climatologia e ensino de geografia: o uso de …

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1 CLIMATOLOGIA E ENSINO DE GEOGRAFIA: O USO DE FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS ALTERNATIVAS COMO SUBSÍDIO À INICIAÇÃO À DOCÊNCIA EM DELMIRO GOUVEIA/ALAGOAS Felipe Santos Silva 1 Ricardo Santos de Almeida 2 GT2 − Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis RESUMO O presente trabalho é uma atividade de pesquisa participativa, voltada ao exercício da docência em geografia, que versa sobre a percepção de fenômenos climático-geográficos por parte de estudantes do ensino fundamental junto à Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. José Correia Filho, Povoado Jardim Cordeiro, município de Delmiro Gouveia, Alto Sertão de Alagoas. Nesse sentido, pretende-se analisar as ações em um projeto de extensão que discutiu os conceitos de percepção e de lugar enquanto categorias fundamentais que subsidiam a compreensão de face da realidade geográfica local, bem como o conhecimento dos aspectos climatológicos gerais no contexto do Sertão e em específico do Povoado onde a escola se situa. Palavras-chave: Climatologia. Ensino de Geografia. Ensino. RESUMEN Este trabajo es una actividad de colaboración en la investigación se centró en la práctica de la enseñanza de la geografía, que se ocupa de la percepción de los fenómenos climáticos y geográficos por los estudiantes de la escuela primaria de la Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. José Correia Filho, Povoado Jardim Cordeiro, la ciudad de Delmiro Gouveia, Alto Sertão de Alagoas. En este sentido, nos proponemos analizar las acciones en un proyecto de extensión que analiza la percepción de los conceptos y categorías de lugares tan fundamentales que apoyan la comprensión de la cara de la realidad geográfica local y el conocimiento de la climatología en general en el contexto de la región del interior y en particular, la ciudad donde está ubicada la escuela. Palabras clave: Climatología. Enseñanza de la Geografía. Educación. 1 Estudante do curso Geografia Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas Campus do Sertão. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES), onde desenvolveu projetos educacionais nas séries iniciais, ligados à Climatologia e Cartografia. Participa como membro ativo do Grupo de Pesquisa Geoprocessamento e a Cartografia no Ensino de Geografia (GCEG) e Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise Regional (GEPAR). Foi bolsista de Mobilidade Acadêmica na Universidade Federal de Uberlândia, financiado Santander, em parceria com a ANDIFES, onde estagiou no Laboratório de Geografia Cultural e de Turismo (LAGECULT). E-mail: <[email protected]>. 2 Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe. Desenvolve atividades de pesquisa vinculadas as temáticas relacionadas ao agronegócio, território e territorialidades, e processos de ensino-aprendizagem. Professor Substituto Auxiliar B do curso Geografia Licenciatura presencial da UFAL campus do Sertão/Delmiro Gouveia. Professor Formador II no curso Geografia Licenciatura EaD na Universidade Federal de Alagoas/Universidade Aberta do Brasil (UFAL-UAB), membro Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise Regional (GEPAR-UFAL Campus do Sertão) e do Núcleo de Estudos Agrários e Dinâmicas Territoriais (NUAGRÁRIO-IGDEMA-UFAL). E-mail: <[email protected]>.

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Page 1: CLIMATOLOGIA E ENSINO DE GEOGRAFIA: O USO DE …

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CLIMATOLOGIA E ENSINO DE GEOGRAFIA: O USO DE FERRAMENTAS

PEDAGÓGICAS ALTERNATIVAS COMO SUBSÍDIO À INICIAÇÃO À

DOCÊNCIA EM DELMIRO GOUVEIA/ALAGOAS

Felipe Santos Silva1

Ricardo Santos de Almeida2

GT2 − Educação e Ciências Humanas e Socialmente Aplicáveis

RESUMO

O presente trabalho é uma atividade de pesquisa participativa, voltada ao exercício da docência em

geografia, que versa sobre a percepção de fenômenos climático-geográficos por parte de estudantes

do ensino fundamental junto à Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. José Correia Filho,

Povoado Jardim Cordeiro, município de Delmiro Gouveia, Alto Sertão de Alagoas. Nesse sentido,

pretende-se analisar as ações em um projeto de extensão que discutiu os conceitos de percepção e de

lugar enquanto categorias fundamentais que subsidiam a compreensão de face da realidade

geográfica local, bem como o conhecimento dos aspectos climatológicos gerais no contexto do Sertão

e em específico do Povoado onde a escola se situa.

