climanÁlise boletim de monitoramento e anÁlise...

44
CLIMANÁLISE BOLETIM DE MONITORAMENTO E ANÁLISE CLIMÁTICA ________________________________________________________________________________ Climanálise Cachoeira Paulista Vol. 17 Número 12 Dezembro 2002 ISSN 0103-0019

Upload: danghanh

Post on 08-Nov-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CLIMANÁLISE

BOLETIM DE MONITORAMENTO E ANÁLISE CLIMÁTICA________________________________________________________________________________

Climanálise Cachoeira Paulista Vol. 17 Número 12 Dezembro 2002 ISSN 0103-0019

CLIMANÁLISE - Boletim de Monitoramento e Análise ClimáticaCachoeira Paulista, SP, Brasil, INPE/CPTEC, 1986-

Denominação anterior: Boletim de Monitoramento do Clima doNordeste.

Publicação Mensal

1. Meteorologia 2. Climatologia

ISSN 0103-0019 CDU-555.5

CLIMANÁLISEBOLETIM DE MONITORAMENTO E ANÁLISE CLIMÁTICA

_________________________________________________________VOLUME 17 - Nº 12 DEZEMBRO/2002

Editora: Iracema Fonseca de A. Cavalcanti - CPTEC/INPEe-mail: [email protected]

Editora Executiva: Anna Bárbara Coutinho de Melo - CPTEC/INPEe-mail: [email protected]

Apoio Administrativo: Carlos Afonso NobrePaulo Antônio de Oliveira

Colaboradores:

Alberto Waingort Setzer - CPTEC/INPE Marcus Jorge Bottino - CPTEC/INPEChristopher Castro - CPTEC/INPE Nuri Oyamburo de Calbete - CPTEC/INPEDaniel Andrés Rodriguez - CPTEC/INPE Prakki Satyamurty - CPTEC/INPEHélio Camargo Júnior - CPTEC/INPE Raffi Agop Simanoglu - CPTEC/INPELincoln Muniz Alves - CPTEC/INPE Sérgio Romeo Calbete Rocha - CPTEC/INPEMarcos Barbosa Sanches - CPTEC/INPE

Instituições Colaboradoras:

CPC/NWS - Washington, DC - USA EPAGRI - Florianópolis, SCCEPLAC - Itabuna, BA FUNCEME - Fortaleza, CECHESF - Recife, PE FURB - Blumenau, SCCOPEL - Curitiba, PR FEPAGRO - Porto Alegre, RS7º DISME/INMET - São Paulo, SP IAC - Instituto Agronômico de Campinas-SPDAEE - São Paulo, SP INMET - Brasília, DFANEEL - Brasília, DF ORSTOM - Brest, FrançaELETROBRÁS - Rio de Janeiro, RJELETRONORTE - Brasília, DFAdm. do Porto de Manaus - CODOMAR -Manaus, AM

Núcleos de Meteorologia e RecursosHídricos Integrantes do Projeto Nordeste - PI,PB, PE, AL, SE, BA, RN.

Editoração Técnica: Raul Vianna Bastos Júnior - CPTEC/INPELuiz Fernando Gonçalves - CPTEC/INPE

Elaboração da Capa1: Ana Paula T. Tavares - CPTEC/INPELetícia Maria B. de Faria - CPTEC/INPE

Impressão: Sala de Editoração da Climanálise - CPTEC/INPE

Impressão da Capa e Acabamento: HL2 Gráfica e Editora

Endereço para Correspondência: CLIMANÁLISEInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPECentro de Previs ão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC

Rod. Presidente Dutra, km 40 - Caixa Postal 0112630-000 - Cachoeira Paulista - SP - BRASIL

Fone: (12) 3186-8400; e-mail: [email protected]

1 Anomalia de TSM e escoamento médio em 850 hPa (lado esquerdo). Anomalia de PNM e imagem de satélite

(lado direito). Os campos ilustram a situação observada em janeiro de 1998.

CLIMANÁLISEBOLETIM DE MONITORAMENTO E ANÁLISE CLIMÁTICA

_________________________________________________________VOLUME 17 - Nº 12 DEZEMBRO/2002

ÍNDICESUMMARY.......................................................................................................................................... iSUMÁRIO ............................................................................................................................................ i

1. ASPECTOS DE GRANDE ESCALA NA ATMOSFERA GLOBAL E NOS OCEANOSTROPICAIS........................................................................................................................................ 3

2. ASPECTOS CLIMÁTICOS E SINÓTICOS NO BRASIL........................................................ 32.1 – Análise da Precipitação no Brasil................................................................................................ 32.1.1 – Região Norte ............................................................................................................................ 32.1.2 – Região Centro-Oeste .............................................................................................................. 172.1.3 – Região Nordeste ..................................................................................................................... 172.1.4 – Região Sudeste ....................................................................................................................... 172.1.5 – Região Sul .............................................................................................................................. 172.2 – Análise da Temperatura no Brasil............................................................................................. 17

3. PERTURBAÇÕES ATMOSFÉRICAS SOBRE O BRASIL................................................... 173.1 – Sistemas Frontais e Frontogênese ............................................................................................. 173.2 – Atividade Convectiva sobre a América do Sul ......................................................................... 223.2.1 – Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)................................................................... 223.2.2 – Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) .......................................................................... 223.2.3 – Linha de Cumulonimbus na Costa Norte/Nordeste da América do Sul................................. 22

4. ESCOAMENTO EM ALTOS NÍVEIS ...................................................................................... 224.1 – Jato sobre a América do Sul...................................................................................................... 224.2 – Circulação da Alta da Bolívia ................................................................................................... 254.3 – Vórtices Ciclônicos e Cavados em Altos Níveis (VCAN)........................................................ 28

5. ANÁLISE DE DADOS HIDROLÓGICOS NO BRASIL ........................................................ 28

6. QUEIMADAS NO BRASIL ........................................................................................................ 29

NOTAS .............................................................................................................................................. 36

SIGLAS ............................................................................................................................................. 38

SIGLAS TÉCNICAS ....................................................................................................................... 39

APÊNDICE....................................................................................................................................... 40

i

SUMMARY

In December heavy rainfall episodes caused huge damages to several cities in the states ofRio de Janeiro, São Paulo and Minas Gerais. The frontal zones that affected Brazil in the secondhalf of the month contributed to the formation of the South Atlantic Convergence Zone (SACZ)with rainfalls exceeding the climatological normal by 200 mm in southern Minas Gerais state. Thetemperatures remained above normal during the month in almost all parts of Brazil.

The sea surface temperatures (SST) showed positive deviations from the normal in a narrowequatorial region extending from the dateline to the coast of South America, characterizing thecontinuation of active El Niño situation during the month.

The total number of bush and forest fire spots during the month was higher than the samemonth of the previous year. The highest concentration of the hot spots was observed in northernPará state and in the northern regions of the Northeast Brazil.

This bulletin can be accessed by internet:http://www3.cptec.inpe.br/products/climanalise.

SUMÁRIO

Em dezembro, episódios de chuvas intensas causaram sérios prejuízos em cidadeslocalizadas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. As frentes frias que atuaramdurante a segunda quinzena do mês favoreceram a formação da Zona de Convergência do AtlânticoSul (ZCAS), com chuvas até 200 mm acima da média histórica no norte de Minas Gerais. Astemperaturas do ar ficaram acima da média em quase todo o País.

