civic journalism - unicentro · das comunidades atingidas por tais endereços digitais. para além...

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CIVIC JOURNALISM há um modelo brasileiro ?

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CiviC Journalismhá um modelo brasileiro?

Universidade Estadual do Centro-Oeste

Guarapuava - Irati - Paraná - Brasil

www.unicentro.br

Márcio Fernandes

CiviC Journalismhá um modelo brasileiro?

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTEUNICENTRO

Copyright © 2008 Editora UNICENTRO

Conselho Editorial

Presidente: Marco Aurélio RomanoBeatriz Anselmo OlintoCarlos Alberto KuhlHélio SochodolakLuciano Farinha WatzlawickLuiz Antonio Penteadode CarvalhoMarcos Antonio QuinaiaMaria Regiane TrincausOsmar Ambrosio de SouzaPaulo Costa de Oliveira FilhoPoliana Fabíula CardozoRosanna Rita SilvaRuth Rieth Leonhardt

Impressão: Gráfica UNICENTRODireção: Lourival Gonschorowski

Editora UNICENTRO

Direção: Beatriz Anselmo OlintoAssessoria Técnica: Carlos de Bortoli, Oséias de Oliveira e Waldemar FellerDivisão de Editoração: Renata DaleteseRevisão: Níncia Cecília Ribas Borges TeixeiraDiagramação: Andréa do Rio Alvares, Anna Júlia Minieri, Bruna Silva, Eduardo Alexandre Santos de Oliveira Diagramadora: Andréa do Rio AlvaresCapa: Lucas Gomes Thimóteo

Reitor: Vitor Hugo Zanette Vice-Reitor: Aldo Nelson Bona

Fernandes, Márcio F363c Civic Journalism: há um modelo brasileiro? / Márcio

Fernandes. - - Guarapuava: UNICENTRO, 2008.232 p. : il.BibliografiaISBN 978-85-89346-90-0

1. Comunicação Social. 2. Jornalismo. 3. Jornalismo Público. 4. Jornalismo Cívico. 5. Jornalismo Comunitário. 6. Jornalismo – Brasil. I. Título.

CDD 070.48

Para Gabriel, meu filho que, com seus sorrisos, perguntas e artes, ilumina cada vez mais meu caminho

gradecimentos

Agradecimentos fazem parte daquela categoria

de fatos que sempre produzem injustiças (pelo eventual

esquecimento de algum nome) mas dos quais não podemos

nos furtar. Eis:

A Gaspar Miotto, orientador da monografia na

graduação e o primeiro a acreditar comigo no tema Civic

Journalism, há mais de uma década;

À Kati Eliana Caetano, pela inteligência de cada

comentário durante a orientação da dissertação de

mestrado, documento-base deste livro;

À Fundação Araucária, pelo apoio fundamental à

produção do livro;

Aos colegas da Editora da UNICENTRO, em especial

Darlan Weide, Waldemar Feller, Renata Daletese e Andréa

Alvares;

A Jorge Castegnaro, Claudemir Pereira, Denize Araújo,

Cláudia Quadros, Marialva Barbosa, José Marques de Melo,

Davis Merritt, Francisco Seoane, Nelson Traquina, Ana Maria

Castellanos, Jan Schaffer, Carlos Castilho, Rosa Dalla Costa,

Ariane Carla Pereira, Lucas Thimóteo, Guilherme Canela,

A

Cláudia Werneck, Karina Woitowicz, Lewis Friedland, Jennifer

Woodward e Luiz Martins, que, em situações, épocas, espaços

e idiomas distintos, graciosamente dedicaram parte de seu

tempo para refletir sobre minhas idéias de Civic Journalism.

presentação

O presente livro tem o propósito de colaborar para o

avanço, dentro das Ciências da Comunicação, dos estudos

no Brasil sobre as origens, conceitos, práticas e repercussões

do chamado Civic Journalism (CJ), uma corrente periodística

surgida com essa terminologia na imprensa americana no

final dos anos 80, ainda que suas influências primordiais datem

do final do século 19 e início do século 20. Acredita-se estar

se fazendo uma ampla busca de compreender o que seja o

modelo norte-americano de CJ, para que sirva de material

de apoio a propostas futuras de outros pesquisadores de se

elaborar um modelo brasileiro de Jornalismo Público, expressão

essa que bem pode ser utilizada em língua portuguesa como

similar ao termo aplicado no idioma inglês.

