem queria sair dos Estados
Unidos – a postagem obteve 802 mil
interações no Facebook. Quando à Hillary
Clinton, uma notícia falsa com alta
interação no Facebook – 567 mil – foi de
que um agente do FBI (órgão de
investigação federal) que trabalhava no
caso do vazamento de e-mails da candidata
foi supostamente achado morto por causa
de um possível suicídio.
Quanto ao Brexit, houve diversas
informações truncadas disseminadas pela
campanha Vote Leave – em tradução livre,
“vote para sair” – para a saída do Reino
Unido da União Europeia. As questões
envolviam principalmente as políticas de
imigração da UE e questões econômicas.
O jornal The Independentreporta que um
dos líderes da campanha pelo Brexit
afirmou que mais 5 milhões de imigrantes
iriam ao Reino Unido até 2030 por conta
de uma licença dada a 88 milhões de
pessoas para viver e trabalhar lá – uma
informação que não tem fundo de
verdade. Um dos pôsteres da campanha
clamava: “Turquia (população de 76
milhões) está entrando na UE” – quando,
na verdade, o pedido de entrada na UE
pela Turquia é antigo e não mostra sinal de
evolução.
Para as eleições de 2018, não se acredita
que as notícias falsas poderão de
fato mudar o resultado da eleição, como
discutido num evento da Revista ÉPOCA.
Mas é claro que os boatos enfraquecem e
distraem a população do assunto que
realmente importa: os planos de governo,
as ideias de políticas públicas, o modelo de
gestão… Essa questão é tão latente que até
órgãos de defesa do governo federal, como
o Ministério da Defesa e a Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), junto ao
Tribunal Superior Eleitoral, preparam uma
força-tarefa para combater as notícias
falsas no período eleitoral em 2018.
Em um estudo da USP sobre as “Eleições
2018 – Perspectivas da comunicação
organizacional”, conclui-se que metade das
empresas brasileiras não acredita que a
imprensa está preparada para a cobertura
das eleições de 2018. Por outro lado, a
metade que acredita na capacidade da
imprensa de cobrir as eleições do ano que
vem o faz porque enxerga competência e
tradição da mídia brasileira nesse tipo de
cobertura.
7 tipos de notícias falsas que podemos
identificar
Para sanar o primeiro item é
identificar que tipo de conteúdos estão
sendo criados e compartilhados, a
jornalista Claire Wandle criou uma lista de
7 tipos de notícias falsas que podemos
identificar e combater nas redes:
1. Sátira ou paródia: sem intenção
de causar mal, mas tem potencial de
enganar;
2. Falsa conexão: quando
manchetes, imagens ou legendas dão
falsas dicas do que é o conteúdo
realmente;
3. Conteúdo enganoso: uso
enganoso de uma informação para
usá-la contra um assunto ou uma
pessoa;
4. Falso contexto: quando um
conteúdo genuíno é compartilhado
com um contexto falso;
5. Conteúdo impostor: quando
fontes (pessoas, organizações,
entidades) têm seus nomes usados,
mas com afirmações que não são
suas;
6. Conteúdo manipulado: quando
uma informação ou ideia verdadeira é
manipulada para enganar o público;
7. Conteúdo fabricado: feito do
zero, é 100% falso e construído com
intuito de desinformar o público e
causar algum mal.
Dicas para verificar se uma notícia é ou
não falsa
A Federação Internacional das Associações
e Instituições de bibliotecária
(IFLA) publicou dicas para ajudar as
pessoas a identificarem notícias falas. Elas
são:
Considere a fonte da
informação: tente entender sua missão
e propósito olhando para outras
publicações do site;
Leia além do título: títulos
chamam atenção, mas não contam a
história completa;
Cheque os autores: verifique se
eles realmente existem e são
confiáveis;
Procure fontes de apoio: ache
outras fontes que confirmem as
notícias;
Cheque a data da publicação: veja
se a história ainda é relevante e está
atualizada;
Questione se é uma piada: o texto
pode ser uma sátira;
Revise seus preconceitos: seus
ideais podem estar afetando seu
julgamento;
Consulte especialistas: procure
uma confirmação de pessoas
independentes com conhecimento;
Fonte: politize.com.br
Tarefa Mínima
1- “A tecnologia não é apenas um canal
para se comunicar, cuja comunicação traz
o significado de ação recíproca que ocorre entre emissor e receptor da mensagem, mas sim faz parte do ato comunicativo, estando integrada a ele. É uma nova maneira de aprender e agir, é construir novos alicerces na forma de comunicar e conhecer. Com isso, a lógica da atual sociedade consolida-se para a lógica das redes”.
FORESTI, A. A era digital: apropriação tecnológica e inclusão digital. Oficina da Net, ago. 2013. Disponível em: <http://www.oficinadanet.com.br>. Acesso em: 12 jun. 2015.