Os valores da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) resultaram em desvios positivos nafaixa que se estende desde a Linha Internacional de Data até a costa oeste da América do Sul ecaracterizaram a permanência da fase ativa do fenômeno El Niño ainda neste mês.

O número total de focos de calor em dezembro de 2002 praticamente dobrou em relação aomesmo período do ano passado. A maior concentração de focos foi observada no norte do Pará e nonorte da Região Nordeste.

Este boletim pode ser acessado pela internet:http://www3.cptec.inpe.br/prodcts/climanalise.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 3

1. ASPECTOS DE GRANDE ESCALA NAATMOSFERA GLOBAL E NOS OCEANOSTROPICAIS

Em dezembro, os valores deTemperatura da Superfície do Mar (TSM)variaram entre 26oC e 30oC em toda a extensãodo Pacífico Equatorial. Esses valores resultaramem desvios positivos na faixa que se estendedesde a Linha Internacional de Data até a costaoeste da América do Sul (Niños 1+2, 3, 3.4 e 4).A magnitude dessas anomalias variou entre0,5oC e 2oC. No Oceano Atlântico Tropical,águas mais quentes que a média foramregistradas na costa oeste da África Equatorial,na Bacia do Prata e numa faixa que se estendedesde o litoral da Região Sudeste até omeridiano de Grenwich (Figuras 1 e 2).

A Figura 4 mostra os campos deRadiação de Onda Longa, observado eanomalia, respectivamente, para dezembro de2002. Neste mês, destacou-se a convecçãoprofunda na região Niño 4 (desvios negativosde ROL). Na Indonésia, foram observadasanomalias positivas de ROL, o que indicamenos convecção que a média. Essaconfiguração é típica da fase quente dofenômeno ENOS. A convecção ficou acima damédia no sul do Brasil e no Uruguai (desviosnegativos de ROL), associada à entrada defrentes frias.

No campo de anomalias de Pressão aoNível do Mar (PNM), foram observados centrosalternados de anomalias positivas e negativasnas latitudes médias e altas do Hemisfério Sul,com um dos centros de alta pressãoinfluenciando o Atlântico Sudoeste, próximo àAmérica do Sul (Figura 5). O Índice deOscilação Sul (IOS) foi de -1.4, permanecendonegativo pelo sétimo mês consecutivo.

O campo de vento em 850 hPa mostrouventos alísios menos intensos que a média empraticamente todo o Oceano Pacífico eAtlântico Equatoriais. Sobre o OceanoAtlântico, ao norte da América do Sul, osventos apresentaram anomalias de norte. Estaconfiguração foi consistente com aintensificação do transporte de umidade dosetor amazônico para o sudeste da América do

Sul (Figuras 6 e 7). A alta subtropical doAtlântico Sul apresentou anomalia ciclônica,com seu centro ligeiramente deslocado paraleste de sua posição climatológica. No AtlânticoTropical Norte, a Alta dos Açores apresentou-seenfraquecida (anomalia ciclônica), conformeilustra a Figura 5.

Sobre o nordeste da América do Sul,observou-se anomalia ciclônica em 250 hPadevido à presença de vórtices ciclônicos nosetor (Figuras 8 e 9). O jato subtropical noHemisfério Sul esteve fortalecido no Pacíficooeste e leste e também sobre o sul da Américado Sul.

Houve predomínio de número de onda 4no Hemisfério Sul. Na costa oeste da Américado Sul, no litoral chileno, ficou evidente abaroclinia dos sistemas atuantes nesta região,com anomalias positivas de pressão ao nívelmédio do mar e anomalia negativa degeopotencial em 500 hPa. No Hemisfério Norte,predominou número de onda 3 (Figuras 10 e11).

2. ASPECTOS CLIMÁTICOS ESINÓTICOS NO BRASIL2.1 – Análise da Precipitação no Brasil

O mês de dezembro foi marcado pelaocorrência de chuvas intensas na RegiãoSudeste do Brasil, com sérios prejuízos emcidades localizadas nos Estados do Rio deJaneiro, São Paulo e Minas Gerais. As Figuras13 e 14 mostram a precipitação observada emtodo o Brasil e os desvios em relação aosvalores médios históricos. A análise detalhadado comportamento das chuvas para cada umadas Regiões do Brasil é feita a seguir.

2.1.1 – Região Norte

As chuvas ficaram acima da médiahistórica em grande parte da Região. Osmaiores totais de precipitação ocorreramprincipalmente no setor centro-sul, com chuvasacima da média em até 100 mm. No extremonorte do Amapá, as chuvas excederam a médiaem mais que 200 mm. Choveu abaixo da médiano Acre e em grandes áreas do Amazonas.

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 20024

FIG

UR

A 1

– T

empe

ratu

ra d

a Su

perf

ície

do

Mar

(TS

M),

em D

EZEM

BR

O/2

002:

a)

méd

ia,

com

int

erva

lo d

as i

sote

rmas

de

4ºC

par

a va

lore

s de

TSM

men

ores

que

18º

C. P

ara

TSM

mai

or q

ue 1

8ºC

, o in

terv

alo

das

isot

erm

as é

de

2ºC

. b) a

nom

alia

s, c

om in

terv

alo

entre

as

isot

erm

as d

e 0,

5ºC

par

a a

nom

alia

sat

é 2º

C. P

ara

anom

alia

s m

aior

es q

ue 2

ºC, o

inte

rval

o é

de 1

ºC. A

s an

omal

ias

são

desv

ios

das

méd

ias

men

sais

em

rela

ção

à cl

imat

olog

ia d

o C

PC. (

FON

TE:

CPC

/NC

EP/N

WS)

.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 5

DA

RW

IN

1,8

1,1

-0,1

1,1

1,1

1,8

0,8

1,2

0,6

1,7

0,2

1,0

AN

OM

AL

IAS

PNM

TA

HIT

I

-0,5

0,1

-1,2

0,0

-1,4

0,6

-0,3

-0,7

0,0

0,3

1,6

1,6

29,5

29,8

29,6

29,4

29,4

29,5

29,6

29,5

29,1

28,7

28,8

28,8

Niñ

o 4

5N-5

S

160E

-150

W

1,2

1,5

1,1

1,0

1,0

0,9

1,0

0,8

0,7

0,6

0,8

0,7

28,1

28,3

28,0

27,8

27,8

28,0

28,4

28,2

27,9

27,3

27,0

26,5

Niñ

o 3.

