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COLÉGIO ESTADUAL BOA ESPERANÇA DO IGUAÇU – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Boa Esperança do Iguaçu, Setembro de 2006.

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COLÉGIO ESTADUAL BOA ESPERANÇA DO IGUAÇU – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Boa Esperança do Iguaçu, Setembro de 2006.

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SUMÁRIO

1. Apresentação 03

2. Objetivos Gerais do P.P.P

2.1. Filosofia da Escola 04

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3. Identificação

3.1. Histórico da Comunidade

3.2. Criação e Localização da Escola

3.3. Histórico da Mantenedora

3.4. Quadro Geral de Pessoal

3.5. Organização do Espaço Físico

3.6. Como São Ofertados os Estudos do Paraná, Filosofia e Sociologia.

3.7.Projetos Que a Escola Participa ou Desenvolve.

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4. Marco Situacional

4.1. Recursos Físicos e Pedagógicos

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5.Marco Conceitual

5.1. Avaliação

5.2. Recuperação

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6. Marco Operacional

61. Linhas de Ação Financeira e Administrativa.

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Anexo I

Anexo II

Bibliografia

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1. APRESENTAÇÃO

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O Projeto Político Pedagógico é um documento importante, de construção coletiva, envolvendo todos os profissionais da educação e sujeitos do processo educativo: professores, funcionários, pais alunos e representantes da comunidade comprometidos com a educação na Escola Pública. É a organização de todo trabalho pedagógico escolar, em suas especificidades, níveis e modalidades.

Através da reflexão e discussão crítica sobre os problemas da sociedade de uma maneira geral, mas principalmente dos problemas relacionados ao Município e ao Colégio estadual Boa Esperança do Iguaçu, procurar encontrar possibilidades de intervenção e transformação dessa realidade é um dos objetivos desse projeto, pois segundo Paulo Freire (1997, p.119) “O ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão de que faz a história. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de sujeito e não pegadas de objeto”.

De acordo com a LDB – Lei 9.394/96, os estabelecimentos de ensino têm a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Essa formulação apresenta-se como desafio urgente e necessário em razão das necessidades sociais que as comunidades às quais as escolas atendem, apresentam. Assim, o Projeto Político Pedagógico é uma leitura do contexto sócio-político-econômico-cultural da comunidade local e da comunidade global e precisa estar diretamente relacionado às necessidades que esta apresenta. Alguns princípios devem nortear o Projeto Político Pedagógico, como: a igualdade de condições para acesso e permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; o respeito à liberdade e apreço à tolerância; a coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; a valorização do profissional da educação escolar; a gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do sistema de ensino; a garantia do padrão de qualidade; a valorização da experiência extracurricular e a vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

No início do segundo semestre de 2005, na capacitação descentralizada, reuniram-se os profissionais da educação da escola (direção, professores e funcionários), para refletir e discutir alguns itens do Ato Situacional (sociedade, escola, aluno, professor, funcionário), análise dos pontos positivos e negativos, o que manter, o que melhorar e o que mudar, alguns projetos a médio prazo e programação anual. Também discutiu-se com pais, alunos e professores por área e disciplinas e estabeleceram-se alguns objetivos e compromissos.

A construção do projeto deve considerar, portanto, o desafio de articular às singularidades da escola em que o produziu e às políticas públicas mais amplas. Desta forma, esse documento constitui-se em um instrumento valioso de mediação entre as intenções dos sujeitos escolares e o planejamento concreto de suas ações cotidianas. Ele possibilita que a escola construa sua autonomia e ressignifique suas práticas educativas.

2. OBJETIVOS GERAIS DO P.P.P

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Um projeto político - pedagógico ultrapassa a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências burocráticas:

O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária.

(...) Na dimensão pedagógica reside à possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. “Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.” (Veiga, 1995)

O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia.

O P.P.P deve ser um instrumento para enfrentar as mudanças provocadas pela intervenção social dos sujeitos escolares. Fazer com que alunos se apropriem intelectual e qualitativamente em relação a suas concepções sobre os conteúdos trabalhados, passando de um estágio de menor compreensão científica, social e histórica a uma fase de maior clareza e compreensão dessas mesmas concepções, levando-os a formarem uma nova postura frente à realidade estudada. É uma nova maneira de compreender o conteúdo estudado situando-o de maneira histórico-concreta na totalidade. Dando suporte para tomada de decisões, a conquista de um conhecimento crítico, autônomo e criativo tão crucial para a liberdade e a afirmação dos indivíduos na sociedade, o exercício dessa habilidade está fortemente condicionado pela posição que o individuo ocupa na sociedade; posição esta, que é uma combinação do lugar ocupado nas relações de produção com o lugar ocupado nas diversas instituições na qual esse se encontra inserido.

Ele deve ser o orientador da compreensão do conhecimento historicamente acumulado e da própria História como condição indispensável para a produção de novos conhecimentos, na luta para a construção de uma nova sociedade. Se tivermos por objeto uma sociedade justa, primeiro devemos procurar fazer com que o aluno compreenda o seu mundo, transpondo as barreiras da falta de estimulação e buscando os conhecimentos, e que esses não sejam apenas informações repassadas, mas conhecimento cientifico devidamente constituído.

2.1- Filosofia da Escola

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Promover a interação do indivíduo com o saber científico e garantir o desenvolvimento de valores e princípios éticos, para que este exerça plenamente sua cidadania, proporcionando assim, melhorias no seu convívio social.

3. IDENTIFICAÇÃO

3.1- Histórico da Comunidade

Por volta de 1948, chegaram a Boa Esperança do Iguaçu os primeiros colonos vindos do Rio Grande do Sul, estabelecendo-se na atual comunidade de Ouro Verde, próxima a Boa Esperança.

Um grupo de nove pessoas, na companhia de um guia que tinha conhecimento das trilhas aqui existentes, veio com o objetivo de caçar e conhecer novas terras. A pequena vila ficou conhecida como “Micos”.

Vários migrantes se apossaram de terras no interior do Paraná e os primeiros habitantes que aqui chegaram foram: Antonio Rafael da Silva, Francisco Rafael da Silva, Antonio Martins, Arlindo Azevedo, Valdomiro da Lanha, Ricardo Guimarães (vulgo Bugre curandeiro), família Maleski, Atanásio Pires, Ricardo Pires, família Burato, família Valendorff e outros.

Em meados de 1958 e 1959, já com uma população significativa, Agostinho Michels, juntamente com a comunidade, sugeriram que fosse mudado o nome da vila para Boa Esperança do Iguaçu, e assim ficou.

O comércio começou com apenas algumas mercearias, onde se vendia apenas alguns produtos básicos. Na época, o sistema de compra e venda era na base de troca-troca. Os produtores trocavam produtos ou animais pelos produtos industrializados.

Nessa época, não havia energia elétrica e as estradas eram de chão batido, praticamente intransitável em dias de chuva.

Teve início por volta de 1955, à luta dos colonos pela conquista e o direito de posse das terras, tendo como líderes os senhores: Vergílio Varela, José Rocha, Irmãos Thomazi (vulgo Gaúchos), família Acorde e outros.

Algumas companhias colonizadoras como a CITLA, adentraram nessas terras tentando medir e demarcar as propriedades, cobrando preços absurdos. Houve então, muitos levantes de posseiros contra as companhias.

A paz na região só voltou a reinar com a intervenção do Governo Federal em convênio com o Governo Estadual que passou a demarcar e titular as terras em conflito. As terras foram marcadas e tituladas pela GETSOP, grupo executivo para demarcar as terras do Sudoeste do Paraná.

Por volta de 1958 e 1960, indústrias de extrativismo vegetal (madeireiras) começaram a surgir devido a grande quantidade de madeira existente e a necessidade dos habitantes em construir suas residências.

Mais tarde, alguns moinhos coloniais movidos à água foram construídos, os quais transformavam produtos tais como: milho, trigo, arroz que serviam como alimento básico para as famílias.

O povo que aqui residia, dedicava-se a produção agrícola, criação de suínos, caça, pesca, coleta de frutas e a extração de madeira.

Apesar da grande fertilidade do solo e da grande quantidade de madeira, as atividades agrícolas eram muito difíceis. Não havia transporte a motor nem comércio de compras de cereais.

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O povo tinha como costume o trabalho em mutirão, viviam com espírito comunitário. Costumavam encontrar-se para dar tiro ao alvo, promover carreiras (corrida de cavalos), comer carne de caça assadas na brasa e tomar cachaça nos alambiques.

As famílias gostavam de participar e organizar festas comunitárias com animação de gaita, violão e pandeiro que duravam de dois a três dias.