A integração da tenologia com a construção das sociedades e do espaço geográfico, no momento atual da história, assinala o conceito de:
a) espaço digital
b) espacialidade em rede
c) territórios virtuais
d) meio técnico-científico informacional
e) espaço físico-virtual
2- (UNEB) O século XX passou para a
História como um dos mais importantes
no processo de desenvolvimento dos
meios de comunicação e de
informação. A “revolução” ocorrida foi
extraordinária, sem precedentes, e
mudou radicalmente o estilo de vida
das pessoas.
Em relação aos efeitos desse fenômeno, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) O exercício da liberdade, as ações sociais e as atividades comerciais se modificaram de forma homogênea nos continentes. ( ) O sistema de comunicação se tornou um valioso instrumento político.
( ) O Estado, que, inicialmente, via a internet como um “templo para amadores”, passou a considerá-la um serviço de utilidade pública. ( ) A importância e a diversificação dos meios de comunicação impuseram uma única legislação, dirigida aos crimes virtuais, para todos os países. ( ) A banalização da violência, na sociedade atual, se constitui uma das consequências do “mundo de fantasia” criado pela televisão. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a A) FVFVV B) FVVFV C) VFVFF D) FFVFV E) VFFVF
3- (ACAFE) Assinale a alternativa correta.
a) As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) aumentaram exponencialmente a quantidade de informação ao mesmo tempo em que não significou aumento do conhecimento. b) As redes sociais, como o facebook, possibilitam a aproximação das pessoas, eliminando, assim, o isolamento que estas teriam sem a presença dessas redes. c) O desenvolvimento tecnológico pouco alterou a relação das sociedades com seus espaços geográficos. d) A produção de bens materiais pela atividade industrial sofreu alteração com as novas tecnologias, mas não alterou a relação de trabalho.
4- (UFAM) “Como dispositivo de
múltiplos usos, o telefone celular tem
servido cada vez mais de suporte para
convergência de mídia, potencialidade
que o tem tornado alvo de
investimentos por parte da indústria.
Há previsões de que, em 2020, os
dispositivos móveis serão o maior meio
de acesso à internet.”
(RODRIGUES, Carla. Revista Galáxia, São Paulo,
n. 20, 2010).
O contexto da citação acima se refere a uma das principais características do:
a) Capitalismo industrial. b) Capitalismo financeiro. c) Capitalismo informacional. d) Capitalismo comercial. e) Capitalismo da exploração.
Tarefa Complementar –
Assistir: O mercado de notícias (Nº12)
Assistir: Wikileaks (Nº25)
Gabarito
TM 1-D
2-B
3-A
4-C
Atlas da Violência 2017
mapeia os homicídios no
Brasil
Estudo realizado pelo Ipea e pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública mostra que
jovens e negros são as principais vítimas de
violência no país
O Brasil registrou, em 2015, 59.080
homicídios. Isso significa 28,9 mortes a
cada 100 mil habitantes. Os números
representam uma mudança de patamar
nesse indicador em relação a 2005, quando
ocorreram 48.136 homicídios. As
informações estão no Atlas da Violência
2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) em parceria
com o Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (FBSP). O estudo analisa os
números e as taxas de homicídio no país
entre 2005 e 2015 e detalha os dados por
regiões, Unidades da Federação e
municípios com mais de 100 mil
habitantes. Apenas 2% dos municípios
brasileiros (111) respondiam, em 2015, por
metade dos casos de homicídio no país, e
10% dos municípios (557) concentraram
76,5% do total de mortes.
Os estados que apresentaram crescimento
superior a 100% nas taxas de homicídio no
período analisado estão localizados nas
regiões Norte e Nordeste. O destaque é o
Rio Grande do Norte, com um crescimento
de 232%. Em 2005, a taxa de homicídios no
estado era de 13,5 para cada 100 mil
habitantes. Em 2015, esse número passou
para 44,9. Em seguida estão Sergipe
(134,7%) e Maranhão (130,5). Pernambuco
e Espírito Santo, por sua vez, reduziram a
taxa de homicídios em 20% e 21,5%,
respectivamente. Porém, as reduções mais
significativas ficaram em estados do
Sudeste: em São Paulo, a taxa caiu 44,3%
(de 21,9 para 12,2), e, no Rio de Janeiro,
36,4% (de 48,2 para 30,6).
Houve um aumento no número de
Unidades da Federação que diminuíram a
taxa de homicídios depois de 2010.
Especificamente nesse período, as maiores
quedas ocorreram no Espírito Santo
(27,6%), Paraná (23,4%) e Alagoas (21,8%).
