cl - wordpress.com · e publicamos sobre a jazigo de vila cava (1) e de ulteriores . estudos que...
TRANSCRIPT
-<:>
"' ....
L.I.I
...... .g
1,'ice
::j
E: ~
~~
:z:
CD
::::1
.,
ce
~
~'"
~
a=
.... 8a=
~
~
.~
c:::::::I ~
....; t:;
~
OV
]
'"2
L.I.I
0
if) <r:
c:::::::I .g",
0 >
::. 6
L.I.I
.... :::;
E
L•
<::l
Z
<>-c
~
'"
<:l
<r: -..
~~
Z
c:::I
c::::2 if)
lce :z
: .g
~ ~
if)
0 a::
t::. ~
.~
0 ce
c:::I
~c~
Cl .....J
2 ~
t:::<:"""
if) w
~
~
[l.l
c:::I
L.I.I
V]
i' 1<C
b c:::::::I ~-
Cl:: 0
~
,. <C
Ü
ce
L
.I.I
, ::f:
a:: :z
:
,
a:: C
D
t ;:J
L.I.I
ce
~
Cl
::f: co
2-
~
.....J
1 ce·
L.I.I
..., ...,
=c:::::::I
c:::I
c:.:I c:::I
,
c:.a
1
ce
-,
........ •
--' ce
1
=-: -..
~
--~ ~
.
:Jt-....
. '.
~.,;; '-.
..
~i~1:~~~~~:-:~_
Co
_~!,. .._~ 0'__ T ". '," ('l'''''''l 1"'-.' . ,Il' l'-'~-"~Yf""'" "" ;,W' : T'f·'~----_. '-'~"""';/!1"'.' . 'J,~·.l
~, ,.~\ ,: :.' 'I~' " .: ' .\;.. jll,jJ
•.
,. l,
,.Ir. 't 1
' .. \f''J.1 ,
VILA CaVA (SERRA DO MARAO) - IMPORTANTE' JAZIBO DE MAGNETITE DO NORTE DE PORTUGAL \ .
(
Este trabalho é uma sintese dos estudos que efectuémos e publicamos sobre a jazigo de Vila Cava (1) e de ulteriores estudos que temos estado a realizar.
1. Situaçao
a) a jazigo esta situado junto à aldeia de Vila Cova, na Serra do Marao, a 4 quil6metros do Alto do Velâo, ceste alto a 35 quil6metros de Vila Real.
b) Tem boa situaçao relativamente a um adquado sistenHl de transportes.
(1) j. M. Coteio Neiva - Caracterlstlcas e génese do minério !!/(lRnético de Vila Cova (Serra do Marâo). «Estudos, Notas c TrabalhoH do Serviço de Fomenta Mineiro», vol. Il, fase. 3-4, 1940, pal/;Ro 11'i1 u 174,
j. L. Guimaràes dos Santos - Sobre 0 Interesse tc!cnlco·industrial do jazlgo de ferro de Vila Cova do Martio. .Estuc1os, NotHs e Trabalhol lIu Serviço de Fomento Mineiro., Vol. II, faRe. 3·4, 1046, pélli. 1715 • ~4.
MAIlNUI-lmpm, I~dll.ïrïli cÏr~lï;~ d~--P~;I~~'~,d~''':.~I'd;,· Mtrllr.~d;LIb~rdlcl.,I,i -3
- -fi' •.WOI·' ~'---r---~ ... _-_..... ......_, """:""T ;; .'-. T~~"';I"r~'
;'I~~~' 1 ~ "")t::"~~:" f''l!JI.W'' .., • 1 "
" """ ~i
c) As condiçües topograficas locais sao favoraveis rftclonallzaçAo econ6mica dos métodos de exploraçào.
11
à l'".!!
, 1
i'!''.\;, '
. III, . ~l, , ,1
...
li) b)
Textur. , eompo.içlo miner.ldalea da. m••neUtlea.
A textUrtl ô grano-Iepidoblastlca. O. mlncrnis que ocorrem nas camadas sao:
eamada.