Por volta de 1960, sentindo a necessidade de atendimento na área de saúde, o doutor Júlio Galo montou um hospital na sede, o qual atendia a população local e regional. Como a exploração da madeira na região já estava diminuindo, iniciando o êxodo rural, a população não foi suficiente para manter o hospital que veio a fechar.

O distrito de Boa Esperança do Iguaçu foi criado pela Lei Estadual nº 5.259 de 13 de Janeiro de 1966.

Com a emancipação política de Dois Vizinhos, Boa Esperança do Iguaçu passou a ter vários subprefeitos, entre eles: Pedro Martins, Ricardo Corona, Albino Slongo, Angelo Cichela, José João Vieira, Claudino Rufatto, Zelino Thomazi, Ervino Alberton, Revil Luiz Savanhago e Ricardo Jorge C. de Albuquerque.Através de plebiscito, Boa Esperança do Iguaçu se emancipa no dia 26 de Abril de 1990, pela Lei nº 9.231. Em 1º de janeiro de 1993 assume como 1º prefeito, Sr. Zelino Thomazi.

Após treze anos de emancipação política, o município sofreu muitas mudanças. A maioria das famílias possui fonte e poço de água potável em suas propriedades do interior. Na zona urbana, a população é abastecida pela SANEPAR, que faz o tratamento da água do Rio Boa Esperança.

Boa Esperança do Iguaçu está localizada na região Sudoeste do Estado do Paraná, a 500Km de Curitiba, Capital do Estado. Possui uma extensão territorial de 148,583 Km2, com uma população total de 3100 habitantes. Possui ligação asfáltica, ligando-se ao município de Cruzeiro do Iguaçu, com exceção de 6 km que são pedras irregulares. O acesso às comunidades do interior, é através de estradas não pavimentadas.

O município limita-se ao Norte, com Três Barras do Paraná, ao Sul, com Dois Vizinhos, ao Leste com Cruzeiro do Iguaçu, e Oeste com Salto do Lontra e Nova Prata do Iguaçu.

O relevo apresenta algumas formas distintas como locais planos, morros e depressões não muito acentuadas. Esta paisagem encontra-se em transformação, devido ao desgaste provocado pela forma em que se realizam as atividades agrícolas e pecuárias. Houve pequenas transformações climáticas depois da construção da Usina de Salto Caxias (1994).

O município é banhado pelos rios: Iguaçu, Boa Esperança, Jaracatiá, Lajeado dos Porcos, Canoas e São João.

Atualmente, a economia do município é baseada na agricultura e pecuária, sendo que a maioria desses agricultores utiliza agrotóxicos em suas lavouras e possuem energia elétrica em suas propriedades.

3.2 - Criação e Localização da Escola

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No dia 16 de dezembro de 1970, a Escola Estadual Boa Esperança do Iguaçu – Ensino de 1º Grau, foi inicialmente criada como extensão da Escola Estadual Dois Vizinhos – Ensino de 1º Grau, com implantação de séries gradativas de 1ª a 4ª do antigo ginásio. Tendo em vista o grande número de alunos da região e a distância de 25 quilômetros do município de Dois Vizinhos, percebeu-se a necessidade de criar uma escola que viesse atender a demanda escolar. Para que isso ocorresse, houve a contribuição do Dr. Júlio Galo (médico que trabalhava com a comunidade) e de moradores do distrito: José João Vieira, Antônio da Silva Duarte, Osvaldo Zancanaro, Amauri Klausem, Generoso Ribeiro de Oliveira, entre outros.

O diretor era o professor Roque Both, que era também diretor da Escola Dois Vizinhos. A primeira turma –1ª série ginasial – contava com 70 alunos.

O estabelecimento contava com 03 salas de aula, 01 secretaria, 01 cozinha e 02 banheiros. O número de funcionários era reduzido, bem como os materiais didático-pedagógicos. Não havia biblioteca nem quadra de esportes.

A partir de 25 de março de 1982, pelo decreto 25/82, a extensão foi definitivamente desmembrada da Escola Estadual Dois Vizinhos – Ensino de 1º Grau, sendo classificada como escola de pequeno porte.

Em 30 de julho de 1985, através da resolução 3.577/85, publicada em Diário Oficial de 30/07/85, fica reconhecido o curso de 1º grau.

Na data de 16 de julho de 1993 através da Resolução 3.900/93 foi concedida autorização de funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o Curso de Educação Geral – Preparação Universal. A partir desta data o estabelecimento passou a chamar-se “Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu – Ensino de 1º e 2º Graus”, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos.

No início do ano letivo de 1997, o estabelecimento passou a chamar-se “Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e 2º Grau Regular”, pois passou a ofertar o curso de 1º Grau Supletivo, Função Suplência de Educação Geral – Fase II, Reestruturado em Blocos de Disciplinas, conforme Resolução 330/98, publicada no Diário Oficial de 05/03/98.

Em 1998, através da Resolução Secretarial 3.120/98, publicada no Diário Oficial de 11/09/98, devido à reestruturação do Ensino Médio, este Estabelecimento passou a denominar-se “Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu – Ensino Fundamental e Médio”.

Em 07/12/2002, através da Resolução 336/02 fica renovado o reconhecimento do Ensino Fundamental.

Através da Resolução 3.048/2001, DOE 30/01/02 fica reconhecido o Ensino Médio.

O Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu (00012) está localizado no município de Boa Esperança do Iguaçu (0302), distante 32 km do Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos, Estado do Paraná, zona urbana, na Rua das Azaléias, nº 18, quadra nº 03, lote único, com área total do terreno de 4.920 m2, tendo l.176,19 m2 de área construída. O telefone 0xx-46-3537-11-55 e o e-mail [email protected].

Atualmente possui 11 salas de aula e dispõe de biblioteca, laboratório de Química, Física e Biologia, Laboratório de Informática e dependências administrativas. Hoje, o colégio conta com 15 turmas, sendo 09 do Ensino Fundamental e 06 de Ensino Médio, funcionando em três períodos (manhã, tarde e noite), perfazendo um total de 349 alunos.

3.3 - Histórico da Mantedora

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A Escola Estadual Boa Esperança do Iguaçu, criada como extensão da Escola Dois Vizinhos, em 16 de dezembro de 1970, sempre foi mantida pelo Governo do Estado do Paraná, que na época pertencia ao Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, sendo supervisionada pela Inspetoria de Ensino de Dois Vizinhos.

Após a criação do Núcleo Regional de Dois Vizinhos (10), o Colégio ficou sob sua jurisdição.

3.4 - Quadro Geral de pessoal

Atualmente, este Estabelecimento de Ensino possui 01 diretor (40 horas), uma diretora auxiliar (20 horas), um professor Pedagogo (40 horas), 26 professores atuando no Ensino Fundamental e Médio, sendo 16 pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério e os demais pertencentes aos regimes REPR e SCO2. Dos funcionários, 04, são Auxiliar Administrativo (40 horas) e 06 Auxiliar de Serviços Gerais (40 horas). (Nomes, função e formação escolar em Anexo I).

3.5 - Organização do Espaço Físico

Este Estabelecimento de Ensino, possui 11 salas de aula, laboratório de Informática, laboratório de Química, Física e Biologia, biblioteca, sala de professores (com banheiro e um pequeno depósito), sala de direção, secretaria, banheiro feminino e masculino, cozinha, depósito de alimentos, depósito de material de limpeza, um pequeno espaço fechado (não coberto) com depósito de gás (coberto), uma quadra de esportes coberta e um saguão de bom tamanho onde há algumas mesas para uso durante o intervalo. O mesmo saguão é usado para prática de tênis de mesa.

No período da manhã, são usadas as 11 salas, com as turmas regulares e uma sala onde funcionava o laboratório de informática para as aulas da sala de recursos e sala de apoio. No período da tarde, funcionam duas 5as séries, uma usa o laboratório de Química, Física e Biologia e a outra usa um pequeno saguão que foi adaptado para servir como sala de aula, pois as 11 salas disponíveis são utilizadas pelos alunos da Escola Municipal. À noite, o Ensino Médio utiliza 3 salas de aula.

3.6 - Como são Ofertados os Estudos do Paraná Filosofia e Sociologia.

A filosofia e disciplina integrante da matriz curricular do Ensino Médio, sendo ofertada na 3ª série do ensino médio, com carga horária de duas aulas semanais. A disciplina de Filosofia busca fornecer ao adolescente o instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo, e sobre si mesmo no mundo, de forma a possibilitar-lhe a conquista de uma autonomia crescente no seu pensar e agir. Os trabalhos e atividades são desenvolvidos a partir de aulas expositivas; leituras e pesquisas orientadas; seminários; análise, interpretação e discussão de temas atuais; integração com outras disciplinas; avaliações.

