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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 28 de Março 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................. 4
As cidades e as chuvas de verão ..................................................................................................... 4
Pedido em SP................................................................................................................................ 5
Conferência Municipal de Meio Ambiente do Guarujá é esforço de lideranças pelo desenvolvimento do
município ..................................................................................................................................... 6
Único museu brasileiro dedicado ao eucalipto completa 103 anos ........................................................ 7
Instituto Geológico comemora 133 anos de criação da Comissão Geográfica e Geológica ........................ 8
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .......................................................... 10
São Paulo: 44% da bioeletricidade em 2018 ................................................................................... 10
Evento sobre sustentabilidade traz experiências interativas .............................................................. 11
Jaguariúna é exemplo na preservação e aumento da captação de água .............................................. 12
Diretiva Arborização Urbana é trabalhada pela Secretaria de Meio Ambiente ....................................... 13
Sabesp anuncia projeto de despoluição do Córrego Ipiranga ......................................................................... 14
A poluição nas cidades e seus efeitos na saúde da população ............................................................ 15
Vereadores da Comissão de Meio Ambiente discutem problemas ambientais da cidade ........................ 16
Construção da nova ponte sobre o Rio Tietê, em Santana de Parnaíba, será Iniciada pela Prefeitura nos
Próximos 60 dias ......................................................................................................................... 17
Obra da nova ponte de Santana de Parnaíba, que liga Alphaville ao centro da cidade, começa em 60 dias
................................................................................................................................................. 18
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 19
Brasil corta projeção de demanda por energia até 2023 após PIB fraco e Brumadinho .......................... 19
Açu Petróleo e Petrobras assinam contrato de transbordo de petróleo no Porto do Açu ......................... 20
Aneel quer intensificar discussões para buscar mais reduções de tarifa .............................................. 21
Indústria de Minas vê risco de falta de minério de ferro em até 60 dias .............................................. 22
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 23
Painel ........................................................................................................................................ 23
Mônica Bergamo: Equipe da Comissão de Anistia deve propor rejeição do pedido de Dilma ................... 25
Brasil quer expandir exploração do pré-sal para fora de fronteira marítima ......................................... 27
América do Sul resiste a campanha global por veículos elétricos, dizem montadoras ............................ 29
Estado de SP tem 219 obras de grande porte paradas ..................................................................... 30
ESTADÃO .................................................................................................................................. 31
Luz solar no Xingu reduz gasto com energia e muda vida de indígenas .............................................. 31
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 33
Subsídio na energia será reduzido, diz ministro ............................................................................... 33
Tarifa social será mantida mesmo após desoneração da conta de luz, diz Aneel .................................. 34
Parlamento Europeu bane os plásticos de uso único ......................................................................... 35
Cesp muda estratégia para enfrentar GSF ...................................................................................... 36
Mais excesso de capacidade de aço traz risco global ........................................................................ 37
Amazônia necessita conciliar preservação e desenvolvimento ........................................................... 38
Florestas urbanas são estratégicas para promover a qualidade de vida .............................................. 40
Pressão de mercado .................................................................................................................... 41
Investidores miram fontes renováveis do país ................................................................................. 43
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Grupo de Comunicação e Marketing
Boas práticas reduzem as emissões do agronegócio ......................................................................... 44
Negócio de impacto social e ambiental atrai empreendedor .............................................................. 45
Maioria das empresas ainda desconhece a Agenda 2030 .................................................................. 47
Banalização dos ODS pode afugentar investidores ........................................................................... 49
Reputação e geração de valor são afetadas .................................................................................... 50
Inovação ajuda a reduzir uso de recursos naturais .......................................................................... 51
Dejetos animais geram energia e até gás veicular ........................................................................... 52
Malwee inova na indústria da moda com iniciativas socioambientais .................................................. 53
Maior participação do gás na matriz traz preocupações ambientais .................................................... 54
Startups desenvolvem tecnologia para atender futura demanda pelo hidrogênio combustível ................ 55
Mercado de alimentação saudável valoriza pequenos produtores ....................................................... 57
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Veículo1: Mogi News
Veículo2: Diário do Alto Tietê
Data: 28/03/2019
As cidades e as chuvas de verão
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Todo Dia de Americana
Data: 28/03/2019
Pedido em SP
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Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 27/03/2019
Veículo: Dia do Turismo
Conferência Municipal de Meio Ambiente do Guarujá é esforço de lideranças pelo desenvolvimento do
município
Lideranças se reúnem para apresentar
propostas e projetos que tornarão o município
do Guarujá uma referência em sustentabilidade
e preservação da natureza
Por Hugo Okada
Na manhã desta quarta-feira (27), iniciou-se os
trabalhos da 1ª Conferência Municipal de Meio
Ambiente de Guarujá, que reuniu lideranças do
turismo local; empresários; o prefeito da
cidade, Valter Suman; o secretário de turismo,
Tadeu Benedito de Oliveira Junior, o secretário
de Estado de Infraestrutura e Ambiente, Marcos
Penido; entre outros, no primeiro painel
“Criação do Corredor Ecológico do Guarujá”.
“Ecologia, palavra que ouvimos desde a
infância e que tem crescido em importância e
significado. Somos filhos do universo, toda ação
tem uma reação, se não cuidarmos do nosso
planeta não o teremos mais no futuro. Temos
de usar todos os mecanismos de conhecimento
para ações ambientais simples e práticas e
ações maiores de preservação de nossa
natureza. Preservar a natureza é valorizar o
homem. Existe uma sucessão de ações
necessárias, daí a comum união, o espírito de
corpo para que todos os secretários e gestores
das mais variadas áreas sejam multiplicadores
dessa conscientização”, declarou o prefeito
Valter Sulman.
O secretário de Estado de Infraestrutura e
Ambiente, Marcos Penido, também teve lugar
na abertura dos trabalhos. “Se cada um
entender a sua participação no zelo ao meio
ambiente, poderemos desenvolver e trazer o
progresso. Temos que somar esforços, somar
iniciativas, o setor público e o privado em um
mesmo objetivo. Venho aqui com muita
satisfação, por acreditar que os passos dados
aqui repercutirão positivamente no futuro.
Lembro-me que há anos atrás, Cubatão
aparecia nos telejornais como uma cidade em
ruínas. Hoje é uma das cidades mais
desenvolvidas. Que a nossa secretaria possa
trazer sustentabilidade para as pessoas,
saneamento, dignidade e regularização. Eu
tenho certeza que vamos conquistar isso por
meio dessa iniciativa”, observou Penido.
Ameris Hoteis
Desenvolvimento do turismo
Para Marcos Penido, “o produtor deve ser
responsável até o destino final de seu produto.
Aterro sanitário é solução sim, temos de ter
incineração, reciclagem, utilização de
compostagem. Tudo isso será obtido por meio
de uma somatória de esforços”.
“Trata-se de um evento importante para a
discussão de alguma ações que temos interesse
em desenvolver no Guarujá em relação ao eco-
turismo, turismo ambiental, nele estamos
formalizando a entrega do nosso plano diretor
de Turismo, com diretrizes que apontam para
este lado ecológico e náutico. Acredito que o
turismo anda lado a lado com a preservação do
meio-ambiente e com a propagação da cultura
de um modo geral, tanto do destino quanto da
abrangência que o termo possui em todos os
sentidos. O evento também reúne entes em
esfera regional e estadual e acho que só temos
a ganhar com esse debate no município”,
declarou Tadeu Ferreira, secretário de Turismo
do Guarujá.
A Conferência Municipal de Meio Ambiente
acontece no Casa Grande Hotel & Resort, no
Guarujá, litoral norte de São Paulo, das 9h às
17h. O DIÁRIO DO TURISMO é media partner
do evento.
https://diariodoturismo.com.br/conferencia-
municipal-de-meio-ambiente-do-guaruja-e-
esforco-das-liderancas-pelo-desenvolvimento-
do-municipio/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 27/03/2019
Veículo: Notícias de Campinas
Único museu brasileiro dedicado ao
eucalipto completa 103 anos
Museu do Eucalipto, localizado na cidade de Rio
Claro, possui acervo científico, histórico e
cultural de grande relevância
Museu do Eucalipto está situado na cidade de
Rio Claro, no interior do Estado de SP, e chega
aos 103 anos de fundação
O município de Rio Claro, no interior paulista,
sedia o Museu do Eucalipto, que chega aos 103
anos de fundação. A história do local começou
a ser construída pelo engenheiro agrônomo
Edmundo Navarro de Andrade, em 26 de março
de 1916.
No fim do século XIX, havia uma escassez de
matéria-prima para manutenção e construção
de ferrovias. Para suprir a demanda de madeira
para dormentes e carvão, a Companhia Paulista
de Estradas de Ferro criou hortos florestais em
diversas cidades do interior paulista. Em 1914,
Edmundo Navarro foi buscar na Austrália 144
espécies da planta.
'O museu possui um acervo científico, histórico
e cultural de grande importância, sendo
referência mundial na cultura do eucalipto.
Trata-se de uma iniciativa pioneira do
agrônomo Edmundo Navarro que beneficiou
todo o Brasil', ressalta o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
Acervo
A coleção foi idealizada pelo próprio Edmundo
Navarro, com o objetivo de manter e expor os
resultados das várias pesquisas realizadas por
sua equipe para a aclimatação de diversas
espécies de eucalipto no Brasil. Das 144
espécies trazidas da Austrália, 64 se adaptaram
bem ao clima brasileiro.
A partir de 2002, por meio do Decreto Estadual
nº 46.819, o antigo Horto Florestal foi
classificado na categoria de floresta, tornando-
se a Floresta Estadual Edmundo Navarro de
Andrade (FEENA) e passando, então, a
desenvolver manejo sustentável dos recursos,
pesquisa e visitação pública.
'Ao longo do dia, recebemos muitos alunos da
rede pública do município de Rio Claro para
visitar o Museu do Eucalipto, mas quero
convidar todos para conhecer esse verdadeiro
patrimônio histórico', disse o gestor da FEENA,
Rodrigo Campanha.
Nas 16 salas, o espaço leva a uma viagem no
tempo e na história, contextualizando a
expansão das vias férreas no interior paulista e
o desenvolvimento da silvicultura no Brasil. O
acervo virou referência na comunidade
científica e subsidiou empresas que vieram a se
dedicar ao plantio de florestas plantadas,
principalmente, as voltadas à indústria do
papel.
Visita
Na visita ao museu, é possível voltar ao tempo
na época em que grandes proprietários de
terras fundadores da Companhia Paulista de
Estradas de Ferro fizeram com que a linha
férrea se prolongasse a partir de Jundiaí para o
oeste paulista, viabilizando o escoamento da
produção cafeeira até o porto de Santos.
Na estrutura original, o museu conta a história
da introdução do eucalipto no Estado, a relação
com a construção das linhas férreas e o papel
da Companhia Paulista na sua difusão. O local
possui um espaço expositivo permanente
(incluindo peças confeccionadas em madeira de
eucalipto, como mobiliário, painéis e
utensílios), distribuído em 16 salas temáticas
localizadas em um único pavimento, com área
construída de 800 m².
O local funciona de segunda a sexta-feira, das
9h às 16h, e as visitas precisam ser agendadas
pelo telefone (19) 3525-7036, 3533-8694 ou
pelo e-mail [email protected]. Aos domingos, o
local é aberto ao público das 14h às 17h.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20075451&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 27/03/2019
Veículo1: Portal do GESP
Veículo2: Folha Nobre
Instituto Geológico comemora 133 anos de criação da Comissão
Geográfica e Geológica
Para recordar a data, o IG está divulgando em
seu site a digitalização dos primeiros relatórios
elaborados pela comissão
Luis Felipe Manoel
O Instituto Geológico (IG) do Estado de São
Paulo, órgão ligado à Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA),
comemora nesta quarta-feira, 27 de março, os
133 anos da criação da Comissão Geográfica e
Geológica (CGG). Para recordar a data, o IG
está divulgando pela primeira vez em seu site
a digitalização dos primeiros relatórios
elaborados pela Comissão, nome que antecede
a criação do Instituto.
Foi em 27 de março de 1886 que a então
Província de São Paulo criou a Comissão
Geográfica e Geológica, para auxiliar na
expansão agrícola no território paulista. A CGG
realizou pesquisas e levantamentos detalhados
sobre solo, clima, geomorfologia, geologia e
hidrografia.
'Esses relatórios são um retrato da nossa
história, motivo de orgulho para todos nós
paulistas. São documentos ricos em detalhes,
escritos por esses verdadeiros bandeirantes do
conhecimento que abriram caminhos para o
desenvolvimento de São Paulo', explica o
secretário Marcos Penido.
O primeiro estudo realizado - 'Exploração dos
Rios Itapetininga e Paranapanema' - data do
ano de 1889 e foi conduzido pelo engenheiro
Theodoro Sampaio. Ao todo, foram
digitalizados e divulgados nove relatórios, além
de fotografias do período de 1889 a 1927.
'Na década de 1930, todo o acervo da CGG foi
dividido entre diversas instituições do Estado,
como o Instituto de Arqueologia e Etnologia, o
Instituto Astronômico e Geofísico, o Instituto de
Botânica e outros. Temos um projeto para
organizar virtualmente todo o acervo original
novamente da CGG', explica a diretora-geral do
Instituto Geológico, Luciana Martin
Rodrigues Ferreira.
Nessas primeiras expedições, colaboraram no
trabalho pesquisadores e naturalistas famosos
como Albert Löfgren, Orville Adelbert Derby,
Francisco de Paula Oliveira, Luiz Felipe Gonzaga
de Campos, entre outros.
'Os pesquisadores utilizaram os rios como vias
naturais de transporte para iniciar os
levantamentos científicos. Os trabalhos da CGG
duraram até 1931, e quase todos os produtos
de suas pesquisas são mapas, relatórios e
documentos fotográficos e equipamentos',
explica o diretor técnico e responsável pelo
acervo histórico do IG, José Barcellos Ramos.
Em 45 anos de existência, a CGG lançou
diversas publicações que colaboraram para o
avanço de pesquisas, reconhecimento e
planejamento do espaço territorial paulista.
Parte das coletas realizadas durante as
expedições compõem o acervo do Museu
Geológico Valdemar Lefèvre, localizado no
Parque da Água Branca, em São Paulo.
Para conferir as publicações acesse aqui.
Sobre o IG
O Instituto Geológico (IG) é um órgão originário
da 'Comissão Geográphica e Geológica da
Província de São Paulo - CGG', criada em 1886
com o objetivo de planejar e executar estudos
e pesquisas para subsidiar a ocupação do
território paulista, representando o esforço
mais antigo da pesquisa científica no Estado de
São Paulo. Atualmente, é uma Instituição de
Pesquisa Científica caracterizada como um
centro de referência em Geociências na
resposta aos desafios da sociedade.
A missão institucional contempla a geração de
conhecimento sobre o meio físico, por meio do
desenvolvimento de estudos e pesquisas,
disseminação e aplicação dos resultados, e
prestação de serviços à comunidade, para dar
suporte à gestão ambiental, ao
desenvolvimento sustentável, à implementação
de políticas públicas e à definição de políticas
de Ciência e Tecnologia e de Inovação
Tecnológica.
O IG é uma das instituições do país que possui
espectro mais abrangente de atuação em
Geociências, com aplicação ampla e
diversificada para diferentes finalidades. Possui
um corpo técnico altamente capacitado e
qualificado para desenvolver as atribuições
institucionais, e com capacidade de atuação em
diversas áreas, tais como Geologia Geral,
Paleontologia, Hidrogeologia, Geologia de
Engenharia e Ambiental, Recursos Minerais,
9
Grupo de Comunicação e Marketing
Geomorfologia, Dinâmica de Uso do Solo,
Climatologia, Geoprocessamento e
Monumentos Geológicos.
Da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20096419&e=577
http://folhanobre.com.br/2019/03/27/instituto-
geologico-comemora-133-anos-de-criacao-da-
comissao-geografica-e-geologica-sao-
paulo/237133
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10
Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Brasil Agro
Data: 28/03/2019
São Paulo: 44% da bioeletricidade em
2018
Por Zilmar José de Souza
Em 2018, o Estado de São Paulo gerou 11.608
GWh de bioeletricidade para o Sistema
Interligado Nacional (SIN), um volume 3%
inferior ao de 2017, mas que ainda permitiu ao
Estado liderar com sobra o ranking de geração
de bioeletricidade para o SIN, representando
44,1% do total no ano passado.
A informação está em levantamento recente da
União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única),
com base em dados da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os
valores incluem não somente a geração de
bioeletricidade pelo setor sucroenergético mas
também em outros setores da economia e por
diferentes tipos de biomassa.
A segunda colocação permaneceu com Mato
Grosso do Sul, com 4.369 GWh de
bioeletricidade ofertados para o SIN, um
crescimento significativo de 19,8% em relação
a 2017, levando o Estado a representar 16,6%
do total de bioeletricidade exportada para o SIN
em 2018.
O Estado de Minas Gerais ficou com a terceira
posição no ranking, gerando 3.235 GWh para a
rede em 2018, um valor 8,3% superior ao de
2017, representando 12,3% do total de
geração da bioeletricidade ofertada para o SIN
em 2018.
Os Estados de Goiás e Paraná fecharam o
ranking dos Estados mais representativos na
geração de bioeletricidade para a rede,
produzindo 2.704 GWh e 1.632 GWh,
respectivamente, participando cada com
10,3% e 6,2% da bioeletricidade ofertada para
o SIN em 2018.
A produção total de bioeletricidade destes cinco
Estados foi de 23.548 GWh, representando
quase 90% de toda a bioeletricidade ofertada
para o SIN em 2018. Isto mostra a importância
do setor sucroenergético, pois estes são
também os principais Estados produtores de
cana-de-açúcar no país. Na safra 2017/18, a
produção somada destes Estados representou
90% da moagem de cana-de-açúcar no país.
Essas informações também mostram como é
significativa a geração de bioeletricidade para o
país e, especificamente, para o Estado de São
Paulo, que, em 2018, importou 57% da energia
elétrica consumida pelo seu mercado.
Em 2018, o consumo total de energia elétrica
no Estado de São Paulo foi de 131.978 GWh e
a geração de energia no Estado produzida para
o sistema de transmissão foi de 56.657 GWh.
Considerando que a bioeletricidade produzida
em São Paulo para o SIN foi de 11.608 GWh,
isto foi equivalente a 20,5% do total de geração
pelo Estado para o sistema!
Ainda, de acordo com a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente, com
18.917.329 unidades consumidoras, somente
no mês de dezembro de 2018, as distribuidoras
de energia elétrica que atuam no Estado de São
Paulo atenderam a um consumo de eletricidade
correspondente a 11.206 GWh, ou seja, a
bioeletricidade gerada para o SIN em São
Paulo, no ano passado, foi suficiente para
atender um mês inteiro de consumo de energia
elétrica no Estado de São Paulo.
A partir de dados da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), calcula-se que são
aproveitados apenas 15% do potencial da
bioeletricidade para o SIN. Portanto, que a
melhora no ambiente de negócios para a
bioeletricidade, nos próximos anos,
estimulando o investimento, possa contribuir
para acelerar o desenvolvimento desta fonte de
geração estratégica, diminuindo o hiato entre a
produção efetiva de bioeletricidade e seu
potencial técnico de geração para o Sistema
Interligado Nacional (Zilmar José de Souza é
gerente de Bioeletricidade da União da
Indústria de Cana-de-Açúcar - Única e
professor da Faculdade Getúlio Vargas -
FGV/SP)
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20116477&e=577
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11
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Portal do Governo do Estado de
São Paulo
Veículo2: Notícias de Campinas
Data: 27/03/2019
Evento sobre sustentabilidade traz experiências interativas
'Green Nation' ocorre até o próximo domingo
(31); organizadores e Sabesp promovem
adoção de mudas do Programa Nascentes
Um dos maiores eventos sobre sustentabilidade
do Brasil, o Green Nation ocupa, até o próximo
domingo (31), os 10 mil m² do Pavilhão das
Culturas Brasileiras do Parque do Ibirapuera. A
5ª edição do evento busca proporcionar aos
visitantes experiências interativas, sensoriais e
emocionais para pensar, viver, sentir e aplicar
a sustentabilidade.
