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Tecnologia Reciclagem de pavimentos como tendência consolidada
Infraestrutura Camargo Corrêa aplica metodologia européia
Número 21
Maio 2010
E S P E C I A L
Construtoras africanas em obras aeroportuárias
Produção e execução:
Fone: (51) 3346-1194
Edição:
Fernanda Reche (MTb 9474) e
Svendla Chaves (MTb 9698)
Reportagem:
Patricia Campello
Revisão:
www.pos-texto.com.br
Edição de arte:
Eduardo Mello
Tiragem:
5.000 exemplares (português)
2.000 exemplares (espanhol)
300 exemplares (inglês)
Distribuição gratuita.
É permitida a reproduçãode matérias, desde quecitada a fonte.
A REVISTA USINA DE NOTÍCIAS
É UMA PUBLICAÇÃO
DA CIBER EQUIPAMENTOS
RODOVIÁRIOS LTDA.
EMPRESA DO GRUPO WIRTGEN
Rua Senhor do Bom Fim, 177
CEP 91140-380
Porto Alegre – RS – Brasil
Fone: (51) 3364-9200
Fax: (51) 3364-9222
www.ciber.com.br
Coordenação-Geral:
Luiz Marcelo Tegon
(Vice-presidente)
Stella Richetti
(Analista de Marketing)
Expediente
S U M Á R I O
3Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Acontece
Tecnologia
Infraestrutura
Mercado
Mercado paulista com força totalEmpreiteiras do Brasil
com sede em São
Paulo incrementam
seus negócios com o
investimento contínuo
em melhorias nas
rodovias de diferentes
localidades do Estado
Página 18
Construtoras
atuam em
importantes obras
de terminais
aeroportuários no
território africano
Página 12
Revitalização de aeroportos na África
........................................................................................................................................4
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Acontece
O P
I N
I Ã
O4
A Ciber desenvolveu, ao longo das
últimas décadas, tecnologia de altaperformance e forte relação com seus
clientes. Se o aperfeiçoamento das máquinas
é essencial para a satisfação de nossosclientes, a oferta de serviços adequados
também é fator fundamental no processo.
Para isso, estamos investindo fortementenum processo de desenvolvimento e
capacitação contínua dos sistemas de
distribuição e da rede de representantes.Primamos pela eficiência de nossos
técnicos especializados, apoiados por um
extenso programa de treinamento equalificação, bem como pela disponibilidade
de peças de reposição. Seguindo esta
premissa, a fim de que nossos clientesobtenham a maior eficiência em seus
equipamentos, a revista traz como novidade a
seção “Dicas Técnicas”, que a cada fascículoapresentará valiosos conselhos de aplicação,
operação e manutenção, apoiando assim a
aplicação das melhores práticas na utilizaçãodos produtos da linha do Grupo Wirtgen.
Ao mesmo tempo em que a fábrica e a
tecnologia dos produtos avançam, garantimosa disponibilidade e eficiência operacional dos
equipamentos em todas as regiões em que
nossas máquinas estão em operação – seja naAmérica Latina, na África ou na Austrália.
De forma afinada com estas ações,
recentemente expandimos a missão da Ciber,tendo nossa razão de existir agora descrita
por: “Fornecer soluções inovadoras e competi-
tivas em produtos e serviços para os mercadosde pavimentação, compactação e mineração”.
A chave da nova missão está no termo
“solução” – não apenas produzimos máquinas,e sim oferecemos uma solução completa para
cada cliente e mercado em que atuamos,
garantindo a melhor performance e produtivi-dade de nossos equipamentos, gerando a
máxima satisfação de nossos clientes,
tornando-nos o parceiro ideal e a melhor opçãoem nosso segmento. Assim manteremos a Ciber
como a empresa de referência e liderança nos
produtos e mercados em que atuamos.
Luiz Marcelo Tegon
Vice-presidente
Soluções diferenciadas
Grupo FBS apostaem tecnologia inédita no BrasilCom foco na execução de projetos de terraplenagem,
pavimentação, drenagem, saneamento e obras de arte e construção
civil, o Grupo FBS, da cidade brasileira de São Paulo, há 19 anos
empreende no setor. Os seus trabalhos são dirigidos ao mercado
industrial, comercial, imobiliário e ao segmento público. Para garantir
a excelência dos seus serviços, investe em uma equipe funcional
qualificada, cerca de 900 colaboradores, e em tecnologia.
Ao longo dos anos modernizou o parque de máquinas, e
diversif icou os seus processos e obteve resultados ascendentes em
seus negócios. Especializou-se, por exemplo, em pisos intertravados,
em 2002, criando o Intercity para a fabricação de artefatos de
cimentos. Três anos depois inovou como o Concrecity responsável
pelo desenvolvimento de concreto usinado. Já em 2009 agrega ao
seu complexo a Usicity voltada à produção e comercialização de
massa asfáltica especial. Somado a isso, houve a renovação do
parque industrial e a consolidação da profissionalização da gestão.
Seguindo a linha da inovação, a FBS trouxe tecnologia inédita para o
Brasil. Adquiriu duas vibroacabadoras Vögele com Spray Jet. O negócio
foi concretizado na Bauma – maior feira do setor de máquinas e
equipamentos para construção pesada, realizada em Munique, na
Alemanha, no mês de abril, onde a Ciber apresentou tecnologia
inovadora para o setor.
A FBS usará novos equipamentos na capital paulista, na execução de
serviços para a prefeitura municipal. Os destaques da vibroacabadora
ficam por conta da redução de tempo e aumento de qualidade e
produtividade, através da aplicação da pintura de ligação com o sistema
Spray Jet simultaneamente à pavimentação. Essa tecnologia garante que
toda a pintura de ligação seja preservada sem nenhuma perda ou dano
pelos equipamentos da pista. É indicada para todos os tipos de
pavimentação asfáltica, principalmente na aplicação de microcamadas a
quente. O modelo Super 1800 com Spray Jet permite aplicar emulsão
e pavimentar o asfalto ao mesmo tempo. A máquina não possui
similares em uso no Brasil e esta comercialização significa o aporte de
uma nova tecnologia no setor.
5Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
O setor público tem sido um cliente de peso
para muitas empreiteiras brasileiras. Caso da
Mattos & Travensollo Ltda., empresa sediada
na cidade paulista de Duartina, que encontrou
nos órgãos governamentais um nicho de
mercado interessante para os seus negócios.
A maior parte das suas atividades ocorre
basicamente em um raio de 150 quilômetros
em torno de Bauru, município localizado no
Centro-Oeste de São Paulo.
Há sete anos atuando com terraplanagem e
pavimentação, Mattos & Travensollo, apenas 15%
da clientela da Mattos & Travensollo é oriunda da
iniciativa privada. “Um grande percentual das
nossas demandas vem de prefeituras ou do
Departamento de Estradas e Rodagem”,
Mattos & Travensollo executa obras em importante via do paísressalta Carlos Alberto Amaro Travensollo,
coordenador administrativo da empresa.
Recursos tecnológicos e equipe bem
preparada são estratégias para não perder
espaço e aproveitar os bons ventos que
sopram em direção ao segmento de constru-
ção pesada. Para Travensollo, o aquecimento
da economia e a necessidade do país investir
continuamente em infraestrutura suscitam um
otimismo em relação à geração de negócios
para os próximos anos. “Queremos acompa-
nhar este crescimento”, conclui.
Recentemente a construtora trabalhou na
duplicação da rodovia Bauru/Marília, concluída
em março de 2010, que contabilizou 100
quilômetros de obras. Sob a sua tutela ficou
um trecho de 15 quilômetros. Trata-se de um
projeto de extrema relevância por ser a via
um elo de ligação entre os municípios da região
e a capital de São Paulo e com os estados do
Mato Grosso e Paraná. “Este empreendimento
era esperado há mais de 15 anos em função da
sua relevância econômica”, acrescenta o
executivo. A empreitada contou com
tecnologia de ponta a fim de alcançar patamares
de excelência. Entraram em operação na
duplicação dois rolos Hamm 3411P, comercializa-
dos pela Ciber a Mattos & Travensollo. “Há uma
diversidade de máquinas do gênero, mas o
modelo é uma referência de qualidade, inclusive
visitei a fábrica na Alemanha. Em campo, a
resposta operacional foi muito boa.”
Especializada em construção, manutenção e
recuperação de rodovias, a Asfaltos y
Petroleos S.A. (Aspetro) se dedica majoritaria-
mente a serviços de caráter público na
Guatemala. Já não é de hoje que a empresa
aposta nos equipamentos do Grupo Wirtgen,
comprovando que possuir uma linha completa
de máquinas oferece mais segurança e
facilidade para o cliente: há oito anos a
Aspetro aposta na relação com o grupo.