4

5N-5

S

170W

-120

W

1,6

1,8

1,5

1,1

1,1

0,9

0,9

0,4

0,3

0,2

0,3

0,0

26,5

26,4

25,9

25,5

25,5

26,0

27,1

27,2

27,6

27,2

26,2

25,1

Niñ

o 3

5N-5

S

150W

-90W

1,4

1,4

1,0

0,7

0,5

0,5

0,7

0,2

0,2

0,1

-0,2

-0,5

23,4

22,3

21,2

19,9

19,9

21,0

22,7

24,8

26,5

27,5

26,0

23,6

TSM

NO

PA

CÍF

ICO

Niñ

o 1+

2

0-10

S

90W

-80W

0,6

0,6

0,3

-0,6

-0,9

-0,8

-0,4

0,5

1,1

1,1

0,0

-0,9

ÍND

ICE

S D

O V

EN

TO

ZO

NA

LPA

CÍF

ICO

200

hPa

5N-5

S

165-

110W

-1,0

-0,4

-0,3

-0,2

0,8

-0,4

0,1

-0,5

0,1

0,2

2,3

1,0

ÍND

ICE

DE

RO

L

5N-5

S

160E

-160

W

-1,2

-1,4

-1,3

-1,8

-1,5

0,5

-0,7

0,3

0,5

-0,7

-1,1

0,2

5N-5

S

135-

120W

-1,0

-0,6

-0,5

-0,9

-0,3

-1,5

-0,5

-1,0

0,2

0,0

-0,6

-0,6

5N-5

S

175-

140W

-0,1

0,5

-0,7

-1,1

-0,2

-0,8

0,1

-0,1

0,5

1,1

0,5

0,4

ÍND

ICE

S D

O V

EN

TO

ZO

NA

L

PAC

ÍFIC

O 8

50 h

Pa

5N-5

S

135E

-180

0,2

0,4

-2,3

-2,0

-1,2

-0,8

0,5

-0,5

0,4

0,3

-0,6

0,7

IOS

TA

HIT

I

DA

RW

IN

-1,4

-0,6

-0,7

-0,7

-1,6

-0,7

-0,7

-1,2

-0,4

-0,9

0,9

0,4

TA

BE

LA

1 -

ÍN

DIC

ES

ATM

OSF

ÉRIC

OS

E O

CEÂ

NIC

OS

PAR

A

OS

ÚLT

IMO

S D

OZE

M

ESES

. O

S ÍN

DIC

ES

ATM

OSF

ÉRIC

OS

SÃO

AD

IMEN

SIO

NA

IS (

PAD

RO

NIZ

AD

OS

PELO

DES

VIO

PA

DR

ÃO

DA

MÉD

IA M

ENSA

L A

PRO

PRIA

DA

) EX

CET

O P

AR

A A

S A

NO

MA

LIA

S D

EPN

M D

E D

AR

WIN

E T

AH

ITI Q

UE

ESTÃ

O E

M h

Pa. O

S ÍN

DIC

ES D

E TS

M (A

NO

MA

LIA

S E

MÉD

IAS)

EST

ÃO

EM

°C

. NO

TE Q

UE

OS

VA

LOR

ESPO

SITI

VO

S (N

EGA

TIV

OS)

DO

ÍN

DIC

E D

O V

ENTO

ZO

NA

L EM

200

hPa

SIG

NIF

ICA

M A

NO

MA

LIA

S D

E O

ESTE

(D

E LE

STE)

, AO

PA

SSO

QU

EV

ALO

RES

PO

SITI

VO

S (

NEG

ATI

VO

S) D

OS

ÍND

ICES

DO

VEN

TO Z

ON

AL

EM 8

50 h

Pa S

IGN

IFIC

AM

AN

OM

ALI

AS

DE

LEST

E (O

ESTE

).(F

ON

TE: C

PC/N

CEP

/NW

S)-

DA

TA 20

02

2001

DE

Z

NO

V

OU

T

SET

AG

O

JUL

JUN

MA

I

AB

R

MA

R

FEV

JAN

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 20026

FIGURA 2 - Temperaturas médias da superfície do mar (quadrado) e média climatológica (círculo) noOceano Pacífico para as regiões indicadas, expressas em °C. (FONTE: CPC/NWS).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 7

FIGURA 3 - Temperatura da Superfície do Mar (TSM) na região do Oceano Atlântico Tropical emDEZEMBRO/2002, analisada numa grade de 2º: a) média, com intervalo entre as isotermas de 1ºC; b)anomalia, com intervalo entre as isotermas de 0,5ºC. As anomalias são desvios das médias mensais emrelação à climatologia da ORSTOM-BREST. (FONTE: J.Servain - ORSTOM/BREST).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 20028

FIG

UR

A 4

– R

adia

ção

de O

nda

Long

a (R

OL)

em

itida

par

a o

espa

ço e

m D

EZEM

BR

O/2

002

(med

idas

do

NES

DIS

/ESL

atra

vés

do c

anal

IV d

o A

VH

RR

abo

rdo

do s

atél

ite N

OA

A-1

2). a

) méd

ia, c

om in

terv

alo

entre

isol

inha

s de

20

W/m

2 ; b)

anom

alia

, com

inte

rval

o en

tre a

s is

olin

has

de 1

5 W

/m2 . A

s an

omal

ias

são

calc

ulad

as c

omo

desv

ios

das

méd

ias

para

o p

erío

do b

ase

1979

/199

5 - R

eaná

lise.

(FO

NTE

: CPC

/NC

EP/N

WS)

.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 9

FIG

UR

A 5

– P

ress

ão a

o N

ível

do

Mar

(PN

M)

em D

EZEM

BR

O/2

002,

ana

lisad

as n

uma

grad

e de

2,5

º e

inte

rpol

adas

par

a um

a gr

ade

de 5

º em

pro

jeçã

oM

erca

tor

para

vis

ualiz

ação

: a)

méd

ia, c

om i

nter

valo

ent

re i

solin

has

de 5

hPa;

b)

anom

alia

, com

int

erva

lo e

ntre

as

isol

inha

s de

2hP

a. A

s an

omal

ias

são

calc

ulad

as c

omo

desv

ios d

as m

édia

s par

a o

perío

do d

e 19

79/1

995

- Rea

nális

e. (F

ON

TE: C

PC/N

CEP

/NW

S).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200210

FIG

UR

A 6

– V

etor

do

vent

o e

mag

nitu

de e

m 8

50 h

Pa e

m D

EZEM

BR

O/2

002.

Os

vent

os s

ão a

nalis

ados

num

a gr

ade

de 2

,5º e

inte

rpol

ados

par

a um

a gr

ade

de 5

º em

pro

jeçã

o M

erca

tor

para

vis

ualiz

ação

: a)

cam

po m

édio

, co

m i

nter

valo

ent

re a

s is

otac

as d

e 5

m/s

; b)

Ano

mal

ia,

com

int

erva

lo d

e 2

m/s

. A

san

omal

ias

são

desv

ios

das

méd

ias

para

o p

erío

do b

ase

de 1

979/

1995

– R

eaná

lise.

(FO

NTE

: CPC

/NC

EP/N

WS)

.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 11

FIG

UR

A 7

– L

inha

s de

cor

rent

e em

850

hPa

par

a D

EZEM

BR

O/2

002.

Os

vent

os s

ão a

nalis

ados

num

a gr

ade

de 2

,5º e

inte

rpol

ados

par

a um

a gr

ade

de 5

º em

proj

eção

Mer

cato

r par

a vi

sual

izaç

ão: a

) méd

ia; b

) ano

mal

ia. (

FON

TE: C

PC/N

CEP

/NW

S).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200212

FIG

UR

A 8

– V

etor

do

vent

o e

mag

nitu

de e

m 2

00hP

a em

DEZ

EMB

RO

/200

2. O

s ve

ntos

são

ana

lisad

os n

uma

grad

e de

2,5

º e in

terp

olad

os p

ara

uma

grad

ede

5º e

m p

roje

ção

Mer

cato

r pa

ra v

isua

lizaç

ão: a

) ca

mpo

méd

io, c

om in

terv

alo

entre

as

isot

acas

de

10m

/s. b

) A

nom

alia

, com

inte

rval

o en

tre a

s is

otac

as d

e5m

/s. A

s an

omal

ias

são

desv

ios

das

méd

ias

men

sais

par

a o

perío

do b

ase

de 1

979/

1995

- R

eaná

lise.