Z. Natureza do jazigo
Jazigo metam6rfico, originado por metamorfismo de nUlç(')es sedimentares.
for
EHSl'l1ciais - Quartzo, clorite e magnetite; Al'l~ss6rios .- Albite, apatite, biotite e Ilmonite; Acldentais - Granada almandina e pirite ; Esporadicos - Calcopirite e bismuto.
7. Génese do jazigo
. 1 ~.
,l',
3. Afloramentos visfveis das camadas magnetfticas
Conhecem-se afloramentos de camadas magnetfticas em todos os trabalhos que seguem os ribeiros das Rosarias e du Sabugueira e nos que se encontram no Alto do Toqueirao, C obscrvam-se também na en costa Sudeste pr6ximo a Pardclhas.
4. Posiçilo geoI6gica
As cBmadas magnetfticas estào inter-estratificadas com os xistos cloriticos do Ordoviciano.
5. Caracteristicas geol6gicas
a) Formaçoes sedimentares depositaram-se, em figuas praticamente tranquilas, no fundo do mar Ordoviciano, relativa mente proximo da costa.
. b) 0 material ferrffero teria sido transportado sob forma coloidal e a precipitaçào efectuada por acçao de ferro-bactérias ou por oxidaçao. 0 precipitado coloidal tomou estrutura oolftica e evolufu para limonite.
c) Contemporâneamente à precipitaçao do materiai ferrffero houve deposiçao de graos de quartzo.
d) A vasa argilosa contemporânea evoluiu parcialmente para c10rite esferolftica.
e) A litificaçao do complexo fez-se por cimenta argilo-ferruginoso.
f) Metamorfismo regional, relacionado corn movimentos hercfnicos que originaram as dobras das formaçoes, permitiram as seguin tes transformaçoes dos sedimentos silt1ricos :
Il) As c8111adas magnetfticas sao muito numerosas e l'stl'I'itns, tendo cada uma espessura que varia entre 3 a 35 cm.
1» Entre as camadas l11agnetfticas ha leitos de xistos l'lorltlcos e ùe furmaçoes siliciosas corn c1orite.
c) As camadas magnetfticas estào fortemente dobradas \' liS dol>rus 8110' apertadas e frequentes os afloramentos dos 11l1tlrllnuis.
cf) As dobras e os xistos têm orientaçao geral N.mg. ,Ifio W.
..;.,,
Argilas impuras -+ Xistos c1orfticos.
1 Limonite -+ Magnetite
)
Recristalizaçào do quartzo No dep6sito ferrffero. . . Regeneraçào da ~Ioritc
Formaçào de albIte
g) Metamorfismo de contacto, provocado por intrusBo granitica, sobrepôs-se ao metamorfismo reglonal - formaçBo de palhetas de biotite.
-4 -e
..."........,.
1 (J U1M"':V,e!! ua!! S"':IITO~ I! COTI~LO NI!IV" - Vila COI'lI" IlIIfllI"I(""(' /(1111/11 de maf(l/etlfe dll Nllrle rie Purluga/ /:'.~I. 1
II) Metamorflsmo de contacta pneumatolftico-hidroter, mil, que se sobrepOs aos outros dois, na vizÙlhança dos f'iloes
que atravessam 0 jazigo, permitiu a formaçào de granada Ih"lndlna e a impregnaçi'lo do minério por pirite e raramente
, por blsmuto e caIcopirite. ' , i) 'Mov/mentos epirogénicos, alpfdicos, originaram falhas
de orlentaçao NW. - SE. e N.NE. - S.SW.
111
8. Trabalhos mineiros
a) Conhecem-se muitas pesquisas à:ntigas e antigos escorlals.
b) 0 concessionario do jazigo fez diversos .e ja importantes trabalhos de pesquisa e reconhecimento de extensào
Fig. 1 - Formaçilo magnetitica de Vila Cova. Magnetite (brancol, clorite (nel!'roJaproxlmada: . e quartzo (cinzento'. Luz rellectlda. IX 8j).
Poços 175 m. Galerias e travessas 51Om.
c) Silo bastantes os trabalhos de limpeza que 0 conces,Ionarlo realizbu.
