ciclos da borracha pdf
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história do acreTRANSCRIPT
HISTÓRIA DO ACRE
PROFESSORES
Eduardo Carneiro
Egina Carli
Rio Branco-Ac
CICLOS DA
BORRACHA
Primeiro Ciclo da Borracha“A intrigante história do ouro negro”
Contexto Internacional (1870-1913)
IMPERIALISMO
ou
NEOCOLONIALISMO
2° REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL CAPITALISMO
MONOPOLISTA
•Acirrada competição entre
as grandes potências em
busca de “áreas de
influência”.
• A disputa pelo controle
das fontes de matérias-
primas tornou-se essencial
para a sobrevivência da
industria moderna.
•Divisão Internacional do
Trabalho
•Concentração da
produção e do capital em
torno de grandes
empresas.
•Truste e Cartel
-A descoberta do valor comercial da borracha fez parte de uma conjuntura internacional em que a busca pelo lucro foi levada ao extremo através da política imperialista dos países “centrais”.
-A conquista territorial e o domínio econômico sobre outras nações eram vitais para a sobrevivência das indústrias. Por meio do controle das fontes de matérias-primas, pretendia-se vencer a “encarniçada” concorrência.
-No final do século XIX, o Acre torna-se um dos principais alvos do capital, por ter a maior fonte de látex, elemento essencial à indústria pneumática.
Política
- "Café com le ite"
Econom ia
M onocu ltura do Café
O utros:
A Amazôn ia ainda era
considerada uma
periferia do Brasil
O utros:
A econom ia nordestina
estava em ru inas.
B rasil
(1894-1813)
A “Revolução” Acreana
(1899/1903):
-Indiferença do Governo Fedederalem relação à “Questão Acreana”;
-Interesses econômicos: Belém eManaus;
-Centenas de nordestinos vivendoem função do látex
A borracha como mercadoria
O uso da borracha já existia na cultura indígena desde os tempos pré-colombianos.
Inicialmente, a borracha era uma simples “droga do sertão”, que passou a ser objeto de curiosidade de expedições científica. O pesquisador Charles La Condamine apresentou-a à Europa em 1736.
O processo que tornou a borracha um produto comercializável (gerador de lucro), só foi possível graças a descoberta de sua utilidade para indústria moderna;
A criação do processo de vulcanização em 1839, por Charles Goodyear e da pneumática em 1888, por Dunlop
foram o “estopim” para a corrida às “terras non descobiertas”.
O Capital Internacional chega ao Acre
• A produção de borracha na Amazônia
só foi viável economicamente devido:
a) grande oferta de capital e b) grande oferta de
mão de obra.
Da onde vieram os
trabalhadores para
esse empreitada? Por
que vieram para o
“inferno verde”?
Nordestinos: os heróis anônimos
CAUSAS DA MIGRAÇÃO:
Grande Seca no nordeste;
Ilusão do enriquecimento fácil;
Forte patrocínio: Belém e Manaus;
Preconceito com os cafezais;
Somente entre os anos de 1872 a 1900, migraram para mais de 260.000 nordestinos;
“É O HOMEM QUE TRABALHA PARA SE ESCRAVIZAR”
Euclídes da Cunha
SISTEMA DE AVIAMENTO:“O Imperialismo Maquiado”
Casas Exportadoras
Casas Aviadoras
Seringalistas
Seringueiros
Aviamento vem do verbo “aviar”, que significa fornecer
mercadoria a alguém em troca de outro produto.
Na prática, era um sistema semi-escravo
Conseqüências
•Desenvolvimento de algumas áreas;
•Processo de desenvolvimento urbano de Belém e
Manaus;
•Povoamento de áreas mais afastadas;
•Belém era a grande porta de saída do produto, com
125.000 hab.
•Manaus se transformou, segundo Augusto Plane na
“Lê Paris des selves” com 50.000 hab.
•Centenas de mortos;
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A Batalha da Borracha (1942-45)“Enfim, lembraram que o Acre existia”.
A Borracha na Segunda Guerra Mundial“O Acre volta a produzir borracha, dessa vez,
para subsidiar a indústria da morte”.
O contexto mundial do 2° Ciclo da Borracha é o da Segunda
Guerra Mundial. A partir de 1941, a guerra sai dos limites da
Europa e alcança a Ásia (Rússia) e o Pacífico (Japão).
Guerra no Pacífico (1941): O Japão invade a Malásia (a
maior produtora de borracha da época), prejudicando os
Aliados.