A programação, totalmente gratuita, conta com
festival multimídia, sessões de cinema, oficinas
maker e de cocriação, apresentações de teatro
e palestras de especialistas internacionais.
Vale destacar que, ao todo, serão mais de 56
horas de atrações, com foco na cidadania
planetária em experiências interativas,
sensoriais, emocionais e imersivas para todas
as idades, em que cada espaço surpreende à
sua maneira com o convite de experimentar um
novo jeito de pensar, viver e sentir a
sustentabilidade.
As atividades propõem aos visitantes os olhares
variados sobre a água que é rio, mar e gelo,
além de assuntos como: importância do
reflorestamento, uso integral dos alimentos,
separação correta do lixo, reciclagem,
singularidade, biodiversidade, inovação,
criatividade, novas economias e tecnologia.
Participação
Na experiência 'Nossas Árvores', promovida
pela Sabesp, o visitante tem a oportunidade de
apadrinhar uma muda plantada pela companhia
por meio do Programa Nascentes, na área do
Sistema Cantareira, na represa Cachoeira, em
área de reflorestamento.
Pelo site do Green Nation, o padrinho ou
madrinha pode conhecer mais dados sobre a
espécie e a região reflorestada, bem como
compartilhar as informações com os amigos ou
realizar atividades em sala de aula.
'A participação da Sabesp tem a água como
foco, alertando para a importância da proteção
aos mananciais, da preservação das matas
ciliares e da vegetação nativa', destaca
Wanderley da Silva Paganini, superintendente
de Gestão Ambiental da Diretoria de
Tecnologia, Empreendimentos e Meio
Ambiente.
'O evento pode ajudar muito na mudança de
cultura das pessoas com iniciativas simples
como o uso racional da água e os cuidados com
o meio ambiente, contribuindo para a uma nova
relação com os recursos naturais e de uma
nova escala de valores que contemple as
necessidades e as responsabilidades de cada
um', completa.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/sp-recebe-evento-sobre-
sustentabilidade-com-experiencias-interativas/
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20108719&e=577
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12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: O Regional
Data: 27/03/2019
Jaguariúna é exemplo na preservação
e aumento da captação de água
Dia Mundial da água: Comemorado no dia 22
de março, data foi criada com o objetivo de
alertar a população internacional sobre a
importância da preservação da água para a
sobrevivência de todos os ecossistemas do
planeta
Cuidar dos recursos d'água é obrigação de
qualquer administração municipal. Em
Jaguariúna, a atenção com a preservação do
recurso mais importante do planeta vai além do
primordial a ser feito em um município.
'Temos plena consciência do quanto o município
de Jaguariúna é rico em recursos d'água e
nossas ações pela preservação de nossas
bacias, nascentes e mananciais são constantes.
Elas vão desde um trabalho intenso de
conscientização de nossos moradores até os
projetos que executam ações consistentes na
conservação da água.', diz a secretária de meio
ambiente, e vice-prefeita, Rita Bergamasco.
Entre os 645 municípios paulistanos,
Jaguariúna a 19ª colocação no ranking do
Programa Município Verde Azul (PMVA), que
publica anualmente o Ranking Ambiental dos
municípios paulistas com o Indicador de
Avaliação Ambiental . O mesmo ranking
posiciona o município em 4° lugar entre os 20
municípios que formam a Região Metropolitana
de Campinas (RMC).
O Programa é o reconhecimento do governo
estadual à boa gestão ambiental implantada
pelas prefeituras, que são premiadas e passam
a ter prioridade na captação de recursos
do Fundo Estadual de Prevenção e
Controle da Poluição(FECOP).
Programa Bacias Jaguariúna
O programa bacias é desenvolvido nos rios
Piracicaba, Capivari Jundiaí e Rio Camanducaia.
Os parceiros são: Ambev, PCJ agência das
bacias, Embrapa, The Nature Conservancy
Brasil, Prefeitura de Jaguariúna, Ana Agência
Nacional de Águas e CATI. Mas os principais
colaboradores nesse programa são os
agricultores, que por meio de uma lei
municipal, recebem um estímulo financeiro da
Prefeitura de Jaguariúna para práticas de
conservação de água nessas propriedades.
Uma média de 185 hectares de área já foram
restauradas nas bacias do Rio Jaguari, com o
plantio de matas ciliares e práticas de
conservação do solo e manutenção de estradas
rurais.
Aumento na capacidade dos reservatórios
A Prefeitura de Jaguariúna investiu na
ampliação da rede de distribuição de água
potável à população e fez sete novos
reservatórios na cidade, ampliando em 2.275
metros cúbicos o volume de água tratada e
distribuída à população nos reservatórios do
Parque dos Ipês; Capotuna; João Aldo Nassif;
Sílvio Rinaldi; Roseira de Cima; Guedes e
Florianópolis.
O aumento foi de 22% a mais na preservação
de água tratada em relação ao que existia.
Laboratório de Análises Químicas
Jaguariúna também conta com um laboratório
da ETA (Estação de Tratamento de Água) do
Departamento de Água e Esgoto (DAE), que
teve ampliação da capacidade de realizar as
análises químicas da água tratada e distribuída
à população.
O laboratório tem capacidade para realizar
aproximadamente 5.289 análises por mês.
Além disso, o prédio teve suas instalações
ampliadas, passando dos atuais 44 para 122
metros quadrados, o que melhora bastante as
condições de trabalho da equipe responsável
pelas análises, além de atestar com segurança
a qualidade da água distribuída em todo
município.
'Essas conquistas e reconhecimento nos
servem de incentivo para que continuemos com
o trabalho constante e evolutivo de ações que
visam preservar o bem mais precioso que
temos. Onde há água, há qualidade de vida,
geração de empregos e novos investimentos.',
afirma o Prefeito Municipal de Jaguariúna
Gustavo Reis.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20075452&e=577
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13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura Municipal de Lençóis
Paulista
Data: 27/03/2019
Diretiva Arborização Urbana é trabalhada pela Secretaria de Meio
Ambiente
A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente
(SAMA) tem trabalhado desde o ciclo 2017 do
Programa Município Verde Azul (PMVA) para
instalação de 'Espaço Árvore' no calçamento de
prédios públicos de Lençóis Paulista. A ação é
prevista dentro dos critérios da diretiva
'Arborização Urbana'.
O 'espaço árvore' é uma área permeável
implantada no entorno das árvores, nos
calçamentos de prédios públicos e em novos
loteamentos, de acordo com a Lei Municipal nº
4662/2014, que cria o Plano Municipal de
Arborização Urbana, e Decreto Executivo nº
493/2017. Tem por finalidade melhorar as
condições na base da planta, permitindo seu
desenvolvimento sem comprometer a
infraestrutura do calçamento, e promover o
crescimento saudável e íntegro. Esta ação
serve como exemplo à população sobre a
adoção da medida, dispensando assim o uso
das estruturas conhecidas como 'meia lua'. O
espaço pode ser coberto com plantas de
forração, grama, flores ornamentais ou até
mesmo pedrisco, garantindo assim a
permeabilidade da água da chuva nas raízes.
A largura mínima para ser instalado o 'Espaço
Árvore' no viário será de no mínimo 2 (dois)
metros de largura. Para a construção do espaço
deve-se levar em consideração 40% da largura,
ou seja, 80 cm, e o comprimento deve ser o
dobro (1,6 m). Já nos calçamentos com medida
inferior a 2 metros, o 'Espaço Árvore' deve
ocupar o leito carroçável e além das dimensões
esse espaço deverá ter um elemento de
identificação visual.
Os últimos espaços árvores instalados foram na
EMEIF 'Prof. Nelson Brollo', Jardim Monte Azul,
e também no calçamento da Creche 'Roza
Capoani Paccola', no Jardim Caju. No total, a
equipe de arborização da Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente já implantou mais
de 100 'espaços árvores' em diversos prédios
públicos de Lençóis Paulista. A meta é que o
trabalho seja concluído até outubro de 2019.
Piloto de Floresta Urbana
Outra ação que merece destaque é referente ao
Piloto de Floresta Urbana, que representa a
importância das árvores no meio ambiente,
além de ser um referencial de sustentabilidade
e paisagismo aplicado para melhor qualidade
de vida da cidade.
A estrutura para se ter um Piloto de Floresta
Urbana envolve a presença de árvores dos dois
lados da via e no canteiro central, calçada
ecológica com plantio de grama, aspecto da
fiação, ou ausência de fiação, aproveitamento
de árvores já existentes e plantio de outras
espécies (no caso resedás e oitis), mínimo de
100 metros de extensão em via de grande
circulação, e placa de identificação localizada
na extensão da avenida. Em Lençóis Paulista o
Piloto de Floresta Urbana foi implantado
oficialmente na Av. Nações Unidas, Núcleo Luiz
Zillo, e recebe manutenção, limpeza e plantio
de mais árvores, entre outras benfeitorias.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20087084&e=577
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14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Portal Governo do Estado de São
Paulo
Data: 26/03/2019
Sabesp anuncia projeto de despoluição do
Córrego Ipiranga
Iniciativa da Companhia sobre recuperação do
curso d’água será realizada em parceria com a
Prefeitura de São Paulo
O presidente da Sabesp, Benedito Braga,
anunciou nesta terça-feira (26) que a
companhia patrocinará o projeto de
restauração do Novo Museu do Ipiranga, no
valor de R$ 12 milhões, via Lei Rouanet. Além
disso, a Sabesp e a prefeitura de São Paulo
informaram que trabalharão para garantir que
o Córrego Ipiranga esteja totalmente limpo em
2022, ano do bicentenário da Independência
brasileira e quando o museu será reaberto.
A Sabesp também fará o rebaixamento da rede
de esgoto nas imediações do museu, em razão
das obras que serão executadas. A limpeza e a
urbanização do Ipiranga integram o Córrego
Limpo, programa realizado desde 2007 pela
Sabesp, em conjunto com a prefeitura da
capital paulista.
“Quero aproveitar a oportunidade para dizer
que, em união com o Estado e a prefeitura de
São Paulo, a Sabesp limpará o Córrego
Ipiranga. É uma iniciativa para que a
comemoração no dia 7 de setembro de 2022
possa ser às margens plácidas com um córrego
limpo e cheiroso”, destacou Benedito Braga.
O anúncio foi feito durante evento do Governo
do Estado para apresentação do projeto do
Novo Museu, que ocorreu nesta terça-feira
(26), no Palácio dos Bandeirantes. O
Governador João Doria destacou a sensibilidade
sociocultural e humanitária por parte da Sabesp
em apoiar e patrocinar a restauração do museu.
“Não só o apoio da cota de R$ 12 milhões, mas
a recuperação e investimento integrais no
Córrego Ipiranga são um gesto de profunda
grandeza e mostra a dimensão de uma
empresa pública como a Sabesp”, destacou o
Governador.
Programa Córrego Limpo
Realizado em parceria com a prefeitura de São
Paulo, o Córrego Limpo tem a finalidade de
melhorar a qualidade da água dos mananciais,
rios e córregos da capital, por meio de
adequações no sistema de esgotamento
sanitário do entorno dos córregos, trabalhos de
limpeza, manutenção e educação ambiental.
A iniciativa é complementar ao Projeto Tietê.
De 2007 a 2018, foram investidos no Córrego
Limpo cerca de R$ 274 milhões para a
despoluição e manutenção de 152 córregos
entregues pelo programa, beneficiando
diretamente quase 2,5 milhões de pessoas.
Entre 2019 e 2020, outros R$ 16 milhões serão
investidos na continuidade do programa. A
Sabesp já tem obras em andamento no Córrego
Ipiranga.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/sabesp-anuncia-projeto-de-
despoluicao-do-corrego-ipiranga/
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Amazônia Brasil Rádio WEB
Data: 27/03/2019
A poluição nas cidades e seus efeitos
na saúde da população
Doenças respiratórias são os principais
problemas a surgirem a curto prazo, atingindo
sobretudo crianças e idosos
Carolina Fioratti
Em décadas passadas, as indústrias eram as
principais responsáveis pela poluição do ar. No
entanto, com a migração das fábricas para
áreas mais periféricas, os veículos tomaram as
ruas e são agora responsáveis por 90% desse
problema, segundo dados da Companhia
Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb).
De acordo com o professor Adeylson Ribeiro
(FSP-USP), os efeitos do trânsito junto à
poluição causam, a curto prazo, um efeito
agudo, como problemas respiratórios. Estes se
intensificam em épocas de frio, já que ocorre a
inversão térmica, responsável pela dissipação
dos poluentes no ambiente urbano.
Observando a longo prazo, há chances de o
indivíduo desenvolver problemas crônicos,
como, por exemplo, câncer em vias do aparelho
respiratório.
Dentro do grupo de risco, em primeiro lugar
estão crianças e idosos. Depois, há os
motoristas, frentistas e pessoas expostas
diariamente à fumaça de motor dos
automóveis. Adeylson Ribeiro termina: 'As
pessoas estão vulneráveis. Eu posso
simplesmente decidir se eu vou fumar ou se eu
não vou fumar, se eu vou beber ou se eu não
vou beber, se eu vou fazer atividade física ou
se eu não vou fazer atividade física, é uma
escolha minha. Agora, não respirar o ar de São
Paulo, isso não é uma escolha.'
Jornal USP
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20114328&e=577
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16
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Guarulhos Hoje
Data: 27/03/2019
Vereadores da Comissão de Meio
Ambiente discutem problemas ambientais da cidade
Guarulhos Política Vereadores da Comissão de
Meio Ambiente discutem problemas ambientais
da cidade
Os parlamentares da Comissão Permanente de
Meio Ambiente se reuniram nesta terça-feira,
26 de março, na Câmara Municipal. Os
vereadores falaram sobre a dificuldade de
atender a um pedido de remoção de árvore em
frente ao campus da Universidade São Judas,
em Guarulhos. O pedido foi encaminhado para
a Secretaria de Meio Ambiente porque a árvore
está obstruindo a calçada e dificultando a
passagem de pedestres. Entretanto, em
resposta ao ofício da Comissão, a Secretaria
informou que a remoção somente será feita se
a instituição de ensino protocolar um pedido na
Central de Atendimento ao Cidadão - Fácil.
Os vereadores também discorreram sobre os
problemas enfrentados pela população que
mora nas imediações do aterro municipal e
sobre o ofício encaminhado à Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo -
Cetesb, com pedido de cópia dos relatórios
técnicos sobre o deslizamento de terra,
ocorrido em dezembro do ano passado, além de
esclarecimentos quanto às medidas adotadas
para redução dos impactos ambientais e
sociais.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20093311&e=577
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17
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal Imprensa Regional
Data: 27/03/2019
Construção da nova ponte sobre o Rio
Tietê, em Santana de Parnaíba, será Iniciada pela Prefeitura nos Próximos 60 dias
A prefeitura de Santana de Parnaíba recebeu o
Licenciamento Ambiental da CETESB
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo) que autoriza o início da construção da
nova ponte sobre o Rio Tietê.
As obras começarão em 60 dias e serão
realizadas ao lado da ponte atual, evitando
transtornos aos motoristas e pedestres que
passam pelo trecho diariamente. A nova ponte
terá 50 metros de extensão e contará com duas
faixas em cada sentido, dobrando a capacidade
atual da via que liga as regiões da Fazendinha,
Alphaville e Centro.
No trecho, também será construída uma
passagem exclusiva que ligará as Estradas
Tenente Marques e Bela Vista, no sentido dos
bairros Fazendinha e Alphaville. De acordo com
a secretaria responsável, a implantação destas
duas obras viárias vai melhorar a fluidez e a
mobilidade urbana na região, contribuindo para
o desenvolvimento e a chegada de novas
empresas, além de favorecer a geração de
empregos no município.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20094034&e=577
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18
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Revista Vero
Data: 27/03/2019
Obra da nova ponte de Santana de
Parnaíba, que liga Alphaville ao centro da cidade, começa em 60 dias A prefeitura de Santana de Parnaíba recebeu,
no dia 20 de março, o Licenciamento Ambiental
da CETESB (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) que autoriza o início da
construção da nova ponte sobre o Rio Tietê.
Com 50 metros e extensão e duas faixas em
cada sentido, a novidade vai dobrar a
capacidade atual da via que liga as regiões da
Fazendinha, Alphaville e Centro. Também será
construída uma passagem que ligará as
Estradas Tenente Marques e Bela Vista. De
acordo com a prefeitura, a implantação destas
duas obras viárias tem intuito de melhorar a
fluidez e a mobilidade urbana na região,
contribuindo para o desenvolvimento e a
chegada de novas empresas, além de favorecer
a geração de empregos no município. As obras
tem previsão de início em 60 dias e serão
realizadas ao lado da ponte atual, evitando
transtornos aos motoristas e pedestres que
passam pelo trecho.
Escrito por Gabriella Butieri
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=20111088&e=577
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 28/03/2019
19
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Reuters
Brasil corta projeção de demanda por energia até 2023 após PIB fraco e
Brumadinho
Órgãos técnicos cortaram a projeção de avanço
na demanda por energia elétrica do Brasil no
período de 2019 a 2023, citando fatores como
um PIB abaixo do esperado no ano passado e
até impactos do rompimento de uma barragem
da Vale em Brumadinho (MG) em janeiro.
Em boletim nesta quarta-feira, a estatal
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e
a Câmara de Comercialização de Energia
(CCEE) previram alta de 3,4 por cento na carga
de energia em 2019 e 3,8 por cento em 2020,
contra 3,6 por cento e 3,7 por cento antes.
As novas perspectivas para a carga, que
representa a soma do consumo com as perdas
na rede, vêm mesmo após um desempenho em
2018 pouco acima do previsto, com alta de 1,5
por cento frente ao ano anterior, ante
estimativa anterior de avanço de 1,4 por cento.
“PIB de 2018 foi abaixo do esperado,
resultando em uma herança estatística menor
para o PIB de 2019... em termos setoriais,
houve redução das projeções da indústria, por
conta do desempenho econômico e do desastre
de Brumadinho”, apontaram EPE, ONS e CCEE
no boletim técnico.
As projeções para 2021 foram mantidas, em
avanço anual de 3,6 por cento, mas houve
cortes também nas previsões para 2022 e
2023, para altas de 3,7 por cento e 4 por cento,
ante 3,9 por cento anteriormente.
Com isso, o Brasil deverá chegar a 2023 com
uma carga de energia de 79.822 megawatts
médios, contra 79.944 megawatts médios
estimados anteriormente.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1R828W-OBRBS
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VEÍCULO DIVERSOS
Data: 28/03/2019
20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Reuters
Açu Petróleo e Petrobras assinam contrato de transbordo de petróleo no
Porto do Açu
Por Marta Nogueira
A Açu Petróleo, joint venture entre a Prumo
Logística e a alemã Oiltanking, assinou um
contrato com a Petrobras de dois anos,
prorrogável por igual período, que prevê o
transbordo de 48 milhões de barris de petróleo
no Porto do Açu, em São João da Barra, norte
do Estado do Rio, disse o presidente da
companhia de serviços.
Em entrevista à Reuters, Victor Bomfim
pontuou que a operação de transbordo é
realizada pelo operador Oiltanking, em área
abrigada por quebra-mar.
A operação conta com dois navios atracados,
ambos cercados por barreiras de contenção, o
que minimiza o risco de impacto para o meio
ambiente em caso de eventual problema na
operação.
