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CLIPPING DE 22/11/2016
- Relator propõe contrapartidas aos Estados
- Venda de combustíveis recua 8,8% em outubro
- Fazenda reduz previsão de alta do PIB em 2017 de 1,6%
para 1%
- Financiamento desafia energia renovável
- Pacote de Trump não altera, por ora, interesse de
estrangeiros no Brasil
- Petrobras pretende rever regras de PLR
- MRV aposta em grandes projetos para crescer
- Odebrecht quer que comitê dos Jogos retome Maracanã
- IBP COMEMORA 59 ANOS DE OLHO NOS DESAFIOS DA
NOVA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL
- SEMBCORP MARINE VENDE PARTICIPAÇÃO NOS
ESTALEIROS COSCO
- EMPRESAS DO FÓRUM CAPIXABA DESENVOLVEM 19
NOVOS PROJETOS PARA SETOR DE ÓLEO E GÁS
- Complexo Eólico do Rio Grande do Sul opera com os
maiores aerogeradores do Brasil
- Uma boa oportunidade de integração energética da
América Latina
- Governo corta previsão de alta do PIB em 2017 para 1%
- No Conselhão, empresários veem pouca chance de
retomada do crescimento em 2017
- Governo atua para tornar ambiente amigável à iniciativa
privada, diz Ilan
- Temer: reforma da Previdência vai para o Congresso em
dezembro
Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Relator propõe contrapartidas aos Estados
Por Edna Simão e Fabio Graner
Relator do projeto de lei complementar que renegocia a dívida dos Estados
com a União, o senador Armando Monteiro (PTBPE) afirmou ao Valor que
incluirá uma série de contrapartidas para os Estados adotarem. O projeto
original previa algumas obrigações para os governos, mas os deputados
acabaram retirando do texto final que foi aprovado pela Câmara, restando
apenas a regra de os gastos totais não subirem acima da inflação pelo prazo
de dois anos, inspirada na PEC do teto de gastos.
Uma das medidas que ele vai colocar no relatório previsto para ser
apresentado nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) é a
redução de 10% no volume de gastos com cargos comissionados em 24
meses. Monteiro não vai proibir reajustes dos servidores, mas lembrou que os
entes estão submetidos aos limites impostos pelo teto de gastos o que
significa que aumento de despesa leva a corte em outras áreas.
1ª PARTE: 22/11/2016
O relator deve definir regras claras para contabilização de gastos com pessoal,
vedando que despesas como indenizações e outros benefícios sejam retirados
da conta. Este é um dos principais problemas por trás da atual crise fiscal dos
Estados, já que muitos, sob a benção de seus tribunais estaduais de contas,
maquiaram a real situação desse item, excluindo alguns gastos da conta.
Quando enviou o projeto de renegociação, o governo queria uma série de
contrapartidas dos Estados, entre elas, o estabelecimento de regras claras
para contabilização da despesa com pessoal e com inativos. Mas acabou
sendo atropelado nas negociações da Câmara por pressão de parlamentares
ligados a alguns governadores.
Monteiro destacou que colocará permissão apenas para contratação de
pessoal para reposição em áreas prioritárias como Saúde, Educação e
Segurança pública.
O senador vai ainda instituir um comando para que os Estados elevem a
contribuição previdenciária e reduzam o déficit de seus regimes de Previdência.
Ele deve seguir a proposta dos próprios governadores de elevação de 11%
para 14% a contribuição dos servidores.
A inclusão de contrapartidas não foi pactuada com o governo, mas o relator
disse ter comunicado a lideranças da base sobre a inclusão delas na
renegociação. O problema é que alterações atrasam um pouco a tramitação do
projeto, já que, se forem aprovadas, forçam o retorno da matéria à Câmara.
Segundo ele, nesse caso, o governo terá que decidir se vai optar pela versão
minimalista dos deputados ou se vai apoiar a proposta dele, que, avalia,
ajudaria a solidificar o novo regime fiscal.
"O Senado não pode se destituir do papel de contribuir para que esse novo
regime fiscal que se estabelece no Brasil avance também para os entes
subnacionais, ou Estados. Não vai haver um novo regime fiscal no Brasil se
você estabelecer um conjunto de disciplinas e de regras de contenção de
gastos apenas em relação a União, que é o que em última instância o que a
PEC 241 [PEC do gasto] consagra", disse.
Monteiro aproveitou ainda para inserir em seu relatório uma medida para
melhorar o ambiente de negócios, ou seja, para estimular o uso de sistemas
compartilhados e impedir a duplicação de exigências e obrigações acessórias
dos contribuintes. "Se não dá para reduzir a carga tributária, vamos simplificar",
explicou.
O senador diz que essas medidas ajudam os próprios governadores, dando a
eles força política maior para enfrentar seus legislativos locais. Ele destacou
ainda que não acha razoável simplesmente referendar o projeto de
renegociação como aprovado pela Câmara. Além disso, lembra, os ajustes
propostos por ele estão linha com o que o governo pretende exigir dos Estados
caso seja aprovado, por exemplo, uma ajuda financeira. "Estou firmemente
determinado a introduzir as contrapartidas".
O relator admitiu, no entanto, que há muitas pressões para que o projeto seja
aprovado sem alterações para possibilitar que os Estados, que não estão muito
endividados e foram pouco beneficiados pela renegociação das dívidas com a
União, possam começar a parcelar seus débitos junto com o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele lembrou que essa
renegociação só pode ser iniciada com a aprovação do projeto de lei
complementar.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Venda de combustíveis recua 8,8% em outubro
Por André Ramalho
Os indícios de recuperação econômica ainda passam longe do mercado de
combustíveis, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Em outubro, a retração no consumo se intensificou e as vendas caíram 8,8%,
ante igual período do ano passado, pior retração mensal desde janeiro deste
ano. No ano, o mercado acumula queda de 4,7%.
As vendas de diesel caíram 10,6%, em outubro, para 4,6 bilhões de litros,
enquanto no acumulado do ano a retração é de 5,1%. O consumo de etanol
hidratado recuou 31,5% no mês passado. No acumulado do ano até outubro, a
retração é de 16,6%.
As vendas de gasolina continuam como o destaque positivo do ano, com alta
de 4,17% no mês passado e de 3,4% no acumulado entre janeiro e outubro.
Esse crescimento, contudo, não tem sido suficiente para compensar a redução
do etanol e sustentar o aumento das vendas entre veículos leves com motores
do Ciclo Otto (que consomem álcool, gasolina ou ambos). Em gasolina
equivalente, as vendas dos dois combustíveis acumulam queda de 1,32% em
2016.
A retração do mercado afeta também o setor de aviação. O consumo de
querosene de aviação caiu 9,4% no mês passado, enquanto, no ano, a
retração é de 7,9%. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP) caiu 0,63%, embora
em 2016 ainda acumule alta de 0,5%.
Os dados mostram que a redução nos preços dos combustíveis, anunciada
pela Petrobras na semana retrasada, começa a chegar ao consumidor final. O
impacto nas bombas, contudo, ainda se dá em patamares muito discretos.
