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 http://www.prof2000.pt/users/lpa Classificação dos locais das instalações eléctricas Quando se concebe uma instalação eléctrica devem avaliar-se as condições ambientais dos vários locais, para que a selecção dos equipamentos e das canalizações seja a mais adequada. Segundo as Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT) a classificação dos locais depende de factores de influências externas.

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  • http://www.prof2000.pt/users/lpa

    Classificao dos locais das

    instalaes elctricas

    Quando se concebe uma instalao

    elctrica devem avaliar-se as condies

    ambientais dos vrios locais, para que

    a seleco dos equipamentos e das

    canalizaes seja a mais adequada.

    Segundo as Regras Tcnicas de

    Instalaes Elctricas de Baixa Tenso

    (RTIEBT) a classificao dos locais

    depende de factores de influncias

    externas.

  • 2Factores de influncias externas

    Estes factores so identificveis mediante um cdigo alfanumrico, constitudo

    por duas letras e um algarismo, cujo significado conforme a tabela.

    Codificao das influncias externas

    Elementos

    constituintes

    do cdigo

    Significado

    de cada

    elemento

    Categoria das influncias

    Ambiente Utilizao Construo

    de edifcios

    1 Letra do

    cdigo

    Categoria

    Geral

    A B C

    2 Letra do

    cdigo

    Natureza da

    influncia

    A at S

    (17 naturezas)

    A at E

    (5 naturezas)

    A e B

    (2 naturezas)

    Nmero Classe 1 a 8 1 a 5 2 e 4

    Exemplos:

    AA4 A - Categoria geral: Ambiente

    A - Natureza da influncia: Temperatura ambiente (ver tabela seguinte)

    4 - Classe: Temperado (-5C a + 40C) (ver quadro 51A(AA) das RTIEBT Parte 5 / Seco 51)

    BE2 B Categoria geral: UtilizaoE Natureza da influncia: Natureza dos produtos tratados ou armazenados (ver tabela seguinte)2 Classe: Riscos de incndio (ver quadro 51A(BE) das RTIEBT Parte 5 / Seco 51)

    CA1 C Categoria geral: Construo de edifcios

    A Natureza da influncia: Materiais de construo (ver tabela seguinte)

    1 Classe: No combustveis (ver quadro 51A(CA) das RTIEBT Parte 5 / Seco 51)

  • 3Resumo dos factores de influncia externa

  • 4Escolha do tipo de

    equipamento

    elctrico a utilizar

  • 5As caractersticas dos invlucros dos equipamentos elctricos em relao

    s influncias externas so definidas a partir de cdigos:

    IP XX

    IK XX

    O cdigo IP definido por dois dgitos: o primeiro indica o grau de proteco

    contra a penetrao de corpos slidos AE (varivel de 0 a 6); o segundo indica o grau de proteco contra a penetrao de lquidos AD (varivel de 0 a 8)

    Quadros 51A(AE) e 51A(AD) das RTIEBT Parte 5 / Seco 51

  • 6O cdigo IK definido por um digito indicando o grau de proteco contra

    aces mecnicas (impactos) AG (varivel de 00 a 10)

    Cdigos Classe de influncias externas Graus de proteco

    AG1 Fracos IK02

    AG2 Mdios IK07

    AG3 Fortes IK08 a IK10

    Exemplo:

    Caractersticas de invlucros (graus e proteco mnimos) em locais de

    habitao para os conjuntos de aparelhagem (quadros elctricos):

    IP20 Grau de proteco contra a presena de corpos slidos

    estranhos pequenos 2,5mm e o grau de proteco contra a presena de gua desprezvel.

    IK02 Grau de proteco contra impactos: Fraco

    Quadro 51A(AG)das RTIEBT Parte 5 / Seco 51

  • 7Canalizaes elctricas so os conjuntos constitudos por um ou mais

    condutores elctricos e pelos elementos que garantem a sua fixao

    e, em regra, a sua proteco mecnica (por exemplo tubos).

    Escolha do tipo de

    canalizao elctrica

  • 8Tipos de canalizaes Parte 5 Seco 521 das RTIEBT

    A seleco do modo de instalao das canalizaes elctricas, no que se

    refere a condutores e aos cabos deve ter em conta a natureza do local a

    natureza das paredes e dos outros elementos de construo que as

    suportam (ocos da construo, caleiras, enterradas, embebidas, vista,

    linhas areas, imersas) e a proteco contra as influncias externas.