Os temas da sociologia fazem parte dos conteúdos estruturantes da filosofia e da historia sendo tratados de forma interdisciplinar. Os estudos nesse sentido

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buscam desenvolver no individuo uma identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito. O trabalho do professor de Sociologia tem como referência os documentos curriculares oficiais; nesse sentido o professor deve buscar identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do senso comum. Produzindo novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões realizadas.

Quanto aos conteúdos relativos aos Estudos do Paraná, os mesmos são trabalhados como temas transversais principalmente nas disciplinas de historia, geografia, arte e português.

3.7- Projetos Que a Escola Participa ou Desenvolve.

O objetivo de um projeto é contribuir com a aprendizagem na escola. A partir da produção cultural e social brasileira, ampliando o repertório cultural de educadores, alunos e comunidade, promover a articulação intra-escolar, das escolas entre si e com as comunidades de seu entorno, além de influenciar a formulação e implementação de políticas públicas. O Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu participa de uma serie de projetos disponibilizados pelo governo do estado alem de desenvolver algumas experiências no seu próprio âmbito. (Atividades explicitadas no Anexo II)

4. MARCO SITUACIONAL

Muitas mudanças vêm ocorrendo nos últimos anos, tanto no aspecto sócio-econômico quanto político. Isso influência diretamente nas decisões educacionais. O uso da tecnologia em todos os setores faz com que se repense as metodologias utilizadas e as condições estruturais existentes. Para que se acompanhe todo este avanço, nos obrigamos a rever nossos valores e a nos reposicionarmos como profissionais e cidadãos do mundo.

A economia mundial está se globalizando. O atual modelo de acumulação do capital, baseado na liberalização financeira, comercial e produtiva necessita não só de uma legislação trabalhista flexível, como também de trabalhadores “pacíficos”. Os primeiros alvos da globalização nos países emergentes, entre eles o Brasil, são os trabalhadores que cada vez mais devem estar adaptados às relações de exploração que é uma condição fundamental para o funcionamento do novo modo de acumulação do Capital. O índice de desemprego crescente e a competição do Brasil com pólos periféricos regionais, como o Leste Europeu, mostra a necessidade imediata de uma geração de trabalhadores dóceis ao sistema. Assim, fica mais fácil aumentar a produtividade e retirar os direitos trabalhistas conquistados depois de muita luta. A maioria dos estudantes será mão-de-obra qualificada e barata nas empresas públicas e privadas, escolas e universidades. E ainda aceitarão sua condição de explorados com naturalidade, afinal a própria escola incentiva à lógica empresarial, adaptando currículos às necessidades dos agentes do mercado. Esse quadro propaga como vertente principal a ineficácia da ação coletiva, ao aceitar tal ideologia, o estudante torna-se um trabalhador passivo e subserviente.

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Um novo perfil de sociedade e de profissionais está se delineando como conseqüência dessas ideologias. Sabemos que se não entrarmos na era do conhecimento e da digitalidade perderemos o compasso do mundo moderno. Mas como vamos preparar nossos jovens para que se constituam competentes, criativos, com personalidade própria, com ética, que saibam posicionar-se frente às dificuldades e decidir o que é melhor para si e para os outros e viver em coletividade? Quais serão os conteúdos e metodologias adequadas? Sabe-se que há um desencontro entre o conteúdo ensinado e o conteúdo aprendido.

Assim, a escola deve preocupar-se com os conteúdos desenvolvidos em seu âmbito para que esses sejam culturais, universais, e que esse sejam sempre reavaliados frente à realidade social. Que ao sair da escola o conteúdo aprendido possa ajudá-lo a conviver como um cidadão ativo na sociedade, um indivíduo com personalidade própria e que seja flexível frente às mudanças.

Prevalece na sociedade brasileira a cultura da classe dominante que, para atingir os seus fins, representa o seu interesse como sendo o interesse comum a todos os membros da sociedade. Essa cultura dominante reproduz-se pela imposição da cultura (ideologia) dotada de legitimidade dominante e, ao reproduzir-se, tende a reforçar a reprodução social, mas de forma dissimulada. A ideologia criada e generalizada pelos grupos e camadas sociais dominantes, disfarça os seus interesses, formulando-os e valorizando-os em termos dos interesses da coletividade como um todo.

Muitos ainda são analfabetos ou com pouco grau de escolaridade, não conseguindo nenhum tipo de trabalho.

Todo esse desequilíbrio, em grande parte se explica, por décadas de crescimento econômico excludente, que aprofundou a fratura social e produziu uma das piores distribuições de renda do mundo. Violentas desigualdades sociais e pobreza generalizada são características marcantes da sociedade brasileira. A pobreza é um flagelo que atinge milhões de brasileiros.

A capacidade de organização da sociedade brasileira cresceu nos últimos anos em virtude do processo de redemocratização. Novas formas de luta surgiram com o objetivo de retirá-la da opacidade política, econômica e cultural remanescente do regime militar.

O município de Boa Esperança do Iguaçu possui uma população total de aproximadamente 3000 habitantes, sendo que 70% dessa população vivem na zona rural. Tem uma economia baseada na agricultura e pecuária, contando com poucos assalariados e autônomos.A renda familiar da maioria da população é baixa. Uma das maiores dificuldades encontradas é o desemprego, que faz com que a maioria dos jovens, ao concluir o Ensino Médio, migre do município em busca de trabalho em outras cidades ou Estados.

O Colégio Boa Esperança do Iguaçu, por se caracterizar como escola de porte pequeno, já que pertence a um local de pouca população, diferencia-se das demais em vários aspectos.

Enfrenta dificuldades inerentes ao transporte escolar, pois a maioria dos acessos à escola são estradas não pavimentadas, havendo ainda a concentração dos alunos em uma única escola. Mais de 70% dos alunos vem da zona rural.

Apresenta ainda a falta de oferta de empregos no município, o que leva a maioria dos jovens a procurar outras cidades em busca de melhores condições financeiras. Constitui ainda como ponto de interferência no processo ensino aprendizagem, o difícil acesso à formação continuada do educando, pois os recursos informacionais e financeiros são escassos.

A escola, dentro de suas especificidades, apresenta a necessidade de maior espaço físico e um número maior de recursos didático-pedagógicos.

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O nível de escolaridade dos pais dos alunos é baixo, sendo que a maioria não chegou a concluir as quatro séries iniciais do ensino fundamental. Acredita-se ser esse um dos principais motivos, que apesar da considerável participação nas reuniões e atividades escolares e freqüentarem mais a escola, muitos aparecem apenas como espectadores, não interferindo na educação escolar dos filhos, deixam que a escola resolva alguns problemas que poderiam ser resolvidos em casa.

No que se refere ao relacionamento entre os agentes da educação, constata-se como interventor nesse relacionamento, a questão política partidária, a qual desarticula os interesses e propósitos das pessoas envolvidas.

Quanto à forma do professor realizar o seu trabalho, acontece ainda, mesmo que de forma mais amena, a contradição entre o discurso do professor e a sua prática, o que pode ser superado, a partir de um maior envolvimento do professor com a sua função, o que implica em se disponibilizar efetivamente na execução de seu papel de educador.

4.1-Recursos Físicos e Pedagógicos.

Os alunos têm a sua disposição uma sala de computação; equipamentos como televisão, vídeo cassete, dvd, vídeos educativos além de todo material didático como livros para pesquisa e acesso a internet. O desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem se da com base em estratégias de diferenciação pedagógica. E no conhecimento individualizado de cada aluno, é um caminho que forçosamente a escola busca assegurar, visando a formação integral dos alunos, assumindo-se como um espaço privilegiado de educação para a cidadania, garantido à integração de aprendizagens diversificadas, nomeadamente valorizando todas as áreas curriculares.

Quanto à disposição e distribuição dos alunos por turnos e turmas, não há muitas possibilidades de reorganização, pois o espaço físico disponível atende a demanda de duas escolas, estadual e municipal.

A hora-atividade e utilizada pelos professores para remunerar as atividades extra-classe, tais como as atividades de orientação ,administrativas, preparação de aulas preparação e avaliação do trabalho didático e dos materiais pedagógicos disponíveis na escola.

5. MARCO CONCEITUAL

Fica evidente a efetiva participação de toda comunidade escolar na elaboração e execução do P.P.P, que norteara o caminho percorrido por professores e alunos no processo ensino/aprendizagem, já que todos estão inseridos nesse processo.

Ao se refletir sobre a função social da escola, detecta-se que esta deve ser constituída de uma concepção de sociedade, de homem e mundo, que possibilite a interação do educando em seu meio. Para isso deve representar uma intervenção e transformação da realidade, garantida através da construção do conhecimento. No entanto, a escola está exercendo um papel de "assistencialismo social", permite o acesso do aluno a ela, porém está se restringindo a esta função.