Entre os dias 13 e 19 deste mês, o preço médio do litro do diesel caiu para os
níveis mais baixos desde janeiro deste ano (R$ 2,995), o que representa recuo
de 0,33% em relação à semana anterior, quando a estatal anunciou a redução
de 10,4% nos preços nas refinarias. O litro da gasolina caiu 0,16%, na semana
passada, ante a semana anterior, para R$ 3,675. Há duas semanas, houve
redução de 3,1% no preço do produto nas refinarias.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Fazenda reduz previsão de alta do PIB em 2017 de 1,6% para 1%
Por Lucas Marchesini
O Ministério da Fazenda revisou para baixo
sua previsão de crescimento para o
Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. Agora,
para o governo federal, a economia
brasileira deve avançar 1% no próximo ano.
A previsão anterior era de alta de 1,6% e
tinha sido divulgada em agosto deste ano.
Em 8 de novembro, o ministro Henrique
Meirelles antecipou ao Valor PRO, serviço
de info rmações em tempo real do Valor, a
mudança da projeção de 2017 para 1%.
Além do PIB do próximo ano, o governo
revisou a previsão de retração da economia neste ano de 3% para 3,5%. Já o
IPCA de 2016 deve ser de 6,8% ante projeção anterior de 7,2%, enquanto a
inflação de 2017 deve avançar 4,7%. A previsão anterior era de alta de 4,8%.
Assim como na última revisão, em agosto, a pasta não quis fazer previsões
sobre o impacto da mudança na projeção de PIB na receita do governo. De
acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda,
Fabio Kanczuk, "se todo o mais for constante, de fato o crescimento do PIB
reduz a receita, mas há vários outros fatores se mexendo ao mesmo tempo:
inflação, câmbio, massa salarial".
Essa previsão só será feita, prosseguiu Kanczuk, no primeiro relatório de
avaliação das receitas e despesas do governo federal, que tem que ser
publicado até o fim do primeiro trimestre de 2017.
Questionado sobre como ficariam as receitas no Projeto de Lei Orçamentária
(Ploa) do próximo ano, atualmente em tramitação no Congresso, Kanczuk
respondeu que "o Congresso tem liberdade de alterar essa projeção de receita.
O evento mais provável é que Congresso não reduza a projeção de receita".
Para ele, entretanto, isso não ameaça o realismo fiscal do governo porque "o
realismo fiscal tem que ser medido em termos do nosso resultado, que tem de
ser R$ 139 bilhões de déficit". Ele reforçou a disposição do governo em cumprir
essa meta.
O secretário de Fabio Kanczuk:
sem previsões sobre impacto na
receita
Kanczuk apontou como razão para a revisão do PIB uma percepção mais clara
sobre o endividamento das empresas diante da crise vivida pelo país. "O
spread bancário aumentou diante da recessão brasileira, o que é normal em
períodos de crise", disse. "O endividamento das empresas está mais claro,
puxando spread para cima e reduzindo PIB", acrescentou.
Outro fator que influenciou na nova análise da Fazenda foi a eleição de Donald
Trump para a presidência dos Estados Unidos. De acordo com o secretário de
Política Econômica, é esperada uma potencial redução do comércio exterior, o
que levaria a uma inflação maior e a um crescimento menor nos EUA.
Além disso, um aumento no investimento em infraestrutura nos EUA teria efeito
inflacionário e levaria a um aumento do PIB americano no curto prazo. Assim,
"o cenário de mais inflação e crescimento maior nos EUA leva a câmbio mais
depreciado no Brasil", apontou.
Kanczuk também foi questionado sobre medidas que estariam sendo
estudadas pelo Ministério da Fazenda para ajudar na recuperação da
economia. Ele respondeu que a pasta trabalha em medidas que melhorem a
produtividade das empresas. "Medidas contrárias ao fiscal não fazem sentido
como boa política econômica", disse. Isso porque, ele apontou, a Fazenda vê a
crise de confiança como o âmago da crise econômica. "A principal razão para o
PIB baixo foi queda na confiança", disse
O ministério está "trabalhando intensamente" em "medidas de aumento da
produtividade, sobretudo aquelas ligadas a tornar os procedimentos de
produção menos burocráticos", afirmou.
A nova previsão para o PIB do ano que vem coincide com a dos analistas do
mercado financeiro. De acordo com boletim Focus, divulgado ontem pelo
Banco Central, a projeção do mercado para a economia em 2017 foi revisada
de alta de 1,13% para crescimento de 1%. Para este ano, os analistas projetam
recuo de 3,4% no PIB. A projeção dos analistas para o IPCA de 2017 seguiu
em 4,93% e, para este ano, teve ligeiro recuo, de 6,84% para 6,8%.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Financiamento desafia energia renovável
Por Camila Maia
As empresas de energia renovável enfrentarão um obstáculo significativo ao
desenvolvimento de seus projetos nos próximos anos: a dificuldade de
financiamento.
Esse será um dos maiores desafios ao setor de renováveis, que já vem sendo
pressionado pela falta de linhas de transmissão para escoamento da energia
gerada. Para o leilão de energia de reserva (LER) de dezembro, por exemplo,
ficaram de fora projetos localizados no Rio Grande do Norte (RN), Bahia (BA) e
Rio Grande do Sul (RS), uma vez que a capacidade instalada atual já atingiu os
limites de escoamento dos Estados.
A mudança do papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) deve ser combinada a um cenário de crédito restrito,
colocando ainda mais obstáculos a serem superados no segmento.
De acordo com a CELA Clean Energy Latin America, que presta assessoria
financeira e estratégica a empresas e investidores do segmento na América
Latina, os investimentos totais em geração de energia renovável devem somar
cerca de R$ 200 bilhões até 2025.
A projeção leva em conta estimativas preliminares do Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de
2025, que estimam a necessidade de entrada de 38,1 gigawatts (GW) de
potência de fontes eólica, solar e biomassa até 2025.
Supondo a taxa média de 60% de alavancagem, eles precisariam de R$ 120
bilhões em financiamento. Isso representa cerca de R$ 22,2 bilhões em
investimentos por ano até 2025, sendo que R$ 13,3 bilhões serão financiados.
Levando em conta a diretriz do governo de reduzir o papel do BNDES nesses
investimentos, o desafio dos empreendedores é enorme.
Para Eduardo Tobias, diretor da CELA, a visão apresentada no PCE preliminar
da EPE era muito otimista e refletia números que ainda não incorporavam a
queda na demanda por energia no país e nem que alguns projetos vencedores
de energias renováveis poderão não ser construídos.
"Este revés, tanto na demanda quanto na oferta, devese principalmente à
recessão da economia brasileira, ao reajuste das tarifas elétricas a partir de
2015 e à volatilidade cambial", disse Tobias.
Mesmo considerando que a expansão da matriz de energia renovável seja de
75% da potência projetada pela EPE, os investimentos ainda seriam muito
elevados, da ordem de R$ 150 bilhões. Supondo alavancagem de 60%, seriam
R$ 90 bilhões em 9 anos, ainda um desafio muito grande.