No sentido contrário, houve crescimento
intenso das taxas entre 2010 e 2015 nos
estados de Sergipe (77,7%), Rio Grande do
Norte (75,5%), Piauí (54,0%) e Maranhão
(52,8%). A pesquisa também aponta uma
difusão dos homicídios para municípios do
interior do país.
Municípios mais pacíficos e mais violentos
O Atlas da Violência 2017 analisou dados
do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde,
referentes ao intervalo de 2005 a 2015, e
utilizou também informações dos registros
policiais publicadas no 10º Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, do FBSP.
Para listar os 30 municípios
potencialmente mais violentos e menos
violentos do Brasil em 2015, o estudo
considerou as mortes por agressão
(homicídio) e as mortes violentas por causa
indeterminada (MVCI).
Altamira, no Pará, lidera a relação dos
municípios mais violentos, com uma taxa
de homicídio somada a MVCI de 107. Em
seguida, aparecem Lauro de Freitas, na
Bahia (97,7); Nossa Senhora do Socorro,
em Sergipe (96,4); São José de Ribamar, no
Maranhão (96,4); e Simões Filho, também
na Bahia (92,3). As regiões Norte e
Nordeste somam 22 municípios no ranking
dos 30 mais violentos em 2015.
Entre os 30 mais pacíficos, 24 são
municípios da região Sudeste. No entanto,
os dois primeiros da lista ficam em Santa
Catarina: Jaraguá do Sul (3,7) e Brusque
(4,1). Em seguida, aparecem Americana
(4,8) e Jaú (6,3), ambos em São Paulo,
Araxá, em Minas Gerais (6,8), e Botucatu
(7,2), também em São Paulo. A lista
completa dos 30 municípios mais e menos
violentos está nas tabelas 2.1 e 2.2 da
pesquisa.
A análise isolada das taxas de homicídio
pode ocultar o verdadeiro nível de
agressão letal por terceiros em um
município. Exemplo disso é Barreiras (BA),
onde foi registrado apenas um homicídio
em 2015. Isso colocaria a cidade entre as
mais pacíficas do país. No entanto,
ocorreram em Barreiras, naquele ano, 119
MVCI, uma taxa de 77,3 por 100 mil
habitantes, o que eleva o município para a
relação dos municípios mais violentos.
Perfil das vítimas
Mais de 318 mil jovens foram assassinados
no Brasil entre 2005 e 2015. Apenas em
2015, foram 31.264 homicídios de pessoas
com idade entre 15 e 29 anos, uma
redução de 3,3% na taxa em relação a
2014. No que diz respeito às Unidades da
Federação, é possível notar uma grande
disparidade: enquanto em São Paulo houve
uma redução de 49,4%, nesses onze anos,
no Rio Grande do Norte o aumento da taxa
de homicídios de jovens foi de 292,3%.
Os homens jovens continuam sendo as
principais vítimas: mais de 92% dos
homicídios acometem essa parcela da
população. Em Alagoas e Sergipe a taxa de
homicídios de homens jovens atingiu,
respectivamente, 233 e 230,4 mortes por
100 mil homens jovens em 2015.
A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil,
71 são negras. De acordo com informações
do Atlas, os negros possuem chances
23,5% maiores de serem assassinados em
relação a brasileiros de outras raças, já
descontado o efeito da idade,
escolaridade, do sexo, estado civil e bairro
de residência.
Os dados sobre mortes decorrentes de
intervenção policial apresentam duas
variações: as analisadas por números do
SIM na categoria “intervenções legais e
operações de guerra” (942) e os números
reunidos pelo FBSP (3.320) em todo o país.
Os estados que mais registraram
homicídios desse tipo pelo SIM em 2015
foram Rio de Janeiro (281), São Paulo (277)
e Bahia (225). Pelos dados do FBSP, foram
registrados em São Paulo 848 mortes
decorrentes de intervenção policial, 645 no
Rio de Janeiro 645 e 299 na Bahia.
Violência contra a mulher
Em apenas uma semana, três casos de
crimes passionais tendo como vítimas
mulheres foram registrados na Baixada
Santista. Dois deles, um em Praia Grande e
outro em Bertioga, resultaram na morte
das vítimas. Já em Santos, uma doméstica
sobreviveu ao ataque do ex-marido, que a
esfaqueou na garganta.
As histórias em um período tão curto de
tempo reacendem a necessidade de mais
debates sobre o tema, uma vez que os
índices de violência contra a mulher,
mesmo com a criação das leis do
Feminicídio, em 2015, e Maria da Penha,
há dez anos, para punir os autores da
violência no ambiente familiar, ainda são
alarmantes no País.
Para se ter uma ideia, pelo menos sete
mulheres morrem todos os dias vítimas de
violência no Brasil, estatística que coloca o
País em quinto lugar no ranking entre os
que mais cometem feminicídio no mundo.
Um número altíssimo, mas ainda assim
ignorado.