O P.P.P vem ao encontro de uma real e efetiva qualidade no ensino, e pressupõe, dentre outros aspectos, um projeto que contemple a exclusão de todo tipo de marginalização, tanto no que se refere a níveis de aprendizagem quanto a questões de relacionamentos com portadores de deficiência. Pretende-se que, além de se estabelecer

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uma maior solidariedade entre os educando, aconteça também um melhor desempenho e participação dos alunos nas atividades propostas, sendo que para tal, o professor preocupa-se em assumir o seu papel de interventor e sentindo uma necessidade de exigir maior participação, interesse pôr parte do educando.

Concepção de Sociedade

O homem é um ser de relações. Só se personaliza, socializando-se, entrando em relacionamento com outras pessoas, descobrindo-se e descobrindo-as, não como objetos, mas como sujeitos.

A realidade se transforma constantemente. O homem e o mundo passam por uma série de mudanças. Diante de cada mudança, o homem é convidado a uma reflexão, a uma tomada de consciência de suas capacidades.

Ao longo da história da humanidade, os homens descobriram que necessitavam viver em comunidade, em sociedade. Esse convívio social é que permite a constante produção de conhecimento, e, portanto, de cultura. No entanto, não podemos limitar uma concepção de sociedade alicerçada apenas na sua produção cultural, devemos dar um sentido a essa existência humana em grupo. E isso só é possível através de uma ação chamada engajamento ou compromisso.

Engajamento significa a ação política de transformar as estruturas, uma atitude prática de presença efetiva no processo de intervenção e transformação social. Ao se envolver com o meio em que vive, o homem se faz consciente, sujeito histórico, de consciência histórica. Esse comportamento se constrói em sociedade, é aí que se apreende a significação da vida humana e a possibilidade de estar em comunhão com a realidade, nela inserir-se e transformá-la.

Engajar-se é fazer história, comprometer-se na luta pela realização do homem e da sociedade. É estar no sentido oposto da alienação que desumaniza o homem e exprime compromisso com grupos ou interesses.

Sem dúvida, engajamento e compromisso social é uma opção ideológica, e é essa concepção que devemos adotar como princípio em nossa prática educacional, que realiza a construção histórica de um povo mais impregnado de verdade e justiça.

Concepção de Homem

A construção do homem é um processo dialético. Um processo que tem por finalidade o equilíbrio dos extremos. Seu crescimento individual depende do meio que o envolve e da estrutura que o circunda, mas esta se modifica com o seu crescimento individual.

Ao tomar consciência de si e das coisas, o homem tende a agir sobre o meio a fim de modificá-lo. Mas ele só se conscientiza através do diálogo com o mundo e com os outros homens, isto é, através da sua interação com seu meio.

Ele se constrói agindo, porém não age sozinho, ele age junto com os outros homens, ele age e reage. Nessa interação, o homem, aprende com a natureza quando se adapta a ela, ou produz cultura quando a modifica. Na compreensão do homem pelo mundo, a sua educação pode se dar de duas maneiras: sendo dopado, inibido, condicionado a um comportamento, ou sendo levado a agir com espontaneidade, criticidade, criatividade, com liderança, visão de mundo e autonomia em suas decisões.

Considerando-se suas potencialidades, tais como: sua capacidade de assimilar tudo a sua volta, de emitir e receber mensagens, de ser um animal transitivo, que sempre pode

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se aperfeiçoar e que tem o grande poder de interventor na realidade, criando e recriando a sociedade e as estruturas que regulamentam sua vida com os outros, fica claro então que o que se estabelece como essencial na sua educação é a priorização de situações de aprendizagem que incentivem o aspecto de liberdade de expressão, onde se formam pessoas e não indivíduos, com valores humanos bem definidos e com o bem comum como fim.

Concepção de Educação

Ao longo da história designou-se três principais formas de entender o sentido da educação na sociedade.

Uma primeira forma foi ver a educação como objetivo principal a adaptação do indivíduo à sociedade, sendo que esta atua sobre a mesma e pretende curá-la de seus males. Dermeval Saviani entende essa teoria como não-crítica da educação.

A tendência seguinte aborda a educação como dentro da sociedade e serve exclusivamente a sua reprodução, o objetivo, aqui da educação, é perpetuar o modelo vigente dessa mesma sociedade.

A terceira tendência, a qual procuramos estabelecer como fundamento de nossa prática pedagógica, é chamada de teoria crítica, pois vê a educação como transformação da sociedade. O objetivo educacional não é nem redimir nem reproduzir a sociedade, mas sim servir de meio, ao lado de outros meios, para realizar um projeto de sociedade. Através dela é possível compreender a educação dentro da sociedade, com seus determinantes e condicionantes, mas também com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização.

Conforme Saviani:“Do ponto de vista prático, trata-se de retomar vigorosamente a luta contra a

seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade, através da escola, significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível, nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes”.

Num país com imensas desigualdades e contradições, a educação se apresenta como um fator de esperança e transformação para a sociedade, ao apenas permitindo o acesso ao conhecimento, à participação, mas propiciando condições para que o indivíduo construa sua cidadania.

A função social do educador é ser agente de transformação. Cabe a ele auxiliar na organização dos desejos e necessidades da população com a qual trabalha. Ele se constitui como referência para a comunidade. Este comprometimento assumido pelo educador serve como instrumento no desenvolvimento pessoal e social do educando. Esse desenvolvimento, através da educação, conduz o aprendiz de um estado a outro. Por isso, aceitarmos essa possibilidade significa entendermos que podemos efetivamente mudar as condições históricas em que estamos inseridos. Poe essa razão concordamos com Maria Aranha, quando afirma que:

“...A verdadeira educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz a cão do agente da educação. O bom educador é, portanto, aquele que vai morrendo durante o processo...” (ARANHA, 1989, p.51).

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Concepção de Escola

Considerada, no passado, como local de execução das decisões tomadas fora dela, e, portanto, percebida como cumpridora das normas uniformizantes do sistema de ensino, a escola passou a ser considerada entidade privilegiada para tornar realidade as pretendidas mudanças na educação. Medidas de descentralização e democratização do ensino trazem propostas de melhoria da qualidade do ensino, via autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola.

Temos como certeza incontestável, que a escola é um lugar onde crianças, jovens e adultos estão inseridos, aspirando à formação e instrumentalização para vida em sociedade, como algo indispensável para capacitação do trabalho e exercício da cidadania.

São muitas as concepções sobre a relação entre educação e sociedade, educação e atividade econômica, mas todas consideram que a razão de ser da instituição escolar é a formação humana do homem em sua ampla dimensão, pessoal e profissional. É responsabilidade da escola oferecer um tipo de formação não adquirida em outro lugar qualquer, tem também como papel a socialização do saber sistematizado. Os elementos que compõe essa formação são de caráter cognitivo (aprendizagem, ensino, conhecimentos, qualificação) e elementos atitudinais (socialização, disciplina, conduta).

O êxito ou fracasso vivenciados pelo educando na sua passagem pela escola determinará o acesso às oportunidades sociais da vida em sociedade.

Uma visão idealizada de escola, porém possível, é a construção de uma escola que visa a formação para cidadania. Daí a necessidade de uma concepção de escola que tenha como princípio uma gestão democrática, onde será pretendido formar o educando para cidadania, por meio da socialização dos conteúdos da cultura trabalhados cientificamente.

Portanto, a questão essencial da escola hoje se refere à qualidade da formação. E a qualidade está diretamente relacionada com os projetos das próprias escolas que são muito mais eficazes na conquista dessa qualidade do que grandes projetos vindos de fora e estranhos à realidade local.

Concepção de Conhecimento

Vivemos um período de transformações sem precedentes na história da humanidade, que tem recebido muitas denominações _ sociedade do conhecimento, era do conhecimento, sociedade em rede, sociedade da comunicação, sociedade global, sociedade mundializada, dentre outras _ e que expressam as características dos tempos atuais, gerando novos conceitos de tempo e espaço e novas formas de sentir e agir.

O elemento comum entre esses diversos modos de nomear o contexto atual refere-se ao papel protagônico do conhecimento na organização social e econômica atual, daí a grande importância de uma redefinição da educação e da instituição escolar bem como o seu processo de transmissão/assimilação do conhecimento científico.

Um dos elementos para compreender o processo das transformações que vivemos é o aumento da interdependência dos países, seus governos, das empresas e dos indivíduos em relação ao conhecimento. A socialização desse conhecimento é facilitada pela sua rápida divulgação pelos meios de comunicação e pela tecnologia da informática.