O problema fica maior quando se consideram as mudanças nos financiamentos
"tradicionais" para o setor. Recentemente, o BNDES aumentou o limite de
alavancagem da fonte solar de 70% para 80% dos itens financiáveis, mas
manteve em 70% para outras fontes renováveis, como as eólicas.
Segundo cálculos da Cela, porém, o limite real de alavancagem em solar é
muito menor, devido a realidade do ritmo de desenvolvimento da cadeia de
produção do setor. Como há a exigência de fabricação local de células, o limite
chega a 57% no leilão de energia de reserva (LER) do início de dezembro. Se
a regra vigente for mantida, pode chegar a 0% para os vencedores dos leilões
de 2017, em função da exigência de fabricação local das células.
No caso das eólicas, os limites do BNDES foram mantidos em 70% dos itens
financiáveis, mas o banco começou a sinalizar recentemente para o setor sua
preferência por operações indiretas ou mistas, com a presença de agentes
repassadores, segundo a Cela.
Essa prática não altera diretamente o volume de capital alocado ao setor pelo
BNDES, mas traz um aumento significativo no custo de financiamento para os
empreendedores, diz a consultoria.
As debêntures de infraestrutura poderiam ser uma alternativa para ajudar na
expansão do setor, mas ainda estão muito longe disso.
Conforme a Anbima, desde a criação do instrumento, em 2011, até o início
deste mês, tinham sido emitidos R$ 16,7 bilhões em debêntures de
infraestrutura. Desse montante, no entanto, apenas R$ 3,9 bilhões tiveram
como destino o setor de energia, incluindo geração e transmissão.
O montante alocado em geração de energia renovável, excluindo grandes
hidrelétricas, é ainda menor. Foram dez emissões de complexos eólicos,
somando R$ 636,8 milhões, nenhuma de bioenergia ou solar e algumas
poucas de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
O próximo leilão de energia exclusivo para fontes renováveis está marcado
para 16 de dezembro, com a negociação de projetos das fontes solar e eólica.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Pacote de Trump não altera, por ora, interesse de estrangeiros no Brasil
Por Victória Mantoan e Fernanda Pires
Os planos do presidente eleito nos Estados Unidos Donald Trump de investir
em torno de US$ 1 trilhão em infraestrutura no país em um modelo ainda não
detalhado não altera, a princípio, a decisão de empresas estrangeiras de
entrarem em projetos do setor no Brasil. Companhias como o mexicano Grupo
Aeroportuario del Pacifico (GAP) e a espanhola Acciona reforçam o interesse
no mercado brasileiro, mesmo com as sinalizações do futuro governo Trump.
O GAP, que estuda entrar no leilão dos quatro aeroportos federais em 2017,
disse ao Valor que analisa oportunidades na América Latina, não existindo
nada relacionado aos EUA por ora. Na mesma linha, André Clark Juliano,
presidente da Acciona no Brasil, braço regional do grupo espanhol, afirma que
o Brasil continuará sendo uma geografia estratégica onde a empresa não
deixará de avaliar projetos.
Eduardo Centola, sócio do banco Modal, que assessora vários clientes
estrangeiros, pondera que são cenários diferentes. "O interesse de alguns
grupos está inserido em projetos comerciais de longo prazo entre os países,
como entre China e Brasil", disse. O Modal é assessor financeiro da China
Communications Construction Company (CCCC), conglomerado chinês de
infraestrutura, equipamentos pesados e serviços de dragagem que tem como
meta atuar em concessões e projetos privados de infraestrutura de transportes.
Em tese, executivos e especialistas concordam que o capital é global e que o
investidor está sempre à procura do melhor investimento possível para alocar
seus recursos. Mesmo o presidente da Acciona ponderou, após reforçar o
interesse no Brasil, que na nova condição geopolítica mundial o país terá de "ir
além" para competir por capital de longo prazo em seus projetos. O que
significa colocar "o investidor de longo prazo no centro de sua estratégia de
estruturação de projetos de infraestrutura".
Há, porém, uma série de fatores que, colocados na balança, minimizam essa
concorrência direta entre um programa americano e brasileiro voltado para a
infraestrutura. O primeiro deles é a incerteza sobre o que virá dos Estados
Unidos, e se virá, após 20 de janeiro, quando Trump toma posse: não há um
modelo detalhado. Ainda não está claro, por exemplo, se o governo americano
vai estruturar um pacote que englobará aeroportos, se será voltado para
rodovias, ou mesmo se o modelo será de concessões ou mais pautado em
obra pública.
Bruno Werneck, do escritório Mattos Filho, que também trabalha para
estrangeiros de olho no Brasil, diz que se trata de "um concorrente de peso
para o investidor estrangeiro que estamos tentando alcançar", mas pondera
que o que pode ajudar o Brasil é o fato de o país oferecer taxas de retorno
maiores.
Um executivo de uma grande empresa estrangeira que já está no Brasil falou,
sob condição de anonimato, que ainda não vê movimento no sentido de fuga
de interesse daqui para os EUA no grupo em que atua. Ele concorda que um
pacote robusto nos EUA pode desequilibrar um pouco o mercado. Mas "nada a
que, se estivermos atentos, não possamos reagir".
Especialistas também destacam a grande quantidade de capital estrangeiro em
busca de projetos. E é justamente aí, avaliam, que residem os verdadeiros
desafios do Brasil: colocar de pé concessões que ofereçam retorno condizente
com os riscos e que deem segurança jurídica. "Se a gente mantivesse o foco
em resolver para valer as dificuldades que temos aqui, seríamos um destino
bastante atrativo a despeito de outros países concorrendo", diz Werneck.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Petrobras pretende rever regras de PLR
Por André Ramalho e Alessandra Saraiva
A Petrobras convocou os sindicatos para discutir, até o fim do ano, a revisão
das regras de distribuição de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A
intenção foi apresentada pela estatal na última semana e promete acirrar os
ânimos entre os petroleiros, que planejam intensificar as mobilizações contra o
comando da companhia, em protesto não só contra os rumos das negociações
salariais, como também contra o programa de venda de ativos da empresa.
Além de paralisações nas bases, os petroleiros prometem uma ofensiva
judicial. Ao menos cinco ações públicas já foram ajuizadas, na Justiça Federal,
para impedir a conclusão de negociações em andamento.
Representantes do Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindipetro
ALSE) contestam judicialmente operações já fechadas (como a venda da
Liquigás para o grupo Ultra) e negociações em andamento como as conversar
em torno das 104 concessões terrestres que compõem o Projeto Topázio; a
venda de campos em água rasas de Sergipe e Ceará; além da BR
Distribuidora.
Na semana passada, os petroleiros obtiveram uma primeira vitória, ao
conseguirem suspender a venda dos campos Baúna (Bacia de Santos) e
Tartaruga Verde (Bacia de Campos), para a australiana Karoon, por meio de
uma liminar concedida pela juíza da 1ª Vara Federal de Aracaju, Telma Maria
Santos Machado. A ação popular foi ajuizada por José Hunaldo Nunes Santos,
aposentado da Petrobras.