Não obstante, considera-se também que está sendo

realizada uma análise mais detalhada do CJ de modo que

seja colocado diante de alguns pressupostos cunhados

por determinados modelos de teorias de comunicação de

massa, algo ainda pouco explorado no Brasil. A afirmação

se deve a partir de buscas realizadas, e sem a obtenção de

A

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resultados significativos, em diversos bancos de dados no

Brasil sobre Ciências da Comunicação, como, por exemplo,

o imenso acervo de dissertações e teses da Coordenação

de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior, a Capes,

unidade vinculada do Ministério da Educação (MEC).

Do pensador francês Jean Baudrillard aos criadores

do conceito de agenda-setting, a pesquisa em questão

perpassará as teorias sempre que necessário, para que

as práticas e repercussões do CJ possam ser mais bem

compreendidas. O interesse pelo tema vem de 1997, quando

o autor do presente livro travou contato inicial com o assunto,

durante levantamentos para composição da monografia

final do curso de graduação em Comunicação Social

– Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM), Rio Grande do Sul.

A partir de textos do jornalista brasileiro Carlos Castilho,

veiculados na imprensa nacional na década passada, e do

acesso à figura do ombudsman, um personagem até hoje

incipiente na Comunicação brasileira, surgiu a vontade de

estudar com maior ênfase essas que tendem ser taxadas de

novas práticas de jornalismo contemporâneo, propostas pelo

CJ, ações que podem ainda ser consideradas como mais

adequadas à sociedade atual, por estimular o envolvimento

dos meios de comunicação para com as comunidades

locais na busca de soluções de problemas coletivos (dito de

outra maneira, em busca do bem comum), e não apenas

tendo a Imprensa o superficial papel de denunciar tão

somente, como se, de fato, isenta fosse e não fosse a própria

11

Imprensa um sujeito ativo, por definição e direito seculares,

dessa mesma sociedade.

De 1997 em diante, o mundo, é nítido, transformou-se

radicalmente, e, no universo do Jornalismo, os desdobramentos

são enormes – do Jornalismo Colaborativo ao Jornalismo

Geográfico, só para citar dois. No fundo, todas essas práticas

partem da mesma premissa – a de que as pessoas comuns

precisam ter mais voz. Desde seus primórdios, o que diferencia

o CJ de outros postulados é sua preocupação em formar

uma platéia, uma audiência considerável para o consumo

de notícias socialmente responsáveis, que explicitem em

seus conteúdos qual foi o papel ativo de cada cidadão.

Neste mundo de Jornalismo de Blogs, esse ponto de interesse

costuma ficar de lado, na medida em que se joga na Web

conteúdo mas não se busca mensurar o quanto e como

determinada informação impactou a vida de alguém ou de

um grupo. Adiante, neste livro, o leitor encontrará casos de

links que se encontram no nível da exceção, para deleite

das comunidades atingidas por tais endereços digitais.

Para além do exposto acima, este livro tenta avançar

sobre outros conceitos. Conforme é possível verificar sempre

que se busca encontrar, no Brasil, alguma ação que guarde

similaridade com as práticas americanas, há no País uma visão

distinta do que seja civismo, cidadania e cívico, por exemplo,

três palavras cruciais quando se trata de compreender o

CJ. Em terras verde-amarelas, esse trio de expressões está

mais próximo das noções de patriotismo e nacionalismo do

que da preocupação com questões coletivas pertinentes

às cidades e seus moradores, tal qual nos Estados Unidos.