Para Bomfim, a iniciativa da Petrobras de fechar
um acordo inédito com a Açu Petróleo, na
semana passada, ocorre enquanto o país se
prepara para ver grande crescimento das
exportações nos próximos anos.
“Esse movimento da Petrobras está de alguma
forma conectado ao momento que o Brasil está
vivendo em termos de produção de petróleo e
exportação”, disse Bomfim, destacando que o
país exporta hoje cerca de 1 milhão de barris
de petróleo por dia, volume que poderá triplicar
em até dez anos, com grande participação da
estatal.
No ano passado, foram movimentados no
terminal da Açu Petróleo em média cerca de
100 mil barris por dia e a expectativa é dobrar
em 2019, segundo o executivo, que não
revelou os termos do contrato com a empresa,
que deve ajudar na exportação da crescente
produção do pré-sal.
“O Brasil peca por não ter infraestrutura
necessária para atender esse aumento, e aí que
a Açu Petróleo está se posicionando em ser uma
alternativa.”
Com 25 metros de profundidade, o terminal da
Açu Petróleo, chamado T-OIL, é o único
terminal privado brasileiro com capacidade
para receber navios da classe VLCC, que tem
capacidade de armazenamento de até 2
milhões de barris de óleo, de acordo com
informações da empresa, que também já presta
serviço para outras grandes petroleiras.
EXPANSÃO NO AÇU
Na última semana, a Açu Petróleo assinou
também contrato com a norueguesa Equinor
para a realização de operações de transbordo
no terminal. Com duração de 36 meses, o
contrato prevê escoar, a partir de janeiro de
2020, principalmente o petróleo produzido no
campo de Roncador.
Açu Petróleo já tinha contratos com outras
grandes petroleiras com atuação no Brasil: a
anglo-holandesa Shell —maior produtora de
óleo e gás no Brasil depois da Petrobras— e a
portuguesa Galp, outra grande parceira da
petroleira brasileira no pré-sal.
O terminal tem capacidade e é licenciado para
movimentar até 1,2 milhão de barris de
petróleo/dia, segundo Bomfim.
“Hoje a gente tem ainda bastante
disponibilidade para atrair mais clientes ou
mais volumes desses clientes que já estão lá no
terminal. Está crescendo rápido”, disse o
executivo.
https://br.reuters.com/article/businessNews/i
dBRKCN1R62FA-OBRBS
d
VEÍCULO DIVERSOS
Data: 28/03/2019
21
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Canal Energia
Aneel quer intensificar discussões para buscar mais reduções de tarifa
Temas como subsídios, tributação, fontes mais
baratas e inserção do gás estão na pauta
Após ter anunciado na última semana a
quitação da conta ACR, a Agência Nacional de
Energia Elétrica não deve parar por aí. Ela
almeja atuar em outras frentes de modo a
buscar reduções nos custos da tarifa como
conseguiu ao conduzir a negociação com os
bancos, CCEE e governo. De acordo com o
diretor Sandoval Feitosa, discussões sobre
temas como a presença dos subsídios,
tributações estaduais, mais presença de gás e
a compra de energia mais barata vão continuar
no radar da agência.
O diretor da agência reforça o aspecto dos
subsídios tarifários. Segundo ele, muitos são
notadamente justos, como o da tarifa social
para consumidores de baixa renda, porém há
outros que precisam ser rediscutidos até para
que esses classificados como justos possam ter
uma penetração maior. “Se tivermos a situação
de dar a quem merece o subsídio, ele até
aumentaria”, avisa Feitosa, que participou da
abertura do UTCAL Summit 2019, realizado no
Rio de Janeiro (RJ).
Feitosa classifica a aquisição de energias mais
baratas como o que está mais próximo do setor
no momento. A discussão é com o
planejamento, a fim de que, por exemplo, se
troquem as térmicas mais caras por mais
baratas e se rediscuta a construção de
hidrelétricas com reservatórios, devido à baixa
hidrologia apresentada. Ele também quer uma
inserção decisiva do gás natural na matriz
elétrica brasileira através do gás do pré-sal, por
ele ser um insumo mais barato. “A Aneel está
sempre fazendo aprimoramentos regulatórios,
sempre com foco na redução da tarifa para o
consumidor, mas assegurando a qualidade do
serviço e o ambiente favorável de
investimentos”, observa.
Comercializadoras – A agência ainda avalia um
conjunto de ações para dar mais segurança ao
ambiente de comercialização. Segundo Feitosa,
uma linha de atuação é tomar ações na
operacionalização do processo, em fases como
o aporte de garantias e o período de registro e
liquidação de contratos. Uma outra linha é a
avaliação do perfil de risco das
comercializadoras. Seriam avaliados a
adequabilidade das condições de acesso ao
setor, a manutenção desse acesso e a estrutura
societária, verificando se após obtida a
autorização, há um ambiente de tomada de
risco maior envolvendo outros agentes com
atividades estranhas a de comercialização.
“Isso ainda está sendo desenhado. Tão logo nós
tenhamos uma forma de atuar apresentaremos
ao setor”, revela.
http://canalenergia.com.br/noticias/53094223
/aneel-quer-intensificar-discussoes-para-
buscar-mais-reducoes-de-tarifa
d
VEÍCULO DIVERSOS
Data: 28/03/2019
22
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: O Globo
Indústria de Minas vê risco de falta de minério de ferro em até 60 dias
Orompimento da barragem de Brumadinho, em
Minas Gerais, no fim de janeiro, e a paralisação
das operações em algumas minas de minério
de ferro da Vale que usam barragens a
montante, similares à da tragédia, podem
comprometer o abastecimento das maiores
siderúrgicas no país entre 30 e 60 dias. A
previsão é de Flávio Roscoe Nogueira,
presidente da Federação das Indústrias de
Minas Gerais (Fiemg).
Após a tragédia de Brumadinho, a empresa
anunciou que produzirá 92,8 milhões de
toneladas a menos, quase um quarto da
estimativa originalmente prevista para o ano.
Com isso, o preço da commodity já subiu cerca
de 20% em 2019, dizem especialistas.
—O impacto é enorme. Dependendo do que
ocorrer com o futuro da mina de Brucutu, as
siderúrgicas podem ficar sem estoques entre 30
e 60 dias. Há risco de paradas nas principais,
como as de Tubarão, no Espírito Santo, em
Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e em
Congonhas, em Minas Gerais. O minério de
ferro de Minas, que é produzido pela Vale, é o
que abastece todo o Brasil —disse Nogueira.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente do
Instituto Aço Brasil, reafirma a gravidade da
tragédia em Brumadinho e diz que cuidar da
segurança dos moradores e do meio ambiente
é prioridade. Mas avalia que é preciso agilidade
para garantir que as siderúrgicas não fiquem
desabastecidas:
— Um problema de abastecimento às
siderúrgicas pode parar o fornecimento de aço
para toda a cadeia metalúrgica, o que abriria
uma crise de enormes proporções, afetando a
produção de máquinas e equipamentos, as
montadoras, os eletroeletrônicos.
As siderúrgicas produzem 47% do minério de
ferro que utilizam, segundo o Aço Brasil,
enquanto 46% vêm da Vale. Em pelotas, o peso
da mineradora chega a 90%.
Para Carlos Jorge Loureiro, presidente
executivo do Instituto Nacional dos
DistribuidoresdeAço(Inda),sóhaveria risco de
desabastecimento se a produção de Minas
Gerais parar por um longo tempo. Ele pondera,
porém, que, com o minério de ferro mais caro,
o preço do aço deve subir.
Data: 28/03/2019
23
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Painel
Equipe de Guedes fica apreensiva com aviso
público de que, sem respaldo, ele deixa o posto
O grito A equipe de Paulo Guedes (Economia)
acompanhou com angústia a audiência dele na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
nesta quarta (27). Ali, o ministro enviou recados
que, nos últimos dois dias, já havia externado nos
corredores de sua pasta. A tradução feita pelos
auxiliares é a seguinte: um dos pilares de
sustentação do governo Jair Bolsonaro decidiu
avisar publicamente que, sem retaguarda, não
permanecerá no posto. O destinatário da
mensagem é o próprio presidente.
Aí não Como mostrou o Painel nesta quarta,
Guedes não estava mais escondendo a
insatisfação com a desarticulação política de seu
time e de aliados no Congresso. Para ele, a gota
d’água foi o líder do PSL na Câmara ter feito
críticas à reforma da Previdência na véspera de
sua ida à Casa.
Cala-te boca Aliados do ministro acompanham
com apreensão a troca de farpas entre o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e
Jair Bolsonaro. Dizem que os dois parecem
“meninos brigando no meio da rua”.
Sem precedente Líderes de partidos que apoiam a
reforma da Previdência não entendem como o
Planalto se envolveu em tantos problemas em três
meses. Na Câmara, dissemina-se a versão de que
o presidente aposta no caos para desgastar o
Congresso e o STF com o suporte de seus
apoiadores mais radicais.
Espada e Escudo Nesse cenário, os líderes dos
principais partidos da Câmara acordaram com
Maia que é preciso blindar Paulo Guedes. O
economista é tratado, hoje, como a âncora que
liga o governo ao Estado de Direito.
Fale com eles Em outra frente, dirigentes de
legendas decidiram começar a fazer pontes diretas
com os militares.
Dia para esquecer Os registros infelizes das
passagens dos ministros Ricardo Vélez (Educação)
e Ernesto Araújo (Itamaraty) pela Câmara não
ajudaram a arrefecer o clima. O primeiro foi
chamado de despreparado e chegou a enaltecer o
megatraficante Pablo Escobar. O segundo disse
que não houve golpe em 1964.
Ordem na casa Militares começam a defender que
Bolsonaro use a marca de 100 dias do governo
para promover sua primeira reforma ministerial.
Aviso prévio Parte da bancada do PSL na Câmara
já fala em destituir o Delegado Waldir (PSL-GO)
do posto de líder do partido.
Aviso prévio 2 Segundo relatos, em reunião
convocada pelo líder do governo na Câmara, Major
Vitor Hugo (PSL-GO), na terça (26), o deputado
General Girão (RN) disse que Waldir não
representa a maioria da bancada e que está sem
condições de liderá-la.
Grão em grão Os entusiastas da queda de Waldir
afirmam que podem tirá-lo do posto com 28
assinaturas dos 54 deputados filiados à sigla.
Pés pelas mãos A desordem no Ministério da
Educação atrapalhou cronograma traçado por
técnicos da pasta há três semanas. Na terça (26),
o ministro Ricardo Vélez deveria ter lançado o
Programa de Apoio à Implementação da Base
Nacional Comum Curricular e anunciado a nova
fase do programa Mais Educação.
Deus nos acuda Os relatos de quem trabalha na
pasta dão conta de que não há comunicação
interna e nem sequer uma organização mínima
para elaborar ações estruturais.
Dias contados Integrantes da ala militar do
governo que apostam na queda de Vélez
trabalham para emplacar o novo ministro da
Educação. Ao menos dois nomes estão cotados:
Carlos Alberto Decotelli, atual chefe do FNDE
(Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação), e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).
Visita à Folha Iuri Miranda, presidente da Burguer
King Brasil, visitou a Folha nesta quarta (27), onde
foi recebido em almoço. Estava acompanhado de
Ariel Grunkraut, diretor de marketing, Fernando
Musa, presidente do grupo Ogilvy Brasil, e Sylvia
Panico, presidente da agência David.
TIROTEIO
O governo Bolsonaro está tão mal que nem sequer
deu os clássicos 100 dias para a oposição.
Desmoronou antes
Do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do
B), sobre a crise e o impasse instaurado entre o
Palácio do Planalto e o Congresso
Data: 28/03/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/03/28/e
quipe-de-guedes-fica-apreensiva-com-aviso-
publico-de-que-sem-respaldo-ele-deixa-o-posto/
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Data: 28/03/2019
25
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Equipe da Comissão de Anistia deve propor rejeição do pedido
de Dilma
A equipe técnica que auxilia a Comissão de Anistia
deve recomendar a rejeição do pedido feito por
Dilma Rousseff para receber indenização da União.
CANETA
Caberá depois aos 27 conselheiros da comissão
analisar o pleito. A palavra final será da ministra
Damares Alves, da Família e Direitos Humanos.
CANETA 2
A aposta no ministério é que ela vetará o pedido.
MEMÓRIA
Dilma, que foi presa e torturada durante a
ditadura, já recebeu indenização dos estados de
SP e do Rio, que doou ao grupo Tortura Nunca
Mais.
ASSINATURA
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP),
líder do governo no Congresso, explicou a
parlamentares que mensagens postadas em seu
perfil oficial no Twitter, com críticas ao PPS e ao
deputado Kim Kataguiri, foram escritas por sua
assessoria —e não por ela.
ASSINATURA 2
Joice comunicou aos colegas que fez mudanças
em sua equipe. E que, a partir de agora, apenas
ela administrará diretamente as redes sociais.
HORA ERRADA
As postagens resultaram numa crise, já que a
legenda e Kataguiri apoiam a reforma da
Previdência —e o governo precisa
desesperadamente de votos.
DOU-LHE UMA
O governo do estado de SP multou em R$ 200 mil
o participante de um leilão do Fundo Social SP que
usou um cheque de conta bancária encerrada para
arrematar, por R$ 1 milhão, um lotes de sucatas
do pregão. A pessoa se disse representante de
uma empresa inexistente.
DOU-LHE DUAS
Após o ocorrido, o mesmo item foi vendido em
nova rodada, por R$ 610 mil.
PASSAPORTE
O ex-secretário da Cultura de SP André Sturm irá
para a França em meados de abril para visitar
exposições que podem ser trazidas para o Brasil.
“Dependendo do tema e tipo de mostra, vou
decidir para qual espaço oferecer. Fiz muitas
exposições e vou retornar a essa atuação”, diz ele.
NOVA TRAMA
Os atores Mariana Ximenes, Débora Falabella e
Murilo Benício integram o elenco da minissérie da
Globo “Se Eu Fechar os Olhos Agora”, que teve
evento de lançamento no Rio, na terça (26).
Antonio Fagundes, Milton Gonçalves e Gabriel
Braga Nunes também atuam no programa.
DIGA...
O ator José de Abreu, que se autoproclamou
presidente do Brasil, promoverá seu
autoimpeachment na segunda, 1º de abril —Dia
da Mentira.
... AO POVO...
“Não aguento mais ser presidente!”, diz. “Tentei
montar um ‘shadow-cabinet’ [gabinete sombra do
governo]. Mas como fazer sombra para o nada?”,
afirma.
... QUE FUI
“Como comparar meu ministro da Educação,
Fernando Haddad, com Ricardo Vélez? Ou meu
chanceler Celso Amorim com Ernesto Araújo?”,
segue Abreu.
ENSAIO
O ator diz que agora vai se concentrar nas
gravações da novela “A Dona do Pedaço”, da TV
Globo, que estreia em maio. Ele será o pai da atriz
Paolla Oliveira, a protagonista da trama.
ALERTA
A Associação Brasileira das Organizações Sociais
de Cultura estima que museus, bibliotecas e
centros culturais de São Paulo podem ser fechados
ou ter suas atividades reduzidas por conta do
contingenciamento de R$ 148 milhões anunciado
pelo governo estadual.
ALERTA 2
Estudos preliminares feitos pelas OSs apontam a
extinção de corpos orquestrais e de dança e o
encerramento de mais de 150 polos do Projeto
Guri. Mais de 60 mil alunos de instituições
culturais poderiam ficar desassistidos.
IMPACTO
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa de SP
diz que está avaliando os impactos do
contingenciamento. “As metas são minimizar as
consequências e buscar mais eficiência e mais
Data: 28/03/2019
26
Grupo de Comunicação e Marketing
eficácia. Faremos reuniões individuais com cada
uma das 18 organizações sociais para definir
prioridades e ajustes necessários.”
REGISTRO
Fotojornalistas doaram 50 imagens históricas de
Lula para um leilão em prol do instituto do ex-
presidente. Todas foram autografadas pelo
petista. Entre elas estão obras de Bob Wolfenson,
Marisa Carrião, Juca Martins, Nair Benedicto e
João Bittar.
MARTELO BATIDO
O lance mínimo é de R$ 1.313. O leilão online
funciona até o domingo (31). A etapa presencial
será no dia 3 de abril.
É DE CASA
O jornalista Zeca Camargo participará da Feira
Nacional do Livro de Poços de Caldas (MG), que
começa no fim de abril. Ele fará um bate-papo
seguido de sessão de autógrafos para lançar a
biografia que escreveu sobre a cantora Elza
Soares.
CADEIRA
A cineasta Laís Bodanzky tomou posse como
diretora-presidente da SPcine em evento na terça
(26), na Praça das Artes. As cineastas Anna
Muylaert e Marina Person e o escritor e jornalista
Marcelo Rubens Paiva compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O escritório Machado Meyer Advogados anunciou
dez novos sócios.
O Instituto Avon e o Itaú Cultural promovem o 6º
Fórum Fale Sem Medo, que debate ações de
combate à violência contra as mulheres.
O restaurante Corrientes 348 faz hoje jantar em
parceria com a Catena Zapata.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/03/equipe-da-comissao-de-anistia-
deve-propor-rejeicao-do-pedido-de-dilma.shtml
d
Data: 28/03/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Brasil quer expandir exploração do pré-sal para fora de fronteira marítima
Com base em estudos geológicos que apontam
grande potencial de reservas de petróleo, o
governo estuda oferecer, pela primeira vez, blocos
exploratórios além dos limites de 200 milhas
náuticas (cerca de 370 quilômetros) estabelecidos
pela Organização das Nações Unidas (ONU) como
sua plataforma continental.
O Brasil tenta na ONU, desde 2004, expandir esses
limites e, embora o pleito ainda não tenha sido
totalmente atendido, a exploração e produção de
petróleo na região na frente da Bacia de Santos já
foi autorizada.
O grupo que acompanha o tema na ONU diz ser
desejável que a área seja ocupada.
O tema está nas mãos do CNPE (Conselho
Nacional de Política Energética): a ANP informou
que já sugeriu ao órgão a inclusão de blocos
localizados fora da zona econômica exclusiva em
leilão de petróleo que será realizado em 2020.
"Na avaliação da agência, a região da Bacia de
Santos que está localizada além do limite das 200
milhas náuticas possui potencial para descobertas
de jazidas petrolíferas na camada pré-sal", diz a
ANP.
"Estamos diante da possibilidade de grande
riqueza extra, não prevista até dois anos atrás",
afirma o geólogo Pedro Zalán, que fez carreira na
Petrobras e hoje dirige a consultoria Zag.
Ele analisou dados coletados pela norueguesa
Spectrum Geo em uma área que se estende entre
o litoral catarinense e a região dos Lagos, ao norte
do Rio, e diz ter identificado fora das 200 milhas
estruturas subterrâneas semelhantes às que
contem os grandes reservatórios do pré-sal.
Ele estima que, por analogia, as estruturas
poderiam conter entre 20 e 30 bilhões de barris de
petróleo e gás em recursos prospectivos (termo
que define recursos ainda não encontrados).
No pré-sal já conhecido, diz, a estimativa é que os
recursos prospectivos somem 40 bilhões de barris.
A expectativa, porém, ainda embute grande risco,
já que é feita com base em pesquisa sísmica —
espécie de ultrassonografia do subsolo. A sísmica
é a primeira etapa na atividade de exploração de
petróleo.
Para confirmar a existência de petróleo ou gás
natural, é preciso perfurar poços —às vezes com
milhares de quilômetros de extensão.
Em caso positivo, ainda há um trabalho de
delimitação dos reservatórios, que avalia se os
volumes são comercialmente viáveis.
A exploração de petróleo no país vem caminhando
rumo às 200 milhas náuticas há alguns anos.
Na 16ª rodada de licitações da ANP, marcada para
outubro, já há blocos colados à linha imaginária
que define o limite da zona econômica exclusiva
brasileira.