Assessora jurídica do Sindipetro ALSE, Raquel Sousa conta que a prioridade é
travar, na Justiça, negociações em curso, para impedir novos prejuízos à
estatal. "O que discutimos é a legalidade do desinvestimentos. A Petrobras
descumpre a lei [nº 13.303/2016], ao não vender seus ativos por meio de
licitação. Estamos preparando novas ações."
A Petrobras informou que vai recorrer da decisão e que a condução do
processo de venda "observou as etapas previstas na sistemática de
desinvestimento", com a garantia de "ampla competitividade entre os potenciais
interessados, como meio de assegurar o melhor negócio" para a petrolífera
estatal.
Esta não é a primeira vez que os petroleiros tentam barrar a venda de um ativo
na Justiça. No primeiro semestre, a Federação única dos Petroleiros (FUP)
chegou a obter uma liminar suspendendo os efeitos da venda de 49% da
Gaspetro para a Mitsui, mas posteriormente a decisão caiu.
Em paralelo às ações na Justiça, os cinco sindicatos vinculados à Federação
Nacional dos Petroleiros (FNP) já se mobilizam em torno de uma paralisação
nacional no próximo dia 30, em meio às negociações salariais. A mais nova
pauta colocada na mesa pela empresa é a revisão do regramento do PLR.
Segundo sindicalistas, a Petrobras ainda não informou exatamente o que
pretende rediscutir, mas o Valor apurou que o ponto mais controverso do atual
acordo coletivo é a cláusula contratual que prevê a possibilidade de distribuição
de PLR mesmo em caso de prejuízo no balanço.
Pela regra atual, o montante de PLR a ser distribuído aos empregados é
calculado com base no resultado de seis indicadores corporativos, vinculados a
metas operacionais. Caso a empresa não tenha lucro, mas todas as metas
sejam alcançadas, o funcionário tem direito à participação, ainda que não de
forma integral.
Em 2014, por exemplo, mesmo tendo fechado o ano com prejuízo de R$ 26,6
bilhões, a Petrobras provisionou, no balanço, US$ 444 milhões (R$ 1,045
bilhão) a título de participação nos lucros.
Procurada, a Petrobras informou que o objetivo é "tratar dos novos indicadores
que comporão a metodologia para definição e pagamento da PLR", mas que o
assunto só será discutido após as negociações salariais.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- MRV aposta em grandes projetos para crescer
Por Chiara Quintão
A MRV Engenharia aposta no lançamento
de grandes projetos em capitais e regiões
metropolitanas para crescer em 2017. A
maior incorporadora brasileira não divulga o
Valor Geral de Vendas (VGV) projetado
para o próximo ano, mas o co- presidente
Rafael Menin conta que são estimados R$
4,3 bilhões em grandes empreendimentos o
correspondente a 26.500 unidades ,
distribuídos no prazo de três a cinco anos,
com início no fim de 2016. Todavia, o ritmo
de lançamentos dependerá das vendas.
Os investimentos previstos para esses projetos chegam a R$ 2,6 bilhões,
incluindo licenças, obras e despesas com marketing. Os projetos de grande
porte serão lançados, em fases, em São Paulo, nas regiões metropolitanas do
Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, e enquadrados no
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, nas faixas 1,5, 2 e 3. Em
Goiânia e na região metropolitana da capital, não será lançado um complexo,
mas quatro grandes projetos.
Os grandes empreendimentos têm de 3 mil a 7 mil unidades. Os primeiros
lançamentos dessas dimensões ocorrerão em São Paulo com total de mais de
7 mil unidades e em São Gonçalo (RJ) 3 mil unidades. A maior parte dos
projetos da MRV tem entre 300 e 400 apartamentos.
Ainda que reconheça que a demanda por imóveis direcionados para a baixa
renda também foi afetada pela economia, Menin diz que a restrição da oferta
foi superior. "No segmento, a oferta foi reduzida mais rapidamente do que a
demanda e, por isso, a MRV conseguiu manter as operações no mesmo
tamanho nos últimos três anos", diz o executivo.
A companhia pretendia já ter lançado mais produtos em capitais e cidades de
maior porte das regiões metropolitanas, segundo Menin, mas os prazos para a
obtenção de licenças foram superiores aos esperados. A MRV estimava
Menin, co-presidente, diz que são
estimados R$ 4,3 bi
nos empreendimentos
crescer 10%, neste ano, em lançamentos e vendas, o que não foi possível
porque as licenças não saíram a tempo, e os bancos aumentaram o rigor para
a concessão de crédito para clientes. Em 2015, a MRV lançou R$ 4,7 bilhões e
vendeu R$ 5,49 bilhões. Foram vendidas 35,78 mil unidades.
"Não temos nenhum produto não lançado, em capitais, que já tenha licença e
registro de incorporação", conta o co-presidente. A expectativa é que, no
próximo ano, a expansão seja muito maior nas capitais do que no interior
A MRV reforçou a compra de terrenos em cidades de maior porte desde 2013.
Na primeira fase de crescimento após a abertura de capital, em 2007, o foco foi
crescer em municípios menores, na contramão das outras incorporadoras
listadas em bolsa. "A partir de 2013, a maioria das empresas optou por não
atuar mais no segmento econômico, a MRV passou a recuperar margem bruta,
gerar caixa, se desalavancar e a recompor o banco de terrenos nas capitais e
regiões metropolitanas", diz Menin.
Desde 2014, os desembolsos com terrenos ficaram próximos a R$ 700
milhões. As aquisições são feitas metade em dinheiro e metade por meio de
permuta. De janeiro a setembro, a companhia gastou mais de R$ 200 milhões
em terrenos. No fim do terceiro trimestre, o VGV potencial do banco de
terrenos somava R$ 39,6 bilhões.
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Fonte: Valor Econômico
22/11/2016
- Odebrecht quer que comitê dos Jogos retome Maracanã
Por Robson Sales
A concessionária do Maracanã, liderada pela construtora Odebrecht e a
americana AEG, tenta fazer com que o Comitê Rio 2016 reassuma o estádio
sob o argumento de que o complexo foi entregue após a Olimpíada ainda com
problemas.
De acordo com a concessionária, há defeitos na cobertura do estádio, cadeiras
faltando, perda de equipamentos de segurança, além de contas públicas em
atraso de água, luz, telefone e gás, que somam mais de R$ 2 milhões. O
pedido da concessionária é que o Maracanã fique sob gestão do Comitê Rio
2016 até que todos as pendências sejam resolvidas.
O Maracanã, local das cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada, e
o Maracanãzinho, que recebeu os jogos de vôlei, ficaram sob a
responsabilidade do Comitê Rio 2016 até o fim de outubro. No documento
enviado ao governo do Rio, a concessionária destaca trechos do contrato de
empréstimo do estádio que obriga os organizadores dos Jogos a devolver o
Maracanã só após os reparos.
Na avaliação da concessionária, o termo de uso "é expresso ao estabelecer
que o Rio 2016 deve continuar na posse do Complexo Maracanã até que tenha
concluído todas as obras de adequação para que ele retorne ao seu estado
original, mesmo depois do dia 30 de outubro de 2016".