Segundo Edgar Fernández, da Aspetro, a
escolha pelos produtos se deu em função da
relação entre custo e qualidade ofertada.
Sobre a opção de várias máquinas da mesma
fornecedora, Fernández destaca que a
principal vantagem é o conhecimento
adquirido pelos profissionais da empresa: “Os
operadores e mecânicos se familiarizam com
equipamentos da mesma marca.
A Aspetro possui uma longa lista de equipa-
mentos do grupo em utilização. São duas
fresadoras (W100 e W1500), uma recicladora
Wirtgen WR2500, uma vibroacabadora
Vögele Super 1800, dois compactadores
Hamm (HD90 e GRW15) e uma usina UACF
17P Advanced da Ciber. Conforme Fernandéz,
a principal qualidade das usinas de asfalto é a
tecnologia de controle computadorizado,
“que facilita a operação e mantém uniforme a
qualidade da mistura asfáltica”.
Aspetro investe em linha completa de tecnologia
A Polienge Engenharia e Indústria Ltda., com
sede administrativa na cidade brasileira de Belém,
é dirigida pelo engenheiro civil Alex Dias
Carvalho, tendo como principais atividades a
terraplanagem e a pavimentação asfáltica. Suas
obras, na região metropolitana de Belém, são
direcionadas para a construção de conjuntos
habitacionais, compreendendo a parte da
construção civil, saneamento, terraplenagem e
asfaltamento das vias.
Em Paragominas, localidade situada a 350
quilômetros de Belém, possui contrato com a
Prefeitura local, em que está executando a
terraplanagem e o asfaltamento de praticamen-
te todo o município, bem como trechos da BR-
316 (obras federais) na proximidade do
município. O fato de as instalações da Compa-
Polienge Engenharia: atuação forte em Belémnhia Vale do Rio Doce se situarem na região
contribuiu para o incremento dos negócios da
empreiteira, que efetiva os projetos de
recuperação e manutenção nas vias de todas as
minas de Bauxita.
A qualidade do atendimento pós-venda
consiste em um diferencial nas relações de
consumo. Quesito imprescindível para a
Polienge na hora de escolher seu fornecedor de
maquinários. Recentemente a empresa contou
com o respaldo da Delta Máquinas, represen-
tante Ciber na região, para dar suporte à usina
de asfalto, modelo UADM14P adquirida pela
construtora no ano de 2000.
Os serviços ocorreram em um período de um
ano e os resultados exitosos justificam-se pela
aproximação do cliente com a rede autorizada
Ciber. Foi um trabalho de parceria, envolvendo
ambas as partes. “Esta fidelidade permite
manter a máquina em perfeitas condições de
operação. Reduz a perda de matéria-prima,
aumenta a disponibilidade física do equipamento
e a qualidade do asfalto”, explica Ulysses Vieira,
gerente de serviços da Delta Máquinas. A
satisfação com o atendimento resultou na
aquisição de outros equipamentos Ciber: um
rolo compactador HD 14VT e uma
vibroacabadora AF 4500.
Tecnologia6
Fresagemem temporecorde
Quem esteve no evento inaugural daFórmula Indy, em março, na cidadebrasileira de São Paulo, não imagina
todo o procedimento adotado para que olocal estivesse em condições de realizar acompetição com segurança. A fresagemfina no pavimento de um importantetrecho do traçado, localizado na região doAnhembi, em um circuito de rua nacapital paulista, ficou sob a responsabili-dade da empresa paulista Unifresa, tendocomo propósito resolver problemas de
falta de aderência. Meta atingida comsucesso, contando com tecnologia, agilida-de e uma equipe focada em alcançar umalto nível de excelência.
Acionada pelo Dersa, após o adiamentodo treino oficial decorrente de críticas emrelação à qualidade da pista e à necessidadede reforma urgente, a empresa executou oserviço em um período de 8 horas, encerrandoas atividades na madrugada que antecedia acorrida. O prazo curto figurou como um dosprincipais fatores a serem vencidos para a
Com tecnologia na mão, a equipe da
empresa brasileira Unifresa
desenvolveu em um prazo de oito
horas o trabalho de fresagem fina na
pista da Fórmula Indy
7Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
operacionalização ocorrer comexcelência.
Um desafio que a Unifresadriblou com supremacia. A mesmaintegra o Grupo ANE, fundado em1967, o qual executa obras deengenharia para órgãos público. Nadécada de 80, introduziu no país osserviços de fresagem de pavimentosasfálticos. De lá para cá, expandiu,incrementou seu parque de máqui-nas e cresceu expressivamente.
Recursos tecnológicosA empreitada na pista da Fórmu-
la Indy, por exemplo, contou com orespaldo de uma fresadora W 1900fabricada pela Ciber, equipada comum cilindro de fresagem fina.“O equipamento tem capacidade decorte de até 300 mm em uma únicapassada, em se tratando de pavimen-to asfáltico. Com todas estas caracte-rísticas não tínhamos dúvidas de queo modelo corresponderia às expecta-
tivas de maneira satisfatória”, afirmaValmir Bonfim, engenheiro e diretorTécnico da Unifresa.
Bonfim explica que a fresagemfina consiste em uma técnicadestinada ao desgaste de espessurasdelgadas. Na obra do circuito, foiaparada uma espessura média de 5milímetros. “Para tanto, usamos ocilindro fresador com largura de 2metros e que possui 672 dentes.Este procedimento promoveaderência pela rugosidaderesultante na pista, apropriada aorolamento de veículos”, explica.A pista possui comprimento de 535m e 11,4 m de largura, perfazendouma área de 6.099 metrosquadrados. “Os dentes de corteresistiram muito bem ao concreto enão houve a necessidade de trocadurante o trabalho, que era outragrande preocupação. Conseguimosconcluir os serviços a tempo derealizar o teste com um veículo da
Fórmula Indy, agendado para as4h30min da manhã.” A “dança doscarros”, na reta do trechoreformado, foi solucionada e oevento esportivo seguiu o seu cursocom êxito. “O próprio Roger Penske,dono de uma renomada escuderia,nos parabenizou – um motivo degrande satisfação para a Unifresa”,lembra com satisfação.
Cilindro em açãoComo Bonfim enfatizou, o sucesso
do projeto desenvolvido pela Unifresateve um aliado de peso: o LA6X2.Trata-se de um cilindro de fresagemopcional para as fresadoras W1900(produzida no Brasil pela Ciber) epara os modelos importados (W100e W100F). “Para as fresadoras demenor porte, há outras opções decilindro de fresagem fina e microfre-sagem com distâncias entre os dentesde corte ainda menores”, ressaltaJuliano Gewehr, da Engenharia deAplicação da Ciber. No LA6X2, oespaçamento entre a linha de corte éde 6 mm e durante a rotação 2 bitspassam pelo mesmo ponto de corte.“Por remover uma pequena espessu-ra e pelo fato das linhas de corte dosbits estarem muito próximos uns dooutros (6mm), é uma aplicaçãorecomendada em casos de necessida-de de aumento da aderência dapista”, assinala.
Cilindro de fresagem fina
Tecnologia8
Reciclagem:tendênciaconsolidada
Cdo em março na sede da Reciclotec, nacapital paulista. Estiveram presentesAislan Buhler e Roberto Censoni(Contern Construções); Alexandre Ma-
chado Correa (PaulifresaFresagem); Marcelo Curi eIsmael Mendes Alvim (Cons-trutora Pavisan); GiancarloAndreoli (CGS Rio Preto);Rodrigo Magalhães deVasconcelos Barros (CopavelConsultoria); José MarioChaves (OHL Brasil); HelioCepolina e Valmir Bonfim(ANE Pavimentação); eRaphael Barbeto Thuler(Silthur Construtora).
Segundo os participantes, oevento veio em boa hora,afinado com o momento do
Evento realizado em São Paulo reuniu
importantes empresas do estado para debater
aspectos da reciclagem de pavimentos
Os participantes do encontro em confraternização
om a participação do engenheiroWalter Gruber, responsável pelaárea de reciclagem de pavimentos
da Wirtgen GmbH, o encontro foi realiza-
9Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
setor de pavimentação no país. ParaAlexandre Correa, da Paulifresa, “omercado da reciclagem hoje noBrasil é um mercado real, concretoe de um grande futuro”. Entre ospontos discutidos no encontroesteve a questão ambiental, quevem dando impulso à utilização dareciclagem como alternativa para amelhor realização de projetos.“Existem questões de projeto eoutras definições que muitas vezeslevam à opção pela fresagem; masisso vem mudando consistentementenos últimos anos três anos. O próprioDnit vem utilizando a reciclagem nassuas obras”, lembra Correa.“A reciclagem é uma tendência quetodo mundo está seguindo. Começoucom as concessionárias – e o DERestá bem interessado nessa área porcausa do rejeito do material”, salientaGiancarlo Andreoli, sócio-proprie-tário da CGS Rio Preto
Aspectos técnicosAlém de avaliar o potencial de
utilização da reciclagem em obrasbrasileiras, os participantesdiscutiram questões específicas dautilização da técnica. Andreolidestaca a importância doaprimoramento: “Existem empresastentando fazer reciclagem semterem técnica suficiente para isso, oque prejudica a imagem dareciclagem por falta de especializa-ção para fazer o serviço”.