Mesmo com alguns avanços na legislação e
com o maior esclarecimento da sociedade
a respeito do assunto, ainda há desafios,
como o atendimento especializado às
vítimas, ainda muito deficitário, e a
necessidade de aumentar a
conscientização sobre o que é violência
doméstica.
Integrante do Núcleo de Estudos de
Gênero da Unicamp e do Núcleo de
Estudos sobre Marcadores Sociais da
Diferença da USP, a antropóloga Isabela
Venturoza colabora desde 2013 com a
ONG Coletivo Feminista Sexualidade e
Saúde, onde, recentemente, também
conduziu um estudo analisando as
narrativas de homens denunciados por
crimes previstos na Lei Maria da Penha.
No levantamento, a antropóloga destaca
duas conclusões: há uma diversidade de
perfis de homens denunciados por
violência contra a mulher e os conflitos
relatados, muitas vezes, se originam de
situações em que as mulheres não estavam
em conformidade com o que era esperado
“de uma boa mulher”, o que geralmente se
relaciona ao cuidado do lar e a questões
ligadas à “moralidade sexual”.
Para o estudo, Isabela acompanhou por
dois anos grupos reflexivos de gênero, com
homens denunciados por violência
doméstica e familiar contra a mulher,
encaminhados à ONG pela Vara Central de
Violência Doméstica e Familiar da Capital.
Nos encontros, que duram 16 semanas, os
denunciados discutem suas histórias e
questões relacionadas à masculinidade.
“Certamente, 16 semanas é um período
muito curto para desconstruir décadas e
décadas de socialização machista. Por isso,
a urgência de realizar um trabalho com
homens, como política pública, de maneira
mais ampla”, comenta Isabela.
Segundo a antropóloga, é preciso que
pensemos além dos homens denunciados.
“Aqueles que são denunciados são apenas
uma parcela (que já é assustadora) de uma
masculinidade calcada em modelos
violentos. Não estamos lidando com um
problema individual, baseado no caráter do
indivíduo ou em patologias. Estamos
tratando de uma questão social, histórica,
um problema que passa a existir lá no
comecinho, quando você ensina às
meninas o cuidado e a fragilidade, e aos
meninos, a dureza e a virilidade”.
Homem o agressor
Mais de 90% dos estupros, no Brasil, são
cometidos por homens. As mulheres
citadas não chegam a 2%. Esse dado
merece uma explicação histórica mais
detalhada, que foi publicada no mesmo
estudo do Ipea.
"A violência de gênero é um reflexo direto
da ideologia patriarcal, que demarca
explicitamente os papéis e as relações de
poder entre homens e mulheres. Como
subproduto do patriarcalismo, a cultura do
machismo, disseminada muitas vezes de
forma implícita ou sub-reptícia, coloca a
mulher como objeto de desejo e de
propriedade do homem, o que termina
legitimando e alimentando diversos tipos
de violência, entre os quais o estupro",
escrevem Daniel Cerqueira e Danilo de
Santa Cruz Coelho.
"Isto se dá por dois caminhos: pela
imputação da culpa pelo ato à própria
vítima (ao mesmo tempo em que coloca o
algoz como vítima); e pela reprodução da
estrutura e simbolismo de gênero dentro
do
próprio Sistema de Justiça Criminal, que
vitimiza duplamente a mulher.",
concluíram.
FONTE: IPEA
Tarefa Mínima
1- Desde que foi criada, em 2006, a Lei
Maria da Penha tem sido reconhecida
pela maioria dos brasileiros como
importante instrumento de punição aos
homens que agem com violência contra
as companheiras.
A lei também prevê programas que visam
à reabilitação e reeducação do agressor,
tendo como objetivos, EXCETO:
a) estimular o rompimento do ciclo
de violência;
b) prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher;
c) fomentar a responsabilização da
mulher pela violência;
d) contribuir para a equidade de
gênero;
e) refletir sobre a ideologia patriarcal
e as relações de poder.
2- (ENEM-2017)
Campanhas publicitárias podem evidenciar
problemas sociais. O Cartaz tem como
finalidade
a) alertar os homens agressores sobre as
consequências de seus atos,
b) conscientizar a população sobre a
necessidade de denunciar a violência
doméstica.
c) instruir as mulheres sobre o que fazer
em casos de agressão.
d) despertar nas crianças a capacidade de
reconhecer atos de violência doméstica.
e) exigir das autoridades ações preventivas
contra a violência doméstica.
3. Mais do que um problema relacionado à
raça, o homicídio no Brasil sempre se
caracterizou por ser um tipo de crime
vinculado ao território. Nas últimas
décadas, as principais vítimas e autores de
assassinatos foram homens, jovens,
moradores de bairros com pouca
infraestrutura urbana dos grandes centros
metropolitanos. Eles mataram e morreram
por viverem em locais com grande
quantidade de armas, marcados pela
desordem. São territórios com frágil
presença policial, vulneráveis à ação
daqueles que estão dispostos a tentar
exercer o domínio pela violência.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr
esso,homicidio-e-um-crime-territorial-e-
nao-esta-vinculado-a-racas, 531604,0.htm.