No texto, a concessionária afirma que "um imenso número de assentos do
Complexo Maracanã simplesmente não foi recolocado, ou foram colocados de
maneira manifestamente equivocada, desrespeitando sua numeração e
mosaico. Ademais, para mais um exemplo, cabe destacar que não houve, ou
não foi devidamente demonstrada até a presente data, a recolocação completa
do mobiliário dos camarotes do estádio. Igualmente grave é que sequer foi
retirado o cabeamento e material colocado dentro do estádio pelo Rio 2016".
O Comitê Rio 2016 assume que há serviços incompletos, mas que não
impedem o uso do estádio. Na avaliação da entidade organizadora da
Olimpíada, são trabalhos pequenos de pintura, reorganização de mobiliários e
troca de luminárias. Afirma ainda que todos os problemas serão resolvidos até
31 de dezembro, como foi acordado em termo de uso do estádio.
O comitê informa também que o problema na cobertura apontado pela
Odebrecht foi provocado ainda na Copa do Mundo de 2014, e que precisou
fazer diversos reparos, que deveriam ser de responsabilidade da
concessionária, para a execução das cerimônias de abertura e encerramento
dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
A Odebrecht quer deixar o consórcio do Maracanã e vem pressionando o
governo estadual a encontrar uma alternativa para repassar a administração do
complexo esportivo. A concessionária já iniciou um processo de arbitragem
para se livrar do estádio e desenhou uma administração compartilhada com
clubes do Rio para reduzir os gastos com a arena enquanto a solução não é
definitiva.
Um novo processo de licitação está sendo desenhado pela Fundação Getulio
Vargas (FGV), mas pode não ficar pronto em 2016.
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Fonte: Petronotícias
21/11/2016
- IBP COMEMORA 59 ANOS DE OLHO NOS DESAFIOS DA NOVA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL
O IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo –
está comemorando nesta segunda-feira
(21) o seu 59º aniversário. O instituto é
presidido atualmente pelo experiente
profissional Jorge Camargo que
comanda cerca de 1.500 colaboradores
em áreas técnicas, regulatórias e
institucionais, com o objetivo de promover
a cooperação entre os representantes de
toda a indústria de petróleo, gás e
biocombustíveis e seus públicos de
interesse, gerando e disseminando conhecimento e estimulando negócios para
o desenvolvimento do setor e do país. Representante das grandes operadoras
de petróleo, o IBP vem defendendo atualmente como uma de suas principais
bandeiras, a flexibilização das leis de conteúdo nacional, numa iniciativa que
cria muitas controvérsias ao mercado de fornecedores do país e se opõe às
Federações das Indústrias do Rio de Janeiro, São Paulo e da Abimaq. Um
2ª PARTE: 21/11/2016
confronto de opiniões que será tranquilizado ou acirrado de acordo com a
decisão que o Ministério das Minas e Energia tomar ainda em dezembro. Até
lá, seguem as regras estabelecidas que são coordenadas pela ANP.
Jorge Camargo gravou e distribuiu um vídeo postado no Youtube dirigido aos
seus associados e à integrantes da indústria do petróleo dizendo o seguinte:
“ Hoje é o aniversário do IBP, que completa 59 anos. Uma história muito
bonita que se confunde com indústria de petróleo brasileira. Uma história
de que muito nos orgulhamos. Esse IBP, com tantos serviços prestados
à indústria do petróleo brasileira, e que deixa para nós hoje, que
carregamos a bandeira do IBP, um legado de credibilidade, de reputação,
e a nossa imensa reponsabilidade de carregar e levar a níveis ainda mais
altos. Então, eu quero hoje, dia do aniversário do IBP, agradecer a todos
vocês, sócios, pré-associados, colaboradores, profissionais, gente da
indústria, porque hoje também é o dia do aniversário do IBP e da indústria
do petróleo, por toda essa contribuição. E aproveitar esse dia de
comemoração pra gente conseguir energia para esta nova para esta nova
etapa, esta nova fase que a indústria do petróleo está vivendo e que vai
precisar mais do que nunca do IBP.” VOLTAR
Fonte: Petronotícias
21/11/2016
- SEMBCORP MARINE VENDE PARTICIPAÇÃO NOS ESTALEIROS COSCO
A Sembcorp Marine, de Singapura,
decidiu vender sua participação de
30% nos estaleiros do grupo
Cosco, na China, por US$ 156,5
milhões. A compradora será a
própria empresa chinesa, que
detém o resto do capital no grupo.
A entrada da Sembcorp no negócio
se deu em 2004, mas agora a
companhia de Singapura afirma que o ativo não é mais parte da sua estratégia
e que o dinheiro da venda será utilizado para a aplicação no seu capital
operacional.
O grupo Cosco possui seis estaleiros no território chinês, onde atuam fazendo
reparos em navios, conversões de cascos e construção de unidades.
A Sembcorp, apesar da saída do negócio, continuará tendo uma participação
indireta, já que possui 4,98% do capital da Cosco Corporation, que por sua vez
detém 51% do capital do grupo Cosco Shipyard.
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Fonte: Petronotícias
21/11/2016
- EMPRESAS DO FÓRUM CAPIXABA DESENVOLVEM 19 NOVOS PROJETOS PARA SETOR DE ÓLEO E GÁS
Por Davi de Souza ([email protected])
Um grupo de empresas do Espírito
Santo está apostando no
desenvolvimento de tecnologias
para o setor de óleo e gás, com
foco em inovação. Atualmente,
existem 19 projetos, que estão
dentro do Fórum Capixaba de
Petróleo e Gás. Um dos produtos,
um tubo de injeção de vapor em
poço de petróleo, já está no
mercado e agora entrará em fase
de prospecção internacional. Segundo Ana Karla Vitório Macabu, gestora de
projetos do Sebrae/ES e que liderou uma missão de empresas capixabas no
Rio de Janeiro, o foco de atuação do fórum está no setor onshore, mas o grupo
está começando a receber as primeiras demandas no segmento offshore. Além
disso, outros novos projetos devem ter novidades ainda em 2016: ―Para esse
ano, temos alguns projetos mais avançados para teste de campo e até
mesmo para inicializar a comercialização. Alguns deles são: um
centralizador de tubo, uma haste de bombeio e a bomba que entra na
unidade de bombeio. Temos ainda um trocador de calor que despertou o
interesse do Cenpes [Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da
Petrobrás]“, explicou Ana Karla.
Como as empresas do setor de óleo e gás estão enfrentando o atual momento
do mercado?
De uma forma geral, elas sentiram a redução das demandas do setor, mas
ainda há muitas outras demandas de operação. As empresas continuam
participando dos projetos e cadastros. Lógico que não tem como negar
que houve redução de quadros. Isso é um sentimento de todo o país, mas
as companhias estão buscando sair do Espírito Santo e procurando
alternativas. Não dá para ficar só no estado esperando a demanda vir,
porque o momento atual é bem complicado.
E como se dá a atuação do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás?