(FO

NTE

: CPC

/NC

EP/N

WS)

.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 13

FIG

UR

A 9

– L

inha

s de

Cor

rent

e em

200

hPa

em

DEZ

EMB

RO

/200

2. O

s ve

ntos

são

ana

lisad

os n

uma

grad

e de

2,5

º e in

terp

olad

os p

ara

uma

grad

e de

5º e

mpr

ojeç

ão M

erca

tor p

ara

visu

aliz

ação

: a) m

édia

; b) a

nom

alia

. (FO

NTE

: CPC

/NC

EP/N

WS)

.

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200214

FIGURA 10 - Vetor pseudo-tensão de cisalhamento superficial, relacionado ao vento em superfície paraDEZEMBRO/2002, a) média, com intervalo entre as isolinhas de 10m2/s2. As anomalias são desvios dasmédias mensais para o período base 1964/1985. (FONTE: J.Servain - ORSTOM/BREST).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 15

FIGURA 11 – Altura geopotencial em 500 hPa para o Hemisfério Norte em DEZEMBRO/2002. As alturassão analisadas numa grade de 2,5º e interpoladas para uma grade de 5º em projeção estereográfica polar de65x65 pontos no Polo Norte: a) média, com intervalo entre as isolinhas de 10 mgp, b) anomalia, comintervalo entre isolinhas de 5 mgp. As anomalias são desvios das médias mensais para o período base de1979/1995 – Reanálise . (FONTE: CPC/NCEP/NWS).

FIGURA 12 – Altura geopotencial em 500 hPa para o Hemisfério Sul em DEZEMBRO/2002. As alturas sãoanalisadas numa grade de 2,5º e interpoladas para uma grade de 5º em projeção estereográfica polar de65x65 pontos no Pólo Sul: a) média, com intervalo entre as isolinhas de 10 mgp, b) anomalia, com intervaloentre isolinhas de 5 mgp. As anomalias são desvios das médias mensais para o período base de 1979/1995 -Reanálise. (FONTE: CPC/NCEP/NWS).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200216

FIGURA 13 - Precipitação total em mm para DEZEMBRO/2002. (FONTE: CMCD/INPE - INMET - IAC -LMRS/PB - FUNCEME/CE - EMPARN/RN - DMRH/PE - DHME/PI - CEPES/SE - NMRH/AL -SRH/BA - CEMIG/SIMGE/MG - SEAG/ES - SIMEPAR/PR - CLIMERH/SC).

FIGURA 14 - Desvio de precipitação em mm em relação à média climatológica (1961 - 1990) paraDEZEMBRO/2002. (FONTE: CMCD/INPE - INMET - IAC - LMRS/PB - FUNCEME/CE - EMPARN/RN- DMRH/PE - DHME/PI - CEPES/SE - NMRH/AL - SRH/BA - CEMIG/SIMGE/MG - SEAG/ES -SIMEPAR/PR - CLIMERH/SC).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 17

2.1.2 – Região Centro-Oeste

As chuvas foram mais acentuadas nonorte do Mato Grosso. Contudo, a maior parteda Região registrou valores abaixo da média.

2.1.3 – Região Nordeste

Durante a primeira quinzena, a atuaçãode cavados e vórtices ciclônicos em altos níveiscontribuiu para a pouca ocorrência de chuvasem grande parte da Região. Na média mensal,os valores não ultrapassaram 25 mm nas áreasmais afetadas.

Na segunda quinzena do mês, choveuacima da média no sudoeste da Bahia e noPiauí. Ressalta-se o início da pré-estaçãochuvosa em várias localidades no centro e oestedo Nordeste.

2.1.4 – Região Sudeste

As chuvas continuaram intensas emdezembro, com sérios prejuízos em cidadeslocalizadas nos Estados de São Paulo, Rio deJaneiro e Minas Gerais. Os maiores totaisvariaram entre 250 mm e 400 mm nos Estadosde Minas Gerais, Rio de Janeiro e EspíritoSanto. As frentes frias que atuaram durante asegunda quinzena do mês proporcionaram aformação da Zona de Convergência doAtlântico Sul (ZCAS), com chuvas acima damédia em até 200 mm no norte de MinasGerais. Contudo, os totais mensais ficaramabaixo da média em grande parte da Região.

2.1.5 – Região Sul

O fenômeno El Niño continuouinfluenciando as chuvas acima da média nestaRegião. Os totais registrados ficaram acima damédia desde o Rio Grande do Sul, onde osdesvios ficaram positivos em até 200 mm, até ocentro-sul do Paraná.

2.2 – Análise da Temperatura no Brasil

No campo de anomalia de temperaturamáxima, predominaram desvios positivos naRegião Sudeste, Centro-Oeste e parte da RegiãoNordeste, com valores superiores a 4ºC no norte

de Goiás, noroeste do Paraná e na região doVale do Paraíba-SP. As temperaturas mínimasvariaram entre 14ºC e 22ºC no centro-sul doBrasil, com desvios positivos em todo o Brasil edesvios maiores que 4ºC no norte do Paraná esul de São Paulo e no Mato Grosso do Sul(Figuras 17 e 18). Observaram-se anomaliaspositivas de temperatura média em todo oEstado de São Paulo (Figura 20).

3. PERTURBAÇÕES ATMOSFÉRICASSOBRE O BRASIL

3.1 – Sistemas Frontais e Frontogênese

No mês de dezembro, seis frentes friasingressaram no País (Figura 21). Este númeroficou dentro da média climatológica. Em geral,os sistemas apresentaram um rápidodeslocamento pelo litoral, com exceção dosegundo episódio, quando a frente permaneceuestacionária por vários dias entre o litoral deSão Paulo e o Rio de Janeiro. Apenas trêssistemas frontais atingiram o sul da Bahia.

O primeiro sistema frontal ingressou nosul do País no dia 01. Este sistema atingiu o Riode Janeiro no dia 4, deslocando-se, no diaseguinte, para o oceano.

No dia 6, o segundo sistema frontalingressou no Rio Grande do Sul, deslocando-serapidamente pelas localidades de Iguape eUbatuba, em São Paulo, chegando a Campos-RJ, no dia 9. A partir desta data até o dia 16, afrente fria oscilou entre o litoral do Rio deJaneiro e o litoral norte de São Paulo,organizando uma faixa de nebulosidadeconvectiva e fortes chuvas no interior e litoraldestas regiões. Este foi o primeiro episódio daZona de Convergência do Atlântico Sul ( verseção 3.2.1).

O terceiro sistema frontal atuou noextremo sul do Rio Grande do Sul, deslocando-se no dia seguinte para o oceano. No dia 19, aquarta frente fria configurou-se no litoral deSanta Catarina. No dia 23, este sistemadeslocou-se rapidamente pelo litoral e chegouao sul da Bahia, com fraca intensidade.