Palavras-chave: Climatologia. Ensino de Geografia. Ensino. RESUMEN Este trabajo es una actividad de colaboración en la investigación se centró en la práctica de la

enseñanza de la geografía, que se ocupa de la percepción de los fenómenos climáticos y geográficos

por los estudiantes de la escuela primaria de la Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. José

Correia Filho, Povoado Jardim Cordeiro, la ciudad de Delmiro Gouveia, Alto Sertão de Alagoas. En

este sentido, nos proponemos analizar las acciones en un proyecto de extensión que analiza la

percepción de los conceptos y categorías de lugares tan fundamentales que apoyan la comprensión de

la cara de la realidad geográfica local y el conocimiento de la climatología en general en el contexto

de la región del interior y en particular, la ciudad donde está ubicada la escuela.

Palabras clave: Climatología. Enseñanza de la Geografía. Educación.

1 Estudante do curso Geografia Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas Campus do Sertão. Foi bolsista

do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES), onde desenvolveu projetos

educacionais nas séries iniciais, ligados à Climatologia e Cartografia. Participa como membro ativo do Grupo de

Pesquisa Geoprocessamento e a Cartografia no Ensino de Geografia (GCEG) e Grupo de Estudos e Pesquisa em

Análise Regional (GEPAR). Foi bolsista de Mobilidade Acadêmica na Universidade Federal de Uberlândia,

financiado Santander, em parceria com a ANDIFES, onde estagiou no Laboratório de Geografia Cultural e de

Turismo (LAGECULT). E-mail: <[email protected]>. 2 Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe. Desenvolve atividades de pesquisa vinculadas as

temáticas relacionadas ao agronegócio, território e territorialidades, e processos de ensino-aprendizagem.

Professor Substituto Auxiliar B do curso Geografia Licenciatura presencial da UFAL campus do Sertão/Delmiro

Gouveia. Professor Formador II no curso Geografia Licenciatura EaD na Universidade Federal de

Alagoas/Universidade Aberta do Brasil (UFAL-UAB), membro Grupo de Estudos e Pesquisa em Análise

Regional (GEPAR-UFAL Campus do Sertão) e do Núcleo de Estudos Agrários e Dinâmicas Territoriais

(NUAGRÁRIO-IGDEMA-UFAL). E-mail: <[email protected]>.

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INTRODUÇÃO

Este estudo surge da necessidade de relacionarmos os conteúdos das aulas de

Geografia com a realidade escolar e de vivência dos estudantes, as relacionando às práticas de

iniciação à docência nos propiciando convergir às práticas pedagógicas ao local de ensino.

O mundo contemporâneo, com suas diversas tecnologias, tem distanciado os

indivíduos das simples observações da dinâmica natural atmosférica, esses sujeitos rompem

com os laços sensíveis e perceptíveis do mundo e passam a observar os elementos da

dinâmica natural por perspectivas técnicas: pelo viés dos meios comunicacionais como

televisões, rádios e internet, distanciando-se da realidade local e dos meios sensitivos.

A relevância desta pesquisa encontra-se na atenção ao ensino de Geografia e ao

modo como o ensino da climatologia geográfica pode também ser estabelecido por meio da

percepção e da relação de intimidade dos educandos para com o meio ambiente. Nesse

sentido, indagamos: como os alunos do 9º ano percebem a climatologia geográfica no

ambiente em que vivem? E, de que modo o uso de ferramentas pedagógicas alternativas, que

valorizem as capacidades sensitivas dos educandos, podem auxiliar o ensino de climatologia

geográfica? Deste modo, nos subsidiamos na Geografia Humanista, conhecer a realidade local

e se relacionar intimamente com o meio compõe o caminho à luz da Topofilia, que de acordo

Tuan (2012, p. 19), “topofilia é o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico”.