O limite foi determinado pela Convenção da ONU
sobre o Direito do Mar e entrou em vigor em 1994.
Até 2004, os países signatários puderam
apresentar propostas de extensão dos limites da
plataforma continental, com base em informações
geológicas.
Inicialmente, o Brasil ganhou direito a explorar
economicamente um território marítimo de 3,6
milhões de quilômetros quadrados, no qual tem
exclusividade sobre atividades econômicas,
instalações de ilhas artificiais e proteção da vida
marinha, por exemplo.
Nas negociações com a ONU, o país tenta ampliar
a área para 4,5 milhões de metros quadrados.
Hoje, as partes divergem sobre 190 mil
quilômetros quadrados, distribuídos entre os
litorais das regiões Norte e Nordeste.
O potencial econômico vai além do petróleo —há
perspectivas também para a exploração de
minérios como cobalto e manganês— o que leva a
Marinha a chamar a área de "Amazônia Azul".
Segundo a Convenção Internacional dos Direitos
do Mar, a exploração das riquezas deve gerar
pagamentos à Autoridade Internacional dos
Fundos Marinhos de até 7% do valor da produção,
caso o país não seja importador do recurso.
A Marinha diz que o pleito em relação à Margem
Sul, que inclui a região da Bacia de Santos, já foi
"totalmente analisado" pela ONU e
recomendações sobre o caso devem ser
encaminhadas ainda neste ano.
Data: 28/03/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
Ainda assim, a avaliação é que há base legal para
a atividade, diz o professor da USP Wagner
Menezes, que preside a Academia Brasileira de
Direito Internacional.
"Se não houvesse o prolongamento [da zona
econômica exclusiva], esse espaço seria
internacional e não poderíamos aproveitar essa
riqueza."
Técnicos do setor alertam que a atividade
petrolífera além das 200 milhas enfrenta desafios
tecnológicos e de logística.
A lâmina d'água (distância entre a superfície e o
fundo do mar), por exemplo, pode ultrapassar os
3 mil metros —no campo de Lula, maior produtor
do país, por exemplo, são cerca de 2,2 mil metros.
Além disso, a grande distância da costa dificulta o
transporte de equipamentos, insumos e
trabalhadores às plataformas, pois ultrapassa o
limite de autonomia dos helicópteros atuais e
demandaria bases de abastecimento no meio do
caminho.
Procurado, o MME (Ministério de Minas e Energia),
que coordena o CNPE, não comentou o caso,
alegando que é a ANP quem cuida dos estudos
sobre o potencial petrolífero do país. A ANP não
informou quantos blocos gostaria de licitar na
área.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03
/brasil-quer-expandir-exploracao-do-pre-sal-
para-fora-de-fronteira-maritima.shtml
d
Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
América do Sul resiste a campanha global por veículos elétricos, dizem
montadoras
Executivos da Toyota e da GM conversaram esta
semana sobre fontes tradicionais de combustível,
como etanol, gás natural e diesel, destacando
como o mercado de automóveis da América do Sul
provavelmente resistirá ao movimento global para
veículos elétricos nos próximos anos.
Mesmo que as montadoras reformulem seus
negócios globais para focar em carros elétricos na
Europa, América do Norte e Ásia, os executivos
que coordenam a produção no Brasil e na
Argentina priorizam os motores de combustão em
parte devido aos subsídios concedidos a esses
combustíveis.
"O futuro da energia da Argentina é o gás natural",
disse Cristiano Ratazzi, que lidera a unidade do
país da Fiat Chrysler, bem como o grupo comercial
de montadoras da Argentina, Abefa. Ele
acrescentou que o combustível diesel, visto com
maus olhos em grande parte do mundo, também
tem potencial para isso.
A produção de gás natural na Argentina deve
aumentar fortemente à medida que as petrolíferas
estrangeiras e a estatal YPF investem bilhões na
Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás de
xisto do mundo.
Já Aurelio Santana, diretor-executivo da Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores), mostra otimismo com o etanol.
"É muito importante que o governo apoie
investimentos em pesquisa e desenvolvimento
envolvendo o etanol", disse Santana. "Precisamos
manter o que já temos aqui", afirmou, destacando
a vantagem energética do etanol do Brasil.
A resistência aos veículos elétricos ressalta a
influência política dos produtores locais de cana-
de-açúcar no Brasil e de gás natural na Argentina.
Recentemente, o Congresso brasileiro aprovou o
Rota 2030, que oferece benefícios significativos
para montadoras que optam por investir em
pesquisa de etanol.
Montadoras se encontraram esta semana num
evento do setor em São Bernardo do Campo, sede
histórica do setor automobilístico brasileiro, que
ainda está se recuperando do choque no início do
ano, após a Ford anunciar que vai fechar sua
fábrica na região.
Até agora, a Toyota é a única montadora a
anunciar que planeja fabricar um modelo híbrido
na América do Sul, com um motor que funciona
com eletricidade, etanol ou gasolina.
"É a melhor solução para a nossa região", disse
Celso Simomura, vice-presidente de Operações da
Toyota no Brasil.
A General Motors anunciou no início do mês um
investimento de R$ 10 bilhões no Brasil durante
os próximos cinco anos, mas nada disso vai para
os carros elétricos, disse Carlos Zarlenga, chefe da
GM na América do Sul.
A GM começará a importar veículos elétricos este
ano para testar o mercado, acrescentou ele, mas
ainda não há planos para montá-los internamente.
Principal executivo da Volkswagen para a América
do Sul e Caribe, Pablo Di Si, disse que a
montadora vai importar seis modelos elétricos ou
híbridos para o Brasil até 2023. Mas ele também
disse que não há planos de produzi-los
localmente.
"Na América Latina, precisamos considerar todas
as ressalvas", disse Di Si, apontando a falta de
uma estrutura legal para veículos elétricos e falta
de infraestrutura de recarga, mesmo que a
Volkswagen queira vender 1 milhão de veículos
elétricos globalmente até 2025.
Ratazzi, da Fiat, acredita que as velhas formas de
combustão sobreviverão na América do Sul no
médio prazo. "Em 2030", previu ele, "o motor a
combustão ainda terá um lugar".
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/03
/america-do-sul-resiste-a-campanha-global-por-
veiculos-eletricos-dizem-montadoras.shtml
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Estado de SP tem 219 obras de grande porte paradas
Leonardo Zvarick
O estado de São Paulo tem 219 obras de grande
porte (custo superior a R$ 1,5 milhão) paralisadas.
Somados, os contratos chegam ao valor de R$
35,6 bilhões, sendo que o maior deles é referente
à construção da linha 6-laranja do metrô da
capital, com custo de R$ 23 bilhões.
Os dados foram publicados em relatório produzido
pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) entre
fevereiro e março. O estudo foi encaminhado ao
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para orientar
a retomada de obras impedidas por via judicial.
No ano passado, o órgão se reuniu com os 33
tribunais de contas em todo o Brasil para discutir
ações conjuntas nesse sentido.
Do total de obras paralisadas, 65 são de
responsabilidade do governo estadual, enquanto
154 são de competência das prefeituras
municipais. Além da implementação da linha 6-
Laranja, outras obras para ampliação da malha
metroviária de São Paulo _como o trecho Vila
Prudente-Dutra, da linha 2-verde_ estão entre os
maiores contratos.
O Metrô e a CPTM, ambos vinculados à Secretaria
dos Transportes Metropolitanos do Estado de São
Paulo, sob gestão de João Doria (PSDB), são os
dois órgãos que mais têm obras paralisadas _o
valor médio dos 23 contratos é de R$ 1,5 bilhões.
No interior e Grande São Paulo, os principais
empreendimentos parados são a canalização de
córregos, urbanização de assentamentos
precários e construção do Hospital de Urgência,
em São Bernardo do Campo (ABC), bem como
serviços de infraestrutura em Osasco e a
construção de estação de tratamento de esgoto
em Bauru (331 km de SP). Os valores vão de R$
95 milhões a R$ 146 milhões.
A educação é a área com o maior número de obras
paradas - 70 no total, entre a construção de
escolas, faculdades e universidades.
Em seguida vêm as áreas de Transporte
(representadas por ferrovias, rodovias e
hidrovias) e Mobilidade Urbana (que são ruas,
pontes e viadutos), com 37 e 32 obras,
respectivamente.
Além dos empreendimentos de grande porte, o
relatório do Tribunal contabilizou outros 1.458
contratos com valor inferior a R$ 1,5 milhão que
também estão parados no estado.
As 1.677 obras computadas no levantamento
representam um investimento de mais de R$ 49
bilhões. Desse total, 42% utilizam recursos de
convênio federal para financiamento, 31% têm
convênio estadual e 23% usam recursos próprios.
Obras que estão paradas
Educação (universidades, faculdades, escolas):
70
Transporte (ferrovias, hidrovias e rodovias): 37
Mobilidade urbana (vias urbanas, pontes e
viadutos): 32
Abastecimento de água (barragens, canais,
captação): 22
Equipamentos urbanos (praças, quadras e
similares): 21
Sistema de esgoto (rede coletora, estações de
tratamento e similares): 12
Saúde (hospitais, postos de saúde e similares): 12
Habitação: 8
Segurança pública (delegacias, penitenciárias e
similares): 4
Energia (distribuição): 1
Outro lado
O governo do estado de São Paulo, gestão João
Doria (PSDB), disse por meio de nota que
nenhuma das obras citadas pelo relatório do TCE
foi iniciada ou paralisada durante a atual gestão,
que teria herdado o problema quando assumiu em
janeiro deste ano.
O comunicado também aponta erros no
levantamento. Segundo o governo, a reforma e
ampliação da fábrica da vacina contra gripe da
Fundação Butantan foi realizada entre maio e
setembro de 2018. “Ela nunca esteve paralisada e
está em funcionamento desde setembro de 2018”.
O texto diz ainda que das 25 obras de creches com
recursos da Educação estadual, três já foram
retomadas e as restantes estão em negociação
com as prefeituras”.
https://agora.folha.uol.com.br/sao-
paulo/2019/03/estado-de-sp-tem-219-obras-de-
grande-porte-paradas.shtml
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
Luz solar no Xingu reduz gasto com
energia e muda vida de indígenas
“O homem branco dá educação para os filhos na
escola. Mas para a gente a educação é dentro de
casa, com os mais velhos contando histórias para
os filhos, netos, visitantes. Só que com o gerador,
as comunidades estavam perdendo isso. É muito
barulho, todo mundo corre quando está ligado.
Agora não tem barulho, ninguém mais fica
irritado. E o pessoal começou a contar história
novamente.”
O relato do líder indígena Wareaiup Kaiabi, da
Associação Terra Indígena do Xingu (Atix), resume
uma das principais mudanças sentidas por aldeias
do Xingu após passarem a contar, desde o ano
passado, com energia obtida por painéis solares.
Em 65 aldeias do território indígena, foram
instalados 70 sistemas fotovoltaicos, o que, além
de substituir parcialmente o uso dos geradores,
aumentou a oferta de energia nas aldeias – tanto
em tempo de uso ao longo do dia quanto em área
atendida.
Em praticamente toda a Amazônia, tribos
indígenas e comunidades mais isoladas, além de
algumas cidades pequenas, dependem de
geradores a diesel ou a gasolina para ter energia.
Apesar de muitas vezes estarem localizadas perto
de grandes hidrelétricas ou mesmo de linhões de
energia, acabam fora do Sistema Interligado
Nacional (SIN) por dificuldades de acesso e
logística.
Cara, barulhenta e poluente, porém, a energia de
geradores acaba sendo também um recurso
escasso, restrito a poucas horas do dia,
principalmente por questões econômicas – o
combustível é encarecido pelo transporte de
longas distâncias a locais de difícil acesso.
Por causa disso, diversos projetos-piloto têm
levado nos últimos anos fontes alternativas de
energia a essas comunidades. Mas em geral
acabam sendo iniciativas isoladas, deixando em
aberto a dúvida sobre como transformá-las em
uma política pública para toda a região.
Nesta quarta-feira, 27, Instituto de Energia e Meio
Ambiente (Iema) lançou em Manaus um estudo
socioeconômico sobre o projeto Xingu Solar, do
Instituto Socioambiental (ISA), que mensura as
vantagens e os impactos dessa mudança na vida
das pessoas. No Território Indígena do Xingu
(TIX), a energia usada até então vinha de
sistemas a diesel ou a gasolina adquiridos pelos
próprios indígenas ou fornecidos pela Secretaria
Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério
da Saúde.
Ganhos sociais
Num primeiro momento, o plano foi fornecer a
energia para os prédios públicos, como as
unidades de saúde, escolas, sedes da associação,
casas de processamento de alimentos e postos da
Funai. Casas individuais ainda não foram
atendidas.
“Uma preocupação foi com a saúde, como manter
a refrigeração de vacinas. Mapeamos as aldeias
para pensar numa estratégia de transporte de
vacinas ao longo do território para que elas
pudessem estar sempre geladas”, conta Paulo
Junqueira, do ISA.
Ainda na saúde, a ideia era ter, por exemplo,
energia para garantir o funcionamento de
aparelhos de inalação – insuficiência respiratória
aguda já foi a principal causa de morte no Xingu,
segundo Junqueira. E garantir energia para os
casos médicos de emergência.
“Facilitou muito o atendimento às comunidades.
Agora dá para estudar na escola à noite. Pegar
vela para estudar era muito ruim, hoje está mais
fácil”, concorda Wareaiup Kaiabi. “Mas bom
mesmo é não ter mais barulho. Era muito,
incomodava demais. Os mais velhos contavam
isso pra gente. A energia solar parou o problema
que estava acontecendo antes, com o gerador”,
diz.
Junqueira destaca também a vantagem de poder
carregar equipamentos, como lanternas e
celulares. “Em algumas aldeias tem internet, mas
mesmo sem sinal de celular, eles usam o aparelho
como lanterna, gravador, filmadora, máquina
fotográfica, para ouvir musica”, relata o
pesquisador, que há mais de dez anos convive
com os xinguanos.
O Iema fez entrevistas em 15 aldeias com 117
pessoas. Observou, por exemplo, que 53% dos
indígenas que receberam a energia solar
sentiram-se mais seguros no atendimento médico
de urgência, contra 24% entre aqueles sem
Data: 28/03/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
energia solar. Já na educação, 43% das aldeias
com energia solar passaram a oferecer ensino
noturno, contra 25% das demais.
Os pesquisadores ficaram preocupados também
com possíveis impactos negativos. “Ouvimos
relatos sobre mudança nas tradições alimentares.
Antigamente, quando o pessoal chegava com
muito peixe, logo havia uma distribuição e todo
mundo comia. É uma generosidade que faz parte
da tradição. Agora dá para guardar o alimento no
freezer, o consumo fica um pouco mais
individual”, diz Junqueira.
Ganhos econômicos
A partir da experiência do projeto, os
pesquisadores do Iema estimaram também que
uma produção de energia elétrica combinada a
partir de geradores a diesel e painéis solares
poderia gerar uma economia de mais de R$ 360
mil por ano em subsídios federais.
Eles consideram que o custo de energia gerada
nesses sistemas isolados em reais / kilowatt-hora
é mais alto do que a média de quem está dentro
do SIN. Para que as pessoas que vivam nesses
lugares possam pagar menos e ficarem mais ou
menos equilibradas com quem vive dentro do
sistema integrado, o governo criou encargos
repassados a todos os consumidores de energia.
A conclusão do estudo é que um sistema menos
dependente de combustíveis fósseis que viesse a
ser ampliado a todos os 2 milhões de pessoas que
estão fora do SIN hoje no Brasil poderia ser
vantajoso para todos os consumidores.
“Muitas cidades da Amazônia só tem energia das
18h às 22h. A ideia do Xingu Solar era
complementar o diesel. Em vez de apenas por 4
horas, seria possível ter a fonte solar durante o dia
e, com bateria, diminuir a conta do diesel”, explica
Pedro Bara, pesquisador do Iema.
Apesar de o sistema solar ser inicialmente mais
caro que a compra de geradores, no médio prazo,
a economia com o combustível fóssil logo
compensa. Uma combinação dos dois é necessária
para compensar os dias sem sol e falhas na
bateria. O diesel funciona como garantia. Eles
calcularam que o custo por unidade de energia
elétrica gerada é de R$ 1,70 no diesel, de R$ 1,42
no sistema híbrido e de R$ 1,04 no solar.
“E os sistemas solares estão ficando cada vez mais
competitivos. As taxas de retorno já são quase
mais atrativas do que comprar geradores, que não
vão mudar muito mais. Além disso, as tecnologias
de baterias também estão se desenvolvendo
muito rápido”, afirma Bara.
“A ideia é que esse tipo de iniciativa seja mais
amplo, como política pública. Tem muito projeto
piloto na Amazônia, que funciona na base da
filantropia, mas nossa intenção foi mostrar que
pode trazer um impacto para o bolso de todo
mundo”, complementa
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/luz-solar-no-xingu-reduz-gasto-com-
energia-e-muda-vida-de-indigenas/
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO
Subsídio na energia será reduzido, diz
ministro
Por Rafael Bitencourt | De Brasília
A redução dos subsídios que encarecem as contas
de luz foi defendida ontem pelo ministro de Minas
e Energia, Bento Albuquerque, em audiência
pública na Câmara dos Deputados. Para ele, a
queda do preço de oferta da energia eólica no
Brasil pode ser considerado um sinal de que essa
fonte de geração já não precisa mais do incentivo
oferecido.
"Por que a eólica saiu de US$ 121 e hoje é US$ 19
o megawatt-hora? Só por isso já não se justifica
nenhum subsídio, ou significa que podemos
reduzir."
Albuquerque ressaltou que quase 50% da tarifa de
energia elétrica "não tem nada a ver" com os
custos de geração, transmissão e distribuição da
energia. "São impostos e subsídios que todos nós
pagamos", disse.
Atualmente, a Casa Civil analisa a edição de
decreto que prevê a redução do subsídio oferecido
a produtores rurais. Neste caso, a medida atende
a um segmento que nem sequer faz parte do setor
elétrico. A ideia é que o benefício, oferecido com
descontos nas tarifas de energia, seja reduzido em
20% a cada ano até ser eliminado por inteiro.
Durante a audiência, Albuquerque alegou que, da
mesma forma como muitos subsídios são
considerados "válidos" na sua criação, é preciso
estabelecer critérios para tirá-los da tarifa "de
forma gradual quando eles não forem mais
necessários".
Para o ministro, o investidor precisa estar ciente
de que os benefícios dos subsídios servem a
finalidades específicas. "Alcançado o propósito, ele
tem que saber que aquele subsídio será retirado,
para que a gente não transmita nenhuma
insegurança ao investidor", afirmou.
Em seu segundo dia de participação em audiências
públicas no Congresso, Albuquerque voltou a
defender a capitalização da Eletrobras, assunto
que já havia sido tratado em comissão do Senado.
Para o ministro, a estatal pode enfrentar situação
semelhante à da companhia venezuelana de
energia, a Corpoelec, se não recuperar sua
capacidade de investimento. O ministro tem
prometido concluir a definição do modelo de
capitalização em junho e realizar a transação até
o fim deste ano.
Sobre os problemas de fornecimento de energia
pelo país vizinho ao Estado de Roraima, o ministro
afirmou as falhas não se devem à "falta de
vontade" do regime de Nicolás Maduro, mas sim
por que não há recursos para a manutenção de
equipamentos básicos, segundo relatos de
funcionários venezuelanos à Eletronorte.
Aos deputados Albuquerque defendeu a
recuperação financeira da Eletrobras por meio do
modelo de capitalização, que prevê a diluição do
controle da União (privatização). A operação
envolve a retirada das usinas do regime de cotas,
implantado pela ex-presidente Dilma Rousseff
para reduzir as tarifas. Hoje, o governo revisa a
proposta de capitalização deixada pelo ex-
presidente Michel Temer que já previa a
"descotização".