Para enfatizar essas afirmações podemos nos basear nas palavras do Papa João Paulo II, 1991: “Se antes a terra e depois o capital, eram os fatores decisivos da

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produção (...) hoje o fator decisivo, é cada vez mais, o homem em si, ou seja, seu conhecimento”.

Essa nova relação das pessoas com o conhecimento traz conseqüências para a escola e a educação. Uma delas é o reforço da sua importância social, já que é através dela que a maioria das pessoas têm acesso ao conhecimento. No entanto, vivemos um tempo, no qual a informação está disponível como nunca esteve e, contraditoriamente, inacessível a grandes parcelas da população. Um exemplo dessa exclusão social na era do conhecimento é os 5% apenas da população mundial inseridos no mundo digital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Outra conseqüência é a necessidade de a escola repensar sua função social, redefinir seus objetivos, organizar os espaços, meios e formas de ensinar, valorizando os conhecimentos científicos e valores humanos, indispensáveis para preparar todos os indivíduos no exercício de sua cidadania e preparação para o trabalho no contexto de uma sociedade complexa.

Uma das formas para que isso se concretize é a construção coletiva do Projeto Pedagógico que se efetivará na sala de aula através da atuação dos professores.

Concepção de Ensino-aprendizagem

Quando se fala em ensino aprendizagem, o que vem a mente, muitas vezes, é o professor ensinando e o aluno aprendendo. Todos têm algo a ensinar e muito a aprender.

Uma noção óbvia de aprendizagem é que ela é o produto de muitas atitudes desenvolvidas no decorrer da vida de cada um. Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais.

O ser humano, já no seu nascimento, insere-se um meio, às vezes maior e às vezes menor. Depende muito desse contexto a sua capacidade em desenvolver-se dessa ou daquela maneira. E, por ser o homem um animal racional, tudo nele é aprendido. Sua capacidade é imensa e até seus comportamentos negativos não aprendidos podem fazer parte de diferentes contextos. Quando alguns têm tendência a assimilação exacerbada, dominam outros facilmente. A tensão entre a teoria e prática é uma constante na área da educação. A teoria pode alimentar a prática, mas não fornecer instrumentos metodológicos de aplicação imediata. a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o inicio da vida humana. O percurso de desenvolvimento do ser humano é, em parte, definido pelos processos de maturação do organismo individual. Mas, é a aprendizagem que possibilita o despertar dos processos internos de desenvolvimento.

A construção e a origem da aprendizagem dá-se por um processo dialético. A concepção de ensino-aprendizagem inclui dois aspectos relevantes: primeiro, a idéia de um processo que envolve, ao mesmo tempo, quem ensina e quem aprende não se refere necessariamente a situações em que haja um educador fisicamente presente. Segundo, quando a aprendizagem é um resultado desejável de um processo deliberado, explicito, intencional. Ele se faz por si mesmo. Como aprendizagem circunda com o meio, o ser humano muda-o através de seu crescimento individua, numa ação de age e re-age.

O processo de ensino-aprendizagem ocorre às vezes de maneira informal, por meio da imersão do sujeito em situações da vida cultural. Às vezes acontece de forma deliberada, pela ação clara e voluntária de um educador que dirige este processo. Embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do indivíduo

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com o meio, quando existe a intervenção deliberada de um outro social nesse processo, ensino e aprendizagem passam a fazer parte de um todo único, indissociável, envolvendo quem ensina, quem aprende e a relação entre essas pessoas

Concepção de Avaliação

A concepção de avaliação como mensuração, como medida de mérito, visando escolher os “melhores” e descartar os “piores”, os “inadequados” para determinados fins sociais, acompanhou a humanidade ao longo de sua história.

Em 1980, com o processo de (re) democratização do país, começa-se a ampliar a discussão da avaliação que rompa com o conceito desta, exposto acima, e passe a se fundamentar numa perspectiva crítica da educação.

A Pedagogia histórico-crítica revela como concepção de avaliação uma concepção compreendida numa perspectiva de totalidade social, portanto, é ação política, não podendo ser desligada do projeto social gerador, da história da sociedade, do mundo.

Dentro dessa perspectiva, podemos caracterizar uma avaliação com ênfase qualitativa e não quantitativa. Aqui a avaliação é vista como um empreendimento humano intencional, e, portanto, sujeito a equívocos e reformulações. Ela se produz na relação entre seres que interagem com suas histórias de vida, origem de classes, posições políticas.

O que se propõe também é que nem a educação nem a avaliação podem ser compreendidas fora de seus contextos de produção, desligadas da realidade.

A avaliação não pode visar unicamente comparar resultados com objetivos pré-estabelecidos. Avaliar significa qualificar, impregnar de sentido, significa um projeto social dinâmico e inacabado.

A avaliação qualitativa requer uma metodologia sensível às diferenças e dá aos efeitos secundários e a longo prazo tanto ou mais significação que os imediatos. O propósito da avaliação qualitativa é compreender a situação (objeto de estudo) mediante a consideração das interpretações daqueles que nela atuam, para fornecer a informação de que cada participante necessita a fim de entender e intervir de modo mais adequado. A avaliação deve orientar novas ações transformadoras.

A autora CAPPELLETI (1999, p.28) afirma que “a avaliação é uma situação do aprender num projeto educacional como ação consciente, reflexiva e crítica que se destina à promoção do homem, histórica e circunstancialmente situado, oferecendo-lhe condições de pensar, de se ver, de optar e de auto realizar-se”.

De acordo com a autora citada acima, há uma demonstração de algumas das características inerentes à avaliação formativa, que contribui para a construção de uma avaliação emancipatória, a qual garante uma prática avaliativa que articula as diferentes áreas do currículo, do projeto da escola e das práticas pedagógicas da sala de aula.

A concepção de avaliação aqui fundamentada e almejada contemplaria um processo abrangente de análise de desempenho do aluno, dinâmica, crítica, cooperativa, que pressupõe acompanhamento constante e considera as diversas atuações dos alunos. Desse modo, subsidiaria a tomada de decisões e a melhoria da qualidade do ensino.

Concepção da Gestão Democrática

“Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetiva e não se consolidará sem a educação.” (Gadotti).

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Não podemos pensar que a gestão democrática da escola vá resolver todos os problemas do estabelecimento. Sua implementação é uma exigência da sociedade, que a vê como um dos possíveis caminhos para a democratização do poder na escola e na própria sociedade.

A prática institucional da democratização do ensino se desencadeará, progressivamente, em um processo circular, em que as instâncias envolvidas - equipe diretiva, corpo docente, discente, pais, funcionários - redimensionem e redefinam o fazer pedagógico, administrativo e financeiro. Nessa busca da transformação, a escola e a sociedade planejam e realizam ações que viabilizam o processo de qualificação do ensino público, sem esquecer que os problemas de gestão estão presentes nos vários níveis decisórios, e que é imprescindível à conquista de autonomia, que, por sua vez, requer integração e descentralização.

Atualmente, nas escolas públicas do estado do Paraná, a eleição acontece pelo voto direto, manifestado pela vontade da comunidade escolar. Tal critério favorece a discussão democrática na escola e acaba implicando maior distribuição do poder para as instancias da base da pirâmide estatal. Seu mandato é por tempo determinado com direito a reeleição.

Concepção Curricular

Nas discussões mundiais, a educação assume papel essencial no desenvolvimento das pessoas e das sociedades, necessidade que se trabalha a formação ética dos alunos, promovendo a dignidade, a igualdade e a solidariedade, recusando toda e qualquer forma de discriminação quanto à raça cor ou posição social. o currículo não pode ser uma coisa acabada, mas sim como um processo e produto de coisas vividas, como corolário das experiências que ambos,educador e educando, partilham no seu dia-a-dia. Isto obrigará ao professor ao garimpo incessante do saber local, que não precisa estar necessariamente nas comunidades, como Também em programas de rádio, em jornais diários, em programas de TV ou mesmo em atividades da igreja e em associações da Sociedade Civil.

Este modo de estar demanda do professor uma sensibilidade de busca contínua de quais saberes locais podem ser encontrados não somente nos antepassados, mas em outros meios. Para que isto seja propício exigirá do professorado um planejamento conjunto de modo a que o material dele resultante chegue aos alunos mais como uma sugestão do que como uma coisa acabada e pronta para ser consumida.

Os currículos têm que ser feitos não inspirados no paradigma mecanicista de transferência de conhecimento do professor para o aluno mas sim numa perspectiva emancipadora, objetivando estimular os educadores a construir o seu currículo. Além da perspectiva emancipadora, o currículo tem que ter uma perspectiva política: estimulando valores que abarquem a componente democrática e de justiça social.Isso pressupõem “construir” uma escola cujos interesses estejam voltados para os da população alvo, aberta às suas comunidades. Esta abertura deve consistir não só na recepção dos seus filhos, mas também na participação das comunidades nos destinos da escola. Uma escola sem discriminação

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e sem exclusão. Uma escola que valorize os aspectos culturais das comunidades. Por isso uma proposta de mudança na Educação precisa de passar pela valorização da cultura das comunidades.