O quinto sistema frontal deslocou-sepelo interior até o Paraná e pelo litoral atéCaravelas-BA. Este sistema causou áreas deinstabilidade no Rio Grande do Sul e aumento

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200218

FIGURA 15 - Temperatura máxima do ar à superfície (em °C) em DEZEMBRO/2002. (FONTE:CMCD/INPE - INMET).

FIGURA 16 - Anomalia de temperatura máxima no Brasil (em ºC) em DEZEMBRO/2002. (FONTE:CMCD/INPE - INMET e Climatologia: 1961 a 1990 - INMET).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 19

FIGURA 17 - Temperatura mínima média do ar à superfície (em °C) em DEZEMBRO/2002. (FONTE:CMCD/INPE - INMET).

FIGURA 18 - Anomalia de temperatura mínima no Brasil (em ºC) em DEZEMBRO/2002. (FONTE:CMCD/INPE - INMET e Climatologia: 1961 a 1990 - INMET).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200220

FIGURA 19 - Temperatura média do ar à superfície (em °C) em DEZEMBRO/2002 para a Região Sudestedo Brasil. (FONTE: IAC).

FIGURA 20 - Desvio de temperatura média do ar à superfície (em °C) em relação à média climatológica(1961 -1978) em DEZEMBRO/2002 para Região Sudeste do Brasil. (FONTE: IAC).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 21

a)Litoral

b) Interior

c) Central

FIGURA 21 - Seções estação versus tempo dos sistemas frontais que penetraram no Brasil emDEZEMBRO/2002. Os pontos indicam que a frente passou pela estação entre 09:00h (HL) do dia anterior e09:00h (HL) do dia indicado. (FONTE: Análises diárias do CPTEC).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200222

da nebulosidade no sul da Bahia, deslocando-separa o oceano no dia 27.

No período de 27 a 29, frentes frias quese deslocavam pelo oceano contribuíram paraorganizar nebulosidade convectiva no litoral doRio de Janeiro. Somente no dia 30, o sexto eúltimo sistema frontal do mês ingressou no suldo Brasil, encontrando-se na altura do litoral doRio de Janeiro no dia 31.

3.2 – Atividade Convectiva sobre a Américado Sul

Em dezembro, destacou-se a atuação devórtices ciclônicos, em particular, durante astrês primeiras pêntadas do mês, e houveaumento da atividade convectiva em quasetodas as Regiões do Brasil. Neste período, oleste do Nordeste foi a área que apresentoumaior ausência de atividade convectiva devidoao posicionamento de vórtices ciclônicos (verseção 4.3). As demais pêntadas ressaltaram aposição mais ao sul da ZCIT e a configuraçãoda Zona de Convergência do Atlântico Sul, comaumento da precipitação nos Estados de MinasGerais e Bahia (Figura 22).

3.2.1 – Zona de Convergência do AtlânticoSul (ZCAS)

Neste mês de dezembro de 2002, foramobservados dois episódios de ZCAS: o primeirono período de 10 a 16, e o segundo de 27 a 07de janeiro de 2003. A região preferencial deatuação da banda de nebulosidade associada àZCAS foi semelhante nos dois casos e atingiu osul da Região Norte, grande parte da RegiãoCentro-Oeste e o Sudeste, estendendo-se para ooceano na altura do litoral dos Estados do Riode Janeiro e Espírito Santo, conforme ilustra ocampo médio de Temperatura de brilho dosatélite GOES 8 (Figuras 23a e 23b). Salienta-se a intensa convecção observada durante oprimeiro episódio, no centro da Região Sudeste.

A formação da banda de nebulosidade,no início do segundo episódio, foi verificada apartir de incursões de cavados em baixos níveis,após a penetração de um sistema frontal.

Em altos níveis (Figuras 23c e 23d),destacou-se a presença da Alta da Bolívia e do

cavado próximo ao Nordeste, bem como aregião de divergência na área da banda denebulosidade, fatores estes concordantes com omodelo conceitual de ZCAS.

Nos campos de precipitação acumuladanestes períodos (Figuras 23e e 23f), verificou-seque os máximos de precipitação ao longo daZCAS apresentaram núcleos acima de 200 mm,sobre Minas Gerais, em ambos os casos.Ressalta-se que a ausência de precipitação nosetor sul do Brasil concorda com o fato dacirculação da ZCAS gerar uma subsidência aosul da banda de nebulosidade.

3.2.2 – Zona de Convergência Intertropical(ZCIT)

A posição média da ZCIT estevepreferencialmente ao sul da climatologia,conforme mostrado através da análise pentadaldos mínimos valores de ROL (Figura 24) e doscampos médios diários de temperatura de brilhomínima (Figura 25). Sua posição média variouentre o Equador e 5ºN, ficando próximo aonorte do Brasil, entre as longitudes 45ºW e35ºW.

3.2.3 – Linha de Cumulonimbus na CostaNorte/Nordeste da América do Sul

As duas Linhas de Instabilidade (LIs)observadas no mês de dezembro estiveramconfiguradas entre o Amapá e o noroeste doMaranhão (Figura 26). Estas LIs apresentaramfraca intensidade, provocando poucas chuvas aolongo da costa norte do Brasil.

4. ESCOAMENTO EM ALTOS NÍVEIS

4.1 – Jato sobre a América do Sul

Em dezembro, o jato apresentou maioratividade sobre a Região Sul do Brasil e centro-sul da Argentina, com magnitude média inferiora 40 m/s entre as latitudes 30ºS e 45ºS (Figura27a). Nos dias 03 e 21, o jato subtropicalapresentou magnitude superior a 50m/s sobre osul do Brasil e Uruguai (Figura 27b). Aimagem de satélite(Figura 27c) ilustra apassagem do jato sobre o Paraná e SantaCatarina no dia 03.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 23

FIGURA 22 - Pêntadas de temperatura de brilho média (K) para o mês de DEZEMBRO/2002. (FONTE:Satélite GOES 8).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200224

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

FIGURA 23 - Campos médios de temperatura de brilho média GOES 8 (K) (a e b); linha de corrente edivergência do vento horizontal no nível de 200 hPa em 10-8*s-1 (c e d) e precipitação acumulada em mm (e ef), ilustrativos da atuação da ZCAS nos períodos de 10 a 16 de dezembro de 2002 e de 27 de dezembro de2002 a 07 de janeiro de 2003.

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 25

FIGURA 24 - Estimativa da posição média pentadal da ZCIT, em DEZEMBRO/2002, a partir da localizaçãodos mínimos valores de ROL ao longo do Oceano Atlântico Equatorial. A linha preta é indicativa da posiçãomédia climatológica da ZCIT neste mês.

4.2 – Circulação da Alta da Bolívia

A Alta da Bolívia configurou-se em 24dias do mês de dezembro (Tabela 2). Apermanência da alta troposférica ao sul de 10ºSem grande parte do período foi favorável aoaumento da chuva em Rondônia e no sul doPará. A Figura 28 ilustra o posicionamentomédio do centro da alta troposférica em 13ºS e63ºW, próxima à posição climatológica médiadeste mês.