Para ministro, somente com a recuperação da
capacidade de investimento, a Eletrobras poderá
manter o controle sobre 30% do segmento de
geração e 50% da transmissão de energia no país.
https://www.valor.com.br/brasil/6185703/subsidi
o-na-energia-sera-reduzido-diz-ministro
Voltar ao Sumário
Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Tarifa social será mantida mesmo após
desoneração da conta de luz, diz Aneel
Por Rodrigo Polito | Do Rio
O Brasil possui uma "grande base" de
consumidores de energia incluídos na faixa de
baixa renda que não recebem na conta de luz o
benefício da tarifa social - desconto de 10% a
65%, dependendo da faixa de consumo - a que
têm direito. Segundo o diretor da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) Sandoval Feitosa,
apesar do esforço de desoneração tarifária da
autarquia, o subsídio da tarifa de baixa renda deve
ser preservado.
Segundo a Aneel, 8,6 milhões de famílias recebem
a tarifa social. No Cadastro Único para programas
sociais do governo, porém, estão inscritas 22,2
milhões de famílias. Para ser elegível à tarifa
social, além do cadastro único, a família deve ter
renda mensal per capita menor ou igual a meio
salário mínimo, ou de até três salários mínimos em
casos especiais (portador de doença ou deficiência
que requeira uso continuado de equipamento
elétrico). Segundo Feitosa, ainda que nem todos
os inscritos no cadastro único sejam elegíveis, o
número de famílias que têm direito a receber
supera em muito as 8,6 milhões de beneficiadas
hoje.
"É uma questão de justiça social a reavaliação dos
subsídios na conta de energia, mas, por outro
lado, deve-se buscar assegurar aos mais
necessitados por lei o direito de receber o
benefício", afirmou o diretor ao Valor
Segundo ele, é necessária a articulação entre
distribuidoras de energia e prefeituras para
identificar as famílias que podem ser incluídas no
benefício. Esse engajamento, explicou, é
importante para permitir que recursos que estão
sendo gastos com energia possam ser utilizados
por famílias de baixa renda para outras
prioridades, além estimular a economia local.
No Maranhão, por exemplo, caso todas as famílias
com cadastro único tivessem a tarifa social, elas
deixariam de gastar com energia elétrica R$ 227
milhões por ano.
Do ponto de vista tarifário, se o benefício fosse
destinado de fato a quem merece, o subsídio da
tarifa social aumentaria, "mas é uma questão de
justiça social", disse.
Fora da questão da tarifa social, Feitosa disse que
a Aneel busca retirar da tarifa itens que oneram e
que não têm relação com o setor. "Nossa tarifa
ainda cobre muitos custos que não são
diretamente associados ao setor elétrico".
Em outra ponta, lembrou que está em discussão
com o setor uma proposta de aprimoramento
técnico para o acionamento das bandeiras
tarifárias, com atualização dos valores. A proposta
é passar de R$ 1 para R$ 1,50 por cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos, na bandeira
amarela; de R$ 3 para R$ 3,50 na bandeira
vermelha patamar 1; e de R$ 5 para R$ 6, na
bandeira vermelha patamar 2.
Questionado em seminário no Rio sobre a
regulação para uso de novas tecnologias no setor
Feitosa explicou que "neste momento, a regulação
está atendendo, mas não nos fecharemos para a
tecnologia. Ela vindo, nós vamos inseri-la no
debate regulatório".
Com relação ao mercado livre, após os calotes da
ordem de R$ 200 milhões provocados no início do
ano por duas comercializadoras que não
conseguiram honrar seus compromissos de
compra e venda devido à alta súbita do preço à
vista de energia, a Aneel planeja realizar uma
avaliação do perfil de risco das empresas.
Segundo Feitosa, o tema está em estudo, sendo
discutido com agentes do mercado. "Uma linha de
atuação pode ser avaliarmos o perfil de risco
dessas comercializadoras", disse. "Isso ainda está
sendo desenhado. Não é definitivo."
https://www.valor.com.br/brasil/6185701/tarifa-
social-sera-mantida-mesmo-apos-desoneracao-
da-conta-de-luz-diz-aneel
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Data: 28/03/2019
35
Grupo de Comunicação e Marketing
Parlamento Europeu bane os plásticos de uso
único
Por Clare Roth | Reuters, Estrasburgo
Itens de plástico de uso único, como canudos,
garfos e facas, assim como cotonetes, serão
banidos na União Europeia (UE) até 2021. Por 560
votos a 35, o Parlamento Europeu aprovou a
proibição de dez itens, incluindo pratos e copos
feitos de poliestireno expandido (popularmente
conhecido como isopor), e todos os produtos feitos
de plástico oxo-degradável. Esses são os dez itens
mais encontrados em praias da UE. Com isso, o
bloco pressiona os fabricantes a intensificarem
seus esforços de reciclagem.
As crescentes preocupações com a poluição
plástica em oceanos e os relatos de baleias mortas
com plásticos em seus estômagos, junto com a
decisão da China de parar de processar resíduos
levaram a UE a adotar medidas mais drásticas
para enfrentar a questão.
O lixo marinho passou para o centro das atenções
porque 85% dele é composto por plásticos. A UE
recicla apenas 25% das 25 milhões de toneladas
de lixo plástico que produz por ano.
Os países da UE podem escolher seus métodos de
reduzir o uso de outros itens de plástico de uso
único, tais como recipientes de refeições para
viagem (as quentinhas, ou marmitas) e copos
para bebidas. Eles também terão de coletar e
reciclar pelo menos 90% das garrafas de bebidas
até 2029.
As empresas de tabaco serão obrigadas a cobrir os
custos da coleta pública de bitucas de cigarro, que
são o segundo maior lixo entre os itens de plástico
de uso único.
"A Europa está estabelecendo novos e ambiciosos
padrões, preparando o caminho para o resto do
mundo", disse o vice-presidente da Comissão
Europeia, Frans Timmermans. A Comissão tinha
recomendado as regras aprovadas ontem pelo
Parlamento Europeu.
O grupo de lobby EuroCommerce, que têm entre
seus membros Tesco, Lidl, Carrefour e Metro,
declarou que os governos também precisam fazer
a sua parte para ajudar a transformar a reciclagem
em um sucesso.
"Sem uma infraestrutura de gestão de resíduos
adequada e instalações de reciclagem em número
suficiente não alcançaremos uma economia
circular ou os objetivos desta diretriz", disse o
diretor-geral do EuroCommerce, Christian
Verschueren.
https://www.valor.com.br/internacional/6185723/pa
rlamento-europeu-bane-os-plasticos-de-uso-unico
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Data: 28/03/2019
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Cesp muda estratégia para enfrentar GSF
Por Camila Maia | De São Paulo
Depois de registrar uma despesa de R$ 819
milhões em 2018 devido à exposição ao déficit de
geração das hidrelétricas (GSF, na sigla em inglês
para diferença entre a energia contratada e a
efetivamente gerada), a Cesp está atuando para
contratar antecipadamente a exposição projetada
para 2019 com o melhor preço possível.
A postura pró-ativa foi adotada depois que os
novos controladores da Cesp - Votorantim Energia
e fundo de pensão canadense CPPIB - assumiram
o controle da companhia, no início de dezembro.
Em janeiro, durante evento com investidores, o
novo presidente da elétrica, Fábio Zanfelice, disse
que a companhia já tinha contratado 50% da
exposição prevista para este ano. Ontem, em
teleconferência sobre resultados de 2018, ele
disse que a contratação chegou a 80%.
A aquisição dos 20% restantes deve ser concluída
nos próximos dois meses, a depender da evolução
da hidrologia e, consequentemente, dos preços.
Como a expectativa, em dezembro, era de que
2019 tivesse preços baixos de energia, a Cesp
deixou para comprar o restante neste início de
ano. As chuvas esperadas, contudo, não vieram e
os preços subiram muito entre janeiro e fevereiro.
"Ainda não concluímos a compra por conta da
melhora recente do cenário hidrológico, estamos
avaliando as projeções de preço para concluir a
compra desse residual", disse Zanfelice. O
executivo disse acreditar que os preços de energia
devem ceder um pouco nos próximos meses,
como reflexo dessa melhora nas chuvas vista em
março.
Além da comercialização de energia, a Cesp
pretende ter uma posição estratégica pró-ativa
para lidar com contingências judiciais. O saldo
dessas brigas na Justiça, ao fim do ano passado,
era de R$ 11,5 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões
estão provisionados no seu balanço.
Zanfelice não entrou em detalhes sobre as
expectativas da companhia, agora sob novo
controlador, para o desfecho dessas ações, mas
lembrou que a Cesp concluiu uma estruturação da
sua área jurídica para ser mais organizada. Um
dos focos é o trabalho nas ações emergenciais, em
fase de julgamento ou decisão, e também
naquelas que apresentam maior risco.
A discussão sobre a indenização pleiteada pela
companhia pela devolução da hidrelétrica de Três
Irmãos, por sua vez, deve ficar para o segundo
semestre. Segundo Zanfelice, a companhia ainda
aguarda a posição da União sobre o laudo de um
perito independente no caso que corre na Justiça.
"Entendemos que o melhor momento de avançar
na negociação [com a União] é com a decisão em
primeira instância, que esperamos que saia ao
longo do segundo semestre", disse Zanfelice.
A reestruturação da companhia pelos novos donos
também passa por mudanças internas. Em
fevereiro, a Cesp concluiu um plano de demissão
voluntária (PDV) que teve 327 adesões, com custo
de R$ 118 milhões.
Segundo Zanfelice, com as 327 adesões, haverá a
redução de 47% no custo de pessoal da
companhia, com prazo de retorno ("payback") em
um ano e meio.
https://www.valor.com.br/empresas/6185781/ce
sp-muda-estrategia-para-enfrentar-gsf
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Data: 28/03/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
Mais excesso de capacidade de aço traz risco
global
Por Assis Moreira | De Genebra
A indústria siderúrgica global, que já enfrenta
excesso de capacidade, poderá ter oferta adicional
de 100 milhões de toneladas nos próximos três
anos com os planos de novas usinas em várias
partes do mundo. Essa situação pode reativar o
risco de uma guerra global do aço. O Comitê do
Aço, da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Economico (OCDE), calcula que
a capacidade de produção ficou quase inalterada
em 2018, com 2,23 bilhões de toneladas, após
quedas em 2017 e 2016.
Mas a expectativa é de que a capacidade de
produção globalmente continue a exceder a
demanda em 425,4 milhões de toneladas, num
ambiente de baixo crescimento econômico global,
conflitos comerciais e persistentes desequilíbrios
estruturais.
Ao mesmo tempo, vários novos investimentos na
indústria de aço continuam a ser feitos em torno
do mundo e outros estão em estágio de
planejamento, incluindo em regiões que já tem
enorme excesso, como na Ásia do Leste, que inclui
China, Coreia do Sul e Japão.
Se esses projetos se concretizarem, a capacidade
siderúrgica global poderá crescer 4%-5% entre
2019-2021 na ausência de fechamento de
fábricas, segundo a OCDE. O monitoramento da
entidade mostra que investidores estrangeiros são
a fonte de bom número desses projetos.
Estimativas apresentadas no Comitê da OCDE
indicam que na Ásia estão em curso projetos na
siderurgia com capacidade adicional de 53,4
milhões de toneladas, além de projetos para mais
10 milhões de toneladas até 2021.
No Oriente Médio, há projetos siderúrgicos em
curso que aumentarão a capacidade em 25,1
milhões de toneladas e há projetos para mais 2,7
milhões de toneladas. Nos países do Nafta (EUA,
México, Canadá), os projetos apontam para
capacidade adicional de 4,5 milhões de toneladas.
Na América Latina, o potencial de capacidade
adicional entre 2019-2021 seria de 1,4 milhão de
toneladas.
Globalmente, estão em curso a construção de
usinas para produzir mais 88 milhões de toneladas
de aço bruto por ano. E os projetos apontam para
mais capacidade de 22,4 milhões de toneladas,
tudo isso em três anos. Com uma economia
mundial frágil, e capacidade adicional de
produção, o risco é de os conflitos se acentuarem
envolvendo o aço.
A China tem sido o principal alvo por seu excesso
de capacidade e exportações baratas. Mas a Índia
está cada vez mais no radar. No entanto, os
indianos dizem que respeitam a orientação de
mercado e que seu aumento de capacidade é para
atender a demanda doméstica. Na China, o
governo subsidia as siderúrgicas e resiste a fechar
muitas fábricas que não são competitivas.
O Brasil é membro pleno do Comitê do Aço da
OCDE desde 1994. E o embaixador brasileiro junto
à entidade, Carlos Márcio Cozendey, diz que para
o país "é importante um mercado sem distorções
e sem barreiras artificiais".
As exportações brasileiras de aço estão
submetidas a cotas na Europa. É um dos
resultados da guerra deflagrada pelo presidente
americano, Donald Trump, contra a China, maior
produtor mundial de aço, com aumento das tarifas
de importação da commodity. Os europeus,
temendo que os exportadores buscassem outros
mercados para compensar a perda de negócios
nos EUA, decidiram se proteger com o instrumento
de salvaguarda.
As maiores economias desenvolvidas e
emergentes, que formam o G-20, tem um grupo
para negociar a redução do excesso de capacidade
de aço, e prevenir mais risco de conflitos
comerciais. No entanto, resultados concretos para
cortar subsídios que contribuem para o excesso
não se concretizaram ainda.
As condições do mercado siderúrgico têm riscos
potenciais. Os preços voltaram a cair em 2018. As
exportações continuam a declinar em meio a mais
ações protecionistas no mercado global. A OCDE
afirma que o ano de 2018 foi caracterizado por
uma alta significativa de ações para barrar
importações de aço comparado a 2017.
https://www.valor.com.br/empresas/6185763/m
ais-excesso-de-capacidade-de-aco-traz-risco-
global
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Amazônia necessita conciliar preservação e
desenvolvimento
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
O tambaqui é um dos peixes mais consumidos na
Amazônia. Migratório, chega ao porte de 1 metro
e 30 quilos, com dieta basicamente de insetos
aquáticos e frutos, cujas sementes são carregadas
a distâncias consideráveis, na função de manter a
floresta viva. Além da pesca, trata-se da espécie
nativa brasileira de maior produção em cativeiro,
movimentando R$ 600 milhões ao ano, segundo o
IBGE. "Mas o aquecimento global, associado ao
desmatamento e outros fatores, coloca essa fonte
de renda e segurança alimentar em sério risco",
diz Adalberto Val, cientista do Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus
(AM).
Ao reproduzir o ambiente de maior temperatura
com base nas projeções do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC), o pesquisador constatou que 40% dos
tambaquis desenvolveram deformações biológicas
fatais. "O mesmo poderá acontecer com outros
peixes da região, pois a tolerância em águas mais
quentes e ácidas está chegando a níveis críticos",
adverte. Ele pede senso de urgência para estancar
as causas, inclusive a poluição por esgoto e lixões
nas cidades amazônicas em crescimento:
"Educação, ciência e tecnologia são caminhos
estratégicos para proteger recursos naturais e
garantir qualidade de vida".
O problema dos tambaquis retrata a realidade de
uma região que representa 60% do território
brasileiro, 8% do PIB e parte expressiva das
emissões brasileiras de gases do efeito estufa -
convivendo, ainda, com os piores índices nacionais
de desenvolvimento humano. A complexidade do
cenário ocupou o centro do debate no seminário
preparatório para o Sínodo da Amazônia, a ser
realizado em outubro pelo Vaticano, reunindo 250
bispos. O propósito é sensibilizar o mundo quanto
ao papel da região para o futuro da vida no planeta
e mobilizar pressão contra o desmatamento e o
desrespeito a populações indígenas.
"A floresta - não apenas a brasileira, como a dos
oito países vizinhos - é vital para a humanidade e
nunca esteve tão ameaçada", afirmou Dom
Cláudio Hummes, presidente da Rede Eclesial Pan-
Amazônica, durante o encontro realizado neste
mês, em Manaus, para reunir contribuições de
diferentes setores ao Sínodo, no contexto do
desenvolvimento sustentável. "Diante da crise
climática, não há tempo para adiar a busca de
novos caminhos por meio do diálogo", disse o
cardeal, para quem a incursão na temática
ambiental representa "um momento forte do
pontificado do papa Francisco".
Na visão de Marcelo Sanchez-Sorondo, chanceler
da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano,
presente ao seminário, "a sociedade civil deve se
mobilizar para os governos fazerem a lição de
casa, pensando no bem comum como imperativo
moral". A base do apelo, segundo ele, está na
ideia de "ecologia integrada" que marca a Encíclica
Laudato Si, lançada em 2015, no contexto do
acordo climático de Paris, com a chamada à
unificação global no combate à degradação
ambiental. Para o chanceler, na Floresta
Amazônica, as condições sociais precárias
reforçam a gravidade do problema.
"Precisamos de desenvolvimento - e não de
subsistência - sustentável", disse o general César
Augusto Nardi de Souza, comandante militar da
Amazônia. Em sua análise, capilaridade e
identificação com a realidade local são essenciais
ao desafio, que também abrange educação, saúde
e saneamento. "O objetivo é preservar os legados
que todos recebemos de uma região que possui
66% do território legalmente protegido".
Ao ocupar 30,6% da área terrestre do planeta, as
florestas garantem diretamente o sustento mais
de 1 bilhão de habitantes, em especial os mais
pobres, além prover recursos ao desenvolvimento
econômico. Entre 2010 e 2015, a extensão global
de floresta diminuiu 3,3 milhões de hectares, com
queda no ritmo de destruição, segundo a ONU. Na
Amazônia, o desmatamento cresceu 13,7% em
2018, pelos dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe).
"Entre conservar a floresta ou desenvolver a
economia para reduzir a pobreza, devemos ficar
com os dois", disse Virgilio Viana, superintendente
geral da Fundação Amazonas Sustentável. A
soluções passam pelo combate à grilagem de
terras e expansão da bioeconomia, no sentido de
promover renda via atividades produtivas que não
degradam. "Precisamos de mais eficiência no uso
dos recursos naturais e não de afrouxamento das
regras ambientais".
Data: 28/03/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
Para Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, a
chave é quebrar a resistência da economia em
dialogar com o social e o ambiental. "No final,
quem paga a conta é a sociedade."
https://www.valor.com.br/empresas/6185389/a
mazonia-necessita-conciliar-preservacao-e-
desenvolvimento
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Data: 28/03/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
Florestas urbanas são estratégicas para
promover a qualidade de vida
Por Sergio Adeodato | De São Paulo
Na Mata Atlântica, bioma onde vivem 145 milhões
de pessoas, a realidade urbana demanda da
floresta que escapou da destruição a função de
garantir um benefício essencial além da água e da
biodiversidade: a saúde. Dados da ONU indicam
que crianças se tornam mais ativas quando têm
acesso a áreas verdes nas cidades, com taxa de
obesidade até 19% inferior às registradas entre as
que não frequentam esses espaços. Segundo
pesquisas no Reino Unido, morar a menos de 300
metros de um parque reduz o risco de morte por
infarto agudo do miocárdio em 30%.
Não à toa os chamados "banhos de floresta"
ganham importância na agenda de saúde pública
em países como Japão, Austrália e Estados
Unidos. Na Universidade de Chiba, em Tóquio,
recente estudo comprovou que passeios em
ambientes naturais estão diretamente
relacionados à redução de cortisol - o hormônio do
estresse - e a uma melhor pressão arterial.
Fortalecem o sistema imunológico, aumentam a
capacidade de concentração e melhoram quadros
de depressão. "É urgente promover a reconexão
da população urbana com a natureza", ressalta
Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação
SOS Mata Atlântica.