Esse trabalho procura levar os discentes do ensino fundamental do 9º ano ao

contato íntimo com o meio, tendo em vista, aguçar os seus sentidos para com o meio

ambiente, com foco na apreensão do tempo atmosférico. Pensar no ensino do tempo e do

clima separadamente dos sentidos, origina em uma análise superficial do meio. Segundo

Tavares (2011, p. 4),

Acreditamos que o processo educativo deva contemplar o sujeito em sua

complexidade, enfatizando o aprendizado através de suas vivências por meio

dos sentidos e das percepções do próprio corpo. Quando ao indivíduo é

possibilitada uma interação ampla/aberta com as questões que devem ser

apreendidas, não se está apenas projetando uma determinada realidade, fruto

de um contato parcial de vivências, está-se produzindo conhecimento, pois o

sujeito estará atento às suas percepções, sensível aos sinais de seu próprio

corpo em interação com os ambientes externos, assim como com suas ideias

e imagens internas.

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Concordando com autor, as práticas educacionais devem fomentar uma educação

que vise à inter-relação do sujeito (que percebe) com o meio e os ambientes externos devem

proporcionar uma individualidade para cada indivíduo. Frente a esse cenário, acredita-se que

praticar o ensino sem a sua devida cautela acarreta uma formação incompleta, cujo sentido

não se concluiu, causando uma ruptura entre o indivíduo e a intimidade com o meio ambiente.

Nesse sentido, devemos pensar estrategicamente em metodologias de ensino capazes de

envolver o ser em sua complexidade. Para atender essas aspirações devemos relacionar

instrução à percepção do mundo, e devemos considerar o que aponta Tavares (2011, p. 1),

No contexto desta reflexão é que percebemos a necessidade de o sujeito

reencontrar a si mesmo, a fim de encontrar-se com o mundo. Sem o

conhecimento de sua natureza criadora, afetiva, simbólica, instintiva, o ser

humano torna-se impossibilitado de entender o movimento do mundo no

qual deveria sentir-se inserido.

Frente a essas questões, acredita-se que devemos encaminhar as práticas

educacionais ao campo sensitivo humano, segundo Marin (2003, p.616), “a sensibilidade traz,

portanto, a proposta de transposição do enfoque racional na prática educativa e a busca de se

atingir a dimensão emotiva, espiritual da pessoa humana na sua interação com a natureza”.

Analisar o tempo por meio da observação sensível é algo do cotidiano, porém

compreender a dinâmica atmosférica e relacioná-la com a realidade vivida parece um desafio

às sociedades contemporâneas. Nessa perspectiva, é através de dados quantitativos extraídos

das estações meteorológicas que as pessoas têm compreendido a dinâmica atmosférica,

quantificando a temperatura, precipitação, nebulosidade, visibilidade, etc.

Segundo Tuan (2012, p. 139) “na vida moderna, o contato físico com o próprio

meio ambiente natural é cada vez mais indireto e limitado a ocasiões especiais”. Em virtude

de tais acontecimentos, relacionados ao modo de vivência atual, este projeto permitirá que os

educandos do 9º ano da Escola Municipal Doutor José Correia Filho percebam, por meio das

observações sensíveis, o tempo.

A Geografia no ensino fundamental é realizada de forma fragmentada, distanciada

do cotidiano dos alunos, conforme as práticas de ensino tradicionais, enciclopedistas, onde “a

memorização e a descrição são apreciadas” (MAIA, 2012, p. 1). Segundo Tuan (2012, p.

337), “a maioria das pessoas, durante sua vida, faz pouco uso de seus poderes perceptivos”.