A concepção curricular deve ser inspirada no dia-a-dia dos alunos e não em receitas acabadas. Este modo de construção, por não ser comum, abre oportunidades para a aceitação de certo risco de sucesso ou crítica, uma vez que sai dos caminhos habitualmente percorridos e aprovados socialmente o que os catapulta a terem maior potencialidade quando comparados com outras que não trazem tais riscos. Outro ganho de grande valia está na possibilidade que o aluno tem em poder aplicar os processos intelectuais adquiridos em experiências anteriores em novas situações, contextos e materiais. Além disso, ao envolver o aluno em problemas com os quais se identifica através da comprovação de hipóteses e da identificação de pressupostos duma dada situação, ele sente-se estimulado a comprometer-se na pesquisa.

5.1. AVALIAÇÃO

A questão avaliar, sempre esteve ligada a uma prova escrita ou oral, centrando o poder absoluto no professor, que avaliava e dava uma nota sobre o que o aluno sabia de determinado conteúdo. Com esta visão existia um controle do professor sobre a aprendizagem e sobre um grupo de alunos com idéia de homogeneidade do saber das crianças. Buscava-se então, no principio de que o professor ensinava e o aluno devolvia a informação tal como foi recebida. A avaliação se da ainda hoje dentro de um conceito de aluno e escola do passado. A repetência existe em função das séries. Se não tem série, você tem avanços progressivos dentro de um conteúdo, de um contexto curricular. Em vez de só avaliar Matemática, leva-se em conta o quanto ele participa, o quanto ele sabe organizar seu trabalho. Saber organizar, participar, ser disciplinado, não só suas atitudes e conteúdos disciplinares são fatores decisivos na formação de um indivíduo.

Avaliar, em alguns "modelos educativos", significou controle, fiscalização, meritocracia, objetivos a atingir, produtos, eficiência, eficácia e menos desenvolvimento profissional e educação. A avaliação formativa e continuada consiste em uma prática educativa contextualizada, flexível, interativa, presente ao longo do curso, de maneira contínua e dialógica (Freire,1975). Avalia-se interna e/ou externamente o conteúdo, seu tratamento, a dinâmica da tarefa, o empenho da própria experiência na ação colaborativa, a relação da temática com a própria prática, a aprendizagem antecipada por simulações, a pertinência epistemológica dos tópicos abordados, o nível de interatividade, as ferramentas e materiais de maneira integral e não separadamente. A combinação com a triangulação dos dados obtidos dos relatórios das práticas educativas do professor, do aluno e de observador participante, ainda, é possível. A avaliação educativa, entendida como inserida no projeto político pedagógico, postula a autonomia e a cooperação como princípios básicos da educação.

Avaliar exige do educador um compromisso com o desenvolvimento do educando e com a evolução do processo de construção. Assim, não podemos avaliar somente por meras provas de perguntas sobre conteúdos passados através de informações necessárias a esta construção. E sim, como o educando as usa nas diversas situações de vida escolar e social.

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E necessário retomar o que estamos transmitindo, tendo em mente o objetivo a ser avaliado que não deve ser outro, senão o próprio educando. E, devemos nós educadores rever nossa pratica avaliativa para que os educando possam ter melhor aproveitamento, criar mais oportunidades para que os educando dêem o melhor de si. O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos.

A avaliação, unicamente, “medida”, ranço do positivismo, mais oculta e mistifica do que mostra, ou aponta aquilo que deve ser retomado, ser trabalhado novamente e de outra forma, o que é imprescindível que o aluno conheça. Também não podemos nos esquecer dos instrumentos utilizados para avaliar (confundida com mensuração), que fundamentam este processo decisório e necessitam de questionamentos, não só quanto a sua elaboração, mas, quanto à coerência e adequabilidade com o que foi trabalhado em sala de aula e o modo com que o que vai ser avaliado foi trabalhado.

Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque com o contexto e a forma em que foram produzidos. Com base nos resultados das avaliações, o educador deve provocar novas descobertas e organizar situações favoráveis a construção do conhecimento dos educando, objetivando a ação coletiva, o debate e estudos organizados e não dirigidos.

Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos”.

5.2. RECUPERAÇÃO

A Constituição Brasileira estabelece os direitos e deveres de todos os cidadãos que vivem em nosso país, bem como define responsabilidades dos Municípios, Estados, Distrito Federal e da União. Interpretando a legislação há os Pareceres, que no campo da educação podem ser originários dos Conselhos de Educação (Nacional, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal). Todos têm direito à educação e o Governo é obrigado a proporcionar condições para que existam escolas prontas para receber os alunosA recuperação é obrigatória contudo os aspectos operacionais são definidos pelo regimento.. A recuperação, na educação escolar, já estava prevista na Lei 5692/71, no art. 14: "O aluno de aproveitamento insuficiente poderá obter aprovação mediante estudos de recuperação proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento", e, no parágrafo 1º do art.11: "os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus funcionarão entre os períodos letivos regulares para, além de outras atividades, proporcionar estudos de recuperação aos alunos de aproveitamento insuficiente..." A nova LDB - Lei 9394/96- recoloca o assunto na letra "e" do inciso V do art. 24 - "obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos."

A recuperação tem como objetivo proporcionar aos alunos que possuem rendimento insuficiente a oportunidade de rever e aprender os conteúdos básicos.

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Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral. Se o aluno não aprendeu, o ensino não produziu seus efeitos, não havendo aqui qualquer utilidade em atribuir-se culpa ou responsabilidade a uma das partes envolvidas. Para recobrar algo perdido, é preciso sair à sua procura e o quanto antes melhor; inventar estratégias de busca, refletir sobre as causas, sobre o momento ou circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda usar uma lanterna para iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar, provavelmente não será bem sucedida.

O conhecimento é o resultado de um complexo processo de modificação, de reorganização e de construção realizado pelo aluno, a partir de propostas e intervenções pedagógicas adequadas. Nesse sentido, a recuperação, para ser eficiente, deve estar inserida no trabalho pedagógico, realizado no dia-a-dia escolar. Deve fazer parte da seqüência didática do planejamento de todos os professores. O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas principalmente com a aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados para que todos os alunos aprendam. A recuperação deve ser entendida como uma das partes de todo o processo de ensino–aprendizagem de uma escola que respeite a diversidade de características e de necessidades de todos os alunos.

6. MARCO OPERACIONAL

A participação de toda comunidade escolar na execução da Proposta Pedagógica, fará com que ela se efetive realmente. Reflexões foram feitas e metas traçadas.

No que se refere ao trabalho pedagógico com alunos portadores de deficiência, os professores declaram certa insegurança, pretendem um grau de produtividade do aprendiz. No entanto, o foco de habilidades a serem desenvolvidas deve contemplar o aspecto social, sem se deter especificamente à aquisição de um conteúdo disciplinar. Quando o P.P.P pressupõe liberdade, implica também autonomia. Cabe aqui, ressaltar o compromisso dos educadores com os limites e regras que permeiam a liberdade.

Busca-se uma estrutura pedagógica em conjunto com princípios e valores que regem a prática educativa. Que a gestão seja baseada em princípios democráticos, guiada por regras pré-estabelecidas que advém de todas as instituições envolvidas com o processo educativo.

Propõe-se mudanças na escola, como maior espaço para grupo de estudos, sem prever a dispensa de alunos. Para tal, organizar um horário especial respeitando lógico a carga horária prevista em lei, onde professores de determinada disciplina se reúnam, enquanto os demais realizam atividades diferenciadas com os alunos; um espaço mais aberto a sugestões e também participação na efetivação das ações propostas, as quais deverão constar em cronograma pré-estabelecido; ampliação de recursos físicos, didáticos e humanos no âmbito escolar, como por exemplo: pessoa responsável que auxilie em trabalhos laboratoriais; o aumento do número de computadores no laboratório de informática com pessoa destinada a trabalhar com os alunos, sem perder de vista o aspecto pedagógico, na intenção de permitir um acesso maior do educando com o conhecimento, através da tecnologia; mais materiais didáticos como: mapas disponíveis em cada sala de aula, condições de uso de um maior número de cópias, bem como um acervo melhor de livros na área de Filosofia, Artes e Língua Inglesa para melhoria na qualidade dos trabalhos de pesquisa, com bibliotecário efetivo que conheça o acervo da biblioteca, aquisição de livros, como enciclopédias completas e atualizadas.