Acesso em 15/01/2014.
A afirmação que é coerente com a situação
da violência homicida no Brasil e com o
texto acima, de autoria do jornalista Bruno
Paes Manso, é:
a) Nos grandes centros
metropolitanos, a violência
homicida afeta indistintamente a
população negra e branca, já que
se trata apenas de um problema
geográfico e não racial.
b) A presença policial, mesmo que
frágil, garante a redução da
violência homicida, já que impõe
ordem aos territórios violentos e
com pouca infraestrutura urbana.
c) Territórios segregados e
desintegrados do conjunto da
cidade, habitados normalmente
por populações de baixa renda, são
ambientes onde as pessoas são
mais suscetíveis ao risco da
violência homicida.
d) Embora sua influência deva ser
considerada, a ausência de
infraestrutura urbana não pode ter
sua importância sobrevalorizada
quando a questão é o número de
homicídios, porque esses
dependem mais de outras causas.
e) A violência homicida é um crime
vinculado ao território, portanto,
não pode ser combatida por meio
de políticas públicas de segurança
ou de planejamento urbano.
4. Sobre os problemas sociais nas cidades do Brasil, avalie as proposições a seguir:
I) A questão da violência nas cidades tem ampliado a sensação de insegurança e a descrença nos serviços de segurança pública. Noticiários relatam assassinatos, assaltos, sequestros, agressões e outros tipos de violência diariamente;
II) Problemas relacionados com a infraestrutura (iluminação pública, redes de água, esgoto e energia elétrica, asfaltamento, segurança e lazer) não são considerados relevantes para a análise dos problemas sociais urbanos, como as questões de moradia;
III) A deficiência no planejamento e execução de políticas públicas no espaço urbano são alguns dos principais
responsáveis pela gênese e perpetuação dos problemas sociais nas cidades brasileiras;
IV) A desigualdade social provoca o agravamento dos problemas sociais. Uma distribuição de renda mais igualitária contribuiria para a diminuição dos problemas de saúde, moradia, educação e segurança nos espaços urbanos brasileiros.
Assinale a alternativa correta:
a) F, V, V, F
b) V, F, V, V
c) F, V, F, V
d) V, V, F, F
e) V, F, F, F
Gabarito
1- C
2- B
3- C
4- B
Tarefa Complementar:
Assistir: Notícias de uma guerra particular
(Nº1)
Coréia do Norte: tensão
constante
6 questões-chave para entender como a
Coreia do Norte se tornou uma 'nação
pária'
1 - Como surgiu a República Popular
Democrática da Coreia?
O país surgiu como tal em 1948, em meio ao caos que se seguiu na região após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1943-1945). Desde 1905, a península coreana esteve sob o controle dos japoneses. Mas, com o fim da guerra, Estados Unidos e União Soviética acordaram que aquele território deveria ser ocupado pelos dois países.
"Os EUA traçaram uma linha ao longo do Paralelo 38 para decidir o destino da península e foi acordado em dividi-la em dois. A parte norte seria ocupada pelas forças soviéticas e a parte sul pelos norte-
americanos", conta James Hoare, ex-diplomata britânico, que foi o responsável por estabelecer a primeira embaixada do Reino Unido em Pyongyang.
Assim, os soviéticos reconheceram a República Popular Democrática da Coreia como um governo comunista liderado por Kim Il-sung, o primeiro "grande líder" norte-coreano. Em 1950, com a crescente tensão entre os EUA e a União Soviética, sul e norte travaram uma guerra que durou três anos e aprofundou ainda mais a divisão e a tensão na região.
"Durante a guerra, os EUA tinham o controle de praticamente todo o espaço aéreo da Coreia do Norte e comandaram bombardeios em massa que destruíram grande parte do país, matando muita gente", observa Hoare, hoje especialista em Coreia na Chatham House, centro de estudos de assuntos internacionais baseado em Londres.
Segundo Hoare, até hoje, esses ataques são lembrados na Coreia do Norte. "[Os ataques] são ensinados às crianças na escola como parte da propaganda de governo".
2 - Como começou a tensão entre as duas
Coreias?
A guerra da Coreia é considerada por muitos como o primeiro confronto armado da Guerra Fria, derivado da tensão ideológica, política e militar entre as duas superpotências da época: EUA e União Soviética.
Apesar de esforços pela reunificação da península, o destino das duas Coreias foi selado por essas diferenças.
Tecnicamente, Coreia do Sul e do Norte ainda estão em guerra e o clima entre os vizinhos é de tensão permanente.