Sem levar em consideração a percepção, o ensino de geografia pode distanciar-se da realidade

e tornar-se pouco relevante. Decorar fragmentos textuais ou colecionar informações

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superficiais sobre um determinado conceito ou espaço sem relaciona-los com a realidade

vivida e percebida é não tornar o assunto importante para vida.

É com o aporte da Geografia da Percepção que podemos tornar o ensino mais

íntimo do indivíduo, pois a segundo Rocha (2007, p. 21), “a Geografia Humanista é definida

por bases teóricas nas quais são ressaltadas e valorizadas as experiências, os sentimentos, a

intuição, a intersubjetividade e a compreensão das pessoas sobre o meio que habitam”.

LEITURA TEÓRICO-CONCEITUAL SOBRE PERCEPÇÃO, LUGAR E PROCESSO

DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM GEOGRAFIA

Pensando a Geografia atual, percebemos um olhar atento dos cientistas com as

questões pertinentes ao ensino desta ciência em sala de aula, nos ensino fundamental e médio,

principalmente na tentativa de aliar a prática de ensino com o lúdico e a empiria. Inúmeras são

as possibilidades para a consolidação do projeto de ensino de Geografia com possibilidades

dinâmicas, atreladas a diversas metodologias. A grande preocupação que nos leva a discorrer

sobre essa temática está na forma com que o ensino de geografia é realizado, segundo Maia:

A Geografia no Ensino Médio, bem como no Ensino Fundamental é

realizada, na maioria das vezes, de forma fragmentada, enciclopédica e

dissociada do cotidiano dos alunos. Essa falta de articulação dos conteúdos

abordados reflete uma prática tradicional, em que a memorização e a

descrição são extremamente valorizadas. A prática escolar enfatiza o estudo

do mundo com um aglomerado de assuntos divididos em tópicos que, assim

apresentados não se articulam. (2012, p. 1-2).

A falta de articulação entre teoria e o cotidiano dos alunos acarreta uma prática

pedagógica fragmentada e distante da realidade dos educandos. É com base na Geografia

Humanística ou cultural que essas questões ganham força e espaço para discussão, pois suas

bases encontram-se apoiadas na relação entre o homem e o mundo em que vive. Para Rocha

(2007, p. 21)

A Geografia Humanista é definida por bases teóricas nas quais são

ressaltadas e valorizadas as experiências, os sentimentos, a intuição, a

intersubjetividade e a compreensão das pessoas sobre o meio ambiente que

habitam, buscando compreender e valorizar esses aspectos.

É no arcabouço teórico da Geografia Humanista ou cultural, que preocupada com

a capacidade sensitiva dos sujeitos que permearemos este estudo apontando outros

pressupostos para o novo pensar Geografia, galgados na experiência do cotidiano, nos

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sentimentos (emocional dos sujeitos), na intuição (inteligência/percepção, aquilo que os

indivíduos compreendem sobre o meio), na análise das pessoas sobre o meio em que habitam

(o lugar de vivência e experiências) e intersubjetividade (inter-relação entre os sujeitos), nessa

perspectiva busca-se encontrar uma Geografia que investigue e compreenda os fenômenos a

parir da subjetividade humana.

Assim, têm-se as bases sólidas pautadas nessa Geografia, que defende a

capacidade dos sujeitos em tentar compreender o meio em que estão inseridos a partir de suas

percepções e emoções. Rocha (2007, p. 21) considera a percepção como sendo uma atividade

da mente que inter-relaciona o indivíduo com o meio ambiente por meio de mecanismos

perceptivo e cognitivo.

Segundo Tuan (apud ROCHA, 2007, p. 21), “a Geografia Humanista procura um

entendimento do mundo humano através do estudo das relações das pessoas com a natureza,

do seu comportamento geográfico, bem como dos seus sentimentos e ideias a respeito do

espaço e do lugar”. Essa perspectiva da Geografia corrobora uma afirmação do

relacionamento dos homens com a natureza e da sua relação comportamental no espaço, em

específico, com o lugar. Esse lugar, para o autor, possui um sentido distinto, onde os

indivíduos imprimem seus sentimentos e constroem ideias sobre o mesmo.