Antonio Monfrinatti, daReciclotec, explica que o fundamen-tal para que qualquer trabalhofuncione bem é o reconhecimentoprévio da área: “Se podemos dizerque há regras de trabalho, a primei-ra delas é a seguinte: precisamosconhecer o pavimento que temos,fazer poços de visita, avaliar aintegridade do material. Assim é
possível definir a melhor soluçãopara cada projeto”.
Entre os temas discutidos estevea profundidade de corte e otamanho da camada remanescentepara garantir a durabilidade dotrabalho. Conforme os partici-pantes, não há valores específicosdeterminados por normas legais,nem no Brasil nem no exterior. Paraevitar a desagregação, é necessáriofazer a avaliação prévia darigidez da camada remanescente,pois sua integridade pode serapenas aparente.
Troca de informaçõesUm dos principais objetivos do
evento foi também escutar os
relatos das empresas da área sobreo mercado brasileiro, como formade agregar benefícios aos produtospor meio da experiência prática dosprofissionais e gestores. Osparticipantes avaliaram asdificuldades de utilizar a reciclagemem trabalhos públicos licitados, emfunção das limitações de orçamentoe da necessidade de seguirestritamente os projetos – quemuitas vezes não incluem areciclagem. Em função dessequadro, entre as ações a seremdesenvolvidas, esteve a promoçãode atividades junto aosprojetistas governamentais,como forma de incentivar areciclagem de pavimentos.
Alexandre Correa, da Paulifresa,acredita que as perspectivas domercado brasileiro são muito boasno momento: “Existe, sim, ummovimento de reconstrução, dereabilitação das rodovias já existen-tes, até em função das eleições.Acreditamos, no entanto, que oBrasil entrou em um ritmo que nãotem como voltar atrás. Todo mundofala da Copa do Mundo, na Olimpí-adas, mas isso envolve o Brasil emprojetos que vão muito além daseleições ou apenas desses eventos”.
Walter Gruber apresenta desempenho dos equipamentos
Alexandre Machado Correa, da Paulifresa
Tecnologia10
Construtoras operam sobmedida na produção demisturas asfálticas
Aárea de construção civil eminfraestrutura tem adequado seusprocessos operacionais às demandas
do seu mercado. Atualmente, no Brasil,conforme os relatórios do CNT 2009 e doPrograma de Aceleração do Crescimento(PAC), grande parte dos serviços depavimentação está exigindo uma estrutu-ra logística e operacional enxuta dosempreiteiros. Existe uma demandaurgente e da ordem de pelo menos 8,4%das rodovias para serviços paliativos,como tapa-buracos e pequenasreperfilagens. Além disso, 88,9% dasrodovias pesquisadas pelo CNT em 2009são do tipo pista simples de mão dupla;nestes casos o empreiteiro dificilmentepoderá aplicar grandes quantidadesdiárias de massa asfáltica por dia, emfunção da necessidade de não bloqueartotalmente o tráfego e levá-lo a operar em‘meia-pista’ e com horário limitado. Outro
fator importante é a pavimentação sobreos serviços de saneamento básico e obrasurbanas. Atividades em alta e que repre-sentam R$ 239 bilhões do PAC 1 eR$389 bilhões (previstos) para o PAC 2.
As construtoras Alvorada, SBS Enge-nharia e Dalfovo Construtora são exem-plos de empresas que investiram em umnovo formato de estrutura para atenderobras de pequeno e médio portes. Asmesmas identificaram a necessidade denão investir em equipamentos de grandeporte e em instalações complexas egrandes, facilitando assim a mobilidadeda estrutura de construção. Obras comomanutenção de rodovias, recolocação depavimento em pequenos trechos fresados,construção de trechos menores que 50km, serviços de saneamento básico(preenchimento de escavações) epavimentação urbana são exemplos dasempreitadas que estas empresasvêm realizando.
Construtora Alvorada namanutenção de rodovias
A Construtora Alvorada, situada nomunicípio brasileiro de Paranaíba, noestado do Mato Grosso do Sul, concentraa maior parte das suas empreitadas naregião sul-matogrossense, na conservaçãode estradas estaduais. “Trabalhamos narodovia MS-240, MS-377 e MS-306”,afirma Rafael Antônio Giroto, responsáveltécnico da Alvorada. A Kompakt trabalhahá 50 dias para a empresa. A usinacomeçou a funcionar em março passado eSob a tutela da Construtora Alvorada, usina já produziu 2 mil toneladas
Estrutura logística
enxuta é uma tendência
das obras de
pavimentação
executadas no Brasil
11Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
produziu, até o momento, cerca de2.000 toneladas de asfalto, ematividades de pavimentação.
SBS Engenharia, escolha poruma estrutura enxuta
A SBS Engenharia, com sede emPorto Alegre, no Rio Grande doSul, possui significativa participa-ção na região Sul do Brasil, emfornecimento de serviços deinfraestrutura. Iniciou suas ativida-des na década de 80 e, atualmente,empreende no mercado de conces-sões, pequenas centrais hidrelétricase obras industriais. Possui instala-ções completas nas cidades gaúchasde Santo Antônio da Patrulha,Capão do Leão, Caçapava do Sul,Cachoeirinha e no município deParanaguá, no estado do Paraná.Presente na obra de restauração de50 quilômetros entre as cidadesgaúchas de Bagé e Livramento, naBR-293. De acordo com RogérioGomes Costa Júnior, gerente deManutenção a SBS, a empresaprecisava de uma estrutura indus-trial versátil e de fácil operação, porisso optou pela Kompakt 500 para
efetuar a produção total na obra, deaproximadamente 30 mil toneladas.Júnior ainda enfatizou comobenefício a simplicidade dos compo-nentes da máquina e o fato de opós-venda prestar um serviçoqualificado, havendo uma interaçãoentre os técnicos da Ciber com aconstrutora. “O suporte técnico érealmente muito satisfatório. A áreade serviço em conjunto com aengenharia de uma forma geralmostra-se sempre proativa, com umatendimento ímpar”, salienta Júnior.
Dalfovo Construtora inovaem seu parque máquinas
A Dalfovo Construtora,empreiteira com sede na cidadebrasileira de Caxias do sul, trabalhaem relevantes projetos de cunhoestrutural. É especializada emserviços de terraplanagem, constru-ção civil e agora pavimentação,compreendendo os estados do RioGrande do Sul e Santa Catarina,estando sob o comando de JonesAntônio Dalfovo, gerente executivo deProdução, Juarez Alex Dalfovo,gerente administrativo, Erineu
Dalfovo, diretor-geral, e pelo gerentefinanceiro, Jairo Miguel Dalfovo.
De acordo com Juarez Dalfovo, aempreiteira, na pavimentação naobra da RS-232 e na construção daúnica pista de testes de semi-reboques da América do Sul, nãopoderia investir em um equipamen-to de grande porte para a realiza-ção dos trabalhos e também finan-ceiramente teria resultados abaixodo esperado caso comprasse amassa asfáltica.
A Kompakt 500 produziu amistura asfáltica para a camada deBinder e de rolamento do campo deprovas das nove empresas dogrupo caxiense Randon. Uma áreade 87 hectares transformada emcentro de tecnologia para testes,com uma série de pistas como as dealta e baixa velocidade, off-road,medição de ruído de passagem ecoeficiente de atrito, entre outras.A mesma máquina é utilizada naconstrução de um trecho de 50 kmna rodovia RS-322 sob a gestão deprojeto da Camargo Corrêa.
Flexibilidade e alta tecnologiaA avaliação positiva das cons-
trutoras comprova sua flexibilidadee ótimo custo-benefício. O ganhoambiental com a emissão de gases epoluentes abaixo das normasvigentes também permite instala-ções próximo a cidades. Além disso,a possibilidade de realizar desdemisturas finas como asfalto areia emisturas comumente utilizadaspara conservas e manutenção deestradas no Brasil. Por todas essasrazões, o equipamento ganhaespaço fora do Brasil. O Paraguai éo primeiro país com asfalto produ-zido por uma Kompakt, que, muitoem breve, aterrissará na África doSul e República do Congo e Argélia.