O fórum capixaba vem do antigo Prominp [Programa de Mobilização da
Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural], que ficava dentro da
Petrobrás, mas com mudanças feitas há três anos atrás, houve uma
proposta para que o Prominp virasse um fórum, onde a gestão dele
passou a ser da Federação das Indústrias do governo do Estado do
Espírito Santo e da Petrobrás. Isso foi importante porque ele ganhou
outra dinâmica e tem muito mais participação empresarial. Hoje, o fórum
tem mais de 20 instituições parceiras. Há mais de seis anos a Petrobrás
está abrindo demandas na área de inovação, para o desenvolvimento de
bens e serviços. E a partir dessas demandas a gente está desenvolvendo
projetos.
Quantos projetos existem atualmente?
São 19 projetos sendo geridos pelo fórum e que estão sendo apoiados
pelas entidades que o compõe. Estas iniciativas estão em fases
diferentes. Temos pelo menos quatro que devem ser concluídos até o
final do ano. Um deles, aliás, já está concluído. Trata-se de um tubo de
injeção de vapor em poço de petróleo, feito pela Tecvix. Ela desenvolveu
o projeto, que já está no mercado. O produto, inclusive, já está em fase de
prospecção internacional.
E quais outros projetos estão em fase mais avançada?
Para esse ano, temos alguns mais avançados para teste de campo e até
mesmo para inicializar a comercialização. Alguns deles são: um
centralizador de tubo, uma haste de bombeio e a bomba que entra na
unidade de bombeio. Estes três produtos estão em fase mais avançada.
Temos ainda um trocador de calor que despertou o interesse do Cenpes.
A empresa que desenvolveu o centralizador também está produzindo a
máquina que vai fabricar este equipamento. Então, é muita pesquisa
envolvida. As empresas do fórum buscam nos EUA, na China, na Noruega
e em outros países as melhores práticas para desenvolver um bom
produto a um preço que seja competitiva.
Como o fórum viabiliza o desenvolvimento destes produtos?
A atuação do fórum é importante porque as empresas que participam dele
tem assessoria da Petrobrás durante o desenvolvimento do produto.
Estas companhias são escolhidas pelo fórum e, depois, é assinado um
termo de cooperação com a Petrobrás, onde existe a questão de patente e
de desenvolvimento. Na parte técnica, as empresas do fórum conseguem
acessar os técnicos, o campo e tudo o que for necessário para
desenvolver o produto. Por fim, a companhia ainda consegue fazer o teste
no campo, na área da Petrobrás.
Qual o foco de atuação das empresas? Onshore ou offshore?
Todos esses produtos que citei são da linha onshore. A gente começou
por essa área para ganhar conhecimento no desenvolvimento
tecnológico. Nenhuma dessas empresas vinha da atividade de inovação.
Nós já temos projetos novos na área offshore, entre dois ou três. Já
estamos recebendo demandas. VOLTAR
Fonte: Tnpetróleo
21/11/2016
- Complexo Eólico do Rio Grande do Sul opera com os maiores aerogeradores do Brasil
No Complexo Eólico de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, a Atlantic Energias Renováveis está finalizando a instalação de 69 aerogeradores que possuem a maior faixa de potência e dimensões do País.
Os equipamentos são do modelo AW 125/3000, com rotor de 125 metros de diâmetro, pás de 63 metros e 3 megawatts (MW) de potência, instalados acima de torres de concreto de 120 metros de altura.
A altura das torres eólicas influencia na geração de energia. ―O vento próximo à planície sofre interferências que diminuem sua qualidade. Com maior altura conseguimos melhorias consideráveis em termos de redução de intensidade de turbulência e captação de ventos com maiores velocidades originando o aumento da sua capacidade de produzir energia‖, explica o gerente de Obras da Atlantic, Armando Barros.
A Acciona Windpower Brasil instalou sua fábrica de torres de concreto no canteiro de obras do Complexo Eólico de Santa Vitória do Palmar e é responsável por sua produção e instalação. São 69 aerogeradores no total, que representam 207 MW de potência. ―Hoje temos 18 aerogeradores com a etapa de montagem finalizada em Santa Vitória do Palmar e, destes, oito estão em testes pré-operacionais‖, disse Armando, lembrando que torres com maiores alturas ajuda a ampliar o potencial eólico do Brasil.
Potência nas alturas
Equipe do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-Clima) revisou o último grande levantamento do potencial eólico brasileiro e descobriu que o Brasil pode ter até seis vezes mais capacidade de geração de energia a partir dos ventos em alturas superiores, em comparação ao estimado no Atlas do Potencial Eólico Brasileiro de 2001.
Na época, a pesquisa fez a estimativa com o uso de torres com 50 metros de altura, diferentemente de hoje, quando já há torres acima de 100 metros.
Gigante dos ventos
O maior aerogerador do mundo está em funcionamento em Oesterild, na Dinamarca, no centro nacional de testes de grandes turbinas eólicas da companhia Vestas. A turbina tem 140 metros de altura, rotor de 164 metros de diâmetro, pás que medem 80 metros de comprimento e potência de 8 MW.
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Fonte: Tnpetróleo
21/11/2016
- Uma boa oportunidade de integração energética da América Latina
As energias renováveis, como a solar, a eólica, a hidrelétrica e a proveniente de biomassa, como o etanol e outros biocombustíveis, representam uma oportunidade de integração energética dos países latino-americanos em razão da complementaridade de suas matrizes, hoje fortemente baseadas na produção de energia hidrelétrica.
Para atingir esse objetivo, contudo, será preciso superar barreiras para a produção de energia proveniente de recursos naturais em países da região, como a Argentina.
Organizado pela Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), a Universidad de la República (UDELAR) e a FAPESP, o simpósio, que ocorreu entre os dias 17 e 18 de novembro no campus da UDELAR, em Montevidéu, teve como objetivo fortalecer as colaborações atuais e estabelecer novas parcerias entre pesquisadores da América do Sul nas diversas áreas do conhecimento. Participaram do encontro pesquisadores e dirigentes de instituições do Uruguai, Brasil, Argentina, Chile e Paraguai.
―As energias renováveis representam uma oportunidade para a integração energética dos países latino-americanos porque podemos aproveitar as complementaridades dos nossos sistemas energéticos e importar regionalmente e exportar energia proveniente de fontes intermitentes‖, avaliou Guzowski.
―Mas, para isso, será preciso que países como a Argentina consigam se livrar de bloqueios tecnológicos que impossibilitam que tenham um desempenho comparável ao do Brasil e do Uruguai, por exemplo, em matéria de produção de energia renovável‖, apontou.
De acordo com a pesquisadora, a matriz energética da maioria dos países latino-americanos está baseada em hidreletricidade e no uso de energias fósseis, principalmente gás.
Os países da região com maior participação das energias renováveis na geração de eletricidade, segundo dados apresentados por ela, são o México, seguido do Brasil e Uruguai.
Já a Argentina está muito longe de atingir esse objetivo, comparou Guzowski. ―A Argentina está muito abaixo da média de participação das energias renováveis na geração de eletricidade na América Latina e muito aquém do Brasil e do Uruguai‖, afirmou.