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6.1 - Linhas de Ação Financeira e Administrativa:

Grêmio Estudantil:O Grêmio Estudantil é um órgão composto somente de estudantes. Ele deve

estar sempre preocupado em tornar realidade as aspirações da maioria daqueles que estudam num estabelecimento de ensino. Ele é geralmente composto por uma diretoria eleita pelos estudantes que deverá trabalhar com diversos departamentos. O Grêmio Estudantil tem por finalidade propiciar o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos, estimulando a consciência crítica, a prática democrática, a criatividade e a livre iniciativa para o exercício da cidadania, favorecendo a permanente integração da Escola à Comunidade. O Grêmio Estudantil será composto por:

I - Diretoria Executiva; II - Conselho de Representantes; III - Assembléia Geral. A Diretoria Executiva do Grêmio Estudantil será composta pelos seguintes

membros: I - Presidente; II - Vice-Presidente; III - 1º Secretário; IV - 2º Secretário; V - Dois membros do Conselho de Representantes sendo um de cada turno. Todos os alunos matriculados na Unidade Escolar são membros naturais do

Grêmio Estudantil.O Conselho de Representantes será formado pelos alunos representantes de

cada turma da Unidade Escolar que terão direito a voz e voto nas reuniões do Grêmio Estudantil.

A Assembléia Geral será composta por todos os alunos da Unidade Escolar obedecendo, para quaisquer deliberações, o quorum mínimo de cinqüenta por cento mais um em primeira convocação e, em segunda convocação, a maioria simples dos alunos presentes.

O grêmio é uma entidade autônoma que deverá funcionar sem supervisão de professores. Mas, podem surgir momentos em que os estudantes, não conseguindo resolver determinados problemas sozinhos, necessitem de ajuda de algum professor. Por exemplo o Departamento de Esportes poderá contar com o auxílio dos professores de Educação Física na organização de torneios. Mas, estudantes e professores deverão tomar certos cuidados ao trabalharem juntos. A autonomia do grêmio, entidade gerida apenas por estudantes, jamais poderá ser desrespeitada pelos professores ou pela direção da escola. Um grêmio não pode apenas cuidar de atividades recreativas e culturais, mas também deve levar à frente as lutas dos estudantes pela melhoria do ensino, por um tratamento mais digno, por mais democracia na escola e participar das lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam.

Um grêmio que só cuida de reivindicar e conduzir lutas não consegue apoio e participação de muitos colegas esquecendo-se de procurar atingir uma de suas metas mais importantes, que é a de tornar a escola mais prazerosa e proveitosa para os estudantes. Promovendo a luta reivindicatória e política, sem se esquecer das atividades

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recreativas e culturais, O Grêmio Estudantil acaba se transformando no órgão mais importante da escola, porque ele representa os estudantes.

Representante de Turma:Cabe aos representantes de turma exercer o papel de representante legítimo da

turma em casos de comunicação de sugestões e processo de negociação com as instâncias gestoras do curso e da faculdade. Mobilizar a turma para participação em atividades do interesse do grupo e da faculdade como eventos, visitas técnicas, palestras, cursos, dentre outros. Agir como interlocutor entre a turma e os professores visando o aperfeiçoamento da relação professor-aluno e melhoria do rendimento acadêmico em sala de aula.

E de responsabilidades dos mesmos manter-se informado sobre o que acontece na escola, compartilhando com a turma as informações importantes. Participar das reuniões de líderes de turma com a direção e equipe pedagogica.

Conselho de Escolar: O Conselho escolar tem por finalidade efetivar a Gestão Escolar, na forma de

colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se no órgão máximo de direção, sendo ele de natureza deliberativa, consultiva e fiscal. O conselho escolar averigua o que a escola precisa e quais são os assuntos mais importantes que a escola deve focalizar. O conselho escolar assessora as necessidades financeiras da escola. O conselho escolar orienta o diretor sobre assuntos, como por exemplo, se a escola está a usar o melhor meio de informar aos pais sobre o aproveitamento do aluno ou sobre o bem-estar dos estudantes na escola.

Os membros do conselho escolar são os pais, professores, representantes da comunidade locais e algumas vezes os alunos. O diretor da escola também faz parte do conselho. A maior parte do conselho escolar é composta pelos pais e representantes das comunidades. Nenhum grupo, como por exemplo, os representantes das comunidades ou professores podem perfazer um número que supere os votos do resto do conselho escolar. A única qualificação necessária para pertencer ao conselho escolar é o desejo de ajudar a escola

O conselho escolar é um grupo responsável pelo estabelecimento de objetivos e de direções que a escola tomará no futuro. Ele desempenha um papel importante em assegurar que toda a comunidade seja envolvida em todas as decisões importantes tomadas pela escola.

Conselho de Classe:O Conselho de Classe é o órgão coordenador e avaliador da ação educacional

da Escola. Composto por professores, o Conselho de Classe, juntamente com a Direção e com o Conselho de Ensino, estabelece critérios para os trabalhos de acompanhamento, avaliação e recuperação, definindo as normas gerais para o funcionamento da unidade de ensino.

E um momento para análise dos avanços dos alunos, do desempenho dos professores e da equipe escolar, onde o Diretor é mediador e tem a missão de conduzir a reunião de Conselho de forma democrática, usando sempre o bom senso para resolver situações de conflito, que possam surgir e não perdendo de vista o resgate da auto-

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estima dos alunos. É necessário que todos os envolvidos sejam conscientes de que a escola deve ser um espaço de ensinar e aprender.

Conselho de Classe e um mecanismo constituído para assegurar que o julgamento do desempenho do aluno se efetive de forma conjunta e cooperativa entre profissionais da escola. No entanto, esse processo só ganhará sentido se houver um consenso entre os profissionais.

APMFA função das APMF transcende às questões estruturais das escolas. A nova

filosofia é trabalhar com o desenvolvimento pedagógico dos alunos, dando igualdade de condições, visando impedir a repetência, a evasão escolar. As APMF´s são classificadas como ONG’s com todas as prerrogativas, podendo, inclusive, receber verbas do Fundo da Criança e do Adolescente (FIA), que é um fundo estadual.

Os recursos arrecadados pelas APMF’s são destinados a suprir as necessidades daqueles alunos com carência de renda, para custear o material escolar básico (uniforme, cadernos, canetas, livro de língua estrangeira, material para pesquisa, figurinos e cenários para peças teatrais) e outros componentes de primeira necessidade que são de responsabilidade das famílias.

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ANEXO 1

QUADRO GERAL

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ESCOLAR REGIMEAlex Franco Auxiliar Técnico

AdministrativoEnsino Médio QPPE

Aldate Stopassola Professora LP- Matemática – Especialização em Matemática

QPM

Ana Paula Capelesso

Professora Química – Especialização em Química

REPR

Bernadete M. de Souza

Professora LP –Ed. Artística – Especialização em Supervisão e Orientação

Educacional

QPM

Cássia Koerich Professora LP – Letras – Especialização em Língua Portuguesa e Pedagogia

Escolar

QPM

Cleonice T. Totti Professora LP – Letras – Especialização em Língua Portuguesa e Pedagogia

Escolar

QPM

Cleonizete Totti Professora LP- Química – Especialização em Ciências do 2º Grau – Química

QPM

Cleusa Candido da Silva

Auxiliar de Serviços Gerais

4ª Série READ

Dalva B. dos Santos

Professora Pedagoga LP – Pedagogia – Especialização em Educação Especial

QPM

Dione R. Ribeiro Professor Pedagogo LP – Pedagogia QPMEberson Fadanelli Professor LP - Ed. Física – Especialização em

Treinamento Esportivo e Educação Especial Inclusiva

QPM

Edelso dos Santos Professor LP – Geografia QPMFrancieli da Silva Auxiliar Técnico

AdministrativoEnsino Médio REPR

Gilmar Marcelo de Paula

Professor História – Especialização em História SCO2

Inês M. Moretto Professora LP – Letras – Especialização em Pedagogia Escolar

QPM

Ionara Garbossa Professora LP – História – Especialização em Metodologia do Ensino de História

REPR

Irma de Souza Auxiliar de Serviços Gerais

Ensino Médio READ

Ivonete P. Duarte Professora Letras Português, Inglês, Espanhol – Especialização em Educação

Especial Inclusiva

REPR

Jailson Campos de Oliveira

Técnico Administrativo

Bacharel em Geografia QPPE

Jaime Miguel Diretor LP - História – Especialização em QPM

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Borsa Pedagogia Escolar

Juraci Cibulski ProfessoraFísica, Pedagogia – Especialização

em Ensino da Matemática, Educação Especial e Gestão Pedagógica

REPR

Marilene Wolff Auxiliar de Serviços Gerais

Ensino Médio PEAD

Nadia Meurer Professora Educação Física – Especialização em Saúde e Qualidade de Vida

QPM

Odilmara T.D Freitas

Professora Historia REPR

Paulo Felicetti Sobrinho

Professor LP - Matemática – Especialização em Ensino da Matemática

REPR

Reulci A. Citadella

Professor Geografia – Especialização em Educação para Jovens e Adultos

REPR

Roseli G. Becchi Professora Letras – Especialização em Interdisciplinaridade na Escola e

Processo de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa

REPR

Rosenei Valendorff

Auxiliar Técnico administrativo

Ensino Médio READ

Rozeli J. Biavatti Grassi

ProfessoraVice-Diretora.