Dalfovo Construtora aplica a Kompakt em importantes obras
13Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Construtoras daÁfrica operam
em terminaisaeroportuários
Aaviação mundial anda nas alturas.Por vários motivos. Voar não é maisencarado como opção de uma mino-
ria. Além da representatividade para asviagens domésticas e de negócios, o respec-tivo modal ainda apresenta importânciaimpar para a logística de cargas comerciais,sendo ainda uma grande porta de entradapara a comunicação mundial.
Atenta ao seu caráter vital no processode deslocamento de pessoas e despache deencomendas, aeroportos de variadas partesdo mundo buscam modernizar, desenvolverobras de infraestrutura e atender a normasrigorosas, referentes às características físicas,configurações de pistas, pátios e outrosaspectos imprescindíveis para um funciona-mento eficaz e pleno. Nestecanteiro de obras, as empresasSanyati constructions e Stefa-nutti Stocks Holdings Limited,da África do Sul, trabalham emrelevantes projetos.
Empreitadas em DurbanOs africanos têm aplicado
recursos para incrementar asua infraestrutura aeroportuá-ria e, com isso, fomentar assuas atividades econômicas.No continente africano não é
diferente, principalmente por sediar a Copado Mundo 2010. O evento esportivoacabou influenciando na modernizaçãoestrutural de alguns aeroportos. Caso doKing Shaka Internacional Airport, deDurban, terceira maior cidade da África doSul, o qual passou por uma revitalização,contando com o respaldo da empreiteiraSanyati Constructions e de uma vibroaca-badora Vögele Super 1800-2 e três rolosHamm (HD 90, GRW 18 e HW 90).
Obras em SuazilândiaO Sykupe International Airport
Swazland também veio a somar. Localiza-do no pequeno país de Suazilândia, naÁfrica Austral, ele sai do papel com o
As empresas africanas Sanyati
Constructions e Stefanutti
Stocks Holdings Limited
operam em obras de
aeroportos em território da
África do Sul
Equipamento Ciber em operação em Durban
Especial14
propósito de viabilizar, em seuterritório, a chegada de voos inter-nacionais, que antes só aterrissavamna África do Sul. Entre os retornosimediatos, destaca-se o favorecimentoao incremento do turismo local.Conforme Robert Turner, gerente depavimentação da Stefanutti StocksHoldings Limited, grupomultidisciplinar de engenharia econstrução, responsável pela obra,haverá um grande impacto regionalpor possibilitar o aumento dacapacidade de importação de benspara a região da Suazilândia. Aconstrutora atua há mais de 20 anosno segmento de engenharia civil, comum volume de negócios anualsuperior a R$ 6 bilhões, somandomais de 9 mil funcionários e uma
capacidade de atender projetos paradiversos mercados. “Nosso trabalhocompreende a África do Sul e toda aÁfrica Subsariana, incluindo Angola,
Botswana, Burkina Faso, Congo,Guiné, Lesoto, Mali, Moçambique,Níger, Nigéria, Suazilândia,Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.Nestas localidades a prestação deserviço foca estradas eterraplanagem, propriedade econcessões, mineração, mecânica,elétrica e instrumentação. Estamostambém ativos na região do OrienteMédio”, explica Turner. Os clientesincluem governos, paraestatais eautarquias locais, grandesmineradoras, líderes de indústria,grupos empresariais, instituiçõesfinanceiras e promotores imobiliários.Tecnologia é um fator imprescindívelpara a Stefanutti Stocks HoldingsLimited desenvolver seus empreendi-mentos. Na sua frota, agregouequipamentos do Grupo Wirtgen,como fresadoras, vibroacabadoras erolos compactadores. Para a obra doSykupe International Airport
Obras em aeroporto de Suazilândia
Visão da produção de massa da UACF
17 P Advanced da Stefanutti Stocks
Holdings Limited
Produção em capacidade total: UACF 17 P Advanced da
Kukhanya Pty, no aeroporto de Suazilândia
15Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Melhorias em aeroporto do Sul do BrasilO Aeroporto Internacional
Salgado Filho, situado em PortoAlegre, estado brasileiro do RioGrande do Sul, vem desenvolven-do uma série de ações para seadequar ao crescimento dademanda de passageiros. Entrejaneiro e dezembro de 2009, maisde 5,6 milhões de pessoas utiliza-ram os seus serviços, em viagensdentro e fora do país, sendo queno primeiro semestre houve umacréscimo de 5% na movimenta-ção quando comparado ao mesmoperíodo de 2008.
As reformas contam com oapoio de equipamentos Ciber. Noano passado, uma vibroacabadoraequipada com sistema eletrônicode nivelamento de pavimento, quedá mais precisão à operação, eduas fresadoras, com tecnologiapara ajustar a profundidade defresagem a cada milímetro,trabalharam no processo de
Wirtgen modelo W1900, equipa-da com cilindro FB 2000 LA 6x2com 672 dentes de corte e sistemade nivelamento Multiplex dotadode 6 sensores. “O propósito éregularizar o perfil longitudinalda pista para posteriorrecapeamento asfáltico”, explicaValmir Bonfim, diretor do GrupoAne, do qual integra a Unifresa.Segundo Bonfim, a aplicação docilindro de microfresagem foi umaexigência da Infraero em funçãodas características da obra.
alargamento de oito metrosda sua pista principal (de 42metros para 50 metros). Asmelhorias objetivam regularizara superfície.
Os investimentos não parampor aí. Em 2010, a Infraerocontratou a Equipav S.A. –Pavimentação Engenharia eComércio – para o recapeamentocom correções longitudinais etransversais do pavimento a fimde promover benefícios no quetange o conforto do rolamento dasaeronaves. A nova iniciativaprevê o incremento da pista em920 metros no sentido Leste,passando dos atuais 2,28 milmetros para 3,2 mil metros deextensão. Já a largura sairá dosseus 42 metros para 45 metros.Entre abril e maio, a empresapaulista Unifresa executou amicrofresagem para recomposiçãoasfáltica, com uma fresadora
W 1900 realiza fresagem fina no
aeroporto do Porto Alegre
Swazland, a construtora lançou mãode uma UACF 17 P2 Advanced, emfunção das restrições e o alto nível deexigência de projetos do gênero.“A usina permitiu aplicar 100% docontrole de qualidade necessáriocombinado à alta produção”, ressalta.
Em ambas as obras, explicaDaniel Correa da Silva, técnico daWirtgen South Africa, subsidiária doGrupo Wirtgen que comercializa eda suporte a toda linha da compa-nhia no mercado da África do Sul,técnicas diferenciadas permearam osempreendimentos africanos a fim deatingir durabilidade, melhor custo econfiabilidade. “No aeroporto deDurban, usou-se a metodologia deStone Mastic Asphalt (SMA) –
asfalto modificado, com adição deceras, látex e fibras de celulose. Já noaeroporto de Suazilândia se utiliza-ram dois tipos de asfaltos modifica-dos. O primeiro chamado de AE2,aditivado com látex, e o segundo
denominado Ruber mix, com borra-cha triturada em granulométrica depó aquecidos a mais de 200 grausCelsius para homogeneização doproduto antes da fabricação doCAP”, exemplifica.
Vögele 1603-2 e três compactadores Hamm na pista do aeroporto de Suazilândia
16 Infraestrutura
Dnit: orçamento deR$ 8,4 milhões para 2010
Passado o período nebulo-so da crise financeirainternacional, indicativos
positivos apontam para umaretomada robusta das ativida-des industriais e varejistas.Segundo o professor de econo-mia Alcides Leite, da TrevisanEscola de Negócios, umsegmento deve se destacar: aconstrução civil. Em outraspalavras, obras não vão faltar paraacompanhar este bom pós-crise. Istoporque desenvolvimento requer investi-mentos capazes de levar o país andar apassos largos.
O Brasil, neste sentido, já vemempenhando esforços para driblar osgargalos estruturais. No que tange àsrodovias brasileiras, o Governo Federal
tem destinado aportes derecursos para colocá-las emcondições adequadas detráfego. De acordo com oDepartamento Nacional deInfraestrutura de Transporte(Dnit), o orçamento geral daUnião de 2010 conta com R$8,4 bilhões somente paraempreendimentos nas vias deNorte a Sul do país. São em
média 4 mil quilômetros de construção,2 mil de duplicação e 53 mil quilômetrosde manutenção.