"A Coreia do Norte é uma sociedade com uma mentalidade de assédio permanente",
disse, ao Huffington Post, Charles Armstrong, diretor do centro de pesquisa da Coreia da Universidade da Columbia, nos EUA. "O país tem vivido sob uma ameaça constante desde a guerra de 1950", completa.
O primeiro líder norte-coreano, Kim Il-sung, avô do atual mandatário, Kim Jong-un, deu forma a uma dinastia que tem como base um rígido sistema de governo totalitário no qual os cidadãos não têm liberdade para sair do país e têm acesso restrito ao que acontece no resto do mundo.
Décadas de uma economia centralizada fizeram com que a Coreia do Norte fosse um dos países mais pobres do mundo. O país responde ainda a acusações de graves violações de direitos humanos. Mas o que mais assusta a comunidade internacional é a ambição dos norte-coreanos de se converterem em potência nuclear.
3 - Como a Coreia do Norte sobreviveu
economicamente após a guerra?
"Praticamente desde 1970, a Coreia do Norte vinha recebendo muita ajuda econômica da China, União Soviética e países da Europa oriental", explica Hoare.
Antes, contudo, a Coreia do Norte tinha uma situação econômica mais confortável. "Tinha uma base industrial altamente desenvolvida, que começou no regime japonês; se considerava que o norte era mais rico que o sul", completa Hoare.
Durante essa época, para se destacar ainda mais sobre os vizinhos do sul, a Coreia do Norte se dedicou a conquistar reconhecimento da comunidade internacional.
Foi um ativo membro do Movimento de Países Não-Alinhados e parte de sua política externa se baseava em ampliar relações diplomáticas ao redor do mundo.
No final de 1960, o crescimento econômico do lado norte era maior que o do sul. Até o fim de 1970, o Produto Interno Bruto per capta norte-coreano era igual ao do vizinho.
As coisas começaram a mudar quando, precisando de fundos para modernizar a indústria, Pyongyang contraiu volumosos empréstimos da comunidade internacional.
Depois, viram a crise do petróleo, em 1973, e a morte de Mao Tsé-Tung, na China, país aliado desde a Guerra da Coreia.
No final de 1980, a economia começou a estancar e quase entrou em colapso absoluto com a queda da União Soviética, em 1991.
4 - Como surgiu o isolamento norte-
coreano?
Uma combinação de fatores, na avaliação de especialistas, levou o país da crise - agravada com o fim da União Soviética - até à situação de isolamento.
"A União Soviética entrou em colapso e a Rússia disse: 'acabaram os preços camaradas para os amigos'. A China, por sua vez, também se movimentava na direção do capitalismo de Estado, e disse à Coreia: 'Sentimos muito, mas não vamos te subsidiar'", conta James Hoare.
Um dos principais fundamentos do governo de Kim Il-sung foi a ideologia de autossuficiência, chamada de "Juche" - que em coreano significa "conjunto principal". É uma diretriz implementada e perpetuada pelos Kim que se baseia em três pilares: independência política, autossuficiência econômica e autonomia militar.
"Esta ideologia fez com que a Coreia do Norte se transformasse num verdadeiro 'reino eremita' por causa do enorme estigma que o 'Juche' coloca em relação às políticas de cooperação com outras nações", escreveu Grace Lee numa revista
acadêmica sobre o Leste Asiático da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
O governo usou o Juche para justificar o isolamento contínuo do regime e o culto à personalidade de seus líderes. Em paralelo, tem se dedicado a impulsionar sua autonomia militar.
5 - Foram as ambições nucleares que levaram ao repúdio internacional?
Ainda durante os anos 1990, a Coreia do Norte começou a sinalizar que estava desenvolvendo um programa nuclear, o que provocou alarme em todo o mundo. Pyongyang, então, saiu do tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado em 1968, e revelou ter armas do tipo.
Em 2002, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluiu a Coreia do Norte na lista de países do "Eixo do Mal", expressão usada pelo então líder norte-americano no contexto da chamada "luta contra o terror" após o 11 de Setembro de 2001.
Apesar das tentativas de convencer Pyongyang a desistir do programa nuclear em troca de concessões políticas e econômicas, os esforços não foram bem sucedidos. O país sofreu duros golpes na sua economia com a imposição de sanções internacionais, como medidas que restringiram a exportação de carvão, vital para o país.
"Houve um ponto em que os Estados Unidos, durante os anos de Bill Clinton, consideraram aparentemente a possibilidade de atacar as instalações nucleares norte-coreanas para pressioná-la. Mas decidiu-se que os riscos eram grandes demais", avalia Hoare.
Agora, o governo de Donald Trump parece estar disposto a elevar a temperatura na relação com o país para tentar dissuadi-lo de suas ambições nucleares.