Para Tuan (2012, p. 136), “a topofilia não é a emoção humana mais forte”.

Quando é irresistível podemos estar certo de que o lugar ou meio ambiente é o vínculo de

acontecimentos emocionalmente fortes ou é percebido como um símbolo. Em Tuan, por

topofilia entende-se “os laços afetivos dos seres humanos para com o meio ambiente material”

(TUAN, 2012, p. 135-136). Nesse sentido, constata-se que para haver laços fortes entre o

sujeito e o meio ambiente é necessário que este “meio” ganhe o nome de “lugar”, pois só o

lugar é emocionalmente forte – enquanto meio ambiente –, pois ele é o locus onde há

significados afetivos.

Com base nesse cenário, tendo o lugar como categoria principal e o sujeito

enquanto agente que percebe e possui ideias sobre o lugar, Rocha (2007, p. 21) afirma que,

“sob esse prisma de estudos da Geografia, tem-se como premissa que cada indivíduo possui

uma percepção do mundo que se expressa diretamente por meio de valores e atitudes para

com o meio ambiente”.

Para o desenvolvimento da ação de extensão que relacionou o aporte teórico

debatido, nos debruçamos sobre o plano de ação elencado nos quadros 1 e 2, abaixo.

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Quadro 1 – Plano de ação do projeto

OBJETIVOS (conceituais, procedimentais e atitudinais): Propormos atividades aos

alunos do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. José Correia Filho

(construção de uma mini estação meteorológica) e aplicar metodologia de ensino de

climatologia geográfica (com base em Filaho (2007), pautada na observação sensível,

numa tentativa de melhorar o processo de ensino-aprendizagem em geografia.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:

1º ENCONTRO

AULA 1 – Exposição conceitual / principais conceitos

CONTEÚDOS – Tempo, clima, climatologia, percepção e lugar.

DURAÇÃO – 2 horas.

FOCO – Nos conceitos de lugar e percepção, em paralelo com a vivência na

comunidade e como eles percebem os fenômenos alí presentes.

AVALIAÇÃO – Questionário sobre os conceitos abordados em sala (questões

objetivas).

2º ENCONTRO

AULA 2 – Exposição de conceitos elementares / fatores, elementos do clima e

fenômenos atmosféricos.

CONTEÚDOS – Fatores do clima, elementos do clima, aparelhos de medição dos

elementos do clima (termômetro, pluviômetro, pluviógrafo, barômetro, higrômetro,

anemômetro e biruta) e fenômenos atmosféricos (nuvens, chuvas, temperatura,

nebulosidade, direção dos ventos, arco-íris, relâmpagos, trovões, ventos: intensidade,

direção e pluviosidade).

DURAÇÃO – 2 horas.

FOCO – Percepção dos alunos sobre fatores e elementos do clima e na relação entre os

fenômenos atmosféricos e a dinâmica da comunidade.

AVALIAÇÃO – Questões objetivas sobre os conceitos abordados em sala.

3º ENCONTRO – Sexta feira (dia de visita da estação meteorológica – 4 horas)

ATIVIDADE DE CAMPO – Visita a estação meteorológica de água branca.

CONTEÚDOS – Aparelhos de medição dos elementos do clima (termômetro,

pluviômetro, pluviógrafo, barômetro, higrômetro, anemômetro e biruta).

DURAÇÃO – 4 HORAS.

FOCO – Fazer com que os alunos compreendam o funcionamento de uma estação e

preparar os alunos para atividade posterior.

AVALIAÇÃO – Pesquisa sobre: como fazer uma miniestação meteorológica com

materiais reciclados em casa (dividir turma em 4 equipes, cada uma ficará com um

aparelho para confeccionar).

Fonte: Dados da Pesquisa (2016).

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Quadro 2 – Plano de ação do projeto (continuação)

4º ENCONTRO – Sábado (pois a atividade requer muito tempo)

ATIVIDADE LÚDICA – Construção de uma pequena estação meteorológica com

materiais reciclados.