IV
9. Reservas "
a) Pelos trabalhos de pesquisa e reconhecimento efectuados, é possfvel' dete~minar como reservas certas alguns mllhôes de toneladas.'
b) As' condiçoes topograficas locais e caracterfsticas tcct6nicas do jazigo tornam dificil a efectivaçao, a prazo curto,
'!t'de rapldos trabalhos mineiros de pesquisa e reconhecimento que aumentem as reservas certas. Nao obstante projectam-se trabalhos para se atingir est,a finalidade.
c) Pela inter-estratificaçâo das camadas magnetfticas
, -61
l
Fig. 2 - Formaçâo magnetftica de Vila Cova. Ma~metite (branCol, clorite lnellro) e quartzo (flllldél cinzento J. No centro da microfoto!!,rafia v(·se maMlletite
. èimelltando 0 quartzo. Luz rer/ect/da. (X 85).
(Mtcrorotollraltas da J. Cote-ta N,tuQ).
.,., T;-' ~'- ~-~'J t~.' -:0:;..,.......-, T:-~'!I<." ..'r':".ia _, ....
tam os xIstas c1arftîcas, pela estrutura, tectônlca, extensào è cantinuidade daquelas camadas, e pela génese do jazigo, as reservas pravaveis e passfveis ascenderàa a dezenas de milhêies de taneladas.
v
10. Tipos de minério
É passfvel dividir a minéria em três tipas em funçàa da riqueza em magnetite:
Tipa 1:
Magnetite Ganga
% % Mfnima 54 Maxima 46 Média 62 Média 38 Maxima 70 Mfnima 30
Tipa II:
Magnetite Ganga
% 0/0
Mfnima 44 Maxima 56 Média 47 Média 53 Maxima 50 Mfnima 50
Tipa III:
Magnetite Ganga
0/0 % MInima 30 Maxima 70 Média 35 Média 65 Maxima 40 Mfnimo 60
-7
f'P'l'"' , III .' _._...,....,.......- ~ . ~·r··-"-- .-. ;--1'\
,
GLJIMAR~es DOS S\NTOS ~ COTI!LO N~IVA - VI/a Cl)lla: IIfI/wrttlfltt' jallNI) de magnetlte do Nur te tif! Portl/Nal I:',~t, 1/
11. Andllses qu'micas do minério
Du ané.lises quimicas realizadas, umas parciais e outras completas, verificou-se que:
a) 0 ferro, expresso em Fe, varia de 56,96 %a 44,57 0/0'
Expresso cm 0 4 Fes varia de 78,71 % a 61,58 Ofo. Pela percentBiem de Fe é um bom minério de Ferro.
b) Sâo baixas, e sem influência na qualidade de minério, as J'lcrcentagens de Al, elemento existente s6 nos minerais.. gangas.
c) Sâo muito pequenas, e também sem influência na qualldade do minério, as percentagens de Ca, Mg, Mn e Ti, clementos que ocorrem nos minerais gangas.
d) Sâo inexistentes Cr, Vn e Mo. e) Si02 varia de 16 Ofo a 33 Ofo. f) 0 f6sforo, P, varia entre 0,02 Ofo e 0,5 o/~ e ocorre
.bmente sob a forma de apatite. Este mineraI en contra-se em Incluslles no quartzo e na dorite, ou individualizactci.
g) Cu e Bi sào esporadicos e encontram-se sob forma de calcoplrlte e bismuto, respectivamente, que s6 ocorrem muito localmente em relaçào corn filàes pegmatfticos e hidrotermais, cam os quais também poderào relacionar-se elementos como W, As, Pb e Zn de possfvel ocorrência.
h) 0 enxôfre, S, sem lei de ocorrência, vai-ia de °% a 0,25' %' Encontra-se na pirite, que é acidental, e na calcoplrlte, que é esporadica, minerais relacionados corn metamorflamo pneumatolftico-hidrotermal.