Dia Posicionamento Dia Posicionamento1 MT 16 Bo/AC/AM2 MT(Nw) 17 Bo/RO3 * 18 Bo4 * 19 Bo/P(S)5 Eq(N) 20 Bo(W)6 P/Pe(Nw) 21 GO/MG/SP7 Bo(N) 22 MS(N)8 MT(Nw) 23 nd9 MS(N)+GO(S) 24 nd10 GO(SE)/MG 25 nd

11 MT(SE)/GO 26 nd12 RO 27 Bo13 AC(S)/Pe(Se) 28 Bo14 Pe(Se) 29 Bo(W)15 Bo/AC/AM 30 Bo(S)+Pa(N)

31

TABELA 2 – Esta tabela mostra como foi oposicionamento da alta troposférica durante o mêsde DEZEMBRO de 2002. O símbolo ( * ) indicaque a Alta da Bolívia não estava bem caracterizada,enquanto que as letras nd significam ausência dedados para análise. Os Estados do Brasil aparecemcom suas respectivas siglas. Bo, Pe, Ar, Ch, Pa e Psignificam respectivamente Bolívia, Peru,Argentina, Paraguai e Pacífico. Estas siglas podemestar associadas às letras para os pontos cardeais(N,S,E,W), como modo de indicar em que região doestado e/ou país se encontrava o centro decirculação anticiclônica. O símbolo + indica apresença de mais de um centro de circulação. Osímbolo / significa que a circulação abrangia asfronteiras entre as regiões indicadas.

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200226

FIGURA 25 - Pêntadas de temperatura de brilho mínima (K) para o mês de DEZEMBRO/2002.(FONTE:Satélite GOES 8).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 27

21/12/02 – 2100TMG 27/12/02 – 2100TMG

FIGURA 26 - Recortes das imagens do satélite GOES-8, no canal infravermelho, às 21:00TMG, mostrandoos dias nos quais ocorreram linhas de Cumulonimbus em DEZEMBRO/2002.

(a)

(b)

(c)

FIGURA 27 – Escoamento em altos níveis (200 hPa), indicando a posição e magnitude médias do jatosubtropical em DEZEMBRO de 2002 (a) e o dia 03/12/2002, quando foi notada a sua maior magnitudesobre a América do Sul (b). A Imagem do satélite GOES-8, canal infra-vermelho, às 21:00 TMG, ilustra abanda de nebulosidade associada à passagem do jato no dia 03/12/2002 (c).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200228

FIGURA 28 – Posição média climatológica da circulação da alta troposférica em DEZEMBRO de 2002.

4.3 – Vórtices Ciclônicos e Cavados em AltosNíveis (VCAN)

A Figura 29 ilustra a ocorrência de setevórtices ciclônicos no Brasil e Oceano Atlânticoadjacente, com atuação durante quase todo omês de dezembro. A maior parte destessistemas atuou próximo ao litoral da RegiãoNordeste e apenas um atuou no interior dasRegiões Centro-Oeste e Sudeste. A posição dosvórtices contribuiu para que ocorressem chuvasmais acentuadas no setor oeste da RegiãoNordeste, onde os valores ficaram um poucoacima da média histórica. A Figura 28 ilustra,através de imagem do satélite GOES 8, aausência de nuvens sobre grande parte daRegião Nordeste, no dia 11.

5. ANÁLISE DE DADOS HIDROLÓGICOSNO BRASIL

Em dezembro, verificaram-se altosvalores de precipitação na parte sul da bacia doAmazonas e em algumas regiões das bacias do

Tocantins, São Francisco e Atlântico Leste. NaRegião Sul, as bacias do Uruguai e do AtlânticoSudeste também apresentaram altos valores deprecipitação. Na maioria das estações,observou-se um aumento nos valores de vazãoem relação ao mês anterior, porém, continuaramos desvios negativos em relação aoscorrespondentes valores Médios de LongoTermo (MLT).

A Tabela 3 mostra os valores de vazãomédios mensais, assim como os desvioscalculados em relação à Media de Longo Termo(MLT), no período de 1931 a 1986,correspondentes ao mês de dezembro de 2002,para cada uma das estações mostradas na Figura30.

A evolução temporal dos valoresmensais das vazões e correspondentes valoresda MLT, observados para cada uma dasestações, são mostrados na Figura 31. Osvalores de vazão, referentes à estação

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 29

Manacapuru-AM, foram obtidos utilizando-seum modelo estatístico que correlaciona osvalores de cotas do Rio Negro com as vazõesnesta estação. A cota no Rio Negro (Figura 32)mostrou, neste mês, valores superiores aosobservados em novembro, porém inferiores àMLT. O máximo valor de cota foi de 21,70 m eo mínimo de 20,14 m.

Na bacia do Rio Amazonas, as estaçõesapresentaram um aumento nas vazões comrespeito ao mês anterior, com exceção deBalbina – AM. As estações de Samuel-RO,Solimões-AM e Balbina-AM apresentaramdesvios positivos em relação à MLT. Naestação de Coaracy Nunes-AP, os desviosforam negativos. A estação de Tucurí-PA, nabacia do Tocantins, também apresentou umaumento nas vazões em relação ao mês anterior.Nesta estação, os desvios em relação à MLTforam negativos.

Na bacia do Rio São Francisco, osvalores das vazões nas estações de Três Marias-MG e Sobradinho-BA foram maiores que osobservados em novembro passado, porém osdesvios apresentaram-se negativos em relação àMLT.

Na bacia do Paraná, as estações de SãoSimão-MG, Emborcação-MG, Marimbondo-SP,Itumbiara-MG e Ilha Solteira-SP evidenciaramum aumento nos valores das vazões comrelação ao mês anterior, porém com desviosnegativos em relação à MLT. Na estação deCapivara-SP, o valor da vazão também foimaior que no mês de novembro, mas comdesvio positivo em relação à MLT. Já em SaltoSantiago-PR, a vazão diminuiu em relação aomês anterior, porém com desvios positivos.

Na estação de Registro-SP, na partenorte da bacia do Atlântico Sudeste, houve umaumento da vazão, com valor praticamenteigual ao da MLT. Na estação de Blumenau-SC,no Vale do Itajaí, a vazão diminuiu em relaçãoao mês anterior e os desvios permanecerampositivos, enquanto que a precipitaçãoapresentou desvios negativos neste mês (Tabela4). No sul desta bacia, nas estações de PassoFundo-RS e Passo Real-RS, os valores da vazãoaumentaram com respeito ao mês anterior e

ficaram superiores aos correspondentes valoresda MLT.

6. QUEIMADAS NO BRASIL

Os focos de calor em dezembro 2002foram maiores que o observado no ano passado,com o registro de 11.913 focos em todo oBrasil, com maior concentração no norte doPará e norte da Região Nordeste. Esta situaçãofoi influenciada pela estiagem causada pelo ElNiño e pela prática do fogo, objetivando opreparo da terra (algodão e feijão) para apróxima estação de chuvas, no norte-nordestedo Brasil.

Neste mês, foi detectado o dobro defocos de calor, em comparação com dezembrode 2001 (Figura 33). Nesta época do ano, asqueimadas normalmente já teriam diminuídoem todo o País.