Dados da instituição apontam que São Paulo é a
capital brasileira com maior área de floresta
natural. São 25,8 mil hectares (17% do território),
sendo 106 parques municipais, além de unidades
de conservação estaduais e federais. Embora a
quantidade não seja suficiente diante para aa
demanda dos 14 milhões de habitantes da
metrópole, os remanescentes de mata ajudam a
reduzir impactos da poluição atmosférica.
Segundo o Instituto Saúde e Sustentabilidade, a
contaminação do ar deverá causar 178 mil mortes
até 2050, ao custo de R$ 54 bilhões, em São
Paulo.
A Organização Mundial da Saúde preconiza a
existência de 9 metros quadrados de espaço verde
por habitante. A recomendação é que cada
morador viva a uma distância máxima de 15
minutos a pé dessas áreas, que também
promovem permeabilidade do solo contra
inundações e amenizam "ilhas de calor" formadas
pelas construções. No mundo, mais de um terço
das grandes cidades obtêm água potável de
floresta protegidas.
A pequena Céu Azul (PR), de 12 mil habitantes,
tem 72% do território ocupado por florestas
protegidas (86 mil hectares) e está entre os dez
municípios com maior área natural, de acordo com
o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata
Atlântica. Isso se deve ao Parque Nacional do
Iguaçu que, aos 80 anos, tem o desafio de
conservar recursos da natureza e ajudar no
desenvolvimento local. A estratégia de compras de
alimentos de pequenos produtores locais
representa R$ 40 milhões ao ano. "Além do
ingresso, o lucro deve estar na cadeia de
fornecimento às operações do parque", diz Pedro
Fogaça, diretor de sustentabilidade do Grupo
Cataratas.
"Precisamos de infraestrutura para aproveitar
melhor os benefícios do verde", afirma Germano
Bonamigo, prefeito de Céu Azul, hoje apenas um
lugar de passagem para o parque nacional e o
turismo fronteiriço de compras no Paraguai e
Argentina, sem acesso aos ganhos com a chegada
de 1,8 milhão de visitantes por ano em Foz do
Iguaçu.
https://www.valor.com.br/empresas/6185391/flo
restas-urbanas-sao-estrategicas-para-promover-
qualidade-de-vida
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Data: 28/03/2019
41
Grupo de Comunicação e Marketing
Pressão de mercado Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
De um lado, investidores de longo prazo querem
alinhar as carteiras a atividades de menor risco
climático e pressionam o mercado a colocar a
estratégia da sustentabilidade no centro dos
negócios. De outro, grandes corporações com
expressão no consumo de massa avançam no
tema, mas nem sempre transformam o discurso
em prática - ou adotam políticas de compras com
critérios socioambientais e demonstram ações
junto a fornecedores e clientes, mas não
conseguem fazer o engajamento chegar à ponta
do consumidor final.
O cenário, traçado por estudo inédito da
organização internacional CDP, é indicativo de um
ritmo lento na dinâmica da transição para uma
nova economia que considera os limites dos
recursos planetários, apesar dos avanços
alcançados. "Estamos longe de chegar à base da
população", diz Lauro Marins, diretor executivo da
rede na América Latina.
O sistema reúne investidores e empresas que
reportam dados como subsídio à gestão de
impactos ambientais, com mais de US$ 100
trilhões em carteira. "É maior a pressão com olhar
mais em ações práticas do que em planos ou
políticas, de modo que os objetivos saiam do
papel", diz.
O estudo identificou impacto financeiro dos riscos
climáticos da ordem de US$ 88 bilhões, enquanto
as oportunidades representaram US$ 42 bilhões,
em 2018. Mais de 90% das corporações dizem já
serem atingidas por estresse hídrico, contudo nem
todas têm metas para redução de consumo de
água. Um terço aumentou a captação do recurso
de um ano para outro, mesmo diante de impactos
que custaram um total de US$ 20 bilhões, no
período. Em grande parte, diz Marins, as empresas
ainda demonstram compreensão superficial sobre
temas ambientais: "Reconhecem a existência da
ameaça, mas não conseguem enxergar o que
significa no longo prazo".
"Quem não administrar riscos e continuar
colocando o assunto na caixa periférica da
filantropia terá surpresas no futuro", adverte
Heiko Hosomi, coordenador do núcleo de
sustentabilidade da Fundação Dom Cabral (FDC).
Para o analista, os passivos de hoje se referem a
algo do passado que a sociedade deixou de
tolerar, e que por isso os investimentos devem
considerar mudanças de percepção no horizonte
de pelo menos dez anos. O setor financeiro global,
segundo ele, está puxando mudanças ao trocar
juros mais baixos por menor impacto ambiental.
"O padrão da régua tem subido com cobranças de
levar o tema para o centro das operações", conta
Luciana Nicola, superintendente de
sustentabilidade do Banco Itaú, que se prepara
para o dia em que o cliente questionará o que se
faz com o dinheiro dele. A prioridade hoje está na
inclusão financeira e produtos que passam a fazer
mais sentido aos correntistas, influenciados a
novos hábitos na rota dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) - a agenda
das Nações Unidas com metas ambientais, sociais
e econômicas para 2030.
"É um mapa de referência às decisões das
empresas, assim como os indicadores
financeiros", ressalta Denise Hills, presidente da
Rede Brasil do Pacto Global da ONU. A
conscientização empresarial em temas como
igualdade de gênero, diversidade, proteção da
biodiversidade e produção sustentável é
crescente. Segundo estudo internacional da PWC,
27% das companhias tinham incorporado o
desafio aos negócios até 2018. "Após a fase inicial
de entendimento, é hora de ganhar escala com
maior investimento em capital humano e recursos
financeiros", aponta Hills. "Não existe economia
desconectada do ambiente em que opera e quem
olhar apenas para si corre o risco de não ser
relevante."
Para Annelise Vendramini, pesquisadora do Centro
de Estudos em Sustentabilidade da Fundação
Getulio Vargas (FGVces), "é fundamental colocar
o valor dos impactos ambientais e sociais nas
equações financeiras, de modo que sejam
considerados nas decisões. "Olhar apenas a foto é
motivo de preocupação, mas quando vemos o
filme percebemos mudanças significativas nos
últimos anos, sabendo que as correções
necessárias na economia não se fazem de um dia
para o outro."
Agricultura de baixo carbono, reúso de água,
manejo sustentável de florestas e economia
circular estão na vitrine. "A energia renovável tem
sido um dos principais condutores de mudança,
Data: 28/03/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
com viabilidade dos investimentos e massa crítica
que impulsionam o mercado", destaca Mauricio
Tolmasquim, pesquisador da Coppe, na
Universidade Federal do Rio de Janeiro. A
participação das fontes solar, eólica e biomassa na
matriz elétrica brasileira aumentou de 9% para
15% em quatro anos.
Marina Grossi, presidente do Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (Cebds), diz que o movimento é
irreversível, seja qual for a conjuntura político-
econômica, até porque o custo de voltar atrás é
alto. "A chave agora para falar com um público
mais amplo é "olhar para os benefícios do que se
quer, mais do que para as ameaças", afirma.
Segundo estudo da organização, de 2016 a 2017,
um terço das companhias brasileiras diminuiu
emissões de carbono por meio de mudanças na
produção. Além de mitigar gases de efeito-estufa,
deve-se investir na adaptação aos impactos
climáticos que já estão em curso: "A infraestrutura
brasileira foi projetada por padrões de engenharia
do passado que não representam o atual
comportamento do clima", adverte Sergio
Margulis, pesquisador do Instituto Internacional
para Sustentabilidade e WayCarbon.
Ele liderou recente análise sobre a vulnerabilidade
de barragens de abastecimento de água e geração
hidrelétrica, redes de transmissão de energia,
rodovias federais estratégicas e portos costeiros,
constatando o risco de danos bilionários. No pior
cenário, avaliado com base em dois modelos
internacionais, pelo menos dois sistemas
brasileiros de distribuição de água teriam, cada
um, impacto de cerca de R$ 35 bilhões até 2040.
"Antes de olhar para eventos extremos no futuro,
as infraestruturas devem se preparar para
mudanças que já ocorrem no presente", reforça
Maguilis.
Priscila Claro, professora de sustentabilidade nos
negócios do Insper, recomenda "ir além do
marketing, com estratégias de longo prazo,
porque o caminho não é curto". O primeiro alvo foi
a redução de custos via eficiência no uso de
recursos naturais; depois, o controle foi levado à
cadeia de fornecedores e, mais recentemente,
surgiram inovações para aumento de escala com
os negócios de impacto social e ambiental. "Agora
o desafio é chegar à base da pirâmide social",
avalia Claro.
https://www.valor.com.br/empresas/6185393/pr
essao-de-mercado
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Data: 28/03/2019
43
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Investidores miram fontes renováveis do
país Por Roberto Rockmann | Para o Valor, de São
Paulo
De petroleiras a geradoras de energia elétrica, as
fontes renováveis têm tornado o Brasil destino
frequente de novos investimentos. A gigante
global Shell, que atende 3% da demanda de
energia mundial e quer, em 20 anos, ser a maior
empresa de eletricidade do mundo, tem o país
como uma prioridade de investimento. Uma das
líderes em comercialização de energia elétrica na
América do Norte, a Shell espera crescer no
mercado brasileiro com investimentos em fontes
renováveis, como a eólica e a solar.
"Estamos olhando todas as opções; as
oportunidades são inúmeras e há uma fase
dourada para investir de forma integrada, seja
para o mercado seja livre, seja com os leilões", diz
Frederico Saliba, presidente da Shell Energy
Brasil, braço de comercialização da empresa no
país. Em operação desde 2017, a empresa tem
100 clientes em seu portfólio.
O gás natural é outro vetor de crescimento. A
empresa é uma das acionistas do projeto de
Marlim Azul, uma termelétrica licitada no leilão A-
6 de 2017. A intenção é de que pelo menos 10%
da energia seja vendida para o mercado livre.
"Estamos desenhando o projeto com nossos
parceiros. O investimento está na estratégia de
integração com o setor elétrico", diz. Saliba. O
projeto, em parceria com a Mitsubishi e o Pátria
Investimentos, com 565 MW de potência, usa gás
de poços do pré-sal. A empresa é um dos maiores
players privados na camada.
A norueguesa Equinor (ex- Statoil), que tem
participação relevante no pré-sal operando o bloco
de Carcará, uma das principais fronteiras de
produção de óleo da empresa no planeta, está
investindo além do universo de óleo e gás no
Brasil. No fim do ano passado, inaugurou no país
seu primeiro projeto solar do mundo. O complexo,
com capacidade produtiva de 162 MW, operado
pela Scatec Solar, foi instalado em Quixeré, no
Ceará. "Em todo o mundo, a Equinor está
comprometida em prover energia de forma mais
sustentável e acreditamos que a geração de
energia a partir de fontes renováveis será uma
parte fundamental disso. O Brasil tem grande
potencial para a geração de energia solar e eólica",
afirma Verônica Coelho, vice-presidente da
Equinor Brasil.
Equinor e Petrobras firmaram no fim do ano
passado memorando para desenvolvimento de
negócios em energia eólica offshore no Brasil. As
empresas estão investigando ainda outras áreas
de cooperação, incluindo o desenvolvimento de
iniciativas em renováveis. A estatal não tem
usinas eólicas no mar e a norueguesa opera três
parques eólicos na costa do Reino Unido. "Temos
conversado com partes interessadas relevantes
para melhor entendermos o potencial para futuros
projetos. A meta é desenvolver negócios
competitivos para projetos de energia eólica
offshore no Brasil, mas antes temos de entender
melhor o ambiente regulatório e condições
comerciais que eventualmente serão aplicadas",
diz Verônica.
A Enel também tem investido no país, em geração
renovável e em distribuição (adquiriu o controle
da AES Eletropaulo ano passado). O grupo já
gerencia cerca de 2,9 GW de capacidade instalada
renovável, dos quais 842 MW de energia eólica,
820 MW de energia solar fotovoltaica e 1.269 MW
de energia hídrica. Além disso, tem mais de 1 GW
em execução, conquistados nos leilões de 2017.
"São três projetos eólicos e um solar em fase de
execução - um investimento superior aUS$ 1
bilhão", diz Roberta Bonomi, responsável pela Enel
Green Power no Brasil. Entre 2019 e 2021, o grupo
planeja investir € 1,6 bilhão (R$ 6,9 bilhões) no
desenvolvimento de novos projetos renováveis no
Brasil, segundo o atual plano estratégico global da
companhia. A empresa utiliza empreiteiras
nacionais para a construção de seus projetos
eólicos e, no caso da tecnologia solar, segue
buscando conciliar a competitividade de seus
projetos com empresas instaladas no país.
https://www.valor.com.br/empresas/6185379/invest
idores-miram-fontes-renovaveis-do-pais
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Data: 28/03/2019
44
Grupo de Comunicação e Marketing
Boas práticas reduzem as emissões do
agronegócio
Por Lauro Veiga Filho | Para o Valor, de Goiânia
O setor agropecuário conseguiu reduzir suas
emissões de gases do efeito estufa em quase um
terço entre 2000 e 2017, segundo dados do
inventário mais atual divulgado no fim do ano
passado pelo Sistema de Estimativas de Emissões
de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório
do Clima.
Os números, ainda preliminares, incluem as
emissões diretas causadas pelas atividades de
produção de carnes e grãos, e as geradas por
mudanças no uso do solo (desmatamento).
Mostram que o total de emissões do setor baixou
de 2,11 bilhões de toneladas equivalentes de
dióxido de carbono (CO2) para 1,45 bilhão no
período. O agronegócio ainda lidera as emissões
totais, mas sua participação caiu de 83,7% para
70%.
A área ocupada por pastos, lavouras temporárias
e permanentes cresceu 11,3%, para 243,72
milhões de hectares desde o começo da década
passada, segundo a plataforma Projeto de
Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no
Brasil (MapBiomas), desenvolvida por uma rede
de universidades, organizações não
governamentais, ambientalistas e pesquisadores.
Por essa razão, além da queda na área
desmatada, a hipótese mais provável sugere que
os esforços na direção de uma agropecuária de
baixo carbono já começam a surtir efeitos.
No balanço mais recente, apresentado em
dezembro pelo governo brasileiro durante o 24ª
Conferência das Partes (CoP-24), em Katowice, na
Polônia, o setor conseguiu mitigar algo entre
100,21 milhões e 154,38 milhões de toneladas de
CO2 equivalente entre 2010 e 2018 no âmbito do
Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às
Mudanças Climáticas (Plano ABC), segundo o
pesquisador Celso Vainer Manzatto, da Embrapa
Meio Ambiente.
Os dados computam o sequestro de carbono
observado com a recuperação de 10,45 milhões de
hectares de pastagens degradadas, com base em
dados do Seeg, mais 5,83 milhões de hectares de
áreas incorporados a sistemas de integração de
lavouras, pastos e florestas, a aplicação de
técnicas de plantio direto e de fixação biológica de
nitrogênio em mais 9,97 milhões de hectares,
além do plantio de 1,10 milhão de hectares de
florestas e do tratamento adicional de 4,5 bilhões
de litros de desejos animais naquele período.
Os dados da equipe do Plano ABC, que
complementam as estatísticas do inventário
brasileiro de emissões, indicam que o Brasil já
conseguiu cumprir boa parte dos compromissos
assumidos durante a CoP-15. Na conferência,
realizada em Copenhague em 2009, era prevista
a mitigação de 132,9 milhões a 162,9 milhões de
toneladas de carbono até 2020 apenas na
agropecuária, correspondendo a quase 32,9% das
emissões registradas apenas na atividade
agropecuária pela plataforma do Seeg.
"Nossos números mostram que as agendas
ambiental e produtiva não são antagônicas, são
sinérgicas, e que é possível investir em
sustentabilidade e ganhar dinheiro", sustenta
Manzatto, responsável técnico pela Plataforma
ABC. Ele recorre a tese recentemente defendida
pelo pesquisador Francisco Chagas da Silva, da
Escola de Economia de São Paulo da Fundação
Getúlio Vargas (EESP/FGV), para reforçar seu
argumento.
O trabalho mostra que pastagens degradadas,
com capacidade de suporte de apenas uma cabeça
por hectare, registram custo de R$ 323 e
produtividade de 2,83 arrobas por hectare/ano.
Pastos em bom estado permitem quase
quintuplicar a produtividade anual, para 12,97
arrobas por hectare, o que derrubaria o custo final
para R$ 131, ou seja, 59%. Adicionalmente,
aponta Manzatto, bastaria elevar a ocupação para
dois animais por hectare para zerar o balanço de
carbono da propriedade, mitigando toda a emissão
realizada durante o ciclo produtivo.
https://www.valor.com.br/agro/6185373/boas-
praticas-reduzem-emissoes-do-agronegocio
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Negócio de impacto social e ambiental
atrai empreendedor Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
Negócios criados no propósito de unir lucro e
ganhos socioambientais se expandem no país com
olhar para a base de baixa renda e percepção
positiva quanto à sobrevivência no mercado. Oito
em cada dez estão captando investimentos para
avançar - um terço em busca de valores
pequenos, de até R$ 100 mil.
Há forte demanda por conhecimento e mentoria
para dar escala aos benefícios de produtos e
serviços em áreas como educação, saúde e meio
ambiente, além do desafio de maior igualdade de
gênero no perfil dos empreendedores: hoje, 66%
são homens, na maioria jovens e brancos, com
localização no Sudeste e maior acesso a capital
investidor em relação às mulheres.
"Percebemos que o setor deixa gradativamente de
ser nicho e fortalece um ambiente que atrai cada
vez mais empreendedores e capital rumo a uma
nova economia", afirma Lívia Hollerbach, uma das
fundadoras da Pipe.Social, plataforma que
funciona como vitrine de negócios de impacto
social e ambiental.
O mapa recém-concluído pela organização como
estratégia de identificar tendências e
oportunidades releva o crescimento em
tecnologias verdes, em especial energia limpa,
água, controle de poluição e reciclagem, com 46%
das iniciativas. O tema da cidadania, abrangendo
soluções para democracia, gestão de governo e
inclusão social, representa 43% dos 1002
negócios mapeados.
Em comparação a 2017, a atual edição do estudo
identificou expansão do empreendedorismo de
impacto no Norte e Nordeste, regiões onde é
maior a demanda por dinheiro na fase inicial para
posteriormente chegar ao mercado, no sonho de
construir uma sociedade mais sustentável e
equânime - principal motivação para se investir
tempo e talento nas inovações, segundo mostrou
a pesquisa no contexto nacional. Mas, como ocorre
no país como um todo, "há uma demanda
reprimida por auxílio à aceleração dos negócios no
começo da jornada", constata Mariana Fonseca,
cofundadora da plataforma.
"A tendência é de democratização de fontes de
recursos", analisa Célia Cruz, diretora executiva
da Inovação em Cidadania Empresarial (ICE),
voltada do desenvolvimento do setor. Além dos
modelos tradicionais de capital de risco, novos
mecanismos de microcrédito, venture philantropy
e equity crowdfounding, baseado no
financiamento coletivo, se expandem no mercado.
Organização auxilia startups a impulsionar
projetos para cidades inclusivas e
sustentáveis
"O ambiente empreendedor mais fortalecido e o
avanço tecnológico, como na inteligência artificial,
estão permitindo negócios com soluções verdes
mais acessíveis", avalia Maure Pessanha, diretora
executiva da Artemisia. Na Estação Hack, em
parceria com o Facebook, a organização auxilia
startups a impulsionar projetos para cidades
inclusivas e sustentáveis, como é o caso da
Pluvi.on, que trabalha para democratizar
informações sobre clima ao oferecer sistemas
inteligentes com estações meteorológicas de baixo
custo que alertam sobre situações de risco em
tempo real.