6 - A comunidade internacional pode
encontrar uma solução para "o problema"
da Coreia do Norte?
Já se falou que é impossível negociar com o atual líder norte coreano, Kim Jong-un - que foi chamado de "irracional" pela nova embaixadadora dos EUA na ONU, Nikky Haley. Mas especialistas concordam que não é totalmente "irracional" produzir armas nucleares para se proteger.
"Kim Jong-un não tem aliados confiáveis capazes de garantir sua segurança", diz o professor John Delury, da Universidade de Yonsei, em Seul. "Já está enfrentando uma superpotência hostil (EUA) que, em anos recentes, tem invadido estados soberanos ao redor do mundo e derrubado seus respectivos governos", avalia o professor.
Para Delury, os norte-coreanos aprenderam uma lição com a invasão dos EUA ao Iraque: basicamente, a de que se Saddam Hussein tivesse armas nucleares, teria sobrevivido.
James Hoare concorda. Para ele, não se pode dizer que uma dinastia que sobrevive há quase 70 anos é irracional.
"Até certo ponto, o isolamento da Coreia do Norte tem sido autoimposto, mas também tem sido influenciado pelas atitudes do Ocidente", observa Hoare. "Para os Kim, e para a elite que o cerca, a sobrevivência tem sido o principal objetivo. Eles viram o que aconteceu no Iraque, com Saddam Hussein, o que ocorreu na Líbia, com Muammar Khadafi. E viram como as pessoas que formavam parte desses sistemas perderam tudo", completa o especialista.
Os Estados Unidos têm aumentado a pressão sobre a China para que os ajude a reduzir as tensões na região asiática. Mas os chineses resistem a isolar ainda mais o vizinho.
"Francamente, é muito difícil ver uma solução", diz Hoare.
"Talvez os Estados Unidos devam aceitar que não conseguirão tudo o que desejam com a Coreia do Norte. Ou optam pela alternativa, que é o conflito", opina o especialista britânico.
Ele diz ainda que os coreanos não são "suicidas" e que sabem o que estão enfrentando. "Mas se estiverem sob ameaça e sob ataque, tenho certeza que vão responder. Pensar sobre essa alternativa é assustador".
Tarefa Mínima
1) As imagens noturnas feitas por
satélites revelam a distribuição
espacial do consumo de energia
elétrica, permitindo identificar
diferenças importantes entre as
sociedades humanas, como no
exemplo abaixo.
A imagem indica diferentes padrões
espaciais do consumo de energia entre as
regiões norte e sul da Península Coreana.
Entre essas regiões, tal diferença é
explicada, principalmente, por seus
respectivos níveis de:
a) poderio militar
b) democracia política
c) contingente populacional
d) desenvolvimento econômico
2) Leia o texto a seguir.
Coreia do Sul pede mediação de Rússia e China para conter Norte
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yun Byung-se, disse nesta quarta-feira (10) que pediu a mediação da Rússia e da China para tentar convencer a Coreia do Norte a encerrar suas provocações militares, em um momento de elevada tensão na Península Coreana.
"Através de uma estreita colaboração com a Rússia e a China, o governo sul-coreano continua realizando esforços para persuadir a Coreia do Norte a mudar sua atitude", disse Yun durante um comitê parlamentar, em declarações divulgadas pela agência "Yonhap".
G1, 10/04/2013. Coreia do Sul pede mediação de Rússia e China para conter
Norte. Disponível em: G1. Globo
A respeito do “momento de elevada tensão na Península Coreana”, mencionado no texto, assinale a alternativa correta:
a) A tensão entre as Coreias se deve ao fato de o Sul, socialista, ameaçar a eclosão de uma guerra caso o Norte não ceda parte de seu território.
b) A tensão mencionada no texto refere-se à instabilidade geopolítica estabelecida entre as Coreias após o Norte ter realizado novos testes nucleares e de ter ameaçado a eclosão de uma nova guerra entre os dois países caso o bloqueio econômico imposto pelos EUA e pela ONU não seja quebrado.
c) O pedido da Coreia do Sul pela intervenção de Rússia e China deve-se ao fato desses dois países serem os maiores inimigos da Coreia do Norte, o que poderia desviar o foco desse país, que esqueceria seus inimigos do Sul.
d) As “provocações militares” a que o texto se refere são as frequentes zombarias elaboradas pelo governo norte-coreano a fim de provocar uma instabilidade na relação entre os dois países, fazendo com que outras nações intercedam e combatam eventuais ataques realizados pela Coreia do Sul.
e) A divisão entre as duas Coreias é apenas ideológica, haja vista que ambas fazem parte de um mesmo território político.
3- Observe o mapa abaixo e assinale a alternativa correta:
Adaptado de Wikimedia Commons.