Em entrevista para a revista Usina deNotícias, Hideraldo Luiz Caron, diretor deInfraestrutura Rodoviária do Dnit, afirmaque a quilometragem de obras é longa evisa a oferecer melhores condições detráfego tanto aos veículos de passeio quanto
Pelo território brasileiro
inúmeras obras
rodoviárias estão sendo
(e serão) executadas em
2010. Indícios de que o
país caminha rumo ao
desenvolvimento
estrutural viário
Hideraldo Caron, do Dnit
Pugás/Dnit
1Dicas Técnicas – Número 01 – Maio 2010 /
s empresas de pavimentação têm a cada dia seus de-
safios aumentados pelas exigências do mercado em
misturas especiais. O misturador externo tipo Pug Mill
apresenta como principal vantagem o fato de a mistura acon-
tecer fora do tambor secador, preservando as características
físico-químicas do ligante. A garantia desta vantagem está as-
sociada à regulagem correta do sistema. Além disso, vale sali-
entar a importância de utilizar as peças originais Ciber, pois
são projetadas a partir de análises de materiais e sua empregabilidade. Item observa-
do pela engenharia da Ciber que busca desenvolver produtos com custo-benefício.
Aqui seguem duas dicas importantes que permitem tirar melhor proveito da mistura externa:
CONFIGURAÇÃO DAS PALHETAS DO MISTURADOR
Número 01 – Usina de Notícias 21
Contrariamente ao sistema de mistura por tom-
bamento feita no tambor secador, a mistura em
Pug Mill movimenta de forma mais intensa todo
o material dentro do misturador fazendo a dis-
tribuição do ligante de forma homogênea. Um
detalhe a ser observado referente à eficiência de
movimentação do material dentro do misturador é
a distância entre a palheta de mistura e a chapa
do fundo do misturador, conhecida também como
a chapa de desgaste. Um procedimento que pode
ser realizado para melhorar a homogeneização do
material é o ajuste desta distância.
A Ciber recomenda que esta distância, entre a parte
extrema da palheta e a chapa de fundo do
misturador, seja igual a uma vez e meia o tamanho
da maior pedra utilizada na mistura.
1 – AJUSTE DA DISTÂNCIA DA PALHETA DE MISTURA
A
D – Distância da palheta ao fundo do misturador
d – diâmetro da maior pedra
D=1,5 x d
2
Dicas Técnicas CIBER
/ Dicas Técnicas – Número 01 – Maio 2010
O misturador tipo Pug Mill das usinas Contrafluxo da Ciber permite ajustar o tempo de permanência do
material dentro do misturador. Como os agregados e o ligante entram no misturador por um dos lados
e a massa asfáltica processada deve sair pelo outro, além de executar a mistura dos materiais dentro
do misturador as palhetas ainda se posicionam de forma a conduzir a massa asfáltica para fora do
misturador na zona de transporte. Se todas as palhetas estiverem posicionadas para conduzir o mate-
rial para fora teremos o tempo mínimo de permanecia do material no misturador. Dotado de conjuntos
de braços/palhetas que trabalham aos pares, para aumentar o tempo de permanência da massa dentro
do misturador, basta posicionar um ou mais pares de conjuntos de palhetas no sentido oposto à saída
do misturador; isto terá um efeito retardador, retendo a massa mais tempo dentro do misturador,
aumentando o tempo de mistura.
Abaixo, segue a configuração do misturador quando sai de fábrica de uma Usina UACF 19:
2 – AJUSTE DO TEMPO DE MISTURA
Para fazer a alteração é possível inverter a posição dos pares dos conjuntos braço/palheta, passando cada
par para o eixo oposto posicionando a palheta na posição invertida em relação a sua posição anterior.
Figura 1
Configuração
de fábrica –
UACF 19 – 30%
Para reter e
70% para
empurrar
Figura 2
Sugestão 1:
Configurar 40%
para Reter e 60%
para Empurrar
3Dicas Técnicas – Número 01 – Maio 2010 /
Figura 4
Abaixo, seguem os procedimentos para a configuração da mistura para se obter maior tempo de
retençao da massa:
Figura 3
Sugestão 2
mais agressiva:
Configurar 40%
para reter e 60%
para Empurrar
1° Remova um par de braços de um eixo, o qual se deseja inverter
Dicas Técnicas CIBER
/ Dicas Técnicas – Número 01 – Maio 2010
Figura 7
Figura 6
Figura 5
2° Remova do outro eixo, na mesma posição que foi removida anteriormente, o par de braços e
transfira este conjunto para o espaço livre, deixando no outro lado, girando 180°
3° Verifique se a face de desgaste da palheta está virada para a direção da retenção do material
4° Faça o mesmo procedimento no outro eixo, nunca esquecendo de girar 180° quando
transferir para o outro lado
Importante: Nunca exceda o número de inversões indicadas neste procedimento. No caso de
dúvidas contate o Representante Ciber de sua região.
4
Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
aqueles responsáveis pelo transportede carga. Além de contribuir para asegurança dos motoristas, aindapromovem benefícios para o escoa-mento da produção. A segunda etapado Programa de Aceleração doCrescimento (PAC-2), por exemplo,terá cerca de R$ 3 bilhões para ainfraestrutura e logísticas para aagropecuária – um dos elos impres-cindíveis da cadeia produtiva nacio-nal. “No que cabe ao Dnit, além dos projetos em execuçãoexistem inúmeros estudos emandamento, que incluem aintermodalidade, com incremento dotransporte ferroviário e hidroviário”,informa o órgão.
Melhorias no NordestePraticamente em todas as
regiões do Brasil há canteiros deobras. Caso do Nordeste, em queestão sendo desenvolvidasimportantes empreitadas. Asconstruções na BR-405 e na BR-426 estão com o seu andamentoavançado. Ambas as rodoviasatravessam a região Nordeste doBrasil. O Dnit executa os serviços emdois segmentos, localizados no AltoSertão e no Vale do Piancó.
A população local aguarda pelapavimentação dos trechos háaproximadamente 40 anos.
Na BR-405, o departamentoaplica recursos no valor de R$ 11milhões e prevê o término dotrabalho em dezembro deste ano.Até fevereiro, 80% daterraplanagem foi concluída e 10,6quilômetros de sub-base estãoprontos, bem como todas as suasobras de artes correntes. Os servi-ços são realizados entre a divisacom o estado do Rio Grande doNorte e o entroncamento com a BR-230, no segmento de 18 quilôme-tros entre os municípios São Joãodo Rio do Peixe (km 36,5) eMarizópolis (km 54,5). Conhecidacomo “Rodovia do Sal”, pela viatransita grande parte do sal produ-zido nos municípios potiguares deMossoró, Areia Branca e Macau.
Já na BR-426, a execução depavimento em 29,9 quilômetros,entre o entroncamento da BR-361,em Piancó (km 65,6), e o entronca-mento com a PB-356, em NovaOlinda (km 95,5), recebe investi-mentos na ordem de R$ 13 milhões.Parte da terraplenagem já estãofinalizados. A pavimentação trará
vantagens para diversas cidadesregionais, facilitando a escoação deprodutos do agronegócio, melhoran-do ainda a ligação entre a Paraíba ePernambuco, por meio do municípioparaibano de Princesa Isabel.
Obras no SudesteNo Centro-Oeste, por sua vez, o
Dnit já assinou contratos no valor deR$ 182 milhões (no mês de janeiro)para a duplicação da BR-365, emMinas Gerais, entre as localidades deUberlândia e Monte Alegre, noTriângulo Mineiro, e da Travessiade Patos de Minas, na região do AltoParanaíba. Ficou ajustada, ainda, arestauração em outro trecho de 164quilômetros da BR-365 e 50quilômetros da BR-153 no estadomineiro. O diretor de infraestruturarodoviária do Dnit, Hideraldo Caron,ressaltou que a determinação para asempresas contratadas é demobilização imediata. “Afora o clima,não há nenhum outro elemento quepossa causar problemas ao início daobra”, observou.
Projetos no SulNo Rio Grande do Sul, já se
iniciaram os trâmites burocráticospara obras na BR-386, um dosprojetos incluídos do PAC. As obrasobjetivam adequar a capacidade darodovia que teve elevado o fluxo deveículos pesados em razão docontínuo incremento da produçãoagrícola e industrial das regiõesNorte, Noroeste, Missões, Alto doJacuí, Vale do Rio Pardo e Vale doTaquari. Serão duplicados 34quilômetros entre as cidadesgaúchas de Tabaí e Estrela – umempreendimento orçado em R$ 151milhões. A estrada é a ligação maisimportante entre a capital, PortoAlegre, e o Norte do estado.