Em fevereiro de 1942, os EUA estabelecem o racionamento
da borracha: só poderia ser usada pela Indústria bélica.
O 1° surto terminou quando a Malásia passou a produzir
borracha. O 2° ciclo começa quando ela é impedida de
fornecer borracha aos aliados.“A Malásia representava 97% da produção mundial da borracha”.
“A borracha como o nervo da guerra”
As matérias-primas mais importantes para a indústria
bélica eram o petróleo, o aço e a borracha. Para os dois
primeiros, os aliados não encontraram problema. A
grande questão estava na iminente falta de borracha.
A falta da borracha tornou-se o GRANDE problema
para os aliados. Os estoques só dariam para mais um
ano de guerra. QUAL SERIA A SOLUÇÃO!!!
TRATADO DE WASHINGTON (03 de março de
1942): Os EUA investiriam capitais para reativação dos
seringais amazônicos e se comprometeram em comprar
toda a produção num período de cinco anos (1942-47).
“O Acre é um imenso seringal”. FHC
... do Paraíso ao Inferno! O presidente Getúlio Vargas tomou várias medidas para efetivar o
Tratado de WASHINGTON .
Em 9 de junho de 1942, Foi criado o Banco de Crédito da Borracha.
Criaram-se o SEMTA e o CAETA, órgãos responsáveis pela
mobilização de trabalhadores e envio destes à Amazônia.
Foram enviados para as trincheiras da Europa cerca de 25 mil
“pracinhas”, que atuaram de setembro/1944 a abril/1945 (8 meses).
Destes, 450 morreram. Ao voltarem para o Brasil, viraram HERÓIS
NACIONAIS.
Foram enviados para as “trincheiras do inferno” cerca de
55 mil “soldados da borracha”. Atuaram desde 1942 e o
número de mortos por epidemias e acidentes chega a 20 mil.
A maioria não conseguiram retornar para suas terras natais.
Ao final da guerra, foram esquecidos pela “PÁTRIA”.
Governo Federal: o grande vilão?O Governo Federal para honrar o Tratado feito com os EUAfizeram de tudo para enviar os “soldados da desgraça” paraa Amazônia.
A produção da borracha tinha uma única função:instrumentalizar as máquinas de produzir cadáveres. O Acrecontribuiu para o genocídio da guerra.
Com o fim da guerra em 1945, findou-se também aimportância do Acre. A produção da borracha entrounovamente em falência, a pesar de continuar a ser oprincipal produto de exportação da economia acreana.
O Governo Federal foi o responsável pela incorporação doespaço amazônico no processo da guerra. Alimentou ascondições para o 2° Surto, fez vistas grossas a semi-escravidão do seringal. Novamente fez do Acre refém dosinteresses internacionais.
A partir de 1972, o Governo Federal instalou o “Programade Incentivo à produção de Borracha vegetal”, denominadode PROBOR I, com o objetivo de recuperar seringaisnativos e plantar seringais de cultivo.
Muitos dos empresários que receberam o dinheiro doPROBOR I, investiram em outros fins, como por exemplona pecuária. Ainda assim, as mini-usinas de beneficiamentode borracha, controladas por seringueiros, forma financiadascom recursos do PROBOR I, II e III.
Em janeiro de 1999 surgiu a Lei Chico Mendes no Estadodo Acre, pagando subsídio ao seringueiro vinculado acooperativas ou associações, até a quantia de quarentascentavos de Real por quilo de borracha.
OBS1: A Constituição de 1988 prevê a concessão de dois salários mínimos aos
soldados da borracha, sem direito a 13°.
OBS2: Até hoje os SOLDADOS DA BORRACHA lutam por uma
aposentadoria equivalente aos dos “pracinhas” que guerrearam na Itália.
a) A maciço investimento do Banco de crédito da Borracha;
b) À instalação de um amplo parque industrial em Manaus,
capaz de absorver a produção e comercializa-lá.
c) À utilização de tecnologia adequada e mão-de-obra
tecnicamente qualificada;
d) À imigração de nordestinos conhecidos como soldado da
borracha, dessa vez acompanhados, em sua maioria, por
seus familiares;
e) À intensificação da mão-de-obra indígena no extrativismo.
(UFAC/2000) A década de 40 é marcada por uma
singular importância na história da ocupação da terra
acreana. Em 1941, produziam-se 18.233 toneladas de
borracha. Em 1945, a produção aumentou para 32.300
toneladas. Tal aumento foi possível graças:
CONTATOS
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