CONTEÚDOS – Curto feedback da aula anterior e demonstração de como elabora-se

os instrumentos da miniestação, para a catalogação dos fenômenos hora estudados.

DURAÇÃO – 4 horas.

FOCO – Na diferenciação entre o perceber o meio por meio das observações sensíveis

e o catalogar.

AVALIAÇÃO – 1 questão aberta com a seguinte indagação: qual a importância de

coletar dados na estação meteorológica e perceber atentamente os fenômenos que nos

cerca?

5° ENCONTRO

TRABALHO DE OBSERVAÇÃO – Análise e descrição dos fenômenos observados

pelos alunos, no contexto da comunidade, que pretende ser realizada em 7 dias.

CONTEÚDOS - apresentação e explicação da proposta metodológica de observação

sensível sugerida por Júnior (2010), para aplicação desta nas casas dos aprendizes.

DURAÇÃO – 2 horas.

FOCO – a percepção dos estudantes na observação do tempo em um lugar chamado

jardim cordeiro, Delmiro Gouveia/AL.

6º ENCONTRO

AVALIAÇÃO – Observação do quadro do tempo preenchido pelos alunos sobre a

observação sensível e justapor uma pergunta sobre: como os elementos do clima e

fenômenos atmosféricos dialogam com a comunidade com o lugar e o que é lugar para

eles?

Fonte: Dados da Pesquisa (2016).

Analisando as capacidades individuais, tem-se em cada indivíduo um organismo

distinto de sentimentos, emoções, experiências, intuições e compreensão do meio à luz da

topofilia, que segundo Tuan (2012, p. 19) “é o elo afetivo entre pessoa e o lugar ou ambiente

físico”.

Deste modo devemos considerar as particularidades individuais na construção do

saber, pois a percepção está aliada a algo maior, ao saber do humano, como afirma ROCHA

(2007, p. 21), a “geografia Humanista busca a compreensão do contexto pelo qual a pessoa

valoriza e organiza o seu espaço e o seu mundo, e nele se relaciona”.

Nesse cenário, a escola é um lugar onde os indivíduos devem conhecer o mundo,

a escola precisa proporcionar uma aprendizagem significativa à realidade do alunado. Com

isso, o ensino de Geografia, pode proporcionar rompimentos com os modos tradicionais de

ensino, tendo em vista mostrar a verdadeira cor que compõe o mundo (livre de ideologias

dominantes), e só com criticidade isso pode ser proporcionado (ver figura 1).

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Figura 1 – Aula expositiva sobre os conceitos ligados a climatologia

Fonte: Dados da pesquisa (2016).

Além disso, espera-se que a cada dia o ensino seja prensado e repensado, e que a

educação proporcione momentos prazerosos capazes de ativar os sentidos e os sentimentos

dos aprendizes, assim, espera-se que o ensino vá além do esperado e cause uma dinâmica que

tenda ao cotidiano, fazendo com que o ensino chegue à realidade de cada particularidade

individual e toque a sensibilidade da cada sujeito para com o entendimento da sua realidade.

Segundo Maia (2012, p. 2),

A vivência da sala de aula corrobora a necessidade de transformação da

Geografia apresentada em uma matéria que possa dialogar com o cotidiano.

A escola contemporânea necessita refletir sobre sua inserção no mundo

globalizado e informatizado. Os alunos apresentam uma vivência cercada de

novas tecnologias, para qual a informatização está próxima de suas “mãos”

através dos celulares, redes sociais e meias de comunicação de massa, como

rádio, jornais, revistas e televisão. Cabe a nós, professores, questionar o uso

e a compreensão dessas informações, para renovarmos as práticas

pedagógicas, estimulando, assim o desenvolvimento de novas práticas

pedagógicas que promovam o Ensino de Geografia.