A matriz energética do país é eminentemente fóssil e composta por gás natural (com 51% de participação) e 33% por gás que, como não produzem, precisam importar de outros países.
As energias renováveis têm uma participação de menos de 1% na potência instalada (a capacidade de geração de energia elétrica) do país, enquanto que o Brasil e o Uruguai, por exemplo, têm uma matriz energética muito mais diversificada, com expressiva participação de energia hidrelétrica, eólica e proveniente de biomassa.
―A Argentina depende quase que 80% de energia proveniente de fontes fósseis. Isso é resultado de bloqueios tecnológico e cultural de dependência de petróleo e gás para o abastecimento energético que precisam ser superados para conseguirmos promover a integração energética de países da América Latina‖, avaliou.
Na opinião da pesquisadora, algumas das vantagens da integração energética dos países latino-americanos por meio das energias renováveis seriam a geração de economia de escala (vantagens em temos de custos obtidos pela expansão) para atrair investimentos, além do aproveitamento das complementaridades entre os recursos renováveis dos países da região.
Outra vantagem seria a minimização do problema de intermitência no fornecimento de energia em países como a própria Argentina, avaliou.
A forte queda dos custos de geração elétrica por meio de tecnologias de produção de energias renováveis representa uma oportunidade para os países da região que, ao estimular a produção desse tipo de energia, poderiam diminuir sua dependência energética externa, assegurar o abastecimento energético e diversificar seu mix de geração de energia, hoje fortemente baseado em hidrelétricas, que são vulneráveis a fenômenos climáticos, ressaltou.
―Dispor de fontes de energia intermitentes que ajudem e complementem a geração de energia hidrelétrica e térmica é uma opção muito importante para os países latino-americanos‖, avaliou.
A palestra de Guzowski fez parte da programação de uma sessão sobre Energia realizada na FAPESP Week Montevideo. Também integraram a sessão Heitor Cantarella, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC); Luís Augusto Cortez, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Natalia Raffaeli, professora da Universidad Nacional de La Plata, da Argentina;
e Cláudia Laureo, professora da Universidad de La República (UDELAR). Cantarella abordou os progressos na quantificação das emissões e no entendimento dos processos que ocorrem em áreas cultivadas com cana-de-açúcar no Brasil. E Cortez apresentou algumas oportunidades na área de bioenergia no país.
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Fonte: Estadão
21/11/2016
- Governo corta previsão de alta do PIB em 2017 para 1%
Revisão foi anunciada pelo novo secretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, e fica em linha com a
expectativa dos analistas
Eduardo Rodrigues, Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues,
Foto: Estadão
Estimativa anterior previa expansão de 1,6% da atividade econômica
O novo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio
Kanczuk, anunciou nesta segunda-feira, 21, que a previsão da equipe
econômica para o crescimento da economia brasileira em 2017 foi rebaixada
de 1,6% para 1%. Segundo Kanczuk, a alta dos spreads bancários - a margem
dos bancos nos empréstimos - para pessoas jurídicas levou a equipe
econômica a revisar para baixo a projeção. Até então sem revelar o novo
número, ele disse que a atualização na estimativa era pequena.
O anúncio acontece no mesmo dia da reunião do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, onde os empresários
mostraram pessimismo com a recuperação da economia no ano que vem. Essa
é a terceira estimativa de crescimento para 2017 divulgada pela equipe
econômica do governo Michel Temer, que assumiu em maio. Quando
apresentou a nova versão do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
a projeção foi fixada em 1,2%. Em meados de agosto, às vésperas do envio do
Orçamento ao Congresso, a equipe econômica anunciou a elevação dessa
projeção para 1,6%, com o argumento de que o próprio mercado estava
melhorando suas avaliações.
"Os spreads no crédito às empresas estão subindo. O crédito está mais caro, e
esse é um indicador do risco que o setor bancário percebe nas empresas",
afirmou Kanczuk. "Crédito mais caro é um fenômeno natural de todos os
processos recessivos. A lucratividade das empresas é ligada à atividade
econômica e cai quando a economia cai. E como o lucro caiu, as empresas
estão relativamente mais endividadas", completou. Segundo Kanczuk,
o endividamento das empresas está se tornando mais claro e puxando os
spreads pra cima.
De acordo com o secretário, a revisão foi marginal. "O efeito é pequeno e
continuamos falando da recuperação da economia e da indústria. Vocês vão
ver que estamos projetando o PIB um pouquinho menor", acrescentou. "A
confiança está voltando, mas esse retorno ficou pouco menor do que era
previsto", comentou.
Fim de 2016. Kanczuk detalhou que a projeção para o PIB do quarto trimestre
deste ano é "aproximadamente zero", enquanto o primeiro trimestre de 2017
deve apresentar um resultado positivo. Ele admitiu que os riscos econômicos
persistem, citando a questão do crédito às empresas, mas ponderou que o
balanço desses riscos está equilibrado, sem pender muito para baixo ou para
cima.
"Consideramos um balanço de riscos simétrico em torno de 1%. A economia
tanto pode crescer menos como crescer mais que isso. Essa é a melhor
projeção que podemos fazer nesse instante", argumentou. "Uma redução (de
previsão) de 1,6% para 1% é marginal, ainda é tremenda recuperação
econômica", completou.
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Fonte: Estadão
21/11/2016
- No Conselhão, empresários veem pouca chance de retomada do crescimento em 2017
Nomes importantes do empresariado indicam que o grande
desafio do governo é evitar a continuidade da recessão
O Estado de S.Paulo
Foto: Beto Barata/Presidência
Para setor privado, melhora no cutro prazo é difícil
A saída da recessão em 2017 não é uma certeza entre os representantes do
setor privado que participam do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social, o Conselhão. Nomes importantes do empresariado indicam que o
grande desafio do governo no próximo ano é impedir a continuidade da
recessão.
Abílio Diniz, um dos grandes acionistas do grupo alimentício BRF e sócio do
Carrefour não escondeu o pessimismo e descarta a retomada do crescimento
no curto prazo. "A previsão é muito ruim. Não podemos imaginar que vamos
chegar a 2017 com crescimento", disse o empresário durante a reunião no
Palácio do Planalto.
Apesar de ser investidor em duas grandes empresas ligadas ao varejo, Diniz
disse ser preciso haver investimento em infraestrutura com o argumento de que
não é mais possível "fazer crescimento" com base no consumo. O empresário
defende a realização de reformas estruturantes e, em especial, algo que
proporcione o detravamento dos investimentos em infraestrutura e a
unificação das alíquotas do ICMS, para colocar um fim à guerra fiscal entre os
Estados.
Com muitas incertezas à frente, a presidente da Latam Brasil, Claudia Sender,
afirma que o debate econômico não deveria estar focado na velocidade da
retomada e sim na sustentabilidade desse movimento. Para a executiva, o
principal desafio em 2017 é colocar a recessão para trás. "Precisamos acabar
com este ciclo vicioso de pessimismo", afirmou, ao defender que medidas
impopulares devem ser tomadas de forma mais rápida.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ressalta que indicadores
recentes sinalizam que o pior está ficando para trás, já que o nível de confiança
reagiu recentemente. Mas o principal executivo do segundo maior banco
privado do País reconhece que o resultado da eleição nos Estados Unidos -
com Donald Trump eleito - influencia o cenário e reduz, por exemplo, o espaço
para o corte de juros no Brasil.