12. Granulometria do minério
Observaçàes 6pticas:
a) Magnetite PERCENTAGENS
Di1Imetro dos cristais de magnetite em niimero -em peso
< 0,010 mm. , 0,2 Entre 0,010 mm. e 0,025 mm. 9,2 0,01 Entre 0,025 mm. e 0,150 mm. 47,7 5,4 Entre 0,150 mm. e 0,250 mm. 21,4 28,5 Entre 0,250 mm. e 0,500 mm. 17,7 30,2 Entre 0,500 mm. e 0,750 mm. 2,9 23,0 > 0,750 mm. 0,9 12,9
-8
Fig, 1 - Formaçào magnetitica de Vila Cova, Magnetite (branco). cIo rite (neiro) - e quartzo (fundo cinzento), Luz reflectida. (X 8~).
Fig, 2-FormAçilo magneUtica de Vila Cova, Mslilletite (brHnco), C\nr1t1l Cl lIunrtw (negro e cinzento eacuro'). limonite (clnzellto c1aro) , Ao 111110 dlreitll dn mlcroflllllo grufiR vê-Re um 001110 de limonite (clll1.enln. clHrn) Il dll Indo tl1llllerdo 1111I l'r1.IRI de mn!l'Iletlle (brallco) COIII «reIlCI" de IImllnlte (dn1.11nlll dnrll), l,III r"IIl/I'l/f/fI ( )( 1Ill}),
(Mlcm/lllol(rtll/f/l rI,.I. ('011'10 /\',ll'tl), l
1; ~ ".l~, "~W4J~. ,1"",' ~J:'~'':''''~"!'.M!'W'- ",' ')i' ., .. ll".'. .~;:i . ..'" ,_ "~""
'.,., 'f>., .l '.
~ ..,. \ .1
1
.'t _" "
b) QNI't.a, albite
Predomlnam os crlstals de dlametro entre 0,020 mm. e 0,150 'mm.
sao em relativa quantidade os cristals de calibre entre 0,150 mm. e 0,200 mm.
c) Clorite
Predominam os cristais de dimensoes compreendldas en1re 0,010 mm. e 0,150 mm.
Sào em relativa quantidade os de calibre entre 0,150 mm. e 0,200 mm.
d) Apatite
Predominam os cristais de diâmetro compreendido entre 0,025 mm. e 0,075 mm.
Sao em relativa quantidade os de diâmetro entre 0,008 mm. e 0,025 mm.
VI
13. Escolha do minério
a) É possfvel enriquecer 0 minério por uma simples operaçao de britagem e escolha manua\.
b) A pirite, a calcopirite e 0 bismuto podem evitar-se desde que nào se desmontem os porçoes das camadas que sejam paredes ou proximidades de fil6es pegmatiticos e hidrotermais que atravessam 0 jazigo.
14. Fragmentaçao e moenda do minério
a) As propriedades ffsico-mineral6gicas e coesivas do minério favorecem a fragmentaçào e facilitam a separaçâo dos cristais de magnetite.
' :,' \' \ t;'i!' . ,
'~!' ;t·~,
:,~-,\}~f !. (.., f .,' , I~
~~,,:~
'1
sc
_1 . -gt •
~ • ;J:Tri "... _............-- . " \
b) Nao oferece qualquer diticuldade a reduçâo do mÎnerio • flnol.
c) 0 minério deve ser levado a calibre inferior a 0,4 mm. (aproxlmadamente 40 mesh) para atingir um concentrado cujo I(rau de pureza 0 permite considerar como bom minério de ferro.
15. Concentraçfto do minério
a) Por a estrutura e a granulometria do minério nao varlarem com a riqueza em magnetite, como provam as invest1iaçOes minero-petrograficas a que se procedeu, todo 0 minério deve ser concentrado de um mesmo e unico modo.
b) Deve utilizar-se, para se efectuar a concentraçao, ume separadora de polos alternos de tipo apropriado para 0
mlnérlo. [
.: ~':
e) Levado 0 minério, por moenda, a calibre inferior a 0,10 mm., e a separaçao magnética efectuada em maquina convenlente, obtern-se um concentrado pràticarnente puro, isto é, corn urna quantidade de ganga desprezfvel e pràticarnente Iiento de P e S.
16. Aglutinaçfto dos concentrados
Os concentrados deverao ser aglutinados para utilizaçûes Ildcrurgicas carrentes.