12

É por isso que, ao longo do texto a seguir, o leitor terá à

disposição elementos para compreender por quais motivos o

Civic Journalism não é traduzido meramente como Jornalismo

Cívico. Para reunir tais conteúdos, ao longo dos últimos anos,

diversos mecanismos foram utilizados – das consultas a livros

em diversos idiomas e épocas a coleta de depoimentos

de pesquisadores em Comunicação renomados, como o

editor americano Davis Merritt (tido como o mentor do Civic

Journalism) e o professor doutor português Nelson Traquina, da

Universidade Nova de Lisboa (UNL, Portugal). Paralelamente,

houve a leitura de documentos contemporâneos, como

o relatório The state of news media 2004, um compêndio

de 500 páginas elaborado por 60 professores, jornalistas e

especialistas americanos sobre o status quo da imprensa

daquele país e que, na visão do jornalista brasileiro Carlos

Castilho, uma autoridade nacional quando o tema é Civic

Journalism, guarda bastante semelhança com a mídia

verde-amarela. Nosotros, el medio – Cómo las audiencias

están modelando el futuro de las noticias y de la información

é outra base avaliada. Lançada em 2003 pelo The Media

Center at the American Press Institute, apresenta ponderações

absolutamente pertinentes sobre Jornalismo Participativo, o

outro nome para Colaborativo.

Como recursos adicionais, porém não menos

relevantes em termos qualitativos, situam-se os debates

realizados em sala de aula (durante os encontros das

disciplinas regulares e eletivas bem como oficinas

oferecidas pelo Mestrado em Comunicação e Linguagens

13

da Universidade Tuiuti do Paraná, entre 2002 e 2004), as

orientações e o acompanhamento das trajetórias de alguns

veículos nacionais (sobretudo jornais diários), seja por meio

da análise dos caminhos que percorreram ao longo de

vários anos seja pelo monitoramento de determinadas

edições num curto período de tempo. Cabe ressaltar que

o acompanhamento em questão não se trata de um

olhar exaustivo sobre a imprensa daqui, mas de análises

selecionadas de maneira a abrangerem diversos níveis dos

meios de comunicação do País, seja pelo prestígio social

seja pelo alcance geográfico desses veículos.

É, portanto, nesse cenário que os capítulos foram

estruturados. As origens do CJ estão postas no tópico

primeiro, incluindo uma análise sobre a etimologia de

palavras-chave no tema. No capítulo 2, o CJ é visto sob a

ótica de algumas correntes das Ciências da Comunicação,

aí incluindo especialistas que vêem nessa verve do jornalismo

como uma técnica de pouca credibilidade. Adiante, um

panorama brasileiro é apresentado, a partir de veículos

selecionados, dentre eles os diários Folha de São Paulo e

O Estado de São Paulo, considerados como membros do

primeiro time da mídia brasileira, além de casos latinos. Antes

das considerações finais, o leitor se deparará com o capítulo

4, que tece considerações sobre elementos existentes no

Brasil que guardam similaridade com os ideais do CJ, como

os organismos midiáticos que estimulam a responsabilidade

social e a prática da produção colaborativa de conteúdo.

Em última instância, o presente livro objetiva,

portanto, fomentar o conhecimento do que seja o CJ no

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Brasil, para que, em um tempo próximo ou em médio prazo,

o Jornalismo Público possa ser praticado com intensidade

no território nacional, se for do interesse de um indivíduo,

de uma organização ou de um grupo de pessoas. Não

encontrará o leitor, nas páginas a seguir, nem um receituário

nem uma defesa da implantação do CJ no Brasil, mas sim um

estudo crítico sobre o tema. Para o autor do presente livro,

resta claro que o CJ não é uma revolução ímpar na história

da imprensa ocidental, mas sim um instrumento que pode

auxiliar, em especial, pequenas e médias comunidades na

busca de engajamento coletivo para a solução de questões

justamente coletivas. Como referido anteriormente, o relatório

The state of news media 2004 aponta uma perigosíssima

curva descendente dos níveis de credibilidade dos meios de

comunicação em geral nos Estados Unidos, excentuando-

se as mídias on line, ética e alternativa. Não por acaso, as

duas últimas estão entre as que mais praticaram a cartilha

do Civic Journalism nesses últimos 20 anos.