Para Trabucco, 2017 ainda será um ano de desafio para obter crescimento.
"Encontrar os motores do crescimento acho que é o grande desafio que
sociedade e governo têm para encontrar a retomada. Porque sem a retomada
através do investimento privado a gente não vai ter um ciclo de geração de
emprego", afirmou.
Reformas. Para acabar com as incertezas e recolocar a economia na trajetória
de crescimento, o receituário é sempre o mesmo: reformas. O presidente do
Itaú-Unibanco, Roberto Setubal, avaliou que o crescimento econômico acima
de 2% ao ano no Brasil só será possível se três reformas forem realizadas: a
trabalhista, a das regras de intermediação financeira e a política.
A mesma estratégia foi defendida pelo presidente da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. "Em outubro, houve um sinal de
retomada. Em novembro, freou. Mas as reformas estruturais do País previstas
para serem aprovadas em 2017 podem reverter este quadro", afirmou.
(Luisa Martins, Idiana Tomazelli, Lorenna Rodrigues, André Borges, Carla
Araújo e Igor Gadelha) VOLTAR
Fonte: Estadão
21/11/2016
- Governo atua para tornar ambiente amigável à iniciativa privada, diz Ilan
Presidente do Banco Central também defendeu a PEC do teto dos
gastos e a reforma da Previdência
Daniela Amorim e Mariana Durão,
Foto: Dida Sampaio/Estadão
'O velho tripé econômico é imperativo', defendeu Ilan
RIO - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse hoje que o governo
brasileiro vem atuando para tornar o ambiente de negócios mais amigável à
iniciativa privada e defendeu as reformas em curso já propostas pela equipe do
presidente Michel Temer, como a aprovação da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) do teto dos gastos e a reforma da Previdência.
As afirmações foram feitas num discurso gravado em vídeo e exibido no
seminário "Reavaliação do Risco Brasil", promovido pela Fundação Getulio
Vargas e Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
"As reformas são necessárias para garantir mais à frente a reversão da
tendência crescente da dívida pública", defendeu o presidente do BC na
gravação. "O teto dos gastos é primeiro passo. Essa medida precisa ser
acompanhada pela reforma dos gastos previdenciários", acrescentou. Segundo
Ilan, com a aprovação da PEC do Teto, atualmente em tramitação no Senado,
o Brasil voltará a fazer escolhas, ao invés de elas serem impostas pelas
circunstâncias.
O presidente da autoridade monetária defendeu a importância de entender
como chegamos ao momento atual de crise, para que possamos sair dela.
Segundo ele, a crise atual é reflexo de fatores de natureza exógena, como o
regime de baixo crescimento das economias maduras, mas também de
medidas adotadas pelo então governo em reação ao choque externo.
"As medidas adotadas com propósito de serem anticíclicas tornaram-se
protecionistas. Essas políticas levaram a distorções de preços", avaliou ele.
O Banco Central seria parte da solução, porque fornece credibilidade aos
agentes econômicos. "O velho tripé econômico é imperativo", defendeu Ilan.
Ele diz que já foi possível observar uma melhorar na percepção de risco do
País e defendeu ainda a importância de uma condução da política monetária
visando a atingir a meta de inflação de 4,5% ao ano, lembrando que as
expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
2017 já recuaram para patamar abaixo de 5%.
"Já hoje analistas preveem um ano de 2017 melhor do que o de 2016, e um
ano de 2018 melhor que o de 2017", disse.
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Fonte: O Globo
21/11/2016
- Temer: reforma da Previdência vai para o Congresso em dezembro
No Conselhão, presidente diz que governo substitui ‘ilusionismo
pela lucidez’
POR EDUARDO BARRETTO E MARTHA BECK
Michel Temer - EVARISTO SA / AFP
BRASÍLIA - Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico
Social (CDES), Conselhão, após assumir a Presidência, o presidente Michel
Temer garantiu que sua proposta reforma da Previdência será enviada ao
Congresso no próximo mês. Ao abrir a reunião, nesta segunda-feira, disse que
a reforma é essencial para resolver o desajuste fiscal do Brasil. Ele
acrescentou que a proposta vai respeitar direitos adquiridos e será pautada
pelo princípio da equidade.
— O ajuste fiscal só ficará de pé com a reforma da Previdência, que
remeteremos ao Congresso no mês que vem, antes do fim do ano. Caso
contrário, em 2024, vamos ter que fechar as portas do Brasil para balanço. Mas
não proporemos uma reforma qualquer. Ela respeitará o direito adquirido e se
pautará pelo princípio da equidade.
O presidente pediu aos conselheiros apoio para transmitir à sociedade a
importância das medidas econômicas que precisam ser tomadas:
— Os senhores serão os agentes da governabilidade e produtores de ação
entre o governo e a sociedade.
Ele criticou a forma como o governo Dilma Rousseff geriu as contas públicas
nos últimos anos, gastando mais do que podia. Isso resultou na perda de
confiança no país, prejudicou a atividade econômica e aumentou o
desemprego, frisou. Por isso, a prioridade agora é aprovar a proposta de
emenda à Constituição (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos e,
depois, as reformas da Previdência e Trabalhista.
— Nossa crise é de natureza fiscal. Por muito tempo, o governo gastou mais do
que podia e agora a realidade bate à porta.
Sem citar nomes, ele também classificou com ―ilusionismo‖ a forma como a ex-
presidente adminstrou os cofres da União.
— Substituímos o ilusionismo pela lucidez — declarou a 92 conselheiros. E
completou: — Não havia apenas um déficit fiscal. Havia também um certo
déficit de verdade. E não é possível continuar assim.
Temer destacou que o descuido com as contas públicas é pago pelo
trabalhador.
— O descuido com as contas públicas não é pago pelo governante. Este
descuido é pago pelo trabalhador, que sente os efeitos no bolso.
Michel Temer ressaltou que o número de mulheres no Conselhão dobrou.
Desde o governo interino, o peemedebista foi criticado por não ter mulheres no
ministério.
— A mulher exerce um papel relevantíssimo na sociedade. Não apenas o papel
de quase chefe da família, como mãe, mas produtora da riqueza nacional.
A empresária Luiza Trajano, dona da rede Magazine Luiza, começou a fala de
cinco minutos ressaltando que não tem partido e que é apaixonada pelo Brasil.
Próxima de Dilma Rousseff, Luiza Trajano já falou publicamente contra o
impeachment da petista e presidiu, em 2013, o Conselho Público Olímíco, após
indicação de Dilma.
Trajano pediu que o Conselhão cumpra datas e mantenha uma regularidade
nas reuniões, pediu simplificação do sistema tributário e ressaltou o grande
mercado consumidor brasileiro.
— Ninguém está ganhando com esse custo de burocracia - disse.
O Conselhão foi criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003. A
última reunião feita por Dilma foi em janeiro deste ano
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