Já a Molécoola, criada em 2017, otimiza a logística
reversa de resíduos por meio de lojas-contêineres
no modelo de microfranquias em locais de grande
fluxo de pessoas. O consumidor é incentivado por
meio de um programa fidelidade gamificado no
qual os pontos referentes às embalagens levadas
para reciclagem são trocados por produtos nos
próprios locais de coleta. Com 6 mil pessoas
cadastradas em São Paulo, a empresa possui seis
lojas e já reciclou 58 toneladas de materiais.
A nova geração de negócios se integra aos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
das Nações Unidas, com metas ambientais,
econômicas e sociais para 2030 - e, nesse
contexto, cresce o protagonismo da população de
baixa renda em empreender soluções para a
própria realidade.
Na Zona Sul de São Paulo, a Aceleradora de
Negócios de Impacto Social da Periferia, parceria
entre Artemisia, A Banca e Fundação Getulio
Vargas (FGV), impulsiona iniciativas locais com
efeitos na renda e no empoderamento - entre as
quais, o Empreende Aí, uma escola de negócios
que dissemina a ideia na região.
Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
"Estamos falando de transformações de vidas",
enfatiza Fernando Assad, sócio do Programa
Vivenda, dedicado à reforma de moradias na
periferia de São Paulo. Além de oferecer ao público
de baixa renda um pacote de soluções que inclui
arquitetura, mão-de-obra e financiamento, a
inovação está o modelo de investimento. O
negócio foi objeto da primeira debênture de
impacto social lançada no mercado pela Gaia Cred
II, com captação de R$ 5 milhões e expectativa de
impactar 32 mil pessoas, em cinco anos, com
reformas das casas. Até o momento, foram
realizadas 1,2 mil obras na região.
https://www.valor.com.br/empresas/6185387/ne
gocio-de-impacto-social-e-ambiental-atrai-
empreendedor
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Data: 28/03/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
Maioria das empresas ainda desconhece a
Agenda 2030
Por Amália Safatle | Para o Valor, de São Paulo
Embora as Nações Unidas calculem em até US$ 7
trilhões anuais as oportunidades de negócios
geradas pelos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), sendo US$ 3,9 trilhões nos
países em desenvolvimento, a maioria das
empresas no Brasil ainda não se engajou à Agenda
2030. A agenda é um ambicioso plano de ação
voltado para a prosperidade econômica, o bem
estar social e o equilíbrio ambiental, acordado
entre 193 países-membros da ONU em 2015. Seus
17 objetivos contêm 169 metas a serem
alcançadas até 2030.
Para Caio Magri, diretor-presidente do Instituto
Ethos, "não caiu a ficha" entre as empresas de que
a Agenda 2030 pode gerar crescimento em bases
sustentáveis, por meio de tecnologias mais
avançadas, inovações, mudança de matriz
energética, menor exposição a riscos e
antecipação a futuras precificações sociais e
ambientais, como a de emissão de carbono.
"Olha-se para os ODS como um peso a ser
carregado, uma tarefa a mais. Essa visão
prepondera entre quem conhece a agenda. Isso
sem falar na maior parte, que ainda a
desconhece", afirma Magri, com base em
percepções de mercado. "O fato de não haver
dados sobre o grau de conhecimento e adesão das
empresas brasileiras aos ODS já é um primeiro
indicador de como estamos defasados", afirma.
O mapeamento existente hoje se limita a uma
amostra reduzida, de empresas já alinhadas com
a pauta da sustentabilidade. Segundo Carlo
Pereira, secretário-executivo da Rede Brasil do
Pacto Global e membro do Conselho Global do
Pacto, apenas cerca de 40 empresas trabalham os
ODS com certa profundidade. "E, se falarmos em
implementação efetiva na estratégia de negócios,
o número cai para cerca de 20", estima.
A pesquisa "Integração dos ODS na Estratégia
Empresarial - 2018", feita com 142 empresas que
compõem a Rede Brasil do Pacto Global, identifica
que as principais motivações para aderir à Agenda
2030 se relacionam ao cumprimento do código de
ética (53%), à imagem atrelada à sustentabilidade
(43%) e ao cumprimento das leis (38%). "Esse
resultado sugere que os fatores estão mais ligados
a compliance e a riscos reputacionais, e menos a
oportunidades de negócios, como acesso a capital
(12%) e atração e retenção de talentos (18%)",
deduz o documento.
Isso mostra um descompasso, pois, segundo o
consultor Aron Belinky, os ODS tornaram-se um
denominador comum para investidores avaliarem
a agenda de sustentabilidade das empresas na
hora de decidir onde vão colocar capital.
Para Magri, as empresas no Brasil ainda se movem
por visões de curto prazo, o que é agravado pela
longa crise econômica e política que o país
atravessa. "O cenário pesa, mas os estrategistas
das empresas não percebem que os ODS também
são uma agenda de resiliência para enfrentar a
crise?", questiona. Ele exemplifica que o Índice
Dow Jones e o Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) da B3 sinalizam que as
empresas presentes na carteira têm uma
resiliência maior em períodos críticos.
Luciana Villa Nova, gerente de sustentabilidade da
Natura, acrescenta que, segundo estudo do
Boston Consulting Group (BCG), quanto mais as
empresas seguem uma agenda socioambiental
voltada a seu core business, mais perenidade e
valor de mercado possuem.
A Natura, coordenadora do Grupo Temático (GT)
dos ODS no Pacto Global, foi destaque,
juntamente com o Santander, em levantamento
realizado do ISE sobre aderência das empresas
aos ODS. Ambos mostraram que a estratégia de
negócios está conectada a 16 dos 17 ODS, com
definição precisa de metas e métricas, além de
análise cruzada entre os objetivos, mostrando
suas inter-relações.
Um dos grandes desafios mapeados no GT é
envolver as pequenas e médias empresas.
"Também falta uma base estruturante em termos
de políticas públicas, mas tem crescido a
movimentação de base, vinda das startups, das
microempresas e do Terceiro Setor", avalia
Luciana.
Célia Cruz, diretora-executiva do Instituto de
Cidadania Empresarial, atuante no campo dos
negócios e investimentos de impacto, ressalta a
importância de se reportar as ações para a
sociedade, para que esta possa cobrar avanços.
Data: 28/03/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
Magri, do Ethos, vê nos ODS fenômeno similar ao
dos Objetivos do Milênio, lançados no ano 2000,
quando uma pressão decisiva da sociedade civil foi
necessária para que a agenda tomasse corpo.
"Temos de fazer a mesma coisa agora. A
responsabilidade é de todos nós, organizações que
representam as empresas, as federações de
indústrias e as entidades setoriais", diz.
https://www.valor.com.br/empresas/6185383/m
aioria-das-empresas-ainda-desconhece-agenda-
2030
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Data: 28/03/2019
49
Grupo de Comunicação e Marketing
Banalização dos ODS pode afugentar
investidores
Por Amália Safatle | De São Paulo
A B3 recebeu em 20 de março o primeiro de uma
série de encontros internacionais previstos pelo
SDG Investment Forum (Fórum de Investimento
em ODS), para debater as oportunidades de
negócios alinhadas à Agenda 2030. O evento, que
reuniu cerca de 140 participantes, entre eles a
Pimco, gestora de US$ 1,7 trilhão, sinalizou que o
mercado investidor global está atento e as
empresas não poderão ficar alheias aos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Carlo Pereira, secretário-executivo da Rede do
Pacto Global, vê uma transformação no
movimento dos ODS em comparação com o dos
Objetivos do Milênio (ODM), no qual a participação
das empresas não havia sido requerida. "Desta
vez, o setor privado foi amplamente envolvido na
concepção da agenda pelas Nações Unidas, pois
causa impactos positivos e negativos muito
grandes na sociedade, na economia e no meio
ambiente. Dos 200 maiores PIBs do mundo -
assumindo que PIB equivale a receita - 154 são
empresas, e não países", ressalta.
Pereira lembra que vem do BlackRock - o maior
fundo de investimentos do mundo, com "dois PIB
brasileiros" sob gestão - a contundente
mensagem: as empresas que não se alinharem à
Agenda 2030 deixarão de fazer sentido para a
sociedade e, com isso, passarão a não interessar
mais a seu portfólio. "Isso significa uma virada",
afirma Pereira.
Mas, na B3, um comentário que se ouvia era sobre
o risco de a Agenda 2030 ser esvaziada pelo uso
indevido dos ODS. Em analogia ao greenwashing
(maquiagem verde), participantes usaram a
expressão rainbow washing, referindo-se aos
ícones coloridos dos 17 objetivos.
Embora algumas empresas levem a iniciativa a
sério, outras fazem uma conexão superficial e não
sistemática, com fins mais marqueteiros", diz Aron
Belinky, consultor em sustentabilidade. Ele alerta
que, caso essa prática se dissemine, pode esvaziar
a agenda logo na largada. Um exemplo: não
caberia a uma empresa estampar o selinho do
ODS 3, de combate à fome, só porque produz
alimentos.
Segundo Belinky, a Agenda 2030 enfatiza que os
ODS precisam ser entendidos como
interdependentes entre si; pressupõem mudança
ousada, em grande escala e senso de urgência; e
têm como mote central a inclusão, sob o lema de
"não deixar ninguém para trás".
Para ajudar investidores, empresas, fundações e
academia ajudam a implementar e medir a adesão
aos ODS, o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) lançou a startup SDG
Impact, com treinamentos e certificações para
reportar ao mercado o desempenho em relação às
metas asumidas.
https://www.valor.com.br/empresas/6185385/ba
nalizacao-dos-ods-pode-afugentar-investidores
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Reputação e geração de valor são
afetadas Por Marleine Cohen | Para o Valor, de São Paulo
Ainda há muito o que fazer no Brasil em matéria
de governança corporativa pautada em
desenvolvimento sustentável. Pelo menos, é o que
espelha uma recente pesquisa realizada
pontualmente pela EY com mais de 260
companhias de médio e grande portes de
diferentes setores do país.
"Em que medida a sustentabilidade está integrada
ao seu negócio" é o tema da auditoria e
consultoria propôs por perguntas dirigidas via e-
mail a corporações que tivessem pelo menos uma
iniciativa de boas práticas ambientais.
Embora animadores quando se sabe que 84% dos
entrevistados têm clara percepção da correlação
entre reputação da empresa e sustentabilidade e
58% a associam ao seu valor de mercado e
geração de receitas, os resultados deixaram a
desejar em algumas questões essenciais.
A primeira delas, diz o diretor de consultoria em
sustentabilidade da EY, Leonardo Dutra, aponta
para uma deficiência de ordem organizacional e
cultural das empresas. "Registra-se uma baixa
estrutura de governança corporativa associada ao
tema da sustentabilidade e também um nível de
maturidade pouco desenvolvido."
De cada dez empresas consultadas, seis (66%)
informaram contar com um comitê de
sustentabilidade ou algum outro corpo similar
instituído entre cinco e dez anos atrás (33%).
Entre as tarefas comuns desses grupos de
trabalho estão analisar e acompanhar o impacto
das ações da empresa sobre a sustentabilidade
(62,5%) e avaliar o desempenho das iniciativas de
sustentabilidade (54,2%).
Mas, a adoção de controles internos e auditorias
para garantir a longevidade das ações ocorre em
apenas 50% das companhias e menos da metade
(48%) afirmou que os princípios do
desenvolvimento sustentável, seus valores,
propósitos, práticas de gestão e estratégias de
negócio, estão incorporados ao modelo de
governança corporativa. Segundo Dutra, isso
significa que, para boa parte delas,
sustentabilidade e desenvolvimento interno do
negócio ainda não estão alinhados.
Na maioria dos casos, a área de sustentabilidade
está alocada nos departamentos de recursos
humanos (29%), relações institucionais (29%) ou
sob o guarda-chuva "outros" (24%), nos de
marketing, excelência operacional ou
planejamento estratégico, quando deveria,
segundo Dutra, "interagir de forma mais assertiva
com todas as áreas de produção", de modo a
atender aos desígnios do Acordo de Paris e
diminuir a emissão de dióxido de carbono.
Para a maioria dos consultados, a avaliação do
impacto financeiro das mudanças climáticas não é
prática incorporada às políticas internas e apenas
13% desenvolvem estratégias visando monitorar
os riscos relacionados ao preço e oferta de
commodities, mapear oportunidades de redução
de custos e dependência de recursos e investir em
receitas decorrentes de produtos de baixo
carbono, energia renovável e serviços adicionais.
https://www.valor.com.br/empresas/6185371/re
putacao-e-geracao-de-valor-sao-afetadas
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Inovação ajuda a reduzir uso de recursos
naturais
Por Janice Kiss | Para o Valor, de São Paulo
Muita água já rolou por “debaixo da ponte da
sustentabilidade”, que ganhou força e escala a
partir dos anos 2000 e mostrou ao mundo que o
futuro depende da conciliação dos aspectos
ambientais, econômicos e sociais. Dentro das
empresas, uma das principais mudanças foi sobre
a atuação que no passado era relacionada às boas
práticas, como o uso eficiente de água e energia,
e controle de emissões de gases de efeito estufa.
Nos últimos tempos, a inovação se tornou o lado
forte da sustentabilidade. “As companhias
investem onde podem gerar valor no futuro
próximo”, comenta Álvaro Almeida, diretor da
Sustainable Brands (SB) no Brasil, iniciativa que
nasceu nos Estados Unidos e acontece no país há
sete anos, com a função de aproximar empresas,
empreendedores e inovadores sociais. “As
grandes empresas são os vetores dessa
transformação e muitas delas têm voltado
recursos, hoje mais escassos, para soluções
inovadoras”, comenta Almeida.
Uma delas é a C&A que, por meio do seu Instituto
C&A, implantou há um ano e meio o “lab da moda”
e reuniu 11 marcas no entorno dos desafios de
diminuir os impactos dessa indústria. Segundo
dados da ONU Meio Ambiente, o setor que mais
emprega internacionalmente é também um dos
que mais consome água e responde por cerca de
10% das emissões globais de gases-estufa, mais
do que aviação e transporte marítimo juntos.
“É uma cadeia complexa que também envolve
melhores condições de trabalho”, explica Giuliana
Ortega, diretora executiva do instituto. Uma das
frentes escolhidas pelo “lab da moda” é o incentivo
à lavoura de algodão orgânico, no Nordeste,
capacitando maior número de produtores nesse
sistema de cultivo. Hoje são 610 famílias de
pequenos agricultores que colhem em torno de 30
toneladas por safra.
Porém, a C&A e as outras marcas ligadas ao
instituto não têm exclusividade na compra. A meta
é acelerar a tecnologia para tornar o produto mais
disponível no mercado e atender um novo perfil de
consumidor preocupado com a origem do que
consome. “É um jeito de agir coletivo”, diz
Giuliana Ortega. Ela não nega a concorrência, mas
entende que o futuro das companhias está voltado
para uma relação de ganha-ganha.
O engajamento das empresas nas questões da
sociedade contemporânea também é um braço da
sustentabilidade, a exemplo do que faz a Ben &
Jerry’s – adquirida pela Unilever em 2000 e
presente no Brasil há cinco anos – ao associar a
sua marca a causas sociais, como as do público
LGBT e mudanças climáticas, por exemplo.
“Tomar uma posição se tornou algo importante
nos tempos atuais”, diz Rodrigo Santini, líder da
marca no país.
A bem da verdade, esse tem sido o perfil da
sorveteria americana que nas últimas quatro
décadas que já tomou partido em diversas causas
ao redor do mundo. O líder da marca no Brasil
explica que a Ben & Jerry’s tem uma governança
separada da Unilever e apenas dois dos dez
conselheiros estão ligados à multinacional, que se
incumbem de temas financeiros e da expansão da
marca que se tornou líder de mercado na categoria
premium no Brasil, segundo Santini.
Distante dos grandes negócios, Alex Seibel, sócio
da POSITIV.A, em São Paulo, pretende que a
inovação da sua empresa - embalagens feitas a
partir de plásticos retirados do litoral norte -
chamem a atenção dos consumidores para o
assunto. Cerca de 80% do lixo que está nos
oceanos é composto por plástico, que impacta
diretamente a vida marinha. As embalagens
(utilizadas para parte dos produtos de limpeza
naturais e biodegradáveis que a empresa fabrica)
foram criadas em parceria com a Boomera, que
auxilia empreendimentos a reciclar resíduos.
Fardos de PEAD (polietileno de alta densidade) são
comprados de cooperativas, em Santos, e
destinados à fábrica da Boomera, em São Paulo,
que cuida de todo o processo até transformar o
que era lixo (5 toneladas de plástico nos últimos
sete meses) em uma embalagem sustentável.
Seibel entende que, na hora da escolha, o
consumidor tem outras prioridades para só depois
pensar em produtos de limpeza naturais. Para ele,
é uma questão de tempo, pois tem sido crescente
o interesse nesse tipo de produto ligado à saúde
da família e dos animais. “São aspectos da
sustentabilidade e não é preciso ser ativista ou
engajado para se interessar por eles”, analisa.
https://www.valor.com.br/empresas/6185375/in
ovacao-ajuda-reduzir-uso-de-recursos-naturais
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Data: 28/03/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Dejetos animais geram energia e até gás
veicular
Por Lauro Veiga Filho | Para o Valor, de Goiânia
A Embrapa Suínos e Aves, instalada em Santa
Catarina, decidiu incrementar seu projeto de
produção de biogás a partir de dejetos de animais
e desenvolveu um sistema de biofiltro para
purificação do gás, resultando num biometano
com 90% de pureza, segundo pesquisador Airton
Kunz, chefe de pesquisa e desenvolvimento da
unidade e responsável pelo projeto. O sistema
utiliza bactérias que reduzem em 90% a
concentração de sulfeto de hidrogênio, ou gás
sulfídrico (H2S), no biogás, tornando-o apropriado
tanto para a geração de energia quanto para
utilização como gás veicular, que já vem sendo
consumido em escala experimental em um dos
veículos da frota da empresa.
O gás sulfídrico corrói caldeiras, motores e
geradores, reduzindo sua vida útil. Gerado como
resíduo no processo desenvolvido pela Embrapa,
que dispensa aditivos químicos, o enxofre
elementar poderá ser aproveitado como
fertilizante. Depois de passar pelo biofiltro, o
metano é submetido ainda a outra etapa para
retirada da umidade e eliminação do gás carbônico
ainda na Unidade de Produção de Biometano,
nomeada BiogásFORT, onde um protótipo opera
em escala experimental desde o final de outubro
passado.
Com nove plantas de abate e processamento de
suínos em Santa Catarina e uma em Rio Verde
(GO), e um plantel de 32 mil matrizes, a Master
Agroindustrial quer tornar todas as suas unidades
autossuficientes em energia elétrica nos próximos
dois ou três anos, afirma Cleonei Gregolin, gerente
de meio ambiente e de desenvolvimento de
projetos do grupo. O projeto deverá exigir
investimentos entre R$ 7,0 milhões a R$ 8,0
milhões, prevendo-se a geração de 700 a 80
megawatts por mês a partir dos rejeitos de suínos.
A Granja São Roque, de Videira (SC), uma das
maiores do grupo, com 10 mil matrizes, já utiliza
o sistema de tratamento de efluentes com
tecnologia da Embrapa Suínos e Aves, conhecida
como Sistrates, gerando em torno de 140 a 150
MW mensais, suficientes para suprir 60% da
demanda interna. Segundo Gregolin, o projeto
consumiu R$ 3,0 milhões em investimentos, dos
quais 70% vieram do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O
processo adotado pela Master permite eliminar
65% a 68% do ácido sulfídrico, o que já contribui
para reduzir o desgaste dos geradores e prolongar
sua vida útil. “Nosso propósito é produzir energia
para atender principalmente o sistema de aeração
das granjas”, diz Gregolin. Entre outras
vantagens, as mudanças no marco regulatório da
geração distribuída permitem que a empresa
utilize a cogeração para reduzir sua fatura de
energia ao final do mês.