VII
17. Utillzaçfto dos concentrados
a) É 6ptima rninério para a siderurgia. b) Tern grande interêsse para lotar com outros minérios
dl' bnlxo valor. e) É millério ern que, apas cuidada concentraçao, 0 grau
de pureza étal que toma aconselhavel também 0 seu emprego para utlllzaçOes especfficas.
- 10
i'.·r"~l'~' ,>'''~'.',- " '11'W"'1~ " '.. .," '1,.,.
VIII
18. Aigumas sugestOes
a) Fazer cuidado estudo de porrnenor da estrutura geo ,:
16gica do jazigo e atender a ela no pIano da lavra. b) Projectar 0 pIano de lavra corn vista a aumentar as
reservas certas do jazigo. c) Regeitar, ou nao desrnontar, 0 rninério das paredes
ou proxirnidades de filûes pegrnatfticas ou hidrotermais, vlsto estar rnineralizado por sulfuretos.
d) Fazer 0 reconhecirnento e estudo desses filûes pegmatfticos e hidroterrnais por poderern vir, pela sua rnineralizaçao, a oferecer interesse econarnico.
VILA COVA (SERRA DU MARAO) - IMPORTANT GISEMENT DE MAGNÉTITE DU NORD DU PORTUGAL
Ce travail est une synthèse des études que nous avons effectués et publiés sur le gisement de Vila Cova, et des études ultérieures que nous sommes en train de réaliser.
1. Situation
a) Le gisement est situé près du village de Vila Cova, dans la Serra du Marào, à 4 kilomètres du Alto de Velào, et cette hauteur à 25 kilomètres de Vila Real.
b) Il possède une bonne situation relativement à un système de transports adéquat.
e) , Les conditions topographiques locales sont favorable. à la rationalisation économique des méthodes d'exploration.
-11
~
r~·~·-
g. Nature du Krsement
Orsement métamorphique, originé par métamorphisme de formations ddlmentalres.
3. ArrJeurements visibles des couches magnétltlques
On connaît des affleurements de couches magnétitiques dans tous les travaux qui suivrent le ruisseau des Rosarias, celui de Sabugueira, ceux que l'on trouve sur le Alto de Toqueirao et on les observe aussi sur la pente SB. pr~1 de Pardelhas.
4. Position géologique
Les couches magnétitiques sont interstratifiées avec les schistes chlorltlques du Ordovicien.
li. Carac:térlstlques geologiques
a) Les couches magnétitiques sont très nombreuses et étroites, ayant chacune une épaisseur qui varie entre 5 et 55 cm.
b) Entre les couches magnétitiques il y a des lits de sthistes chloritlquC!1I et de formations siliceuses avec la chlorite.
c) Les couches magnétitiques sont fortement plissées; les plis sont lerrés et les affleurements des anticlinaux fréquents.
d) Les plis et les schistes ont une orientation générale N. mg. 450 W.
6. Texture et composition minéralogique des couches magnétitiques
a) La texture est grano-Iépidoblastique. b) Les minéraux qui appasaissent dans les couches sont:
Essentiels - Quartz, chlorite et magnétite; Acessoires - Albite, apatite. biotite et limonite; Accidentels - Grenat almandine et pyrite; Sporadiques - Chalcopyrite et bismuth.
7. Oenèse du gisement
a) Des formations sédimentaires se sont déposées, dans des eaux prntlqùcment tranquilles, au fond de la mer Ordovicienne, relativement prh de la cOte.
b) Le matériel ferrifère aurait été transporté sous forme colloïdale ri lu pr('c1pltntion se serait effectuée par action de ferro-bactéries ou par ollydll!lon. Le précipité colloïdal a pris la structure oolitique et a évolué rn limonite,
c) À la même époque que la précipitation du matériel ferrifère, Il y avait un dépOt de grains de quartz.