As teorias que tratam a questão da tecnologia no ensino e o impacto desta no cotidiano

são divergentes na Geografia, a questão encontra-se mais positiva do que negativa, visto que,

o desenvolvimento tecnológico proporcionou a criação de diversificados meios de análise dos

fenômenos naturais e um avanço expressivo na cartografia geográfica para o ordenamento dos

espaços, entre outros. Porém o uso inadequado desses aportes tecnológicos torna o ensino

frágil, a exemplo temos os dados estatísticos, que: sem a relação entre a realidade percebida e

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o entendimento por trás daquelas representações numéricas ou visuais, não tem serventia

alguma, pois não contribui para sanar problemas de ordem social e ambiental (ver figura 2).

Figura 2 – Trabalho de campo sobre observação sensível do clima e do tempo com

estudantes da escola

Fonte: Dados da pesquisa (2016).

A inserção no mundo globalizado apresenta um suporte a ferramentas diferenciadas de

ensino, mas esses instrumentos não devem ser a fonte única da educação. Perante esse novo

panorama, devemos entender que a percepção do ambiente físico continua sendo questão

norteadora para o ensino de Geografia. Segundo Maia (2012, p. 7), “a inserção no mundo

globalizado possibilita o acesso às informações dos mais diversos lugares, porém, às vezes,

não salienta a importância de entendermos e analisarmos o ambiente local”.

A percepção é um meio de análise do ambiente, fortemente capaz de sanar a

problemática da mecânica no contexto do lugar, para as averiguações dos fenômenos que

circundam o ambiente local. Para Tuan (2012, p. 30),

A percepção é uma atividade, um estender-se para o mundo. Os órgãos dos

sentidos são pouco eficazes quando não são usados. Nosso sentido tátil é

muito delicado, mas para diferenciar a textura ou dureza das superfícies não

é suficiente colocar um dedo sobre elas; o dedo tem que se movimentar

sobre elas. É possível ter olhos e não ver; ouvidos e não ouvir.

No que se refere ao ensino de Geografia, a percepção acarreta em uma prática onde

permite ao aprendiz um olhar diferenciado do mundo, fazendo com que estes colecionem

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elementos do ambiente ao seu mundo particular, a partir do que Tuan denomina como um

“estender-se para o mundo”.

De acordo com Junior (2010, p. 11), “o ser humano através de suas sensações

corpóreas, de sua capacidade de observação e de registrar na memória estas impressões, vai

colecionando dados e fatos relativos à dinâmica atmosférica sobre o lugar onde vive ou

visita”.

Figura 3 – Questionários respondidos por alunos(as) X e Y

Fonte: Dados da pesquisa (2016).

A prática de ensino atrelada a empiria (experiências, sensações e sentimentos no

lugar), fomenta um ensino-aprendizagem diferenciado em sua forma e proporciona um saber

para toda a vida. Nossa tentativa de discutir a questão da percepção ambiental a partir do

lugar, quando, segundo ele:

Tem-se evidenciado o fato de que cada visão de mundo é única, pois cada

pessoa habita, escolhe e reage ao meio de diferentes maneiras, influenciadas

pelos seus sentimentos, visões particulares, e, sobretudo, contemplando as

paisagens com suas imagens particulares, o que Tuan (1980) cita como um

estender-se para o mundo. (ROCHA, 2007, p. 24)

Em virtude de tais apreciações, consideramos importante o legado da Geografia

Humanista e Cultural, e as contribuições de Yi-Fu Tuan, pois trazem novas possibilidades

para pensarmos o ensino de Geografia, visto que, é a parir deste espólio que as sensibilidades

individuais relacionadas ao lugar de vivência tomam impulso.