Disponível em: Commons
O mapa indica:
a) a zona de conflito entre as duas Coreias.
b) os espaços de transporte clandestino de imigrantes norte-coreanos que deixam ilegalmente o país.
c) a fronteira entre Coreia do Norte e Coreia do sul, estabelecida após o Armistício de Panmunjom, localizada no 38º paralelo.
d) O projeto de um estreito marítimo que dividiria geograficamente as duas coreias e que seria utilizado para facilitar a navegação.
e) A zona militar norte-coreana, cujos mísseis já estão apontados para os rivais sul-coreanos.
Tarefa Complementar
1- A ROSA DE HIROSHIMA
Pensem nas
crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
viniciusdemoraes.com.br
COREIA DO NORTE REALIZA
SEU MAIOR TESTE NUCLEAR
A Coreia do Norte realizou seu maior teste
nuclear em setembro de 2016 e informou
ter dominado a habilidade de montar uma
ogiva em míssil balístico. O teste aumenta
a instabilidade na Ásia e preocupa os
países da região, sobretudo Coreia do Sul,
China e Japão. E.U.A., Rússia e Organização
das Nações Unidas (ONU) também
condenaram o teste nuclear. A explosão,
no dia da comemoração dos 68 anos da
fundação do país, foi mais poderosa que a
bomba detonada em Hiroshima, de acordo
com estimativas do Ministério de Defesa da
Coreia do Sul. A explosão foi tão forte que
provocou um terremoto de 5 graus na
escala Richter no local do teste.
Adaptado de veja.abril.com.br,
09/09/2016
O poema de Vinícius de Moraes alude ao
lançamento da primeira bomba atômica
sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em
1945. Mesmo com os acordos de restrição
ao uso desse tipo de armamento, os
dispositivos nucleares ainda desestabilizam
as relações internacionais, como descreve
a reportagem. Com base nos textos, a principal motivação do governo da Coreia do Norte em testar esses dispositivos e o efeito que esses testes provocam são, respectivamente:
a) expansão do território no Extremo
Oriente − agressão à população
civil
b) preservação das fronteiras políticas
nacionais − ruína da produção
agrícola.
c) competição da indústria local com
outros países asiáticos − poluição
do meio ambiente
d) demonstração de poder aos
governos vizinhos − impacto
duradouro da radioatividade
Gabarito
TM-
1-D
2-B
3-C
TC-
1-D
Projeto um documentário por semana:
1- Notícias de uma guerra particular
https://www.youtube.com/watch?v=EAMIhC0klRo
2- O invasor americano
https://www.youtube.com/watch?v=csgQzWAV7CQ
3- A globalização vista do lado de cá
https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM
4- Pixote: a lei do mais fraco
https://www.youtube.com/watch?v=MLf-GG4qfwo
5- Requiem for american dream
https://www.youtube.com/watch?v=eygAlutORMk
6- Privatizações: a distopia do capital
https://www.youtube.com/watch?v=A8As8mFaRGU
7- Utopia e Barbárie
https://www.youtube.com/watch?v=cn9li_NePro
8- O povo Brasileiro: Darcy Ribeiro
https://www.youtube.com/watch?v=wfCpd4ibH3c&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz
9- Lixo extraordinário
https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8
10- O riso dos outros
https://www.youtube.com/watch?v=uVyKY_qgd54
11- Nós que aqui estamos por vós esperamos
https://www.youtube.com/watch?v=-PXo5oGztiw
12- O mercado de notícias
https://www.youtube.com/watch?v=zq4CpvHdbAA
13- Occupation101
https://www.youtube.com/watch?v=H8CUdOZayu4&t=1517s
14- Eles não usam black tie
https://www.youtube.com/watch?v=Uzl2K1bDRog
15-Pro dia nascer feliz
https://www.youtube.com/watch?v=nvsbb6XHu_I
16- O aborto dos outros
https://www.youtube.com/watch?v=de1H-q1nN98
17- Poder em roda livre: a história da troika
https://www.youtube.com/watch?v=XXcEab-ZgBA
18- O financiamento do Estado Islâmico
https://www.youtube.com/watch?v=qs7VtBZV9bQ
19 – O veneno está na mesa II
https://www.youtube.com/watch?v=fyvoKljtvG4
20- O dia que durou 21 anos https://www.youtube.com/watch?v=nmT6w_k_ciw
21- A história das coisas
https://www.youtube.com/watch?v=MWUHurprTVA
22- A negação do Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=PrrR2jgSf9M
23- Sicko – SOS Saúde
https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg
24- Capitalismo: uma história de amor
https://www.youtube.com/watch?v=iOPipzIwgQI
25- Wikileaks https://www.youtube.com/watch?v=W3p62tAq84M
26- Surplus
https://www.youtube.com/watch?v=lqeXYsv1Wyw