- lW
. ....~.,. -- .T-T"'~'-,i~'-i~~, ..."............-;nr,.·---, ~_·,;-·T ''''........,..''l".."''~~
'~ . t~~··~
d) La vase argileuse contemporaine ft I!volul!e partiellement en chiorite sphérolitique.
e) La Iithification du complexe s'est faite par ciment argllo·ferru· gineux.
f) Métamorphisme régional, relationn!.' avec des mouvements hercy· niens qui ont donné naissance aux plis des formations, permis les trans· formations suivantes des sédiments siluriques:
la) Argiles impures __ Schistes chloritiques
Limonite -- Magnétite b) Dans le depôt ferrifère Recristallisation du quartz
Régénération de la chorite Formation d'albite.
g) Un métamorphisme de contact, provoquéparintrusiongranitique, s'est superpQsé au métamorphisme régional - formation de paillettes de biotite. •
h) Un métamorphisme de contact pneumatolytique-hydrothermal, qui s'est superposé aux deux autres, dans le voisinage des filons qui traversent le gîsement, a permis la formation de grenat almandine et l'impregnation du minerai par la pyrite et, rarement, par le bismuth et la chalcopyrite.
i) Des mouvements épirogéniques, alpidiques, ont fait naître deI! failles d'orientation NW.-SE. et N.NE-S.SW.
8. Travaux miniers
a) On connaît beaucoup de anciennes recherches et scories. b) Le concessionnaire du gîsement a déjà fait d'importants travaux
de recherche et reconnaissance d'une étendue approximative de:
Puits 175m. Galeries et traverses 510 m.
c) Les travaux de nettoyage, réalisés par le concessionnaire, sonl suffisants.
9. Réserves
a) D'après 'les travaux de recherche et reconnaissance effectués il est possible de déterminer comme réserves assurées quelques millions de tonnes.
b) Les conditions topographiques locales et les caractéristiques téctoniques du gîsement ne permettent pas d'effectuer, à court délai, de rapides travaux miniers de recherche et de reconnaissance qui puissent augmenter les réserves certaines. Nonobstant sont en projection divers travaux pour cette finalité.
c) À cause de l'interstratiflcntlon des couches m8~nétltlquel avrc lei
- 13
-1'r-·""'T"""....·tr,-'T'-·
Ichlltel chlorltlquel, de la structure tectonique, de l'étendue et de la conti ,. furm&' d'apetltc. Ce minéral llJ'lparart en Inclullonl dlnl la qUlrtl nult6 de cettel couches, et de la genèse du gisement, les réserves proba lIIorU" IIU Individualisé. blel et pOlllbles s'élèveront à des dizaines de millions de tonnes. .,1 C:u lOt HI sont sporadlquel ct Re trouvent relpectlvement 10UI
Il. c:hlh'lIpyrlte et de bismuth. \ls n'apparallsent que tr~1 localement 10. Types de minerai t( ,.. ,.,.tlan IVt'I' des fIIons pegmatltlqucs ct hydrothermaux, avec lelquell on
-, -r 0'- --y -.- .... -.. "17.tl""'"+I''''' P '-'-~~'-°'1'f11$~~.,-, "'." . , '--~~',..-,. . /
.' . J , ..
Il est possible de séparer le minerai en trois types en fonction de sa rlrheltlc en magnétite: •
'1ilpe l,'
Magnétite Gangue Ofo %
Minimum 54 Maximum 46 Moyenne Maximum
62 70
Moyenne Minimum
38 30
Tupe 1/:
Magnétite Gangue 0/0
Minimum 44 Maximum 0/
560
Moyenne 47 Moyenne 53 Maximum 50 Minimum 50
Tupe m,' Magnétite Gangue
0/0 Ofo Minimum 30 Maximum 70 Moyenne 35 Moyenne 65 Maximum 40 Minimum 60
Il. Analyses chimiques
Selon les analyses chimiques réalisées, les unes partielles, les autres l'ulllpl('lcll, on a constaté que:
li) Le Fer, esprimé en Fe, varie de 56,96 li 44,57 %. Esprimé en (J.I·i'Bt Il varie de 78,71 à 61,58 0/0. Par le pourcentage de Fe. c'est un bon ,"lIll'ral de Fer.
h) Les pourcentages de Al, qui n'existent que dans les mineraux "al1l(lIC8, sont fafbles et sans influence sur la qualité du minerai.
c) Les pourcentages de Ca, Mg, Mn et Ti, qui apparaissent dans les 1ll1l1l\rt1I1X I(Elngues. sont très faibles et également sans influence sur la 1111"1111\ du minerai.
ci) Cr, VII et Mo sont inexistants. l') SIO. varie de 16 à 33 010. f) Le phosphore, P, varie entre 0,02 et 0,5 % et ne se trouve que
14
. "'" 1111.1 rt'Inllllnner des éléments teIsque W, As, Pb et Zn quI peuvent " ,....'tr., .