O Ceará apresentou cinco vezes maisfocos este ano, 2.400 contra 477 no anopassado, a maioria no sul do Estado, seguido doMaranhão, 2.800 contra 1.260 no ano passado.O leste da Bahia registrou quatro vezes maisfocos, em virtude dos desmatamentos einvasões de terras para a formação de carvoariasclandestinas, de acordo com investigações eatuações do IBAMA/PROARCO.

No centro-sul do País, o destaque foipara o Pantanal que registrou muitos focos,apesar das chuvas (850 contra 150 focos no anopassado), a maioria na fronteira com o Paraguaie Bolívia e próximo de Corumbá (Região deBracinho). Estes focos foram de origemcriminosa e causaram grandes perdas aoecossistema local, de acordo com olevantamento feito pelos técnicos doPREVFOGO no Mato Grosso do Sul.

Algumas unidades de conservaçãoforam atingidas por incêndios em Alagoas, noAmapá, no Ceará, no Maranhão, em Rondônia eno Pará. Na Bahia, o incêndio que ocorreu nasproximidades de Itaité foi proveniente deinvasão, seguido de desmatamento e queima.

Foram atingidas algumas terrasindígenas no Mato Grosso, no Pará, emRoraima, no Maranhão, na Bahia, em Alagoas eno Mato Grosso do Sul.

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200230

(a)

(b)FIGURA 29 - Posição do centro dos Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN) com a indicação dos diasde atuação sobre a América do Sul em DEZEMBRO/2002. O centro do VCAN foi localizado subjetivamenteatravés do campo de análise diária de linhas de corrente em 250 hPa, utilizado pelo modelo do CPTEC/INPEno horário das 12:00TMG (a). A imagem do satélite GOES-8 ilustra a atuação do VCAN no dia 01/12/2002,às 21:00TMG (b).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 31

FIGURA 30 - Localização dos postos fluviométricos citados na TABELA 3

LOCAL VAZÃO

(m3/s)

DESVIO(%)

LOCAL VAZÃO

(m3/s)

DESVIO(%)

1. Samuel-RO 361,0 72,7 12. Marimbondo-SP 2009,0 -13,32. Manacapuru-AM 78251,3 8,5 13. Água Vermelha-SP 2161,0 -18,13. Balbina-AM 321,0 29,4 14. Ilha Solteira-SP 4389,0 -28,74. Coaracy Nunes-AP 189,0 -30,5 15. Xavantes-SP 367,0 12,95. Tucuruí-PA 4609,0 -47,2 16. Capivara-SP 1548,0 41,16. Sobradinho-BA 1892,0 -46,8 17. Registro-SP 450,3 -0,57. Três Marias-MG 844,0 -26,6 18. G.B. Munhoz-PR 1094,0 84,58. Emborcação-MG 292,0 -54,8 19. Salto Santiago-PR 1767,0 104,39. Itumbiara-MG 1053,0 -44,5 20. Blumenau-SC 311,0 104,610. São Simão-MG 1826,0 -37,1 21. Passo Fundo-RS 136,0 216,311. Furnas-MG 972,0 -24,4 22. Passo Real-RS 524,0 240,3

TABELA 3 - Vazões em m3/s e desvios em relação à MLT, expressos em porcentagem emDEZEMBRO/2002. (FONTE: ELETROBRÁS, ONS, FURB, CODOMAR e ELETRONORTE, ANEEL).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200232

FIGURA 31 – Variação das vazões naturais médias mensais em relação à MLT para 2001 e 2002. (FONTE:ELETROBRÁS, ONS, ANEEL, ELETRONORTE, FURB).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 33

FIGURA 31 – Continuação (A).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200234

FIGURA 31 – Continuação (B).

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 35

FIGURA 32 – Cotas médias do Rio Negro, expressas em metros, acima do nível do médio do mar para 2001e 2002 (quadrado) e a MLT para a média de 1903 a 1986 (círculo). (FONTE: Adm. do Porto de Manaus –CODOMAR).

VALE DO ITAJAÍ PRECIPITAÇÃO(mm)

DESVIOS(%)

Blumenau - SC 165,3 -16,0Apiúna - SC 142,7 15,9Ibirama - SC 192,4 65,2Rio do Sul - SC 105,2 -30,8Ituporanga - SC 108,3 -30,9Taió - SC 177,5 33,9

TABELA 4 - Precipitação no Vale do Itajaí em Santa Catarina em DEZEMBRO/2002 (FONTE:FURB/ANNEL).

FIGURA 33 - Distribuição espacial de densidade de queimadas em unidades de grade no Brasil emDEZEMBRO de 2002. Focos de calor detectados através do satélite NOAA 12, às 21:00 TMG. (FONTE:DSA - Queimadas /INPE).

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200236

NOTAS

1 - As figuras provenientes do CPC/NCEP/NWS (Washington) baseiam-se em procedimentos de análisenumérica, utilizando dados recebidos via GTS (dados de satélites, aviões, etc.). A confiabilidade dos camposde circulação (análises) é incerta em áreas onde os dados são esparsos.

2 – As figuras de pseudo-tensão de cisalhamento do vento ao nível do mar e de temperatura da superfície domar são provenientes da análise de J. Servain, ORSTOM/BREST, e utilizam somente dados de ventos eTSM’s coletados por navios. A partir dos dados de ventos, a pseudo-tensão de cisalhamento é calculada daseguinte maneira:

tx = u* (u2 + v2)1/2

ty = v* (u2 + v2)1/2

tx = pseudo-tensão de cisalhamento zonal do vento

ty = pseudo-tensão de cisalhamento meridional do vento

u = componente zonal (leste-oeste) do vento

v = componente meridional (norte-sul) do vento.

0nde u* e v* são as componentes zonal e meridional da velocidade de fricção.

A diferença básica entre estas análises de TSM e as geradas pelo NMC/CAC está no fato de que as análisesgeradas por este último órgão utilizam também TSM’s derivadas de informações de satélites meteorológicos.

3 - Na figura correspondente à variável ROL, mensal estimada no topo da atmosfera, os valores sãomodulados principalmente por temperatura e cobertura de nuvens. Como nos trópicos os gradienteshorizontais de temperatura são geralmente pequenos, a ROL nestas regiões é primariamente função dadistribuição da cobertura de nuvens. Os valores da ROL são menores sobre as principais áreas convectivasdos trópicos, onde nuvens altas, médias e cumulonimbus são predominantes. Os valores máximos ocorremsobre os desertos onde não há cobertura de nuvens e as temperaturas da superfície são as mais altas. Sobre asregiões convectivamente ativas, anomalias de ROL negativas (positivas) indicam, em geral, atividadeconvectiva, isto é, precipitação acima (abaixo) da média.

