clinica cirúrgica professora e enfermeira :drª carla gomes aula: 3, 4, 5
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Clinica Cirúrgica
Professora e Enfermeira :Drª Carla GomesAula: 3, 4 , 5
CLÍNICA CIRÚRGICA CONCEITO: É a parte da medicina que lida com a doença
e condições físicas que necessitam da incisão dos tecidos humanos para remoção, reparação ou substituição da parte acometida, através de técnicas operatórias.
As cirurgias são realizadas desde a antiguidade , mas com o avanço científico e técnico do século passado para o atual, grandes êxitos foram apresentados, fato que propicia a redução das complicações operatórias.
Cabe ao técnico de enfermagem obter conhecimentos e atualizá-los continuamente para prestarem uma assis-tência eficiente.
CLÍNICA CIRÚRGICA: É a unidade hospitalar onde permanecem os indivíduos nos períodos pré e pós-operatório e, onde são preparados para o ato cirúrgico e auxiliados após eles recuperarem o equilíbrio orgânico.
Pré- operatório – período que antecede o ato cirúrgico.
Trans- operatório- Período durante a operação
Pós-operatório - período posterior ao ato cirúrgico.
• CLASSIFICAÇÕES CIRÚRGICAS
• A cirurgia pode ser realizada por uma série de razões. Podendo ser:
• Diagnóstica: realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença - quando uma biópsia é realizada ou uma laparotomia exploratória;
• Curativa: tem como objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença - quando um apêndice inflamado é removida (apendicectomia) ou uma massa tumoral ressecada;
• Reparadora: reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por trauma ou enfermidade.
• Reconstrutiva ou Cosmética: tem por objetivo o
embelezamento - quando uma mamoplastia ou um rejuvenescimento facial é realizado;
• Paliativa: quando realizada em caso de dor devendo ser aliviada ou um problema corrigido – sonda de gastrostomia inserida para compensar incapacidades.
Classificação Cirúrgica quanto ao grau de urgência
Emergência- atenção imediata (ameaça à vida) - sem demora – fratura de crânio, obstruções, sangramento grave, feridas por arma de fogo ou branca, queimaduras extensas.
Urgência – dentro de 24/30 horas – infecção aguda da vesícula, cálculos renais ou uretrais.
Requerida – o paciente precisa realizar a cirurgia – planejada para algumas semanas ou meses distúrbios de tireóide, cataratas.
Eletiva – o paciente pode ser operado – a não realização do procedimento não trará riscos – reparação de cicatrizes, hérnia simples, reparação vaginal.Opcional – a decisão é do paciente – preferência pessoal – cirurgia cosmética (estética)
Terminologia Cirúrgica
Aula 4
ConceitoConjunto de termos próprios que
expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção cirúrgica realizada.
São formados por uma: raiz sufixo
A raiz identifica a estrutura corpórea afetada e o sufixo indica a cirurgia a ser realizada.
tomia: incisão, corte, abertura da parede ou órgão. Exemplo: toracotomia, laparotomia, flebotomia
stomia: “fazer uma nova boca”, comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior. Exemplo: traqueostomia, gastrostomia, jejunostomia.
ectomia: extirpar totalmente ou parcialmente um órgão. Exemplo: tireoidectomia, mastectomia, colecistectomia.
plastia: reparação plástica da forma ou função do segmento afetado. Exemplo: rinoplastia, mamoplastia, gastroplastia.
rafia: sutura, unir bordas de tecido. Exemplo: herniorrafia, perineorrafia.
pexia: fixação de uma estrutura corpórea. Exemplo: cistopexia, orquiopexia.
scopia: visualizar o interior de uma cavidade com auxílio de aparelhos (endoscópios). Exemplo: broncoscopia, laparoscopia.
RaizOTO
OFTALMO
HEPATO
NEFRO
CISTO
HÍSTERO
ESPLENO
LAPARO
GASTRO
ÊNTERO
FLEBO
HISTERO
PROCTO
BLEFARO
COLPO
Relaciona-se aOUVIDO
OLHO
FÍGADO
RIM
BEXIGA
ÚTERO
BAÇO
PAREDE ABDOMINAL
ESTÔMAGO
INTESTINO DELGADO
VEIA
ÚTERO
ÂNUS
PÁLPEBRA
VAGINA
Outros termos:• Amputação – retirada de um membro• Enxerto - inserção de material autógeno, heterólogo
ou sintético para corrigir defeito• Exérese – extirpação de um segmento corpóreo• Anastomose – comunicação cirúrgica entre dois
vasos ou duas vísceras ocas• Artrodese – imobilização cirúrgica da articulação
• Classificações das Cirurgias quanto ao Grau de Contaminação......
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Aula 5
Classificações das cirurgias quanto ao grau de contaminação
• Limpas:• Realizadas em tecidos estéreis ou de fácil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso local, sem penetração nos tratos Digestório, respiratório ou urinário, em condições ideais de sala de cirurgia.
• Exemplo: cirurgia de ovário;
• Potencialmente contaminadas: • Realizadas em tecidos de difícil descontaminação, na
ausência de supuração local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
• Exemplo: redução de fratura exposta;
• Contaminadas: • Realizadas em tecidos recentemente traumatizados
e abertos, de difícil descontaminação, com processo inflamatório mas sem supuração.
• Exemplo: apendicite supurada;
• Infectadas: • Realizadas em tecido com supuração local, tecido
necrótico, feridas traumáticas sujas.• Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus
Cuidados de Enfermagem com Feridas Cirúrgicas:
• O curativo deve ser realizado com soro fisiológico e mantido fechado nas primeiras 24 horas após a cirurgia , passado este período a incisão deve ser exposta e lavada com água e sabão.
• Se houver secreção (sangue ou seroma) manter curativo• semi-oclusivo na seguinte técnica;
• Materiais: • bandeja contendo 01 pacote de curativo
estéril (com 02 pinças e gases); gases estéreis, esparadrapo (micropore) soro fisiológico 0,9% e luva de procedimento.
• Procedimento:
• 1. Lavar as mãos com água e sabão;• 2. Reunir o material e leva-lo próximo ao paciente;• 3. Explicar ao paciente o que será feito;• 4. Fechar a porta para privacidade do paciente;• 5. Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser
tratada;• 6. Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;• 7. Colocar gaze em quantidade suficiente sobre campo estéril;• 8. Calçar as luvas;• 9. Remover o curativo anterior com uma das pinças usando soro
fisiológico 0,9 %;• 10. Desprezar esta pinça;• 11. Com outra pinça, pegar uma gaze e umedece-la com soro fisiológico;• 12. Limpar a incisão principal, utilizando as duas faces da gaze, sem voltar
ao inicio da incisão
• Limpar as regiões laterais da incisão cirúrgica após ter feito a limpeza da incisão principal;
• 14. Ainda com a mesma pinça, secar a incisão cirúrgica após ter feito a limpeza da incisão principal;
• 15. Ocluir a incisão com gaze e fixar com esparadrapo ou ataduras se necessário;
• 16. Manter o curativo ocluído enquanto houver exsudação;• 17. Colocar o setor em ordem;• 18. Lavar as mãos;• 19. Fazer a evolução da ferida e anotações de materiais na
papeleta do paciente.• Observação: em feridas cirúrgicas após 24 horas não
ocorrendo exsudato realizar apenas higienização com água e sabão e manter a ferida aberta.