Matemática – Especialização em Administração Escolar e Pedagogia

Escolar

QPM

Silvana Palavezzini

Professora Biologia – Especialização em Metodologia Inovadoras Aplicadas à

Educação e Educação Especial

SCO2

Simoni Gregolon Grassi

Auxiliar de Serviços Gerais

Ensino Medio READ

Sueli Maraschim Professora Letras e Espanhol. QPMTerezinha Holdizs Auxiliar de Serviços

GeraisEnsino Fundamental CLAD

Terezinha Rufatto Dambrós

Auxiliar de Serviços Gerais

Ensino Fundamental CLAD

Vatison M. Bratti Professor Física – Especialização em QPMZenilda Possato

DuarteProfessora Filosofia – Especialização em Língua

Portuguesa e Pedagogia EscolarQPM

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Anexo - IIProjetos Desenvolvidos na Escola.

Jogos Escolares Interclasses.

Competição esportiva entre os alunos da Escola. Os vencedores são agraciados

com medalhas de Honra ao Mérito. Através do esporte, os alunos trabalham a

disciplina, as regras, a competição saudável e o espírito esportivo. Promovendo a

integração de todos os alunos com o esporte na promoção da Saúde.

A realização dos Jogos Escolares Interclasses ocorrem na semana da Pátria .

Geralmente nos dias que antecedem o 07 de setembro. No primeiro dia e realizada a

abertura com a apresentação das turmas, e alguma dança preparada pelos alunos.

Execução do hino nacional brasileiro e do juramento do atleta realizado por um dos

alunos. Na seqüência da-se inicio aos jogos que são disputados nas seguintes

modalidades: handebol, voleibol, futsal, tênis de mesa e xadrez, tanto feminino como

masculino. As modalidades são disputadas por alunos do ensino Fundamental e Médio.

O resultado dos jogos e satisfatório porque proporciona a participação de

praticamente todos os alunos, alem do envolvimento de toda equipe de professores e

funcionários da escola.

Clube da Árvore.

O projeto clube da árvore é desenvolvido com alunos da 7ª Série com o

objetivo de aprender como podemos utilizar os recursos naturais de modo a garantir o

futuro da vida no planeta, entendendo como a harmonia entre todos e fundamental para

a natureza continuar dando seu maravilhoso show. O clube da árvore conta com a

participação de todos os interessados para avançarmos na direção de uma relação mais

saudável entre homem e natureza.

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Fera.

O FERA tem por objetivo estimular experiências nas diversas áreas e linguagens

artísticas, desenvolvendo a interdisciplinaridade, trabalhando o conhecimento da arte e

da cultura, contribuindo para a reflexão sobre a arte na educação e, ainda, promovendo

o intercâmbio para enriquecer o tempo e o espaço escolar.

No FERA há participação de alunos, professores e equipes pedagógicas das

Escolas Estaduais e Municipais de cada região, bem como, a presença de delegações de

alunos e professores das demais regiões do Paraná, no intuito de desenvolver o trabalho

artístico pedagógico. Participam também artistas, docentes, parceiros, patrocinadores,

apoiadores e comunidade local, com direito de visitação à programação.

O Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu, tem participado do FERA, com

alunos do ensino Fundamental e Médio. Esses alunos participam de diversas atividades

culturais e artísticas. O resultado pedagógico da experiência com estas atividades

integradoras tem sido grande, o que faz concluir que o FERA pode ser uma ferramenta

educacional grandiosa. Quando os alunos e professores estão motivados naturalmente

por esta atividade popular e que a própria Rede Estadual de Ensino pode desenvolver

suas praticas pedagógicas com êxito.

Agrinho.

O Agrinho é um programa educativo, transformador e motivador de mudanças

de hábitos e atitudes, que prioriza a criança, transformando-a, pela educação, em agente

de melhoria das condições sociais e econômicas das famílias e da comunidade onde

vivem. O Agrinho surge como importante ferramenta de caráter educativo e preventivo,

visando proporcionar aos trabalhadores/agricultores e cidadãos do futuro, a

oportunidade de serem sujeitos co-participantes das transformações de suas realidades.

O Colégio Estadual Boa Esperança do Iguaçu, desenvolve esse projeto com

alunos do ensino fundamental e tem por objetivo:

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• Despertar o interesse dos alunos para a proteção do meio ambiente e para o combate aos fatores adversos ao meio em que vive, como um exercício de cidadania;

• Preparar crianças e jovens rurais para uma melhor convivência com meio ambiente e outros aspectos de interesse de sua comunidade;

• Contribuir para a formação profissionais do trabalhador e do produtor rural do futuro;

• Capacitar os docentes das escolas rurais para trabalharem os temas específicos, de forma transversal aos currículos escolares;

• Promover uma maior integração escola/professor/aluno/comunidade rural.

O material didático, composto de cartilhas, manual do professor, jornais, e cartazes, apresentam os temas em forma de estórias infantis, tendo como personagem principal um garoto chamado Agrinho.

Jocops.

Os Jogos Colegiais do Paraná (JOCOPs), como parte dos Jogos Oficiais do

Paraná, são organizados pelo Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado da

Educação/ Paraná Esporte, e em parceria com o município sede da Fase Regional da

competição Nova Prata do Iguaçu.

Este estabelecimento de ensino participou da Fase Regional do JOCOPs em

Nova Prata do Iguaçu, nas seguintes modalidades e categorias: Futsal Masculino

Categoria “A” e “B” e Tênis de Mesa Masculino “A” e “B”. Antes da Fase Regional foi

realizada uma Fase Escolar onde todos os alunos oportunidade de participar desta fase,

nesta fase os alunos que tiveram melhor qualidade técnica bem como sendo um

desempenho de nota e disciplina foram levados para participar dos Jogos Colegiais.

Como resultados nossos alunos tiveram resultados satisfatórios: Terceiro Lugar

Futsal Masculino “A”, Terceiro Lugar Tênis de Mesa Individual “A” e “B” e Segundo

Lugar Geral Tênis de Mesa Masculino. O comportamento dos alunos nos Jogos também

se pode dizer que foi exemplar

Promover o desporto educacional, através de jogos que envolvam varias

modalidades esportivas, dando oportunidade de participação a um maior numero de

alunos, despertando o gosto pela pratica dos esportes, com fins educativos e formativos;

Congregar os alunos dos vários municípios da região, propiciando o estimulo recíproco,

intercambio social, a vivencia e reflexo sobre os aspectos positivos do esporte,

contribuindo para situar a escola como centro cultural, desportivo e formativo da

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comunidade; Propiciar a oportunidade para o surgimento de novos talentos esportivos,

enfatizando os valores educacionais dos Jogos Colegiais do Paraná.

Feira de Ciências.

A amostra dos trabalhos das escolas do município de Boa Esperança do Iguaçu

tem como objetivo proporcionar ao aluno a oportunidade de mostrar o trabalho

produzido através do conhecimento adquirido em sala da aula para os demais alunos e

outras pessoas interessadas no trabalho escolar. (pais, amigos, comunidade, outras...).

Para o professor e uma maneira através da qual poderá fazer a avaliação do

conhecimento que o aluno emprega no desenvolvimento do seu trabalho. A escola

realiza esses eventos para auxiliar seu quadro docente a desenvolver aulas mais criativas

e tornar o aprendizado do aluno mais significativo.

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Bibliografia:

Serie de Estudos – Educação a Distancia – Salto para o Futuro; Construindo a Escola Cidadã – Projeto Político Pedagógico

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura davara, onze teses sobre educação e política. 33.ª ed. revisada. Campinas:Autores Associados, 2000.

SAVIANI, Dermeval. Educação; do senso comum à consciência filosófica. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1987.

VyGOTSKY, L. - Pensamento e linguagem. SP, Martins Fontes, 1988.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3a. ed. Porto Alegre, Artmed, 1998.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11. ed., São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SAVIANI, D. Saber escolar, currículo e didática. 3.ed.Campinas: Autores Associados, 2000.

ARANHA, M. L.. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

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