    -Condutores nus sobre isoladores

    -Condutores isolados:

    em condutas circulares (tubos)

    em calhas

    em condutas no circulares

    sobre isoladores

    -Cabos monocondutores ou multicondutores:

    sem fixao (nos cabos multicondutores)

    com fixao directa

    em condutas circulares (tubos)

    em calha

    em condutas no circulares

    em caminhos de cabos, escadas e consolas

    auto-suportados

  • 9Suponhamos que escolhamos uma canalizao embebida constituda por condutores isolados (H07V-U ) em condutas circulares (tubos VD).

    Condutor H07V-U 1X1,5. Tubo rgido VD

    Correntes admissveis nos condutores

    A vida til dos condutores e do seu isolamento depender do esforo trmico que

    vierem a suportar, isto , do aquecimento provocado pela passagem de corrente de

    servio (IB) ( 70C para o policloreto de vinilo PVC e 90C para o polietileno reticulado XPLE ou o etileno - propileno EPR).

    Segundo o Quadro 52H (Parte 5 / Seco 52) das RTIEBT a instalao de

    condutores isolados em condutas circulares (tubos) embebidas em elementos da construo termicamente isolantes remete-nos para o mtodo

    de referncia A do Quadro 52-C1 (Parte 5 / Anexos) que nos indica as correntes

    admissveis para os condutores de 1,5 mm2 que de 14,5 A.

  • 10

    Designao simblica de condutores e cabos isolados at 450/750 V, segundo o HD 361.

    07 - U 1 X 1,5

  • 11

    Exemplos de designao de condutores e cabos

    Resumo da norma CENELEC HD 308 S2

  • 12

    A norma EN 50086

    a norma aplicvel na

    Europa que define os

    ensaios e as

    performances

    tcnicas dos tubos e

    acessrios, que

    asseguram uma

    completa proteco

    dos condutores e

    cabos elctricos.

  • 13

  • 14

  • 15

    Exerccio de aplicao

    Com um circuito independente do quadro elctrico, pretendemos

    alimentar com condutor H07V-U enfiado em tubo VD embebido na

    parede, uma mquina de lavar roupa com uma potncia aparente (S)

    de 3,3 KVA.

    a) Determine a corrente de servio (IB).

    b) Verifique se a seco mnima do condutor para o circuito de tomadas

    (2,5 mm2) suficiente.

    c) Determine a queda de tenso na linha, sabendo que o comprimento do

    condutor de cobre que alimenta a mquina de 10 metros.

    d) Prove que a queda de tenso determinada na alnea anterior est

    dentro da queda de tenso admitida pelo Regulamento.

    Notas:

    A resistividade do cobre de 0.0225 .mm2/mA queda de tenso mxima admissvel nos circuitos de tomadas e/ou fora

    motriz de U = 5%

  • Lucnio Preza de Arajo 16

    a) S = U x I I = S / U I = 3300 / 230 I = 14,3 A

    b) O condutor H07V-U de 2,5 mm2 admite uma corrente (IZ) de 19,5 A (*), logo

    suficiente (Iz > IB)

    c) R = ( x l) / s R = (0.0225 x 10) / 2,5 R = 0,09 U = R x I U = 0,09 x 14,3 U = 1,3 V

    d) A queda de tenso mxima admissvel nos circuitos de tomadas e/ou fora motriz

    de U = 5% ora, 5% x 230 V = 11,5 V logo, a queda de tenso determinada na

    alnea anterior (U = 1,3 V) est dentro da queda de tenso mxima admitida pelo

    Regulamento (U = 11,5 V).

    (*) Segundo o Quadro 52H (Parte 5 / Seco 52) das RTIEBT a instalao de

    condutores isolados em condutas circulares (tubos) embebidas em elementos de construo termicamente isolantes remete-nos para o mtodo de

    referncia A do Quadro 52-C1 (Parte 5 / Anexos) que nos indica as correntes

    admissveis para condutores de 2,5 mm2 que de 19,5 A.