Ao acontecer isso, crê-se que esteja contribuindo

para a formação de uma massa também essencialmente

crítica sobre o papel dos mass media neste começo do

século XXI, condição essencial para qualquer sociedade

que se pretenda apresentar como a mais justa possível.

Márcio Fernandes

Julho de 2008

refácio

CiviC Journalism

Que Jornalismo é esse?

Finalmente uma boa notícia para a mídia regional,

que continua sofrendo forte concorrência da grande

Imprensa e dos novos meios de comunicação, especialmente

a Internet. Temendo sua extinção, o jornal das pequenas e

médias cidades busca descobrir fórmulas para cumprir sua

função de bem informar e - porque não? – também procura

maneiras de sobreviver. Atualmente, os ventos são muito

favoráveis à imprensa comunitária. Em boa hora, o professor

Márcio Fernandes busca em jornais de comunidades

regionais nos Estados Unidos o Civic Journalism, ou Jornalismo

Público, ou ainda o que se denomina como Jornalismo de

contato com a comunidade. E propõe a construção de um

modelo verde-amarelo, para ser implantado aqui. Mas que

Jornalismo é esse?

Com a globalização, a partir dos anos 80, e com o

surgimento de satélites para distribuição de notícias, todos

nós prevíamos dias difíceis para a mídia local e regional.

A concorrência da TV, do rádio, dos grandes veículos das

P

16

capitais, e de tantas outras mídias alternativas dificultam a

vida dos jornais comunitários. E foi no final do século 20 que

ela passou pelas maiores dificuldades e teve inclusive o seu fim

anunciado. Poucas décadas antes, era significativo o número

de pequenas cidades que possuíam mais de um periódico.

Mas o que parecia ser o grande inimigo veio para

fortalecer os que se dedicam à notícia local. Hoje, podemos

acessar online praticamente todos os jornais do mundo,

assistir inúmeros canais de TV e ouvir número significativo de

emissoras de rádio. Com o advento desta rede planetária

de informação, temos o que Henri-Pierre Jeudy denomina

de a sociedade transbordante, onde os discursos provocam

um constante efeito de “transbordância de sentido”. E a

sociedade do espetáculo entra em nossas casas e nos fascina

através das catástrofes e atentados que nos sensibilizam

como se estivessem ocorrendo aqui muito perto de nós.

Com toda essa avalanche de informações e de

sentidos, o leitor passa a ter ainda mais vontade de saber o

que acontece nas proximidades de sua casa, de conhecer

os fatos que ocorrem no âmbito de sua “aldeia”. Isso vem

valorizar, de forma significativa, a mídia local e regional.

É nesta configuração que o Civic Journalism pode

encontrar boas oportunidades. Não simplesmente porque,

freqüentemente, estamos propensos a copiar o que vem

de fora, mas porque há uma necessidade latente na nossa

mídia comunitária de um projeto que una a Imprensa e

as comunidades em objetivos e projetos comuns. Mostrar

que pode existir proximidade entre a notícia e os interesses

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do leitor. E foi percebendo isso que o professor Márcio

dedicou-se a entender o Civic Journalism. Ele conhece

bem a realidade da mídia regional, pois foi nela que iniciou

suas atividades profissionais logo após formado, na cidade

de Santa Maria (RS).