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No que versa as particularidades individuais, no que tange as sensibilidades, os seres

humanos possuem inteligências particulares, formadas a partir das experiências vividas no

lugar, que são produtos da atividade de perceber e saber conviver com o ambiente, com a

mais diversa dinâmica. Deste modo, cabe averiguamos novas possibilidades didático-

pedagógicas ao ensino de Geografia, em específico da Climatologia Geográfica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude de tais apreciações, consideramos importante o legado da Geografia

Humanista e Cultural, e as contribuições de Yi-Fu Tuan, pois trazem novas possibilidades

para pensarmos o ensino de Geografia, visto que, é a parir deste espólio que as sensibilidades

individuais relacionadas ao lugar de vivência tomam impulso. No que versa as

particularidades individuais, no que tange as sensibilidades, os seres humanos possuem

inteligências particulares, formadas a partir das experiências vividas no lugar, que são

produtos da atividade de perceber e saber conviver com o ambiente, com a mais diversa

dinâmica. Deste modo, cabe averiguamos novas possibilidades didático-pedagógicas ao

ensino de Geografia, em específico da Climatologia Geográfica.

Para a realização desse projeto, foram realizadas diversas discussões sobre ensino

de geografia, percepção, lugar, processo de ensino e aprendizagem em Geografia, Geografia

Humanística ou Cultural e análise crítica sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais para o

Ensino de Geografia. Essas atividades foram desenvolvidas nas dependências da

UFAL/Campus do Sertão e na Escola Municipal Doutor José Correia Filho, visando

aproximar as discussões à realidade do público alvo, os alunos da escola.

Após as discussões teóricas e conceituais, foram realizadas aulas expositivas na

escola, visando trabalhar com estudantes os conceitos e teorias estruturantes, do referido

projeto de extensão. Bem como, aplicado questionários para avaliação da aprendizagem dos

alunos, além de trabalho de campo no entorno da escola visando aproximar os estudantes aos

conteúdos trabalhados em sala de aula.

O trabalho de campo subsidiou certo amadurecimento pessoal no bojo da

discussão sobre os conceitos ligados a climatologia e percepção ambiental, pois, muitas vezes,

os estudantes não conseguem compreender os conteúdos pelo distanciamento da realidade. A

interação existente entre teoria e prática possibilita maior aprendizado em qualquer área do

conhecimento, principalmente em Geografia, que os conceitos muitas vezes parecem ser

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muito abstratos. Segundo Serpa (1949, p. 09-10), “o trabalho de campo deve se basear na

totalidade do espaço, sem esquecer os arranjos específicos que tornam cada lugar, cidade,

bairro ou região uma articulação particular de fatores físicos e humanos em um mundo

fragmentado, porém (cada vez mais) articulado. O trabalho de campo em Geografia deve

perseguir, portanto, a ideia de particularidade na totalidade, abandonando de modo enfático a

ideia de singularidade de lugares, cidades, bairros ou regiões”.

Acreditamos que o trabalho de campo tenha nos rendido bons frutos, contribuindo

positivamente tanto para o aprendizado dos alunos da escola, quanto para a formação

acadêmica em Licenciatura Geografia.

REFERÊNCIAS

AYOADE, J.O. Introdução à Climatologia para os Trópicos. Tradução de Maria Juraci

Zani dos Santos. Revisão de Suely Bastos; coordenação Antonio Christofoletti. 16. ed. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

CHIZZOTTI, Antonio. A pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais: evolução e

desafios. Revista Portuguesa de Educação. Braga, Portugal, vol.16, n.002, p.221-236, 2003,

ISSN 0871-9187. Disponível em:

˂http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/1350495029.pdf˃, Acesso em: 16 maio

2016.

CONGRESSO DE EDUCAÇÃO, II. Os desafios de ensinar climatologia nas escolas. Iporá.

Disponível em: ˂http://www.cdn.ueg.br/arquivos/ipora/conteudoN/974/CE_2012_09.pdf˃.

Acesso em: 15 jun. 2016.

FERREIRA, Luiz Felipe. Acepções recentes do conceito de lugar e sua importância para o

mundo contemporâneo. Revista Território. Rio de Janeiro, n.09, p.65-83, jun./dez. 2000.

Disponível em: ˂http://www.revistaterritorio.com.br/pdf/09_5_ferreira.pdf ˃. Acesso em: 02

jun. 2016.

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