São em média 4 mil quilômetros de construção, 2 mil de duplicação
e 53 mil quilômetros de manutenção
17
Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
São Paulo:um canteiro
de obras
Oestado de São Paulo figuracomo a terceira unidadeadministrativa mais populosa
da América do Sul. É uma verdadei-ra potência econômica com mais de40 milhões de habitantes e 645municípios, com de uma relevânciavital para o contexto nacional. Emseu território abriga várias empresasdo ramo da construção civil, aexemplo da JN Terraplanagem ePavimentação, Cetenco Engenharia,CGS Rio Preto e a Soebe Construçãoe Pavimentação, sendo um celeiro deobras por toda a sua região.
O investimento em infraestruturaaparece como um fator importantepara o seu desenvolvimentoeconômico. Uma estratégia paracompetir em pé de igualdade com asdemais federações brasileiras. Deacordo com Paulo Sérgio Sanches,diretor de Compras da JNTerraplanagem e Pavimentação,construtora sediada no Noroestepaulista, em Birigui, o mercado
regional encontra-se bem aquecido,tanto no âmbito privado comogovernamentais. Fato quecontabiliza resultados positivospara a empreiteira. “Nossosprincipais clientes são Usinas deÁlcool e Açúcar, prefeituras,Departamento de Estradas deRodagens do Estado São Paulo e a
iniciativa privada”, explica Sanches.Entre os seus projetos maisrecentes, está a promoção demelhorias e pavimentação daestrada Vicinal/ Lavínia, no bairroTabajara, trecho ComplexoPenitenciário, com extensão de 14,5quilômetros, no município deLavínia (São Paulo). “A obra
compreende serviçosde terraplenagem,pavimentaçãoasfáltica, obras deartes, correntes edrenagem,sinalização,elementos desegurança e Serviçosde Proteção ao MeioAmbiente, sendo noperíodo atual”,relata. A empresainveste em aportetecnológico paraatender à demandacom qualidade,
As construtoras brasileiras
JN Terraplanagem e
Pavimentação, Cetenco
Engenharia, CGS Rio Preto e a
Soebe atuam em obras viárias
de diferentes regiões do
estado paulista
Na Bauma: Emil Beyruti e Marco Antonio Beyruti,
da Soebe, e Luis Carlos Gasparin (Reciclotec)
19
Infraestrutura
levando, a incrementar seu parquede máquinas com equipamentosreconhecidos mundialmente.Motivo, segundo Sanches, de terinvestido em uma vibroacabadoraAF 4000. “Ela opera em diferentestrabalhos e o desempenho pode seravaliado como excelente”, endossa.
Renovação da frotaO cenário otimista e a necessidade
constante de melhorar sua malhaviária fazem da chamada “terra dagaroa” uma porta de entrada parauma população de máquinas comtecnologia de ponta. A CetencoEngenharia S.A., por exemplo, tem apreocupação de manter sua frotaatualizada a fim de atender comqualidade os contratos firmados nosmais variados segmentos, comoenergia, indústria, saneamento etransportes. Localizada na cidade deSão Paulo, ela atua desde meados dadécada de 1930 no Brasil e noexterior, assumindo a frente em
empreendimentos de destaqueregional e nacional, a exemplo deobras realizadas no Aeroporto deCongonhas e nas usinas hidrelétricasde Paulo Afonso e de Itaipu. Atual-mente, em andamento, opera emtrabalhos ferroviários e rodoviáriosno Sudeste, Centro-Oeste e Norte doBrasil. “Sempre atenta às tendênciasdivulgadas em eventos nacionais einternacionais, a Cetenco procuraagregar todo benefício da tecnologiaaos serviços de construção civil.Dentro desta busca por aperfeiçoa-mento, recentemente a empresaadquiriu produtos da Ciber, comovibroacabadora e roloscompactadores”, informa o departa-mento de Engenharia da construtora.
Da mesma forma, a CGS RioPreto, sediada no município deBauru, vem aprimorando seu rol deequipamentos para agregar valor aosprocessos de produção e execução deobras. Motivo que a levou a adquiriruma usina UACF 17P-2 para aplicar
em seus canteiros de obras.A empreiteira opera compavimentação e terraplanagem emrodovias paulistas e comconcessionárias, focando o interior doEstado. Boa parte dos projetosengendrados é oriunda do DER.Giancarlo Andreoli, sócio-proprietário da CGS, vislumbra umcrescimento ascendente em 2010.Isso porque vários editais do DERestão sendo abertos desde o início doano. “Já tem projetos e licitações parao programa de recuperação deestradas estaduais”, acentua.
A Soebe Construção ePavimentação, da cidade de Caieras,também tem se destacado em solopaulista. Um dos trabalhos recentesfoi a reformulação do circuito daFórmula Indy. “Na sua execução,utilizamos equipamentos eletrônicoscom laser e sensor”, explica,ressaltando que entraram “em campo”vibro-acabadoras Vögele e rolosHamm, comercializados pela Ciber.
20
Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Grupo Wirtgen nomeou,em 1º de abril, como suarepresentante exclusiva
em solo mexicano, a Constru-mac S.A., que, assim, assumeoficialmente as atividades devenda e serviço junto a clientesdo Grupo no país. Agorarepresentando as marcasWirtgen, Vögele, Hamm eCiber, a Construmac, tradicio-nal empresa familiar no México,com 34 anos de experiência ebem colocada nos mercados de construçãoe mineração, passa a oferecer os serviçosde vendas e pós-vendas de alto padrão.
O mercado mexicano é muito importan-te para a Wirtgen na América do Norte,pois demonstra ter um grande potencialpara crescimento em todas as áreas dasatividades de negócio do Grupo. “Com aConstrumac, daremos continuidade aonosso sólido compromisso com o mercado
mexicano, oferecendo aos nossos clientesserviços ainda mais profissionais de venda emanutenção das nossas marcas e fortalecen-do a nossa posição de liderança em ‘Tecno-logias Minerais e de Construção de Estra-das’ neste mercado tão importante.A história da Construmac prova que setrata de uma empresa reconhecida naindústria como uma parceira altamenteprofissional no ramo de equipamentos paraa construção de estradas e mineração.Estamos muito orgulhosos de tê-la ao nossolado”, afirmou o Presidente do GrupoWirtgen, Jürgen Wirtgen. O Gerente daÁrea de Vendas da Wirtgen GmbH,Andréas Marquardt, além de ressaltar acaracterística familiar da Construmac,disse que tem “certeza de que podemosaumentar consideravelmente nossas fatiasde mercado para todas as marcas doGrupo Wirtgen a partir desta sólida base.Nossa meta é, a curto prazo, nos tornarmoslíderes de mercado no México, com todasas linhas de produtos da Wirtgen, nospróximos três ou quatro anos”.
O
Novo representante doGrupo Wirtgen no México
A empresa
Construmac S.A.
assumiu como
representante dos
produtos das marcas
Wirtgen, Vögele,
Hamm e Ciber no
país mexicano
Equipe da Construmac
21
Infraestrutura
Núcleo asfáltico embarragem: Camargo
Corrêa em experiênciainédita no Brasil
Com previsão de colocar emfuncionamento a sua primeiraunidade geradora em agosto
de 2010, a Usina Hidrelétrica Fozdo Chapecó, localizada no estadobrasileiro de Santa Catarina (Suldo Brasil), consiste em um projetoinovador, com seu desenvolvimentocalcado em uma sistemática dePrimeiro Mundo. A obra tem comodiferencial a utilização de umametodologia europeia, na qual onúcleo impermeável doenrocamento será construído emasfalto, substituindo o métodoconvencional em argila.
A obra está sob a tutela daCamargo Corrêa, uma das maiores
O investimento total no projeto contabiliza mais de R$ 2 bilhões e
vai gerar capacidade suficiente para atender a 25% do consumo de
energia do estado de Santa Catarina ou a 18% do Rio Grande do Sul
22
Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Metodologia diferenciadaA metodologia europeia foi a
solução encontrada para driblar asdificuldades físicas e climáticas evencer o desafio de cumprir umcronograma apertado. “As obras daUHE Foz de Chapecó tiveraminício em dezembro de 2006. Suaúltima unidade geradora entraráem funcionamento no início de2011”, explica Renato Pentea-do, Superintendente de Proje-tos da Camargo Corrêa.
Mesmo no período seco doano, durante o verão brasileiro,a região Sul está exposta afortes chuvas. Com prazosrígidos, a obra não poderiaficar sujeita à secagem dematerial argiloso ou a possí-veis retrabalhos. Para comple-tar o quadro, a região nãoconta com jazidas de argila – autilização do material exigiriao abastecimento e transportede outras áreas do estado.“O uso de asfalto possibilitouexecutar de duas a três cama-
das de 25 cm de altura diariamente,independentemente do tempoensolarado ou chuvoso. Nos dias dechuvas, só houve interrupção dostrabalhos parcialmente durante aprecipitação, e logo após os serviçosforam retomados imediatamente”,conta Penteado.