Depois de conhecer as dificuldades, buscou

soluções na pesquisa acadêmica. Por isso, tem autoridade

e conhecimento para apresentar este modelo de Jornalismo

e, com isso, suscitar mudança de algumas práticas já

consagradas na Imprensa brasileira. Uma proposta que busca

o engajamento do Jornalismo com as causas comunitárias,

aspecto importante no fortalecimento da mídia regional.

E também seria uma maneira de contribuir para que as

reivindicações tenham visibilidade e sejam atendidas pelos

poderes constituídos.

Mas pode a imprensa participar experiência

como esta sem comprometer sua imagem de isenção e

imparcialidade?

Claude-Jean Bertrand lembra que atualmente

ninguém pode prescindir da mídia para viver, ou até mesmo

para sobreviver. Infelizmente, segundo ele, os veículos de

comunicação não cumprem o seu papel corretamente.

Assim como Márcio, também Bertrand está preocupado

em reverter este quadro. E o Civic Journalism poderá ser

alternativa para que se reencontre o caminho. Ele poderá

ser exercido sem comprometer a ética, a objetividade ou

a imparcialidade jornalísticas, isto é, sem comprometer o

valores jornalísticos. Quando as regras e os procedimentos

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são previamente estabelecidos, quando há este

conhecimento prévio de como acontecerá o processo,

como é a proposta do Civic Journalism, é possível preservar

os valores da notícia.

Nelson Traquina lembra que no início do século 20

as notícias eram “um espelho da realidade” e os jornalistas

eram observadores neutros que se propunham a reproduzir

fatos sem interferências subjetivas. E para manter esta

aparente imagem de objetividade, a Imprensa se distanciou

do real. E em defesa de uma técnica, os jornalistas passaram

a produzir notícias áridas, de pouco interesse. O consumidor

da informação está cada vez mais exigente e isso provoca

necessidade constante de mudanças. E a defesa da

comunidade, a que se propõe o Civic Journalism, poderá

motivar os leitores, que já andam desanimados em função

da insistência dos jornais em noticiar acontecimentos

transnacionais em detrimento dos locais. E isso aconteceu

porque, sob o pretexto de manter a isenção, a imprensa se

afastou do que estava próximo.

A maneira como vai acontecer a implantação do

Civic Journalism deve ainda ser motivo de estudos. Márcio

avaliou exemplos que se aproximam da idéia em jornais

brasileiros. Pouco encontrou além de alguns cadernos de

bairro, mais preocupados com o faturamento comercial do

que com o atendimento das reivindicações dos moradores.

Talvez em jornais comunitários haja ações mais próximas do

que o autor propõe.

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Atenção especial para este tema devem ter os

acadêmicos que se preparam para exercer o Jornalismo

na mídia comunitária. O Civic Journalism é ferramenta

importante na busca de alternativas. Às vezes, os poderes

constituídos se julgam donos da Imprensa nas localidades

do interior, assumem o direito de ditar como a Mídia deve

enfocar os temas do dia-a-dia. O jornal, por sua vez, com

freqüência busca formas de se aproximar de quem detém o

poder, com vistas a benefícios. E nesse jogo, a comunidade

fica como simples assistente.

Há maneiras de alterar esse ciclo. Como o

professor Márcio lembra, o desejo de todo jornal é ter

leitores colaboradores, e não simples espectadores. O

Civic Journalism não deve comprometer a isenção nem

a imparcialidade de qualquer veículo de comunicação.

O jornal é uma instituição que deve ter independência

para escolher o que noticiar e como noticiar. Assim, será

transformado em fórum para discussão de assuntos que

interessam à sua comunidade. E terá vida longa.

Gaspar B. Miotto

Professor de Comunicação Social da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e PhD em Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa (UNL)

umário

Origens e desenvolvimento do Civic Journalism........................................................23

O Civic Journalism e as ciências dacomunicação ..........................................................89

A situação no Brasil ...............................................111

Haverá um modelo verde-amarelo? ................. 153

Para além de um tema ibopizado ..................... 205

S