O pecuarista Arno Schneider decidiu adotar a
integração dos pastos com o plantio de teca já há
18 anos, com resultados positivos especialmente
nas áreas de bem-estar animal e ambiental. “A
diversificação é sempre uma prática saudável em
qualquer setor econômico”, comenta. Atualmente,
em sua fazenda em Santo Antônio de Leverger,
próximo a Cuiabá, ele cultiva teca num sistema de
adensamento em pouco mais de 100 hectares e
explora a espécie, em consórcio com a pecuária,
em outros 140 hectares, somando
aproximadamente 250 hectares. A área total
destinada a pastagens alcança alguma coisa ao
redor de 2,0 mil hectares, para um plantel de 2,4
mil fêmeas da raça nelore.
Schneider dedica-se quase exclusivamente à
atividade de cria, entregando a invernistas, que
vão fazer a terminação dos animais, bezerros de
alta linhagem destinados à produção de carne
gourmet. O produtor adota o sistema de
inseminação artificial a tempo fixo (IATF), que
permite sincronizar os ciclos do rebanho de
matrizes, e utiliza sêmen de gado aberdeen angus.
“Com isso, consigo preços 30% a 35% melhores
do que com o nelore”, comenta.
Nas suas contas, Schneider imagina que 10 a 15
árvores em crescimento tenham potencial para
mitigar as emissões geradas por uma vaca. Na
prática, isso significa dizer que a propriedade
consegue compensar integralmente as emissões
de carbono. Na área de plantio mais adensado,
são 400 pés de teca por hectare, que se somam a
100 pés por hectare cultivados em integração com
a pecuária, num total aproximado de 125,0 mil
árvores. O pecuarista acredita que o mercado
tende a se tornar mais exigente e “o consumidor
vai querer saber como e onde a carne foi
produzida. Essa ‘pegada’ ambiental será mais
forte e meu produto de ser valorizado em função
do sistema ambientalmente sustentável que
adoto”, reforça.
https://www.valor.com.br/agro/6185369/dejetos
-animais-geram-energia-e-ate-gas-veicular
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Data: 28/03/2019
53
Grupo de Comunicação e Marketing
Malwee inova na indústria da moda com
iniciativas socioambientais Por Dauro Veras | Para o Valor, de Florianópolis
Sustentabilidade é o principal desafio
contemporâneo para a indústria da moda.
Anualmente as empresas do setor produzem 140
bilhões de peças de vestuário para atender a
demanda do segmento “fast fashion” (moda
rápida), segundo o World Resourses Institute
(WRI). O desperdício de recursos, o uso intensivo
de água e a precarização das condições trabalho
estão entre os efeitos negativos da cadeia de
valor. Entretanto, um número crescente de
empresas vem tentando mudar esse quadro ao
colocar o desenvolvimento sustentável como pilar
estratégico dos negócios. Uma das pioneiras nessa
tendência é a Malwee, fundada em 1968 em
Jaraguá do Sul (SC).
Com 5,5 mil funcionários em quatro fábricas, a
companhia investe há anos em temas que
abrangem desde redução na geração de resíduos
a eficiência energética, passando por ecodesign,
monitoramento de relações trabalhistas dos
fornecedores, preservação de áreas de floresta e
reciclagem de insumos. Uma das iniciativas de
destaque é a transformação de garrafas PET
recicladas em peças de roupa. Desde 2011, mais
de 29 milhões de unidades foram trituradas e
transformadas em fio de poliéster, que depois é
combinado com fio de algodão. Cada garrafa de
600 ml rende uma camiseta de tamanho adulto.
O Grupo Malwee foi pioneiro no uso do algodão
desfibrado, produzido a partir dos resíduos do
corte de tecido. “Hoje temos modelos com essa
matéria-prima em todas as nossas coleções”,
informa a gestora de sustentabilidade Taíse
Beduschi. Outra inovação utilizada no processo
produtivo é a poliamida biodegradável, que leva
menos de três anos para se decompor, quando
descartada em ambientes sem oxigênio. “Também
criamos uma nova técnica de tingimento de
tecidos que reduz em até 98% o uso de água nas
peças de cor neon”, acrescenta.
Um marco nas iniciativas sustentáveis da Malwee
foi o ano de 2003, quando a empresa instalou um
processo de tratamento de efluentes inédito na
América do Sul. Em 2011, a companhia investiu
R$ 12 milhões em um sistema de filtração por
membranas que aumentou a eficiência do
tratamento para 98%, permitindo o reuso anual
de até 200 milhões de litros de água.
Quatro anos depois, a empresa lançou o Plano
2020, com metas de sustentabilidade. Duas delas
foram atingidas antes do prazo: redução de 77%
nas emissões de gases do efeito-estufa, pela troca
do gás natural por biomassa na matriz energética;
e redução de 40% na geração de resíduos sólidos
por peça produzida. Outro avanço foi o uso do
calor excedente das caldeiras para secar o lodo
dos efluentes, o que diminuiu seu volume em
quase 80%.
Em outubro de 2018, a Malwee ficou no topo do
ranking da primeira edição brasileira do Índice de
Transparência da Moda.
Um estudo inédito no Brasil, realizado pelos
pesquisadores Pedro Paro e Mateus Gerolamo, da
Universidade de São Paulo (USP), e pelo escritor
Rodrigo Caetano, a coloca entre as 22 empresas
mais humanizadas do Brasil, entre 1.115
organizações avaliadas. Foram considerados os
critérios de satisfação e valor compartilhado para
todas as partes interessadas no negócio –
colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros,
acionistas, meio ambiente e sociedade em geral.
https://www.valor.com.br/empresas/6185381/m
alwee-inova-na-industria-da-moda-com-
iniciativas-socioambientais
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Data: 28/03/2019
54
Grupo de Comunicação e Marketing
Maior participação do gás na matriz traz
preocupações ambientais
Por Roberto Rockmann
Com a construção de usinas a fio d’água, sem
grandes reservatórios de acúmulo de água, e o
avanço de fontes intermitentes, como eólica e
solar, o gás natural deverá aumentar sua presença
na matriz elétrica, o que deve elevar as emissões
do setor elétrico. Isso coincide com o acréscimo da
produção de petróleo do pré-sal, em que há gás
associado ao óleo extraído. Como há limites
ambientais para sua queima e existem obstáculos
técnicos para sua reinjeção, o insumo terá de ser
aproveitado. Não é a única preocupação ambiental
que a construção de usinas termelétricas a gás
natural traz. As estações de resfriamento desses
empreendimentos exigem o consumo elevado de
água, o que faz com que a instalação dos projetos
tenha de adotar uma visão ampla de impacto.
“O consumo de água é outra questão relevante
nas térmicas, o que faz com que a sua localização
ganhe ainda mais importância. É preciso analisar
quais as bacias hidrográficas em que a pressão
desse consumo não seja significativa. Em algumas
regiões do Sudeste ou próximo do rio São
Francisco, pode criar pressões”, diz o diretor
executivo do Instituto de Energia e Meio
Ambiente, André Ferreira.
A entidade está estudando em quais bacias
hidrográficas a instalação de térmicas teria menos
impactos. “Há também a poluição local do ar, além
da emissão de poluentes globais”, afirma. Em
2014, quando o Brasil quase passou por um
racionamento de energia elétrica e as térmicas
chegaram a responder por cerca de 30% da
geração elétrica em alguns momentos, a emissão
de dióxido de carbono chegou a 80 milhões de
toneladas. Em 2017, ficou em 58 milhões de
toneladas.
“As emissões do setor elétrico deverão aumentar
com o avanço das térmicas, a incerteza é sobre o
ritmo: elas irão ser colocadas na base e as
hidrelétricas irão atuar nas variações do sistema
ou será o contrário?”, aponta Ferreira. O avanço
das térmicas deverá ocorrer por uma série de
fatores: do óleo extraído nos campos, virá gás
associado, o que deverá dobrar a produção do
insumo para 250 milhões de metros cúbicos
diários em 2030. Terá de haver um fim para o
aumento de gás, já que há restrições técnicas para
ele ser reinjetado e não pode haver ampliação da
queima por questões regulatórias. Hoje de uma
produção de pouco mais de 110 milhões de metros
cúbicos por dia, reinjetam-se pouco mais de 30
milhões de metros cúbicos por dia e queimam-se
pouco mais 3,5 milhões de metros cúbicos diários.
“Uma opção será usar o gás para térmicas”, diz o
vice-presidente da Electra Energy e ex-diretor da
Aneel, Edvaldo Santana.
Quando estava à frente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Luiz Barroso brincava que no
Natal seu pedido número um de presente era que
a energia de base fosse obtida pela construção de
hidrelétricas com reservatórios, mas ele já sabia
que sua demanda era ilusória, já que, por
questões econômicas e socioambientais, isso não
seria possível na quantidade necessária. “Então
vamos para a geração térmica, onde o gás é a
tecnologia natural. Aqui há uma pergunta sobre
qual gás usar: pré-sal ou importação?”, questiona.
Se o gás do pré-sal for muito barato, para ele, não
há dúvidas de que é a opção mais atraente. “Mas
isso não é claro para todo mundo pois existirão
necessidades de reinjeção e isso pode tornar esse
gás mais caro. Aí entra a competição com o gás
regaseificado, que é importado e que está hoje
bem barato. No longo prazo, a fonte nuclear
mesmo pode ter um papel importante dependendo
da competitividade relativa de preços entre esta
fonte e as térmicas a gás”, observa Barroso.
Ele aponta que outra questão é qual será o modelo
de negócios para introduzir uma tecnologia que
precisa gerar na base. “Aqui eu acho importante
que esta tecnologia de base seja ‘contestada’ por
outras opções, pois pode haver fontes que
entregam os mesmos serviços a preços menores”,
destaca. Nesse sentido, para ele, o governo
federal já efetuou mudanças nos leilões em 2017,
quando foram criadas condições para que térmicas
de base competissem contra térmicas mais
flexíveis (que possuem custo do gás mais caro).
https://www.valor.com.br/empresas/6185367/m
aior-participacao-do-gas-na-matriz-traz-
preocupacoes-ambientais
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Data: 28/03/2019
55
Grupo de Comunicação e Marketing
Startups desenvolvem tecnologia para
atender futura demanda pelo hidrogênio
combustível
Por Andrea Vialli | Para o Valor, de São Paulo
Ao lado da energia elétrica de origem renovável, o
hidrogênio tem sido apontado como uma das
grandes promessas para abastecer os veículos do
futuro em substituição aos combustíveis fósseis.
Um dos pontapés para a promoção do hidrogênio
como combustível foi a criação do Conselho
Mundial do Hidrogênio, durante o Fórum
Econômico Mundial de 2017. Formado por 13
membros, a maioria do setor automotivo e de
combustíveis – como Toyota, Honda, BMW, Total,
Bosch e Air Liquide, entre outras companhias– o
grupo assumiu o compromisso de aportar US$ 1,5
bilhão por ano em investimentos em pesquisas
envolvendo aplicações do hidrogênio.
Enquanto as grandes companhias globais se
aprumam para construir protótipos de veículos e
estruturar sistemas de abastecimento, startups
brasileiras estão desenvolvendo rotas tecnológicas
para produzir hidrogênio combustível com
recursos que são abundantes no país, tais como
etanol de cana de açúcar e outros tipos de
biomassa. A ideia é ter as tecnologias prontas para
quando a demanda real chegar.
Com sede em Sumaré (SP), a Hytron foi fundada
em 2003 como uma spin-off do Laboratório de
Hidrogênio da UNICAMP e tem como negócio a
produção de hidrogênio para aplicações
industriais, energéticas e automotivas. A empresa
desenvolveu o primeiro reformador de etanol do
Brasil, um equipamento com tecnologia 100%
nacional que permite a produção do hidrogênio a
partir do etanol de cana de açúcar com alto grau
de pureza, que pode ser utilizado tanto para uso
pela indústria (alimentícia, metalurgia, vidro)
quanto para combustível.
Os reformadores produzidos pela startup
produzem o hidrogênio com 99,999% de pureza e
têm capacidade para atender demandas de até
240 mil metros cúbicos/mês, de acordo com
Daniel Lopes, diretor comercial da Hytron. “A
principal inovação está em entrar com um
combustível 100% renovável, que é o etanol, e
sair com um hidrogênio ultrapuro, que pode ser
utilizado em qualquer aplicação”, diz Lopes.
O equipamento experimental está pronto para ser
instalado pelos primeiros clientes industriais e, na
área de combustível, a empresa negocia com
montadoras e distribuidoras para formatar o
primeiro posto de abastecimento de hidrogênio
produzido a partir do etanol. Os sistemas
desenvolvidos pela Hytron também permitem a
produção de hidrogênio a partir do gás natural,
biogás, glicerol e por eletrólise de água. Desde o
início das atividades, a startup já captou R$ 40
milhões em projetos de P&D da Fapesp, CNPq e
Aneel.
A startup começou a desenvolver uma tecnologia
que produz querosene sintético para uso na
aviação utilizando como insumo apenas
hidrogênio, água e gás carbônico captado da
atmosfera. O projeto, inédito, é uma cooperação
entre os governos da Alemanha e do Brasil, com
apoio da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP). O plano é
desenvolver sistemas para produção
descentralizada de até 500 litros/dia de querosene
sintético de aviação para uso em áreas remotas.
“Estas tecnologias vão contribuir para que a
inserção do Brasil na economia do hidrogênio, já
que têm como pano de fundo a descarbonização e
a sustentabilidade”, diz Lopes.
Outra startup que está trilhando o caminho do
hidrogênio é a Ergostech, de Campinas (SP).
Fundada em 2004 por meio de uma parceria com
a cervejaria japonesa Sapporo, o plano era
viabilizar a produção de bioenergia a partir dos
resíduos da produção de cerveja, mas o escopo foi
ampliado.
Após receber um aporte da Petrobras em 2010, a
Ergostech passou a desenvolver soluções em
biotecnologia para produzir hidrogênio, biogás e
outros produtos a partir de resíduos
agroindustriais. Como o mercado para o
hidrogênio ainda é incerto no Brasil, a startup
voltou-se para o mercado americano: está
construindo uma fábrica em Fresno, na Califórnia,
que deverá entrar em operação em 2021. Vai
produzir hidrogênio a partir de biomassa, com
resíduos agrícolas e das indústrias alimentícias
locais.
Para 2022, a startup já está fechando parcerias
com distribuidoras de combustíveis da região para
montar quatro postos de abastecimento de
hidrogênio combustível. O foco são veículos
pesados. “São os caminhões e ônibus que vão
Data: 28/03/2019
56
Grupo de Comunicação e Marketing
viabilizar a economia do hidrogênio, já que eles
demandam de 60 a 80 kg do combustível para
encher o tanque, enquanto um carro de passeio
utiliza apenas 4 kg de hidrogênio”, afirma Yumi
Watari, sócia diretora da Ergostech.
Alguns países vêm tomando a dianteira nas
pesquisas com hidrogênio, como EUA, Japão e
Alemanha. Apesar do otimismo das startups,
ainda é cedo para mensurar o quanto a chamada
economia do hidrogênio poderia beneficiar o
Brasil. “Estimativas atuais colocam o custo de
produção de hidrogênio a partir de energia limpa
em torno do mesmo preço que a produção de gás
natural até o final da década de 2020. Mas os
mercados que vão consumir esse hidrogênio ainda
são imaturos”, diz Kobad Bhavnagri, especialista
em projetos especiais da BloombergNEF,
consultoria de energia renovável do grupo
Bloomberg.
https://www.valor.com.br/empresas/6185365/st
artups-desenvolvem-tecnologia-para-atender-
futura-demanda-pelo-hidrogenio-combustivel
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Data: 28/03/2019
57
Grupo de Comunicação e Marketing
Mercado de alimentação saudável valoriza
pequenos produtores
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
O mercado global de alimentos orgânicos se
aproxima de US$ 100 bilhões ao ano, liderado por
Estados Unidos, Alemanha, França e China,
respectivamente, como principais consumidores.
Segundo o mais recente levantamento
organização internacional IFOAM, publicado em
fevereiro com dados de 2017, a área de cultivo
atingiu 70 milhões de hectares, 20% a mais em
comparação ao ano anterior. O Brasil, com 1,1
milhão de hectares, está atrás de países como
Argentina e Índia, mas tem registrado expansão
no consumo: atualmente, em torno de 15% da
população urbana brasileira compra regularmente
esses produtos, de acordo com estudo do
Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e
Sustentável.
A tendência reflete o desafio global da produção
de alimentos, marcado por novos de hábitos de
consumo mais saudáveis e também por fatores
como mudanças climáticas, inclusão social e
combate à pobreza e fome. A ONU projeta a
necessidade de expandir a agricultura em 50%
para suprir a demanda de 10 bilhões de pessoas
em 2050, desafio que precisará ser atingido sem
degradar recursos naturais. “É maior a busca por
garantia sobre o teor e a origem sustentável dos
alimentos”, afirma Paulo Branco, vice-
coordenador do FGVces. “Diante das pressões,
empresas que não consideram essas questões e
olham apenas para o lucro já começam a ser
penalizadas pelo mercado”, completa.
No projeto Boa na Mesa, voltado a engajar os
diferentes segmentos para a inclusão da
agricultura familiar na cadeia produtiva de
alimentos, a instituição desenvolveu por dois anos
trabalhos de campo e apontou caminhos para a
melhoria das relações de consumo, do acesso a
tecnologias e das condições sociais, em especial
soluções contra o êxodo de jovens devido à
precariedade da produção. “A valorização da
atividade depende fortemente de políticas que
reconheçam a sua importância na produção da
maior parte dos alimentos consumidos no dia a
dia”, recomenda Branco.
O diálogo setorial favorece decisões sobre
investimentos com base na realidade do pequeno
produtor. Segundo o IBGE, o Brasil tem 4,4
milhões de famílias agricultoras, o que
corresponde a 84% dos estabelecimentos
agropecuários, respondendo por um terço do valor
total da produção rural, com destaque para
mandioca, feijão, milho, leite e carne suína e de
aves.
“Provamos ser possível melhorar a produção e a
vida nos assentamentos rurais sem degradar o
ambiente”, diz Lucimar Souza, diretora adjunta de
desenvolvimento territorial do Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam),
integrante da iniciativa. Para chegar a um modelo
produtivo sustentável a ser replicado na região, foi
criado um pacote de soluções: apoio à
regularização ambiental, valorização da floresta
pelo uso de madeira e outros ativos, assistência
técnica e acesso a insumos.
“Foi essencial o incentivo a estruturas de
beneficiamento que agregam valor aos produtos
para comercialização”, explica Souza. Com
investimento de R$ 25 milhões do Fundo
Amazônia e participação de 2,7 mil produtores de
cinco municípios do Pará, o projeto aumentou a
renda em 121% e reduziu o desmatamento em
79%, em comparação à média dos dez anos
anteriores.
Em São Paulo, o Instituto BioSistêmico, dedicado
ao desenvolvimento rural, se propôs solucionar
outra questão: a qualidade do leite. Para levar a
mensagem a pequenos produtores, que
precisavam se adequar a novas normas de
controle do governo, a ideia foi transformar um
carro em laboratório – a “vaca móvel”, nome do
projeto que começou em Votuporanga (SP)
fazendo análises para melhorar os padrões do leite
e hoje beneficia milhares de fornecedores em
diferentes regiões do país, com melhoria da renda.
“Chegávamos nos sítios fazendo barulho com uma
buzina igual ao mugido do animal”, conta Luis
Henrichsen, diretor corporativo da instituição, com
assistência às propriedades também em
biotecnologia e recuperação ambiental.
https://www.valor.com.br/agro/6185363/mercad
o-de-alimentacao-saudavel-valoriza-pequenos-
produtores
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