, II) I.co Illufrc, S, sans loi d'apparition, varie de 0 % à 0,25 0/0• On le '.
1 .y. danl la pyrite, ce qui est accidentel, et dans la chalcopyrite, ce qui lit .porldltlllt" minMallx relationés avec le métamorphisme pneumatolytlqll.·hydrntermal.
la. Granulométrie du minerai
Observations optiques: '1
a) Magnétite
POURCF;NTAGES Diamètre des crrstaux de magnètite En nombre en poids
< 0,Q10 mm. 0,2 Entre 0,Q10 mm. et 0.025 mm. 9,2 0,01 Entre 0,025 mm. et 0,150 mm. 47,7 5,4 Entre 0,150 mm. et 0,250 mm. 21A 28,5 Entre 0,250 mm. et 0,500 mm. 17,7 30,2 Entre 0,500 mm. et 0,750 mm. 2,9 23,0
> 0,750 mm. , 0,9 12,9
b) Quartz et albite
Les cristaux de diamètre entre 0,020 m et 0,150 mm. prédominent. Les cristaux de calibre entre 0,150 mm. et 0,200 mm. sont en quan
tité relative.
c) ChlOl°ite
Les cristaux de dimel'lsions comprises entre 0,010 mm, et 0,150 mm, prédominent. .
Ceux de calibre entre 0,150 mm. et 0.200 mm. sont en quantité relative.
d) Apatite
Les cristaux de diamètre compris entre 0,025 mm, et 0,075 mm. prédominent.
Ceux de diamètre entre 0,008 mm. et 0,025 mm. sont en quantité relative,
- 1~-
~r·· 1 1
13. Choix du minerai i i ,~ a) Il est possible d'enrichir le minerai par une simple concassage
et choix manuel. b) La pyrite, la chalcopyrite, et le bismuth peuvent être évités du
moment qu'on ne tire pas les portion des couches servant de parois ou à proximité de filons pegmatitiques et hydrothermaux qui traversent le gisement.
14. Fragmentation et mouture du minerai
a) Attendu que la structure et la granulométrie du minerai ne varient pas avec la richesse en magnétite, comme le prouvent les investigations minero-petrographiques, tout le minerai doit être concentré d'une seule et unique façon.
b) On doit utiliser, pour effectuer la concentration, une séparatrice à pôles alternés d'un type approprié au minerai.
c) Une fois le minerai moulu au calibre inférier à 0,10 mm., et la séparation magnétique effectuée par une machine convenable, on obtient un concentré pratiquement pur, c'est-à-dire, avec une quantité de gangue méprisable et.pratiquement exempt de P et de S.
16. Agglutination des concentrés
Les concentrés devront être aglutinés pour des utilisations sidérurgiques courantes.
17. Utilisation des concentrés
ai Le minerai est très bon pour la sidérurgie. b) Il a grand intérêt à mixtionner le minerai avec d'autres minerais
de basse valeur. c) C'est un minerai dans lequel, après une concentration soignée, le
degré de pureté est tel que son emploi pour des utilisation spécifiques est à conseiller.
18. Diverses sugestions
a) Faire un étude soigné de détail de la struture géologique du gisement et en tenir compte dans le plan d'exploitation.
b) Etablir le projet de plan d'exploitation en vue d'augmenter les réserves certaines du gisement.
c) Ne pas tirer ou rejeter le minerai des parois ou proximité de filons pegmatitiques ou hydrothermaux, vu qu'il est minéralisé par des sulfures.
a) Faire la reconnaissance et l'étude de ces filons pegmatitiques et hydrothermaux, car ils peuvent venir, par la mineralisation; à offrir un intérêt économique.
- 16
~i~. "
" 1; J :!,
l ,~" ~' \ .(
.
r
l r