Esta hidrelétrica, em Chapecó,vai gerar capacidade suficiente para
UAB 18 E Advanced possibilita a produção de qualquer tipo de asfalto
empresas de construção pesada doBrasil. Com 70 anos de história, foiresponsável pelos principais proje-tos de infraestrutura já executadosno país, como as hidrelétricas deItaipu e Tucurui, o Metrô de SãoPaulo, o aeroporto de Cumbica e aPonte Rio Niterói, entre outros.Contabiliza mais de 500 projetosao longo de sua história, tendoainda uma relevante atuaçãointernacional, na América Latina ena África. Hoje, atua no segmentode energia, montagemeletromecânica, na indústria de óleoe gás, em projetos de saneamento,rodovias, transporte de massa,portos e aeroportos.
Usina foi a alternativa da Camargo Corrêa para
atender à especificidade do projeto
23
Infraestrutura
Ficha técnica da UAB 18 E Advanced
Capacidade de produção: 100-140t/h
Número de silos: 4
Capacidade dos silos: 7,2 m3Tipo de misturador: externo tipo pug-mill
com duplo eixo
Quantidade de peneiras: 4Queimador: 11.6 MW/ 10 mil kcal/h
Secador: 1900 x 7500mm
Mobilidade: estacionário (E)
atender a 25% do consumo deenergia de Santa Catarina ou a 18%do Rio Grande do Sul, ocorrespondente a 855MW. Até oinício do ano, 80% das atividades docanteiro de obras já haviam sidoexecutadas. O investimento total doprojeto contabiliza mais de R$ 2bilhões. Ao todo, a construção dausina deve durar 50 meses.A Foz do Chapecó é um dos maioresempreendimentos em construçãono Brasil e uma das prioridadesdo Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC), doGoverno Federal.
Tecnologia adequadaUma usina de asfalto
gravimétrica, modelo UAB 18 E,produzida pela Ciber Equipamen-tos Rodoviários, está em operaçãonesta experiência inédita no Brasil.A tecnologia compreende trêscamadas asfálticas compactadas daordem de 20 cm cada por dia. “As
Características da Usina Foz do Chapecó
Rio: Uruguai
Potência instalada: 855 MWEnergia assegurada: 432 MW médios
Unidades geradoras: 4
Turbinas: tipo Francis, com 214 MW cadaBarragem:
Barragem de enrocamento com núcleo asfáltico
48 metros de altura598 metros de extensão
Vertedouro: 15 comportas de 18,70 x 20,60m
Vazão Máxima de projeto: 62.190 m3/s (a vazão máxima na UsinaHidrelétrica de Itaipu é de 62.200 m3/s)
especificações do projeto exigiram autilização deste tipo de usina dealta performance que produz umamistura asfáltica muito superior.Desta forma, o sistema de dosagemfinal, que possibilita a produção dequalquer tipo de mistura, tais como,SMA, mistura com fibras e asfalto-borracha, foi determinante nadecisão de compra por este tipo deusina”, explica o diretor comercialClauci Mortari.
A usina é fixa e supre as necessi-dades de produção de misturas delocalidades permanentes, consistin-do em uma alternativa ideal paraconstrutoras que possuem altonível de exigências de controle de
qualidade, comespecificações deproduto. “A obrademanda uma produ-ção de 300t/dia euma das exigênciasdo projeto é a mínimaquantidade de vaziosna massa asfáltica,em função do rigor daimpermeabilização donúcleo do
enrocamento da barragem, paraatingir uma impermeabilizaçãoeficiente”, acrescenta o diretor.
Alto percentual de CAPOutra característica do projeto
suprida pela UAB 18E é o fato deque requer uma grande quantidadede CAP, na ordem de 6,6% damassa asfáltica. O alto percentualde CAP se deve à necessidade deredução de vazios na mistura. Otraço, por conseguinte, faz uso deuma vasta quantidade de materiaisfinos, tanto os finos de rocha, que sãorecuperados pelo filtro de mangas eretornam ao processo de dosagem emistura, quanto o calcáriodolomítico, proveniente de um siloexterno à usina, que também passapor um processo de dosagem emistura. A quantia de finos e filler namassa asfáltica é muito grande emfunção de exigência de poucos vaziosna massa asfáltica. Tanto o fillercomo o calcário dolomítico forameleitos em função da adesividadenecessária à massa asfáltica e dogrande peso específico deste calcário,que chega a 2,4t/m3.
Características da usina Foz do Chapecó
Painel de controle da UAB 18 E Advanced
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Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Prefeitura Municipal deAracaju, situada noestado de Sergipe, investe
continuamente em obrasestruturais. Pode-se dizer que éum modelo de cidade no quetange à preocupação de desen-volver projetos deinfraestrutura, apostando namelhoria e construção de pavimentos. Háuma preocupação constante em oferecer aosseus 600 mil habitantes excelência noâmbito estrutural. À frente desta empreita-da está a Empresa Municipal de Obras eUrbanização (Emurb). São muitas asiniciativas de intervenções urbanísticas nacapital sergipana, com o objetivo devalorizá-la e contribuir com a economialocal. Para tanto, houve a necessidade deampliar e modernizar o seu parque demáquinas para responder à necessidade deatender a demandas cada vez maiores.Para dar reforço à sua frota, a Emurbadquiriu da Ciber uma UACF 17 PAdvanced. O equipamento vai ser aplicadoem trabalhos de recapeamento e pavimen-tação das ruas da localidade.
A
A Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) amplia a capacidade
produtiva de projetos de pavimentação, colocando Aracaju como referência no
investimento em infraestrutura
Ara
caju
inve
ste
em o
bras
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avim
enta
ção
Batista: compra de nova usina para atender
incremento da demanda
Conforme o diretor de operações daEmurb, Sandoval Romão Bastista, a usinafoi entregue tecnicamente e está apta aproduzir até 120 toneladas por hora deCBUQ para recapear com maior velocida-de ruas e avenidas, causando menostranstornos ao trânsito.
O novo maquinário não irá substituir aque já trabalha com a empresa há 25 anos.A mesma exercerá uma função comple-mentar, atuando em serviços como tapa-buracos. O modelo moderno incluedosadores de agregados, como areia ebrita, filtros adaptados e contribui paraconservar o meio ambiente. “O filtro dodosador inclui um controlador depoluentes. Tudo está ocorrendo conforme alegislação ambiental”, afirma.
Segundo Raimundo Machado, daRequimaq, representante da Ciber no estadode Sergipe, Aracaju hoje conta com uma dasmaiores instalações de produção de CBUQrelativa do país: duas usinas de asfalto(UA26080TH e UACF17P1) e três tanquesmaster (TM50F e TM303020P), além deuma usina de PNF e uma unidade cônica debritagem. “Algo a ser visto e seguido poroutros administradores que queiram omelhor para suas administrações e seusmunicípios”, enfatiza.
25
Infraestrutura
Consórcio NovaTietê trabalha emobra para desafogaro trânsito paulista
AMarginal do Tietê, via expressalocalizada no estado de São Paulo,passa por um projeto de melhorias,
o qual objetiva desafogar o trânsito deuma das rodovias mais movimentadas domundo. Diariamente, 6% de toda a cargado país passa por suas faixas. Ainda esteano, estarão prontas pistas adicionais, de
23 quilômetros cada, três novas pontes etrês viadutos. A empreitada conta com aprestação de serviços da Delta Constru-ção e Sobrenco, integrantes do consórcioNova Tietê.
O projeto da Nova Marginal resulta deum convênio entre o governo paulista e aprefeitura municipal, ficando a cargo da
Delta Construção e Sobrenco
participam do consórcio Nova Tietê,
operando em um trecho de
12 quilômetros, na nova pista central
Trecho da MarginalTietê em obras
José Cordeiro/Divulgação
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Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
Dersa executar a obra em seu trechoII, de 15 km, e supervisionar aconstrução dos outros dois trechos.Inclui ainda a instalação de umaciclovia de 22 quilômetros, àsmargens da Via Parque, próximo daRodovia Ayrton Senna, entre oParque Ecológico do Tietê e a divisada cidade de São Paulo eItaquaquecetuba.
Estima-se que o empreendimentocustará em torno de R$ 1,3 bilhão.O ganho com a ampliação éimensurável. Entre os principaisbenefícios, destaca-se a redução docongestionamento e do tempo deviagem pela via em 33%, bem comoa redução do consumo decombustível e da emissão depoluentes, dos quais cerca deR$ 200 milhões serão investidospelos consórcios que administramas rodovias Anhanguera eBandeirantes e Ayrton Senna eCarvalho Pinto. Outra vantagempara os paulistas é compensaçãoambiental, com o plantio de 150 milnovas árvores na própria rodovia eem bairros do entorno. Segundo oGoverno de São Paulo, a iniciativacontribuirá para reduzir danos doaquecimento global.