4 - A localização da ZCIT sobre o Atlântico Tropical vem sendo determinada, desde os primeiros númerosdo boletim “CLIMANÁLISE", devido à sua importância para o monitoramento da precipitação no norte doNordeste do Brasil, que possui sua estação chuvosa nos meses de fevereiro a maio. Até o Vol.4, No 2 destarevista, a posição da ZCIT era determinada apenas através de imagens no canal infravermelho (IV) dossatélites da série NOAA que abrangem todo o Atlântico Tropical. Depois, uma nova técnica de determinaçãoda posição da ZCIT, a partir de imagens de satélite, foi aplicada. Essa técnica, desenvolvida peloCRODT/ORSTOM, utilizava imagens digitais IV do satélite METEOSAT. Eram usadas 8 imagensdiariamente, e ao fim de 5 dias, era gerada uma imagem chamada síntese, utilizando-se as 40 imagensobtidas na pêntada em questão. A imagem síntese era uma imagem digital onde, em cada ponto (pixel) eraretida apenas a temperatura mais alta encontrada no mesmo ponto das 40 imagens utilizadas para criá-la.Atualmente, são utilizadas duas técnicas para a avaliação da posição média da ZCIT. A primeira consiste na

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 37

utilização de imagens do satélite GOES-8 para gerar imagens médias pentadais de temperatura de brilho emK. Nesta técnica, baixos valores de temperatura indicam, em geral, ocorrência de atividade convectiva. Acontaminação por nuvens cirriformes é normalmente eliminada através de análise subjetiva, considerando osconceitos dos sistemas meteorológicos que atuam na região. A segunda técnica consiste na localização dosmínimos valores de ROL, a partir de campos médios pentadais, ao longo do Oceano Atlântico Equatorial. Osdados de ROL utilizados são provenientes do NOAA/EUA e os dados para obtenção da posiçãoclimatológica mensal da ZCIT foram obtidos das reanálises do NCEP/EUA.

5 – Os mapas de precipitação contém informações de instituições no Brasil ligadas direta ou indiretamente àárea de meteorologia: FUNCEME, DMRH-PE, EMPARN-RN, SRH-BA, CODISE-SE, DHM/SERHI-AL,LMRSP-PB, DHME-PI, CEMIG/SIMGE-MG, SEAG-ES, CLIMERH-SC, FEPAGRO-RS, IAC-SP, deestações automáticas de coleta de dados (PCD's), mantidas pelo INPE e dados SYNOP fornecidos peloINMET (APÊNDICE A). Ressalta-se que as estações são monitoradas diária e mensalmente e alguns dadospodem não chegar, quando da confecção final dos mapas de precipitação e anomalia.

6 - Durante a estação do verão, observa-se a presença de atividade convectiva sobre a América do Sul. Essaconvecção tropical é conseqüência do aquecimento do continente e associada à atuação de alguns sistemasdinâmicos, como, por exemplo, a Alta da Bolívia e à Zona de Convergência do Atlântico Sul. A técnicautilizada para estimar a região de maior atividade convectiva sobre o Brasil é a mesma utilizada nas imagensde temperatura de brilho em K, que ressalta a banda de nebulosidade associada à ZCIT.

7 - Para a determinação do centro da Alta da Bolívia e do Jato Subtropical sobre a América do Sul sãoutilizados campos diários de vento em altos níveis (200 hPa) provenientes de análises diárias do NCEP/EUA.A posição climatológica da Alta da Bolívia foi feita a partir das reanálises do NCEP para o período de 1948 a1999.

8 - Os valores de vazões medidos são fornecidos pela ELETROBRÁS, ONS e DAEE e são obtidos porprocedimentos hidrológicos padrões, através do uso de curvas cota/vazão. O valor de vazão estimado para oRio Solimões em Manacapuru é obtido a partir do valor da cota média mensal do Rio Negro em Manausfornecido pela CODOMAR, utilizando-se a formulação descrita por Fonseca e Nobre (1988) (Fonseca, L. B.e C. A. Nobre), um modelo estatístico que relaciona os valores de cota e vazão (CLIMANÁLISE, 3 (9):32,SET., 1988).

9 - Os termos estiagem, enchente, cheia e vazante referem-se ao ciclo sazonal das medidas nos postos. Aestiagem corresponde ao período de baixas vazões; a cheia ao de altas vazões. A enchente à transição deestiagem para a cheia, enquanto a vazante corresponde à transição da cheia para a estiagem.

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200238

SIGLAS

CAC/NWS -Climate Analysis Center/National Weather Services (Centro de Análises Climáticas

do Serviço Meteorológico dos EUA)

CEMIG/SIMGE -Companhia Energética de Minas Gerais

CEPLAC -Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira

CEPES/CODISE -Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe

CLIMERH/SC -Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina

CMCD/INPE -Centro de Missão de Coleta de Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espacias

DISME -Distrito de Meteorologia

CRODT -Centro de Pesquisas Oceanográficas de Dakar-Thiaroye

DNAEE -Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica

DMRH/PE -Departamento de Meteorologia e Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco

DHME/PI -Departamento de Hidrometeorologia do Estado do Piauí

ELETROBRÁS -Centrais Elétricas Brasileiras S/A

ELETRONORTE -Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A

EPAGRI -Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão de Tecnologia de Santa Catarina S/A

EMPARN -Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte

FEPAGRO - Fundação Estadual de Pesquisas Agropecuárias

FURB -Universidade Regional de Blumenau

FUNCEME -Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Ceará

INMET -Instituto Nacional de Meteorologia

IAC -Instituto Agronômico de Campinas

IPA -Instituto de Pesquisa Agropecuária de Pernambuco

LMRS/PB -Laboratório de Meteorologia, Recursos Hídricos e Sensoriamento Remoto da

Paraíba

NMC -National Meteorological Center (Centro Nacional de Meteorologia dos EUA)

NMRH/AL -Núcleo de Meteorologia e Recursos Hídricos do Estado de Alagoas

NOAA -National Oceanic and Atmospheric Administration (Administração Nacional dos

Oceanos e da Atmosfera dos EUA)

ORSTOM -Instituto Francês de Pesquisa Científica para o Desenvolvimento e Cooperação

SRH/BA -Secretaria de Recursos Hídricos da Bahia

SEAG/ES -Secretaria de Agricultura do Estado do Espírito Santo

SIMEPAR/PR -Sistema Meteorológico do Paraná

Vol. 17, Nº 12, 2002 Climanálise 39

SIGLAS TÉCNICAS

AB

CbENOS

GOES

GTS

HL

IBM

IOSLIMETEOSATMLTNOAA9PCD

PNM

ROLSF

TMGTSM

VCAN

ZCASZCIT

ZCPS

-Alta da Bolívia

-Cumulonimbus-El Niño-Oscilação Sul

-Satélite Meteorológico Geoestacionário da NOAA

-Global Telecomunications System (Sistema Global de Telecomunicações da Organização Meteorológica Mundial)

-Hora Local

-Imagem de Brilho Médio-Índice de Oscilação Sul

-Linha de Instabilidade

-Satélite Meteorológico Geoestacionário da Agência Espacial Européia-Média de Longo Tempo-Satélite Meteorológico de Órbita Polar da NOAA

-Plataforma de Coleta de Dados-Pressão ao Nível do Mar

-Radiação de Onda Longa emitida para o Espaço

-Sistema Frontal-Tempo Médio Greenwich

-Temperatura da Superfície do Mar

- Vórtice Ciclônico de Altos Níveis-Zona de Convergência do Atlântico Sul

-Zona de Convergência Intertropical

-Zona de Convergência do Pacífico Sul

Climanálise Vol. 17, Nº 12, 200240

APÊNDICE

FIGURA A – Distribuição espacial das estações pluviométricas e meteorológicas utilizadas. Os dadosSYNOP são provenientes do INMET.