O Consórcio Nova Tietê assumiua responsabilidade pelo Lote 2, notrecho localizado entre a Ponte dasBandeiras e o Parque do Piqueri.A Delta Construção e Sobrencotrabalham na nova pista central,com 12 quilômetros de extensão,sendo 6 quilômetros de cada lado.No total, a obra soma 46quilômetros, contando os doissentidos, divididos em três trechos.As empresas também operam noscomplexos Bandeiras, Cruzeiro doSul e Tatuapé (conjunto de pontes eviadutos destinados a facilitar oacesso e a saída da Marginal Tietê a
Mulheres no comando
Ferd
inan
do Q
uadr
os/d
ivul
gaçã
o
partir da nova pista central), quedevem ficar prontos em outubro de2010. “Os métodos construtivosforam estabelecidos no projeto emfunção dos atributos e dimensões daobra de arte, das condicionanteslocais, de características geotécnicas
do subsolo e das condições atuaisde uso e ocupação do solo quantoao viário existente, estruturaslindeiras e interferências com redese sistemas de concessionárias deserviços públicos”, informou aassessoria do Nova Tietê.
Para operar o maquináriopesado, em um reduto eminente-mente de homens, mulheres foramrecrutadas pelo consórcio. Maca-cão, capacete, brincos e batonsdiscretos. As vestimentas típicasde quem atua na construção civilcombinadas com os incrementoscaracterísticos da vaidade femini-na circulam pelo canteiro de obrasNo comando da fresadora,Elisama Antunes Moraes, mãe dequatro filhos, encontrou naatividade uma alternativa paragarantir o futuro melhor para ascrianças. O gosto pela profissão seiniciou por influência do ex-marido, não deixando nada a
desejar para o time masculino.“O desempenho delas é excelen-te. Trabalham focadas naprodução com qualidade.Raramente se tem retrabalhoquando há uma equipe feminina.Além disso, elas têm mais zelocom a máquina. Cuidam mesmodo equipamento”, afirma oengenheiro mecânico Ferdinan-do Quadros, responsável pelosequipamentos e operadores.
Três equipamentos Ciberoperam na construção daNova Marginal: dois rolosHamm (um HD 90 e umGRW18) e uma fresadora a frioWirtgen W 1000 L.
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Mercado
Construmilenfrenta desafiosna regiãoamazônica
Cada parte do Brasil tem suaspeculiaridades. Atributos singularesque influenciam no desenvolvimento
dos projetos de infraestrutura. Paradriblar questões climáticas e geográficas,as construtoras lançam mão de tecnologia.Caso da Construmil, responsável porempreendimentos vultosos na regiãoamazônica. Com sede município deGoiânia (Centro-Oeste brasileiro), amesma atua desde 88 no ramo da constru-ção civil, principalmente no Maranhão,Piauí, Distrito Federal, Goiás e Acre. Hoje,sem dúvida, é especialista no ramo emque atua. Mas o início da sua trajetória,em 1972, é no mínimo peculiar. Deu seusprimeiros passos empreendedores emBrasília, no segmento de transporte decarga. Contudo, a necessidade de diversifi-car e o seu espírito inovador levaram aConstrumil a ingressar no mercado deengenharia rodoviária. Mudança quesurtiu bons frutos.
A maior parte dos clientes é do setorpúblico, do âmbito federal. A empreitadana BR-346, no Acre, consiste em um dosgrandes desafios que a empresa tem pelafrente. Iniciada em 2007, a perspectiva éde concluí-la no próximo ano. São 69quilômetros de obras, com volume de 5milhões de metros cúbicos de volume deterra. Responsável pelo Lote 6, aempreiteira trabalha entre as cidades deFeijó e Sena Madureira. Até o momento,o cronograma cumprido se traduz em 18quilômetros de CBUQ, 35 quilômetrosde terraplanagem e 80% das obras deartes concluídas.
O respectivo projeto faz parte de umcomplexo de obras promovidas peloGoverno Federal, delegada pelo Departa-mento Nacional de Infraestrutura deTransportes (Dnit). A sua importânciaestá no fato de proporcionar a integraçãonacional, em razão de a BR-346 seestender até a divisa com o Peru, e ligar acapital do Acre, Rio Branco, ao denomina-do Vale do Juruá – formado pela união deduas microrregiões acreanas: Cruzeiro doSul e Tarauacá. Sem estradas, a popula-ção passa boa parte do ano isolada. Umverdadeiro somatório de benefícios. Parase ter ideia da problemática social eeconômica enfrentada pelos munícipesdaquelas localidades, a rodovia fecha emoutubro e só abre no mês de junho,
A construtora brasileira com sede em Goiás
desenvolve suas atividades no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Obra de
grande impacto econômico, está sob a tutela
da empresa no estado do Acre
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Usina de Notícias – Número 21 – MAIO 2010
dificultando a circulação dosmoradores e de mercadorias. Umfator responsável pelo alto custo dealimentos e remédios. “Contribuirápara integrar o Brasil aos países daAmérica do Sul”, afirma FranciscoJosé de Oliveira, sócio-proprietárioda Construmil.
Intempéries do tempoAs variações do clima e as
características da geografia doAcre são enfrentadas dia a dia pelaconstrutora. Adversidades contor-nadas pela ampla experiência deoperar no Acre. “Há dez anosoperamos em trechos viários doterritório acreano”, explica Olivei-ra. A região amazônica figuracomo um dos locais mais chuvososdo planeta, com mais de 2.800milímitros de precipitações por ano.
Junto a isso ainda é preciso conside-rar as dificuldades impostas pelochamado solo expansivo, ouTabatinga (barro pobre e perecí-vel), e a logística complexa. Pratica-mente todo o tráfego ocorre pormeio de balsa.
Tecnologia em operaçãoCom chuva ou sol,
os contratos precisamser cumpridos. Atecnologia é uma dasprincipais aliadas paraque a operaciona-lização dos serviçosseja bem-sucedida.Para o seu canteiro deobras, a Construmilleva equipamentos deprimeira linha eprocura ficar a par das
tendências de mercado. “Visitei aBauma (feira) e lá conheci os produ-tos do Grupo Wirtgen. Adquirimosda Ciber uma W 1900 que já foiaplicada em vários trabalhos.Fizemos, por exemplo, 200 quilô-metros de fresagem com ela na BR-153, no trecho do Maranhão aImperatriz”, conta Oliveira.
Da esquerda para a direita: Walter Neto (Weco), Francisco
Oliveira e Mauro Oliveira (Construmil) e Walter Caldas (Weco)
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Mercado
Ditranserva atualiza mercado peruano
ADitranserva, empresa peruana queatua no ramo de construção civil,com destaque para pavimentação,
produção de asfalto e aluguel de equipa-mentos, vem investindo na renovação deseu parque de máquinas. Tendo comodiretriz oferecer produtos e serviços devanguarda, a empresa busca o respeito aomeio ambiente e é um exemplo na indús-tria da região, tendo destaque tecnológicoem Lima, capital peruana. O investimentono desenvolvimento humano também éuma característica da Ditranserva, queaposta na qualificação de sua equipe.
Já está operando em Lima a usinaUACF 17P Advanced adquirida pelaempresa. A máquina, adquirida emdezembro, entrou em operação em maio,ocupando uma área a cerca de 30 minutosdo centro da capital peruana.
Novos equipamentos“Em Lima trabalham principalmen-
te usinas com mais de dez anos de uso,que produzem asfaltos de média ebaixa qualidade. Sem dúvida, a Ditran-serva possui hoje o melhor asfaltoquente que se pode obter na regiãometropolitana”, destaca Juan ManualDraxl, da Intermaq, representante da
Ciber no país, que salienta também ocrescimento e a renovação do mercadoperuano. “Como esta é a usina maismoderna da capital, a empresa já obtevecontratos de produção e colocação deasfalto para outros grandes projetos.”A Ditranserva tem investido na renovaçãode seus equipamentos: além da usina,adquiriu recentemente uma pavimentado-ra AF 4000 e uma fresadora W100, alémde compactadores da Hamm.
Segundo Draxl, o mercado de usinas deasfalto em contrafluxo está crescendo nopaís andino: “Estão sendo realizadasobras de infraestrutura que requerem ouso de asfalto quente tanto em Lima comonas províncias. Assim, muitos contratistasestão renovando suas usinas antigas porequipamentos com tecnologia superior”.
Investindo na renovação
de seu parque de
máquinas, a Ditranserva
está levando tecnologia
à capital peruana
Víctor Castro (Ditranserva) e Juan Draxl (Intermaq)
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